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NASSAU PSICOLOGIA DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
AUTISMO
Equipe:
Psicologia 5ª Semestre MA
Professora: Selênia
FORTALEZA/CE
11/2014
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SUMÁRIO
AUTISMO....................................................................................................3
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO4
O PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA....................................................9
OBSERVAÇÃO DE CAMPO..................................................................10
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INTRODUÇÃO
O autismo se manifesta de maneira grave por toda vida. O termo vem do grego
“autós”, que significa de si mesmo. Um transtorno de desenvolvimento, o problema
aparece nos três anos de vida.
Não é uma doença, tampouco uma anomalia. As pessoas com autismo costumam
ser fisicamente perfeitas e são muito diferentes uma das outras.
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1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Tudo começou quando a mesma largou os empregos, investiu tudo numa doença
que ninguém sabia o que era o autismo, e não internou o filho que tinha graves crises. A
mesma sabia que o desafio dado por Deus era imenso, já que o mesmo não tinha lugar
para autistas, não havia médicos preparados para tratar e fazer um diagnóstico precoce,
nem escolas que os aceitassem.
Fátima deu a volta por cima e em 1993, fundou a Casa da Esperança. E, se num
dia, ela tinha apenas dez famílias apostando em sua ideia, nos dias seguintes já havia
centenas de outras querendo fazer parte daquele sonho. Mulher engajada nos
movimentos sociais e conhecida no meio político, diante das dificuldades, foi
conquistando apoio e convencendo pessoas, empresas e governos a investirem na
entidade. Hoje, a Casa da Esperança tem sede também no Pará e vários outros estados
desejam não somente ter uma entidade que cuide dos autistas, mas sim uma Casa da
Esperança.
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se aplicavam a todos os casos, o que exigiu e exige sempre novas pesquisas. E do
mundo chegava o clamor de crianças com autismo criadas em cárceres privados, relatos
de tratamentos desumanos e desalentadoras notícias de recursos subitamente subtraídos
pelo poder público, o que comprometia seriamente a continuidade do trabalho. Foi
pensando em aprofundar e ampliar o trabalho, de modo que mais e mais pessoas com
autismo e suas famílias tivessem uma vida melhor que conseguiram o credenciamento
do SUS, o que os deu suporte financeiro para garantir a manutenção e ampliação do
empreendimento. E assim, tendo em vista o aprofundamento do conhecimento sobre o
autismo, despertaram o interesse e o respeito de grandes profissionais e organizações
pela Casa da Esperança, como Ami Klin, então coordenador do Programa de Autismo
da Americana Universidade de Yale, onde são promovidos congressos, jornadas, além
de publicações de livros e trabalhos científicos.
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O Núcleo de Assistência a Saúde (NAS) da Casa da Esperança é credenciado pelo
SUS para realizar procedimentos de médias e altas complexidades de acordo com a
Portaria /GM Nº 1.635 de setembro de 2002, do Ministério da Saúde, que objetiva
garantir o acompanhamento de pacientes com transtorno mental e autismo através da
estimulação neurosensorial. Graças a essa parceria, a grande maioria dos procedimentos
realizados pela organização com pacientes residentes na cidade de Fortaleza pode ser
feita de forma pública e gratuita.
A família tem como função primordial a sociabilidade e o bem estar físico dos
seus integrantes principalmente durante a infância e a adolescência. É na família que o
indivíduo vive suas primeiras experiências e adquire a consciência social que irá nortear
suas decisões para o exercício pleno de sua cidadania. Os conceitos, os valores e as
convicções que são adquiridas nas relações familiares são determinantes para o processo
de aceitação de si mesmo e do outro.
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Na Casa da Esperança o NAF existe para dar apoio às famílias com autismo e tem
como objetivo favorecer o intercâmbio de informações entre a família e equipe
terapêutica e educacional no intuito de potencializar os resultados das intervenções e
prestar atendimento às famílias objetivando a inclusão e participação social.
A missão desse programa tem como objetivo “implementar estratégias para incluir
efetivamente estudantes autistas na escola regular incentivando neste sentido famílias e
instituições educacionais, bem como garantir o acompanhamento dos estudantes e
promover o monitoramento integral deste processo para a garantia de sua estabilidade e
continuidade.”
Na Casa da Esperança, cerca de 80% das crianças em idade escolar estão incluídas
na escola regular, e recebem no contra turno acompanhamento específico, além da
visitação sistemática à escola.
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significativa contribuição para a confirmação da Casa como referência mundial no
atendimento a pessoas autistas.
3. O PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA
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invasivos do desenvolvimento atuando na reabilitação neuropsicológica de cada um
deles para que possam interagir e incluir-se junto ao mundo.
4. OBSERVAÇÃO DE CAMPO
As pessoas são muito bem recebidas, existem projetos para os pais que esperam
seus filhos. Oficinas de bordado, de pintura. Há um acompanhamento junto à família da
criança junto com a equipe multidisciplinar oferecendo uma melhor qualidade de vida a
família.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Certos adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional.
Porém, os problemas de comunicação e socialização causam, frequentemente,
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dificuldades em muitas áreas da vida. Adultos com autismo continuarão a precisar de
encorajamento e apoio moral na sua luta para uma vida independente. Os profissionais
da casa da Esperança sempre aconselham aos pais que devem procurar programas para
jovens adultos autistas bem antes dos seus filhos terminarem a escola.
Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se
pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras ou até mesmo que não sabe
alguma. Problema na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em
alguns casos, pode estar realmente presentes, mas como dito acima nem todos são
assim. Às vezes é difícil definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela nunca
teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na verdade,
alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da média.
Esperamos que com nossa visita outras pessoas possam se interessar ao assunto,
que um dia possam-se quebrar esses mitos e preconceitos e esperamos ter semeado uma
semente de interesse e curiosidade a respeito da Casa da Esperança e que outras pessoas
possam ir viver essa experiência e sentir essa inundação de amor que eles transmitem.
Encerramos este trabalho com outra visão sobre o autismo e satisfeitas com o
mesmo.
DIÁRIO DE CAMPO
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vezes a renda do SUS não é suficiente para cobrir as despesas e pagar os funcionários,
causando uma rotatividade de profissionais. Mesmo enfrentando problemas financeiros,
a casa é bem organizada e alegre. Com um jardim na entrada muito bonito e áreas de
interação e lazer para os pacientes. Quanto à conservação da casa, ajustes e pintura são
feitos com colaboração dos pais. Que doam materiais, ou fazem bingo para arrecadarem
dinheiro e fazerem esses reparos.
Fomos recebidos por uma assistente social, que trabalha na instituição há dez
anos, ela nos conduziu pela casa, mostrando setor por setor e explicando qual a função
de cada um deles. Cada setor era uma aprendizagem nova, pois mesmo conhecendo a
deficiência e sabendo as limitações, quando nos deparávamos com a situação, podemos
dizer que ficamos um pouco chocadas, mais mesmo assim não perdemos a forma neutra
de como analisar tudo aquilo que estava sendo visto.
A Casa da esperança é uma referencia internacional, onde tivemos a
oportunidade de observar de perto como é realizado um trabalho deste tão lindo e que
exige bastante dedicação, tudo feito com muito amor e carinho. A instituição
desenvolve um trabalho que é ligado diretamente a pessoa que tem autismos, onde visão
a qualidade de vida do deficiente e a integração do mesmo na sociedade, a instituição
ensina o deficiente como realizar os seus afazeres no dia a dia, assim como também
ensinam aos pais a lutarem pelo espaço deles dentro da sociedade. A equipe faz um
acompanhamento familiar, que é o momento deles se comprometerem a levar seus
filhos, a participar das palestras porque o trabalho não é só com os pacientes, a família
que está junto a instituição, a família torna-se também paciente. Na casa as mães ajudam
nos custos financeiros, eles têm uma oficina onde realizam trabalhos artesanais
(bordados de blusas, bolsas, panos de prato, toalhas, entre outros), que depois de
concluídos vendem dentro e fora da instituição, ajudando tanto a casa como a eles
mesmos, que ganham uma porcentagem na venda.
Foi dito pela assistente social que o primeiro passo do tratamento é a aceitação
das famílias ao Autismo, isso é um processo delicado e que leva um tempo. A Casa da
Esperança é composta por vários tipos de graus de autistas, desde os clássicos, aos mais
leves. Autismo que na maioria das vezes é acompanhado por alguma outra deficiência,
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seja motora, ou outras síndromes (Ex: Síndrome de Down). Atualmente o autista mais
novo na Casa tem 03 anos e o mais velho tem 44 anos.
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