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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

IDENTIFICAÇÃO

Nome: Elís Saraiva Santana


RU: 2088709

1 TEMA

Educação Sexual no Brasil: uma reflexão Commented [MB1]: E o Gestor Escolar?


O objeto de estudo do curso são os profissionais que realizam
a Gestão Escolar, seu papel, sua ação e importância no
ambiente escolar.
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA Qual a relação do curso com o tema em questão?

Procuramos, nesse trabalho, revisitar a história da Educação Sexual no Commented [MB2]: Linguagem impessoal em todo o texto.
Escrita deve ser redigida utilizando norma culta da língua
Brasil a fim de conhecer a sua trajetória desde as primeiras décadas do século portuguesa. Revisar.
XX até os dias atuais através de revisão bibliográfica e consulta a documentos
oficiais como projetos de leis, decretos e pronunciamentos oficiais.

2 PROBLEMATIZAÇÃO Commented [MB3]: E o Gestor Escolar?

Como a Educação Sexual foi tratada ao longo da história recente da


educação no Brasil, desde o início do século XX até os dias atuais?

3 JUSTIFICATIVA Commented [MB4]: E o Gestor Escolar?

A escola não é uma instituição com um fim em si mesma. Ela está


inserida dentro de um contexto que dá sentido a sua existência. Nesse
sentindo, é papel da escola auxiliar os seus alunos em diversos aspectos da
vida em sociedade, e isso está muito além do trabalho com os conteúdos
programáticos de cada disciplina. A escola também se constitui como um meio
de convivência social, e nesse espaço a criança e adolescente terá contato
com uma diversidade de questões que não estão, necessariamente, nos livros
didáticos. É comum que temas como violência, convivência em grupo ou
sustentabilidade apareçam nas discussões tanto dentro das salas de aula
quanto em projetos maiores que envolvam um segmento, toda a escola e até a
comunidade escolar. Dentro desse leque de questões que perpassam a
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relação escola/sociedade em busca de uma atuação conjunta para a formação


das crianças e adolescentes, uma temática específica costuma gerar grandes
polêmicas: Educação e sexualidade. Os questionamentos são muitos: É
preciso trabalhar questões referentes à sexualidade na escola, ou esse seria
um papel exclusivo da família?; Educação sexual é ensinar crianças e
adolescentes a praticarem sexo?; A partir de que idade, e como o tema pode
ser tratado?
Procuramos, nesse trabalho, revisitar a história da Educação Sexual no
Brasil buscando uma ampla visão do tratamento que foi dispensado à pauta em
questão ao longo da história recente da Educação no país e atualizar esse
debate pensando na atual conjuntura de organização e avanço de forças
conservadoras dentro das esferas políticas refletindo também nas políticas
educacionais através de propostas de lei como o “Escola sem Partido” e da
supressão da palavra “gênero” no texto final da Base Nacional Comum
Curricular, procurando perceber como o Estado foi influenciado por grupos
sociais com posicionamentos morais e religiosos específicos, especialmente no
que tange à questões de gênero e sexualidade.

4 OBJETIVOS Commented [MB5]: E o Gestor Escolar?

4.1 OBJETIVO GERAL

Analisar como a Educação Sexual foi tratada ao longo da história recente


da educação no Brasil, desde o início do século XX até os dias atuais

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar qual tratamento foi dispensado à pauta da Educação Sexual


ao longo da história recente da Educação no país;
 Verificar como determinados grupos sociais influenciaram as diretrizes
oficiais do Estado em relação a Educação Sexual
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 Refletir sobre a influência desses grupos sociais ao conseguir impor os


seus preceitos morais e religiosos para debater Educação Sexual ou
para coibir esse debate, inclusive nas esferas oficiais e competentes.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Commented [MB6]: E o Gestor Escolar?


Nenhuma fundamentação foi apresentada.
Commented [MB7]: No projeto, a fundamentação é breve e
O tema educação sexual é tratado dentro da educação formal no Brasil deve apresentar 3 autores que serão utilizados no
embasamento do Artigo.
pelo menos desde as primeiras décadas do século XX quando “a educação Além do embasamento teórico e exposição do ponto de vista dos
autores, deve-se apresentar um diálogo pessoal realizando uma
sexual já era uma preocupação para médicos, intelectuais, professores e análise das teorias expostas.

professoras que então povoavam o universo educacional brasileiro” (CÉSAR,


2009, p.39). Certamente a definição do que é educação sexual, qual a sua
finalidade, qual a necessidade educacional ou moral para a sua inclusão nos
currículos escolares são questões que não permaneceram imunes às
transformações político e sociais ao longo do século XX e início do século XXI.
É possível investigar quais foram os posicionamentos oficiais do Estado
brasileiro frente a essa questão em diferentes momentos históricos do país e
como esses posicionamentos foram influenciados pelo contexto em que estão
inseridos.
FIGUEIRÓ (1998) aponta que os primeiros trabalhos voltados para a Commented [MB8]: Fora do parêntesis, autor não se
apresenta em caixa alta.
Educação Sexual no Brasil remontam às décadas de 1920 e 1930. Nesse
período, porém, as motivações para que educadores e médicos se
debruçassem sobre o tema giravam em torno do “interesse em aumentar o
conhecimento das mulheres e melhorar sua saúde” (p. 124) Commented [MB9]: Referência deve estar completa junto
da citação.
WEREBE (1978) por sua vez, ao estudar o tema, nos mostra como a Reapresentar autor e ano dentro do parêntesis.
Commented [MB10]: As citações não são apenas expostas
década de 1960 como “um período relativamente favorável à implantação da no texto, de forma sequencial. É preciso haver textos
reflexivos que façam ligações entre elas e realizem a
educação sexual no país” (p. 21). Há registros de trabalhos nesse sentido, exposição do posicionamento do autor.
Commented [MB11]: Sem caixa alta.
tanto em escolas públicas quanto particulares e até em escolas católicas a
Commented [MB12]: Referência deve estar completa junto
partir do Concílio Vaticano II como também constata ROSEMBERG, 1985). da citação.
Reapresentar autor e ano dentro do parêntesis.
Commented [MB13]: Não apresente mais de um autor num
mesmo parágrafo. Discuta as ideias.
Commented [MB14]: Onde abre o parêntese?
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As mesmas autoras relatam a difícil situação da questão da Educação Commented [MB15]: Autoras supracitadas...

Sexual após o golpe de 1964 e como as experiências em Educação sexual


foram se extinguindo conforme o endurecimento do regime.
Para pensar a questão nos anos finais da ditadura e nos primeios anos Commented [MB16]: Primeiros.

da redemocratização podemos ainda recorrer a FIGUEIRÓ (1998) que nos Commented [MB17]: Sem caixa alta.

apresenta o ano de 1978 como o início de um processo de retomada das


discussões acerca da Educação Sexual com a realização do Primeiro
Congresso Sobre Educação Sexual nas Escolas. Outros trabalhos como o de Commented [MB18]: Não apresente mais que um autor no
parágrafo.
PINHEIRO (1997) e BARROSO e BRUSCHINI (1982) permitem percebemos a Commented [MB19]: Autores sem caixa alta.

relativa mudança de postura quanto à sexualidade e seus tabus nesse período: Commented [MB20]: Todas as citações diretas devem
apresentar um espaço antes e um depois.
[...] a chamada “liberação sexual” trazia mudanças no Esse espaço é em fonte de texto e não de citação. Então, no
parágrafo acima, adicione um espaço e, no parágrafo abaixo,
comportamento. Questionavam-se tabus, preconceitos e desça um espaço.
posturas conservadoras. O “sexo” aparecia nos filmes do Commented [MB21]: Citação longa se apresenta em Arial
cinema, nas revistas e até em artigos de lojas 10.
especializadas (os sex-shops). [...] A mulher passava a
obter mais espaço no mercado de trabalho, conquistando
maior autonomia financeira e social. A difusão da pílula
anticoncepcional e da prática do aborto (ilegal, porém de
fácil acesso) também contribuíram para a liberação sexual
da mulher. (PINHEIRO, 1997, p. 5)

A culminância desse interesse/necessidade de pensar uma Educação


Sexual (mais uma vez como medida preventiva ou paliativa diante de
problemas sociais, no caso a AIDS e a gravidez precoce) está no tema
transversal “Orientação Sexual” previsto nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs). Temos então um documento oficial que trata, entre outras Commented [MB22]: Sigla não possui plural.

coisas, da inserção na escola da Educação Sexual.


Já nos primeiros anos do século XXI, é evidente o crescente interesse Commented [MB23]: Não apresente mais de um autor num
mesmo parágrafo.
pelo tema como nos mostra VIANNA (2011) ao apontar que a articulação entre Commented [MB24]: Sem caixa alta.

sexualidade e gênero e as políticas educacionais passou a ser tema de


estudos acadêmicos com mais frequência. Também FELIPE DA SILVA e
VERAS (2017) nos mostram como, pelo menos desde 2010, uma série de Commented [MB25]: Apenas sobrenome do autor. Sem
caixa alta.
ações dentro da casa Legislativa vem sendo empreendidas no intuito de
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combater os avanços e conquistas ligadas aos direitos sexuais, reprodutivos e


sociais, principalmente de mulheres e homossexuais.
No contexto atual, onde a informação e a educação não são mais
monopólio da escola ou da família, mas perpassam por diversas outras
estruturas como a mídia tradicional e a internet, LOURO (2008) chama a Commented [MB26]: Sem caixa alta.

atenção para essa nova configuração onde:


Se, por um lado, alguns setores sociais passam a Commented [MB27]: Corrigir formatação e espaçamento.
demonstrar uma crescente aceitação da pluralidade
sexual e, até mesmo, passam a consumir alguns de seus
produtos culturais, por outro lado, setores tradicionais
renovam (e recrudescem) seus ataques, realizando desde
campanhas de retomada dos valores tradicionais da
família até manifestações de extrema agressão e
violência física. (p.21) Commented [MB28]: Referência deve estar completa junto
da citação.
Reapresentar autor e ano dentro do parêntesis.
Em consonância com o que foi exposto por Louro, SILVA JR. (2011) Commented [MB29]: As citações não são apenas expostas
no texto, de forma sequencial. É preciso haver textos
destaca o papel que os Estado assume diante da questão: reflexivos que façam ligações entre elas e realizem a
exposição do posicionamento do autor.
Por sua vez, o Estado, que governa a escola, com
Commented [MB30]: Pelo autor supracitado...
frequência sustenta uma postura menos empenhada
Commented [MB31]: Sem caixa alta.
moralmente, e aborda a problemática mais sob o viés
demográfico, biológico e técnico do que propriamente o
humano e solidário. (p.221) Commented [MB32]: Referência deve estar completa junto
da citação.
Reapresentar autor e ano dentro do parêntesis.
Numa primeira incursão sobre o tema, é nítida a contribuição destes e
diversos outros pesquisadores e pesquisadoras da Educação Sexual e das
questões de gênero, presenteando-nos com um leque de trabalhos, pesquisas
e interpretações que podem ser de grande contribuição para compreendermos
os caminhos percorridos pela temática até os dias atuais.

6 METODOLOGIA

O desenvolvimento da pesquisa se dará através de revisão bibliográfica


junto a trabalhos já desenvolvidos sobre a história da Educação Sexual no
Brasil a fim de conhecer o trato dedicado à questão pelo Estado em diferentes
contextos históricos. Dessa forma esse trabalho caracteriza-se como uma
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pesquisa bibliográfica ressaltando que “a pesquisa bibliográfica não é mera


repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o
exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões
inovadoras” (LAKATOS, E. M.; MARCONI, 2003, 183). Commented [MB33]: Tópico não se inicia ou encerra com
citação. Inserir pensamento reflexivo pessoal de introdução ou
finalização do assunto abordado. Revisar e corrigir todo o texto.

REFERÊNCIAS

BARROSO C.; BRUSCHINI C. Educação Sexual: debate aberto. Petrópolis:


Vozes, 1982.

CÉSAR, M. R. A.. Gênero e Sexualidade na escola: notas para uma


'epistemologia'. Educar em Revista (Impresso), v. 35, p. 37-51, 2009.

FELIPE DA SILVA, B. C.; VERAS, M. V. do A. Ordem do Discurso e Educação:


sexualidade na Base Nacional Comum Curricular. Língua, Literatura e
Ensino, V. XIV, 2017. p. 183-199.

FIGUEIRÓ, M.N.D. Revendo a História da Educação Sexual no Brasil: ponto de


partida para a construção de um novo rumo. Nuances v. IV, p.123-133, 1998.
Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/84/96
Acesso em setembro de 2018.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de Metodologia


Científica. 5ª ed. Atlas, são Paulo, 2003.

LOURO, G. L.. Gênero e sexualidade: Pedagogias contemporâneas. Pro-


posições, V. 19, n. 2, maio/agosto de 2008. p.17-23

PINHEIRO, V. M dos S. História Recente da Educação sexual na Escola e da


Sexualidade no Contexto da Realidade Brasileira. Jornal Brasileiro de
Doenças Sexualmente Transmissíveis, V. 9 nº 1, 1997 p. 4-8.

ROSEMBERG, Fúlvia. Educação Sexual na Escola. Cadernos de Pesquisa nº


53, São Paulo, maio de 1985. p. 11-19. Disponível em:<> Acesso em

SILVA JUNIOR, J. A. da. Sexualidade e Educação: um diálogo necessário.


Revista Lugares da Educação, V. 1, n. 2, Bananeiras, 2011. p. 218-238.
Disponível em: <> Acesso em:
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VIANNA, C. P. Estudos sobre gênero, sexualidade e políticas de educação:


das ações coletivas aos planos e programas federais – TESE

WEREBE, M.J.G. Implantação da Educação Sexual no Brasil. Cadernos de


Pesquisa, São Paulo, n. 26, p. 21-28, 1978. Disponível em:
<http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1718/1702> Acesso
em: setembro de 2018.

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