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Índice
Apresentação................................................................................................... 04
Agradecimentos.............................................................................................. 05
Os Cânones de DORT..................................................................................... 06
Thomas Magnum
A Depravação Total......................................................................................... 08
Morgana Mendonça
Eleição incondicional...................................................................................... 13
Thiago Oliveira
Expiação Limitada.......................................................................................... 17
Graça Irresistível............................................................................................. 23
Luciana Barbosa
Fred Lins
Thomas Magnum
Doxologia .......................................................................................................... 37
3
Apresentação
A razão central deste trabalho de fato é a Soberania de Deus. Por muito tempo teólogos
de várias linhas discutem no que concerne a Salvação do homem. No entanto é
importante destacar que a Tulip (Os cinco pontos do Calvinismo) se trata de uma
teologia absolutamente centrada na Palavra de Deus, cuidadosamente analisada ao
longo da história da igreja. Quando digo analisada não me refiro de uma forma
mecânica ou controladora no tocante a Palavra de Deus, mas sim no desejo, nos
decretos do Nosso Senhor.
Enquanto os Arminianos creem que o homem é livre pra escolher o seu destino eterno
(Salvação) nós os Calvinistas cremos na Soberana vontade de Deus, segundo os seus
propósitos. Esta Obra retrata através de homens e mulheres o quão Magnifico é o
Senhor dos exércitos.
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Agradecimentos
Equipe,
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Junho de 2014
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Os Cânones de Dort
por Thomas Magnum
Muitos crentes tem pavor do termo calvinismo, muitos nunca sequer leram nada,
mas, sabem que não são calvinistas. É interessante como a igreja no decorrer da história
abandonou suas raízes doutrinárias e abraçou uma série de pensamentos que estão
distantes dos ensinos das Escrituras Sagradas. Nossa história começa no século XVI
com os documentos produzidos por consequência da Reforma Protestantes essas
confissões iniciadas pelo catecismo de Heidelberg até chegarmos ao século XVII.
Pelo fato de as igrejas dos Países Baixos, em comum com as principais Igrejas
Protestantes da Europa, subscreverem as Doutrinas Reformadas da Bélgica e as
Confissões de Heidelberg, os arminianos resolveram fazer uma representação ao
Parlamento Holandês. Este protesto contra a Fé Reformada, cuidadosamente escrito,
foi submetido ao Estado da Holanda, e, em 1618, um Sínodo Nacional da Igreja reuniu-
se em Dort para examinar os ensinos de Arminius à luz das Escrituras. Depois de 154
calorosas sessões, que consumiram sete meses, Os Cinco Pontos do Arminianismo
foram considerados contrários ao ensino das Escrituras e declarados heréticos. Ao
mesmo tempo, os teólogos reafirmaram a posição sustentada pelos Reformadores
Protestantes como consistente com as Escrituras, e formularam aquilo que é hoje
6
conhecido como Os Cinco Pontos do Calvinismo (em honra do grande teólogo francês,
João Calvino). [1]
Vontade Livre
Eleição condicional
Expiação universal
Dessa refutação aos ensinos arminianos surge os cânones de Dort . Nesse pequeno
ensaio estaremos abordando biblicamente os cinco pontos do calvinismo, demonstrando
a diversidade de textos bíblicos que dão suporte a teologia reformada e que o
arminianismo está errado em sua teologia que diminui a glória da graça de Deus e
centraliza o homem e seu “livre arbítrio”.
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Depravação Total
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O Apóstolo Paulo é claro, oferecendo a realidade do nosso estado antes da
regeneração ou novo nascimento. Estávamos mortos, isto é, mortos por conta dos
nossos pecados, corrompidos totalmente, de fato, depravados. Todavia, esse homem foi
criado à imagem (Ec 7.29) e semelhança de Deus (Gn 1.26-27). Deus deu uma ordem
(Gn 2.16-17) ao homem e através dessa obediência o homem poderia obter vida. De
forma consciente o homem falhou desobedecendo a Deus (Gn 3.6), rebelando-se contra
o seu Criador. Pecado esse conhecido como a "Queda do Homem", trazendo uma trágica
realidade: o homem está morto espiritualmente e sofreu uma ruptura na ligação da sua
alma com Deus o que mais adiante resultou em morte física.
Romanos 5.12 "Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que
todos pecaram”.
Adão como representante de toda a raça humana, afetado pelo pecado e pelo
pecado a morte, condicionando assim toda a humanidade a um estado de destituição
para com o Criador. Com isso tornando o homem objeto da justa ira de Deus, e por
conta desse pecado a morte passa a todos os homens. A humanidade recebeu essa
herança da culpa do pecado e por isso todos nascem totalmente depravados e
espiritualmente mortos. Significando uma natureza má, não de forma intensiva e sim
extensiva, no que se define todo o nosso ser, isto é, intelecto, emoções e vontades, no
qual, estão corrompidos pelo pecado.
Romanos 3.10-18 "Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não
há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se
extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há
nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam
enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de
maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos
há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus
diante de seus olhos".
Eclesiastes 7.20 "Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e
nunca peque”.
Salmos 14.1-3 “Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se
corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem. O Senhor
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olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse
entendimento, que buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram
imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um”.
Compare com o salmo 53 e perceba que é o único Salmo que se repete, Gerando
uma inabilidade total para reconciliar-se com o Seu Criador, esse homem depravado,
por si só, é completamente incapaz de crer em Cristo verdadeiramente. Vejamos o que
mais uma vez Paulo diz:
Romanos 3.23 "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus".
Esse estado "destituído" do homem para com Deus o torna eternamente morto,
se Deus não tomar a iniciativa de salvá-lo, ele continuará assim. Impossível ao homem
fazer algo de si mesmo que contribua para a sua salvação. Essa doutrina chamada por
alguns da incapacidade humana ensina que de fato, torna-se impossível que um pecador
escolha a Deus. Devendo isso preceder a obra vivificadora e regeneradora do Espírito
Santo. O próprio Cristo afirma que a eleição é incondicional, a graça é irresistível.
João 6.44 “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu
o ressuscitarei no último dia”.
Essa obra chamada "regeneração" antecede o arrependimento, confissão e
crença genuína no Evangelho. O próprio Espírito Santo cumpre a sua função de
convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo. (João 16.8)
Na Confissão de Fé de Westminster [3], encontramos a seguinte afirmação:
O homem, por sua queda em um estado de pecado, perdeu
completamente toda a capacidade de desejar qualquer bem
espiritual que acompanhe a salvação; portanto como homem
natural inteiramente contrário ao bem e morto em pecado, ele
não é capaz, por sua própria força, de converter-se ou mesmo
preparar- se para isso.
Quando Deus converte um pecador e o transfere para o estado
de graça, Ele o liberta de sua natural escravidão ao pecado, e
somente por Sua graça, Ele permite que ele livremente deseje e
faça o que é espiritualmente bom [...].
No Catecismo de Heidelberg [4] observamos:
Somos então tão corruptos ao ponto de sermos totalmente
incapazes de fazer qualquer bem que seja, e inclinados para
todas as perversidades? Resposta: Certamente nós somos, exceto
se formos regenerados pelo Espírito de Deus.
Na Confissão Belga [5] há uma declaração:
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"Tornando- se ímpio, perverso e corrupto em todas as suas práticas, ele perdeu
todos os dons excelentes, que tinha recebido de Deus. Nada lhe sobrou destes dons,
senão pequenos traços, que são suficientes para deixar o homem sem desculpa."
As Escrituras Sagradas, inerrante e suficiente, afirma fazendo assim das
confissões e catecismo relevante:
Tito 3.3-5 "Porque também nós éramos outrora insensatos, desobedientes,
extraviados, servindo a várias paixões e deleites, vivendo em malícia e inveja odiosos e
odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e
o seu amor para com os homens, não em virtude de obras de justiça que nós
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da
regeneração e renovação pelo Espírito Santo."
Ao declarar a depravação em sua totalidade, queremos afirmar três coisas:
2. Primeiro, todos os homens, exceto Cristo, são depravados e transgressores (Sl
142-3; Sl 53.2-3)
3. Segundo, em cada parte, são depravados. Seus atos, emoções, vontades,
corações, pensamentos são comprometidos pela sua condição diante de Deus.
4. Terceiro, de forma completa em cada parte, os homens são depravados. Não há
uma parcialidade, cada parte do homem é totalmente depravada e não há
nenhum bem em parte alguma.
Com isso veremos a necessidade da Cruz, revelação da Sua Graça, que impossibilita
o homem a fazer qualquer coisa para concertar sua real situação para com o Criador de
todas as coisas, para a Sua Glória.
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NOTAS:
[1] BAREN, Gise Van. Depravação Total. FirelandMissions: janeiro de 2013
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[4] As três formas de Unidade das Igrejas Refromadas – A Confissão Belga, O
catecismo de Heidelberg e Os Canones de Dort. Editora: Puritanos, 2009. (Parte 1, Dia
do Senhor 3, Pergunta 8. Ref.: Gn6.5; Jó 14.4; Is 53.6; Jó 3.3-5.)
[5]As três formas de Unidade das Igrejas Refromadas – A Confissão Belga, O catecismo
de Heidelberg e Os Canones de Dort. Editora: Puritanos, 2009. (Confissão Belga -
artigo XIV.)
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ELEIÇÃO INCONDICIONAL
Por Thiago Oliveira
Efésios 1: 3-5 –“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como
também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus
Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
Para elucidar essa questão precisamos entender que lá no Éden o homem pecou ao ser
induzido pela serpente a comer do fruto proibido. Esse evento é chamado de “Queda”.
Os arminianos, isto é, aqueles que defendem o Livre-Arbítrio, precisam entender que ao
cair a humanidade morreu, e não apenas se machucou. O homem não quebrou uma de
suas pernas e mesmo manquejando ou se arrastando consegue ir até a presença de Deus
e lá O adora. Efésios 2: 1 é taxativo: Estávamos mortos em nossos delitos e pecados.
Todos nós temos que concordar num ponto: Morto não toma decisões, é impossibilitado
de fazer escolhas. No entanto, e se o homem tornar a viver? É possível isso? Para Deus
sim. Como está escrito: Ele nos vivificou (Ef 2:5). Não é à toa que quando Jesus é
interrogado por Nicodemos sobre o que fazer para herdar a vida Eterna, o Messias
responde: Necessário é nascer de novo (leia o capítulo 3 do Evangelho de João e medite
sobre essa conversa entre Cristo e o Mestre da Lei). Novo Nascimento é reviver
transformado pela atuação sobrenatural do Espírito. É como na visão do profeta
Ezequiel que viu Deus dar vida ao vale de ossos secos. Louvado seja o Senhor!
13
Neste capítulo, Moisés explica que o homem depois de ter sido
enganado por Satanás se rebelou contra o seu Criador, tornou-
se totalmente mudado e degenerado, a ponto de a imagem de
Deus, no qual ele tinha sido formado, ter sido destruída. Ele,
então, declara que o mundo inteiro, que tinha sido criado para
o bem do homem, caiu junto com ele da sua posição primária, e
que neste estado muito de sua excelência natural foi destruída.
Romanos 3:24-26- “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção
que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue,
para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que
ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.”
Romanos 3:27-28- “Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras?
Não; mas pela lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as
obras da lei.”
No céu ninguém vai te abordar dizendo: “Fui salvo por orar 5 horas todos os dias e pelo
sopão que entregava toda sexta. E você?” Esqueça a meritocracia e aceite a sua
condição miserável de não achegar-se a Deus sozinho. Essas são as palavras de Jesus
(Jo 6:44): “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia.”
Mesmo correndo o risco de ser redundante, quero aqui elencar os seguintes pontos:
a) Porque estávamos mortos espiritualmente. Quem nos revela essa condição terrível
é a própria Escritura. Anteriormente falamos da tragédia que foi a Queda e o seu
resultado tenebroso. Não reconhecer essa condição de “mortos espiritualmente” não é
uma refutação endereçada aos calvinistas, mas sim um agravante erro teológico, além de
ser fruto de um coração obstinado e orgulhoso que se rebela contra a soberania divina
no ato de salvar (Ef 2:1 e 5; Gn 2:17).
b) Nosso estado era de depravação total. Nossa consciência estava cativa aos desejos
carnais. Vivíamos acorrentados pelos prazeres mundanos e não dávamos um passo
sequer na direção de Deus. Estávamos imundos e nos sujávamos ainda mais. O
Altíssimo em Sua Glória olhou para a humanidade e não encontrou ninguém capaz de
14
fazer o bem. Entre milhões de milhões e milhares de milhares não havia um único justo
(Ef 2:3; Rm 3:12; Jo 8:34).
b) Porque Ele é Soberano. Quem é o homem para questionar a Deus? Onde ele estava
quando tudo foi criado? Que conselhos deu o homem a Deus? Tudo que o Senhor faz é
perfeito. Ele em Sua infinita sabedoria planejou todas as coisas e não há nada que
escape do Seu senhorio. Não devemos esquecer que Deus é onipotente, onisciente e
onipresente e nós não passamos de verme (Jó 25:6; Rm 9: 18; Fl 2:13).
c) Ninguém tem motivos para se orgulhar diante Dele. Paulo é bem claro quando diz
que a salvação não é por obras para que ninguém se glorie. Quando chegarmos perante
o Justo Juiz, nada poderemos dizer que seja favorável a nossa sentença. Na Eternidade
não vai haver alguém dizendo: Eu fui salvo por orar 3 horas por dia e distribuir “sopão”
toda sexta-feira. E você, fez o que para estar aqui? Não fizemos nada para merecer o
status de co-herdeiros com Cristo. Toda honra seja dada a Jesus. Porque d’Ele, por Ele e
para Ele são todas as coisas (Rm 11:36; Ef 2:9; Rm 3:27).
João 6:65 – “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia.”
João 15:16 – “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei,
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em
meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.”
2 Tessalonicenses 2:13 – “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos
amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade.”
Tiago 1:18 –“Por sua decisão ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos
como que os primeiros frutos de tudo o que ele criou.”
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1 Pedro 1:1 – “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, peregrinos
dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia.”
E a responsabilidade humana?
Resposta: No Éden, o homem feito à imagem e semelhança de Deus, no exercício de
sua liberdade, escolheu pecar (Rm 5:12).
Seria injusto?
Resposta: Não. Pois, Deus não escolhe dentre inocentes, mas dentre pecadores
culpados e indesculpáveis. Se não fosse a Eleição, todos pereceriam, pois todos
merecem a Ira, ou seja, a punição por seus delitos (Ef 2:3).
Tudo me foi dado por Cristo. Sou justo, remido, Filho, co-herdeiro, mais-que-vencedor
e nenhuma dessas qualidades me conferem honra. A única coisa que sei é que morri na
queda e fui ressuscitado pelo Senhor Jesus. A iniciativa parte d’Ele, em amor. Louvado
seja Deus. Finalizo aqui com uma citação de Martinho Lutero²:
“Não existe tal coisa como mérito humano aos olhos de Deus,
sem importar se esse mérito é grande ou pequeno. Ninguém
merece ser salvo. Ninguém pode ser salvo através das obras.
Paulo exclui todas as supostas obras do “livre-arbítrio”,
estabelecendo em seu lugar apenas a graça divina. Não
podemos atribuir a nós mesmos a menor parcela de crédito
para nossa salvação; ela depende inteiramente da graça
divina.”
______________
NOTAS:
16
Expiação limitada
Introdução
Definição do termo
17
o homem está separado de Deus, a ira dele disferida sobre todos, observamos que este é
um tema que se desenvolve em toda a escritura, logo, essa problemática na história da
redenção remete o trabalho de Deus trazendo o sacrifício vicário desde os tipos aos
antítipos. Quando falamos o temo “limitado” é que sabemos que Cristo morreu
especificamente e eficazmente por um número de pessoas, ou seja, por um povo.
O conceito de expiação no AT
A expiação no NT
A importância da expiação
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condenar pecadores que não tivessem suas transgressões expiadas. A importância disto é
fundamental, pois imagine que a ira de Deus não foi aplacada por um sacrifício
perfeito? O que isso causaria? A conclusão é simples, estaríamos debaixo da ira de
Deus, sem termos o preço dos nossos pecados pagos. Logo, caminharíamos para a
condenação do inferno.
Queremos enfatizar aqui que o Mitter, o centro, ou o fio que passou em toda
escritura do AT ao NT desaguando em Ap 13.8: “Cordeiro morto desde a fundação do
mundo”, é que Deus expia o pecado mediante sacrifício em prol de um povo específico,
portanto, a importância do termo expiação é basilar para nossa compreensão da
salvação.
Entendemos o tema dentro da história da salvação, vemos que ele existe, que foi
paulatinamente e pedagogicamente explanado na escritura até Cristo. Agora, vamos
apontar textos prova, só que de uma forma sistematizada o que chamamos de limitação
da expiação. Isto, para termos uma maior facilidade no entendimento da doutrina.
Faremos como um fotógrafo que foca em textos relevantes concernentes ao assunto,
diferentemente do que executamos acima, quando filmamos o movimento do conceito
expiação do AT ao NT sem levarmos em conta o aspecto da limitação dessa expiação.
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Um outro ponto da escritura que corrobora bem com nosso raciocínio é o texto
de Paulo que descreve a morte de Cristo deixando claro que é um cancelamento de
dívida (Cl 2.14). Devemos Perguntar então: O mundo inteiro está com sua dívida
cancelada diante de Deus? É claro que não, caso contrário ninguém seria mandado para
o inferno. A escritura deixa evidente que Cristo Morreu por Suas Ovelhas, Por Seu
Povo, Por Sua Igreja, ela distingue ou divide a humanidade, metaforicamente, como
ovelhas e cabritos (Mt 25.32,33, 34,41). As ovelhas são os crentes em Cristo e os
cabritos são os incrédulos. Os cabritos são atirados no inferno, lugar preparado para o
diabo e seus anjos. Eu pergunto: Cristo morreu pelos cabritos? É claro que não.
As ovelhas resplandecerão como o sol no reino que lhes foi preparado desde a
fundação do mundo. Por suas ovelhas Cristo deu sua alma (Jo. 10.14,15,26,27). Jesus
tem um rebanho que é composto pelos que creram Nele, e foi por eles que Ele deu Sua
vida. Observe o conselho que Paulo dá aos presbíteros de Éfeso em Atos 20.28 e o que
ele escreveu em Efésios 5.25.
A oração sacerdotal de Jesus não foi um pedido de salvação pelo mundo, mas
única e exclusivamente pelos Seus escolhidos, pelo Seu povo. Não faria sentido Cristo
morrer pelo mundo e se negar a orar pelo mundo. Cristo não orou pelo mundo porque
não morreu pelo mundo. Cristo orou por aqueles por quem daria Sua vida (Jo. 17.6-
9,12,15-17,19-26). Em suma, respondendo o que propomos na sentença: Por quem
Cristo Morreu? Por “Seu Povo”, Por “Suas Ovelhas”, Por “Sua Igreja”. Por ninguém
mais. Este é o ensino bíblico e evidente desde o AT leiamos Is 53.11,12.
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1- Um texto clássico usado pelos arminianos é João 3:16 que diz: Deus amou o
mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Embasado nesse texto eles dizem que quem quiser vir a Cristo vem livremente.
Refutação: O problema é que mesmo que o ser humano venha, ocasionaria a expiação
universal. Onde Cristo morreria por todos os homens, logo, mesmo sendo incrédulo ao
próprio Cristo a pessoa seria salva.
2- Um outro texto é: Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador,
Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da
verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens,
Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos,
para servir de testemunho a seu tempo. 1 Timóteo 2:3-6
Eles afirmam que “todos os homens” e “todos” devam significar todos os seres
humanos existentes.
3.1 Cristo morreu por alguns pecados de todos os homens. Não por todos os pecados de
homens específicos.
Refutação: Todos os homens tem alguns de seus pecados pagos, mas ninguém será
salvo.
3.2 Cristo pagou o preço na cruz por todos os pecados de todos os homens.
Refutação: Por que então todos não são libertos da punição do pecado?
Possível resposta do arminiano: Por causa da incredulidade deles; eles não crerão.
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Perguntamos: Mas essa incredulidade é pecado ou não? Se não, por que deveriam ser
eles punidos por ela?
Ainda respondemos: Se ele não morreu por esse pecado de incredulidade, então ele não
morreu por todos os pecados deles.
Bibliografia:
22
GRAÇA IRRESISTIVEL OU VOCAÇÃO
EFICAZ
Você algum dia deve ter pensado e se perguntado: Nem todos os que ouvem o
convite do evangelho, aceitam e chegam à salvação, por que? A principio destacaremos
duas correntes de pensamento que respondem a esse questionamento.
Uma corrente vai dizer: O Espírito chama internamente todos aqueles que são
externamente chamados pelo convite do Evangelho. Ele faz tudo que pode para trazer
cada pecador à salvação. Sendo o homem livre, pode resistir de modo efetivo a essa
chamada do Espírito. O Espírito não pode regenerar o pecador antes que ele creia. A fé
(que é a contribuição do homem para a salvação) precede e torna possível o novo
nascimento. Desta forma, o livre arbítrio limita o Espírito na aplicação da obra
salvadora de Cristo. O Espírito Santo só pode atrair a Cristo aqueles que O permitem
atuar neles. Até que o pecador responda, o Espírito não pode dar a vida. A graça de
Deus, portanto, não é invencível; ela pode ser, e de fato é, frequentemente, resistida e
impedida pelo homem.( Arminianismo ou semipelagianismo).
A outra corrente vai dizer: Além da chamada externa à salvação, que é feita de modo
geral a todos que ouvem o evangelho, o Espírito Santo estende aos eleitos uma chamada
especial interna, a qual inevitavelmente os traz à salvação. A chamada externa (que é
feita indistintamente a todos) pode ser, e, frequentemente, é, rejeitada; ao passo que a
chamada interna (que é feita somente aos eleitos) não pode ser rejeitada. Ela sempre
resulta na conversão. Por meio desta chamada especial o Espírito atrai irresistivelmente
pecadores a Cristo. Ele não é limitado em Sua obra de aplicação da salvação pela
vontade do homem, nem depende, para o Seu sucesso, da cooperação humana. O
Espírito graciosamente leva o pecador eleito a cooperar, a crer, a arrepender-se, a vir
livre e voluntariamente a Cristo. A graça de Deus, portanto, é invencível. Nunca deixa
de resultar na salvação daqueles a quem ela é estendida, ou seja, graça irresistível.
(Calvinismo).
23
dos nossos ouvidos, e assim conseguimos ver a maravilhosa, excelente, excelsa,
magnífica graça e amor de Deus e podemos ouvir o maravilhoso evangelho do Seu
filho, a saber, Jesus Cristo, e desse modo, não temos outra escolha a não ser abraçar esse
Deus que é maravilhoso e agora viver para sempre glorificando. Isso é o que significa
graça irresistível.
Imagine comigo um cego e um morto. Ambos num encontro com Jesus. O cego sendo
curado passa a ver. Ele não fez nada, não mereceu e não comprou a cura. Simplesmente
Jesus venceu sua doença e incapacidade física. Ele não teve como resistir à cura. Tudo
agora que ele podia fazer era ver e se alegrar nisso. Agora ele poderia ver a verdade e
contemplar a Jesus. Duvido que ele pedisse para ser cego novamente. Agora vamos ao
morto. Esse mais semelhante a nós. Ele não faz absolutamente nada para viver. Não
percebe Jesus chegando. Nada. E de repente está de pé, respirando e com sangue
correndo nas veias. Nova vida, nova chance. Sem merecer, pedir e muito menos querer.
Jesus simplesmente venceu a morte e o trouxe a vida. Graça! Não o imagino triste ou
pedindo para ser um morto de volta.
Para Deus e sobre nossa salvação, graça não é somente aquilo que recebemos sem
comprar. É aquilo que recebemos sem comprar, merecer, conseguir, roubar ou achar. Ela
faz tudo! Ela me achou, me alcançou, me chamou e salvou. Graça não é um evento
isolado, é uma corrente diária que flui do alto para nós. Ela continua me achando,
alcançando, chamando, salvando, sustentando, consolando, alegrando, fortificando e
amando. Não por mim, mas para a glória de Deus que decidiu concedê-la a mim. A
graça vence todos os meus problemas e pecados porque ela me venceu primeiro.
João 1.12-13: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus."
João 3.3-8: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele
que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como
pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua
mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
24
nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da
carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito:
Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não
sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito."
João 5.21,25: "Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também
o Filho vivifica aqueles que quer [...] Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora,
e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem
viverão."
João 6.37,44,45: "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira
nenhuma o lançarei fora [...] Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não
trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos
ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim."
Romanos 9.18-24: "Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.
Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua
vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada
dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?1 Ou não tem o oleiro poder sobre o
barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que
direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com
muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a
conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes
preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas
também dentre os gentios?"
I Coríntios 4.7: "Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido?
E, se o recebeste, por que te glórias, como se não o houveras recebido?"
II Coríntios 3.5-6: "Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como
de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes
de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra
mata e o espírito vivifica."
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braçadas, para que sua vida seja salva. O que você precisa nesse instante não é só de um
conselho, um bom conselho, você precisa ser resgatado!
Essa é nossa condição natural; somos pecadores perdidos, mortos no pecado e não
podemos reviver a nós mesmos. Nossos ouvidos estão surdos ao convite do evangelho,
nossos olhos estão cegos à sua luz, precisamos de um milagre que só o Espirito Santo
tem o poder para nos conceder tão maravilhosa graça.
Diante de tudo isso que foi dito, o que pensarmos então sobre o APELO após as
pregações:
A doutrina da depravação total é inequívoca. Efésios 2.1 nos ensina que o homem está
“morto em seus delitos e pecados”. Isto é, um homem-morto espiritualmente não possui
a capacidade de ir a Deus ou até manifestar desejo por Deus, a não ser que este o queira
e o convença mediante o Espírito Santo do pecado do juízo e da justiça. Além disso, as
Escrituras também ensinam que “Ninguém pode ir a Cristo se o Pai, não o enviar.” Em
outras palavras isso significa que nenhum homem pode ou tem poder para ir até Cristo
por vontade própria.
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Sola Gratia, Soli deo gloria!
¹Retirado e traduzido de um trecho de What We Believe About The Five Points of
Calvinism, Desiring God. (via Monergismo)
Hoekema, Anthony; salvos pela graça 3°edição
renatovargens.blogspot.com/.../03-motivos-basicos-porque-nao-faco.htm
27
A perseverança dos santos
por Fred Lins
Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são
seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade. (II Tm 2.19)
“Uma vez salvos, salvos para sempre!”. A máxima mais conhecida entre os
reformados define em poucas palavras, mas essencialmente a Doutrina da Perseverança
dos Santos. O texto Bíblico citado chama-nos atenção para uma doutrina que se
encontra dentro da TULIP (cinco pontos calvinistas). A perseverança dos santos é uma
doutrina que nos transmite segurança e produz alento em meio às incertezas e
adversidades deste mundo (II Tim 1.12). Então alguns que andam em uma vida libertina
podem achar precedente para continuar em uma vida pecaminosa? Jamais! Como diz
Paulo: “De modo algum. Agora, porém transformados em servos de Deus, tendes o
vosso fruto para a santificação, e por fim, a vida eterna...” (Rm 6.15,22). A verdadeira
Doutrina da Perseverança dos santos também nos incita e desafia à fidelidade, e à
consagração pessoal por meio da palavra, da oração, da comunhão, do exercício da
disciplina cristã, enfim, todos os meios cooperam para que os fins sejam
indubitavelmente alcançados (apresentados diante de Deus íntegros e irrepreensíveis).
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É garantida somente a todos aqueles que foram eficazmente chamados por Deus
e em Cristo santificados.
Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a
aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo(Fil. 1.6).
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma,
e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo.
Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.(I Tes. 5.23-24).
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande
misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus
Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não
se pode murchar, guardada nos céus para vós, que mediante a fé estais guardados na
virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo,
em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário,
que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da
vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache
em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; ao qual, não o havendo
visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável
e glorioso; alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.(I Pe.1:3-9)
Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos
santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção
por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade. (Fp 1.4-5)
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Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno. E confiamos quanto
a vós no Senhor, que não só fazeis como fareis o que vos mandamos. Ora o Senhor
encaminhe os vossos corações no amor de Deus, e na paciência de Cristo.
(II Tes. 3.3-5)
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus,
vivendo sempre para interceder por eles. (Hb 7.25)
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e
bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à
purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se
ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras
mortas, para servirdes ao Deus vivo?E por isso é Mediador de um novo testamento,
para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do
primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. (Hb 9.12-
15)
Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente
permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.(I Jo 3.9)
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o
conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.(Jo. 14.16-17)
E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e
porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim.
(Jr. 32.40)
Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel,
diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as
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escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo; e não ensinará
cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o
Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados e de
suas prevaricações não me lembrarei mais. (Hb. 8.10-12)
O Eleito não pode cair total e finalmente da Graça, ou seja, voltar ao estado de
não-regenerado, mas poderá à medida que negligencia as disciplinas eclesiásticas se
submeter a um estado temporário de pecado. O salvo até pode pecar, contudo, [uso de
muitas palavras repetidas no texto] jamais o pecado terá domínio sobre a vida dele.
Ele não perderá a salvação, mas com certeza sofrerá as consequências temporais
do deslize, tais como:
Bibliografia utilizada:
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O Calvinismo e a Piedade Cristã
por Thomas Magnum
32
Isso não era verdade João Calvino foi criado por sua mãe de forma piedosa, sua genitora
o conduzia pela mão nos caminhos e no temor do Senhor.
Conhecido como um dos grandes homens de todos os tempos, ele era uma força motriz
tão expressiva que influenciou a formação da igreja e da e da cultura ocidental de modo
como nenhum outro teólogo ou pastor conseguiu fazer. Sua exposição habilidosa das
Escrituras possuía características doutrinárias da Reforma Protestante, tornando-o,
indiscutivelmente, o principal arquiteto da causa protestante. Sua impetuosa abordagem
da teologia definiu e articulou as verdades essenciais daquele movimento que alterou a
história da Europa no Século dezesseis. [1]
Para Calvino a base para uma correta vida piedosa era o correto conhecimento da
verdade bíblica. Como lemos em Tito 1.1:
“Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e
o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade”.
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Calvino entendia que o conhecimento do verdadeiro Deus traria uma vida piedosa e
santificada.
...deve observar-se que somos convidados ao conhecimento de Deus, não àquele que,
contente com vã especulação, simplesmente voluteia no cérebro, mas àquele que, se é
de nós retamente percebido e finca pé no coração, haverá de ser sólido e frutuoso.[4]
...Jamais o poderá alguém conhecer devidamente que não apreenda ao mesmo tempo a
santificação do Espírito. (...) A fé consiste no conhecimento de Cristo. E Cristo não
pode ser conhecido senão em conjunção com a santificação do seu Espírito. Segue-se,
consequentemente, que de modo nenhum a fé se deve separar do afeto piedoso. [5]
A frase, que é segundo a piedade, qualifica a verdade de uma forma especifica, da qual
ele esteve falando, e ao seu tempo recomenda sua doutrina a partir de seu fruto e
propósito, visto que seu alvo único é promover o culto divino correto, e manter a
religião genuína entre os homens. E assim ele livra sua doutrina de toda e qualquer
suspeita de vã curiosidade, como ele fez diante de Félix (Atos 24.10) e igualmente
diante de Agripa (Atos 26.1). Visto que todos os questionamentos supérfluos que não se
inclinam para edificação devem ser com toda razão suspeitos e mesmo detestados pelos
cristãos piedosos, a única recomendação legitima da doutrina é que ela nos instrui na
reverência e no temor de Deus. E assim aprendemos que o homem que mais progride na
piedade é também o melhor discípulo de Cristo, e o único homem que deve ser tido na
conta de genuíno teólogo é aquele que pode edificar a consciência humana no temor de
Deus. [6]
E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou
a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;
34
estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de
inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores,
aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males,
desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural,
irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são
dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também
consentem aos que as fazem. Romanos 1.28-32
A Bíblia nos mostra que o homem está completamente distanciado de Deus, está
destituído da glória, o homem não entende as coisas divinas e não busca a Deus.
No entanto Deus tem um povo que Ele escolheu, para serem conforme a imagem
de seu Filho, que são o sal da terra e a luz do mundo. Esse povo faz toda a diferença, um
povo que glorifica a Deus e que vive e prega sua Palavra. O princípio ético da Escritura
é trazer conforto e equilíbrio a vida social. Uma política onde os princípios éticos da
palavra de Deus são violados será a ruína de uma nação, um sistema educacional em
que o homem é entronizado e a Bíblia não é citada como fonte de ética salutar, levará
uma sociedade também a ruína moral e espiritual. A perseverança dos santos é outra
doutrina que podemos mencionar como extremamente importante para o povo de Deus
e para aqueles que são beneficiados de forma colateral pelo Evangelho de Cristo. A vida
regrada dos santos levará a um modelo de trabalho, santidade, vida comum, familiar e
espiritual. Aqueles que foram eleitos incondicionalmente por Deus, perseverarão na
busca da justiça, da vida devota e piedosa, isso são implicações éticas marcantes pela
presença da igreja. A expiação limitada nos levará em particular a compreensão do amor
de Deus por seu povo, de sua providência e cuidado para com os seus, isso é confortante
por sabermos que estamos sempre aos cuidados do nosso Deus.
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Conclusão
Estudar o pensamento de Calvino sobre a piedade cristã revelará a importância que o
reformador dava a vida prática do cristianismo Bíblico, afirmações de que o calvinismo
não valoriza a prática da piedade cristã está fundamentada em desconhecimento do que
o calvinismo ensina, um estudo mais apurado sobre a reforma e suas extensões irá
mostrar o quanto à doutrina reformada é comprometida com a sã doutrina e a vida santa,
diante de um Deus que é santo.
36
Doxologia
Romanos 11.33-36
37