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DE CÁLCULO DE
PEGADA HÍDRICA
PARA EDIFICAÇÕES
DIRETORIA | SINDUSCON-SP
FICHA TÉCNICA
SINDUSCON-SP
Morenno de Macedo
Gerente Executivo
Sandra Cristina Bertoni Serna Quinto
Arquiteta
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Virgínia Dias de Azevedo Sodré - Infinitytech
Lilian Sarrouf - COMASP/SindusCon-SP
Vanessa Lima Nunes Dias - COMASP/SindusCon-SP
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
AUTORES
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente
Bruno Fukasawa,
Marina Roque Oliveira
Letícia Costa Cavallini
Virgínia Dias de Azevedo Sodré
TRISUL S.A.
Cleberson Ferraz
Victor Dias
PROJETO GRÁFICO
Setor de Comunicação - SindusCon-SP
Publicado em 26/11/2019
Este conteúdo está disponível para download no site do
SindusCon-SP: www.sindusconsp.com.br
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
APRESENTAÇÃO | SINDUSCON-SP
Boa Leitura!
Odair Senra
Presidente SindusCon-SP
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
APRESENTAÇÃO | CAIXA
DEPOIMENTOS
O SindusCon-SP, através do seu Comitê de Meio Ambiente- COMASP, orienta e apoia as construtoras
associadas no desenvolvimento da sustentabilidade como estratégia de negócio, e neste sentido, tem na
correta gestão dos recursos hídricos, um dos seus temas prioritários.
O Guia tem o objetivo de orientar e padronizar a elaboração de Inventários de Pegada Hídrica para o Setor
da Construção Civil, pois acreditamos que não há gestão sem informação.
Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Vice-Presidente do SindusCon-SP
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Esse projeto é muito importante para a definição de diretrizes e padrões de sustentabilidade rela-
cionados à gestão de recursos hídricos na construção civil, fomentando a incorporação de boas práticas
pelo setor.
No curto prazo, propõe-se que as conclusões desse projeto subsidiem o processo de revisão do Selo Casa
Azul no que tange à definição dos critérios pertinentes à gestão eficiente da água. No longo prazo, preten-
demos criar uma base robusta de informações sobre a apropriação de recursos hídricos pela indústria da
construção civil, entre outros fatores, para subsidiar a tomada de decisões.
É importante ponderar que a ideia não é criar mais um mecanismo de classificação de empreendimentos
focado em uma única categoria (no caso, recursos hídricos), mas sim analisá-la com mais profundidade e
aperfeiçoar iniciativas como o Selo Casa Azul, que busca reconhecer e incentivar a adoção de um rol de so-
luções sustentáveis na produção de empreendimentos, reforçando o compromisso da Caixa com o alcance
dos ODS – Objetivo do Desenvolvimento Sustentável.
Morenno de Macedo, Gerente Executivo de Promoção de Negócios Sustentáveis da CAIXA
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O SindusCon-SP, através de seu Comitê de Meio Ambiente - Comasp, vem protagonizando por mais
de 20 anos ações para o desenvolvimento sustentável da construção civil brasileira.
Foram inúmeros projetos: Madeira Legal, Gestão de Resíduos, Economia Circular, Eficiência Energética,
Gases de Efeito Estufa e outros, todos disponíveis no site do SindusCon-SP. Recentemente através de sua
coordenadora técnica, Lilian Sarrouf, liderou as Comissões de Estudo das normas ABNT NBR 16783:2019 -
Uso de fontes alternativas de água não potável em edificações e a NBR 16782:2019, Conservação de água
em edificações - Requisitos, procedimentos e diretrizes. Esta última experiência culminou na publicação,
com a participação de tradicionais e importantes parceiros, como a Caixa e o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento – PNUD, do Guia da Pegada Hídrica, importantíssimo instrumento para o uso
consciente de recurso fundamental para a vida, a ÁGUA.
Fabio Villas Bôas, Coordenador do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP
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O processo de construção da Metodologia foi muito discutido com as empresas e “traduzido” para
a realidade do setor. A experiência das empresas com a elaboração do inventário de emissões de gases de
efeito estufa também contribuiu neste trabalho.
Conceitos como gestão de riscos foram incorporados nas orientações para a concepção dos empreen-
dimentos. Um olhar diferenciado nos projetos e a correta escolha de sistemas construtivos e materiais
poderão contribuir muito com a redução da Pegada Hídrica.
Lilian Sarrouf, Coordenadora Técnica do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Os principais objetivos do Guia: padronizar e normalizar as métricas relativas ao uso da água, homo-
geneidade nas informações e na geração de indicadores, melhoria no gerenciamento hídrico nos empre-
endimentos e assertividade nas decisões.
O guia aponta que o protagonismo do setor de edificações traz consigo a inegável responsabilidade sobre a
utilização eficiente de recursos naturais, entre eles a água, sendo necessário o estabelecimento de indicado-
res que permitam avaliar criteriosamente a eficiência ambiental das obras e auxiliem tomadores de decisão
na escolha por materiais e processos que resultem em menores impactos negativos ao meio ambiente.
Virgínia Sodré, Diretora da Infinitytech
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Está na política da empresa a questão da sustentabilidade. Então acompanhamos periodicamente as
discussões sobre os temas. A participação no grupo de trabalho mostra que o guia é totalmente viável. No
transcorrer das atividades testamos a ferramenta, demos sugestões e participamos da elaboração justa-
mente para ser uma ferramenta prática para uso. A metodologia é totalmente aplicável e não tem segredo,
é fácil de usar e fácil de implementar no canteiro de obras.
Wilson Feldberg, Diretor da Fawer Engenharia
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O Guia é uma ideia muito bacana, daqui para frente iremos conseguir implantar em nossas obras,
pois estamos sempre atentos à questão da sustentabilidade. Em alguns de nossos canteiros de obras faze-
mos controles, mas queremos aprofundar a questão. O tema sustentabilidade vem tendo uma crescente
aceitação e a pegada hídrica vai pelo mesmo caminho. A sustentabilidade, dentre outros aspectos, está
ligada a não poluir; com o guia, vamos conseguir cuidar dos recursos hídricos e entender que, se cuidarmos
hoje, teremos um futuro mais próspero.
David Almeida, Analista de Qualidade da MRV Engenharia
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As construtoras estão cada vez mais atentas a questões relacionadas à sustentabilidade, como redu-
ção do consumo de água no canteiro e nos empreendimentos, e redução da pegada hídrica, que são con-
ceitos diferentes. O manual traz luz aos conceitos relacionados à pegada hídrica e padroniza uma forma de
cálculo que serve de referência para a tomada de ação pelas construtoras. Ele tem o mérito de tornar um
tema complexo, com diversos estudos e formas de avaliação, em algo acessível, com embasamento, passo
a passo e exemplos. Parabéns a todos os envolvidos pela iniciativa e pelo trabalho, e espero que venham
mais com esse formato colaborativo, que é muito rico.
Eduardo Tasse Damião, Analista de Desenvolvimento Tecnológico da Tecnisa
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Sem dúvida alguma, o Guia é mais uma ferramenta que vai ajudar a monitorar e conhecer novos
indicadores para medir os impactos causados pelo setor.
Djanio Souza, Coordenador de Qualidade e de Meio Ambiente da Tegra Incorporadora
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O manual é um derivativo de uma equipe multidisciplinar e propõe uma uniformidade das informa-
ções, colocando todos os agentes no mesmo caminho, com a chancela da CAIXA. O Guia apresenta uma
leitura simples, possui termos técnicos de fácil entendimento, e tem tudo para adquirir mais adeptos e
mais visibilidade.
Victor Dias, Coordenador de Sustentabilidade da Trisul
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO | SOBRE O GUIA................................................................................................... 12
INTRODUÇÃO | RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO NO BRASIL............................................ 14
1. PEGADA HÍDRICA: CONCEITOS E APLICAÇÕES............................................................................. 18
1.1 Conceito e relevância na gestão de recursos hídricos.............................................................18
1.2 Avaliação da pegada hídrica.....................................................................................................19
1.3 Literatura especializada sobre pegada hídrica para edificações..............................................20
1.4 Outras iniciativas de avaliação de impacto sobre recursos hídricos........................................25
2. DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES.................... 28
2.1 Definições metodológicas........................................................................................................28
2.1.1 Definição de metas e escopo.................................................................................................28
2.1.2 Decomposição da pegada hídrica..........................................................................................29
2.1.3 Definição de métrica comum: pegada hídrica específica......................................................31
2.1.4 Definição de padrões: categorização, agregação e homogeneização...................................32
2.1.5 Simplificações adotadas.........................................................................................................35
2.1.6 Implicações teóricas de destaque..........................................................................................36
2.2 Processo participativo junto a construtoras e incorporadoras................................................37
2.2.1 Metodologia de participação.................................................................................................37
2.2.2 Bases documentais e visão geral sobre ações em prol da água............................................39
2.2.3 Gestão de água em canteiros: valores e indicadores............................................................41
2.2.4 Avaliação por curvas ABC de custos e de PH de materiais....................................................46
2.2.5 Ferramenta de Cálculo de Pegada Hídrica para Edificações (FPHedif)....................................50
3. ROTEIRO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES................................................ 54
3.1 Levantamento de dados...........................................................................................................54
3.2 Pegada hídrica de obra.............................................................................................................56
3.2.1 Pegada hídrica de obra direta – PHobra,d.................................................................................58
3.2.2 Pegada hídrica de obra indireta – PHobra,i..............................................................................68
3.2.3 Pegada hídrica de obra – PHobra.............................................................................................72
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
na facilidade de comunicação junto a tomadores de decisão e ao público não especializado por meio
da agregação de múltiplas variáveis complexas em um único valor; sua grande desvantagem, todavia,
resulta exatamente da inerente perda de informações ocorrida na simplificação. Indicadores podem
ser utilizados para estabelecimento de benchmarking no mercado, bem como de Key Performance
Indicators (KPIs) para acompanhamento de ações e monitoramento de metas, sendo elementos in-
dispensáveis de planejamento e gestão.
O protagonismo do setor de edificações no desenvolvimento urbano traz consigo a inegável res-
ponsabilidade sobre a utilização eficiente de recursos naturais, entre eles a água, sendo necessário
o estabelecimento de indicadores que permitam avaliar criteriosamente a eficiência ambiental dos
empreendimentos e auxiliem tomadores de decisão na escolha por materiais e processos que resul-
tem em menores impactos negativos ao meio ambiente. No entanto, hoje não há clareza sobre como
mensurar os impactos das atividades do setor sobre os recursos hídricos, havendo notável carência no
estabelecimento de métricas comuns que permitam avaliações direcionadas. Nesse contexto, a pos-
sibilidade de utilização da pegada hídrica surge como grande oportunidade de avanços nesse campo.
Frente a essa lacuna, este Guia metodológico de cálculo de pegada hídrica para edificações ob-
jetiva apresentar metodologia de cálculo de pegada hídrica desenvolvida para o setor de edificações
brasileiro, trazendo aspectos conceituais, procedimentos adotados no desenvolvimento, roteiro de-
talhado de cálculo, exemplos e resultados de testes e de aplicações práticas. O processo de desen-
volvimento adotado prezou pela participação ativa de construtoras e incorporadoras associadas do
SindusCon-SP, buscando aderência às práticas, possibilidades e expectativas do setor. A participação
dos técnicos da Caixa Econômica Federal também contribui com a experiência de seus empreendi-
mentos, sendo essa possivelmente a primeira iniciativa brasileira no tema, ao final do guia são dis-
cutidas possibilidades de aprimoramento da metodologia, apontando possíveis caminhos a serem
tomados por futuros estudos que venham a enriquecer os conhecimentos sobre o assunto.
Espera-se que os aprendizados obtidos ao longo do desenvolvimento da metodologia e apre-
sentados neste documento ensejem a realização de novos estudos na área, ampliando a compre-
ensão sobre a pegada hídrica para edificações e potencializando práticas positivas de gestão de
recursos hídricos.
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
FIGURA 1
Balanço quali-quantitativo de disponibilidade de água
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 1
Índices de atendimento urbano de água, coleta, e tratamento de esgotos por UF brasileira
Índice de Índice de
atendimento Índice de coleta esgoto tratado
Região UF
urbano de esgoto (%) referido à água
de água (%) consumida (%)
Acre 65,41 18,98 18,98
Amapá 40,44 13,80 13,02
Amazonas 88,37 47,28 43,59
Pará 57,02 9,65 6,27
N
Rondônia 62,13 10,12 7,97
Roraima 99,69 72,88 72,88
Tocantins 98,03 30,97 30,81
Total região N 69,95 24,77 22,58
Alagoas 88,71 22,35 20,04
Bahia 94,70 54,65 50,42
Ceará 79,83 38,16 37,26
Maranhão 73,83 28,13 9,18
Paraíba 91,78 39,21 38,10
NE
Pernambuco 90,56 31,06 31,01
Piauí 96,40 11,46 11,37
Rio Grande do Norte 91,13 29,78 29,71
Sergipe 94,34 30,86 30,86
Total região NE 88,78 37,95 34,73
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Índice de Índice de
atendimento Índice de coleta esgoto tratado
Região UF
urbano de esgoto (%) referido à água
de água (%) consumida (%)
Espírito Santo 90,59 54,39 41,77
Minas Gerais 92,59 64,47 37,88
SE Rio de Janeiro 93,71 50,80 33,64
São Paulo 98,60 82,18 64,56
Total região SE 95,94 69,37 50,39
Paraná 99,97 72,00 71,58
Rio Grande do Sul 97,38 30,02 25,82
S
Santa Catarina 97,19 28,97 28,01
Total região S 98,44 46,92 44,93
Distrito Federal 98,71 84,42 84,42
Goiás 97,52 54,62 47,95
CO Mato Grosso 97,65 40,10 33,23
Mato Grosso do Sul 99,34 42,49 42,46
Total região CO 98,10 56,07 52,02
Nacional 92,98 58,04 46,00
(1) Indicador operacional de água IN023. Refere-se à porcentagem da população urbana abastecida por água potável.
(2) Indicador operacional de esgoto IN015. Refere-se à porcentagem de esgoto coletado referentemente à água consumida.
(3) Indicador operacional de esgoto IN046. Refere-se à porcentagem de esgoto tratado referentemente à água consumida.
Fonte: MDR/SNS, 2019c.
Ao longo do território nacional a prestação de serviços de coleta varia, mostrando-se mais inten-
siva nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Além disso, mesmo os índices de coleta de esgoto entre
capitais podem variar significativamente, como é o caso de São Paulo (89,9%) e Rio de Janeiro (47,7%
para a região atendida pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos e 19,8% para a Fab Zona Oeste
S.A.) segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (2019b). A Figura 2 a seguir repre-
senta a distribuição por faixas dos dados de atendimento urbano de esgoto referido aos municípios
atendidos com água, facilitando a visualização da distribuição deste indicador no país.
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
FIGURA 2
Abrangência de coleta de esgotos por UF
O índice de tratamento de esgoto, que relaciona o volume tratado com o coletado, evidencia
que a coleta não implica no encaminhamento dos efluentes para uma estação de tratamento; mesmo
para os estados com maiores índices de coleta, a porcentagem de esgoto tratado não representa a to-
talidade do volume coletado na maioria dos casos (Tabela 1). Novamente, mesmo para as capitais os
índices de tratamento variam muito, como para Curitiba (100%), São Paulo (84,9%) e Belo Horizonte
(76,6%) segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (2019b).
A gestão de recursos hídricos é um assunto altamente complexo, e a atuação de atores priva-
dos, públicos e sociedade civil deve ser articulada em múltiplos níveis, englobando a visão ampla e
sistêmica na escala do país, regiões e bacias hidrográficas, bem como na de municípios, microbacias,
edificações e, em última instância, indivíduos.
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Dentre as diversas metodologias de
GUIA METODOLÓGICO DE avaliação
CÁLCULO DEde PEGADA
impactos humanos
HÍDRICA sobre
PARA os recursos hídricos,
EDIFICAÇÕES
a pegada hídrica é um dos principais indicadores quantitativos do comprometimento direto e
indireto de água ao longo do ciclo de vida de produtos, usuários, empreendimentos, empresas,
cidades, países etc. O conceito foi desenvolvido pelo professor israelense Arjen Hoekstra em
vemPEGADA
2002 e1. HÍDRICA:
sendo, desde então, aprimoradoCONCEITOS E APLICAÇÕES
e difundido pela Water Footprint Network (WFN),
tendo como importante marco a publicação do “Manual de Avaliação da Pegada Hídrica”
1.1 Conceito e relevância na gestão de recursos hídricos
(HOEKSTRA et al., 2011), material que serve como referência para todos os trabalhos na área.
Dentre as diversas metodologias de avaliação de impactos humanos sobre os recursos hídricos,
De forma maishídrica
a pegada é umHoekstra
objetiva, dos principais
et indicadores quantitativos
al (2011) define do comprometimento
pegada hídrica como “um direto e indi- do
indicador
reto de água ao longo do ciclo de vida de produtos, usuários, empreendimentos, empresas, cidades,
uso de água que considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, mas,
países etc. O conceito foi desenvolvido pelo professor israelense Arjen Hoekstra em 2002 e vem
também, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da
sendo, desde então, aprimorado e difundido pela Water Footprint Network (WFN), tendo como im-
apropriação demarco
portante recursos hídricos”.
a publicação A metodologia
do “Manual estabelece
de Avaliação da Pegadatrês tipos
Hídrica” de pegada
(HOEKSTRA hídrica,
et al., 2011), cada
qual relacionado a distintas maneiras de comprometimento de
material que serve como referência para todos os trabalhos na área. recursos hídricos.
De forma mais objetiva, Hoekstra et al (2011) define pegada hídrica como “um indicador do
Pegada hídrica azul (PHazul): água proveniente de uma bacia hidrográfica
uso de água que considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, mas, tam-
(superficial ou subterrânea), evaporada, incorporada a um produto ou retirada
bém, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da apropriação de
e devolvida a outro corpo hídrico. Relevante para agricultura, indústria e uso
recursos hídricos”. A metodologia estabelece três tipos de pegada hídrica, cada qual relacionado a
doméstico. A PHazul se refere à água “perdida” em determinado processo,
distintas maneiras de comprometimento de recursos hídricos.
geralmente por evaporação ou incorporação ao produto.
Pegada
PHazulhídrica azul (PH
= água ): água proveniente
evaporada
azul
de uma bacia hidrográfica
+ água incorporada + vazão(superficial
de retornoou subterrânea),
perdida
evaporada, incorporada a um produto ou retirada e devolvida a outro corpo hídrico. Relevante para
agricultura, indústria e uso doméstico. A PHazul se refere à água “perdida” em determinado processo,
Pegada por
geralmente hídrica
evaporação verde (PHverde
ou incorporação ao):produto.
água precipitada, armazenada no
solo,
evaporada, transpirada ou incorporada pelas plantas. Relevante para produtos
PHazul= água evaporada+água incorporada+vazão de retorno perdida
agrícolas, horticultura e florestais ou para a irrigação.
Pegada hídrica verde (PHverde): água precipitada, armazenada no solo, evaporada, transpirada ou
PHverde pelas
incorporada = evaporação
plantas. Relevantede água
para verde
produtos + incorporação
agrícolas, de água
horticultura e florestais ou paraverde
a irrigação.
PHverde= evaporação de água verde+incorporação de água verde
Pegada hídrica cinza (PHcinza): quantidade de água doce necessária para
assimilar poluentes e atender aos parâmetros de qualidade da água. Considera
Pegada hídrica cinza
a poluição (PHcinza):pontual
de fonte quantidadelançada
de água doce
a umnecessária
cursopara
de assimilar
água doce poluentes e atender
diretamente ou
aos parâmetros de qualidade da água. Considera a poluição de fonte pontual lançada a um curso de
indiretamente
água doce diretamenteatravés de escoamento
ou indiretamente superficial
através de escoamento ou lixiviação
superficial dosolo.
ou lixiviação do solo.
L
PHcinza =
(cmax − cnat )
L carga de poluente
cL
máx
carga de poluente
concentração máxima aceitável do poluente no corpo hídrico
cc
máx
nat
concentração máxima
concentração natural1 aceitável
do poluente do poluente
no corpo hídrico no corpo hídrico
cnat concentração natural1 do poluente no corpo hídrico
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
A avaliação da PH deve ser realizada dentro de um escopo bem definido, com objetivos, metas
e procedimentos estabelecidos, bem como deve embasar propostas de melhoria ao final da análise.
O processo é composto por quatro etapas principais e por meio das quais são examinados os usos
direto e indireto da água do objeto de estudo. As etapas contemplam a definição dos escopos espa-
cial e temporal para a avaliação da pegada hídrica; quantificação (cálculo) da pegada hídrica; análise
dos resultados com relação à sustentabilidade do entorno; e, por fim, propõe medidas corretivas ou
de melhoria.
O primeiro passo consiste na definição da meta final, ou seja, aquilo que se almeja pela avalia-
ção da pegada hídrica. Esclarecido este ponto, deve-se definir o escopo de estudo, como os produtos
ou processos avaliados, classes de PH consideradas, e escalas espacial e temporal.
Uma importante definição desta etapa é o ponto de truncamento, isto é, até qual processo será
realizada a análise retroativa ao longo da cadeia de processos. Não há orientação definitiva para a de-
finição deste ponto e, na prática, apenas algumas etapas do processo contribuem substancialmente
para a pegada hídrica. Dessa forma, é necessário avaliar de maneira criteriosa quais as etapas mais
influentes na pegada hídrica dentro do escopo e definir com clareza até que ponto a avaliação da
pegada hídrica deve ser realizada.
19
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
FIGURA 3.
Etapas de cálculo de pegada hídrica – a pegada hídrica de processo é a unidade básica
Pegada Hídrica de um Pegada Hídrica de um grupo Pegada Hídrica dentro de uma
grupo de produtores de consumidores (p. ex.: um país, área delimitada geograficamente
(p. ex.: um setor) estado ou município) (p. ex.: um país ou uma bacia)
Por meio dessa abordagem, é possível também calcular a pegada hídrica para diferentes atores
do ciclo produtivo, como empresas e clientes. Por exemplo, a PH de um consumidor pode ser dimen-
sionada pela pegada de todos os produtos que ele consome, bem como pela apropriação de água
que este realiza durante o uso destes itens.
Avaliação de sustentabilidade | R
elação da pegada hídrica com o cenário
A metodologia da WFN propõe que, para análise da sustentabilidade da pegada hídrica, se-
jam consideradas características do cenário em estudo, cabendo compreensão de como as pe-
gadas hídricas interagem com o entorno. Devem ser levadas em conta as características do pro-
cesso em seu contexto geográfico-temporal. Recomenda-se que a avaliação apresente como
contexto geográfico a bacia hidrográfica, dado que a utilização de unidades territoriais hidrológicas
permite a melhor comparação com parâmetros usuais para recursos hídricos, como disponibilidade
hídrica, pluviometria e capacidade de assimilação de poluentes pelos corpos hídricos. Assim, situações
de estresse hídrico, secas intensas, usos consuntivos de água e variabilidade sazonal no regime hídrico
podem ser consideras na avaliação da pegada hídrica. No caso específico de um contexto geográfico
que já possua, em determinado período ou cronicamente, pegada hídrica global insustentável, a PH
de um processo, produto ou empresa automaticamente também será considerada insustentável. Caso
contrário, pode-se considerar a PH insustentável para um ou mais pilares da sustentabilidade.
Formulação de resposta | Definição de ações
Como etapa final da avaliação de pegada hídrica, devem ser definidas as ações para redução
da PH, considerando a hierarquia de prioridades da sustentabilidade. Além disso, a PH pode ser uti-
lizada como base para o estabelecimento de benchmarking, de modo a gestão de recursos hídricos
possa ser mensurada e possam ser difundidas boas práticas entre os atores da cadeia produtiva.
1.3 Literatura especializada sobre pegada hídrica para edificações
Historicamente, a utilização de PH como ferramenta de avaliação é muito ligada a produtos agro-
pecuários (HOKSTRA et al., 2011; GERBENS-LEENES et al., 2018), setor profundamente conectado ao
consumo de água. Nos últimos anos, entretanto, vêm sendo desenvolvidos estudos sobre pegada hídrica
de determinados materiais empregados na construção civil, como cimento (HOSSEINIAN & NEZAMO-
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
LESLAMI, 2016); aço, concreto e vidro (GERBENS-LEENES et al., 2018); e concreto (SILVA & VIOLIN, 2013;
BARRETO, 2015; LIMA et al., 2016; MACK-VERGARA & JOHN, 2017). A Tabela 2 abaixo resume distintos
estudos que tratam de pegada hídrica (ou de outros indicadores muito similares) para a construção civil.
TABELA 2
Compilação de estudos específicos de PH/água virtual na construção civil
Área de
Autor(es) Estudo Acesso
estudo
Estudo exploratório quanto ao
http://www.poliintegra.poli.usp.br/library/
Pessarello consumo de água na produção
São Paulo pdfs/7f3c9143404
(2008) de obras de edifícios: avaliação e
e82ba87639255e32062e6.pdf
fatores influenciadores
Modelling direct and indirect
McCormack et https://www.tandfonline.com/doi/
Austrália water requirements of
al. (2007) abs/10.1080/09613210601125383
construction
Assessment of water resource https://www.witpress.com/elibrary/
Bardhan
Índia consumption in building wit-transactions-on-ecology-and-the-
(2011)
construction in India environment/144/21933
http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/
Silva & Violin Maringá - PR Gestão da água em canteiros de
epcc2013/oit_mostra/Robson_Rodrigo_
(2013) (Brasil) obras de construção civil
da_Silva2.pdf
Proposta metodológica de
Fortaleza - CE http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/
Souza (2014) cálculo para pegada hídrica na
(Brasil) riufc/15082/1/2014_tese_jlsouza.pdf
construção civil imobiliária
Virtual water accounting
Meng et al. E-Town https://www.sciencedirect.com/science/
for building: case study for
(2014) (Beijing) article/pii/S0959652613008998
E-town, Beijing
Saade et al. Material eco-efficiency indicators https://www.emeraldinsight.com/doi/
Brasil
(2014) for Brazilian buildings pdfplus/10.1108/SASBE-04-2013-0024
21
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
A produção científica no tema de PH para o setor da construção civil ainda é escassa, seja no Brasil
(SOUZA, 2014) ou em demais países (MENG et al., 2014; HAN et al., 2016). Segundo Meng et al. (2014),
a maioria das ações em prol da conservação de água segue continuamente focando nos usos diretos
do recurso, sendo raros os estudos que avaliem apropriações de processos e materiais empregados.
Alguns poucos estudos também possuem abordagem mais completa, considerando tanto os
supracitados materiais como também usos em canteiro, tendo como objetivo o cálculo da PH total
da construção de empreendimentos. Exemplos são os trabalhos de de McCormack et al. (2007),
Bardhan (2011), Souza (2014), Meng et al. (2014), Wärmark (2015) e Han et al. (2016).
Conforme já comentado, a metodologia de pegada hídrica da WFN é bastante abrangente e confe-
re ao usuário alto grau de liberdade na definição de como realizar sua contabilização. Por isso, é muito
comum queestudos apresentem nomenclaturas, padrões e definições diferentes entre si, o que dificulta
a comparação imediata entre os resultados. O que Souza (2014) considera como PH direta, por exemplo,
não é o mesmo que Saade et al. (2014) ou Meng et al. (2014), sendo necessário algum esforço de “rea-
gregação” dos números para que seja possível comparar tipos de PH equivalentes entre si. Essa ressalva
é fundamental porque explicita a importância da definição clara dos procedimentos de decomposição e
cálculo de PH (como será abordado no item 2.1), ao passo que também justifica as adaptações realizadas
para relação dos valores de PHazul apresentados na Tabela 3. Principalmente para o setor de edificações,
é comum o emprego de pegada hídrica específica em função da área total construída (m³/m²).
TABELA 3
PHazul direta e indireta por m² construído
Direta(1) Indireta(2)
(m³/m²) (m³/m²) Total (m³/
Autor Local Tipo
m²)
m³/m² % m³/m² %
McCormack et Austrália Múltiplos 0,01-2,0 ~5% 1,5-19,0 ~95% 2,0-20,1
al. (2007) usos
Bardhan (2011) Calcutá (Índia) Residencial 2 7,2% 25,6 92,7% 27,61
Souza (2014) Fortaleza - CE Residencial 0,36 (3)
0,4% 93,62 99,6% 93,98
(Brasil)
Saade et al. Brasil Serviços - - 1,97(4) - -
(2014)
Meng et al. Pequim (China) Comercial 0,43(5) 2,1% 20,40 97,9% 20,83
(2014)
22
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Mesmo que em proporções diferentes, as pesquisas chegam à conclusão de que a maior parcela
da PH está relacionada aos usos indiretos (materiais), e não aos diretos em canteiro. Considerando
ainda somente os estudos de escopo e método semelhantes ao do presente guia, para alguns auto-
res, como é o caso de McCormack et al. (2007) e Bardhan (2011), a PH de materiais supera os 90%
Data: out-19 | Revisão: 00
da total.
Cliente: Ou| seja,
PNUD os consumos
Projeto: diretos
Guia Metodológico em canteiro são| Etapa:
Caixa/SindusCon-SP poucoEtapa
representativos,
06 – Produto 09 mas não desprezíveis,
(RT06)
80%
% PHazul
60%
40%
20%
0%
Revestimento
Compensado
Vidro
Tinta PVA
Areia
Aço
Cal hidratada
Eletrodutos/conduítes
Formas de madeira
Tinta acrílica
Cimento
Fios de cobre
Brita
Telha cerâmica
Argamassa
Tubos de PVC
Estrutura metálica
Pilaretes de madeira
para cobertura
cerâmico
de PVC
Figura 4. Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material para edificações de serviços. Concreto
Fonte: adaptado de Saade et al. (2014)
foi desagregado em cimento, areia e brita.
Fonte: adaptado de Saade et al. (2014)
Praticamente
Praticamente não hánãoestudos
há estudossobresobre outros
outros tipostipos de pegada
de pegada hídrica
hídrica (verdee/ou
(verde e/oucinza)
cinza) para
para o
o setor
setor da da construção
construção civil,sendo
civil, sendotodos
todoslimitados
limitadossomente
somenteààPH PHazul . A única
azul. única exceção
exceçãoééo orecente
recente
trabalho
trabalhodede Gerbens-Leenes
Gerbens-Leenes et etal.
al.(2018),
(2018),ememqueque os autores
os autores avaliaram
avaliaram a PH ados
PHprincipais
dos principais
ma-
materiais empregados na construção civil (aço, cimento e vidro) incluindo, além
teriais empregados na construção civil (aço, cimento e vidro) incluindo, além da PHazul, a PHazul da PH ,, a
cinza
PHcinza, ou seja, aquela referente aos volumes de água necessários para diluição de
ou seja, aquela referente aos volumes de água necessários para diluição de contaminantes
contaminantes resultantes dos processos de fabricação dos materiais. Uma das principais
resultantes dos processos de fabricação dos materiais. Uma das principais conclusões obtidas
conclusões obtidas é que a PHcinza é, para alguns casos, até 220 vezes superior à PHazul, como é
é que a se
possível PHverificar
cinza
é, para
naalguns
Figuracasos,
6. até 220 vezes superior à PHazul, como é possível se verificar
na Figura 6.
23
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA 5
Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material e processo
(direct water) em m³/m² para 17 edificações distintas.
25
Steel Concrete
Other metals Ceramics
Carpet Glass
Fiberglass batts Plasterboard
20 Plastic Paint
Timber products Direct water
15
m³/m²
10
0
NRCS 1
NRCS 2
NRCS 3
NRCS 4
NRCS 5
NRCS 6
NRCS 7
NRCS 8
NRCS 9
NRCS 10
NRCS 11
NRCS 12
NRCS 13
NRCS 14
NRCS 15
NRCS 16
NRCS 17
Empreendimento
Fonte: adaptado
Figura 5 de McCormack et al. (2007)
Figura 5. Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material e processo (direct water) em m³/m² para
NOTA: em “fonte”, mudar de “McCormack et al. (2007)” para “adaptado de McCormack et
al. (2007)” 17 edificações
FIGURAdistintas.
6
GráficoFonte: McCormack
de PHazul e PHcinza
paraetaço,
al. cimento
(2007) e vidro.
2500
1,90
400 2,0
350 1,8
2000 1,6
Demanda (m³/mês)
300
1,4
250 1,2
m³/m²
200 1,0
1500 0,60 0,8
150
0,41 0,42 0,39 0,42 0,6
l/kg
jan/14
fev/14
jun/14
set/14
jan/15
fev/15
jun/15
set/15
jan/16
fev/16
out/13
out/14
out/15
nov/13
dez/13
mai/14
nov/14
dez/14
mai/15
nov/15
dez/15
ago/13
mar/14
jul/14
ago/14
mar/15
jul/15
ago/15
abr/14
abr/15
1500
1300
500
Etapa
76,87 11,83
DT (m³) 2,17
DPA (m³/m²)
210 210 1,80 5,89
0
Figura 13 Aço não-ligado Aço-liga Cimento CP-II Cimento CP-II Vidro
PHazul (l/kg) PHcinza (l/kg)
Figura
Fonte: Gerbens-Leenes 6.(2018)
et al. Gráfico de PHazul e PHcinza para aço, cimento e vidro.
Fonte: Gerbens-Leenes et al. (2018)
Quanto à PHverde, nenhum dos estudos a considera, sendo possível concluir que sua contribuição
na composição da PH total da edificação é pouco representativa.
No 24
cálculo de alguns outros indicadores de sustentabilidade, como é o caso das emissões de
gases de efeito estufa (principalmente CO2), fatores como as distâncias de percurso entre o
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Quanto à PHverde, nenhum dos estudos a considera, sendo possível concluir que sua contribuição
na composição da PH total da edificação é pouco representativa.
No cálculo de alguns outros indicadores de sustentabilidade, como é o caso das emissões de
gases de efeito estufa (principalmente CO2), fatores como as distâncias de percurso entre o local de
produção e o canteiro são importantes. Para PH, Gerbens-Leenes et al. (2018) concluem que seu
valor (referente ao consumo de combustíveis veiculares) é muito reduzida quando comparada à de
produção dos materiais, sendo passível até mesmo de desconsideração.
Obviamente, um dos maiores obstáculos à totalização da PH de uma edificação é a obtenção
de coeficientes de PH de materiais (como l/kg, m³/ton, l/m² etc.), dado que os processos produti-
vos são complexos e a divulgação de informações por fabricantes ainda não é uma prática comum.
Há também a dificuldade adicional de que um mesmo insumo (por exemplo ferro) é utilizado na
produção de múltiplos produtos, o que requer abordagens detalhadas como o método sequencial
cumulativo (HOEKSTRA et al., 2011) para a distribuição da PH entre os diversos produtos gerados.
Pesquisadores da área apontam duas principais maneiras de se obter a PH de materiais,
sendo:
• Cálculo dos volumes de água por meio de bases de dados de Análise de Ciclo de Vida (ACV),
a partir de inventários como o Ecoinvent. (SAADE et al, 2014; WÄRMARK, 2015; GERBENS-LE-
EDENS et al., 2018). Esse método requer conhecimento profundo dos processos produtivos
específicos de cada um dos produtos.
• Solicitação de valores de uso de água diretamente aos fabricantes (SOUZA, 2014). Esse méto-
do requer que os fabricantes possuam conhecimento profundo das vazões retiradas, consu-
midas, perdidas e retornadas nos processos de fabricação.
Os coeficientes de PH em si serão melhor detalhados no item 3.2.2.1 e no ANEXO 1.
25
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 4
Resumo de características principais das iniciativas levantadas
Característica
Org. Iniciativa Objetivo principal Características de destaque
principal
Estruturação clara e completa para
divulgação de dados, servindo
também como guia para a empresa
Auxiliar na avaliação de compreender melhor sua realidade
CDP CDP-Water Questionário
investidores e acionistas referente à água. Gera abas
com métricas compatíveis com
Bloomberg WRVT, CDP-Water e Dow
Jones Water Index
Auxiliar na avaliação
Ferramenta muito clara em sua
de impactos externos,
Global abordagem e que traz análises
Ferramenta riscos para o negócio
WBCSD Water Tool combinadas entre as práticas
(MS Excel) e oportunidades
(GWT) da empresa e as condições dos
relacionadas à água em
entornos
uma organização.
Auxiliar na avaliação
de impactos externos, Ferramenta muito clara em sua
riscos para o negócio abordagem e que traz análises
Local Water Ferramenta
GEMI e oportunidades combinadas entre as práticas
Tool (LWT) (MS Excel)
relacionadas à água da empresa e as condições dos
em uma instalação ou entornos
processo específico.
Auxiliar na interpretação
Ferramenta de uso muito simples e
e avaliação das
que a partir de entradas qualitativas
informações divulgadas
Ferramenta gera análises (também qualitativas)
Ceres Aqua Gauge sobre a gestão da
(MS Excel) da empresa. Possui opção de “quick
água e fornecer uma
gauge”, uma análise expedita e
estrutura para orientar o
simplificada
engajamento e o diálogo.
Permitir a compreensão, Criação de mapas considerando
a partir de mapas de múltiplos parâmetros de risco, desde
Water Risk Ferramenta
WWF risco, da situação de estresse hídrico e cobertura de
Filter (WRF) online (mapas)
recursos hídricos em saneamento até índices de corrupção
escala global e regional e valores religiosos ligados à água
26
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Característica
Org. Iniciativa Objetivo principal Características de destaque
principal
Auxiliar na avaliação da
magnitude dos impactos
ambientais potenciais
relacionados à água,
Apresenta estruturação
sua mitigação e gestão
metodológica para cálculo de pegada
ISO ABNT estratégica, na promoção
ISO/ABNT Norma hídrica, permitindo inclusive que
14406 da eficiência hídrica e
outras metodologias (além da WFN)
otimização de processos,
sejam desenvolvidas
e no fornecimento de
informações consistentes
e confiáveis para
tomadores de decisão.
Auxiliar na criação de
Estabelece métricas utilizadas em
GRI GRI 303 Protocolo relatórios de divulgação
diversas outras iniciativas
da organização
CEO Auxiliar na criação de
CEO Water Estabelece métricas utilizadas em
Water Protocolo relatórios de divulgação
Mandate diversas outras iniciativas
Mandate da organização
Water Risk Quantificar os riscos Internalização dos riscos relativos à
Bloom- Ferramenta
Valuation financeiros associados água nas análises de riscos financei-
berg (MS Excel)
Tool (WRVT) à água ros da empresa
Monetização dos riscos da água.
Water Risk Ferramenta Monetizar os diferentes Ferramenta online altamente
Ecolab
Monetizer online riscos referentes à água arrojada, de fácil uso e muito clara
em seus objetivos
27
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
2. D ESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA DE
PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
O principal objetivo deste manual é orientar usuários no cálculo de pegada hídrica para edifi-
cações. A metodologia estabelecida pela WFN é bastante generalista e confere certa liberdade no
que se refere a definições e critérios a serem utilizados e, por isso, é necessária adaptação para sua
aplicação a finalidades específicas, tal como é o caso de do setor de edificações brasileiro.
Visando-se aliar rigor metodológico e aderência às práticas do mercado brasileiro, a metodo-
logia guiou-se tanto pelo respeito aos preceitos estabelecidos pela Water Footprint Network como
pela inclusão de participação direta de importantes atores do mercado de edificações. Tendo isso em
mente, os autores decidiram realizar dois grandes grupos de procedimentos, os quais serão detalha-
dos nos itens a seguir e constam resumidos abaixo.
• No item 2.1 são destacadas as definições metodológicas adotadas, buscando-se esclarecer
quais foram as adaptações e simplificações realizadas em relação à metodologia da WFN.
• No item 2.2 são descrevidos os procedimentos adotados para participação e colaboração
ativa de agentes atuantes no mercado, mais especificamente construtoras e incorporadoras
que atuam no setor de edificações em nível nacional.
O desenvolvimento das atividades dos dois grupos ocorreu concomitantemente, com elabora-
ção de documento técnicos alternadamente com a eventos de participação do Grupo de Trabalho
(GT) formado. Aspectos mais detalhados sobre o cálculo da PH em si serão abordados detidamente
no item 3 - ROTEIRO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES, sendo este capítulo
dedicado à exposição mais abrangente das definições metodológicas.
FIGURA 7
Fases da metodologia da WFN contempladas no guia
FASE 3 FASE 4
FASE 1 FASE 2
Avaliação de Formulação
Metas e escopo Cálculo da PH
sustentabilidade de resposta
Em termos de escopo, a base temporal para estudo da pegada hídrica engloba desde o projeto
– ou seja, a concepção do edifício– até o final de sua vida útil. Com isso, devem ser considerados os
processos dentro dos limites da própria edificação, seja durante a obra ou o uso, bem como as etapas
envolvidas na cadeia de suprimentos para a edificação.
28
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 5
Resumo das definições para cálculo de PH
Edificações residenciais
multifamiliares de padrão:
Produto considerado -
- Baixa; - Média; - Alta
Edificações comerciais/corporativas
29
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
PHobra
PHedifPH
............ PH da edificação
PH da edificação PHobra,i PH de obra indireta
edif
PHobra ........... PH de obra
PH.........
PHobra,d
obra
PH de obra PH de obra
direta PHuso PH de uso
PHobra,i .......... PH de obra indireta
PH
obra,d PH de uso
PHuso.................... PH de obra direta PHuso,d PH de uso direta
PHuso,d .......... PH de uso direta
Para o caso de PHuso
Figura , adotou-se
8. Estrutura geralsimplificação de quehídrica
do cálculo de pegada os usosparaindiretos (ou seja, referentes aos
edificações
materiais utilizados) não são contemplados. A justificativa é que os insumos utilizados ao longo da
Paraútil
vida o caso de PH
de uma uso, adotou-se
edificação têm simplificação
pouca ou quase de que os usosligação
nenhuma indiretos
com(oua seja, referentes
aplicação aos
de medidas de
materiais utilizados) não são contemplados. A justificativa é que os insumos utilizados ao longo
conservação de água ou uso de fontes alternativas passíveis de previsão de projeto, afastando-se do
da vida útil de uma edificação têm pouca ou quase nenhuma ligação com a aplicação de medidas
intuito deste estudo. Assim sendo, para PHuso somente os usos diretos de água serão considerados.
de conservação de água ou uso de fontes alternativas passíveis de previsão de projeto,
Além da decomposição
afastando-se apresentada
do intuito deste na Figura
estudo. Assim sendo, 8, procedeu-se
para à divisão
PHuso somente de diretos
os usos acordo de
com o tipo de
água
serão
PH: azulconsiderados.
e cinza. Conforme já abordado (item 1.3), a PH verde possui pouca relevância no caso de edi-
ficações ou construção civil em geral, sendo desconsiderada pela literatura internacional e nacional
Além da decomposição apresentada na Figura 8, procedeu-se à divisão de acordo com o tipo de
nesses casos. A Figura 9 ilustra o segundo nível de detalhamento da decomposição da PH.
PH: azul e cinza. Conforme já abordado (item 1.3), a PH verde possui pouca relevância no caso
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto:
de edificações Guia Metodológico
ou construção Caixa/SindusCon-SP
civil em | Etapa: Etapa 06 –pela
geral, sendo desconsiderada Produto 09 (RT06)
literatura
internacional
FIGURA 9
e nacionalEstrutura
nesses casos. A Figura 9 ilustra o segundo nível de detalhamento da decomposição
geral detalhada do cálculo de pegada hídrica para edificações
da PH.
PHobra,d,azul
PHobra,d
PHobra,d, cinza
PHobra
PHobra,i,azul
PHobra,i
PHedif PHobra,i,cinza
PHuso,d,cinza
3 Neste documento, faz-se diferenciação entre “demanda” e “consumo”, os quais são geralmente considerados
sinônimos em linguagem não técnica. Em definições mais específicas, “demanda” se refere à água retirada para
atendimento às necessidades de processos, enquanto “consumo” é a parcela que não retorna como efluente. A metodologia
de PH da WFN estabelece claramente que a PH azul se refere à água não retornada, e não à demandada (ou retirada),
justificando a diferenciação supracitada.
31
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 6
Variáveis de ocupação para cálculo de PHuso específica
Tipologia AC Unidade
Residencial Moradores l/morador/dia
Em relação ao período de análise, é possível trabalhar com medidas diferentes de acordo com
o resultado desejado. Sugere-se avaliar o desempenho do empreendimento ao longo de sua vida
útil, mensurando sua PH acumulada ao longo de sua existência, e preferencialmente em período
pré-determinado mais curto, como um ano. A consideração direta de toda a PH ao longo da operação
da edificação penalizaria empreendimentos com vida útil maior, o que não é adequado. Por isso, a
análise também deve ser feita para períodos pré-determinados e aplicáveis a qualquer edificação,
como por exemplo m³/AC/ano ou m³/AC/VUP (vida útil de projeto).
2.1.4 D
efinição de padrões: categorização, agregação e
homogeneização
Conforme será abordado no item 2.2.2, há notável heterogeneidade nas nomenclaturas, pa-
drões e agregações das bases de dados de orçamento, projeto e obra no setor de edificações, o que
foi identificado pela análise de bases documentais das empresas participantes do GT, sendo isso já de
conhecimento de profissionais do ramo de longa data.
Face a isso, foram adotados procedimentos de homogeneização das nomenclaturas visando-se
o estabelecimento de padrões comuns principalmente na categorização de materiais, etapa impres-
cindível para o cálculo da PHindireta. Além da agregação de materiais, também foram definidas oito
etapas de obra, objetivando a discriminação da PH de acordo com materiais e processos referentes à
execução da fundação, estrutura, vedação etc.
A homogeneização e agrupamento deram-se pela criação de quatro categorias distintas (ETP,
TIC, MAT1 e MAT2), conforme Tabela 7. De forma sucinta, cada um deles é como segue abaixo.
• ETP: divisão de acordo com as 8 etapas de obra definidas. Tem como objetivo discriminar a
pegada hídrica por etapa de obra.
• MAT1 e MAT2: categorias para identificação de materiais em níveis mais abrangente (MAT1)
e mais detalhado (MAT2). A título de exemplo, o material “barra de aço CA-50 Ø 12,5 mm”
32
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
aparece de inúmeras formas nos orçamentos analisados, havendo variações inclusive para
obras da mesma empresa. Esse insumo foi classificado como “Aço CA-50 Ø 12,5 mm” para
MAT2 e “aço” para MAT1. Foram estabelecidas 27 categorias de MAT1 e 205 de MAT2, bus-
cando-se aliar a possibilidade de análises mais detalhadas e a simplificação na aplicação da
metodologia.
TABELA 7
Campos de agrupamento de etapa e de materiais
Descrição/
Nome Valores Se refere a
justificativa
E1 Movimentação de terra
E2 Fundação
E3 Estrutura
Etapa de obra. Divisão E4 Vedação
ETP de acordo com etapas
de obra definidas E5 Instalação predial
E6 Pavimentação e infraestrutura
E7 Revestimento (interno e externo)
E8 Cobertura
Exemplo:
- aço
Agrupamento
MAT1 abrangente de Vide Tabela 8 - concreto
materiais
- tinta
- cimento
Exemplos:
- aço CA-50 Ø 8.0 mm, aço CA-50 12.5 mm...
Agrupamento
MAT2 Vide ANEXO 1 - concreto fck 15 MPa, concreto fck 20 MPa...
detalhado de materiais
- tinta PVA, tinta acrílica...
- cimento CP-II, cimento CP-III...
A divisão dos usos de água em canteiro por etapas de obra não é exatamente uma tarefa
simples, dado que em grande parte do tempo elas ocorrem concomitantemente e não há como
atribuir precisamente a cada uma delas os volumes demandados de água. O mesmo não ocorre
no caso de materiais, já que alguns deles são essencialmente referentes a uma etapa específica
(como tintas em revestimentos ou blocos de vedação em vedação), mas principalmente porque
os orçamentos são organizados em geral já considerando a alocação de materiais por etapa,
como é o caso de separação entre o concreto a ser utilizado na fundação e o que será emprega-
do na estrutura.
A categorização completa em MAT1 e MAT2 foi realizada conforme consta no ANEXO 1. Para
MAT1, categoria mais sucinta, os valores são apresentados também na Tabela 8 abaixo.
33
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 8
Categorização em MAT1
34
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Optou-se pela separação em classes distintas de alguns materiais que, à primeira vista, po-
deriam ser agrupados na mesma categoria. Um desses casos é o de lajes pré-fabricadas de con-
creto, as quais foram incluídas em classe específica, ainda que sejam compostas basicamente por
concreto e aço. Blocos de concreto também foram separados de concreto, buscando-se melhor
compreensão das diferenças de PH principalmente entre obras de estrutura convencional e alve-
naria estrutural.
TABELA 9
Exemplos de materiais agrupados como MAT1
35
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
mas sua real quantificação é limitada, uma vez que os cálculos requerem dados ainda indis-
poníveis de coeficientes de pegada hídrica (CPH) de materiais para a PHobra,i,cinza, bem como
informações relativamente complexas (como conhecimento sobre a destinação dos efluen-
tes gerados em canteiro) e fora do alcance imediato de profissionais. Um dos exemplos deste
guia (item 3.6) ilustra o cálculo de PHobra,d,cinza.
• PHuso só considera usos diretos: A PHuso é, em tese, composta pelas suas parcelas direta e
indireta. A indireta, referente a materiais/insumos consumidos pelos ocupantes, possui pou-
ca ou nenhuma relação com medidas de gestão de oferta e demanda de água, tendo maior
relação com o próprio usuário do que com a edificação em si. Portanto, a PHuso só considera
sua parcela direta, ou seja, .
• PHverde não é considerada: A pegada hídrica verde é essencialmente devida a processos de
evapotranspiração e/ou incorporação direta em espécies vegetais, principalmente produ-
tos agropecuários. Tendo isso em mente, e seguindo também as práticas da literatura in-
ternacional do tema de PH para edificações, essa componente de PH não foi considerada.
• PHobra,i: se refere somente a materiais efetivamente empregados na edificação, excluindo
aqueles referentes a transporte (combustíveis veiculares) e energia elétrica. Literatura aponta
que as PH de materiais secundários podem ser consideradas irrelevantes perante as de ma-
teriais como aço e concreto.
• Pegadas hídricas referentes à água diretamente utilizada em canteiro não foram conside-
radas: A água utilizada para suprimento dos usos de canteiro é, em si, também um insumo e
requer inúmeros processos (captação, tratamento, pressurização, transporte etc., variando
de acordo com a fonte de água) para que esteja disponível. Assim, os processos e insumos
requeridos para que 10 m³ de água da concessionária, por exemplo, cheguem ao canteiro
resultam também em apropriações de recursos hídricos. No entanto, esse cômputo é extre-
mamente complexo, já que há inúmeros fatores a serem considerados, como transposição
de bacias hidrográficas, multiplicidade de sistemas produtores de água em áreas metro-
politanas, desníveis geométricos, distintos processos de tratamento aplicados de acordo
com a qualidade da água bruta dos mananciais, condições hidrogeológicas distintas, entre
outros. Portanto, neste guia considerou-se que as águas oriundas de diferentes fontes (con-
cessionária, caminhão-pipa, poço, água de chuva, reúso etc.) não possuem pegadas hídricas
referentes a seus processos de produção.
2.1.6 Implicações teóricas de destaque
A metodologia de cálculo de pegada hídrica leva a algumas implicações pouco intuitivas que po-
dem confundir o leitor. Por isso, serão melhor esclarecidas neste tópico três das principais questões
passíveis de entendimento incorreto.
Implicação 1. Práticas de conservação de água reduzem a PHazul, mas não alteram a PHcinza.
A PHazul é definida como a água “perdida” em determinado processo. Em outras palavras, sua
quantificação dá-se pela subtração dos volumes retornados (esgoto) daqueles demandados, estando
estes relacionados pelo coeficiente de retorno (“C”).
A PHcinza, por sua vez, não depende das vazões de esgoto/efluentes, e sim de sua carga. A
carga é uma relação de massa/tempo, não havendo, a priori, influência da vazão. Em engenha-
ria sanitária, considera-se, por exemplo, que cada habitante produz determinada quantidade
de matéria orgânica por dia (carga), sendo valor usual 54 gDBO/hab/dia (JORDÃO & PESSÔA,
36
A PHcinza, por sua vez, não depende das vazões de esgoto/efluentes, e sim de sua carga
é uma
GUIA relação de massa/tempo,
METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA aPARA
não havendo, priori, influência da vazão. Em en
EDIFICAÇÕES
sanitária, considera-se, por exemplo, que cada habitante produz determinada quant
matéria orgânica por dia (carga), sendo valor usual 54 gDBO/hab/dia (JORDÃO & PESSÔ
Portanto, no caso da redução de vazão de determinado efluente gerado, haverá aum
2005). Portanto, no caso da redução de vazão de determinado efluente gerado, haverá aumento
concentração
na concentração média de média de contaminantes,
contaminantes, resultando
resultando exatamente exatamente
na mesma na mesma carga, c
carga, conforme
EquaçãoEquação
1. 1.
Implicação
Implicação 2.de
2. Uso Uso de fontes
fontes alternativas
alternativas de anão
de não reduz PHazulreduz
. a PHazul.
Entende-se como fonte alternativa a fonte de água alternativa à concessionária (empresa pres-
Entende-se como fonte alternativa a fonte de água alternativa à concessionária
tadora de serviços de saneamento). A mudança de fonte de água (de convencional para alternativa)
não altera as perdas node
prestadora serviços
processo de saneamento).
de consumo A mudança
(PHazul). Por exemplo, deum
o fato de fonte de água
processo utilizar (de convencio
água de alternativa)
chuva, reúso ounão altera
potável as perdas
não altera no processo
a demandada de consumo
nem o coeficiente (PHazul
de retorno; ). Por
ou seja, nãoexemplo, o fa
há modificação das vazões perdidas no processo.
É evidente que a água proveniente do sistema municipal de abastecimento é diferente da
captada nas coberturas e tratada in loco, por exemplo. No entanto, em razão da simplificação
explicada no item anterior, considera-se neste guia que o uso de fontes de água distintas não
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente
possui influência sobre a Av.
PHAlberto
azul
. Caso se considerasse
de Oliveira que
Lima, nº144, a 05690-020,
CEP água demandada possui também
Real Parque,
pegada hídrica, o uso de fontes São Paulo
alternativas em- substituição
SP. PABX- 11à3755-9033
água da concessionária resultaria
www.infinitytech.com.br
em valores diferentes de PH.
37
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 10
Convenções adotadas para identificação de empresas do GT e obras analisadas
Ferramenta de cálculo de PH
Conforme será detalhado no item 2.2.4, um dos principais instrumentos de otimização da
participação das empresas no desenvolvimento foi a criação de uma ferramenta digital deno-
minada Ferramenta de cálculo de Pegada Hídrica para Edificações, a FPHedif.
38
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Foram previstos diversos momentos de feedback para retroalimentação dos conteúdos em de-
senvolvimento e melhoria continuada ao longo do processo, conforme ilustrado abaixo.
FIGURA 10
Pontos de feedback do GT previstos na metodologia de participação
39
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 11
Avaliação geral das bases documentais fornecidas pelo GT e do nível de
gestão de informações sobre água das empresas
Item C1 C2 C3 C4 C5
Controle do
Sim Sim Sim Sim Sim
efetivo médio mensal
Facilidade na utilização
das bases de dados Alta Média Média Média Alta
disponibilizadas
40
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
As construtoras utilizam padrões muito distintos entre si para organizar informações, haven-
do também variações significativas entre obras da mesma empresa. Em termos de apresentação
de dados, a maior heterogeneidade se refere aos orçamentos das obras, sendo este tipo de docu-
mento essencial para a compreensão das dinâmicas previstas em cada empreendimento. Diante
disso, foi necessário recategorizar os dados apresentados pelo GT, de forma a possibilitar compa-
ração equalizada entre as diferentes obras e, por consequência, a futura elaboração de inventário
de pegada hídrica.
O monitoramento interno da obra sobre os usos dos recursos hídricos apresenta-se como
uma tendência de mercado, visto que medidas como medição setorizada vêm sendo estudadas e
realizadas em escala piloto pelas construtoras. Tal organização de dados apresenta-se não somen-
te como uma maneira de tornar as atividades de canteiro mais sustentáveis, mas também facilita
a definição e priorização de ações de gestão. Além da coleta e estruturação, uma prática que des-
ponta como tendência é a auditoria contínua de dados referentes à gestão de recursos hídricos,
aumentando o grau de confiabilidade das bases estruturadas pelas construtoras.
Mesmo assim, hoje ainda são muito raros os casos onde há monitoramento da alocação de
água dentro do canteiro (ou seja, utilização de medição setorizada), não havendo assim possibili-
dade de compreensão detalhada do ciclo da água e tampouco da geração de efluentes. Em termos
qualitativos, são praticamente inexistentes práticas de realização de análises de qualidade dos
efluentes gerados.
Na prática de mercado, constata-se que normalmente são realizadas estimativas de uso de
água e geração de efluentes em orçamento a partir do histórico de obras, não havendo discri-
minação por uso específico em canteiro (sanitários, refeitório, preparação de material, limpeza
etc.). Em geral, o único detalhamento de dados realizado é entre fontes de água (concessioná-
ria, caminhão-pipa ou poços). Contudo, o monitoramento de fontes alternativas não potáveis
(água de chuva, reúso, água de rebaixamento de lençol freático) geralmente não ocorre durante
a obra, havendo uso de água sem adequada contabilização dos volumes. Além disso, o moni-
toramento dos dados usualmente não é atrelado a metas de consumo a serem englobadas na
gestão do empreendimento.
2.2.3 Gestão de água em canteiros: valores e indicadores
As demandas diretas de água em canteiro – ou, de maneira muito simplista, as “contas de
água” – não são exatamente a PHazul, diferenciação muito importante e já destacada neste guia.
Ainda assim, os autores consideraram importante compreender os volumes de água utilizados para
suprir as demandas de canteiro, justamente porque há certa proporcionalidade entre as demandas
totais e a PHazul e também porque atualmente indicadores de eficiência de uso de água em canteiro
(como os previsto no PBQP-H4) utilizam esse tipo de mensuração. Além disso, a compreensão de
indicadores de uso em canteiro permite que sejam realizadas estimativas de demanda para obras
ainda em fase de concepção.
Visando a abordar esse importante tema, este tópico traz informações depreendidas das bases
documentais das empresas do GT, adotando as convenções abaixo na identificação das variáveis ana-
lisadas. Como as contabilizações de demanda de água ocorrem por padrão mensalmente, o período
padrão adotado foi o mês.
41
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
42
De forma a agregar a análise de demanda e da geração de efluentes, o consumo por funcionário
(DPC), ainda que não seja mais exigido pelo PBQP-H, pode ainda ser utilizado como indicador
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
para as obras que apresentam controle do efetivo mês a mês, mas que não apresentam controle
direto da alocação de recursos hídricos em canteiro.
14.000
0,50
12.000
0,40
DPA (m³/m²)
10.000
DT (m³)
8.000 0,30
6.000
0,20
4.000
0,10
2.000
0 0,00
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1
Obra
Figura 11. Relação entre demanda total (DT) e por área (DPA) para o GT
Tabela 12. Principais informações e indicadores (DT, DPA e DPC) das obras analisadas
TABELA 12
ID obra DTinformações
Principais (m³) ACT (m²)
e indicadores DPA
(DT, (m³/m²)
DPA e DPC) das DPC
obras(m³/func.mês)
analisadas
1.1 4.663 14.715,1 0,32 1,91
1.2ID obra 1.671 DT (m³) ACT (m²)
9.236,8 DPA (m³/m²)
0,18 DPC (m³/func.mês)
2,53
1.3 1.1 5.2524.663 12.132,8
14.715,1 0,43 0,32 (1)
1,91
2.1 2.726 18.334,9 0,15 1,43
1.2 1.671 9.236,8 0,18 2,53
2.2 928 10.841,0 0,09 1,31
1.3 5.252 12.132,8 0,43 (1)
3.1 2.105 21.465,9 0,10 1,22
4.1 2.1 4.3352.726 18.334,9
18.500,0 0,23 0,15 3,18 1,43
4.2 2.2 12.572928 68.217,0
10.841,0 0,18 0,09 2,57 1,31
5.1 3.1 14.485
2.105 26.822,4
21.465,9 0,54 0,10 1,72 1,22
Média4.1
5.4154.335
22.252
18.500,0
0,25 0,23 1,98 3,18
DesvPad - - 0,15 0,71
4.2 12.572 68.217,0 0,18 2,57
(1) Efetivo da obra não informado.
5.1 14.485 26.822,4 0,54 1,72
A DPA média observada é de 0,25 m³/m², havendo valores superiores a 0,50 m³/m² e outros
Média 5.415 22.252 0,25 1,98
inferiores 0,10 m³/m². Destaca-se que edificações de maior área construída total (ACT) não
DesvPad - - 0,15 0,71
necessariamente apresentam maior DPA, como é o caso da comparação entre os
(1) Efetivo da obra não informado.
empreendimentos 1.3 e 4.2. Já em relação a DPC, a média é de 1,98 m³/func/mês, havendo
menor dispersão dos valores em relação à média quando em comparação ao DPA.
43
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 40
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
A DPA média observada é de 0,25 m³/m², havendo valores superiores a 0,50 m³/m² e outros
inferiores 0,10 m³/m². Destaca-se que edificações de maior área construída total (ACT) não neces-
sariamente apresentam maior DPA, como é o caso da comparação entre os empreendimentos 1.3 e
4.2. Já em relação a DPC, a média é de 1,98 m³/func/mês, havendo menor dispersão dos valores em
relação à média quando em comparação ao DPA.
Data: out-19 | Revisão: 00
Avaliando-se
Cliente: DT Guia
PNUD | Projeto: em função de ACT,
Metodológico ou DT = f(ACT),
Caixa/SindusCon-SP paralelamente
| Etapa: ao DPA
Etapa 06 – Produto 09(representado
(RT06) pela área
das bolhas), chega-se ao gráfico ilustrado na Figura 12, no qual se verifica que a maior parte das obras ana-
lisadas possui
parte das de, aprox.,
obras 9.000possui
analisadas a 22.000
de,m²aprox.,
de ACT,9.000
com DT de até 5.500
a 22.000 m² de m³ACT,
e DPAcom
médio
DTdede0,25
atém³/m².
5.500
m³ e DPA médio de 0,25 m³/m².
25
FIGURA 12
Gráfico de DT em função de ACT (DPA representado pelaSteel
área de bolhas)Concrete
Other metals Ceramics
DT = f(ACT) Carpet Glass
Fiberglass batts Plasterboard
20 16.000 Plastic 4.2 Paint
Timber products
0,18 Direct water
14.000
5.1
12.000 0,54
15
10.000
m³/m²
DT (m³)
NRCS 2
NRCS 3
NRCS 4
NRCS 5
NRCS 6
NRCS 7
NRCS 8
NRCS 9
NRCS 10
NRCS 11
NRCS 12
NRCS 13
NRCS 14
NRCS 15
NRCS 16
NRCS 17
DPA (m³/m²)
Figura 12. Gráfico de DT em função de ACT (DPA representado pela área de bolhas)
Empreendimento
Para as obras cuja evolução física foi fornecida, foi possível cálculo de DPA mês a mês, conforme
Figura
ilustrado 5nos gráficos abaixo. Observa-se que o monitoramento mensal das informações também
Para as obras cuja evolução física foi fornecida, foi possível cálculo de DPA mês a mês, conforme
pode
NOTA:contribuir
ilustrado em com amudar
nos“fonte”,
gráficos gestão deObserva-se
de
abaixo. recursos hídricos
“McCormack et o
que na obra, para
evidenciando
al.monitoramento
(2007)” mensalvariações
“adaptado e padrões
de McCormack
das informações em seu
ettambém
comportamento.
al. (2007)”
pode contribuir com a gestão de recursos hídricos na obra, evidenciando variações e padrões
em seu comportamento.
FIGURA 13
Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.1
1,90
400 2,0
350 1,8
1,6
Demanda (m³/mês)
300
1,4
250 1,2
m³/m²
200 1,0
150 0,60 0,8
0,41 0,340,30
0,42
0,350,29 0,34 0,350,39
0,42 0,6
100 0,280,270,33 0,270,26
0,19 0,200,24 0,4
0,150,14 0,16 0,16 0,13 0,12 0,15
50 0,000,00 0,000,00 0,2
0 0,0
set/13
jan/14
fev/14
jun/14
set/14
jan/15
fev/15
jun/15
set/15
jan/16
fev/16
out/13
out/14
out/15
nov/13
dez/13
mai/14
nov/14
dez/14
mai/15
nov/15
dez/15
ago/13
mar/14
jul/14
ago/14
mar/15
jul/15
ago/15
abr/14
abr/15
Etapa
44
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Figura
Figura 14.
14. Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra
obra 1.2
1.2
Figura 14. Evolução de DTFIGURA
e DPA mensais
15 ao longo da obra 1.2
Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.3
Figura 15.
Figura 15. Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra
obra 1.3
1.3
Figura 15. Evolução de DTFIGURA 16
e DPA mensais ao longo da obra 1.3
Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 5.1
Figura 16.
Figura 16. Evolução
Evolução de
de DT
DT ee DPA
DPA mensais
mensais ao
ao longo
longo da
da obra
obra 5.1
5.1
Figura 16. Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 5.1
45
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 42
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
Piso
Vidro
Tela
Madeira
Aço
Revestimento
Areia
Ferragens
Outros
Bloco de concreto
Gesso
Formas de madeira
Telha
Elétrica
Tinta
Bloco cerâmico
Não é material
Esquadrias
Argamassa
Cimento
Equipamentos
Pedra
Hidráulica
Monocapa
Geocomposto
Manta asfáltica
Arame
Concreto
Laje pré-fabricada
Impermeabilização
Outros sistemas
Figura 17. Participação média no orçamento, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
100,0%
no orçamento
90,0%
80,0%
46 70,0%
60,0%
Não é materia
Outro
Equipamento
Esquadria
Ferragen
Outros sistema
Tint
Tel
Telh
Ciment
Madeir
Aram
Geocompost
Elétric
Argamass
Arei
Pedr
Hidráulic
Formas de madeir
Concret
Revestiment
Pis
Monocap
Vidr
Manta asfáltic
Aç
Bloco de concret
Gess
Laje pré-fabricad
Bloco cerâmic
Impermeabilizaçã
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Figura 17. Participação média no orçamento, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
FIGURA 18
Curva ABC de custos média por MAT1
100,0%
Participação acumulada no orçamento
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Vidro
Tela
Gesso
Piso
Madeira
Areia
Telha
Ferragens
Aço
Outros
Bloco de concreto
Revestimento
Formas de madeira
Bloco cerâmico
Tinta
Pedra
Não é material
Esquadrias
Monocapa
Equipamentos
Geocomposto
Hidráulica
Elétrica
Argamassa
Cimento
Arame
Concreto
Impermeabilização
Manta asfáltica
Outros sistemas
Laje pré-fabricada
Conforme
Conforme esperado,
esperado, materiais
materiais comocomo concreto,
concreto, aço,
aço, esquadrias,blocos,
esquadrias, blocos,argamassa,
argamassa,tinta
tinta ee gesso
gesso
possuem pesos relevantes nos orçamentos, correspondendo a mais de 50% do
possuem pesos relevantes nos orçamentos, correspondendo a mais de 50% do total em total em média. So-
média.
mente concreto
Somente e aço
concreto juntos
e aço representam
juntos entreentre
representam 20 e 40%
20 edos
40%custos totais totais
dos custos das obras.
das obras.
Os sistemas prediais hidráulico e elétrico também possuem grande participação, sendo, em
Os sistemas prediais hidráulico e elétrico também possuem grande participação, sendo, em
média, cerca de 20% do total. Essas categorias possuem característica bastante específica, dado que,
média, cerca de 20% do total. Essas categorias possuem característica bastante específica, dado
em geral,
que, seus custos
em geral, são apresentados
seus custos como “verba”
são apresentados ou “empreitada”
como “verba” global, ou global,
ou “empreitada” seja, nãoouháseja,
dis-
criminação
não por material.por
há discriminação Em material.
outras palavras, somente
Em outras pelos orçamentos
palavras, não é possível
somente pelos orçamentosdeterminar
não é
a PH desses sistemas, dado que não são apresentadas quantidades de tubulações,
possível determinar a PH desses sistemas, dado que não são apresentadas quantidades depeças e conexões
hidráulicas, metais
tubulações, peças hidrossanitários, fiações etc.metais
e conexões hidráulicas, Isso possui implicações diretas
hidrossanitários, fiaçõesnaetc.
metodologia de
Isso possui
cálculo de PH,diretas
implicações como será detalhado nodeitem
na metodologia 2.2.4.2.
cálculo de PH, como será detalhado no item 2.2.4.2.
É necessário compreender que o detalhamento dos materiais para estudo de sua pegada hídrica
pode ter como diretrizes aqueles com maior contribuição orçamentaria, mas que cada obra exige
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 44
uma avaliação própria de cálculo de pegada hídrica devido à alta variabilidade no perfil de contribui-
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
ção dos materiais.
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
A categorização dos materiais empregados nas obras possibilitou equiparar diferentes orçamen-
tos e, assim, traçar a curva ABC de cada empresa participante do GT considerando os dados forne-
cidos individualmente. Esta etapa exige como informações de entrada os materiais empregados em
obra, seus quantitativos e preços, sendo este último dado expresso por valores unitários, globais ou
percentuais de participação no orçamento total.
2.2.4.2 Curva ABC de PH
Considerando informações de literatura relativas aos coeficientes de PH dos materiais, é possí-
vel traçar a curva ABC de pegada hídrica a partir dos dados de consumo dos materiais nos empreen-
47
dados fornecidos individualmente. Esta etapa exige como informações de entrada os materiais
empregadosGUIAem obra, seus quantitativos e preços, sendo este último dado expresso por valores
METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
unitários, globais ou percentuais de participação no orçamento total.
Curva ABC de PH
dimentos. É necessário apontar que os materiais cujos dados foram obtidos da literatura disponível
Considerando informações de literatura relativas aos coeficientes de PH dos materiais, é
são:traçar
possível aço, areia, argamassa,
a curva ABC debloco cerâmico,
pegada bloco
hídrica de concreto,
a partir cimento,
dos dados concreto, dos
de consumo gesso, laje pré-fa-
materiais nos
bricada, madeira,Épisos,
empreendimentos. revestimentos,
necessário rocha
apontar (diversos
que formatos),cujos
os materiais telha, tinta
dadose vidro.
foramOs coeficientes
obtidos da
de PH disponível
literatura são apresentados no ANEXO
são: aço, areia,1.argamassa, bloco cerâmico, bloco de concreto, cimento,
concreto, gesso, laje pré-fabricada, madeira, pisos, revestimentos, rocha (diversos formatos),
telha, tinta e vidro. Os coeficientes de PH são FIGURA 19
apresentados no ANEXO 1.
Participação média da PH, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
60,0%
50,0%
40,0%
%PH
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Figura
Data: out-19 | Revisão: 00 19. Participação média da PH, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA| 20
Curva ABC de PH média por MAT1
100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
%PH
50,0%
40,0%
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 45
30,0%Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
20,0%Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
10,0%www.infinitytech.com.br
0,0%
TABELA 13
Contribuição dos materiais para a pegada hídrica das obras do GT
Como esperado6, materiais como concreto e aço detêm as parcelas mais relevantes de pegada
hídrica, chegando a 83% de toda a PH de materiais da obra. Isso indica sua relevância no que se refere
a impactos sobre os recursos hídricos e aponta para a necessidade de melhor compreensão sobre
suas cadeias produtivas.
49
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 14
Características da análise simples e da análise detalhada de PH na FPHedif
Divisão por
Não contempla Divisão em oito etapas (ver item 2.1.4)
etapa de obra
Materiais empregados
Materiais empregados no nível de detalhamento
PHobra,i no nível de detalhamento MAT1
MAT2 (ver item 2.1.4)
(ver item 2.1.4)
A adoção dessas duas possibilidades teve como objetivo responder a duas principais perguntas:
50
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
• Conhecidas as dificuldades na organização de dados por parte das empresas, qual seria a
adesão à realização da análise detalhada?
• Os resultados globais da análise rápida e da detalhada são parecidos? Como a análise rápida
utiliza valores médios dos materiais (ou seja, em nível MAT1 utiliza-se a média dos CPH de
MAT2), qual é o nível de desvio dos resultados?
A elaboração da FPHedif foi realizada tendo como base:
• ferramentas já consolidadas na área de gestão de recursos hídricos, como a Global Water Tool
(GWT), Local Water Tool (LWT) e Aqua Gauge, estudadas;
• a estrutura do guia metodológico definida e apresentada ao GT durante as discussões nos
workshops;
• bases documentais obtidas junto às empresas nas visitas e contatos posteriores;
• discussões prévias já realizadas junto a participantes do GT.
Abaixo seguem capturas de tela que ilustram a interface da FPHedif, com exemplos das telas de
instrução, inserção de dados e de relatórios automáticos gerados.
Uma versão preliminar da FPHedif foi elaborada, sendo apresentada e discutida com o GT
juntamente com a estrutura preliminar do guia. No workshop de discussão foi possível já captar
sugestões e sanar dúvidas referentes à metodologia e à ferramenta, sendo realizados os devidos
ajustes para prosseguimento das atividades. Após a finalização do relatório de estrutura geral do
guia, uma versão atualizada da FPHedif foi disponibilizada ao GT para que cada empresa realizasse
os devidos testes e submetesse os resultados à Infinitytech. De maneira a prover adequado su-
porte à utilização da ferramenta, forneceu-se também material de apoio (manual) e assistência
remota via calls para esclarecimento de dúvidas e orientações gerais. Para recebimento estru-
turado dos feedbacks, foram criados formulários online para que os participantes submetessem
seus comentários7.
7 Apesar da disponibilização de endereço online para realização de comentários, algumasempresas prefeririam fazê-lo
nos próprios calls ou via e-mail, o que não resultou em problemas.
51
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
FIGURA 21
Capturas de tela da FPHedif
52
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
53
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
FIGURA 22
Diagrama ilustrativo da lógica de entrada, processamento e saída de dados
54
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 15
Variáveis de interesse para PH
55
PHd,cinza (%trat) loco
Concentrações máxima permitida e
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE inicial
PEGADA do contaminante
HÍDRICA PARAno EDIFICAÇÕES
corpo Literatura, legislações, mediç
receptor/ponto de lançamento (Cmáx loco
e Co, respectivamente)
O cálculo
O cálculo de materiais
de PH dos PH dos materiais
empregadosempregados depende
depende diretamente diretamente
do produto do produto entre a quant
entre a quantida-
de material
de de material e seu de
e seu coeficiente coeficiente de(CPH),
pegada hídrica pegada hídrica
conforme (CPH),
Equação 2. conforme Equação 2.
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 [𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣] = 𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 [𝑈𝑈𝑈𝑈] 𝑥𝑥 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 [ ] Equação 2 Equaç
𝑈𝑈𝑈𝑈
PH material
PHmaterial pegada pegada hídrica
hídrica (azul (azul
ou cinza) ou cinza)
de material de material [volume]
[volume]
CPH coeficiente de pegada hídrica [volume/UF]
CPH coeficiente de pegada hídrica [volume/UF]
UF unidade funcional
9
PHindireta somente no caso de PHobra.
Como a própria metodologia da WFN e estudos específicos no tema de PH para edificações
afirmam, em geral uma pequena parcela dos processos (ou materiais) corresponde a pratica-
mente a totalidade da PH de um produto.
Infinitytech Por isso,e Meio
Engenharia é importante
Ambienteponderar quais são os materiais
mais influentes no edifício em termos quantitativos e quais CEP
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, 05690-020,
apresentam melhor base de dados de
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
coeficientes de pegada hídrica (CPH).
www.infinitytech.com.br
Conforme apresentado no 2.2.4, a curva ABC pode ser utilizada como ferramenta para iden-
tificação dos materiais prioritários a serem considerados para cálculo, utilizando dados constan-
tes em orçamento (especificação do material, preço e quantidade) e valores CPH disponíveis em
literatura ou obtidos diretamente com o fabricante/fornecedor109. Materiais como concreto, aço,
esquadrias, blocos, argamassa, tinta e gesso usualmente possuem pesos relevantes nos orçamen-
tos, correspondendo em conjunto a mais de 50% do total. Somente concreto e aço juntos repre-
sentam entre 20 e 40% dos custos totais das obras. Em termos de PH, aço, concreto e argamassa
correspondem a quase 90% do total.
No caso específico de hidráulica e elétrica, é necessário apontar que essas categorias pos-
suem característica bastante particular, dado que, em geral, seus custos são apresentados como
“verba” ou “empreitada” global, ou seja, não há discriminação por material. A quantidade de
materiais que compõem é extremamente alta, o que inviabiliza sua consideração individual nos
procedimentos de cálculo de PH. Por isso, e conforme será detalhada no item específico sobre
coeficientes de pegada hídrica (item 3.2.2.1), para esses dois sistemas serão utilizados valores
unitários em função de ACT (área construída total), ou seja, m³/m².
56
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
PHobra,d
Consumos efetivos em canteiro em processos como cura de concreto, preparo de ar-
Data: out-19 | gamassas,
Revisão: 00lavagens, usos sanitários pelos funcionários. É relacionada ao consumo de
água
Cliente: PNUD medido no Guia
| Projeto: canteiro considerando
Metodológico fontes superficiais
Caixa/SindusCon-SP e subterrâneas.
| Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
PHobra,d,azul
PHobra,d
PHobra,d,cinza
PHobra
PHobra,i,azul
PHobra,i
PHobra,i,cinza
PHessas
Matematicamente, obra
=PH
componentes
obra,d,azul
+PHobra,d,cinza +PHobra,i,azul
se relacionam da+PH
seguinte forma:
obra,i,cinza
Equação 4
TABELA 16
Exemplos de processos e materiais referentes à PH
Exemplos
Etapa
PHobra,d PHobra,i
Uso direto de água para Uso indireto de água em
E1 - Movimentação de terra Abatimento de poeira, lava-rodas Cimento
Cura de concreto, água de tirante, Concreto usinado (ou cimento + areia, +
E2- Fundação
preparo de lama bentonítica brita), aço
Concreto usinado (ou cimento + areia,
Cura de concreto, umedecimento e
E3 - Estrutura + brita), aço, bloco estrutural, laje pré-
limpeza de formas
moldada, tela nervurada
E4 - Vedação Preparo de argamassas Cimento, argamassa, blocos
E5 - Instalação predial Testes de estanqueidade Tubos de PVC, peças sanitárias
E6 - Pavimentação e Concreto (ou cimento + areia + brita),
Abatimento de poeira
infraestrutura asfalto
E7 - Revestimento Preparo de argamassas, lavagem de
Tintas, gesso, argamassa
(interno e externo) pinceis, preparo de gesso
Preparo de argamassas, limpezas, testes
E8 - Cobertura Telhas, cimento, armação metálica
de carga/estanqueidade
Todas(1) Usos sanitários -
58
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
A partir disso, para fins de viabilização e equacionamento do cálculo de PHobra,d,azul, foram assu-
midas as (C)
seguintes
11 premissas
se situam e convenções.
entre 0,80 e 0,90. Ou seja, entre 80% e 90% da água demandada se
• O converte
somatórioem efluente,
de todas o quede
as ofertas significa que entre 10%caminhão-pipa,
água (concessionária, e 20% é perdida.poços próprios,
iii. água de chuva, reúso etc.) será denominado
Para usos sanitários, a adoção de metais Q (vazão demandada).
demhidrossanitários eficientes e de restritores de
• Entre
vazão os nas
usos instalações
em canteiro doquecanteiro
geram efluentes,
possibilitaos sanitários
a redução (bacias sanitárias,per
da demanda mictórios,
capita, o que
tambémsão
chuveiros) influencia nas vazõesPara
os mais expressivos. perdidas. Paraacontabilização
esses casos, das reduções
PHazul é igual ao volume demandadoresultantes
da utilização
subtraído de metais
pelo retornado eficientes,
(efluente). serão de
Valores comuns utilizadas
coeficienteasdevazões de referência
retorno (C)10 se situ- dos
amequipamentos instalados e frequências
80% e 90% diárias
da água de uso.
Data: out-19 | Revisão: 00
entre 0,80 e 0,90. Ou seja, entre demandada se converte em efluente,
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
i. o que significa
Há usos de que
águaentre
em10% quee há
20%importantes
é perdida. perdas por evaporação/incorporação, como
cura
• Para (C) dese
usos
11 concreto,
sanitários, preparo
a adoção
situam entre 0,80 de de argamassas,
metais
e 0,90. seja, entreaplicação
Ou hidrossanitários e 90% de
80% eficientes gesso etc. Essas
e de demandada
da água restritores se demandas
de vazão nas serão
denominadas
converte em efluente,
instalações do canteiro (processos).
o que significaNesse
Qprocpossibilita a redução da caso,
que entre 10%oe valor
demanda de Codepende
20% é perdida.
per capita, que também deinfluencia
avaliaçãonasde cada
iii. um dos
Para processos
usos específicos.
sanitários, a adoção de metais hidrossanitários eficientes e de restritores
vazões perdidas. Para contabilização das reduções resultantes da utilização de metais eficientes,de
vazão nas instalações do canteiro possibilita a redução da demanda per capita, o que
ii. serão
A divisão da
utilizadas
também PH
as vazões
influencia em usos
nasdevazões
obra,azul,d referência sanitários (Qsan) einstalados
dos equipamentos
perdidas. dedas
Para contabilização processos (Q proc)diárias
e frequências
reduções tem como
resultantes de uso.objetivo
• Hádestacar
da de
usos os em
utilização
água usos
dequesanitários,
metais os quais
eficientes,
há importantes serão podem
perdas utilizadasser
as facilmente medidos,
vazões de referência
por evaporação/incorporação, comodos têm
cura de importante
con-
equipamentos instalados
representatividade nos econsumos
frequências diretos
diárias deeuso.
possuem valores de referência consolidados.
creto, preparo de argamassas, aplicação de gesso etc. Essas demandas serão denominadas Q proc
i. Há usos de água em que há importantes perdas por evaporação/incorporação, como
iii. (processos).
Sabendo-se Nesseque
cura de concreto,caso,não
preparo édeprática
o valor de comum
C depende
argamassas, a medição
de avaliação
aplicação etc.individualizada
de cada
de gesso um dos
Essas processos
demandas em
serão canteiros dos
específicos.
• A consumos
denominadas
divisão da PHnemQproc para
obra,azul,d
em fins
(processos).
usos sanitários
Nesse
sanitários nem
caso, o(Qvalor
san
) e para
dede os de
C depende
processos demais,
avaliação
(Q proc
) as
tem vazões
de como
cada podem ser
objetivo
um dos processos
determinadas específicos.
indiretamente a partir de:
destacar os usos sanitários, os quais podem ser facilmente medidos, têm importante repre-
ii. A divisão da PHobra,azul,d em usos sanitários (Qsan) e de processos (Qproc) tem como objetivo
a. Qsan
sentatividade
destacar os: usos
nos com
consumos base diretos
sanitários, no efetivo
e possuem
os quais podem mensal
servaloresmédio (n° médio
de referência
facilmente medidos, de funcionários/mês),
c onsolidados.
têm importante
• Sabendo-se frequências
representatividade
que não énos de
prática uso
consumos
comum e dos
diretos tiposindividualizada
e possuem
a medição de metais
valores hidrossanitários
de referência
em consolidados.
canteiros presentes nas
dos consumos
iii. instalações
Sabendo-se que não do
é canteiro.
prática comum Caso
a haja
medição medição setorizada,
individualizada
nem para fins sanitários nem para os demais, as vazões podem ser determinadas indireta-em canteiroso dado
dos de vazão para
fins nem
consumos sanitários
para fins pode ser utilizado
sanitários nem para diretamente.
os demais, as A vazão
vazões perdida
podem ser (contabilizada
mente a partir de:indiretamente a partir de:
determinadas
como PHazul) é calculada por meio do coeficiente de retorno, em geral entre
• Qsan:a.
com base
0,80
Qsan no
: ecom
0,90efetivo
basepara mensal
no usos médio
efetivo (n° médio
sanitários.
mensal médiode(n° funcionários/mês), frequências de uso e dos
médio de funcionários/mês),
tipos de metais hidrossanitários
frequências de uso epresentes
dos tiposnasdeinstalações
metais do canteiro. Caso haja
hidrossanitários medição
presentes setorizada, o
nas
dado proc: para
b.deQvazão comfins
instalações base
do em coeficientes
canteiro.
sanitários Caso ser
pode haja unitários
medição
utilizado específicos
setorizada,
diretamente. o dado
A vazão de(por
vazão
perdida exemplo,
para
(contabilizada quantidade
como
2
definságua demandada
sanitários para
pode ser utilizado diluição de
diretamente. tintas,
A vazãol/m )
perdidae nos coeficientes
(contabilizada
PHazul) é calculada por meio do coeficiente de retorno, em geral entre 0,80 e 0,90 para usos sanitários. de retorno
como PHazul) é calculada por meio do coeficiente de retorno, em geral entre
específicos.
• Qproc: com base
0,80 em para
e 0,90
Seusos
porventura
coeficientes unitários o
sanitários.
uso não(por
específicos gerar efluentes,
exemplo, C =de0,
quantidade e deman-
água toda a vazão
demanda
dadab.para diluição
é perdida
de tintas,
e2 contabilizada como PH azul. Adotou-se valor genérico de
l/m ) e nos coeficientes de retorno específicos. Se porventura o
Qproc : com base em coeficientes unitários específicos (por exemplo, quantidade
Cgerar
uso não deproc = 0,20 para realização dos cálculos.
água efluentes,
demandadaC =para
0, ediluição
toda a vazão demanda
de tintas, l/m2) eé nos
perdida e contabilizada
coeficientes como PHazul.
de retorno
Adotou-seespecíficos. Se porventura
valor genérico de Cproc = o0,20
usopara
não realização
gerar efluentes, C = 0, e toda a vazão
dos cálculos.
demanda éé,perdida
O cálculo da PHobra,d,azul então,e contabilizada
expressadocomopelaPH
Equação 6. A valor
azul. Adotou-se multiplicação
genérico de por “t” (tempo
O cálculo da PH
Cproc = 0,20é, então,
para expressado
realização pela Equação
dos cálculos.
de obra) é necessária para conversão dimensional de volume/tempo para
obra,d,azul
6. A multiplicação porvolume.
“t” (tempo de
obra)Oécálculo
necessária
da PH
para conversão dimensional de volume/tempo para volume.
é, então, expressado pela Equação 6. A multiplicação por “t” (tempo
obra,d,azul
𝐍𝐍
de obra) é necessária para conversão dimensional de volume/tempo para volume.
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = (𝐐𝐐𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝 − 𝐐𝐐𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 )𝐭𝐭 = {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬
𝐍𝐍
) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐫𝐫𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭 Equação 6
Equação 6
𝐤𝐤=𝟏𝟏× (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂 )]} 𝐭𝐭
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = (𝐐𝐐𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝 − 𝐐𝐐𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 )𝐭𝐭 = {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐫𝐫𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 𝐤𝐤 Equação 6
PHobra,d,azul pegada hídrica de obra direta azul [volume] 𝐤𝐤=𝟏𝟏
PHobra,d,azul pegada hídrica de obra direta azul [volume]
Q
Qdemdem
PHobra,d,azul pegadademandada
vazão vazão
hídrica de demandada
obratotal total [volume/tempo]
direta[volume/tempo]
azul [volume]
Q dem vazão demandada total [volume/tempo]
QeflQefl
Qefl
vazão
vazão de
de efluentes
efluentes gerados
gerados [volume/tempo]
[volume/tempo]
vazão de efluentes gerados [volume/tempo]
Qsan
Qsan
Qsan vazão
vazão demandada
demandada
vazão demandada para
para
para usos usos
usos sanitários
sanitários
sanitários [volume/tempo]
[volume/tempo]
[volume/tempo]
Qoutros,k
Qoutros,k
Qoutros,k vazão
vazão demandada
vazão demandada
demandada para para
parausousouso
“k” “k” [volume/tempo]
[volume/tempo]
“k” [volume/tempo]
CsanCsan coeficiente dede
coeficiente retorno das demandas
retorno das demandassanitáriassanitárias
[%] [%]
C Ck coeficiente
coeficiente dede retorno
retorno do usodas“k”
demandas
[%] sanitárias [%]
Ck san
t
coeficiente de retorno do uso “k” [%]
tempo de duração de obra [tempo]
t Ck coeficiente
tempo de retorno
de duração de do uso[tempo]
obra “k” [%]
t tempo de duração de obra [tempo]
Coeficiente de retorno
10 11Coeficiente retorno(C):
(C):parâmetro
parâmetrolargamente aplicado
largamente em projetos
aplicado em projetos de saneamento para correlacionar
de saneamento as vazões as vazões
para correlacionar
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉ã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒
de efluente gerado
de efluente e água
gerado demandada.
e água demandada.É Écalculado
calculadopor
por 𝐶𝐶 =
11
Coeficiente de retorno (C): parâmetro largamente aplicado em projetos de saneamento para correlacionar as vazões
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉ã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
FIGURA 24
Fluxograma de cálculo de PHobra,d,azul
60
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 17
Exemplos de valores de demandas unitárias e C para processos
Exemplos
Tipo Usos Unid. Água
Demanda C Efluente
perdida
Descargas de bacias sanitárias,
Sanitários l/func./dia 40-80(1) 0,80(5) 40 10
lavatórios, chuveiros etc.
e refeitório
Preparo de refeições l/refeição 20-30(2) 0,80(5) 16,00 4,00
Cura de concreto l/m² (laje) 0,02-0,05(3) 0,0(6) 0,00 0,02-0,05
Preparo de argamassas l/kg 0,15-0,26(3) 0,0(6) 0,00 0,15-0,26
Processos Diluição de tintas
l/m² 0,03(3) 0,0(6) 0,00 0,00
(2 demãos)
Limpeza de pisos l/m² 0,5-1,1(4) 0,95(7) 0,48-1,05 0,02-0,05
(1) Tomaz (2000); Pessarello (2008)
(2) Tomaz (2000)
(3) Pessarello (2008)
(4) Sant’Ana et al. (2013)
(5) ABNT NBR 9649 (1986)
(6) Demandas não geram efluentes (toda a água é incorporada/evaporada) e, portanto, C = 0.
(7) No caso de lavagens, praticamente toda água se converte em efluente, havendo poucas perdas por evaporação.
Referente às fontes de água, vale ressaltar o caso específico de aproveitamento de água de chuva.
Por se tratar de uso de água oriunda de precipitação, pode haver compreensão de que essa parcela
deve ser computada como PHverde. No entanto, uma vez que a água coletada normalmente escoaria su-
perficialmente na bacia (considerando-se ambientes majoritariamente urbanos, ou seja, essencialmen-
te impermeabilizados), Hoekstra et al. (2011) recomendam que essa fonte seja incluída como PHazul.
61
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Em
Em outras
outras palavras,
palavras, a redução
a redução dodevolume
do volume efluentesde efluentes
gerados gerados
(por conta (por
de uso conta de uso restritore
restritores
vazão,
de vazão, por exemplo),
por exemplo), não impactanão impacta
na pegada nacinza
hídrica pegada
direta hídrica cinza
do canteiro, dadodireta do canteiro, dado qu
que as cargas
cargas
poluidoras poluidoras
permanecerão permanecerão
exatamente exatamente
as mesmas, porém as Em
menos diluídas. mesmas, porém
contraponto, a exis-menos diluídas.
contraponto,
tência de a existência
unidades de tratamento de unidades
no canteiro, seja parade tratamento
descarte ou reúso,no canteiro,
implica sejadas
em redução para descarte ou re
cargas,implica emnoredução
impactando valor de das
PHcinzacargas, impactando
. No exemplo no valor
de um canteiro de PH
em que cinza. No exemplo
as autoridades locais de um canteiro
que
exigiram queas autoridades
todo efluente fosselocais
tratadoexigiram que todo
antes do lançamento efluente
com eficiênciafosse tratado
(E) de 80% antes do lançamento
de remoção
de DBOeficiência
5,20
(E) de(ou
, a carga lançada 80% de remoção
remanescente) seriade DBO
igual 5,20,da
a 20% a gerada.
carga lançada (ou remanescente) seria igu
20% da gerada.
Dentre as premissas adotadas para este cálculo, é necessário pontuar:
• Dentre as premissas
A metodologia adotadas
da WFN prevê que seja para este
avaliado um cálculo, é necessário
contaminante pontuar:
específico para o cálculo do
volume de água necessário para sua assimilação no meio (PHcinza), sendo desejável a escolha
i. que resulte
daquele A metodologia da WFNdeprevê
em maiores volumes que de
apropriação seja avaliado
água. um ser
Ou seja, deve contaminante
escolhido específico pa
cálculo
o contaminante do volume
cuja assimilação de águaonecessário
proporcione parapara
mesmo processo suaosassimilação é meio (PHcinza), se
demais, o queno
desejável acrítico.
denominado contaminante escolha daquele que resulte em maiores volumes de apropriação
água. Ou seja, deve ser escolhido o contaminante cuja assimilação proporcion
• No Brasil, a principal variável de qualidade para avaliação qualitativa de esgotos sanitários é
mesmo processo para os demais, o que é denominado contaminante crítico.
a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)11, a qual expressa indiretamente a concentra-
ii. matériaNo
ção de Brasil,
orgânica a principal
biodegradável variável
de um deA DBO
efluente. qualidade para avaliação
é amplamente utilizada emqualitativa de esg
5,20 12
sanitários
legislações para é adeDemanda
determinação necessidadesBioquímica
de tratamento de Oxigênio
de esgotos antes (DBO 5,20) , a qual expr
do lança-
indiretamente a concentração de matéria orgânica biodegradável de um efluent
mento (Resolução Conama 430/2011), seja em corpos hídricos (Resolução Conama 357/05)
DBO5,20 é amplamente utilizada em legislações para determinação de necessida
ou outros pontos de lançamento (decreto 8.468/76 em SP e DZ-215 no RJ, por exemplo). Sa-
de tratamento de esgotos antes do lançamento (Resolução Conama 430/2011),
bendo-se que é inviável estipular as concentrações de todos os contaminantes presentes nos
em corpos hídricos (Resolução Conama 357/05) ou outros pontos de lançame
efluentes gerados em canteiro, adotou-se como simplificação que a DBO5,20 deve ser utilizada
(decreto 8.468/76 em SP e DZ-215 no RJ, por exemplo). Sabendo-se que é invi
como variável de qualidade orientadora para cálculo da PHcinza. Essa simplificação tem como
estipular as concentrações de todos os contaminantes presentes nos eflue
objetivo utilizar um parâmetro de qualidade largamente aplicado em legislações ambientais,
gerados em canteiro, adotou-se como simplificação que a DBO5,20 deve ser utiliz
de relativa fácil compreensão e que represente de forma adequada o potencial de contami-
como variável de qualidade orientadora para cálculo da PHcinza. Essa simplifica
nação do efluente.
tem como objetivo utilizar um parâmetro de qualidade largamente aplicado
O fluxograma delegislações
procedimentos de cálculo da de
ambientais, pegada hídrica fácil
relativa cinza direta
compreensão e que) represente de fo
de obra (PHobra,d,cinza
segue na Figura 25. adequada o potencial de contaminação do efluente.
11 O índice “5,20” se refere ao tempo de análise (5 dias) e à temperatura controlada na amostra (20°C).
62
12
O índice “5,20” se refere ao tempo de análise (5 dias) e à temperatura controlada na amostra (20°C).
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
FIGURA 25
Fluxograma de cálculo de PHobra,d,cinza
Condição de Condição do
Há dados S Há dados S
lançamento corpo/ponto
de vazão? de qualidade?
recept9or
N N
Cargager
Há tratamento? N
Para cálculo da PHobra,d,cinza é necessário quantificar a carga lançada (Cargalan), a qual é dependen-
te da carga gerada (Cargager) e da existência e características de sistemas de tratamento (E e %trat) É
evidente que, na ausência de sistema de tratamento, E = 0 e %trat = 0, e, consequentemente, Cargalan
= Cargager.
Cargalan=Cargager×(1-E×%trat) Equação 8
63
Cargalan carga de contaminante efetivamente lançada [volume/tempo]
Carga
GUIA carga de contaminante
ger METODOLÓGICO gerada
DE CÁLCULO [massa/tempo]
DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
E eficiência de remoção de contaminantes da estação [%]
%trat porcentagem do efluente gerado tratada [%]
Assim sendo,
Assim sendo,oocálculo
cálculo dada pegada
pegada hídrica
hídrica cinzadedireta
cinza direta obra (PHde obra) é(PH
obra,d,cinza
realizado por:) é realizado por:
obra,d,cinza
Os valores de Cmáx e C012 são totalmente dependentes de fatores externos ao canteiro, como
legislações aplicáveis e condições de qualidade do corpo receptor. Foram compreendidas três
principais formas de disposição de efluentes: lançamento em corpo hídrico; em rede pública
desprovida de ETE (ou seja, esgoto é coletado pela rede pública e lançado em corpo hídrico
sem devido tratamento); e rede pública dotada de ETE (efluentes seguem para ETE antes do
lançamento em corpo hídrico). Para cada uma dessas possibilidades, os valores de Cmáx e C0
serão diferentes. Na falta de dados específicos, podem ser utilizados valores padrão, conforme
sugerido na Tabela 18.
O esgoto da minha obra é ligado à rede de coleta. Como saber se o efluente segue para
tratamento?
Há concessionárias que praticam tarifas mais baratas no caso de somente coleta e afas-
tamento de esgotos, e maiores quando há também tratamento, diferenciação a partir da
qual se pode conhecer o destino do esgoto. No entanto, essa prática não é padrão, e em
muitos casos não há como saber prontamente sobre a destinação final do esgoto coletado.
Em alguns casos específicos, a verificação de indicadores do Sistema Nacional de Infor-
mações sobre Saneamento (SNIS) pode dar pistas, já que existem municípios em que há cole-
ta, mas o tratamento é zero ou quase zero.
Para os demais, pode-se solicitar à companhia responsável pelo saneamento a informa-
ção, utilizando a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) como suporte legal.
12 O termo originalmente utilizado por Hoekstra et al. (2011) é “Cnat”, referindo-se à concentração natural do
contaminante no meio. Dado que esta metodologia também considera os cenários de lançamento em rede pública, o termo
“natural” foi substituído por “inicial”, ou C0.
64
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 18
Exemplos de valores de referência para Cmáx (acima) e C0 (abaixo) em termos de DBO5,20
Lançamento C0 (DBO5,20)
ocorre em Padrão Referência Depende de / varia com
Corpo hídrico 2,5 mgO2/l Valor médio (0 - 5) Qualidade do corpo hídrico
65
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
• Lançamentos em corpos hídricos classe 4 resultam em PHcinza = 0. Corpos hídricos classe 4 são
aqueles destinados somente a usos de navegação e harmonia paisagística, e têm sua qualida-
de já muito comprometida. Como não são estabelecidos limites legais de DBO5,20 nesse caso,
Cmáx é ilimitada e, portanto, PHcinza = 0.
• Lançamentos em redes não dotadas de tratamento levam em consideração limites estipula-
dos em leis para o lançamento em rede, não considerando o corpo hídrico receptor em si. No
caso de coleta de esgoto sem tratamento municipal, consideraram-se valores que tratam da
qualidade exigida para lançamento em rede, os quais são definidas por legislações estaduais
como o decreto 8.468/76 do estado de São Paulo. Isso se justifica pelo fato de que é também
extremamente difícil
• Lançamentos diretos em corpos hídricos (ou seja, mediante obtenção de outorga de lança-
mento) consideram a condição do corpo receptor. Nesse caso, é necessária a obtenção de
concessões públicas para uso de recursos hídricos (outorgas de lançamento), as quais re-
querem estudos específicos para determinação da possibilidade ou não do lançamento. Para
tal, em geral são requeridos estudos específicos (estudos de autodepuração) que irão exigir
levantamentos mais detalhados das condições locais, o que implica em possibilidade de le-
vantamento dos dados necessários à adequada quantificação de PHcinza.
De acordo com a classe do corpo receptor13, os valores de Cmáx e C0 adotados devem ser distin-
tos, conforme sugestão da Tabela 19.
TABELA 19
Valores de referência de Cmáx e C0 para corpos hídricos de acordo com a classe
DBO5,20 (mgO2/l)
Classe Nível de exigência
Cmáx C0
Especial 0 0 Absoluto (não é permitido lançamento)
Classe 4 - - Baixo
NOTA: valores de referência tomados da resolução Conama n°357/05.
No que se refere à carga gerada, em projetos de saneamento, em geral se considera que cada
indivíduo, independentemente da vazão de água demandada, produz determinada massa de carga
orgânica (DBO5,20) por dia, o que é usualmente expressado em gDBO/pessoa/dia (gramas de Deman-
da Bioquímica de Oxigênio por pessoa por dia). A carga per capita depende principalmente do tipo de
ocupação do indivíduo (residente, funcionário etc.). Assim a Cargager é calculada por:
13 Frisa-se que legislações estaduais podem adotar nomenclaturas diferentes para a atribuição de classes, como é o
caso do decreto 8.468/76.
66
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Eficiência (E)
E é porcentagem de contaminantes removida em relação ao esgoto não tratado. Por
exemplo, se um efluente bruto possui 100 mg/l de determinado contaminante e o tratado 20
mg/l, a eficiência é igual a:
A carga lançada pode ser reduzida caso o canteiro seja dotado de sistema próprio de tratamen-
to. A eficiência é função essencialmente dos processos de tratamento aplicados, sendo, obviamente,
dependente das condições de operação reais. Exemplos de valores de carga per capita diária de ma-
téria orgânica (Cargager) e de eficiência de remoção de DBO5,20 (E) constam na Tabela 20.
TABELA 20
Exemplos de valores de referência de Cargaper capita e eficiência de tratamento
UASB(2) 60-75% -
Processo de
UASB(2) + FBP(3) 85% -
tratamento
Lodos ativados convencional 85-93% -
MBR(4) >99% -
67
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 21
Eficiências de remoção de DBO5,20 para diferentes
arranjos de tratamento de acordo com literatura especializada
Eficiência de remoção de DBO5,20 (E)
60 - 80% 60 - 75%
Reator anaeróbio sem pós-
(UASB); 50 65 - 79% (UASB); 50
tratamento; lagoas somente com 65%
- 70% (lagoas (UASB) - 65% (lagoas
etapa anaeróbia
anaeróbias) anaeróbias)
Decantação primária
70% 45 - 80% - -
quimicamente assistida
Fonte: adaptado de Oliveira & Sperling (2005); Sperling (2005); Florencio et al. (2006); ANA (2017).
68
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
para cálculo de PH pode ter como diretriz aqueles com maior contribuição orçamentaria, mas que
cada obra exige uma avaliação própria de pegada hídrica devido à variabilidade no perfil de contribui-
ção quantitativa dos materiais de acordo com as peculiaridades de cada empreendimento.
3.2.2.1 Coeficientes de pegada hídrica – CPH
Coeficientes de pegada hídrica unitária (CPH), no escopo deste manual, representam o volume
de água apropriado para produção de determinado material por unidade padrão de determinada
(unidade funcional, UF), por exemplo . Em diversas áreas, estudos vêm sendo desenvolvidos ao longo
dos anos para estimar novos valores de CPH para maior variedade de materiais, havendo, especifica-
mente para o setor da construção civil, alguns estudados em maior número de pesquisas, como aço,
argamassa, cimento e vidro.
Como já comentado no item 1.3, os dados atuais referem-se em sua quase total maioria so-
mente à pegada hídrica azul (coeficientes de pegada hídrica azul, CPHazul), não havendo literatura
suficiente sobre CPHcinza. Por esse motivo, a quantificação de PHobra,i serão realizados somente para a
PHazul, ainda que a estrutura geral de cálculo contemple a PHcinza.
A Tabela 22 relaciona CPHazul para os materiais agrupados (MAT1). O ANEXO 1 apresenta
valores detalhados mais detalhados de CPH, contemplando também categorização em MAT2.
TABELA 22
CPHazul para os principais materiais (MAT1)
69
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Os valores de CPH apresentados neste guia devem ser compreendidos como referências.
Futuros estudos podem rever os valores de CPH, bem como incluir materiais não contemplados.
Um dos principais pontos a serem considerados no cálculo de PHobra,i é a padronização de uni-
dades dos materiais. Conforme foi detectado tanto na literatura (item 1.3) como nas interações junto
ao GT (item 2.1), a heterogeneidade na forma de organização de informações de materiais de obra é
muito grande, até mesmo para empreendimentos da mesma empresa. É comum até que o mesmo
tipo de material seja quantificado de formas diferentes na mesma obra, como tinta acrílica em m² e
esmalte em litros ou galões, ou cimento CP-I em sacos e CP-III em kg.
Como os coeficientes de pegada hídrica em geral apresentam alguma padronização em sua
apresentação, é necessário que sejam realizadas conversões caso as unidades sejam diferentes. A Ta-
bela 23 apresenta alguns exemplos de variabilidade de unidades utilizadas em orçamentos de obra,
bem como as utilizadas nos CPH de literatura.
TABELA 23
Exemplos de variabilidade de unidades em orçamentos de obra
Concreto m³ m³ l/m³
Aço kg kg l/kg
70
Os coeficientes de pegada hídrica de materiais de construção civil são geralmente c
meio de usoDEdeCÁLCULO
GUIA METODOLÓGICO métodosDE
dePEGADA
Análise HÍDRICA
de CicloPARA
de Vida (ACV), tendo
EDIFICAÇÕES como base invent
Ecoinvent e chegando-se a valores médios nacionais ou globais, ou por solicitaçã
fabricantes, os quais, por conhecerem detalhadamente seus processos, podem realiz
adequadamente.
• Hidráulica: CPHazul calculado com base nos quantitativos cedidos por empresas do GT e valo-
Como tem se tornado cada vez mais comum no mercado, empresas e fornecedores d
res apresentados
a seus porclientes
Saade etdados,
al. (2014) e Souza (2014).
certificações, Foram
selos considerados
etc. valores de PH
que lhes permitam avaliar a eficiên
para: tubos de PVC e tubos de cobre. O valor calculado e adotado foi de 0,05 m³/m².
da produção ou desempenho de produtos, como fatores de emissão de GEE, se
• Elétrica: CPHeficiência
calculadoenergética, certificação
com base em Saade Forest
et al. (2014). Stewardship
O valor Council
adotado, referente de manejo flor
a con-
azul
Declaração Ambiental de Produto (EPD,
duítes/eletrodutos de PVC e cabos de cobre, foi de 0,08 m³/m². Environmental Product Declaration), basead
ISO 14025 e EN 15804, e mais especificamente na ISO 21930:2017 para a construção
Demais explicações sobre os coeficientes
informações no ANEXO 1de
de PH constamambiental
sobre o desempenho . materiais e é um instrumento v
solicitação de dados adicionais de PH junto a fabricantes e fornecedores.
Como são determinados
Sendo a os PHCPH? Há como obter
um conceito aindadados
novomais detalhados
no Brasil, não para o caso da completos para
há inventários
minha obra? construção civil, sendo que essa movimentação poderá inclusive partir das próprias c
incorporadoras.
Os coeficientes Tendo
de pegada hídrica de isso em vista,
materiais o 0 apresenta
de construção instruçõescal-
civil são geralmente para solicitação de
junto a fornecedores e fabricantes,
culados por meio de uso de métodos de Análise de Ciclo de Vida (ACV), tendo como base devem ser solic
destacando quais informações
inventários comoosoformatos
Ecoinvent ee como avaliá-las.
chegando-se a valores médios nacionais ou globais, ou por
solicitação direta aos fabricantes, os quais, por conhecerem detalhadamente seus processos,
podem realizar os cálculos adequadamente.
Pegada hídrica de obra indireta azul – PHobra,i,azul
Como tem se tornado cada vez mais comum no mercado, empresas e fornecedores dispo-
nibilizam a seus clientes dados,
A pegada certificações,
hídrica selos etc.
azul indireta deque lhes (PH
obra permitam avaliar
obra,i,azul ) é acalculada
eficiência pelo somatório
ambiental damateriais
produção ouempregados
desempenho de produtos, como fatores de emissão
na construção da edificação. Vale lembrar de GEE, selo que o consu
Procel de eficiência energética, certificação Forest Stewardship Council de manejo florestal etc.
processamento in loco do material (como preparo de argamassa, cura de concre
A Declaração Ambiental de Produto (EPD, Environmental Product Declaration), baseada nas
contabilizado
normas ISO 14025 e EN 15804,na PHobra,d,azul
e mais e não deve
especificamente na ISO ser incluído
21930:2017 paranesse cálculo. A PHobra,i,azul é
a construção
civil, fornece informações sobre o desempenho ambiental de materiais e é um instrumento
𝐍𝐍
viável para a solicitação de dados adicionais de PH junto a fabricantes e fornecedores.
𝐏𝐏𝐇𝐇
𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚= ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞 )
Sendo a PH um conceito ainda novo no𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
Brasil, não
𝐤𝐤 𝐤𝐤
há inventários completos para mate-
𝐤𝐤=𝟏𝟏
riais da construção civil, sendo que essa movimentação poderá inclusive partir das próprias
construtoras e incorporadoras. Tendo isso em vista, o 0 apresenta instruções para solicitação
de dados de PHPH junto a fornecedores
obra,i,azul pegada hídrica azul
e fabricantes, indireta da
destacando fase
quais de concepção/obra
informações devem ser [volume]
solicitados, quais os formatos e como avaliá-las.
CPHmat,azul,k coeficiente pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func
qtde k quantidade do material “k” [unid.func.]
N número de materiais empregados [adimensional]
3.2.2.2 Pegada hídrica de obra indireta azul – PHobra,i,azul
Pegada hídrica de obra indireta cinza – PH obra,i,cinza
A pegada hídrica azul indireta de obra (PHobra,i,azul) é calculada pelo somatório das PHazul dos
materiais empregados na construção da edificação. Vale lembrar que o consumo de água no proces-
O cálculo da PHobra,i,cinza é análogo ao da pegada hídrica de obra, indireta azul
samento in loco do material (como preparo de argamassa, cura de concreto etc.) já está contabilizado
somatório das PHcinza dos
na PHobra,d,azul e não deve ser incluído nesse
materiais empregados:
cálculo. A PHobra,i,azul é calculada por:
𝐍𝐍
71
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Pegada hídrica de obra indireta azul – PHobra,i,azul
𝐍𝐍
PHobra,d PHobra,d
pegada hídricapegada
diretahídrica
da fase direta da fase de concepção/obra
de concepção/obra [volume/tempo] [volume/tempo]
Qsan Qsanvazão consumida
vazãoparaconsumida para usos
usos sanitários sanitários [volume/tempo]
[volume/tempo]
Csan coeficiente de retorno sanitário [%]
Csan coeficiente de retorno sanitário [%]
Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]
Qoutros Cj vazão demandada para outros
coeficiente usos [volume/tempo]
de retorno do uso “j” [%]
Cj Carga
coeficiente
ger carga
de de contaminante
retorno do uso “j” [%] gerada [massa/tempo]
E eficiência de remoção de contaminantes da estação [%]
Cargager C carga de contaminante
conc. máxima gerada [massa/tempo]
permitida do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento
máx
E eficiência de[massa/volume]
remoção de contaminantes da estação [%]
Cmáx Co conc. máxima conc. inicialdo
permitida docontaminante
contaminante nono
corpocorpo receptor/ponto
receptor/ponto de lançamento
de lançamento [mas- [massa/volume]
N sa/volume] número de materiais empregados [adimensional]
t tempo de duração de obra [tempo]
Co conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
N Já
para número de materiais
cálculo exclusivo empregados [adimensional]
da PHobra,i , deve ser utilizada a Equação 15, composta apenas
t tempo dede
componentes duração de obra [tempo]
PH indireta azul e cinza.
Já para cálculo exclusivo da PHobra,i, deve ser utilizada a Equação 15, composta apenas pelas
componentes de PH indireta
𝐍𝐍 azul e cinza. 𝐍𝐍
Já para cálculo exclusivo da PHobra,i, deve ser utilizada a Equação 15, composta apenas pelas
componentes de PH indireta azul e cinza.
𝐍𝐍 𝐍𝐍
+ ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 + 𝐏𝐏𝐇𝐇
𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 𝐤𝐤
×=𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 )
𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
𝐤𝐤=𝟏𝟏 𝐍𝐍
= {𝐐𝐐 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂
𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 pegada𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑ [𝐐𝐐 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂 )]} 𝐭𝐭
PHobra,azul hídrica azul da𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐣𝐣
fase 𝐣𝐣de concepção/obra [volume]
PH
PHobra,azul
obra,direta,azul 𝐍𝐍 pegada hídrica 𝐤𝐤=𝟏𝟏
azul direta da fase
pegada hídrica azul da fase de concepção/obra [volume]de concepção/obra [volume] Equação 16
PHobra,indireta,azul pegada hídrica azul indireta da fase de concepção/obra [volume]
PHQobra,d,azul + ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 pegada
vazão
hídrica
consumida
𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
azul direta da fase de concepção/obra [volume]
× 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞
para𝐤𝐤 )usos sanitários [volume/tempo]
san 𝐤𝐤
PHCobra,i,azul
san 𝐤𝐤=𝟏𝟏 coeficiente
pegada hídrica azul indireta
de retorno no usoda fase de concepção/obra [volume]
sanitário[%]
Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]
Qsan
Cj
vazão
coeficiente
consumidade retorno
para usos sanitários [volume/tempo]
PHobra,azul pegada hídrica azul da fasedo deuso “j” [%]
concepção/obra [volume]
PHCsan
CPH mat,azul,k
obra,direta,azul pegada coeficiente
coeficiente
hídrica azul de direta
pegadaretornodano
hídrica fase usodesanitário[%]
azul unitária do material
concepção/obra “k” [volume/unid.func.]
[volume]
PH qtdek pegada quantidade
hídrica do material
azul indireta “k”fase
da [unid.func.]
de concepção/obra [volume]
Qobra,indireta,azul
N
vazão
número
demandada
de materiais
para outros
empregados
usos [volume/tempo]
[adimensional]
Qsanoutros vazão consumida para usos sanitários [volume/tempo]
Cj t
Csan coeficiente
tempo
coeficiente de retorno
duração
de retorno nodeuso
obrado uso “j” [%]
[tempo]
sanitário[%]
Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]
Cj
CPHmat,azul,k coeficiente pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func.]
coeficiente de retorno do uso “j” [%]
Já a pegada hídrica cinza de obra (PHobra,cinza ) calcula-se por:
qtde
CPH
mat,azul,k
k
quantidade
coeficiente pegadadohídrica material
azul“k” [unid.func.]
unitária do material “k” [volume/unid.func.]
qtdek quantidade do material “k” [unid.func.]
N N número
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = 𝐏𝐏𝐇𝐇
número
de materiaisde materiais empregados
empregados
𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 =
[adimensional]
[adimensional]
t t tempotempo de duração de obra [tempo]
de duração de obra [tempo] 𝐍𝐍
𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏 − 𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
=cinza
[cinzade ] 𝐭𝐭 +por:
∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 )
Equação 17
Já aJápegada
a pegada hídrica
hídrica de obra
obra (PH
𝐂𝐂 (PH−obra,cinza
𝐂𝐂
obra,cinza) )calcula-se
calcula-se por:
𝐦𝐦á𝐱𝐱 𝟎𝟎
𝐤𝐤=𝟏𝟏
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 =
PHobra,cinza pegada hídrica cinza da fase de concepção/obra [volume]
𝐍𝐍
PHobra,direta,cinza 𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏
pegada − 𝐄𝐄 cinza
hídrica × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
direta da fase de concepção/obra [volume] Equação 17
=[
PHobra,indireta,cinza pegada hídrica cinza indireta ] 𝐭𝐭 da
+ ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞
fase de concepção/obra 𝐤𝐤 )
[volume] Equação 17
Cargager carga𝐂𝐂de − 𝐂𝐂𝟎𝟎
𝐦𝐦á𝐱𝐱contaminante gerada [massa/tempo]
𝐤𝐤=𝟏𝟏
E eficiência de remoção de contaminante da estação [%]
%trat
PHobra,cinza pegadaporcentagem
hídrica cinza do da
efluente
fase de gerado tratada [%][volume]
concepção/obra
PHPHCobra,cinza
máx pegadaconc.
pegada máxima
hídricahídrica
cinzapermita
cinza da
direta dofase
da contaminante
fase de no corpo receptor/ponto
de concepção/obra
concepção/obra [volume]
[volume] de lançamento
obra,direta,cinza
PH pegada[massa/volume]
hídricahídrica
cinza indireta da fase de concepção/obra [volume]
PH
obra,indireta,cinza
Cobra,d,cinza
pegada
conc.
cinza direta
inicial do contaminante
da fase de concepção/obra [volume]
no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
0
Carga ger carga de contaminante gerada [massa/tempo]
E PHobra,i,cinza
CPH k
mat,cinza pegada
coeficiente
eficiência hídrica cinza
de
de remoção pegada indireta da fase
hídrica
de contaminante cinza de concepção/obra
unitária
da estação do [%] material “k”[volume]
[volume/unid.func.]
Qtdek
%trat quantidade
porcentagem do do material
efluente “k” [unid.func.]
gerado tratada [%]
Carga carga de contaminante gerada [massa/tempo]
CmáxN ger conc.número
máximadepermitamateriais empregados no
do contaminante [adimensional]
corpo receptor/ponto de lançamento
E t tempo de duração de obra contaminante
eficiência
[massa/volume] de remoção de [tempo] da estação [%]
C0 conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
CPHmat,cinza k coeficiente de pegada hídrica cinza unitária do material “k” [volume/unid.func.]
Qtdek Pegada hídrica de uso
quantidade do material “k” [unid.func.]
N número de materiais empregados [adimensional]
t tempo de duração de obra [tempo]
A PHuso se refere ao uso e operação da edificação e objetiva avaliar como a concepção da
edificação resulta em apropriações de água diferentes ao longo de sua vida útil. A aplicação73
de
Pegada hídrica de uso
medidas que resultem em redução do consumo de água ou previsão de fontes alternativas, por
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
diretas para a etapa de uso (PHuso,d,azul e PHFIGURA uso,d,cinza26 ), conforme ilustrado na Figura 26
Estrutura de cálculo da PHuso
PHuso,d,azul
PHuso,d,cinza
PHuso ............ PH de uso
PHuso,d .......... PH de uso direta
PHuso,d,azul ..... PH de uso direta azul
PHuso
PHuso ............ PH de uso PH de uso
PHuso,d,cinza .... PH de uso direta cinza
PHuso,d .......... PH de uso direta
PHuso,d PH de uso direta
PHuso,d,azul ..... PH
PH de uso direta azul
PH de uso direta azul
PHuso,d,cinza .... PH uso,d,azul
de uso direta cinza Figura 26. Estrutura de cálculo da PHuso
PHuso,d,cinza PH de uso direta cinza
Matematicamente,
Matematicamente, Figura
essas 26.essas
componentes componentes
Estrutura
se de cálculo
relacionam se PH
da relacionam
da seguinte
uso
forma: da seguinte forma:
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 = 𝐏𝐏𝐏𝐏
Há 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝
inúmeros = 𝐏𝐏𝐇𝐇
fatores + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜
que influenciam
𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 no uso de água durante a vida útil da edificação, sendo
Equação 18
os principais as Hámedidas
inúmeros fatoresà gestão
relacionadas que influenciam
da demanda e dosno uso de água
efluentes. durante
Medidas a vida
de redução de útil da edificaçã
consumo de água irão impactar
os principais as medidas na PH azul
, enquanto as de redução de cargas lançadas (tratamento de
relacionadas à gestão da demanda e dos efluentes. Medidas de
esgotos,
Há inúmeros fatores reúso etc.)
de que irão
consumo reduzir
influenciam a PH
de água
cinza
.
no irãouso de água durante
impactar a vida
na PHazul útil da edificação,
, enquanto sendo
as de redução de cargas
os principais as medidas relacionadas
(tratamento à gestão
de esgotos, reúso da demanda
etc.) irãoereduzir
dos efluentes.
a PHcinza.Medidas de redução
de consumo de água irão impactar na PHazul, enquanto as de redução de cargas lançadas
(tratamento de esgotos, Exemplos reúso deetc.) fatores
irãoque reduzirinfluenciam
a PHcinzaa. PHuso da edificação são:
74
influenciam
Exemplos de fatores que tipo de peças hidrossanitárias
a PH utilizadas;
uso da edificação são:
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
3.3.2 Pegada𝐏𝐏𝐏𝐏
hídrica=de𝐏𝐏𝐇𝐇
uso – PHuso+ 𝐏𝐏𝐇𝐇
𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 =
Data: out-19 | Revisão: 00
Determinadas as pegadas hídricas azul direta (PHuso,d,azul) e cinza direta (PHuso,d,cinza) é possível
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP 𝐍𝐍06 – Produto 09 (RT06)
| Etapa: Etapa
calcular a PHuso por meio de:
= {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭
𝐏𝐏𝐏𝐏𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 = 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = 𝐤𝐤=𝟏𝟏
𝐍𝐍
𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏 − 𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
= {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + [ 𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭
+ ∑[𝐐𝐐 ] 𝐭𝐭
𝐤𝐤=𝟏𝟏 𝐂𝐂𝐦𝐦á𝐱𝐱 − 𝐂𝐂𝟎𝟎 Equação 22
Equação 22
𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏 − 𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
+[ ] 𝐭𝐭
PHuso 𝐂𝐂𝐦𝐦á𝐱𝐱pegada
− 𝐂𝐂𝟎𝟎 hídrica de uso
PHuso,d,azul pegada hídrica de uso direta azul [volume]
PHuso
PH uso pegadaPH
pegadahídrica de uso
hídrica pegada hídrica de uso direta cinza [volume]
de uso
uso,d,cinza
PH
PHuso,d,azul
uso,d,azul pegada
pegada hídrica
Qhídrica de direta
de uso uso
vazãodireta azul [volume] para usos sanitários [volume/tempo]
azuldemandada
[volume]
san
PHuso,d,cinza pegada hídrica de uso direta cinza [volume]
PHuso,d,cinza
Qsan pegada Chídrica
vazão de uso direta
demandada
san para cinza sanitários
coeficiente
usos [volume]
de retorno das demandas sanitárias [%]
[volume/tempo]
QsanC san vazão Qdemandada
coeficiente paravazão
outros de retorno usos
dassanitários
demandada
demandas [volume/tempo]
para[%]outros usos [volume/tempo]
sanitárias
CsanQ
outros vazão
Ck demandada
coeficiente para
de retorno das outros usos
coeficiente
demandas de[volume/tempo]
retorno
sanitárias [%] do uso “k” [%]
Ck coeficiente de retorno do uso “k” [%]
Qoutros
Carga ger vazão Carga
carga ger paracarga
demandada
de contaminante outros de contaminante
usos
gerada [volume/tempo]
[massa/tempo]
gerada [massa/tempo]
Ck E eficiência de remoção de contaminantes da estaçãocontaminantes
E
coeficiente de retorno eficiência
do uso “k” [%] de remoção de [%] da estação [%]
%trat
Cargager %trat
porcentagem do porcentagem
efluente gerado
carga de contaminante gerada [massa/tempo] do
tratada efluente
[%] gerado tratada [%]
Cmáx conc.
Cmáx máxima permitida
conc. do contaminante
máxima no corpo
permitida receptor/ponto de lançamento
E eficiência de remoção de
[massa/volume] contaminantes da estação [%] do contaminante no corpo recept
C0 conc. inicial [massa/volume]
%trat porcentagem dodo contaminante
efluente no corpo
gerado tratada [%]receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
t C0 analisado [tempo]
período conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lança
Cmáx conc. máxima permitida do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [mas-
t período analisado [tempo]
sa/volume]
Pegada hídrica da edificação
Pegada hídrica da edificação
C0 conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
t O cálculo
período
das analisado
pegadas [tempo]de obra (PHobra) e de uso (PHuso) levam à possibilidade de
hídricas
contabilização da PH total da edificação, denominada PHedif.
3.4 Pegada hídrica da
O cálculo dasedificação
pegadas hídricas de obra (PHobra) e de uso (PHuso) le
O cálculo das pegadascontabilização
hídricas de obrada(PH
PH total da(PH
) e de uso edificação, denominada
) levam à possibilidade PHedif.
de conta-
𝐏𝐏𝐇𝐇 PH = 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 + 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮denominada obra uso
Equação 23
bilização da𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 total da edificação, PHedif.
PHedif pegada hídrica da edificação [volume]
PHobra pegada hídrica de obra [volume]
PHuso
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞
pegada
= 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨
hídrica de uso
+ 𝐏𝐏𝐏𝐏
[volume] 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮
Equação 23
PH PH
A PHedif, portanto,
pegada contabiliza
hídrica pegada
das hídrica de
apropriações
edif da edificação [volume] daágua,
edificação
isto é, [volume]
as pegadas hídricas, tanto da
edif
PHobra
PHobra
etapa de obras (PH ) como dopegada
obra hídrica
uso (PHuso de obra ao
) da edificação
pegada hídrica de obra [volume]
[volume]
longo de sua vida útil.
PHuso pegada hídrica de uso [volume]
PHuso pegada hídrica de uso [volume]
Pegada hídrica específica
A PHedif, portanto,
A PH contabiliza das apropriações de água, isto é, as pegadas hídricas, tanto da
edif, portanto, contabiliza das apropriações de água, isto é, as pe
etapa Para
de obras (PH
realização ) como do uso (PHuso) coerentes
de comparações da edificação ao longo
entre de sua vida
edificações útil.
distintas, prevê-se que sejam
obra
etapa de obras (PHobra) como do uso (PHuso) da edificação ao longo de
utilizados indicadores específicos que quantifiquem a PH em função de alguma variável pré-
determinada. Como já explicado no item 2.1.3, foram adotadas variáveis diferentes para o
Pegada hídrica específica
cálculo de PHobra e PHuso específicas, sendo a área total construída (ACT) para a primeira e o
número de agentes consumidores (AC) para a segunda.
77
Para realização de comparações coerentes entre edificações distint
PHobra específica
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Imaginemos que a empresa ABC deseja realizar a avaliação da pegada hídrica azul de uma de
suas obras que se encontra ainda na fase de concepção/projeto. Por ainda não estar concluída, não
é possível a determinação de alguns valores, como as demandas de água em canteiro, e por isso são
necessárias estimativas.
78
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
i. Dados de canteiro
Dado Valor
ACT (m²) 12.000
Aço 250.000 kg
Argamassa 200.000 kg
Cimento 400.000 kg
A edificação é de uso somente residencial, e não são previstos usos intensivos específi-
cos como torres de resfriamento.
Dado Valor
Tipologia residencial
AC aplicável residentes
AC (residentes) 150
VUP (anos) 50
79
VUP (anos)
Presença
específicosde processos(torre
relevantes VUP (anos) Não 50
consumidores
de resfriamento, 50
Presença
específicosde processos
relevantes consumidores
(torre de resfriamento, Não
GUIA piscinas etc.)?relevantes
específicos
METODOLÓGICO
piscinas etc.)? (torre DE
DE CÁLCULO de PEGADA
resfriamento,
HÍDRICANão
PARA EDIFICAÇÕES
VUP (anos)
piscinas
VUP (anos)etc.)? 50
50
VUP (anos) 50
i. PHobra,d,azul (obra direta PHobra,d,azul (obra direta azul)
i. azul)
E.1.2 Cálculo
Como da PHobra
a edificação Comoem
a edificação ainda está em
de projeto,
demandanão
de há dados
i.i. PHPH obra,d,azul(obra
obra,d,azul (obra diretaainda
direta azul)está
azul) projeto, não há dados água para
que a PHobra,d,azul seja devidamente que a PHcalculada.obra,d,azul seja Umadevidamente calculada.de
opção é a utilização Uma opção é
indicadores
i. i. PHobra,d,azul
PH
Como
Como aa (obra
edificação
edificação
obra,d,azul (obra direta
ainda
direta
ainda azul)
está
azul)
está em
em
médios, projeto,
projeto, não
não há há dados
dados de de demanda
demanda de de
águaágua
para para
médios, como a DPA (demanda porcomo área)a eDPA a DPC(demanda
(demanda por per área) e a DPC
capita) de (dema
outras
que
que aaPH obra,d,azul seja devidamente
PHsimilares devidamente obras calculada.
calculada.
similares UmaUma opção
opção
(ver item é aéresolveu
a utilização
utilização
2.2.3). A de de indicadores
indicadores
equipe
obras
Como
Como
obra,d,azul
a como
edificação
a edificação (ver item
ainda 2.2.3).
estápor em A equipe
projeto, denãoda ABC
há dados depara utilizar
demanda ade água resolv
da ABC
média entre
para
médios,
médios,
valores como
de DPAaainda
a DPAestá
e DPC
em projeto,
(demanda
(demanda
de por
valores
suas
não
obras,
há dados
área)
área)
de e ea aDPC
DPA
procedendoe
demanda
DPC
DPC (demanda
deda
de água
(demanda
suas per per
obras,
seguinte
que ade outras
capita)
capita)
maneira. de outras
procedendo da seguin
PHque
obras
obras
asimilares
PHseja
similares
obra,d,azul
devidamente
obra,d,azul (ver
(ver
seja item
item
devidamente
calculada.
2.2.3).
2.2.3). UmaAAequipecalculada.
opção
equipe édaada ABCUmaresolveu
utilização opção
de
ABCresolveu
é utilizar
indicadoresa utilização
utilizar médios,
a média de
a média
indicadores
entreentre
médios,
como
valores a DPA de como
(demanda
valores de DPA e DPC DPA e a DPCDPA
por de
de (demanda
área)
suas
suase a DPC
obras,
obras, por
(demanda área)
procedendo
procedendo per e a
capita)
da da DPC
de (demanda
outras
seguinte
seguinte obras
maneira. per
similares
maneira. capita) de outras
3 3
obras
(ver item similares
2.2.3). A equipe 𝑚𝑚(ver da item 2.2.3).
ABC resolveu A
utilizar equipe
a 𝑚𝑚 entre
média da ABC
valoresresolveu
de DPA e utilizar
DPC de a média entre
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 = 0,25 32 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 = 0,25 2
valores de
suas obras, procedendo DPA 𝑚𝑚
𝑚𝑚3 e DPC
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 de suas
da seguinte maneira. obras, 𝑚𝑚
procedendo 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 da seguinte maneira.
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨==0,25
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 0,25 𝑚𝑚
𝑚𝑚22 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑚𝑚 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑚𝑚33 𝑚𝑚3
𝑚𝑚
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 = 0,25 𝑚𝑚23 3 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑚𝑚 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠3 e DPC, foram
Com base eme𝑚𝑚 DPA Com base estimadas em DPA edemandas
DPC, foram
astotais estimadas
totais (DT) as demandas
com base em cada tot
Com
Com
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫basebase
= em
2,0emDPA DPA DPC,
e DPC,foram estimadas
foram estimadas as demandas
as demandas (DT) com(DT)
totais basecom
em base
cada em cada
Comum
um deles:
base
deles: em𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
DPA e um deles:
DPC, foram estimadas as demandas totais (DT) com base em cada
𝑚𝑚ê𝑠𝑠
um deles:
um deles:
Com base em DPA2 e2DPC, foram
3
𝑚𝑚3 𝑚𝑚 estimadas 𝑚𝑚3 (DT) com base
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 12.000 𝑚𝑚 × 0,25 𝑫𝑫𝑫𝑫 = = 12.000
3.0003 as 𝑚𝑚
𝑚𝑚
demandas
32 × 0,25 totais = 3.000 𝑚𝑚3 em cada
𝑫𝑫𝑫𝑫 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫= 12.000 𝑚𝑚 × 0,25 3 =
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫3.000 𝑚𝑚
um deles: 2 𝑚𝑚2𝑚𝑚 𝑚𝑚 2 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 3 𝑚𝑚2 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 12.000 𝑚𝑚 × 0,25 2 = 3.000 𝑚𝑚
3 3
𝑚𝑚 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
33
𝑚𝑚 𝑚𝑚 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝑚𝑚 3 𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑚𝑚3𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚3
𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 × 60 × 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = × 2,0 = 120 × 20 = 2.400 𝑚𝑚³
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫
𝑫𝑫𝑫𝑫 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫==12.000
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 2,0 𝑚𝑚 𝑚𝑚
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 3 2
𝑚𝑚ê𝑠𝑠× 0,25 × 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
60
𝑚𝑚ê𝑠𝑠 = 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑚𝑚=
3.000 3
𝑚𝑚 × 60×𝑚𝑚ê𝑠𝑠
120
𝑚𝑚ê𝑠𝑠 3 × 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 120
= 2.400 𝑚𝑚³ × 20
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 60 𝑚𝑚2𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 = 120𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 2.400 𝑚𝑚³ 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
Calculando-se a média 3 entre as duas estimativas: 3
Calculando-se
Calculando-se a média a𝑚𝑚entre
média entre
as×duas
Calculando-se
as duas estimativas:𝑚𝑚
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. a média entre as duas estimativas:
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0
Calculando-se a média entre 60asestimativas:
duas×estimativas:
𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 = 120 × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 2.400 𝑚𝑚³
𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 +𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑫𝑫𝑫𝑫 = 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 = 2.700 𝑚𝑚³ 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷
𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2
𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 = 2.700𝑫𝑫𝑫𝑫 =𝑚𝑚³ = 2.700 𝑚𝑚³
𝑫𝑫𝑫𝑫 =
Calculando-se 2a média = 2.700
entre 𝑚𝑚³ as duas estimativas: 2
2
Com base nisso, calculou-se a PHobra,d,azul de fato, a qual é uma parcela da DT. De
acordo com peças hidrossanitárias Com ainstaladas
base no de
nisso, canteiro, estimou-se que aparcela
demanda
Com
Com
Com base
base
base
𝐷𝐷𝑇𝑇
nisso, nisso,
nisso,
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇
calculou-se calculou-se
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 a PHobra,d,azul
calculou-se a PH
PHfato,
de a de écalculou-se
qualfato,
obra,d,azul umafato,
a
a qual
parcela
qual da
é
a DT.
uma
PH
é Deuma acor- de
obra,d,azul
parcela
fato,
da DT.
da DT. De
a qual
De
per
𝑫𝑫𝑫𝑫
acordo =capita com para peçasusos sanitários
= 2.700 era
acordo
hidrossanitárias de
obra,d,azul
𝑚𝑚³ com 40 l/func./dia,
peças
instaladas chegando-se
hidrossanitárias
no canteiro, aos seguintes
instaladas
estimou-se queno a canteiro,
demanda
do com peças hidrossanitárias instaladas instaladas
no canteiro, no estimou-se queestimou-se
a demanda per
san2e Qproc:
acordo
valores com
de Qpeças hidrossanitárias canteiro, que a demanda
per
capita capita
para usos para
sanitários usos era de 40 per
sanitários capita
l/func./dia,era para
de 40
chegando-se usos sanitários
l/func./dia,
aos seguintes era de
chegando-se
valores 40 l/func./dia,
deaos aos seguintesc
per capita para usos sanitários era de 40 l/func./dia, chegando-se seguintes
valores
Com base: de Qsan ecalculou-se
Qnisso, Qproc
: : valores
a PH de Q e Q
san de proc :
fato,
Q
valores
san
e Qproc de san 𝑙𝑙e Qproc 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
obra,d,azul 1 𝑚𝑚a3 qual é uma parcela da DT. De
𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 = 40
acordo com peças × 60 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22
hidrossanitárias × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚no
instaladas × canteiro, = 1.056 𝑚𝑚³
estimou-se que a demanda
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.000 𝑙𝑙 3 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
per capita para 𝑙𝑙 usos sanitários era 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑙𝑙
de 40 l/func./dia, 1 𝑚𝑚
𝑚𝑚 chegando-se
3 aos seguintes 1 𝑚𝑚
𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔
𝑸𝑸valores = =
40 40 𝑙𝑙 × × 60
60 𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.×
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 =𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
2240 × 20×𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 ××601𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.×
20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 × = 22 = 1.056
1.056 𝑚𝑚³× 20𝑚𝑚³𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 ×
𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 de
𝑸𝑸𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 = 𝐷𝐷𝐷𝐷 −Q e 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
san 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑Q=proc : − 1.056 =𝑚𝑚ê𝑠𝑠
2.700 1.644 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.0001.000
𝑙𝑙 𝑙𝑙 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.00
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 3 09 (RT06)
𝑸𝑸𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑
𝑸𝑸𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 ==𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝑙𝑙𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎
− 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎 −𝑸𝑸
= 2.700
= 2.700 −
1.056 1.056
𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 = 𝐷𝐷𝐷𝐷
=−
1.644 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎 = 2.700 1
1.644
= 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 −𝑚𝑚
1.056 = 1.644
𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 = 40 × 60 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 × = 1.056 𝑚𝑚³
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.000 𝑙𝑙
Oscoeficientes
Os coeficientes de retorno
de retorno utilizadosutilizados foram neste
foram os sugeridos os sugeridos
guia, Csanneste
= 0,80 eguia,
CprocCsan = 0,80 e Cproc
76
𝑸𝑸
==0,20,
0,20, = 𝐷𝐷𝐷𝐷
Infinitytech− 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎
Engenharia
resultando
resultando
𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 em: em: = e 2.700 − 1.056
Meio Ambiente = 1.644
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂
Infinitytech
Infinitytech 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ×e (1
= Engenharia
Engenharia e−
Meio 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
Ambiente
Meio )Infinitytech
+ 𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ×
Ambiente (1 − 𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
Engenharia ) Ambiente
e Meio 76 76
Av.Av.Alberto
Albertode Oliveira
de Lima,
Oliveira nº144,
Lima, CEPCEP
nº144, 05690-020,
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
05690-020,
Real Parque, =São
São 1.056
Paulo - SP. (1 − 11
×- SP.
PABX- 0,80) + 1.644 × (1 − 0,20) = 𝟏𝟏. 𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓 𝒎𝒎³
Real Parque, Paulo PABX-3755-9033
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
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Infinitytech Engenharia 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
e Meio Ambiente 1.526 𝑚𝑚3 𝒎𝒎𝟑𝟑 76
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = =
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020, 2 = 𝟎𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟏
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
12.000 𝑚𝑚 𝒎𝒎𝟐𝟐
www.infinitytech.com.br
ii. PHobra,i,azul (obra indireta azul)
A PHobra,i,azul foi calculada com base nos quantitativos e nos CPHazul e cada material,
chegando-se aos resultados abaixo.
80
Material Qtde. UF CPHazul (l/UF) PHobra,i,azul (m³) PHobra,i,azul esp (m³/m²)
Concreto 9.000 m³ 3.840 34.560 2,9
OsOscoeficientes
coeficientesdederetorno
retornoutilizados
utilizadosforam
foramosossugeridos
sugeridosneste
nesteguia,
guia,Csan
Csan= =0,80
0,80e eCpr
C
= =0,20,
0,20,resultando
resultandoem:em:
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯 𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂==
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠××(1(1−−𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 )+
𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝××(1(1−−𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
) +𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ))
𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
Data: out-19 | Revisão: 00 = =1.056
1.056 × ×(1
(1− −0,80)
0,80) + +1.644
1.644 × ×(1
(1− − 0,20)
0,20) ==𝟏𝟏.𝟏𝟏.𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓
𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝒎𝒎³
𝒎𝒎³
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
ii. PHobra,i,azul (obra indireta
𝑃𝑃𝐻𝐻 azul) 33 𝟑𝟑 𝟑𝟑
𝑃𝑃𝐻𝐻 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 1.526
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 1.526𝑚𝑚𝑚𝑚 𝒎𝒎𝒎𝒎
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆== == ==
2nos
𝟎𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟏
𝟎𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟏 𝟐𝟐cada
AOs
PHcoeficientes
obra,i,azul
foi calculada com𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
de retorno base
utilizados 12.000
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴nos quantitativos
12.000
foram 𝑚𝑚e𝑚𝑚 2 CPH
os sugeridos azul𝒎𝒎
neste e𝒎𝒎 𝟐𝟐 material,
guia, che-e Cproc
Csan = 0,80
= 0,20, resultando
gando-se em:abaixo.
aos resultados
ii.ii. PH
PHobra,i,azul (obra
obra,i,azul (obraindireta
indiretaazul)
azul)
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂
Material = 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 × (1 −UF𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ) + 𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 × (1 − 𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 )
Qtde. CPH (l/UF) PHobra,i,azul (m³) PHobra,i,azul esp (m³/m²)
A APH
PH obra,i,azulfoi
obra,i,azul = calculada
foi1.056 × (1 −com
calculada base
comazul
0,80) +base nos
1.644nosquantitativos
× (1quantitativos e enos
− 0,20) = 𝟏𝟏. 𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓 nosCPH
𝒎𝒎³ CPH azule ecada
azul cadamateria
mater
chegando-se
chegando-se
Concreto
aos
aos resultados
resultados
9.000 m³
abaixo.
abaixo.
3.840 34.560 2,9
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 1.526 𝑚𝑚3 𝒎𝒎𝟑𝟑
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 250.000
= = 67,3 = 𝟎𝟎,16.830
𝟏𝟏𝟏𝟏 𝟐𝟐
Material
Material Aço Qtde.𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 UF
Qtde. kg CPH
UF12.000
CPH
𝑚𝑚 2
azul (l/UF)
azul (l/UF)𝒎𝒎PHPHobra,i,azul (m³)
obra,i,azul 1,4 PH
(m³) PHobra,i,azul esp
obra,i,azul esp(m³/m²)
(m³/m
Concreto
Concreto 9.000
9.000 m³m³ 3.840 3.840 34.560
34.560 2,92,9
ii. PH
Bloco
Aço (obra 200.000
de concreto indireta azul)
unid.
250.000
13,4 2.680 0,2
obra,i,azul
Aço 250.000kgkg 67,3 67,3 16.830
16.830 1,41,4
Bloco
ABloco dedeconcreto
PHCimento concreto
obra,i,azul 200.000
foi calculada
400.000 comunid.
200.000
kg unid.
base 13,4
nos
2,4 13,4 976 2.680
quantitativos e2.680
nos CPHazul e 0,2
0,1cada 0,2material,
Cimento
Cimento aos resultados
chegando-se 400.000
400.000 kgkg 2,4
abaixo. 2,4 976976 0,10,1
Argamassa
Argamassa
Argamassa 900.000 kg kgkg 0,8
900.000
900.000 0,8
0,8 720 720720 0,1 0,1 0,1
Material
Total
Total Qtde. UF CPHazul (l/UF) PHobra,i,azul
55.766(m³) PHobra,i,azul4,6
55.766 esp
4,6 (m³/m²)
Total
Concreto 9.000 m³ 55.7663.840 4,6 34.560 2,9
Portanto:
Portanto:
Aço
Portanto:
250.000 kg 67,3 16.830 1,4
Bloco de concreto 200.000 unid. 13,4 2.680 0,2
Cimento 400.000 kg 𝟑𝟑 𝟑𝟑 2,4 976 0,1
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯 𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂==
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂
Argamassa
𝟓𝟓𝟓𝟓. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕
𝟓𝟓𝟓𝟓. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝒎𝒎𝒎𝒎
900.000 kg 0,8 720 0,1
Total 55.766 4,6
33 𝟑𝟑 𝟑𝟑
Portanto:
𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑃𝑃𝐻𝐻 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 55.766
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 55.766𝑚𝑚𝑚𝑚 𝒎𝒎𝒎𝒎
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 =
𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = = 22
==𝟒𝟒, 𝟔𝟔
𝟒𝟒, 𝟔𝟔 𝟐𝟐 𝟐𝟐
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 12.000
12.000𝑚𝑚𝑚𝑚 𝒎𝒎𝒎𝒎
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 = 𝟓𝟓𝟓𝟓. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕 𝒎𝒎𝟑𝟑
E.1.3 Cálculo da PHuso 𝑃𝑃𝐻𝐻 55.766 𝑚𝑚3 𝒎𝒎𝟑𝟑
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = 𝟒𝟒, 𝟔𝟔 =
i.i. i. PHPH
PHuso,d,azul (obra
(obra
(obra
uso,d,azul direta
direta
direta azul)
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
azul)azul)12.000 𝑚𝑚2 𝒎𝒎𝟐𝟐
uso,d,azul
Como
Como
Como sese
se assumiu
assumiu queque
assumiu quenão
não hánãoháháprocessos
processos
processos hidrointensivos
hidrointensivos
hidrointensivos específicos,
específicos, ΣQ = 0. Assim,ΣQ
específicos, aΣQ
proc = =0.0.Assim
proc Ass
proc
aPH
aPHPH deve-se
deve-se somente
somente à àparcela
parcela referente
referente aos
aos
deve-se somente à parcela referente aos usos sanitários.
uso,d,azul
uso,d,azul usos
usossanitários.
sanitários.
i. PHuso,d,azul (obra direta azul)
uso,d,azul
PH Valor (m³) %
PHobra,d,azul 1.526 1,0%
PHobra,i,azul 55.766 37,1%
PHuso,d,azul 93.075 61,9%
Total 150.367 100,0%
Dividindo-se os valores acima pela ACT em empreendimento, chega-se às PH específicas.
PH Valor Unid. %
PHobra
PHobra,d,azul 0,13 m³/m² 2,7%
PHobra,i,azul 4,65 m³/m² 97,3%
Total 4,77 m³/m² 100,0%
PHuso
PHuso,d,azul 621 m³/AC/VUP -
Dado Valor
ACT (m²) 4.000
Duração da obra (meses) 10
Jornada média (dias/mês) 22
82
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
fev/16 30 20 50 6,0% 32
mar/16 60 0 60 9,0% 35
mai/16 50 40 90 16,0% 35
set/16 72 20 92 6,0% 50
out/16 15 10 25 3,0% 15
Um dos hidrômetros mede todo o volume destinado a usos sanitários, o que torna pos-
sível a quantificação mensal das demandas totais sanitárias (DTsan) e, por diferença, da
demanda de processos (DTproc).
83
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Em razão da medição dos esgotos gerados foi possível determinar com precisão os coe-
ficientes de retorno (C) para cada mês.
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙 = 𝐷𝐷𝑇𝑇𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙 𝑃𝑃𝐻𝐻
=×
𝑃𝑃𝐻𝐻 (1 − × 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
(1
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙
𝐷𝐷𝑇𝑇 )+ = 𝐷𝐷𝑇𝑇
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗−=
𝐷𝐷𝑇𝑇 ) +×
𝐷𝐷𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ××(1(1−
(1 −−𝐶𝐶 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ) + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ×
(1)−)+𝐶𝐶𝐷𝐷𝑇𝑇 (1 −
) × (1 − 𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 )
𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 )
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝐷𝐷𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ×𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
= 15,0 = (1 − ×
× 15,0 0,85) + = 15,0
2,4 × (1× (1
− −
0,11) 0,85) = +
𝟒𝟒, 𝟖𝟖2,4
𝒎𝒎³× (1 −
− 0,11) = 𝟒𝟒, 𝟖𝟖 𝒎𝒎³
0,11) = 𝟒𝟒, 𝟖𝟖
(1 − 0,85) = 15,0 +× 2,4(1×−(10,85) − 0,11) + 2,4 =× 𝟒𝟒,(1𝟖𝟖 𝒎𝒎³ 𝒎𝒎³
É evidente
É evidente É
Éoevidente
que o mesmo cálculo
evidente
É evidente
que mesmo que
pode
que
que o mesmo
cálculoo mesmo
ser
ocálculo
mesmo
pode cálculo
realizado
cálculo
pode
ser ser pode ser
ser realizado
simplesmente pelapela
podesimplesmente
realizado
realizado realizado
simplesmente simplesmente
subtração da DT pela
da
simplesmente
subtração
pela subtração da subtração
pela subtração d
d
DT pelaDTgeração total
pela
DT
DTdepela geração
efluentes,
pela
geração geração
total de outotal
20
total
efluentes,−de
de
ou
efluentes,
15,2 = 7,4.
efluentes,
pela geração total de efluentes, ou 20 − 15,2 = 7,4. ou
ou 20
20 −
− 15,2
15,2 =
= 7,4.
7,4.
Realizando-se
mês oa cálculo
Realizando-se Realizando-se
o cálculo
Realizando-se Realizando-se
o cálculo mês,o
mês oamês a mês, mês
cálculo
chega-se
cálculo chega-se
aos a
mês
mês, chega-se
aos valores
mês,
avalores
mês, chega-sede pegada
de pegada
chega-se
aos valores deaos
aos hídrica
valores
hídrica
valores
pegada
azul
azuldada
de
de
hídrica
obra.
pegada
azul dahídrica
pegada hídrica azul
azul d
d
obra. Procedeu-se obra.
também
Procedeu-se
obra. Procedeu-se Procedeu-se
à comparação
também
obra.também à
Procedeu-se também
com
comparação a à
com
também àcom
à comparação comparação
evolução
a evolução
comparação física
física
a evoluçãocom com
da
da a
obra,evolução
obra, física
utilizando-
utilizando-se
a evolução
física da obra, física
comoda obra, utilizando
da obra, utilizando
utilizando-
se comose referência a se
se
como referência como
“área
referência
como referência
proporcional
aa“área proporcional
referência
“área a “área
amensal”
mensal” proporcional
(ACT
(ACT
“áreamensal”
proporcional prop.),
prop.),
proporcional
(ACT mensal”
resultante
resultante
mensal”
prop.), (ACT do prop.),
do resultante
produto
(ACT produto
da área resultante
resultante do
docons-
prop.), produto do produt
produt
da áreadaconstruída da
total área
(8.000
datotal
truída
área construída área construída
m²) pela
construída
(8.000
total total
total
m²) pelam²)
(8.000 evolução
pela(8.000
evolução
(8.000
mensal. m²)
mensal. pela
m²) mensal.
evolução evolução
pela evolução mensal. mensal.
𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇
× 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
%𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜
𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇×𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
%𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜 ×
×= %𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜
8.000
𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎 =×8.000
0,8
%𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜 𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎
=×64
𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎 𝑚𝑚²=
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
0,8 8.000
=64 𝑚𝑚² ×
8.000 × 0,8
0,8 =
= 64
64 𝑚𝑚²
𝑚𝑚²
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗=
Evolução Evolução
Evolução
Evolução Evolução
Evolução
ACT prop.
Evolução ACT prop.
PHobra,d,azul
ACT prop. PHobra,d,azul
PH
Mês Mês
PHobra,d,azul PH Evolução (m³) ACT
físicaprop.
física (%) PH
PH (m³) física (%) obra,d,azul
Mês Mês (m³) PH
obra,d,azulfísica (%)
obra,d,azul
obra,d,azul (m³)
física (%)
física (%)
(m²) (%)
(m³/m²) (m²)
obra,d,azul
(m³/m²)
físicaacum.
(%) física (%) (m²)
acum. (m²)
(m³/m²) (m³/m²)
acum. acum.
jan/16 jan/16 4,8 jan/16
jan/16
4,8 3,0% 4,8
4,83,0% 3,0% 3,0%
3,0%
3,0% 240 3,0%
3,0%
240 0,040 240
240
0,040
0,040
0,040
84fev/16 fev/16 20,9 fev/16
fev/16
20,9 6,0% 20,9
20,9
6,0% 9,0% 9,0%
6,0%
6,0% 480 9,0%
9,0%
480 0,087 480
480
0,087
0,087
0,087
mar/16 mar/16 31,9 mar/16
mar/16
31,9 9,0% 31,9
31,9
9,0% 18,0% 9,0%
9,0%
18,0% 720 18,0%
18,0%
720 0,089 720
720
0,089
0,089
0,089
obra. Procedeu-se também à comparação com a evolução física da obra, utilizan
se como referência a “área proporcional mensal” (ACT prop.), resultante do prod
GUIA da
METODOLÓGICO DE CÁLCULO
área construída DE PEGADA
total (8.000 HÍDRICA
m²) pela PARA EDIFICAÇÕES
evolução mensal.
Como resultado, chegou-se a PHobra,d,azul de 455 m³, com valor específico de 0,114 m³/m².
Caso a gestão de canteiro não permitisse o uso direto destes dados, por exemplo
Caso a gestão de
a empresa nãocanteiro não permitisse
controlasse o uso por
as vazões diretouso,
destes dados,
estas por exemplo
podem se a
ser estimadas a partir
empresa não controlasse as vazões por uso, estas podem
uma demanda per capita padrão (como no exemplo E.1). ser estimadas a partir de uma
demanda per capita padrão (como no exemplo E.1).
𝐷𝐷𝑇𝑇𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 20
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐴𝐴𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 = = = 0,17 𝑚𝑚3 /𝑚𝑚2
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 × %𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒çã𝑜𝑜 𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 4.000 × 3,0%
85
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Dado Valor
ACT (m²) 20.000
Efetivo médio mensal 100
Duração da obra (meses) 20
Jornada média (dias/mês) 22
Carga diária per capita (gDBO/func./dia) 15
86
Cenário D: em corpo hídrico
implantação
em corpo classe
dehídrico
ETE com 2.processo
classe 2. avançado (MBR) + lançamento
em corpo hídrico classe 2.
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO
Cenário DE PEGADA
D: implantação HÍDRICA
de ETE PARA EDIFICAÇÕES
com processo avançado (MBR) + lançamento
em corpo hídrico classe 2.
Os cálculos abaixo são somente para o cenário “C”, mas os procedimentos são idênticos para
todos são
Os cálculos abaixo os demais.
somente para o cenário “C”, mas os procedimentos são idênticos para
todos os demais.
AACarga
Carga
Os é, evidentemente,
cálculos
ger ger abaixo são igual
é, evidentemente, parapara
igual
somente todos
para os cenários.
todos
o cenário os Considerando
cenários.
“C”, a duração
Considerando
mas os procedimentos adeduração
são idênticos para
de
A Cargager toda todos
toda a os demais.
obra,
é, evidentemente, tem-se:
a obra, tem-se: igual para todos os cenários. Considerando a duração
de toda a obra, tem-se:
A 𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂 Carga ger é, evidentemente,
= 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎 igual para todos os cenários. Considerando a duração
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 × 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 × 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 (𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑)
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎 de toda a obra, × tem-se:
𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 × 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 (𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑)
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 15𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
= × 100 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 × 22 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 660.000 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
15𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂 𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈 =𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 × 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
× 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 (𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑)
= × 100 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 × 22 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 660.000 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 = 660 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
15𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
= 660 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 = 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 × 100 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 22 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 660.000 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
AAeficiência
eficiência (E) remoção
(E) remoção de DBO de DBO
5,20
depende5,20 dependedo sistema do de sistema de tratamento
tratamento adotado. Assu- adotado.
A eficiência Assumiu-se
(E) remoção que em
de DBO =
todos660 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
os
5,20 depende cenários, 100%
dovolume
sistema do volume
detratado será
tratamento tratado (%trat = 100%).
miu-se que em todos os cenários, 100% do será (%trat =adotado.
100%). Para o
Assumiu-se Para que em o exemplo
todos osdecenários, sistema com 100%Edo = 75%,volume Carga serálan é:
tratado (%trat = 100%).
Para o exemplo exemplo A de
de eficiência
sistemacom
sistema (E)EEremoção
com == 75%,
75%, Carga Cargade lan DBOé: 5,20 depende do sistema de tratamento adotado.
lan é:
Assumiu-se que em todos os
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 × (1 − 𝐸𝐸 × %𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡) = 660𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘cenários, 100% do volume será ×
× (1 − 0,75 tratado (%trat
1) = 165 = 100%).
𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
Para o exemplo de sistema com E
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 × (1 − 𝐸𝐸 × %𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡) = 660𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 × (1 − 0,75 × 1) = 165 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘= 75%, Carga lan é:
A avaliação da PHcinza leva em conta a Cargalan de cada cenário e as condições de
A avaliaçãorecebimento da PH 𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂
cinza leva do=em
𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎
corpo conta 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔a×Carga
hídrico. (1Para− 𝐸𝐸 ×de
lancorpo
%𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡) =
receptor
cada 660𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
cenário e as2 ×
classe (C(1
máx−=0,75
condições × 1) 2=
5,0de
mgO /l 165
e C0𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
=
recebimento2,5 A avaliação
domgOcorpo da
2/l), PHtem-se:
hídrico. leva em conta a Cargalan de
cinza Para corpo receptor classe 2 (Cmáx = 5,0 mgO2/l e C0 =
cada cenário e as condições de re-
2,5 mgO2/l), A avaliação
tem-se:
cebimento do corpo hídrico. da PHcinza Paraleva corpo emreceptor
conta6 aclasse Carga 2 lan
(Cmáxde= cada
5,0 mgOcenário
/l e C0e=as
2,5condições de
recebimento do corpo hídrico. Para 10corpo
𝑚𝑚𝑚𝑚 receptor classe 2 2
(C = 5,0 mgO2/l e C0 =
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 10165 𝑘𝑘𝑘𝑘 × máx
mgO2/l),2,5 tem-se:
mgO2= /l), 165tem-se:
6
𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 = = 66.000 𝑚𝑚³
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 𝐶𝐶𝑚𝑚á𝑥𝑥 −𝑘𝑘𝑘𝑘 ×
𝐶𝐶0 3,0 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 − 1,5𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙6
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 = = = 66.000 𝑚𝑚³
𝐶𝐶𝑚𝑚á𝑥𝑥 − 𝐶𝐶0 3,0 𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 − 1,5𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙165 𝑘𝑘𝑘𝑘 × 10 𝑚𝑚𝑚𝑚
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 66.000 𝑚𝑚³ 𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 == 𝐶𝐶𝑚𝑚á𝑥𝑥 − 𝐶𝐶0 = 3,0
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 = 𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 − 1,5𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 = 3,3 𝑚𝑚=3 /𝑚𝑚 66.000
2 𝑚𝑚³
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 66.000 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑚𝑚³ 20.000 𝑚𝑚²
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = = 3,3 𝑚𝑚3 /𝑚𝑚2
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 20.000 𝑚𝑚²
Portanto, o cenário 3 resulta, 𝑃𝑃𝐻𝐻 para as condições
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 66.000 𝑚𝑚³ estudadas 3e valores assumidos, em
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = = 3,3 𝑚𝑚 /𝑚𝑚2
Portanto, o PH cenário total depara
3 resulta,
obra,d,cinza 66.000 m³𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
as condições e específica de 3,3
20.000
estudadas 𝑚𝑚²m³/m².
e valores assumidos, em
PHobra,d,cinza total de 66.000 m³ e específica de 3,3 m³/m².
Portanto,
Para cadaPortanto,
o cenário
um dos o cenário
resulta,3 para
3cenários, resulta, para
as condições
os valores as condições
são: estudadas eestudadas e valores em
valores assumidos, assumidos, em
Para cada PH um dosPH cenários,
obra,d,cinza os totalvaloresde 66.000
são:
total de 66.000 m³ e específica de 3,3 m³/m². m³ e específica de 3,3 m³/m².
obra,d,cinza
Cenário
Item
Para
Para cada umcada um dos cenários,
dos cenários,
Cenário A
os valores os valores
são: B são: C D
Item Cargager (kgDBO)A B660 C660 D660 660
%trat
Cargager (kgDBO) 660 0% Cenário
660 0%
660 100%
660 100%
Item
A B
Cenário
C D
%trat Item 0% 0% 100% 100%
Cargager (kgDBO) 660
A 660
B 660 C 660 D
%trat 0% 0% 100% 100%
Carga
Infinitytech (kgDBO) 660
ger Engenharia e Meio Ambiente
660 660 660 82
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020, 82
Infinitytech Engenharia e%trat
Real Parque, Meio Paulo - SP. PABX- 110%
SãoAmbiente 3755-9033 0% 100% 100%
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
www.infinitytech.com.br
Real Parque, São Tipo de tratamento
PauloInfinitytech
- SP. PABX-Engenharia
11 3755-9033 Nenhum
e Meio Ambiente Nenhum UASB MBR 82
www.infinitytech.com.brAv. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
E (%)
Real 0,0% 11 3755-9033
Parque, São Paulo - SP. PABX- 0,0% 75,0% 99,5%
www.infinitytech.com.br
Carglan 660 660 165 3,3
Lançamento em Classe 1 Classe 2 Classe 2 Classe 2
Cmáx (mgO2/l) 3,0 5,0 5,0 5,0
C0 (mgO2/l) 1,5 2,5 2,5 2,5
PHcinza (m³) 440.000 264.000 66.000 1.320
PHcinza específica (m³/m²) 22,0 13,2 3,3 0,1
87
Carglan Cenário 660 660 165 3,3
Item
Lançamento A
em B C 1
Classe D
Classe 2 Classe 2 Classe 2
GUIA METODOLÓGICO
Tipo de tratamento DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA MBR EDIFICAÇÕES
Cmáx (mgO2/l)Nenhum Nenhum3,0 UASB 5,0 5,0 5,0
E (%) 0,0% 0,0% 75,0% 99,5%
Carglan
C 0 (mgO2/l)
660 660
1,5 165
2,5
3,3
2,5 2,5
Lançamento emPHcinza (m³) Classe 1 Classe 2440.000
Classe 2 264.000
Classe 2 66.000 1.320
Cmáx (mgO2/l) PHcinza específica
3,0 (m³/m²)
5,0 22,05,0 13,2
5,0 3,3 0,1
C0 (mgO2/l) 1,5 2,5 2,5 2,5
PHcinza (m³) 440.000 264.000
PHcinza (m³/m²) 66.000 1.320
PHcinza específica (m³/m²) 22,0 13,2 3,3 0,1
25,0
22,0
PHcinza (m³/m²)
25,0 20,0
22,0
PHcinza (m³/m²)
20,0 15,0 13,2
PHcinza (m³/m²)
15,0 13,2
10,0
10,0
5,0 3,3
5,0 3,3 0,1
0,0 0,1
0,0 A B C D
A B C D Cenário
Cenário
PH
E.4 PH
E.4. E.4.
uso,d,azul
uso,d,azul
– Edifício
– PH uso,d,azul
Edifício comercial
– Edifício
comercial em operação
comercial
em operação em operação
EmEm2019,
2019, aaEm
gestora
2019,
gestora do
do empreendimento
aempreendimento comercial
comercial Azul
gestora do empreendimento Azulpropôs a autilização
comercial
propôs Azul
utilização da da
PH PH
como
propôs aindica-
como utilização da PH como
dor indicador
para mensuração
para do impacto
mensuração do positivo
impacto de algumas
positivo de medidas
algumas em
medidasprolemda gestão
prol da de água
gestão de aplicadas
água
indicador para mensuração do impacto positivo de algumas medidas em prol da gestão de água
aplicadas na
na edificação edificação
naaplicadas na última
última década.
na década.
A avaliação,
edificação Aúltima
napor avaliação,
ter como por ter
escopo
década. A como escopopor
as apropriações
avaliação, as apropriações
diretas
ter comode água
escopo as apropriações
diretas de água azul, foi traduzida na forma de PHuso,d,azul (pegada hídrica de uso, direta, azul).
azul, foi traduzida na forma
diretas de de PHuso,d,azul
água (pegada hídrica
azul, foi traduzida de uso,
na forma dedireta, azul).(pegada hídrica de uso, direta, azul).
PHuso,d,azul
AApartir
partirde
de2011,
2011,foram
foramrealizadas
realizadasmedidas
medidasdederedução dede
redução vazão dede
vazão peças sanitárias
peças (torneiras
sanitárias (torneiras e
e descargas Adepartir dee2011,
bacias) foram realizadas
de melhoria medidas de redução
de desempenho/redução de demandade vazão de peças
do sistema de sanitárias (torneiras
descargas de bacias) e de melhoria de desempenho/redução de demanda do sistema de resfriamen-
resfriamentoe(torre
descargas de bacias)
de resfriamento, TR).e de melhoria de desempenho/redução de demanda do sistema de
to (torre de resfriamento, TR). (torre de resfriamento, TR).
resfriamento
Troca da
descarga comum
por modelo dual Troca da Troca do sistema de
flush descarga comum resfriamento
2012 por modelo dual 2018 Troca do sistema de
flush resfriamento
2012 2018
2011 2015
Troca das Estudo de
torneiras por desempenho
modelo 2011 térmico 2015
hidromecânico
Troca das Estudo de
torneiras por desempenho
modelo térmico
E.4.1 Levantamento de dados
hidromecânico
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 83
O edifício possui
Av. Alberto área Lima,
de Oliveira construída
nº144, CEPtotal de 4.500 m² e manteve média de 400 ocupantes
05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
ao longo de sua operação
www.infinitytech.com.br
durante o período analisado.
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 83
Características da edificação
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
ACTwww.infinitytech.com.br
(m²) 4.500
Ocupação média (func.) 400
Operação mensal (dias/mês) 22
Operação anual (meses/ano) 12
88
ACT (m²) 4.500
Ocupação média (func.) 400
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Operação mensal (dias/mês) 22
Operação anual (meses/ano) 12
A partir das contas mensais de água a equipe determinou às demandas totais (D
Aanuais
partir das
docontas mensais
edifício. As de água a equipe
demandas de determinou às demandasda
água de reposição totais
torre(DT)de
anu-
resfriamento (T
ais do edifício. As demandas de água de reposição da torre de resfriamento
foram medidas separadamente, sendo possível determinar por diferença os dema(TR) foram
medidas
em suaseparadamente, sendo possível
maioria destinados determinarsanitárias
a finalidades por diferença
15 os demais, em sua
.
maioria destinados a finalidades sanitárias14.
Ano
Ano DT
DT(m³)
(m³) TR (m³)(1)(1)
TR (m³) DT
DTsan (m³)(2)(2)
(m³)
san
2010 5.163 1.300 3.863
2010 5.163 1.300 3.863
2011 4.402 1.200 3.202
2011
2012 4.402 1.200 3.202
3.460 1.250 2.210
2013
2012 3.460
3.460 1.150
1.250 2.3102.210
2014
2013 3.460
3.460 1.300
1.150 2.1602.310
2015
2014 3.460
3.460 1.000
1.300 2.4602.160
2016 3.245 900 2.345
2015 3.460 1.000 2.460
2017 3.245 950 2.295
2016 3.245 900 2.345
2018 2.715 700 2.015
2017
2019 3.245
2.715 650950 2.0652.295
(1)2018
Medida ne2.715
entrada da TR.700 2.015
(2) Calculada por diferença.
2019 2.715 650 2.065
Já
(1) à primeira
Medida ne entrada vista
da TR. foi possível verificar a redução progressiva das demandas de águ
o que pode ser atribuído às diversas medidas aplicadas, já que o número médio
(2)
Calculada por diferença.
ocupantes
Já nãofoisepossível
à primeira vista alterou.
verificar a redução progressiva das demandas de água, o
que pode ser atribuído às diversas medidas aplicadas, já que o número médio de ocu-
pantes não se alterou.
A PHuso,d,azul
E.4.2 Cálculo da PH considera
uso,d,azul
somente a parcela “perdida” de água para os múltiplos u
considerados; ou seja, aquela que não retorna como efluente. Dessa forma,
A PHuso,d,azul considera somente a parcela “perdida” de água para os múltiplos usos consi-
necessário que sejam determinadas as parcelas de “entram”, “saem” e “se perde
derados; ou seja, aquela que não retorna como efluente. Dessa forma, é necessário que
dentro da edificação. Conforme demonstrado neste guia, essa relação pode
sejam determinadas as parcelas de “entram”, “saem” e “se perdem” dentro da edifica-
expressada
ção. utilizando-se
Conforme demonstrado o coeficiente
neste de pode
guia, essa relação retorno, “C”. utilizando-se
ser expressada
o coeficiente de retorno, “C”.
Para cada período de tempo, a PHuso,d,azul é calculada por:
Para cada período de tempo, a PHuso,d,azul é calculada por:
𝐍𝐍
89
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Como
Os resultado do cálculo
usos sanitários daresultam
em geral pegada hídrica entre
em retorno da 2010
ordemede
2019, chegou-se
80-90%, ao seguinte
adotando-se
panorama
valor dede PH= azul,d,azul
Csan 0,80. Já. no caso dos usos para resfriamento, sabe-se que praticamente
a totalidade da água é perdida por evaporação nos processos de troca térmica,
havendo retorno de pequena parcela na forma de purgas de desconcentração. Por
DT PHazul - sanitária PH - resfriamento PHazul PHazul Redução em
isso, adotou-se Ck = 0,10. azul
(m³) (m³/ano) (m³/ano) (m³/ano) (m³/AC/ano) relação a 2010
Como resultado do cálculo da pegada hídrica entre 2010 e 2019, chegou-se ao
5.163 718 1.385 2.103 5,3 -
seguinte panorama de PHazul,d,azul.
4.402 567 1.385 1.952 4,9 7%
PHazul - PHazul - Redução
DT
3.460 381
sanitária 1.385PHazul
resfriament
PHazul
1.765 4,4
em relação 16%
(m³) (m³/ano) (m³/AC/ano)
(m³/ano) o (m³/ano) a 2010
3.460
5.163 718381 1.385 1.3852.103 1.765
5,3 4,4
- 16%
4.402 567 1.385 1.952 4,9 7%
3.460 381 1.385 1.765 4,4 16%
3.460 381 1.385 1.765 4,4 16%
3.460
3.460 381381 1.385 1.3851.765 4,4
1.765 16%
4,4 16%
3.460 381 1.385 1.765 4,4 16%
3.245
3.460 381381 1.385 1.1911.765 1.572
4,4 3,9
16% 25%
3.245 381 1.191 1.572 3,9 25%
3.245
3.245 381381 1.191 1.1911.572 1.572
3,9 3,9
25% 25%
2.715 381 715 1.095 2,7 48%
2.715 381 715 1.095 2,7 48%
Torneira
1.000
381 381
800
1.385 1.385 1.385 1.385 1.385 1.385
600 1.191 1.191
400
715 715
200
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
PHazul - resfriamento (m³/ano) PHazul - sanitária (m³/ano)
Data: out-19Em
Emvalores
valores acumulados, nota-se clara tendência de redução da tendência de aumento
| Revisão: 00
acumulados, nota-se clara tendência de redução da tendência de aumento
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
dadaPH
PHdesde 2010,motivado
desde 2010, motivado principalmente
principalmente pelas pelas
ações ações
voltadasvoltadas ao uso de
ao uso eficiente eficiente de
águapara
água pararesfriamento.
resfriamento.
18.000
16.000
14.000
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 85
12.000
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
PH (m³)
10.000
www.infinitytech.com.br
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Neste exemplo os cálculos foram simplificados com vistas a destacar a evolução da PH ao longo da
operação da edificação. Por isso, não foram detalhados os procedimentos de quantificação de cada um
90 dos componentes de pegada hídrica.
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
O edifício Verde, um residencial construído na década 1990, tornou-se estudo de caso de pega-
da hídrica de uma construtora tradicional do mercado. A edificação se localiza em local onde o esgoto
é coletado, mas não é tratado, motivo que levou à implantação de ETE desde o início.
Ao longo dos anos, as seguintes intervenções foram realizadas na edificação:
• 2010: os moradores, preocupados com as constantes crises de abastecimento na cidade, de-
cidiram coletivamente realizar troca das peças hidrossanitárias de seus apartamentos, bus-
cando reduzir a demanda per capita. Paralelamente, foram realizadas manutenções nas redes
condominiais de água, especialmente nas válvulas redutoras de pressão (VRPs), reduzindo a
pressão máxima nos pontos de uso de 40 mca (metros de coluna d’água) para 30 mca.
• 2013: em razão do desgaste, as áreas comuns foram reformadas, com troca de revestimentos
verticais, pisos e pintura.
• 2017: diante de exigências da concessionária e órgãos ambientais locais, requereu-se que a
ETE fosse modificada e adotasse processos de tratamento mais eficientes.
Já em 2019, a administradora do condomínio decidiu calcular a pegada hídrica da edificação
desde sua inauguração até o presente momento, considerando as apropriações de água da obra e
de uso. A manutenção de registros de obra junto à construtora e das demandas de água ano a ano
permitiu resgate de todo o histórico.
E.5.1 Levantamento de dados
i. Dados da edificação
Características da edificação
Tipologia Residencial
ACT (m²) 12.000
Operação mensal (dias/mês) 30
Operação anual (meses/ano) 12
Número de residentes 200
Tipo de PH Valor
PHobra,d,azul (m³) 7.500
91
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Entre 1990 e 2010 a média de demanda per capita permaneceu em torno de 180 l/re-
sidente/dia, valor razoável diante de estatísticas nacionais. A utilização de restritores de
vazão nos chuveiros, arejadores em torneiras de cozinha e dos banheiros, substituição
de válvulas por bacias com caixa acoplada e o controle de pressão na rede levaram a
reduções muito significativas da ordem de 40%, passando a 110 l/residente/dia.
A ETE instalada inicialmente no edifício Verde possuía eficiência média de 75% de remo-
ção de DBO5,20, o que resultava em cargas remanescentes de contaminantes significati-
vas. Decidiu-se que o processo original (UASB + FBP) seria substituído por tecnologia de
membranas (MBR), o que garantiria eficiências superiores a 99%.
E.5.2 Resultados
Os diversos processos pelos quais o edifício Verde passou podem ser analisados a partir
de um panorama geral da pegada hídrica ao longo dos anos, considerando desde sua
construção até seu uso na atualidade.
Para realização dos cálculos, as seguintes variáveis foram utilizadas.
Item Valor
Csan 0,8
Carga do DBO per capita (gDBO/AC/dia) 54
Tipo de lançamento Rede da concessionária (sem tratamento)
Cmáx DBO (mgO2/l) 60
C0 DBO (mgO2/l) 30
92
capita (gDBO/AC/dia) Rede da concessionária (sem
Tipo de lançamento
Rede da concessionária (sem
tratamento)
Tipo de lançamento
Cmáx DBO
GUIA(mgO 2/l) tratamento)
60DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
METODOLÓGICO
Cmáx DBO (mgO
0 DBO (mgO2/l) 2/l) 60
30
C0 DBO (mgO2/l) 30
Avaliando-se primeiramente a PHazul isoladamente, de modo que seja possível
Avaliando-se primeiramente
verificar o impacto a PHazul isoladamente,
das ações realizadas em 2010, tem-se:de modo que seja possível
verificar o Avaliando-se
impacto das ações realizadas
primeiramente a PHazulem 2010, tem-se:
isoladamente, de modo que seja possível verificar o
60.000 impacto das ações realizadas em 2010, tem-se:
Redução da demanda per capita
60.000
Redução da demanda per capita
50.000
50.000
Retrofit
40.000
Retrofit
40.000
PH (m³)
30.000
PH (m³)
30.000
20.000
20.000
10.000
10.000
0
1989
1990
1991
1992
1993
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2000
2001
2002
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2008
2009
2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
0
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
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1997
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2000
2001
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2009
2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Obra Uso
Obra Uso
Azul indireta (m³) Azul direta (m³)
Azul indireta (m³) Azul direta (m³)
80.000
PH (m³)
60.000
60.000
40.000
40.000
20.000
20.000
0
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
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2000
2001
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2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
0
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
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2001
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2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Obra Uso
Obra Uso
Azul indireta acum. (m³) Azul direta acum. (m³) Azul acum. (m³)
Azul indireta acum. (m³) Azul direta acum. (m³) Azul acum. (m³)
93
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
70.000
70.000 Redução da demanda per capita
60.000 Redução da demanda per capita
60.000
50.000 Retrofit
50.000 Retrofit ETE
40.000 ETE
40.000
30.000
30.000
20.000
20.000
10.000
10.000
0
0
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
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2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
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2007
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2009
2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Obra Uso
Obra Uso
Cinza direta (m³) Azul indireta (m³) Azul direta (m³)
Cinza direta (m³) Azul indireta (m³) Azul direta (m³)
1.200.000
1.200.000 Redução da demanda per capita
Redução da demanda per capita Retrofit
Retrofit ETE
1.000.000 ETE
1.000.000
800.000
800.000
(m³)
PH(m³)
600.000
600.000
PH
400.000
400.000
200.000
200.000
00
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Obra
Obra Uso
Uso
Cinza
Cinza indireta
indireta acum.
acum. (m³)
(m³) Azul indireta
Azul indireta acum.
acum. (m³)
(m³)
Azul
Azul direta
direta acum.
acum. (m³)
(m³) Total acum.
Total acum. (m³)
(m³)
Por
Por fim, considerando
fim, Por todotodo
fim, considerando
considerando o ohistórico doempreendimento,
histórico do empreendimento, o edifício
o edifício edifício
Verde Verde
apresenta
Verde
apresenta
apresentaem em 2020
em2020 uma PH
2020uma PHedif edif
edif de cerca de 1.000.000 m³ acumulados,
acumulados,
de cerca de 1.000.000 m³ acumulados, com tendência
com tendência
com tendência de cresci-
de
de crescimento
crescimento desacelerado
mento desacelerado devido
devido às medidas
às medidas adotadas
adotadas no período.
no período.período.
94
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
4. A PLICAÇÃO DA METODOLOGIA:
ESTUDOS PRÁTICOS, AVALIAÇÃO E
COMPARAÇÃO COM LITERATURA
A metodologia desenvolvida e explicada nos itens
anteriores foi testada pela própria Infinitytech para as Análise rápida (AR)
obras das empresas do GT, havendo também realização
Calcula a PH a partir de da-
de testes junto aos participantes do GT com o intuito
dos simplificados e considera-se
de verificar sua aderência à realidade e expectativa de
somente a PHazul. Para cálculo da
agentes atuantes na área. Como já apresentado no item
parcela direta, são utilizados valo-
2.1, desenvolveu-se uma ferramenta digital (FPHedif) para res médios de canteiro, enquanto
otimizar a experiência dos usuários, facilitando a familia- para a parcela indireta os materiais
rização com os conceitos e procedimentos utilizados no foram agrupados de acordo com as
cálculo da PH. categorias estabelecidas em MAT 1.
Neste item serão avaliados principalmente os resul-
tados obtidos pela Infinitytech, dado que aqueles envia-
Análise detalhada (AD)
dos pelo GT, apesar da participação ativa dos integrantes
do grupo, não apresentaram homogeneidade suficiente Engloba também a PHcinza e é
realizado com base em uma divi-
para a realização de avaliações amplas. Algumas empre-
são; por mês ou por etapa de obra
sas disponibilizaram somente cálculos para uma de suas
predominante. Para cálculo da par-
obras e outras que realizaram somente quantificações
cela direta, são utilizados os dados
parciais, resultando em redução considerável das amos-
de canteiro de acordo como a divi-
tras a serem analisadas. Esse fator, no entanto, não traz são estabelecida e, com relação à
prejuízos aos objetivos específicos da realização de tes- PHindireta, propõe-se trabalhar com
tes junto ao GT, visto que essa etapa visava à familiariza- valores de CPH de acordo com as
ção dos participantes com a metodologia, obtenção de especificações dos materiais.
feedback e promoção de discussão sobre os principais
pontos a serem melhorados.
Como já explicado no item 2.2.5, os cálculos de PH
junto ao GT foram mediados pela utilização da Ferramen-
ta de Cálculo de Pegada Hídrica para Edificações (FPHedif), um arquivo digital de cálculo automático de
PH elaborado especialmente para essa finalidade. A FPHedif prevê dois tipos de análise para a PHobra:
Análise Rápida (AR) e Análise Detalhada (AD), cada qual contando com níveis de detalhamento dis-
tintos. Essa divisão teve como objetivo compreender os impactos nos valores de PHobra causados por
simplificações nos procedimentos de cálculo, fosse pela utilização de categorias mais abrangentes de
materiais (MAT1, ver item 2.1.4) ou de mais detalhadas (MAT2, vide item 2.1.4) para PHobra,i, ou pela
simplificação dos cálculos de PHobra,d. Outro objetivo foi também facilitar a realização do cálculo pelo
GT, dado que a AD exige maior dispêndio de esforços na obtenção e organização de dados, o que
poderia comprometer a realização dos testes. A comparação entre os resultados oriundos da AR e
AD será realizada no item 4.2.
A Figura 27 a seguir ilustra a abrangência dos cálculos realizados, indicando os que foram de-
sempenhados pela Infinitytech (IFTH) e quais pelo GT, bem como o tipo de análise (AR ou AD).
95
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
PHobra
IFTH, GT
PHuso,d,azul
PHuso PHuso,d
IFTH IFTH
PHuso,d,cinza
Figura 27. Proposta de cálculo de teste metodologia: nível de detalhamento da análise e responsáveis pelos
4.1 Resultados da aplicação da metodologia
resultados
4.1.1 Pegadada
Resultados hídrica de obra
aplicação – PHobra
da metodologia
4.1.1.1 Pegadas hídricas azuis - PHobra,d,azul e PHobra,i,azul
Pegada
Para a PH hídrica de absolutos
, os valores obra – PH(m³)
obra e respectivos indicadores por área (m³/m²) de PH
obra obra,azul
constam na Tabela 25, divididos também em AR e AD. A ordem de grandeza da pegada hídrica indi-
Pegadas hídricas azuis - PHobra,d,azul e PHobra,i,azul
reta é da ordem de dezenas de milhares de m³, enquanto a direta ronda entre 1.000 e 10.000 m³.
Para a PHobra, os valores absolutos (m³) e respectivos indicadores por área (m³/m²) de PHobra,azul
constam na Tabela 25, divididos também TABELA em AR e 25 AD. A ordem de grandeza da pegada hídrica
PH
indireta é da ordem de dezenas direta e indireta em m³ e em m³/m²
obra,azul de milhares de m³, enquanto a direta ronda entre 1.000 e
10.000 m³.
PH (m³) PHobra,azul esp (m³/m²)
Tabela 25. PHobra,obra,azul
azul direta e indireta em m³ e em m³/m²
ACT Análise rápida PHobra,azul Análise detalhada
Obra
4.1 18.500 2.532 50.428 52.960 2.674 49.590 52.265 2,86 2,83
4.2 68.217 6.245 208.597 214.842 7.699 183.716 191.415 3,15 2,81
5.1 26.822 9.037 112.355 121.393 8.889 139.954 148.843 4,53 5,55
5.2 20.369 2.133 111.232 113.365 2.481 116.007 118.488 5,57 5,82
Avaliando-se os resultados somente da análise rápida (muito similares aos da detalhada), obras
com maioresosvalores
Avaliando-se absolutos
resultados de PHda(m³)
somente não rápida
análise são necessariamente
(muito similaresas que
aos possuem os maiores
da detalhada), obras
valores específicos (m³/m²). Um exemplo evidente é a obra 4.2, a qual possui o maior
com maiores valores absolutos de PH (m³) não são necessariamente as que possuem os maiores valor de PH
(aprox.específicos
valores 215.000 m³)(m³/m²).
e ao mesmoUmtempo um evidente
exemplo dos menores
é a valores
obra 4.2,específicos (3,15 m³/m²).
a qual possui o maiorDe outrade
valor
forma,
PH a obra
(aprox. 1.1 possui
215.000 m³) PH
e aoabsoluta
mesmodetempo
aprox.um
82.000
dos m³ e alto valor
menores específico,
valores igual (3,15
específicos a 5,55m³/m²).
m³/m².
De outra forma, a obra 1.1 possui PH absoluta de aprox. 82.000 m³ e alto valor específico, igual
FIGURA 28
a 5,55 m³/m².
PHobra direta e indireta em m³ e em m³/m² (resultados da análise rápida)
250.000 6,00
5,00
200.000
PH específica (m³/m²)
4,00
150.000
PH (m³)
3,00
100.000
2,00
50.000
1,00
0 0,00
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2
A comparação
4.1.1.1.1 entre as PHobra,i e PHobra,i aponta para a mesma conclusão de outros estudos pre-
Direta e indireta
sentes na literatura: a de que a PHdireta representa parcela muito reduzida da PHobra, com valores em
A geral inferiores entre
comparação a 5% (vide Tabela
as PH 26PH
obra,i e e Figura 29). para a mesma conclusão de outros estudos
obra,i aponta
presentes na literatura: a de que a PHdireta representa parcela muito reduzida da PHobra, com
valores em geral inferiores a 5% (vide Tabela 26 e Figura 29).
Tabela 26. Contribuição percentual das parcelas direta e indireta sobre PHobra (resultados da análise rápida)
PHobra,d,azul
Obra 97
PHobra,d,azul PHobra,i,azul
1.1 2,6% 97,4%
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
TABELA 26
Contribuição percentual das parcelas direta e
indireta sobre PHobra (resultados da análise rápida)
PHobra,d,azul
Obra
PHobra,d,azul PHobra,i,azul
1.1 2,6% 97,4%
1.2 1,3% 98,7%
1.3 5,6% 94,4%
2.1 2,1% 97,9%
2.2 0,5% 99,5%
3.1 1,0% 99,0%
4.1 4,8% 95,2%
4.2 2,9% 97,1%
5.1 7,4% 92,6%
5.2 1,9% 98,1%
Média 3,0% 97,0%
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA 29
% PHobra direta e indireta (resultados pela análise rápida)
100%
90%
80%
70%
60%
%PH
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2
Direta Indireta
ComFigura
base na29. % PHobra direta
compreensão e indireta
dos conceitos (resultados
básicos pela
de PH, essa análiseé bastante
conclusão rápida) intuitiva.
Mesmo para leigos no assunto, é presumível assumir que materiais como concreto e aço gerem
impactos
Com base na relevantes sobre
compreensão dososconceitos
recursos hídricos, o quede
básicos é comprovado
PH, essapelos coeficientes
conclusão é de pegada intuitiva.
bastante
hídrica apresentados pela literatura. Isso, somado ao uso intensivo desses materiais na construção
Mesmo paracivil,
leigos no assunto, é presumível assumir que materiais como concreto e aço gerem
leva à atestada preponderância da pegada hídrica indireta em relação à direta.
impactos relevantes sobre os recursos hídricos, o que é comprovado pelos coeficientes de
pegada hídrica apresentados pela literatura. Isso, somado ao uso intensivo desses materiais na
construção civil, leva à atestada preponderância da pegada hídrica indireta em relação à direta.
4.1.1.1.2
98 Por etapa de obra
impactos relevantes sobre os recursos hídricos, o que é comprovado pelos coeficientes de
pegada hídrica apresentadosDE
GUIA METODOLÓGICO pela literatura.
CÁLCULO Isso, somado
DE PEGADA HÍDRICAao usoEDIFICAÇÕES
PARA intensivo desses materiais na
construção civil, leva à atestada preponderância da pegada hídrica indireta em relação à direta.
50% infraestrutura
E7 Revestimento
40%
(interno e externo)
30% E8 Cobertura
20%
10%
0%
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto:
E3 Guia
E2 Metodológico
E7 E4 Caixa/SindusCon-SP
E5 E6 E8 | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
E1
PHobra.
FIGURA 31
PHobra (m³/m²) por etapa
7,00 E1 Movimentação
E1 Movimentação de de terra
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 93
E2 Fundação
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020, terra
E3 Estrutura
6,00 Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033 E2 Fundação
E4 Vedação
www.infinitytech.com.br E5 Instalação predial
E3 Estrutura
E6 Pavimentação e infraestrutura
E4 Vedação
E7 Revestimento (interno e externo)
5,00 E5 Instalação predial
E8 Cobertura
E6 Pavimentação e
4,00 infraestrutura
m³/m²
E7 Revestimento
(interno e externo)
3,00
E8 Cobertura
2,00
1,00
0,00
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Obra
E3 E2 E7 E4 E5 E6 E8 E1
O compilado dos resultados obtidos por etapa de obra é apresentado a seguir (Tabela 27 e
Tabela 28).
99
100
TABELA 27
PHobra etapa – direta, indireta, por etapa em m³
Análise rápida (m³) Detalhada (m³)
Obra
Direta Indireta Total Direta Indireta Total E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8
1.1 2.164 79.530 81.694 2.942 71.232 74.173 20,6 14.507,0 49.365,9 1.557,7 2.199,7 168,4 3.982,5 2.228,6
1.2 508 37.561 38.070 862 28.363 29.225 49,0 5.187,2 18.807,7 1.247,0 1.303,4 52,9 2.301,6 159,9
1.3 3.092 51.765 54.857 4.058 47.742 51.799 385,0 7.889,6 34.549,2 2.243,9 2.148,5 429,2 3.302,7 855,0
2.1 933 44.375 45.308 1.595 47.545 49.140 0,0 13.342,5 28.446,6 1.149,7 2.383,5 0,0 4.657,0 26,1
2.2 164 32.230 32.394 356 46.558 46.914 45,9 13.367,8 28.694,7 1.167,5 1.409,3 0,0 4.674,9 0,0
3.1 557 55.975 56.532 - - - - - - - - - - -
4.1 2.532 50.428 52.960 2.674 49.590 52.265 132,5 5.788,6 40.292,5 1.161,1 2.879,4 965,9 2.789,2 371,3
4.2 6.245 208.597 214.842 7.699 183.716 191.415 656,8 14.831,8 164.472,1 275,2 6.478,4 752,4 20.304,7 2.265,5
5.1 9.037 112.355 121.393 8.889 139.954 148.843 464,5 45.606,9 87.548,7 6.044,5 5.625,4 737,9 1.565,0 871,8
5.2 2.133 111.232 113.365 2.481 116.007 118.488 446,8 720,6 105.051,2 2.535,8 2.844,7 123,8 4.672,7 829,8
TABELA 28
PHobra por etapa – % direta, indireta, por etapa
Análise rápida (%) Análise detalhada (%)
Obra
Direta Indireta Total Direta Indireta Total E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8
1.1 2,6% 97,4% 100,0% 4,0% 96,0% 100,0% 0,0% 19,6% 66,6% 2,1% 3,0% 0,2% 5,4% 3,0%
1.2 1,3% 98,7% 100,0% 2,9% 97,1% 100,0% 0,2% 17,7% 64,4% 4,3% 4,5% 0,2% 7,9% 0,5%
1.3 5,6% 94,4% 100,0% 7,8% 92,2% 100,0% 0,7% 15,2% 66,7% 4,3% 4,1% 0,8% 6,4% 1,7%
2.1 2,1% 97,9% 100,0% 3,2% 96,8% 100,0% 0,0% 27,2% 57,9% 2,3% 4,9% 0,0% 9,5% 0,1%
2.2 0,5% 99,5% 100,0% 0,8% 99,2% 100,0% 0,1% 28,5% 61,2% 2,5% 3,0% 0,0% 10,0% 0,0%
3.1 1,0% 99,0% 100,0% - - - - - - - - - - -
4.1 4,8% 95,2% 100,0% 5,1% 94,9% 100,0% 0,3% 11,1% 77,1% 2,2% 5,5% 1,8% 5,3% 0,7%
4.2 2,9% 97,1% 100,0% 4,0% 96,0% 100,0% 0,3% 7,7% 85,9% 0,1% 3,4% 0,4% 10,6% 1,2%
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
5.1 7,4% 92,6% 100,0% 6,0% 94,0% 100,0% 0,3% 30,6% 58,8% 4,1% 3,8% 0,5% 1,1% 0,6%
5.2 1,9% 98,1% 100,0% 2,1% 97,9% 100,0% 0,4% 0,6% 88,7% 2,1% 2,4% 0,1% 3,9% 0,7%
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
90%
80%
70%
60%
%PH
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Obra
Aço Concreto Laje pré-fabricada Bloco de concreto
Sistema elétrico Argamassa Bloco cerâmico Sistema hidráulico
Vidro Pisos Revestimentos Gesso
Tinta Pedra (diversos formatos) Monocapa Areia
Madeira
Argamassa 0,07 0,08 0,14 0,01 0,01 0,09 0,02 0,00 0,18
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 96
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
101
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
PH em m³/m²
Material
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Sistema hidráulico 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
Cimento 0,09 0,03 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,01
Bloco cerâmico 0,07 0,09 0,05 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00
Pisos 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01 0,00 0,02
Revestimentos 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,01 0,00 0,00
Vidro 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,02
Gesso 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00
Tinta 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01
Monocapa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pedra (diversos formatos) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Areia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
TABELA 30
PH por material (MAT1) em m³
Material
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
(MAT1)
Aço 38.558,8 20.361,4 24.430,3 6.267,0 6.267,0 23.475,9 108.013,5 40.028,2 46.208,0
Concreto 26.849,3 4.574,0 17.737,0 18.954,2 18.954,2 17.602,6 58.932,5 86.007,7 55.316,4
Laje pré-
0,0 0,4 0,0 15.517,4 15.517,4 0,0 0,0 0,0 0,0
fabricada
Bloco de
68,2 52,4 644,9 3.918,8 3.918,8 3.731,5 422,0 4.980,4 6.967,5
concreto
Sistema
1.147,8 720,6 946,4 1.430,1 845,6 1.443,0 5.320,9 2.092,1 1.588,8
elétrico
Argamassa 992,1 732,9 1.654,9 101,0 74,9 1.669,2 1.623,7 46,9 3.659,7
Sistema
735,8 461,9 606,6 916,7 542,1 925,0 3.410,9 1.341,1 1.018,4
hidráulico
Bloco cerâmico 1.067,3 818,4 650,7 20,9 1,6 0,0 3.945,3 0,0 0,0
Vidro 123,7 85,6 3,3 0,0 0,0 0,0 861,1 280,9 355,4
Pisos 98,3 68,1 91,2 80,7 95,0 200,4 394,5 36,7 417,3
Revestimentos 126,7 65,0 60,8 163,6 163,6 286,0 370,6 3,6 3,5
Gesso 71,8 44,6 52,2 124,7 128,2 78,2 325,6 129,7 0,2
Tinta 91,9 38,7 66,0 0,0 0,0 0,0 31,4 161,6 112,5
Pedra (diversos
5,2 7,7 12,0 4,3 4,3 26,6 2,3 39,0 73,8
formatos)
Monocapa 0,0 0,0 0,0 45,3 45,3 71,3 0,0 0,0 0,0
102
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Material
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
(MAT1)
Areia 8,7 2,7 4,1 0,0 0,0 0,0 0,0 34,4 7,9
Madeira 17,8 9,7 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 23,5 0,0
Por obra 71.231,8 28.363,3 47.741,5 47.544,8 46.557,9 49.590,2 183.715,5 139.953,9 116.006,8
TABELA 31
PH por material (MAT1) em %
Material % média
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2 % média
(MAT1) acum.
Aço 54% 72% 51% 13% 13% 47% 59% 29% 40% 42% 42%
Concreto 38% 16% 37% 40% 41% 35% 32% 61% 48% 39% 81%
Laje pré-
0% 0% 0% 33% 33% 0% 0% 0% 0% 7% 88%
fabricada
Bloco de
0% 0% 1% 8% 8% 8% 0% 4% 6% 4% 92%
concreto
Argamassa 1% 3% 3% 0% 0% 3% 1% 0% 3% 2% 96%
Sistema
1% 2% 1% 2% 1% 2% 2% 1% 1% 1% 97%
hidráulico
Cimento 2% 1% 2% 0% 0% 0% 0% 3% 0% 1% 98%
Revestimentos 0% 0% 0% 0% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 99%
Pisos 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 99%
Vidro 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
Gesso 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
Tinta 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
Monocapa 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
Pedra (diversos
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
formatos)
Madeira 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
Areia 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
103
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
coletados por parte da concessionária durante a elaboração deste estudo, assumiu-se que,
frente às condições existentes, os efluentes seguem para tratamento em ETE municipal, o
que implica em PHobra,d,cinza = 0.
• PHobra,i,cinza: como estudado no item 1.3 e explicado nos itens 2.1.2 e 2.1.4, atualmente são vir-
tualmente inexistentes coeficientes de PHcinza em literatura, inviabilizando seu cálculo. Ainda
que a metodologia apresente e inclua essa componente em sua estrutura, não foi possível a
realização dos cálculos.
Portanto, nesse caso a PHobra será igual somente à parcela referente à PHazul, ou seja.
PHobra=PH(obra,d,azul)+PH(obra,i,azul)
TABELA 32
Premissas para cálculo de PHuso
104
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Cenário de acordo
Lançamento em rede de coleta
Infraestrutura com a tecnologia aplicada no
Tratamento de esgotos provida de Estação de Tratamento
de saneamento edifício ou disponível
de Esgotos (ETE). PHuso,d,cinza = 0
na rede de coleta
(1)
Valor de VUP previsto para a estrutura na ABNT NBR 15575:2013
(2)
IBGE - Censo demográfico 2010
(3)
Jordão & Pessôa (2005)
TABELA 33
Resultados de cálculo de PHuso considerando somente residentes como AC
Valores Valores
Nº de absolutos de específicos de
Demanda
unidades Nº de PHuso,d,azul PHuso,d,azul
Obra per capita
habita- AC
(l/AC/dia)
cionais m³/ m³/ m³/AC/
m³/ano
VUP AC.ano VUP
1.1 114 353 150 3.865 193.268 11,0(2) 547,5(3)
105
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
m³/VUP m³/AC/VUP
700.000 800
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa:
700Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
600.000
PHuso,d,azul (m³/AC/VUP)
PHuso,d,azul (m³/VUP)
500.000 600
PHuso,d,azul (m³/AC/VUP)
300
PHuso,d,azul (m³/VUP)
500.000 600
200.000
500
200
400.000
100.000 100
400
300.000
0 300 0
200.0001.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2 1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2
200
Obra Obra
100.000 100
Figura
0 33. Resultados de PHuso,d,azul (m³) ao longo0 da vida útil dos empreendimentos
1.1
A pegada hídrica 2.1para
2.2 a fase
3.1 de4.1 uso 5.1das 5.2edificações possui
1.1 ordem
2.1 2.2de 3.1
grandeza
4.1 de centenas
5.1 5.2 de
Obra Obra
A milhares
pegadadehídrica para a fase de
m³, superando muito os de PHobra. Essa relaçãouso das
Potencial de redução de PHuso,d,azul por a
é de alguma forma esperada, já que
edificações Figura 33.
possui
ocupação contínua Resultados
ao ordem
longo da de de PH
vida grandeza
útil (m³) aode
(adotada
uso,d,azul longo da
como vidaa útil
igual dos
50ações
anos empreendimentos
para o cálculo) gera inevitá-
meio de de gestão da demanda
centenas de milhares
veis impactos sobre recursos de m³, superando muito os
hídricos.
A pegada hídrica para a fase de uso das O ANEXO 5 apresenta estudo quantitativo sobre
de PHobra. Essa relação é de alguma forma Potencial de redução de PHuso,d,azul por
como medidas que visam à redução da demanda
edificações possui ordem de grandeza de meio de ações de gestão da demanda
esperada,
centenas já que a ocupação contínua ao longo de água da edificação, como opção por peças
Potencialdedemilhares
reduçãodedem³, PHsuperando pormuito
meio os de ações de gestão
ANEXO 5 apresentada demanda
da vida
de PHútil (adotada como igual a 50 anos para o O hidrossanitárias
uso,d,azul
obra. Essa relação é de alguma forma
estudo quantitativo
eficientes, impactamsobre
na PHuso.
como medidas que visam à redução da demanda
cálculo) O ANEXO
gera já
esperada, 5
inevitáveis apresenta
que a ocupação impactos estudo quantitativo
sobreao
contínua recursos
longo sobre como medidas que visam à redução
de água da edificação, como opção por peças
davida
hídricos.
da demanda de água
útil (adotada da edificação,
como igual a 50 anos como paraopção
o por peças hidrossanitárias
hidrossanitárias eficientes,
eficientes, impactam na PHuso.im-
pactamgera
cálculo) na PH .
inevitáveis
uso impactos sobre recursos
Pegada
hídricos. hídrica da edificação – PHedif
A pegada Pegada
4.1.3 Pegada
hídrica hídrica
total dosdaedifícios
hídrica edificação (PH–edif
da edificaçãoPH ) edif – PHaedif
engloba PHobra e a PHuso, cujos resultados foram
apresentados
A pegadanos itens
hídrica 4.1.1
total e 4.1.2, respectivamente. Conforme a, cujos
estrutura de cálculo
foram de
A pegada hídrica total dosdos edifícios
edifícios (PH(PH
edif)edif
) engloba
engloba a PH
a PH e aePH
obraobra
a PH
uso,uso
cujos resultados
resultados foram
PHe dif, tem-se:
apresentados
apresentadosnosnositens
itens4.1.1 e 4.1.2,
4.1.1 respectivamente.
e 4.1.2, respectivamente. Conforme
Conforme a estrutura
a estruturade cálculo de PH
de cálculo de , edif
tem-se:
PHedif, tem-se:
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢 0 0 0
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
0 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
0 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻
0 𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
Como explicado nos itens anteriores, as parcelas de PHcinza não foram consideradas. Os
Como explicado
resultados apresentamnos somente
itens anteriores,
a PHazul as emparcelas
razão da deadoção
PHcinza não foram consideradas.
do tratamento Os em
de efluentes
ETE paraComo
resultados explicado
o cálculo dasnos
apresentam itens anteriores,
somente
parcelas diretas deas
a PH azul
PHparcelas
em
e devidodeà PHcinza
razão da adoção do não foram
tratamento
dificuldade consideradas.
de
de obtenção
efluentes Os re-
em
de coeficientes
ETE para
sultados o cálculo das
apresentam parcelas
somente a PHdiretasem derazão
PH e da
devido
adoçãoà dificuldade
do de obtenção
tratamento de de coeficientes
efluentes em ETE para
de pegada
de pegada
hídrica cinza para os materiais
azul (CPHcinza ).
o cálculo dashídrica cinza
parcelas parade
diretas osPHmateriais
e devido (CPH cinza).
à dificuldade de obtenção de coeficientes de pegada
A hídrica cinza para
estrutura os materiais
de cálculo de (CPH
PHedif , ).bem como informações sobre todas as componentes
A estrutura de cálculo de PHedif, bem como informações sobre todas as componentes
cinza
consideradas,
consideradas,segue
A estrutura segueilustrada
de cálculo na
de PH
ilustrada Figura
naedif 34.
, bem 34.
Figura como informações sobre todas as componentes conside-
radas, segue ilustrada na Figura 34.
PHobra,d,azul
Calculado em 4.1.1.1.
PHobra,d
PHobra,d,cinza = 0
Efluente coletado e tratado em
ETE municipal
PHobra
PHobra,i,azul
Calculado em 4.1.1.1
PHobra,i
PHobra,i,cinza = 0
PHedif
Indisponibilidade de CPHcinza
PHuso,d,azul
Calculado em 4.1.1.2
PHuso PHuso,d
PHuso,d,cinza = 0
Efluente coletado e tratado em
ETE municipal
TABELA 35
Participação de PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso na PHedif
PHobra (m³)
Obra PHuso (m³/VUP) PHedif (m³)
PHobra,d,azul PHobra,i,azul PHobra
1.1 0,8% 28,9% 29,7% 70,3% 100,0%
90%
700.000
80%
600.000
70%
500.000
60%
PHedif (m³)
PHedif (m³)
400.000 50%
40%
300.000
30%
200.000
20%
100.000
10%
0 0%
1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2 1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2
108
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
out-19 || Revisão:
out-19 Revisão: 00
00
e: PNUD || Projeto:
e:PNUD Projeto: Guia
Guia Metodológico
Metodológico Caixa/SindusCon-SP Etapa: Etapa
Caixa/SindusCon-SP || Etapa: Etapa 06
06 –– Produto
Produto 09
09 (RT06)
(RT06)
FIGURA 36
PHobra e PHuso acumuladas para as obras 1.1, 2.2 e 5.1
Obra
Obra 1.1
1.1
300.000
300.000
250.000
250.000
200.000
200.000
(m³)
PH(m³)
150.000
150.000
PH
100.000
100.000
50.000
50.000
00
Obra
Obra 99 18
18 27
27 36
36 45
45
Ano
PHobra,i,azul
PHobra,i,azul PHobra,d,azul (m³/ano)
PHuso (m³/ano)
Obra 2.2
500.000
500.000
400.000
400.000
300.000
300.000
PH (m³)
200.000
200.000
100.000
100.000
00
Obra
Obra 9 18 27 36 45
45
Ano
PHobra,i,azul
PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)
(m³/ano)
Obra 5.1
800.000
800.000
700.000
700.000 109
600.000
600.000
Ano
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO
PHobra,i,azul DE PEGADA HÍDRICA
PHobra,d,azul PARA EDIFICAÇÕES
PHuso (m³/ano)
PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)
Obra 5.1
Obra 5.1
800.000
800.000
700.000
700.000
600.000
600.000
500.000
(m³)
500.000
400.000
(m³)
400.000
PHPH
300.000
300.000
200.000
200.000
100.000
100.000
0
0 Obra 9 18 27 36 45
Obra 9 18 27 36 45
Ano
Ano
Data: out-19 | Revisão: 00 PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)
FIGURA 37
Figura 36:PH
PHobra e PHuso
acumulada acumuladas
desde para
a obra até o final as obras
da vida 1.1, 2.2 e 5.1
útil (50 anos)
Figura 36:800.000
PHobra e PHuso acumuladas para as obras 1.1, 2.2 e 5.1
edif
700.000
600.000
Av.
RealAlberto deSão
Parque, Oliveira
PauloLima,
400.000- nº144,
SP. PABX-CEP 05690-020,
11 3755-9033
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
www.infinitytech.com.br
300.000
200.000
100.000
0
Obra 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Ano
1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2
Figura 37: PHedif acumulada desde a obra até o final da vida útil (50 anos)
TABELA 36
PHobra específica direta e indireta - comparação com literatura
111
1.3 0,25 4,3 4,5
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA 4,1
1.2 0,05 4,1 EDIFICAÇÕES
4.2 0,09 3,1 3,1
2.2 0,02 3,0 3,0
4.1 0,14 2,7 2,9
3.1 0,03 2,6 2,6
2.1 0,05 2,4 2,5
Saade et al. (2014) - FIGURA 38 2,0 2,0
PHobra específica direta e indireta – comparação com literatura
PHobra,d,azul (m³/m²) PHobra,i,azul (m³/m²)
2,50 100
90
2,00 80
70
PH (m³/m²)
1,50 60
PH (m³)
50
1,00 40
30
0,50 20
10
0,00 0
Bardhan (2011)
Souza (2014)
5.1
1.3
1.1
4.1
5.2
4.2
1.2
2.1
3.1
2.2
McCormack et al. (2007)
Meng et al. (2014)
Souza (2014)
5.2
Bardhan (2011)
1.1
5.1
1.3
1.2
4.2
2.2
4.1
3.1
2.1
Meng et al. (2014)
AindaAinda quemantenham
que se se mantenham na na mesmaordem
mesma ordemde de grandeza,
grandeza, asasdiferenças entre
diferenças os resultados
entre ob-
os resultados
tidos neste
obtidos guia
neste e osede
guia osliteratura são significativas.
de literatura Destacam-se
são significativas. dois principais
Destacam-se fatores quefatores
dois principais possivel-
que
possivelmente
mente geram asgeram as diferenças
diferenças observadas.
observadas.
• Adoção
Adoção dede escopos (ponto de
escopos (ponto de truncamento)
truncamento)distintos
distintosem
emcada
cadaum
umdos
dosestudos.
estudos.Souza
Souza
(2014), por exemplo, considera pegadas hídricas de materiais consumidos por
(2014), por exemplo, considera pegadas hídricas de materiais consumidos por funcionários da
funcionários da obra fora do canteiro, como aquisição de vestimentas, definição
obra fora do canteiro, como aquisição de vestimentas, definição metodológica pouco ortodo-
xa. Já no caso de Meng et al. (2014), os autores consideram as apropriações de água ocorridas
no próprio processo
Infinitytech de tratamento
Engenharia e distribuição da água da concessionária, aspecto também106
e Meio Ambiente
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
pouco ortodoxo nos
Real Parque, Sãocálculos dePABX-
Paulo - SP. PH. 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
• Heterogeneidade dos valores de CPH. Como pode ser verificado no ANEXO 1, há expressiva
variabilidade nos valores de CPH de acordo com a fonte para materiais da construção civil.
Isso inevitavelmente leva a valores de PH distintos. Neste estudo, foram utilizados os CPH mais
consistentes encontrados em literatura, os quais nem sempre são exatamente os mesmos
adotados por estudos específicos.
Além disso, a contribuição proporcional de cada parcela na PHobra (direta e indireta) também é
um fator a ser avaliado. Conforme Figura 39, as simulações apresentaram contribuição mais significa-
tiva da parcela de PH indireta do que os demais estudos, mas ainda próxima dos resultados apresen-
tados por Meng et al. (2014) e McCormack et al (2007).
112
um fator a ser
sempre sãoavaliado. Conforme
exatamente Figura
os mesmos 39, as por
adotados simulações apresentaram contribuição mais
estudos específicos.
significativa
GUIAda parcela de PH
METODOLÓGICO DEindireta
CÁLCULOdo DEque
PEGADAos demais
HÍDRICAestudos, mas ainda próxima dos
PARA EDIFICAÇÕES
Além disso, aapresentados
resultados contribuição por
proporcional de (2014)
Meng et al. cada parcela na PHobraet(direta
e McCormack e indireta) também é
al (2007).
um fator a ser avaliado. Conforme Figura 39, as simulações apresentaram contribuição mais
significativa 100%
da parcela de PH indireta do que os demais estudos, mas ainda próxima dos
resultados apresentados por Meng et al. (2014) e McCormack et al (2007).
90% FIGURA 39
80%Contribuição percentual sobre PHazul das parcelas direta e indireta
100%
70%
90%
60%
80%
%PH
50%
70%
40%
60%
30%
%PH
50%
20%
40%
10%
30%
20%0%
10%
0%
TABELA 37
Comparação entre valores de PHobra,azul calculados pela Infinitytech e pelo GT na análise rápida
200.000 5,0
PHobra,azul (m³/m²)
PHobra,azul (m³)
4,0
150.000
3,0
100.000
2,0
50.000 1,0
0 0,0
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2 1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2
IFTH GT IFTH GT
Figura 41. Gráficos de comparação de valores de PHobra,azul calculados pela Infinitytech e pelo GT – valores
absolutos (esq.) e indicador em m³/m² (dir.)
TABELA 38
Comparação entre AR e AD para PHobra,azul
3.1 2,6 - -
Vê-se que a variação foi muito sutil, com diferenças notáveis para apenas uma das obras (1.2).
Assim, seja com menor ou maior detalhamento dos dados de entrada, as obras apresentam compor-
tamento e grandezas semelhante em termos de PHobra e, com isso, corroboram com a premissa de
que os dois níveis de detalhe apresentam equivalência razoável em seus resultados. Isso se deve, em
grande parte, à pouca especificidade dos CPH reportados na literatura. Para uma mesma categoria de
materiais (MAT1), há diversos casos em que os itens detalhados (MAT2) possuem todos os mesmos
valores de CPH. Como na AR o CPH de MAT1 é a média dos coeficientes de MAT2, espera-se, de fato,
que não haja variação significativa.
115
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
116
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
117
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
ANEXO 1. C
oeficientes de pegada hídrica
(CPH) e categorização de materiais
(MAT1 e MAT2)
Coeficientes de PH (CPH)
O cálculo da pegada hídrica indireta depende dos coeficientes de pegada hídrica (CPH) e dos res-
pectivos quantitativos. Para realização da análise prática da metodologia deste Guia foram adotados
valores de coeficiente baseados na literatura nacional e internacional. A ainda incipiente produção
científica sobre o tema aborda praticamente somente valores para a PHazul, havendo somente um
estudo que também considera a PHcinza de materiais (GERBENS-LEENES, 2017). Por isso, e conforme
já foi comentado no texto, apenas os coeficientes de PHazul (CPHazul) foram aplicados nos cálculos de-
monstrados e exemplificados.
Os valores de CPH apresentados e utilizados neste guia devem ser compreendidos como referências.
Novos estudos podem atualizar os valores e incluir novos materiais.
Para determinação de valores de CPH de referência, foi necessária adoção de alguns procedi-
mentos específicos, os quais serão explicados a seguir.
• Para materiais que apresentaram somente um resultado na literatura, esse valor foi adotado
como referência para cálculo. Exemplos: areia, gesso, bloco cerâmico, cimento CP-III, cobre etc.
• Para materiais com mais de um coeficiente na literatura, foram adotados os valores presentes
em estudos considerados mais rigorosos ou a média entre os encontrados. Exemplos: tubos
de PVC, aço, cimento CP-I e CP-II, concreto usinado, piso cerâmico, azulejo cerâmico.
• Houve materiais que não possuíam CPH em literatura (tela nervurada, laje pré-fabricada) e
outros cujos valores se encontravam muito distanciados do esperado (com base em materiais
semelhantes), como é o caso de bloco de concreto e argamassa. Para esses, foram realizadas
composições a partir de CPH de outros materiais e de outras informações:
118
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
No caso específico de materiais que compõem os sistemas elétrico e hidráulico, adotou-se pro-
cedimento distinto. Esses sistemas são compostos por variedades muito grandes de materiais, o que
inviabiliza a quantificação prática de cada um deles para composição. Posto isso, e dada também a
limitação de dados de CPH, o cômputo da PH dos materiais que compõem esses sistemas será reali-
zada de maneira particular, optando-se pela utilização de volume de PH/área total construída (ACT),
ou m³/m², conforme segue abaixo.
• Hidráulica: CPH calculado com base nos quantitativos cedidos por empresas do GT e valores
apresentados por Saade et al. (2014) e Souza (2014). Foram considerados valores de PH para:
tubos de PVC e tubos de cobre. O valor calculado e adotado foi de 0,05 m³/m².
• Elétrica: CPHazul com base em Saade et al. (2014). O valor adotado, referente a conduítes/
eletrodutos de PVC e cabos de cobre, foi de 0,08 m³/m².
Essas simplificações possuem a vantagem de não requerer desagregação dos múltiplos ma-
teriais que compõem os sistemas prediais hidráulico e elétrico para cômputo da PHazul. De outra
forma, a desvantagem é que não é possível realizar adequada comparação entre obras para esses
sistemas, dado que todas elas terão o mesmo valor de PHazul em m³/m². Tal divergência ressalta a
importância da coleta de dados primários com fabricantes para a estruturação de um banco de dados
robusto e representativo do cenário atual da construção civil no Brasil.
119
120
CPHcinza (l/
CPHazul (l/unid.func.)
unid.func.)
Belém Fortale-
Finlân- Holan-
Índia Brasil (PA- Brasil za (CE- Brasil Holanda
Material Detalhe dia da Valor
Brasil) Brasil)
de refe- Fonte Detalhe Observação
Bar- Silva & Saade Wär- Lima Gerbens- rência Gerbens-
Barreto Souza
dhan Violin et al. mark et al. -Leenes -Leenes
(2015) (2014)
Utilizado somente na
Saade et al.
Cobre - kg - - - - 30 - - - 30 - composição dos siste- -
(2014)
mas hidráulico e elétrico
CPHcinza (l/
CPHazul (l/unid.func.)
unid.func.)
Belém Fortale-
Finlân- Holan-
Índia Brasil (PA- Brasil za (CE- Brasil Holanda
Material Detalhe dia da Valor
Brasil) Brasil)
de refe- Fonte Detalhe Observação
Bar- Silva & Saade Wär- Lima Gerbens- rência Gerbens-
Barreto Souza
dhan Violin et al. mark et al. -Leenes -Leenes
(2015) (2014)
121
122
CPHcinza (l/
CPHazul (l/unid.func.)
unid.func.)
Belém Fortale-
Finlân- Holan-
Índia Brasil (PA- Brasil za (CE- Brasil Holanda
Material Detalhe dia da Valor
Brasil) Brasil)
de refe- Fonte Detalhe Observação
Bar- Silva & Saade Wär- Lima Gerbens- rência Gerbens-
Barreto Souza
dhan Violin et al. mark et al. -Leenes -Leenes
(2015) (2014)
MAT1 MAT2
Aço CA-25 Ø 10.0 mm
Aço CA-25 Ø 12.5 mm
Aço CA-25 Ø 16.0 mm
Aço CA-25 Ø 20.0 mm
Aço CA-50 Ø (outros)
Aço CA-50 Ø 10.0 mm
Aço CA-50 Ø 12.5 mm
Aço CA-50 Ø 16.0 mm
Aço CA-50 Ø 20.0 mm
Aço CA-50 Ø 25.0 mm
Aço CA-50 Ø 32.0 mm
Aço
Aço CA-50 Ø 5.0 mm
Aço CA-50 Ø 6.3 mm
Aço CA-50 Ø 8.0 mm
Aço CA-60 Ø 5.0 mm
Armação para estaca hélice
Armadura
Chapa de aço
Perfil I de 6
Perfil metálico (outros)
Perfil metálico W250
Vergalhão de aço
Arame galvanizado 18 BWG
Arame
Arame recozido 18 BWG
Areia Areia média
Adesivo para argamassa
Argamassa (outros)
Argamassa para assentamento
Argamassa Argamassa para chapisco
Argamassa para emboço
Argamassa para proteção mecânica
Argamassa para rejuntamento
Chapisco
Argamassa Contrapiso
Graute (outros)
Graute 15 MPa
Graute 20 MPa
Graute 25 MPa
Argamassa Graute 28 MPa
Graute 32 MPa
Graute 39 MPa
Graute 40 Mpa
Monocapa Monocapa
Bloco cerâmico de vedação
Bloco cerâmico
Bloco cerâmico estrutural
Bloco de concreto de vedação
Bloco de concreto
Bloco de concreto estrutural
Cimento CP-I
Cimento Cimento CP-II
Cimento CP-III
123
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
MAT1 MAT2
Cimento CP-IV
Cimento
Cimento CP-V
Anel de concreto
Concreto (outros)
Concreto fck 10 MPa
Concreto fck 15 MPa
Concreto fck 20 MPa
Concreto fck 25 MPa
Concreto
Concreto fck 30 MPa
Concreto fck 35 MPa
Concreto fck 40 MPa
Contrapiso em concreto
Tampa em concreto
Verga de concreto
Centro de medição
Gerador
Infraestrutura elétrica
Elétrica Interruptores e tomadas
Luminária
Materiais para empreitada de elétrica
Quadro
Equipamentos de automação
Equipamentos Equipamentos de pressurização
Equipamentos diversos
Corrimão
Esquadrias
Esquadrias Guarda-corpo
Materiais para esquadrias
Porta
Dobradiça
Fechadura
Ferragens
Puxador
Trinco
Chapa de compensado (outros)
Chapa de compensado plastificado 12 mm
Chapa de compensado plastificado 17 mm
Chapa de compensado plastificado 18 mm
Chapa de compensado resinado 12 mm
Chapa de compensado resinado 18 mm
Formas em geral
Forro em madeira
Madeira Pergolado em madeira
Pontalete de pinus
Prancha de pinus
Prancha peroba
Sarrafo de cedrinho
Sarrafo de pinus
Tábua de cedrinho
Tábua de pinus
Tampo
Geocomposto Geocomposto para drenagem
Gesso Forro de gesso
124
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
MAT1 MAT2
Gesso em placa
Gesso liso
Gesso Painel em drywall
Sanca em gesso
Tabica
Acessórios de hidráulica
Adaptador de hidrante
Bacia sanitária
Barrilete
Bomba hidráulica
Carenagem de PVC
Chuveiro
Cuba
Cuba cerâmica
Cuba em aço inox
Ducha
Engate flexível
Equipamentos de incêndio diversos
Extintor
Infraestrutura hidráulica
Lavatório
Hidráulica Louça
Mangueira de hidrante
Materiais para empreitada de hidráulica
Metais
Misturador
Monocomando
Recalque
Registro
Reservatório
Sifão
Tanque
Torneira
Tubo de PEAD
Tubo de PVC
Tubulação hidráulica
Unidade hidráulica
Válvula
Argamassa para impermeabilização
Impermeabilização Impermeabilização (outros)
Impermeabilização de esquadrias
Impermeabilizante para concreto
Impermeabilização
Materiais para impermeabilização
Laje pré-fabricada
Laje pré-fabricada Painel de laje 12 cm
Painel de laje 15 cm
Manta asfáltica
Manta asfáltica
Materiais para manta asfáltica
Agente de desforma
Andaime
Outros
Bandeja
Escada marinheiro
125
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
MAT1 MAT2
Gradil
Outros
Placa cimentícia
Outros
Sistema antiquedas
Tapume
Treliças
Equipamentos de comunicação
Equipamentos de exaustão
Outros sistemas Exaustão de banheiros
Infraestrutura de gás e exaustão
Materiais para empreitada de exaustão
Bica corrida
Brita
Pedra
Pedra 1
Pedra
Pedra 2
Pedra 3
Pedrisco
Rachão
Piso (outros)
Piso cerâmico
Piso
Piso intertravado
Piso porcelanato
Azulejo
Revestimento
Baguete
Granito
Ladrilho hidráulico
Materiais para empreitada de pintura
Pastilha cerâmica
Revestimento
Revestimento (outros)
Rodapé
Soleira
Tento
Tela (outros)
Tela fachadeira
Tela galvanizada
Tela
Tela nervurada aço
Tela para laje painel Q61
Tela tapume
Telha (outros)
Telha cerâmica
Telha
Telha de fibrocimento
Telha galvanizada
Telha termo-acústica
Tinta (outros)
Tinta acrílica
Tinta
Tinta esmalte
Tinta PVA
Vidro (outros)
Vidro Vidro incolor
Vidro temperado
126
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
1 PEGADA
ANEXO HÍDRICA: CONCEITOSde
2. I nstruções E APLICAÇÕES
solicitação de dados de
PH a fabricantes e fornecedores
Conceito e relevância na gestão de recursos hídricos
Este anexo tem como objetivo orientar profissionais que desejam obter coeficientes de pegada
hídrica (CPH) junto a fabricante e fornecedores. As instruções abordam temas como:
Dentre as diversas metodologias de avaliação de impactos humanos sobre os recursos hídricos,
Como o conceito de PH ainda não é difundido no Brasil, é muito provável que haja confusões sobre
a pegada hídrica é um dos principais
aspectos elementares, indicadores
como considerar quantitativos
a PHazul igual à demanda dedo comprometimento
água. Esse erro, inclusive, direto e
indireto dejá água ao longo
foi verificado do ciclo
em estudos de vidasobre
publicados de produtos,
o tema, o que usuários, empreendimentos,
reforça a importância empresas,
em se realizar
cidades, países etc. O conceitosolicitação consciente dos
foi desenvolvido possíveis
pelo erros. israelense Arjen Hoekstra em
professor
2002 e vem sendo, desde então, aprimorado e difundido pela Water Footprint Network (WFN),
tendo 1.
comoConvenções
importante marco a publicação do “Manual de Avaliação da Pegada Hídrica”
(HOEKSTRA• et al.,
CPH 2011), material
coeficiente que serve
de pegada como
hídrica azul. referência para
Valor de volume detodos os trabalhos
PH por na área.
unidade funcio-
azul azul
nal, como l/kg.
De forma mais objetiva, Hoekstra et al (2011) define pegada hídrica como “um indicador do
• CPH coeficiente de pegada hídrica cinza. Valor de volume de PHcinza por unidade funcio-
uso de água quecinza
considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, mas,
nal, como l/kg.
também, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da
2. Odeque
apropriação é necessário
recursos explicar
hídricos”. A metodologia ao fornecedor
estabelece três tipos de pegadapara hídrica, cada
qual relacionado a distintas maneiras de comprometimento de recursos hídricos.
obter a PH de forma correta?
Pegada
Inicialmente hídrica que
é necessário azulo conceito
(PHazul):deágua
pegadaproveniente de uma
hídrica seja explicado bacia
como “um hidrográfica
indicador
(superficial ou subterrânea), evaporada, incorporada a um produto
do uso de água que considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, ou mas,
retirada
e devolvida a outro corpo hídrico. Relevante para agricultura, indústria
também, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da apropria- e uso
doméstico.
ção de recursos hídricos”. A PHazul se refere à água “perdida” em determinado processo,
geralmente por evaporação ou incorporação ao produto.
Neste guia, definiu-se que para materiais de construção civil, são consideradas somente as pe-
gadas hídricas
PH azul e=cinza.
água evaporada + água incorporada + vazão de retorno perdida
azul
Pegada hídrica azul (PHazul): água proveniente de uma bacia hidrográfica (superficial ou subterrânea),
Pegada incorporada
evaporada, hídrica a verde (PH
um produto ou verde ): eágua
retirada devolvidaprecipitada, armazenada
a outro corpo hídrico. Relevante parano solo,
evaporada,
agricultura, transpirada
indústria ou incorporada
e uso doméstico. A PHazul se refere pelas plantas.
à água “perdida” emRelevante para produtos
determinado processo,
geralmente
agrícolas, por horticultura
evaporação ou incorporação
e florestais ao produto.
ou para a irrigação.
PHazul= água evaporada+água incorporada+vazão de retorno perdida
PHverde
Pegada hídrica=verde
evaporação
(PHverde): águade água verde
precipitada, + incorporação
armazenada no solo, evaporada,de água verde
transpirada ou
incorporada pelas plantas. Relevante para produtos agrícolas, horticultura e florestais ou para a irrigação.
Pegada
PH verde hídrica
= evaporação cinza
de água (PHcinza): quantidade
verde+incorporação de água verde de água doce necessária para
assimilar poluentes e atender aos parâmetros de qualidade da água. Considera
Pegada hídrica cinza
a poluição (PHcinza):pontual
de fonte quantidadelançada
de água doce
a umnecessária
curso para
de assimilar
água doce poluentes e atender ou
diretamente
aos parâmetros de qualidade da água. Considera a poluição de fonte pontual lançada a um curso de
indiretamente
água doce diretamente através de escoamento
ou indiretamente superficial
através de escoamento ou lixiviação
superficial ou lixiviaçãodo
do solo.
solo.
L
PHcinza =
(cmax − cnat )
L carga de poluente
cL
máx
carga
de poluente
concentração máxima aceitável do poluente no corpo hídrico
cc
máx
nat
concentração máxima
concentração natural15 aceitável
do poluente no do poluente
corpo hídrico no corpo hídrico
cnat concentração natural1 do poluente no corpo hídrico
A determinação da PH requer correto entendimento desses conceitos. O fabricante necessita de
notável conhecimento sobre o ciclo da água em seus processos para cálculo da PH.
1
Para substâncias que não ocorrem naturalmente na água cnat = 0
127
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 16
A pegada hídrica de um produto é calculada, em última instância, com base nas pegadas de todos
os processos envolvidos em sua cadeia. No entanto, é muito raro que processos produtivos
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
3.resultem,
Como éaocalculada
longo de toda sua cadeia, em um produto único (HOEKSTRA et al., 2011). Sabendo-
a PH de um produto?
se disso, há duas formas de se calcular a pegada hídrica de um produto, seja para PHazul ou para
PHAcinza .
pegada hídrica de um produto é calculada, em última instância, com base nas pegadas de todos
os Como
3. processos éenvolvidos em sua cadeia. No entanto, é muito raro que processos produtivos
Método da somacalculada
das cadeias a PH de um produto?
resultem, ao longo de toda sua cadeia, em um produto único (HOEKSTRA et al., 2011). Sabendo-
se Adisso,
pegada
háhídrica de um produto
duas formas é calculada,
de se calcular em última
a pegada instância,
hídrica de umcom base nas
produto, pegadas
seja para de
PHazul ou para
Parteos
todos doprocessos
pressuposto de queemo sua
envolvidos sistema deNo
cadeia. produção
entanto, resulta
é muito em
raro um
queúnico produto.
processos Ou seja, nesse
produtivos
PHcinza.
caso, a pegada
resultem, ao longohídrica
de toda ésua
calculada
cadeia, empelo simples único
um produto somatório de todos
(HOEKSTRA et al., os processos
2011). dividido pela
Sabendo-se
quantidade
disso, há duas produzida, ou:
Método daformas
somadedas
se calcular
cadeiasa pegada hídrica de um produto, seja para PHazul ou para PHcinza.
Método da soma 𝑦𝑦 𝑃𝑃𝑃𝑃das cadeias
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [𝑠𝑠]
𝑃𝑃𝑃𝑃
Parte do =pressuposto
∑ de
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝]
Parte do pressuposto
𝑖𝑖=1 P[p] de queque oo sistema deprodução
sistema de produçãoresulta
resulta
emem
umum único
único produto.
produto. Ou seja, nesse
Ou [volume/massa]
seja,
caso, a pegada hídrica é calculada pelo simples somatório de todos os processos
nesse caso, a pegada hídrica é calculada pelo simples somatório de todos os processos dividido pela dividido pela
PHquantidade
quantidade
prod[p]
produzida,
produzida,
pegada ou: do
hídrica ou:produto “p” [volume/massa]
PHproc[s] pegada
𝑦𝑦 hídrica do passo “s” do processo [volume/tempo]
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [𝑠𝑠]
P[p]
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝] quantidade
=∑ produzida [massa/tempo] [volume/massa]
𝑖𝑖=1 P[p] [volume/massa]
EssePH
método
prod
[p] é pegada
muito hídrica
limitado a situações
do produto específicas incomuns, e se trata de simplificação
“p” [volume/massa]
PHprod [p][s]
PHproc
adequada pegada hídrica
pegada
a situações dodoproduto
hídrica
peculiares. “p”
passo “s” do [volume/massa]
processo [volume/tempo]
PHproc [s]
P[p] pegada hídricaproduzida
quantidade do passo[massa/tempo]
“s” do processo [volume/tempo]
P[p] quantidade produzida [massa/tempo]
Método sequencial
Esse método é muitocumulativo
limitado a situações específicas incomuns, e se trata de simplificação ade-
quada a situações peculiares.
Esse método é muito limitado a situações específicas incomuns, e se trata de simplificação
De forma
Métodomais genérica, pode-se considerar que a pegada hídrica de um produto é igual ao
sequencial
adequada a situaçõescumulativo
peculiares.
somatório de todos os insumos necessários na última etapa do sistema somado ao último processo
De forma mais genérica, pode-se considerar que a pegada hídrica de um produto é igual ao
para finalização do produto. Há o caso também em que, por exemplo, um único insumo resulta
Métododesequencial
somatório cumulativo
todos os insumos necessários na última etapa do sistema somado ao último processo
em múltiplos produtos, o que pode ser computado pela distribuição da pegada hídrica (do
para finalização do produto. Há o caso também em que, por exemplo, um único insumo resulta em
insumo)
De forma
múltiplos proporcionalmente
mais ogenérica,
produtos, à massa
pode-se
que pode ser ou,
computado mais
considerarcomumente,
que a pegada
pela distribuição ao valor comercial
hídrica
da pegada hídricade
(doum dos produtos.
produto
insumo) pro- é igual ao
porcionalmente
somatório deàtodos massaos ou,insumos
mais comumente,
necessários ao valor comercial
na última dosdo
etapa produtos.
sistema somado ao último processo
Dessa forma, tem-se:
para finalização
Dessa forma, tem-se:do produto. Há o caso também em que, por exemplo, um único insumo resulta
em múltiplos produtos, o que pode ser computado pela distribuição da pegada hídrica (do
𝑦𝑦 𝑃𝑃𝑃𝑃
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [i]
insumo)
𝑃𝑃𝑃𝑃 proporcionalmente à massa
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑜𝑜𝑜𝑜 [p] = (𝑃𝑃𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [𝑝𝑝] + ∑
ou, mais ) × 𝑓𝑓comumente,
𝑣𝑣 [𝑝𝑝]
ao valor comercial dos [volume/massa]
produtos.
[volume/massa]
𝑖𝑖=1 f𝑝𝑝 [𝑝𝑝, 𝑖𝑖]
Dessa
Em que:forma, tem-se:
Em que:
PHprodPH[p] [p] pegada hídrica do produto final “p” [volume/massa]
prod pegada hídrica do produto final “p” [volume/massa]
PHprodPH[i] [i] pegada hídrica do insumo 𝑦𝑦 𝑃𝑃𝑃𝑃
prod pegada hídrica do insumo “i” [volume/massa]
“i”𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [i]
[volume/massa]
𝑃𝑃𝑃𝑃 [p] = (𝑃𝑃𝑃𝑃 [𝑝𝑝] +do∑ ) ×transforma
𝑓𝑓𝑣𝑣 [𝑝𝑝] [volume/massa]
PH 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑜𝑜𝑜𝑜[p] p
egada hídrica
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 processamento queque transforma osos“y” “y”insumos
insumos em em “z”
“z” produtos
produtosdede saída
PHproc[p] proc pegada hídrica do processamento 𝑖𝑖=1 f𝑝𝑝 [𝑝𝑝, 𝑖𝑖]
saída expressos com base no uso da água por unidade de produto “p” [volume/massa]
Emfpque: expressos com base no uso da água por unidade de produto “p” [volume/massa]
[p,i] fração do produto [adimensional]
fp [p,i] fração do produto [adimensional]
fv [p] fração de valor [adimensional]
fvPH[p]prod [p] fração pegadade hídrica do produto final “p” [volume/massa]
valor [adimensional]
Em [i]
PHprod outraspegadapalavras,hídrica
a equação acima contabiliza
do insumo o processo (PHproc[p]) que transforma os últimos
“i” [volume/massa]
PHoutras
insumos
Data: out-19
Em [p]
em produto
| Revisão:
proc pegada
palavras, hídrica
00 finala acrescida
equação do processamento
aoacima
somatório dasque
contabiliza transforma
pegadas hídricasos
o processo dos“y” insumos
insumos
(PH em “z” produtos
proporcionalmente
proc[p]) que transforma os últimos
à de saída
Cliente:sua
PNUD | Projeto:
participação expressos
em Guia
massa com
Metodológico
(fração base
de no uso
produto, da água
Caixa/SindusCon-SP
fp[p,i])
insumos em produto final acrescida ao somatório das pegadas hídricas por
na unidade
| Etapa: de
composição do produto
Etapa “p”
06 – Produto
produto final [volume/massa]
[Σ 09
(PH(RT06)[i]/fp[p,i)],
dos insumos
prod
fp [p,i] a multiplicação
realizando fração do final
produto [adimensional]
proporcionalmente à sua pela razão fraçãoem
participação de valor
massafv[p]. As supracitadas
(fração fraçõesfsão
de produto, calculadas por:
p[p,i]) na composição do
fv [p] fração de valor [adimensional]
produto final [Σ (PHprod[i]/fp[p,i)], realizando a multiplicação final pela razão fração de valor
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝] [massa/massa]
f𝑝𝑝 [p,outras
fv[p].
Em As supracitadas
i] = palavras, afrações
equação sãoacima
calculadas por: o processo (PH [p]) que transforma os últimos
contabiliza
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑖𝑖] proc adimensional
[massa/massa]
insumos em produto final acrescida ao somatório das pegadas hídricas dos insumos
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ç𝑜𝑜[𝑝𝑝] × 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝] adimensional
𝑣𝑣 [p]
fproporcionalmente
= à sua participação em massa (fração de produto, f p[p,i]) na composição do
∑𝑍𝑍𝑝𝑝=1(𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ç𝑜𝑜[𝑝𝑝] × 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝])
produto final [Σ (PHprod[i]/fp[p,i)], realizando a multiplicação final pela razão fração de valor
Infinitytech Engenharia e Meio 125
fv[p]. As supracitadas frações sãoAmbiente
calculadas por:
fp [p,i]Av. Alberto
fraçãode do
Oliveira Lima,[adimensional]
produto nº144, CEP 05690-020,
fv [p] Real Parque,
fração São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
de valor [adimensional]
www.infinitytech.com.br
preço [p] preço do produto “p”17 [unidade monetária/massa]
peso [p] quantidade do produto “p” [massa]
128 peso [i] Infinitytech Engenharia
quantidade e Meio
do insumo “i”Ambiente
[massa] 125
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
16 Recomenda-se estimar as frações de valores com base no preço médio de um período de, no mínimo, 5 anos, de
forma a evitar que a pegada hídrica seja fortemente afetada pela flutuação dos preços.
129
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
podendo ser, para o caso da indústria, nitratos, fosfatos, fenóis, ferro, manganês, óxidos me-
tálicos, “metais pesados”, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos/condutividade elétrica etc.
• Quantificação das cargas geradas e lançadas. Determinado o contaminante crítico, devem
ser determinadas as cargas geradas e lançadas, sendo essas diferenças caso haja tratamento.
• Compreensão sobre as características de disposição final/lançamento. Caso haja lançamen-
to em corpo hídrico, deve ser verificado com o efluente irá responder aos lançamentos de
efluentes, realizando-se essa avaliação para o contaminante crítico, ou seja, aquela para o
qual serão necessários os maiores volumes de água para apropriação (PHcinza). No caso de lan-
çamento em copos hídricos, é mandatório que o usuário (no caso a indústria) tenha realizado
um estudo denominado “estudo de autodepuração”, o qual avalia as condições de diluição
dos efluentes lançados no corpo hídrico, considerando condições críticas de vazão natural.
Essa documentação pode ser utilizada para o cálculo da PH.
• Correlação entre usos de água e produção. Como no caso da PHazul, a PHcinza também requer
alocação de acordo com os processos e produtos, procedimento a partir do qual serão quan-
tificadas as pegadas hídricas cinza.
130
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Para o caso de usos sanitários, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 9649) re-
comenda a utilização do coeficiente de retorno igual 0,8 quando inexistem dados locais. No caso de
caso de outros processos, em geral é necessário estudo específico para obtenção de valores de C.
No caso de obras, sabe-se que em geral a medição de água é realizada de forma bastante ampla,
sendo geralmente a soma entre água da concessionária e de caminhões-pipa, sem setorização por
área de consumo (como escritórios, sanitários, torre etc.). A medição de volumes de esgotos é prati-
camente inexistente, dado que isso não é comum para nenhum tipo de empreendimento no Brasil,
inclusive pelas concessionárias de saneamento.
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD Em teoria,Guia
| Projeto: paraMetodológico
a determinação exata do coeficiente
Caixa/SindusCon-SP | Etapa:de retorno
Etapa é necessária
06 – Produto a medição
da de-
09 (RT06)
manda de água e do volume de esgoto. A medição pode ser feita em diversos pontos como mostra
Em ateoria,
imagem abaixo.
para a determinação exata do coeficiente de retorno é necessária a medição da demanda
de água e do volume de esgoto. A medição pode ser feita
FIGURA 43 em diversos pontos como mostra a imagem
abaixo. Pontos de medição de água e esgoto. Elaborado pelos autores
FIQ:
FIQ: nomenclatura
nomenclatura de instrumentação
de instrumentação referente
referente a medidores
a medidores de vazão
de vazão
Figura 43. Pontos de medição de água e esgoto. Elaborado pelos autores.
A medição de vazões em tubulações varia de acordo com características como o tipo de escoa-
A medição de vazões em tubulações varia de acordo com características como o tipo de escoamento
mento (em carga/pressurizado ou livre/gravidade) e a qualidade do fluido (presença de sólidos, pH,
(em carga/pressurizado ou livre/gravidade) e a qualidade do fluido (presença de sólidos, pH,
condutividade
condutividade elétrica,viscosidade
elétrica, viscosidade etc.),
etc.), sendo
sendo necessários
necessáriosdispositivos
dispositivosdiferentes para
diferentes cada
para caso.
cada caso.
No caso de escoamentos por gravidade, como esgotos, a mensuração é mais complexa,
No caso de escoamentos por gravidade, como esgotos, a mensuração é mais complexa, o que é o que é tam-
bém um
também umdos
dosmotivos
motivospelos quais
pelos vazões
quais de esgoto
vazões não não
de esgoto são medidas permanentemente.
são medidas permanentemente.
Ainda assim, é possível realizar medições de volumes de água e de esgotos conforme a imagem
Ainda assim, é possívelderealizar
acima. Os medidores medições
vazão podem de volumes
ser instalados, de águadoe coeficiente
a depender de esgotosdeconforme a imagem
retorno que será
acima. Os medidores de vazão podem ser instalados, a depender do coeficiente de retorno que será
avaliado, como segue:
avaliado, como segue:
• Csan (usos sanitários): instalação dos medidores FIQ 3 e FIQ 5;
• Csan
C (usos
(usossanitários): instalação
de processo): dosdos
é instalação medidores
medidoresFIQFIQ
3 e4 FIQ
e FIQ5;6;
proc
Cproc
• (usos de
C (global): processo):
instalação é instalação
de medidores FIQdos medidores
1, FIQ 2, FIQ n eFIQ
FIQ 47.e FIQ 6;
C (global): instalação de medidores FIQ 1, FIQ 2, FIQ n e FIQ 7.
É importante frisar que caso seja realizada a medição de C san e Cproc, não é necessária a avaliação
do C total, já que este pode ser estimado por meio dos primeiros.
Uma sugestão é realizar a avaliação de C somente para determinada amostragem de obras, já que
132 os valores de coeficiente de retorno tendem a se manter próximos mesmo para canteiros distintos.
A execução de campanhas em determinada amostragem de obras pode criar base de dados suficiente
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
É importante frisar que caso seja realizada a medição de Csan e Cproc, não é necessária a avaliação
do C total, já que este pode ser estimado por meio dos primeiros.
Uma sugestão é realizar a avaliação de C somente para determinada amostragem de obras, já
que os valores de coeficiente de retorno tendem a se manter próximos mesmo para canteiros dis-
tintos. A execução de campanhas
Data: out-19 em determinada amostragem de obras pode criar base de dados
| Revisão: 00
suficiente Cliente: PNUD | Projeto:
para extrapolação Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Guia futuras.
para obras
É importante lembrar que a demanda total também considera fontes alternativas, como cami-
nhão pipa, poço,
2.água de chuva
Como ou reúso.as cargas geradas ou lançadas?
calcular
2. ComoPara
calcular ascargas
avaliar as cargas geradas
geradas ou lançadas?
ou lançadas é necessário realizar análise do
empreendimento para DBO5,20, no caso deste guia.
Para avaliar as cargas geradas ou lançadas é necessário realizar análise do esgoto do empreen-
dimento para DBO
As 5,20 , no casodevem
amostras deste guia.
ser retiradas da caixa de inspeção que antecede a rede pública.
Data: out-19 | Revisão: 00
As amostras devem ser retiradas da caixa de inspeção que antecede a rede pública.
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Os laudos de qualidade serão apresentados em termos de mgO 2/l, ou seja, conce
Os laudos de qualidade serão apresentados em termos de mgO2/l, ou seja, concentração. A
conversão
conversão em carga dá-se por:
em carga dá-se por:
2. Como calcular as cargas geradas ou lançadas?
𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 [ ] = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐çã𝑜𝑜 [ ] × 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣ã𝑜𝑜 [ ]
Para avaliar 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 as cargas geradas ou lançadas é𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 necessário realizar análise do
empreendimento para DBO5,20, no caso deste guia.
Ou seja, conhecer
Ou seja, é necessário é necessário a vazãoconhecer a vazão
de esgoto gerado, o que depodeesgoto gerado,por
ser realizado o meio
que de
pode
me-ser realizado p
As amostras
medições devem
(conforme ser
itemretiradas
acima)daou caixa de
estimativas. inspeção
dições (conforme item acima) ou estimativas. É fundamental manter atenção às conversões de unidade, É que
fundamentalantecede a rede
manter pública.
atenção às con
dado que em geralunidade, dado que
a concentração em geral aem
é apresentada concentração
mg/l, vazão diária é apresentada
em m³/dia e carga em em
mg/l, vazão diária em m³/
kg/dia.
Os laudos
em kg/dia. de qualidade serão apresentados em termos de mgO 2/l, ou seja, conce
Caso haja tratamento, a eficiência a ETE pode ser atestada pela realização de coletas de amos-
conversão em carga dá-se por:
tras antes (à montante) e depois (à jusante) da estação. A eficiência é calculada por:
Caso haja tratamento, a eficiência a ETE pode ser atestada pela realização de coletas d
antes (à𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚
montante) e depois (à jusante) 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 da estação.𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣
A eficiência é calculada por:
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 [ ] = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐çã𝑜𝑜 [ ] × 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣ã𝑜𝑜 [ ]
𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 − 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝐸𝐸
Ou=seja, é 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 necessário = 1 − a vazão de esgoto gerado, o que pode ser realizado p
conhecer 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
3. É possível saber o efluente
𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 da minha obra segue
medições (conforme item acima) ou estimativas. É fundamental manter atenção às con
para 3. alguma
unidade,
É possível dado ETE?que
saber emE, o em
geral casodapositivo,
a concentração
efluente minha obracomo
é apresentada segueem mg/l,
paravazão diáriaETE?
alguma em m³/
E
em kg/dia.
positivo, como posso saber a eficiência de tratamento?
posso saber a eficiência de tratamento?
Apenas
Caso haja algumas
tratamento, empresas prestadoras
a eficiência a ETEdepode serviços de saneamento
ser atestada divulgam
pela realização de acoletas
seus cld
Apenas algumas empresas prestadoras de serviços de saneamento divulgam a seus clientes se o
tratamento
antes dos efluentes
(à montante) e depois coletados é realizado.
(à jusante) da estação. Um Aexemplo é aéSaneago
eficiência (Companhia
calculada por: S
tratamento dos efluentes coletados é realizado. Um exemplo é a Saneago (Companhia Saneamento
Goiás), a qual define uma tarifa para coleta e afastamento do esgoto e outra para a re
Goiás), a qual define uma tarifa para coleta e afastamento do esgoto e outra para a rede provida
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐de
também − 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
tratamento. Em(Companhia 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
São Paulo adeSabesp (Companhia
também de tratamento.
𝐸𝐸 = Em 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
São Paulo a Sabesp =1− Saneamento Básico dode Saneamento
Estado de São Básico do Es
Paulo) não
Paulo) não disponibiliza 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
esta disponibiliza
informação.
𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐
esta informação. 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
134
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
ANEXO 4. P
erguntas frequentes sobre pegada
hídrica
De acordo com o Hoekstra et al. (2011), existem algumas perguntas pertinentes para a avaliação
da pegada hídrica e que devem ser ponderadas com seriedade. A seguir, são reproduzidos alguns dos
questionamentos presentes no Manual de avaliação da pegada hídrica (HOEKSTRA et al, 2011) que
podem sanar possíveis dúvidas que ainda restem ao leitor.
135
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
minados padrões ou, simplesmente, trocando de fornecedor. Em muitos casos, este pode ser um
processo bastante trabalhoso, pois todo o modelo de negócios pode precisar ser modificado para
incorporar ou controlar melhor as cadeias produtivas e torná-las completamente transparentes para
os consumidores. Entre as várias alternativas ou ferramentas complementares que podem ajudar a
melhorar a transparência estão: a definição de metas quantitativas de redução da pegada hídrica, o
processo contínuo de comparação das pegadas hídricas, a elaboração de rótulos com as informações
pertinentes, certificação e relatório de pegada hídrica (Hoekstra et al., 2011, p. 152).
136
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
mente através do uso mais eficaz dos recursos de água verde; em outras palavras, aumentando a
produtividade da água verde. O aumento da produção com base nos recursos de água verde em um
determinado lugar reduzirá a necessidade de produção com base nos recursos de água azul em outro
local. Uma regra geral para qualquer estratégia de mitigação de pegada hídrica é evitar a pressão da
pegada hídrica em áreas ou períodos em que as demandas ambientais de água são violadas. Uma
lógica final para a estratégia de mitigação da pegada hídrica pode ser o compartilhamento justo dos
recursos hídricos. Essa pode ser a base para reduzir a pegada hídrica, principalmente para os usuários
que utilizam muita água (Hoekstra et al., 2011, p. 155).
137
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
exemplo, podem ser aplicados acessórios hidrossanitários voltados à economia de água (restritores
de vazão, aeradores, temporizadores), bem como sistemas de descarga de efluentes diferentes (des-
carga de duplo acionamento, vácuo).
Assim, para fins ilustrativos, este guia apresenta o impacto da adoção de algumas medidas de
gestão de consumo de água sobre a PHuso,d,azul. Como forma avaliar essa parcela da pegada hídrica, é
possível mapear as demandas de água em uma edificação e dimensionar os consumos efetivos por
meio de coeficientes de retorno (C). Barreto (2008) apresenta perfil de demanda de água em edifícios
residenciais do município de São Paulo, o qual considera os seguintes usos: chuveiro, torneira da co-
zinha, lavatório, tanque, tanquinho, sistema de descarga por caixa acoplada, máquina de lavar roupa
e outros (Tabela 39 e Tabela 40).
TABELA 39
Contribuições por uso final em residências no município de São Paulo
Demanda por uso (l/d)
Amostra Torneira da Caixa Máquina +
Chuveiro Lavatório Tanque Tanquinho Outros
cozinha acoplada tanque
1 - 113 50 50 - - - 225
2 60 90 14 - - - 63 215
3 200 71 39 - - - - 314
4 58 78 18 3 - 42 - -
5 87 82 55 - - - - -
6 40 75 25 69 28 - - 202
138
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Adotando o perfil de uso apresentado por Barreto (2008) como referência, aqueles que apre-
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente:sentam
PNUD | maior contribuição
Projeto: na demanda
Guia Metodológico de água são
Caixa/SindusCon-SP o chuveiro
| Etapa: Etapa 06 –e Produto
a torneira da cozinha
09 (RT06) conforme
Figura 44. Contudo,
Data: out-19 | Revisão: 00
na residência onde a descarga de efluentes foi contabilizada, sua contribuição é
significativa
Cliente:
conforme Figura(21%
PNUD | da demanda
Projeto: Guia
44. Contudo, natotal).
Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
residência onde a descarga de efluentes foi contabilizada, sua
contribuição é significativa (21% da demandaFIGURA
total). 44
conforme Figura
Contribuições pode uso final emonde
44. Contudo, na residência a descarga
residências de efluentes
no município foi contabilizada,
de São Paulo sua
contribuição
100% é significativa (21% da demanda total).
90% Outros
100%
80%
Máquina + tanque
70%90% Outros
% Conumo diário
Caixa acoplada
60%80% Máquina + tanque
50%70%
% Conumo diário
Tanquinho
Caixa acoplada
40%60% Tanque
Tanquinho
30%50%
40% Lavatório
20% Tanque
30% Torneira da cozinha
10% Lavatório
20% Chuveiro
0% Torneira da cozinha
10% 1 2 3 4 5 6 7
0% Chuveiro
Figura de
Fonte: adaptado 44.Barreto
Contribuições
1 (2008)2 pode3uso final4 em residências
5 no
6 município
7 de São Paulo
Fonte: adaptado de Barreto (2008)
Figura 44. Contribuições pode uso final em residências no município de São Paulo
Como exemplos práticos de medidas de redução de consumo, Neto e Júlio (2014) apresentam
Comouma exemplos Fonte:
de adaptado de Barreto (2008)Neto e Júlio (2014) apresentam
série depráticos de medidas
possibilidades para bacias redução
sanitárias,demictórios,
consumo, torneiras e chuveiros que podem ser
uma série de
adotados possibilidades
no lugar para
das tecnologiasbacias sanitárias,
convencionais. mictórios,
A Figura torneiras
45 abaixo e chuveiros
representa que podem
Como exemplos práticos de medidas de redução de consumo, Neto e Júlioa (2014)
contribuição sobre
apresentam
ser uma
adotados
a PH
série
noda lugar
adoção das
de tecnologias
medidas convencionais.
redutoras de consumo, A Figura
assumindo 45
uma abaixo
eficiência
de possibilidades para bacias sanitárias, mictórios, torneiras e chuveiros que podem
representa
hipotética dea
edif,d,azul
contribuição
ser20%, frente
adotados sobreaonoa lugar
PHedif,d,azul
desempenho dasdo da adoção deconvencionais.
empreendimento
tecnologias medidas
sem asredutoras
mesmas. de consumo,
A Figura 45 abaixo assumindo umaa
representa
eficiência hipotética de 20%, frente ao desempenho do empreendimento sem
contribuição sobre a PHedif,d,azul da adoção de medidas redutoras de consumo, assumindo uma as mesmas.
FIGURA 45
eficiência
800.000 hipotética de 20%, frente ao desempenho do empreendimento sem as mesmas.
Comparação para economias de 0% e 20% sobre a demanda, (a) e (b) respectivamente
700.000
800.000
600.000
700.000
500.000
600.000
PH (m³)
500.000
400.000
PH (m³)
400.000
300.000
300.000
200.000
200.000
100.000
100.000
0
0 1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6 7
(a) PHedif,d,azul (m³/VUP) (b) PHedif,d,azul (m³/VUP)
(a) PHedif,d,azul (m³/VUP) (b) PHedif,d,azul (m³/VUP)
Figura 45. Comparação para economias de 0% e 20% sobre a demanda, (a) e (b) respectivamente
Figura
A partir45.
doComparação para economias
cenário adotado, de 0% ecomo
é possível estimar 20% medidas
sobre a demanda, (a) e (b)derespectivamente
de conservação água impactam
no consumo global em um empreendimento. Para isso, serão considerados diferentes sistemas de
descarga de efluentes e sua capacidade de redução da PHedif,d,azul
A partir do cenário adotado, é possível estimar como medidas de conservação de água
A partir do
impactam no cenário
consumo adotado, é possível
global em estimar como medidas
um empreendimento. de serão
Para isso, conservação de água
considerados
impactam no consumo global em um empreendimento. Para isso, serão considerados
diferentes sistemas de descarga de efluentes e sua capacidade de redução da PHedif,d,azul
diferentes sistemas de descarga de efluentes e sua capacidade de redução da PHedif,d,azul
139
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 136
136
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Os valores de economia apresentados por Neto e Júlio (2014) para bacias sanitárias são base-
ados em seu desempenho com relação a um aparelho convencional, assumindo que a descarga de
efluentes líquidos (urina) representa 80% dos acionamentos realizados e que a bacia convencional
utiliza 6L/acionamento (Tabela 41).
TABELA 41
Economia proporcionada por medidas de conservação em bacias sanitárias
Economia
Equipamento Premissas adotadas
prevista
Nesta bacia, o consumo é de 1,5 L de água por descarga, que é usada apenas
para lavagem da superfície interna e do poço da bacia. Além do custo de
implantação, o sistema a vácuo consome também quantidades significativas
de energia elétrica. A energia elétrica é necessária para o funcionamento das
Descarga a vácuo 75%
bombas de vácuo e demais componentes do sistema, que é da ordem de 3,0
W.h por descarga (Alves et al., 2006). No estudo de viabilidade econômica
da implantação desse sistema, é importante considerar ainda o custo de
manutenção das bombas de vácuo e demais equipamentos.
140
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Nesse exemplo, somente a adoção de diferentes sistemas de descarga no lugar da caixa aco-
plada com duplo acionamento (prevista por Barreto (2008) para o perfil de uso residencial) levaria a
uma redução na demanda diária de 2% a 6% (Tabela 42). Na metodologia de cálculo proposta para a
PH, tal economia teria impacto sobre a PHuso,d,azul, de modo que, mantido o padrão de uso da edifica-
ção, ocorreria uma redução proporcional nesta parcela da PH. Seguindo com os valores de PHuso,d,azul
apresentados na Figura 45, é possível calcular o volume economizado devido ao uso dos diferentes
sistemas
Data: out-19 | de descarga,
Revisão: 00 cujos resultados são apresentados na Tabela 42.
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
TABELA 42
proposta Economia
para a PH,notalconsumo
economiade teria impacto
água diário pelasobre a PHuso,d,azul
substituição do,sistema
de modode que, mantido o
descarga
padrão de uso da edificação, ocorreria uma redução proporcional nesta parcela da PH. Seguindo
Descarga
com os valores de PHuso,d,azul apresentadosVaso
nasanitário
Figura 45, éDescarga Bacia sanitária
possível calcular o volume
Equipamento
economizado devido ao uso econômica segregador
dos diferentes de urina
sistemas a vácuo cujos
de descarga, comresultados
pia acoplada
são
apresentados na Tabela
Economia de água 42.
2% 3% 2% 6%
(%Economia)
Tabela 42. Economia
1.1 no consumo
2.731 de água diário pela substituição 3.453
4.355 do sistema de descarga
9.316
Vaso sanitário Bacia sanitária
2.1
Equipamento 7.187Descarga 11.460
segregador de
Descarga a
9.086 24.515
com pia
econômica vácuo
Economia 2.2 6.109 9.741urina 7.723 acoplada
20.838
Economia de água (%Economia) 2% 3% 2% 6%
em m³ 3.1
1.1 6.900 2.731 11.001
4.355 8.723
3.453 23.534
9.316
2.1
4.1 6.037 7.187 11.460
9.626 9.086
7.632 24.515
20.593
Economia 2.2 6.109 9.741 7.723 20.838
em m³ 5.1
3.1 10.597 6.900 16.896
11.001 13.396
8.723 36.145
23.534
4.1 6.037 9.626 7.632 20.593
5.1 10.597 16.896 13.396 36.145
FIGURA 46
Contribuição das medidas de economia sobre a PHuso,d,azul
700000
600000
500000
PH uso,d,azul (m³)
400000
300000
200000
100000
0
1 2 3 4 5 6 7
Descarga econômica Vaso sanitário segregador de urina
Descarga à vacúo Baica sanitária com pia acoplada
PHuso,d,azul (b) (m³/VUP)
141
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
GLOSSÁRIO
ACT (m²) rea construída total do empreendimento. Na metodologia apresentada neste
Á
guia, não foram utilizadas outras métricas de área, com a área total equivalente.
DBO5,20 Demanda Bioquímica de Oxigênio, variável que representa indiretamente a quan-
tidade de matéria orgânica biodegradável em determinada amostra. A DBO5,20 é a
quantidade de oxigênio consumida durante 5 dias em uma temperatura de 20°C
em razão da decomposição biológica da matéria orgânica.
C Coeficiente de retorno, valor que corresponde à parcela da água demanda que se
converte em efluentes. Em outras palavras, é a porcentagem de água que retorna
como esgoto. Por exemplo, se um processo demanda 100 litros de água e dele
resultam 90 litros de esgoto, diz-se que C = 90/100 = 0,90.
Csan Coeficiente de retorno para usos sanitários, ou seja, a parcela (%) de água utilizada
que se converte em efluente após o uso.
Cproc Coeficiente de retorno para usos em processos, ou seja, a parcela (%) de
água utilizada que se converte em efluente após o uso.
CPH (l/UF) C
oeficiente de pegada hídrica, valor de PH por unidade funcional de produto (ma-
terial), como l/kg aço, l/m³ de concreto, l/kg de cimento etc.
DT (m³) emanda total de água, ou seja, a quantidade que é efetivamente requerida para
D
realização de processos. No caso de canteiros de obras, é a soma de todas as fon-
tes de água, como concessionária, água de poço e caminhão-pipa, por exemplo.
DPA (m³/m²) Demanda por área, indicador que relaciona a demanda de água (DT) com a área
construída total do empreendimento.
DPC (m³/
func.mês) emanda per capita indicador que relaciona a demanda de água (DT) com o
D
efetivo mensal em canteiro.
ETE Estação de tratamento de esgotos.
GT Grupo de trabalho formado durante a elaboração deste trabalho, constituído por
construtoras/incorporadoras.
MAT1 Categorização de materiais em nível menos detalhada (mais abrangente).
MAT2 Categorização de materiais em nível mais detalhada (mais detalhada).
PH (m³) egada hídrica, unidade de mensuração de volumes de água apropriados pelo ser
P
humano na realização de processos.
UF (ou
unid.func.) U
nidade funcional, unidade de medida padrão, adotada de acordo com a prática,
para quantificação de materiais de construção civil e posterior estabelecimento de
coeficientes de pegada hídrica. A depender da empresa, obra ou outras condições,
são adotadas unidades distintas na quantificação do mesmo material, como é o caso
de tinta em litros, galões, m² etc. São exemplos de unidades funcionais: aço (kg);
concreto (m³); tinta (m²); laje pré-moldada (m²); tela nervurada (m²); bloco (unid.).
VUP ida útil de projeto, conforme ABNT NBR 15.575:2013. Período de tempo estimado
V
para o qual um edifício e/ou seus sistemas, elementos e componentes são projeta-
dos a fim de atender às atividades para as quais foram projetados e construídos.
142
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
SUMÁRIO DE TABELAS
Tabela 1 Índices de atendimento urbano de água,
coleta, e tratamento de esgotos por UF brasileira.......................................................... 15
Tabela 2 Compilação de estudos específicos de PH/água virtual na construção civil......................21
Tabela 3 PHazul direta e indireta por m² construído...........................................................................22
Tabela 4 Resumo de características principais das iniciativas levantadas........................................26
Tabela 5 Resumo das definições para cálculo de PH ........................................................................29
Tabela 6 Variáveis de ocupação para cálculo de PHuso específica.....................................................32
Tabela 7 Campos de agrupamento de etapa e de materiais.............................................................33
Tabela 8 Categorização em MAT1......................................................................................................34
Tabela 9 Exemplos de materiais agrupados como MAT1..................................................................35
Tabela 10 Convenções adotadas para identificação de empresas do GT e obras analisadas..........38
Tabela 11 Avaliação geral das bases documentais fornecidas pelo GT e do nível de
gestão de informações sobre água das empresas....................................................................40
Tabela 12 Principais informações e indicadores (DT, DPA e DPC) das obras analisadas...................43
Tabela 13 Contribuição dos materiais para a pegada hídrica das obras do GT................................49
Tabela 14 Características da análise simples e da análise detalhada de PH na FPHedif............................. 50
Tabela 15 Variáveis de interesse para PH..........................................................................................55
Tabela 16 Exemplos de processos e materiais referentes à PH........................................................58
Tabela 17 Exemplos de valores de demandas unitárias e C para processos....................................61
Tabela 18 Exemplos de valores de referência para Cmáx (acima) e C0 (abaixo) em termos de DBO5,20...... 65
Tabela 19 Valores de referência de Cmáx e C0 para corpos hídricos de acordo com a classe............66
Tabela 20 Exemplos de valores de referência de Cargaper capita e eficiência de tratamento..............67
Tabela 21 Eficiências de remoção de DBO5,20 para diferentes
arranjos de tratamento de acordo com literatura especializada.....................................68
Tabela 22 CPHazul para os principais materiais (MAT1)......................................................................69
Tabela 23 Exemplos de variabilidade de unidades em orçamentos de obra....................................70
Tabela 24 Exemplos genéricos de demanda per capita por tipo de ocupante.................................76
Tabela 25 PHobra,azul direta e indireta em m³ e em m³/m²..................................................................96
Tabela 26 Contribuição percentual das parcelas direta e indireta sobre PHobra
(resultados da análise rápida)...................................................................................................98
Tabela 27 PHobra etapa – direta, indireta, por etapa em m³........................................................... 100
Tabela 28 PHobra por etapa – % direta, indireta, por etapa............................................................ 100
Tabela 29 PH indireta por material em m³/m²................................................................................ 101
Tabela 30 PH por material (MAT1) em m³...................................................................................... 102
Tabela 31 PH por material (MAT1) em %........................................................................................ 103
Tabela 32 Premissas para cálculo de PHuso............................................................................................................................. 104
Tabela 33 Resultados de cálculo de PHuso considerando somente residentes como AC............. 105
Tabela 34 Valores de PHedif e decomposição em PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso.......................................... 107
Tabela 35 Participação de PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso na PHedif......................................................................... 108
Tabela 36 PHobra específica direta e indireta - comparação com literatura.................................... 111
Tabela 37 Comparação entre valores de PHobra,azul calculados pela
Infinitytech e pelo GT na análise rápida............................................................................114
Tabela 38 Comparação entre AR e AD para PHobra,azul..................................................................................................... 115
Tabela 39 Contribuições por uso final em residências no município de São Paulo....................... 138
Tabela 40 Contribuições por uso final em residências no município de São Paulo....................... 138
Tabela 41 Economia proporcionada por medidas de conservação em bacias sanitárias ............. 140
Tabela 42 Economia no consumo de água diário pela substituição do sistema de descarga....... 141
143
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SUMÁRIO DE FIGURAS
Figura 1 Balanço quali-quantitativo de disponibilidade de água......................................................14
Figura 2 Abrangência de coleta de esgotos por UF...........................................................................17
Figura 3. Etapas de cálculo de pegada hídrica – a pegada hídrica de processo é a unidade básica........20
Figura 4 Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material para edificações de serviços
Concreto foi desagregado em cimento, areia e brita..................................................................23
Figura 5 Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material
e processo (direct water) em m³/m² para 17 edificações distintas............................................24
Figura 6 Gráfico de PHazul e PHcinza para aço, cimento e vidro...........................................................24
Figura 7 Fases da metodologia da WFN contempladas no guia........................................................28
Figura 8 Estrutura geral do cálculo de pegada hídrica para edificações...........................................30
Figura 9 Estrutura geral detalhada do cálculo de pegada hídrica para edificações..........................30
Figura 10 Pontos de feedback do GT previstos na metodologia de participação.............................39
Figura 11 Relação entre demanda total (DT) e por área (DPA) para o GT........................................43
Figura 12 Gráfico de DT em função de ACT (DPA representado pela área de bolhas).....................44
Figura 13 Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.1........................................................44
Figura 14 Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.2........................................................45
Figura 15 Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.3........................................................45
Figura 16 Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 5.1........................................................45
Figura 17 Participação média no orçamento, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1........46
Figura 18 Curva ABC de custos média por MAT1..............................................................................47
Figura 19 Participação média da PH, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1......................48
Figura 20 Curva ABC de PH média por MAT1....................................................................................48
Figura 21 Capturas de tela da FPHedif............................................................................................................................................. 52
Figura 22 Diagrama ilustrativo da lógica de entrada, processamento e saída de dados..................54
Figura 23 Estrutura de cálculo da PHobra...................................................................................................................................... 57
Figura 24 Fluxograma de cálculo de PHobra,d,azul.................................................................................60
Figura 25 Fluxograma de cálculo de PHobra,d,cinza.................................................................................................................... 63
Figura 26 Estrutura de cálculo da PHuso....................................................................................................................................... 74
Figura 27 Proposta de cálculo de teste metodologia: nível de
detalhamento da análise e responsáveis pelos resultados.....................................................96
Figura 28 PHobra direta e indireta em m³ e em m³/m² (resultados da análise rápida).......................97
Figura 29 % PHobra direta e indireta (resultados pela análise rápida)................................................98
Figura 30 % PHobra por etapa..............................................................................................................99
Figura 31 PHobra (m³/m²) por etapa....................................................................................................99
Figura 32 Participação percentual dos materiais na PH indireta................................................... 101
Figura 33 Resultados de PHuso,d,azul (m³) ao longo da vida útil dos empreendimentos.................. 106
Figura 34 Estrutura de cálculo de pegada hídrica e resultados esperados da metodologia......... 107
Figura 35 Contribuição das PH de obra e de uso na PHedif.......................................................................................... 108
Figura 36 PHobra e PHuso acumuladas para as obras 1.1, 2.2 e 5.1.................................................. 109
Figura 37 PHedif acumulada desde a obra até o final da vida útil (50 anos)................................... 110
Figura 38 PHobra específica direta e indireta – comparação com literatura................................... 112
Figura 39 Contribuição percentual sobre PHazul das parcelas direta e indireta............................. 113
Figura 40 Realização de testes da metodologia: escopo destacado em amarelo.......................... 113
Figura 41 Gráficos de comparação de valores de PHobra,azul calculados pela
Infinitytech e pelo GT – valores absolutos (esq.) e indicador em m³/m² (dir.)....................114
Figura 42 Coeficiente de retorno sanitário e de processo............................................................. 131
Figura 43 Pontos de medição de água e esgoto. Elaborado pelos autores................................... 132
Figura 44 Contribuições pode uso final em residências no município de São Paulo..................... 139
Figura 45 Comparação para economias de 0% e 20% sobre a demanda, (a) e (b) respectivamente.....139
Figura 46 Contribuição das medidas de economia sobre a PHuso,d,azul................................................................ 141
144
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
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REALIZAÇÃO