Você está na página 1de 23

Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA

Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Variação na Curva do Sistema


Envelhecimento da Tubulação

Variação dos níveis de Sucção e Recalque ou variação de Hg


Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Associação de Bombas
MOTIVAÇÕES:
• Inexistência no mercado, de bombas que possam, isoladamente, atender à vazão (Q)
ou altura manométrica (Hm) de projeto.
• Aumento da demanda de um sistema existente com o passar do tempo.

Associação em Paralelo:
Objetivo: aumento da vazão
QT

Hm

QT
Características:
Hm 1 = Hm 2
QT = Q1 + Q2
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Curvas Características da Associação de Bombas em Paralelo

Duas bombas iguais Duas bombas diferentes


Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Associação de Bombas EM SÉRIE

Objetivo: aumentar altura manométrica QT

Hm1 + Hm2 = HmTot

Características:
HmTot = Hm1 + Hm2
QT = Q1 = Q2
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Curvas Características para associação de bombas

Associação em Paralelo: Associação em Série:

Somam-se as vazões para cada Hm Mantém a vazão e somam-se Hm


AD = AB + AC AD = AB + AC
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Problema V.4 (p. CV-10)


Uma adutora de 250 mm de diâmetro e 5 km de extensão, cujo coeficiente de
atrito vale 0,02, interliga dois reservatórios cujos desnível entre os NA’s é de
15 m, Conhecendo-se as curvas características da bomba (quadro abaixo),
desprezando-se as perdas localizadas, solicita-se o ponto de trabalho
Pt(Q,Hm) se duas bombas idênticas à especificada forem instaladas em
paralelo e posteriormente forem instaladas em série.

Q 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500


(m3/h)
Hm (m) 80 79 77 73,8 70 65 59 52 43 35 25
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Problema V.5 (p. CV-11A)


Uma elevatória é projetada para recalcar 500 m3/h a uma altura manométrica
de 30 m através de uma adutora de 400 mm de diâmetro, 12 km de
comprimento e coeficiente de perda de carga da Fórmula Universal igual a
0,022. A perda localizada prevista é de 10U2/2g. Visando aproveitar uma
bomba existente, cujas características, à rotação de 1800 rpm, são mostradas
no quadro a seguir, pede-se:
a) O ponto de trabalho;
b) Determine a nova rotação para que a bomba trabalhe exatamente com a
vazão de projeto.

Q (m3/h) 0 100 200 300 400 500 600

Hm (m) 120 119 115 109 100 87 70


Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Problema V.6 (p. CV-11B)


A adutora mostrada na figura a seguir conduz 200 m3/h do reservatório R1
para o R2. Objetivando aumentar a vazão, será introduzida uma bomba no
ponto B, com as características apresentadas no quadro abaixo.

Q (m3/h) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Hm (m) 80 79 77 73,8 70 65 59 52 43 35 25
Pergunta-se:
Qual a vazão transportada após a colocação da bomba?
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Cavitação
Natureza do Fenômeno
• As tubulações de sucção de instalações de recalque normalmente
funcionam com pressões inferiores à pressão atmosférica.
• Se na entrada da bomba existem pressões inferiores à pressão de vapor
do líquido, poderão formar-se bolhas de vapor que podem ser prejudiciais ao
funcionamento e à vida útil das bombas.

Características do Fenômeno
• Formação de bolhas no líquido devido à redução de pressão ao nível de
pressão de vapor do líquido (processo semelhante à fervura).

• Fervura: vaporização com temperatura crescente e pressão constante.


•Cavitação: vaporização (fervura) com temperatura constante e pressão decrescente.
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Conseqüências da Cavitação:
-Interrupção na circulação do líquido;
- Ruídos internos;
-Vibrações;
-Queda de rendimento da bomba;
-Danos na carcaça e rotor da bomba.

Condições para se evitar a Cavitação:


- Para que uma bomba trabalhe sem cavitar, torna-se necessário que a
pressão absoluta do líquido na entrada da bomba seja superior à pressão
de vapor, na temperatura de escoamento do fluido.

Fatores intervenientes na Cavitação:


-Altura de sucção;
-Rugosidade das paredes da tubulação;
-Temperatura do fluido.
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Altura Máxima de Sucção:


-Aplicando Bernoulli entre o ponto “0” na superfície do reservatório e o ponto
“1” dentro da bomba antes do rotor conforme mostra a figura a seguir;
- O ponto “1” é o de menor pressão dentro da instalação elevatória. É
justamente o ponto onde podem surgir bolhas microscópicas que podem
originar a cavitação.
Se hs ≤ 0  Bomba afogada  EM TESE não há pressões
menores que a atmosférica no tubo de sucção.

Se hs > 0  É preciso analisar.

Passando o “Datum” pelo ponto “0”.


hfs – Perda de carga na tubulação de
sucção.
hs – Altura de sucção;
∆h* – Perda de carga que ocorre entre
o final do tubo de sucção e a entrada do
rotor.
Assim, tem-se:: P0
U
2
P U
2
Z 0   0  Z1  1  1  hf s  h*
 2g  2g
2 2
P0U P U
 0  hs  1  1  hf s  h  hs  Z1  Z 0
 2g  2g
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

OBS:
Se fosse possível desprezar as perdas de carga e a
diferença de energias cinéticas, a altura estática de
sucção seria.

P0  P1
hs  , se P1  0 e
 P1 U12  U 0 2  γ
Patm
hsmáx     hf s  h P0 Patm 10.000kgf/ m 2
   2 g     10mca
γ γ 1.000kgf/m 3

hsmáx = 10 mca

Este seria o valor teórico máximo da altura estática de


A expressão acima é válida APENAS sucção, ao nível do mar operando com água fria (4ºC).
QUANDO...
Na prática este valor situa-se em torno de 6 a 8
metros, pois a parcela entre colchetes na expressão
P1= Pvapor= Pv de “hsmáx” deverá ser sempre maior do que zero.

OBS:
“hsmáx” é o valor máximo
abs
da altura de sucção a partir da qual há formação de bolhas de vapor.
Patm
1º) Somente  tem valor positivo, mostrando que a mesma facilita a sucção;

2º) As demais parcelas, de sinal negativo, dificultam a sucção.


Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

-Outra forma de interpretar a cavitação é separar na equação os termos que


dependem da instalação ou do líquido bombeado, dos termos que
dependem da bomba.

 Pv
abs abs 2
 hs  hf s  
Patm U1
 h *
 2g

Variáveis que dependem da máquina (bomba)


Variáveis que dependem das condições locais de instalação de sucção e do líquido
PRIMEIRO MEMBRO  Instalação ou líquido
É a soma de todas as grandezas que facilitam (sinal positivo
e dificultam (sinal negativo) a sucção da bomba. É carga
 Pv
abs abs
Patm
NPSH Disp   (hs  hf s ) residual disponível na instalação para a sucção do fluido.
  É calculado e representa a carga existente na istalação
para permitir a sucção do fluido.

2 SEGUNDO MEMBRO  Bomba


U
NPSH Re q  1  h É a carga exigida pela bomba para aspirar o fluido do poço de sucção.
2g  É fornecido pelo fabricante e representa a carga energética que a
bomba necessita para succionar a água sem cavitar.
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Análise:

NPSHDisp > NPSHReq  Não há cavitação

NPSHDisp ≤ NPSHReq  Há cavitação

Valor aproximado de NPSHr


Onde: n = rpm da bomba
NPSHr ≈ 0,0012 n4/3.Q2/3 Q = vazão (m3/s)

Margem de segurança

NPSHd ≥ 1,2 NPSHr Devido à presença de impurezas no


líquido que podem alterar a pressão
na qual a cavitação atua.
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero soares

Problema V.7
Uma bomba acionada por um motor de 1775 rpm deve operar nas seguintes
condições:

Q = 800 m3/h
Hg = 80 m
Pv = 238 kgf/m2
γH2O20 C = 998,2 kgf/m3
Patm Local = 9,24 mca
NPSHr = 3,6 m
hf* = 1,8 m (perdas na sucção)

Pede-se a altura máxima na sucção


Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero soares

Problema V.7
 Pv
abs abs
Patm 238
NPSH Disp  1,2 * 3,6  4,32   (hs  hf s )  9,28   (hs  1,8)
 998,2

hs  6,5m
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Observações:

1º) A pressão atmosférica diminui com a altitude;

2º) O valor aproximado da pressão atmosférica local em função da altitude (válida até
2000 m de altitude) é:

a) Patm = (760 – 0,081.h). 13,6 h = altitude (m)


Patm = kgf/m2

b) Patm = (760 – 0,081.h). 13,6 h = altitude (m)


Patm = mca
1000
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Problema V.8
Suponha que o NPSHRequerido de certa bomba instalada a 600 m de altitude seja de
3 m. Se a água circulante estiver a 65ºC e a perda de carga na sucção for de 1,5 m,
qual a altura máxima de sucção?

Dados: Pv (65ºC) = 2550 kgf/m2


γH2O (65ºC) = 981 kgf/m3

SOLUÇÃO:
b) Patm = (760 – 0,081.h). 13,6 = (760  0,081* 600) *13,6  9,68mca
1000
1000

2550
NPSH Disp  1,2 * NPSH r  1,2 * 3  3,6  9,68   (hs  1,5)
981
hs  2m
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Gráficos NPSHd x Q e NPSHr x Q

Patm pv
NPSHd   {hs   hf *} se Q  , NPSHd 
 

U2
NPSHr   h * se Q  então NPSHr 
2g

Análise:
Sabe-se que NPSHd > NPSHr para eu não ocorra cavitação. Assim:

“A” representa o ponto a partir do qual há cavitação.

A esquerda de “A”  Região segura FOLGA


Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Problema V.9 (CV p.17)


A bomba mostrada esquematicamente na figura que segue, deve recalcar 30 m3/h com
rotação de 1750 rpm e para essa vazão, o vaor de NPSHr = 2,50 m (fornecido pelo
fabricante). A instalação está na cota 834,50m (altitude). A temperatura média de água
é 20ºC. Determinar o valor do comprimento “x” para que a “folga” entre o NPSHDisponível
e o requerido seja 3,80 m.
Dados: Diâmetro da tubulação de sucção = 75 mm
Coeficiente de perda de carga (Hazen Willians)  C = 150 (PVC)
Válvula de pé com crivo e Joelho 90 º na sucção.
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Problema V.10 (p. CV20)


Determinar a vazão máxima permissível de uma bomba para que não haja cavitação,
sabendo-se que deve operar em um sistema cujo nível de água no reservatório de
sucção está 4,0 m abaixo do eixo da bomba. Os dados da instalação e a curva de
variação do NPSHr desta bomba em relação à vazão são apresentados a seguir:
Patm absoluta no local da instalação: 9045 kgf/m2
Temp. água: 20ºC, γH2O = 978,9 kgf/m3
Dsucção: 400 mm
f = 0,025
Comprimento da tubulação de sucção = 100m
Peças e acessórios da sucção: - Válv. De pé com crivo
- Curva 90º
- Redução excêntrica
Curva NPSHr x Q

Q (m3/s) 0 0,02 0,04 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 0,22
NPSHR 1,5 1,55 1,65 1,8 2,1 2,35 2,6 3,0 3,35 3,7 4,3
(m)
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Prof. Homero Soares
Faculdade de Engenharia

Determinação Gráfica do Ponto de Operação da Bomba para diversos


SISTEMAS.
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Recomendações Schineider

Você também pode gostar