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GUIA METODOLÓGICO

DE CÁLCULO DE
PEGADA HÍDRICA
PARA EDIFICAÇÕES
DIRETORIA | SINDUSCON-SP

Conselho Consultivo (eleitos)


Presidente Alexandre Luis de Oliveira
Odair Garcia Senra André Alexandre Glogowsky
Arthur Rodrigues Quaresma
Vice-presidentes Artur Rodrigues Quaresma Filho
Eduardo May Zaidan Delfino Paiva Teixeira de Freitas
Fernando Paoliello Junqueira Eduardo Ribeiro Capobianco
Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Emílio Paulo Siniscalchi
Haruo Ishikawa Fabio Lacerda Caldeira
Jorge Batlouni Neto Flavio Aragão dos Santos
José Romeu Ferraz Neto Francisco Virgílio Crestana
Luiz Antônio Messias João Batista de Azevedo
Maristela Alves Lima Honda João Claudio Robusti
Moacir Benvenutti Netto João Lemos Teixeira da Silva
Paulo Rogério Luongo Sanchez José Batista Ferreira
Ricardo Beschizza José Edgard Camolese
Ronaldo Cury de Capua José Romeu Ferraz Neto
Yorki Oswaldo Estefan Júlio Capobianco
Luis Gustavo Ribeiro
Representantes junto à Fiesp Luiz Alberto Matias Lucio Mendonça
Eduardo Ribeiro Capobianco Luiz Bonifácio Urel
João Claudio Robusti Luiz Claudio Minniti Amoroso
Cristiano Goldstein Mauricio Monteiro Novaes Guimarães
Sergio Antonio Monteiro Porto Nelson Farah Fakiani
Renan Persio dos Santos
Conselho Fiscal Renato Genioli Junior
Titulares: Renato Soffiatti Mesquita de Oliveira
Fabio Villas Bôas Renato Tadeu Parreira Pinto
Mauricio Linn Bianchi Roberto José Falcão Bauer
Carlos Barbara Roberto Latorraca Lima
Suplentes: Sergio Antonio Monteiro Porto
Norton Guimarães de Carvalho Sergio Tiaki Watanabe
Fernando Rossi Fernandes Stenio Armando Tokumoto de Almeida
Rodrigo Fairbanks Von Uhlendorff Tarcisio Paschoalato
Victor Bassan de Almeida
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FICHA TÉCNICA
SINDUSCON-SP

Odair Garcia Senra


Presidente
Francisco Antunes de Vasconcellos Neto
Vice-Presidente
Fabio Villas Boas
Coordenador do Comitê de Meio Ambiente - COMASP
Lilian Sarrouf
Coordenadora Técnica do COMASP
Vanessa Lima Nunes Dias
Analista Meio Ambiente do COMASP
Rosilene Carvalho
Área de Conteúdo Técnico e Jurídico

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

GERSA - GN Sustentabilidade e Responsabilidade Socio-


ambiental

Morenno de Macedo
Gerente Executivo
Sandra Cristina Bertoni Serna Quinto
Arquiteta

GIHABSP - GE Habitação São Paulo/SP


Luciana dos Anjos Versiani
Gerente de Filial
Sergio Eduardo de Vasconcelos
Coordenador de Filial
Sergio Yoshiyuki Ueno
Engenheiro Civil

COORDENAÇÃO TÉCNICA
Virgínia Dias de Azevedo Sodré - Infinitytech
Lilian Sarrouf - COMASP/SindusCon-SP
Vanessa Lima Nunes Dias - COMASP/SindusCon-SP
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AUTORES
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente
Bruno Fukasawa,
Marina Roque Oliveira
Letícia Costa Cavallini
Virgínia Dias de Azevedo Sodré

PARTICIPANTES GRUPO DE TRABALHO

FAWER Engenharia e Projetos Ltda


Iuri Quirino
Wilson Feldberg

MRV Engenharia e Participações S.A.


Angela Aparecida de Oliveira
Rosana Rodrigues da Costa Santiago

TECNISA Engenharia e Comercio Ltda


Eduardo Tassi Damião
Stephano S. Lattanzi

TEGRA Incorporadora S.A.


Djanio Alves de Souza
Luiz Carlos Junior Abreu

TRISUL S.A.
Cleberson Ferraz
Victor Dias

PROJETO GRÁFICO
Setor de Comunicação - SindusCon-SP

Publicado em 26/11/2019
Este conteúdo está disponível para download no site do
SindusCon-SP: www.sindusconsp.com.br
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

APRESENTAÇÃO | SINDUSCON-SP

O primeiro passo na pegada hídrica


O uso eficiente da água na construção civil permeia há anos os debates no SindusCon-SP, tanto
em seu Comitê de Meio Ambiente (Comasp) quanto no Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ). Para
manter sua tradição na liderança de temas relevantes para seus associados e demais empresas, a en-
tidade desenvolveu com exclusividade, em parceria com a Caixa Econômica Federal e o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Guia Metodológico para Cálculo de Pegada Hídrica
no setor da construção civil. É a primeira publicação deste tema voltada ao setor.
O material busca trazer respostas aos diversos profissionais sobre como mensurar, de forma
criteriosa, reprodutível e comparável, o consumo de água na produção e operação de um empreendi-
mento. Não se pode gerenciar e melhorar o que não é medido, e a experiência internacional na área
de recursos hídricos demonstra que não há gestão eficiente sem acesso à informação de qualidade
(UNESCO, 2017).
Demos o primeiro passo, mas sabemos que esta proposta de metodologia deverá ser acompa-
nhada em sua fase de implantação. Gostaríamos de que este trabalho seja difundido para um maior
número de empresas e que possam utilizar esta metodologia piloto, para que melhorias possam ser
incorporadas.
Queremos registrar aqui um agradecimento especial à Caixa Econômica Federal CEF e ao Progra-
ma das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que acreditaram e viabilizaram este trabalho.
Agradecemos à equipe da CEF que acompanhou e contribuiu para o conteúdo do Guia.
Agradecemos também às empresas e aos profissionais participantes do processo da concepção
da metodologia de cálculo, que de forma voluntária contribuíram com sua experiência e conhecimen-
to: FAWER, MRV, TECNISA, TEGRA, TRISUL.
Agradecemos também à Infinitytech, que contribuiu com a sua competência para chegarmos
ao resultado final.

Boa Leitura!

Odair Senra
Presidente SindusCon-SP
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APRESENTAÇÃO | CAIXA

Caixa: compromisso com o Brasil


Desde que foi criada, em 1861, a Caixa sempre buscou ser mais que apenas um banco, mas
uma instituição realmente presente na vida de milhões de brasileiros. É reconhecida como o Banco
da Habitação por possibilitar a realização do sonho da maioria dos brasileiros: “a casa própria”. Des-
taca-se pela prioridade dada a habitações de interesse social, contribuindo para a redução do déficit
habitacional e dos impactos ambientais negativos causados pela ocupação irregular.
O compromisso da CAIXA com o meio ambiente traduz-se em medidas concretas para financiar
o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis. Em 2010, foi criado o Selo Casa Azul CAIXA, com a
ambição de incentivar o uso racional de recursos naturais na construção de empreendimentos habi-
tacionais, reduzir o custo de manutenção dos edifícios e as despesas mensais de seus usuários, assim
como promover a conscientização de empreendedores e moradores sobre as vantagens das cons-
truções sustentáveis. A partir de 31/10/2019, com o incremento de novos paradigmas, o Selo Casa
Azul CAIXA passa a se denominar Selo Casa Azul + CAIXA, fortalecendo o propósito de reconhecer
os projetos de empreendimentos que demonstrem suas contribuições para a redução de impactos
ambientais.
A iniciativa se somou a outras importantes medidas da CAIXA, indutoras da produção habitacio-
nal sustentável, tais como o uso de madeira com origem legal na construção e o incentivo financeiro
para sistemas de aquecimento solar de água, entre outras.
A CAIXA, protagonista no financiamento de habitação no Brasil, tem como premissa incentivar,
induzir e promover a incorporação da sustentabilidade nos processos de produção habitacional. A in-
dústria da construção é responsável pelo consumo de cerca de 70% de recursos naturais no processo
construtivo, uso e manutenção dos edifícios. E a água, um importante recurso natural na produção
e uso dos edifícios, essencial à vida, tem se tornado cada vez mais escassa. Portanto, faz-se ainda
mais necessário adotar medidas de planejamento para construção de edifícios, visando a redução do
consumo de água em todo o processo de construção e uso, bem como incorporar sistemas e medidas
que possibilitem a gestão eficiente do uso da água nos edifícios pelos futuros usuários.
Diante desse contexto, a CAIXA, em parceria com o PNUD e o SindusCon-SP, promoveu o desen-
volvimento de uma metodologia para cálculo de pegada hídrica no setor da construção civil, com o
intuito de ampliar a compreensão sobre a apropriação de água na produção e uso de edificações e
adaptar a metodologia estabelecida pela Water Footprint Network para aplicação na construção civil
brasileira.
Este guia servirá como referência para avaliação da sustentabilidade hídrica no âmbito do Selo
Casa Azul + CAIXA e pretende também ser útil a todos os estudantes, profissionais e empresas do
setor da construção civil que busquem contribuir para o desenvolvimento sustentável, melhorando
de forma progressiva e contínua suas práticas de projeto e construção, e desenvolvendo soluções
mais inteligentes e sustentáveis.
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DEPOIMENTOS
O SindusCon-SP, através do seu Comitê de Meio Ambiente- COMASP, orienta e apoia as construtoras
associadas no desenvolvimento da sustentabilidade como estratégia de negócio, e neste sentido, tem na
correta gestão dos recursos hídricos, um dos seus temas prioritários.
O Guia tem o objetivo de orientar e padronizar a elaboração de Inventários de Pegada Hídrica para o Setor
da Construção Civil, pois acreditamos que não há gestão sem informação.
Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Vice-Presidente do SindusCon-SP
::::::::::
Esse projeto é muito importante para a definição de diretrizes e padrões de sustentabilidade rela-
cionados à gestão de recursos hídricos na construção civil, fomentando a incorporação de boas práticas
pelo setor.
No curto prazo, propõe-se que as conclusões desse projeto subsidiem o processo de revisão do Selo Casa
Azul no que tange à definição dos critérios pertinentes à gestão eficiente da água. No longo prazo, preten-
demos criar uma base robusta de informações sobre a apropriação de recursos hídricos pela indústria da
construção civil, entre outros fatores, para subsidiar a tomada de decisões.
É importante ponderar que a ideia não é criar mais um mecanismo de classificação de empreendimentos
focado em uma única categoria (no caso, recursos hídricos), mas sim analisá-la com mais profundidade e
aperfeiçoar iniciativas como o Selo Casa Azul, que busca reconhecer e incentivar a adoção de um rol de so-
luções sustentáveis na produção de empreendimentos, reforçando o compromisso da Caixa com o alcance
dos ODS – Objetivo do Desenvolvimento Sustentável.
Morenno de Macedo, Gerente Executivo de Promoção de Negócios Sustentáveis da CAIXA
::::::::::
O SindusCon-SP, através de seu Comitê de Meio Ambiente - Comasp, vem protagonizando por mais
de 20 anos ações para o desenvolvimento sustentável da construção civil brasileira.
Foram inúmeros projetos: Madeira Legal, Gestão de Resíduos, Economia Circular, Eficiência Energética,
Gases de Efeito Estufa e outros, todos disponíveis no site do SindusCon-SP. Recentemente através de sua
coordenadora técnica, Lilian Sarrouf, liderou as Comissões de Estudo das normas ABNT NBR 16783:2019 -
Uso de fontes alternativas de água não potável em edificações e a NBR 16782:2019, Conservação de água
em edificações - Requisitos, procedimentos e diretrizes. Esta última experiência culminou na publicação,
com a participação de tradicionais e importantes parceiros, como a Caixa e o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento – PNUD, do Guia da Pegada Hídrica, importantíssimo instrumento para o uso
consciente de recurso fundamental para a vida, a ÁGUA.
Fabio Villas Bôas, Coordenador do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP
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O processo de construção da Metodologia foi muito discutido com as empresas e “traduzido” para
a realidade do setor. A experiência das empresas com a elaboração do inventário de emissões de gases de
efeito estufa também contribuiu neste trabalho.
Conceitos como gestão de riscos foram incorporados nas orientações para a concepção dos empreen-
dimentos. Um olhar diferenciado nos projetos e a correta escolha de sistemas construtivos e materiais
poderão contribuir muito com a redução da Pegada Hídrica.
Lilian Sarrouf, Coordenadora Técnica do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Os principais objetivos do Guia: padronizar e normalizar as métricas relativas ao uso da água, homo-
geneidade nas informações e na geração de indicadores, melhoria no gerenciamento hídrico nos empre-
endimentos e assertividade nas decisões.
O guia aponta que o protagonismo do setor de edificações traz consigo a inegável responsabilidade sobre a
utilização eficiente de recursos naturais, entre eles a água, sendo necessário o estabelecimento de indicado-
res que permitam avaliar criteriosamente a eficiência ambiental das obras e auxiliem tomadores de decisão
na escolha por materiais e processos que resultem em menores impactos negativos ao meio ambiente.
Virgínia Sodré, Diretora da Infinitytech
::::::::::
Está na política da empresa a questão da sustentabilidade. Então acompanhamos periodicamente as
discussões sobre os temas. A participação no grupo de trabalho mostra que o guia é totalmente viável. No
transcorrer das atividades testamos a ferramenta, demos sugestões e participamos da elaboração justa-
mente para ser uma ferramenta prática para uso. A metodologia é totalmente aplicável e não tem segredo,
é fácil de usar e fácil de implementar no canteiro de obras.
Wilson Feldberg, Diretor da Fawer Engenharia
::::::::::
O Guia é uma ideia muito bacana, daqui para frente iremos conseguir implantar em nossas obras,
pois estamos sempre atentos à questão  da sustentabilidade. Em alguns de nossos canteiros de obras faze-
mos controles, mas queremos aprofundar a questão. O tema sustentabilidade vem tendo uma crescente
aceitação e a pegada hídrica vai pelo mesmo caminho. A sustentabilidade, dentre outros aspectos, está
ligada a não poluir; com o guia, vamos conseguir cuidar dos recursos hídricos e entender que, se cuidarmos
hoje, teremos um futuro mais próspero.
David Almeida, Analista de Qualidade da MRV Engenharia
::::::::::
As construtoras estão cada vez mais atentas a questões relacionadas à sustentabilidade, como redu-
ção do consumo de água no canteiro e nos empreendimentos, e redução da pegada hídrica, que são con-
ceitos diferentes. O manual traz luz aos conceitos relacionados à pegada hídrica e padroniza uma forma de
cálculo que serve de referência para a tomada de ação pelas construtoras. Ele tem o mérito de tornar um
tema complexo, com diversos estudos e formas de avaliação, em algo acessível, com embasamento, passo
a passo e exemplos. Parabéns a todos os envolvidos pela iniciativa e pelo trabalho, e espero que venham
mais com esse formato colaborativo, que é muito rico.
Eduardo Tasse Damião, Analista de Desenvolvimento Tecnológico da Tecnisa
::::::::::
Sem dúvida alguma, o Guia é mais uma ferramenta que vai ajudar a monitorar e conhecer novos
indicadores para medir os impactos causados pelo setor.
Djanio Souza, Coordenador de Qualidade e de Meio Ambiente da Tegra Incorporadora
::::::::::
O manual é um derivativo de uma equipe multidisciplinar e propõe uma uniformidade das informa-
ções, colocando todos os agentes no mesmo caminho, com a chancela da CAIXA. O Guia apresenta uma
leitura simples, possui termos técnicos de fácil entendimento, e tem tudo para adquirir mais adeptos e
mais visibilidade.
Victor Dias, Coordenador de Sustentabilidade da Trisul
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO | SOBRE O GUIA................................................................................................... 12
INTRODUÇÃO | RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO NO BRASIL............................................ 14
1. PEGADA HÍDRICA: CONCEITOS E APLICAÇÕES............................................................................. 18
1.1 Conceito e relevância na gestão de recursos hídricos.............................................................18
1.2 Avaliação da pegada hídrica.....................................................................................................19
1.3 Literatura especializada sobre pegada hídrica para edificações..............................................20
1.4 Outras iniciativas de avaliação de impacto sobre recursos hídricos........................................25
2. DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES.................... 28
2.1 Definições metodológicas........................................................................................................28
2.1.1 Definição de metas e escopo.................................................................................................28
2.1.2 Decomposição da pegada hídrica..........................................................................................29
2.1.3 Definição de métrica comum: pegada hídrica específica......................................................31
2.1.4 Definição de padrões: categorização, agregação e homogeneização...................................32
2.1.5 Simplificações adotadas.........................................................................................................35
2.1.6 Implicações teóricas de destaque..........................................................................................36
2.2 Processo participativo junto a construtoras e incorporadoras................................................37
2.2.1 Metodologia de participação.................................................................................................37
2.2.2 Bases documentais e visão geral sobre ações em prol da água............................................39
2.2.3 Gestão de água em canteiros: valores e indicadores............................................................41
2.2.4 Avaliação por curvas ABC de custos e de PH de materiais....................................................46
2.2.5 Ferramenta de Cálculo de Pegada Hídrica para Edificações (FPHedif)....................................50
3. ROTEIRO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES................................................ 54
3.1 Levantamento de dados...........................................................................................................54
3.2 Pegada hídrica de obra.............................................................................................................56
3.2.1 Pegada hídrica de obra direta – PHobra,d.................................................................................58
3.2.2 Pegada hídrica de obra indireta – PHobra,i..............................................................................68
3.2.3 Pegada hídrica de obra – PHobra.............................................................................................72
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

3.3 Pegada hídrica de uso...............................................................................................................74


3.3.1 Pegada hídrica de uso direta – PHuso,d...................................................................................75
3.3.2 Pegada hídrica de uso – PHuso................................................................................................77
3.4 Pegada hídrica da edificação....................................................................................................77
3.5 Pegada hídrica específica..........................................................................................................78
3.5.1 PHobra específica.....................................................................................................................78
3.5.2 PHuso específica.......................................................................................................................78
3.6 Exemplos de aplicação da metodologia...................................................................................78
4. APLICAÇÃO DA METODOLOGIA:
ESTUDOS PRÁTICOS, AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO COM LITERATURA........................................ 95
4.1 Resultados da aplicação da metodologia.................................................................................96
4.1.1 Pegada hídrica de obra – PHobra..............................................................................................96
4.1.2 Pegada hídrica de uso – PHuso..............................................................................................104
4.1.3 Pegada hídrica da edificação – PHedif...................................................................................106
4.2 Comparação dos resultados com a literatura....................................................................... 111
4.3 Outras análises....................................................................................................................... 113
4.3.1 Comparação entre os resultados da Infinitytech e do GT...................................................113
4.3.2 Análise rápida vs. análise detalhada para PHobra.................................................................115
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E FUTUROS PASSOS............................................................................ 116
ANEXO 1. Coeficientes de pegada hídrica
(CPH) e categorização de materiais (MAT1 e MAT2)......................................................... 118
ANEXO 2. Instruções de solicitação de dados de PH a fabricantes e fornecedores........................... 127
ANEXO 3. Instruções para determinação em campo de variáveis (C, cargas etc.)............................. 131
ANEXO 4. Perguntas frequentes sobre pegada hídrica...................................................................... 135
GLOSSÁRIO ..................................................................................................................................... 142
SUMÁRIO DE TABELAS........................................................................................................................ 143
SUMÁRIO DE FIGURAS....................................................................................................................... 144
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................................... 145
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

INTRODUÇÃO | SOBRE O GUIA


A crescente preocupação com a temática ambiental nas últimas décadas inevitavelmente leva
profissionais da área a se deparar com uma questão elementar, mas de difícil resolução: como men-
surar, de forma criteriosa, reprodutível e comparável, os impactos das atividades humanas sobre o
meio ambiente? É evidente que, se os impactos são observados, há maneiras de quantificá-los, ainda
que isso implique na necessidade de simplificações e generalizações inerentes a qualquer tipo de
modelagem. Não se pode gerenciar e melhorar o que não é medido, e a experiência internacional
na área de recursos hídricos demonstra que não há gestão eficiente sem acesso a informação de
qualidade (UNESCO, 2017), seja no que se refere a um único empreendimento, como uma edificação
residencial, ou na gestão de bacias hidrográficas transnacionais que requerem cooperação interna-
cional de alto nível.
Metodologias, indicadores, índices e demais elementos de planejamento e gestão ambientais
têm sido continuamente desenvolvidos e aprimorados por pesquisadores nos mais diversos temas:
pegadas de carbono, índices de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), Análise de Ciclo de Vida
(ACV), índices de consumo de energia elétrica de fontes não renováveis, e os dedicados especifica-
mente à água, como água virtual e a pegada hídrica.
A pegada hídrica é um indicador ambiental que mensura a quantidade de água apropriada na
realização de processos, sendo “um indicador do uso de água que considera não apenas o seu uso
direto por um consumidor ou produtor, mas, também, seu uso indireto” (HOEKSTRA et al., 2011). A
partir da quantificação de um ou mais processos, torna-se possível se chegar à pegada hídrica de pro-
dutos, consumidores, empresas, municípios e até países. Historicamente, a utilização de PH é muito
ligada a produtos agropecuários, mas recentes estudos vêm abordando também outras atividades,
entre elas a construção civil.
Ainda que haja certa variabilidade da definição do conceito no meio técnico, indicadores am-
bientais podem ser considerados variáveis - geralmente quantitativas, mas também qualitativas - que
representam de forma sintética as condições e/ou tendências de determinado sistema a partir de um
conjunto de dados e informações mensuráveis (GOMES, 2012). A vantagem de seu emprego reside

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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

na facilidade de comunicação junto a tomadores de decisão e ao público não especializado por meio
da agregação de múltiplas variáveis complexas em um único valor; sua grande desvantagem, todavia,
resulta exatamente da inerente perda de informações ocorrida na simplificação. Indicadores podem
ser utilizados para estabelecimento de benchmarking no mercado, bem como de Key Performance
Indicators (KPIs) para acompanhamento de ações e monitoramento de metas, sendo elementos in-
dispensáveis de planejamento e gestão.
O protagonismo do setor de edificações no desenvolvimento urbano traz consigo a inegável res-
ponsabilidade sobre a utilização eficiente de recursos naturais, entre eles a água, sendo necessário
o estabelecimento de indicadores que permitam avaliar criteriosamente a eficiência ambiental dos
empreendimentos e auxiliem tomadores de decisão na escolha por materiais e processos que resul-
tem em menores impactos negativos ao meio ambiente. No entanto, hoje não há clareza sobre como
mensurar os impactos das atividades do setor sobre os recursos hídricos, havendo notável carência no
estabelecimento de métricas comuns que permitam avaliações direcionadas. Nesse contexto, a pos-
sibilidade de utilização da pegada hídrica surge como grande oportunidade de avanços nesse campo.
Frente a essa lacuna, este Guia metodológico de cálculo de pegada hídrica para edificações ob-
jetiva apresentar metodologia de cálculo de pegada hídrica desenvolvida para o setor de edificações
brasileiro, trazendo aspectos conceituais, procedimentos adotados no desenvolvimento, roteiro de-
talhado de cálculo, exemplos e resultados de testes e de aplicações práticas. O processo de desen-
volvimento adotado prezou pela participação ativa de construtoras e incorporadoras associadas do
SindusCon-SP, buscando aderência às práticas, possibilidades e expectativas do setor. A participação
dos técnicos da Caixa Econômica Federal também contribui com a experiência de seus empreendi-
mentos, sendo essa possivelmente a primeira iniciativa brasileira no tema, ao final do guia são dis-
cutidas possibilidades de aprimoramento da metodologia, apontando possíveis caminhos a serem
tomados por futuros estudos que venham a enriquecer os conhecimentos sobre o assunto.
Espera-se que os aprendizados obtidos ao longo do desenvolvimento da metodologia e apre-
sentados neste documento ensejem a realização de novos estudos na área, ampliando a compre-
ensão sobre a pegada hídrica para edificações e potencializando práticas positivas de gestão de
recursos hídricos.

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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

INTRODUÇÃO | R ECURSOS HÍDRICOS E


SANEAMENTO NO BRASIL
A avaliação dos impactos de atividades humanas sobre recursos hídricos não pode ser realizada
somente na escala de um único empreendimento, sendo fundamental a compreensão das condições
dos entornos, da bacia hidrográfica e até mesmo em níveis estaduais e nacional. Portanto, nesta
introdução serão abordados temas gerais sobre a situação de recursos hídricos e saneamento básico
no Brasil, almejando trazer visão mais ampla sobre a temática.
O cenário de recursos hídricos e saneamento básico no Brasil é diverso e complexo. Apesar da
concepção de abundância que existe sobre a disponibilidade de água, há regiões que sofrem problemas
crônicos e severos de escassez de água, sejam eles relacionados à quantidade de água disponível ou à
sua qualidade e adequação para diferentes usos, o que pode ser traduzido pelos balanços hídricos. O
balanço hídrico é um tipo de indicador que se baseia em relações qualitativas e/ou quantitativas entre as
demandas de água para o suprimento de múltiplos usos e a disponibilidade natural do recurso. Áreas al-
tamente adensadas, como é o caso de regiões metropolitanas, historicamente vêm apresentando pioras
nos valores de balanço hídrico, fato evidenciado pelas cada vez mais comuns crises de abastecimento.

FIGURA 1
Balanço quali-quantitativo de disponibilidade de água

Fonte: adaptado de ANA (2016). Elaboração própria.

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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Nesse contexto, a compreensão de indicadores relativos a saneamento básico (especificamente


água e esgoto) é também fundamental, uma vez que esses serviços estão intimamente ligados à ex-
ploração e deterioração de corpos hídricos.
Em 2017 a média nacional de abastecimento da população urbana por rede de água foi de 93%;
contudo, tal valor não é homogêneo para todo o território nacional, variando entre 70% para a região
Norte e 98,4% para a região Sul. Já em termos de esgoto, os dados nacionais são significativamente
inferiores, com valores de 58% para coleta e 46% para tratamento (Ministério do Desenvolvimento
Regional, 2019c). Ou seja, a coleta de esgotos contempla menos de 60% da população, e ainda há
significativa parcela que é coletada e, por não ser submetida a tratamento, é lançada in natura em
corpos hídricos receptores. Esse fato aponta o potencial do impacto sobre a qualidade de corpos
hídricos receptores decorrente da gestão atual de água e esgotos no Brasil.

TABELA 1
Índices de atendimento urbano de água, coleta, e tratamento de esgotos por UF brasileira
Índice de Índice de
atendimento Índice de coleta esgoto tratado
Região UF
urbano de esgoto (%) referido à água
de água (%) consumida (%)
Acre 65,41 18,98 18,98
Amapá 40,44 13,80 13,02
Amazonas 88,37 47,28 43,59
Pará 57,02 9,65 6,27
N
Rondônia 62,13 10,12 7,97
Roraima 99,69 72,88 72,88
Tocantins 98,03 30,97 30,81
Total região N 69,95 24,77 22,58
Alagoas 88,71 22,35 20,04
Bahia 94,70 54,65 50,42
Ceará 79,83 38,16 37,26
Maranhão 73,83 28,13 9,18
Paraíba 91,78 39,21 38,10
NE
Pernambuco 90,56 31,06 31,01
Piauí 96,40 11,46 11,37
Rio Grande do Norte 91,13 29,78 29,71
Sergipe 94,34 30,86 30,86
Total região NE 88,78 37,95 34,73

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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Índice de Índice de
atendimento Índice de coleta esgoto tratado
Região UF
urbano de esgoto (%) referido à água
de água (%) consumida (%)
Espírito Santo 90,59 54,39 41,77
Minas Gerais 92,59 64,47 37,88
SE Rio de Janeiro 93,71 50,80 33,64
São Paulo 98,60 82,18 64,56
Total região SE 95,94 69,37 50,39
Paraná 99,97 72,00 71,58
Rio Grande do Sul 97,38 30,02 25,82
S
Santa Catarina 97,19 28,97 28,01
Total região S 98,44 46,92 44,93
Distrito Federal 98,71 84,42 84,42
Goiás 97,52 54,62 47,95
CO Mato Grosso 97,65 40,10 33,23
Mato Grosso do Sul 99,34 42,49 42,46
Total região CO 98,10 56,07 52,02
Nacional 92,98 58,04 46,00
(1) Indicador operacional de água IN023. Refere-se à porcentagem da população urbana abastecida por água potável.
(2) Indicador operacional de esgoto IN015. Refere-se à porcentagem de esgoto coletado referentemente à água consumida.
(3) Indicador operacional de esgoto IN046. Refere-se à porcentagem de esgoto tratado referentemente à água consumida.
Fonte: MDR/SNS, 2019c.

Ao longo do território nacional a prestação de serviços de coleta varia, mostrando-se mais inten-
siva nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Além disso, mesmo os índices de coleta de esgoto entre
capitais podem variar significativamente, como é o caso de São Paulo (89,9%) e Rio de Janeiro (47,7%
para a região atendida pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos e 19,8% para a Fab Zona Oeste
S.A.) segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (2019b). A Figura 2 a seguir repre-
senta a distribuição por faixas dos dados de atendimento urbano de esgoto referido aos municípios
atendidos com água, facilitando a visualização da distribuição deste indicador no país.

16
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

FIGURA 2
Abrangência de coleta de esgotos por UF

Fonte: Adaptado de MDR/SNS, 2019c. Elaboração própria.

O índice de tratamento de esgoto, que relaciona o volume tratado com o coletado, evidencia
que a coleta não implica no encaminhamento dos efluentes para uma estação de tratamento; mesmo
para os estados com maiores índices de coleta, a porcentagem de esgoto tratado não representa a to-
talidade do volume coletado na maioria dos casos (Tabela 1). Novamente, mesmo para as capitais os
índices de tratamento variam muito, como para Curitiba (100%), São Paulo (84,9%) e Belo Horizonte
(76,6%) segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (2019b).
A gestão de recursos hídricos é um assunto altamente complexo, e a atuação de atores priva-
dos, públicos e sociedade civil deve ser articulada em múltiplos níveis, englobando a visão ampla e
sistêmica na escala do país, regiões e bacias hidrográficas, bem como na de municípios, microbacias,
edificações e, em última instância, indivíduos.

17
Dentre as diversas metodologias de
GUIA METODOLÓGICO DE avaliação
CÁLCULO DEde PEGADA
impactos humanos
HÍDRICA sobre
PARA os recursos hídricos,
EDIFICAÇÕES
a pegada hídrica é um dos principais indicadores quantitativos do comprometimento direto e
indireto de água ao longo do ciclo de vida de produtos, usuários, empreendimentos, empresas,
cidades, países etc. O conceito foi desenvolvido pelo professor israelense Arjen Hoekstra em
vemPEGADA
2002 e1. HÍDRICA:
sendo, desde então, aprimoradoCONCEITOS E APLICAÇÕES
e difundido pela Water Footprint Network (WFN),
tendo como importante marco a publicação do “Manual de Avaliação da Pegada Hídrica”
1.1 Conceito e relevância na gestão de recursos hídricos
(HOEKSTRA et al., 2011), material que serve como referência para todos os trabalhos na área.
Dentre as diversas metodologias de avaliação de impactos humanos sobre os recursos hídricos,
De forma maishídrica
a pegada é umHoekstra
objetiva, dos principais
et indicadores quantitativos
al (2011) define do comprometimento
pegada hídrica como “um direto e indi- do
indicador
reto de água ao longo do ciclo de vida de produtos, usuários, empreendimentos, empresas, cidades,
uso de água que considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, mas,
países etc. O conceito foi desenvolvido pelo professor israelense Arjen Hoekstra em 2002 e vem
também, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da
sendo, desde então, aprimorado e difundido pela Water Footprint Network (WFN), tendo como im-
apropriação demarco
portante recursos hídricos”.
a publicação A metodologia
do “Manual estabelece
de Avaliação da Pegadatrês tipos
Hídrica” de pegada
(HOEKSTRA hídrica,
et al., 2011), cada
qual relacionado a distintas maneiras de comprometimento de
material que serve como referência para todos os trabalhos na área. recursos hídricos.
De forma mais objetiva, Hoekstra et al (2011) define pegada hídrica como “um indicador do
Pegada hídrica azul (PHazul): água proveniente de uma bacia hidrográfica
uso de água que considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, mas, tam-
(superficial ou subterrânea), evaporada, incorporada a um produto ou retirada
bém, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da apropriação de
e devolvida a outro corpo hídrico. Relevante para agricultura, indústria e uso
recursos hídricos”. A metodologia estabelece três tipos de pegada hídrica, cada qual relacionado a
doméstico. A PHazul se refere à água “perdida” em determinado processo,
distintas maneiras de comprometimento de recursos hídricos.
geralmente por evaporação ou incorporação ao produto.

Pegada
PHazulhídrica azul (PH
= água ): água proveniente
evaporada
azul
de uma bacia hidrográfica
+ água incorporada + vazão(superficial
de retornoou subterrânea),
perdida
evaporada, incorporada a um produto ou retirada e devolvida a outro corpo hídrico. Relevante para
agricultura, indústria e uso doméstico. A PHazul se refere à água “perdida” em determinado processo,
Pegada por
geralmente hídrica
evaporação verde (PHverde
ou incorporação ao):produto.
água precipitada, armazenada no
solo,
evaporada, transpirada ou incorporada pelas plantas. Relevante para produtos
PHazul= água evaporada+água incorporada+vazão de retorno perdida
agrícolas, horticultura e florestais ou para a irrigação.
Pegada hídrica verde (PHverde): água precipitada, armazenada no solo, evaporada, transpirada ou
PHverde pelas
incorporada = evaporação
plantas. Relevantede água
para verde
produtos + incorporação
agrícolas, de água
horticultura e florestais ou paraverde
a irrigação.
PHverde= evaporação de água verde+incorporação de água verde
Pegada hídrica cinza (PHcinza): quantidade de água doce necessária para
assimilar poluentes e atender aos parâmetros de qualidade da água. Considera
Pegada hídrica cinza
a poluição (PHcinza):pontual
de fonte quantidadelançada
de água doce
a umnecessária
cursopara
de assimilar
água doce poluentes e atender
diretamente ou
aos parâmetros de qualidade da água. Considera a poluição de fonte pontual lançada a um curso de
indiretamente
água doce diretamenteatravés de escoamento
ou indiretamente superficial
através de escoamento ou lixiviação
superficial dosolo.
ou lixiviação do solo.
L
PHcinza =
(cmax − cnat )
L carga de poluente
cL
máx
carga de poluente
concentração máxima aceitável do poluente no corpo hídrico
cc
máx
nat
concentração máxima
concentração natural1 aceitável
do poluente do poluente
no corpo hídrico no corpo hídrico
cnat concentração natural1 do poluente no corpo hídrico

Um dos principais atributos da pegada hídrica é sua


capacidade de contabilizar diversas apropriações de água Leitura adicional
distintas (como a água perdida por evaporação e a necessá- Esclarecimentos teóricos
ria para diluição de efluentes) num único indicador quanti- complementares sobre o conceito
tativo, permitindo comparações objetivas entre processos, de pegada hídrica são apresenta-
1
Para substâncias que não ocorrem naturalmente na água cnat = 0
produtos etc. dos no ANEXO 4, e recomenda-se
sua leitura para melhor compre-
ensão sobre os fundamentos teó-
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 16
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
ricos da PH.
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1 Para substâncias que não ocorrem naturalmente na água cnat = 0

18
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

PHazul não é igual à demanda de água.


Um erro recorrente na avaliação de PH é considerar que a PHazul é igual à demanda direta
de água para determinado processo, o que não está de acordo com a metodologia da WFN.
Conforme explicado acima, a PHazul se refere à água “perdida”, ou seja, não retornada na forma
de efluente, o que é somente uma parcela da diretamente demandada.

1.2 Avaliação da pegada hídrica

A avaliação da PH deve ser realizada dentro de um escopo bem definido, com objetivos, metas
e procedimentos estabelecidos, bem como deve embasar propostas de melhoria ao final da análise.
O processo é composto por quatro etapas principais e por meio das quais são examinados os usos
direto e indireto da água do objeto de estudo. As etapas contemplam a definição dos escopos espa-
cial e temporal para a avaliação da pegada hídrica; quantificação (cálculo) da pegada hídrica; análise
dos resultados com relação à sustentabilidade do entorno; e, por fim, propõe medidas corretivas ou
de melhoria.

Definição de metas e escopo | E sclarecer os objetivos da avaliação de pegada hídrica

O primeiro passo consiste na definição da meta final, ou seja, aquilo que se almeja pela avalia-
ção da pegada hídrica. Esclarecido este ponto, deve-se definir o escopo de estudo, como os produtos
ou processos avaliados, classes de PH consideradas, e escalas espacial e temporal.

Uma importante definição desta etapa é o ponto de truncamento, isto é, até qual processo será
realizada a análise retroativa ao longo da cadeia de processos. Não há orientação definitiva para a de-
finição deste ponto e, na prática, apenas algumas etapas do processo contribuem substancialmente
para a pegada hídrica. Dessa forma, é necessário avaliar de maneira criteriosa quais as etapas mais
influentes na pegada hídrica dentro do escopo e definir com clareza até que ponto a avaliação da
pegada hídrica deve ser realizada.

Cálculo da pegada hídrica | Q


 uantificação dos recursos hídricos apropriados

O dimensionamento de pegada hídrica fornece elementos para a quantificação da apropria-


ção de água em espaço e tempo definidos. O cálculo permite a compreensão da relação entre a
quantidade e qualidade de água doce disponível e aquelas demandadas pela sociedade no escopo
de estudo.

A unidade fundamental para o cálculo é a PH de processo, a qual caracteriza uma dinâmica


especifica dentro de uma cadeia produtiva ou área e, quando agregada para cada produto ou local,
representa sua PH global. A partir da PH de processo, é possível calcular a PH de produto, a qual
agrega a pegada de todas as dinâmicas consideras no escopo de estudo deste item. A Figura 3 ilustra
a supracitada relação.

19
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

FIGURA 3.
Etapas de cálculo de pegada hídrica – a pegada hídrica de processo é a unidade básica
Pegada Hídrica de um Pegada Hídrica de um grupo Pegada Hídrica dentro de uma
grupo de produtores de consumidores (p. ex.: um país, área delimitada geograficamente
(p. ex.: um setor) estado ou município) (p. ex.: um país ou uma bacia)

Pegada Hídrica de um Pegada Hídrica de Somar as


produtor (p. ex.: um setor) um consumidor pegadas hídricas
de todos os
Somar as pegadas hídricas de Somar as pegadas hídricas de processos que
todos os produtos elaborados todos os produtos consumidos ocorrem dentro
de uma área
Pegada Hídrica de produtos
Somar as pegadas hídricas de todos os processos
no sistema de produção de um produto
Pegada Hídrica de processos
Fonte: Hoekstra et al. (2011)

Por meio dessa abordagem, é possível também calcular a pegada hídrica para diferentes atores
do ciclo produtivo, como empresas e clientes. Por exemplo, a PH de um consumidor pode ser dimen-
sionada pela pegada de todos os produtos que ele consome, bem como pela apropriação de água
que este realiza durante o uso destes itens.
Avaliação de sustentabilidade | R
 elação da pegada hídrica com o cenário
A metodologia da WFN propõe que, para análise da sustentabilidade da pegada hídrica, se-
jam consideradas características do cenário em estudo, cabendo compreensão de como as pe-
gadas hídricas interagem com o entorno. Devem ser levadas em conta as características do pro-
cesso em seu contexto geográfico-temporal. Recomenda-se que a avaliação apresente como
contexto geográfico a bacia hidrográfica, dado que a utilização de unidades territoriais hidrológicas
permite a melhor comparação com parâmetros usuais para recursos hídricos, como disponibilidade
hídrica, pluviometria e capacidade de assimilação de poluentes pelos corpos hídricos. Assim, situações
de estresse hídrico, secas intensas, usos consuntivos de água e variabilidade sazonal no regime hídrico
podem ser consideras na avaliação da pegada hídrica. No caso específico de um contexto geográfico
que já possua, em determinado período ou cronicamente, pegada hídrica global insustentável, a PH
de um processo, produto ou empresa automaticamente também será considerada insustentável. Caso
contrário, pode-se considerar a PH insustentável para um ou mais pilares da sustentabilidade.
Formulação de resposta | Definição de ações
Como etapa final da avaliação de pegada hídrica, devem ser definidas as ações para redução
da PH, considerando a hierarquia de prioridades da sustentabilidade. Além disso, a PH pode ser uti-
lizada como base para o estabelecimento de benchmarking, de modo a gestão de recursos hídricos
possa ser mensurada e possam ser difundidas boas práticas entre os atores da cadeia produtiva.
1.3 Literatura especializada sobre pegada hídrica para edificações
Historicamente, a utilização de PH como ferramenta de avaliação é muito ligada a produtos agro-
pecuários (HOKSTRA et al., 2011; GERBENS-LEENES et al., 2018), setor profundamente conectado ao
consumo de água. Nos últimos anos, entretanto, vêm sendo desenvolvidos estudos sobre pegada hídrica
de determinados materiais empregados na construção civil, como cimento (HOSSEINIAN & NEZAMO-

20
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

LESLAMI, 2016); aço, concreto e vidro (GERBENS-LEENES et al., 2018); e concreto (SILVA & VIOLIN, 2013;
BARRETO, 2015; LIMA et al., 2016; MACK-VERGARA & JOHN, 2017). A Tabela 2 abaixo resume distintos
estudos que tratam de pegada hídrica (ou de outros indicadores muito similares) para a construção civil.

TABELA 2
Compilação de estudos específicos de PH/água virtual na construção civil

Área de
Autor(es) Estudo Acesso
estudo
Estudo exploratório quanto ao
http://www.poliintegra.poli.usp.br/library/
Pessarello consumo de água na produção
São Paulo pdfs/7f3c9143404
(2008) de obras de edifícios: avaliação e
e82ba87639255e32062e6.pdf
fatores influenciadores
Modelling direct and indirect
McCormack et https://www.tandfonline.com/doi/
Austrália water requirements of
al. (2007) abs/10.1080/09613210601125383
construction
Assessment of water resource https://www.witpress.com/elibrary/
Bardhan
Índia consumption in building wit-transactions-on-ecology-and-the-
(2011)
construction in India environment/144/21933
http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/
Silva & Violin Maringá - PR Gestão da água em canteiros de
epcc2013/oit_mostra/Robson_Rodrigo_
(2013) (Brasil) obras de construção civil
da_Silva2.pdf
Proposta metodológica de
Fortaleza - CE http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/
Souza (2014) cálculo para pegada hídrica na
(Brasil) riufc/15082/1/2014_tese_jlsouza.pdf
construção civil imobiliária
Virtual water accounting
Meng et al. E-Town https://www.sciencedirect.com/science/
for building: case study for
(2014) (Beijing) article/pii/S0959652613008998
E-town, Beijing
Saade et al. Material eco-efficiency indicators https://www.emeraldinsight.com/doi/
Brasil
(2014) for Brazilian buildings pdfplus/10.1108/SASBE-04-2013-0024

Wärmark Uppsala Assessment of water footprint http://www.w-program.nu/filer/exjobb/


(2015) (Suécia) for civil construction projects Katarina_W%C3%A4rmark.pdf

Cálculo da pegada hídrica total em


Lima et al. Sousa - PB http://www.evolvedoc.com.br/srhne/
uma empresa da construção civil
(2016) (Brasil) download-2016-UEFQMDIxNTY1LnBkZg==
localizada no semiárido nordestino

Virtual water accounting for a


Han et al. E-Town building construction engineering https://www.sciencedirect.com/science/
(2016) (Beijing) project with nine sub-projects: a article/pii/S0959652615009762
case in E-town, Beijing
Gerbens- The blue and grey water footprint
https://www.sciencedirect.com/science/
Leenes et al. Global of construction materials: Steel,
article/pii/S095965261732838X
(2018) cement and glass
Hosseinian & Water footprint and virtual water
https://www.sciencedirect.com/science/
Nezamoleslami Irã assessment in cement industry:
article/pii/S095965261732838X
(2018) A case study in Iran
Calcutá Calculating the water footprint https://www.indiawaterportal.org/articles/
IWP (2016)
(Índia) of buildings calculating-water-footprint-buildings

21
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

A produção científica no tema de PH para o setor da construção civil ainda é escassa, seja no Brasil
(SOUZA, 2014) ou em demais países (MENG et al., 2014; HAN et al., 2016). Segundo Meng et al. (2014),
a maioria das ações em prol da conservação de água segue continuamente focando nos usos diretos
do recurso, sendo raros os estudos que avaliem apropriações de processos e materiais empregados.
Alguns poucos estudos também possuem abordagem mais completa, considerando tanto os
supracitados materiais como também usos em canteiro, tendo como objetivo o cálculo da PH total
da construção de empreendimentos. Exemplos são os trabalhos de de McCormack et al. (2007),
Bardhan (2011), Souza (2014), Meng et al. (2014), Wärmark (2015) e Han et al. (2016).
Conforme já comentado, a metodologia de pegada hídrica da WFN é bastante abrangente e confe-
re ao usuário alto grau de liberdade na definição de como realizar sua contabilização. Por isso, é muito
comum queestudos apresentem nomenclaturas, padrões e definições diferentes entre si, o que dificulta
a comparação imediata entre os resultados. O que Souza (2014) considera como PH direta, por exemplo,
não é o mesmo que Saade et al. (2014) ou Meng et al. (2014), sendo necessário algum esforço de “rea-
gregação” dos números para que seja possível comparar tipos de PH equivalentes entre si. Essa ressalva
é fundamental porque explicita a importância da definição clara dos procedimentos de decomposição e
cálculo de PH (como será abordado no item 2.1), ao passo que também justifica as adaptações realizadas
para relação dos valores de PHazul apresentados na Tabela 3. Principalmente para o setor de edificações,
é comum o emprego de pegada hídrica específica em função da área total construída (m³/m²).

TABELA 3
PHazul direta e indireta por m² construído

Direta(1) Indireta(2)
(m³/m²) (m³/m²) Total (m³/
Autor Local Tipo
m²)
m³/m² % m³/m² %
McCormack et Austrália Múltiplos 0,01-2,0 ~5% 1,5-19,0 ~95% 2,0-20,1
al. (2007) usos
Bardhan (2011) Calcutá (Índia) Residencial 2 7,2% 25,6 92,7% 27,61
Souza (2014) Fortaleza - CE Residencial 0,36 (3)
0,4% 93,62 99,6% 93,98
(Brasil)
Saade et al. Brasil Serviços - - 1,97(4) - -
(2014)
Meng et al. Pequim (China) Comercial 0,43(5) 2,1% 20,40 97,9% 20,83
(2014)

(1) Referente aos consumos efetivos ocorridos em canteiro.


(2) Referente à PH de produção dos materiais/insumos utilizados na obra.
(3) Souza (2014) utiliza conceito de PHdireta distinto do adotado neste guia. Foram extraídos do estudo valores referentes
somente às demandas efetivas em canteiro (6.744 m³) e realizadas aproximações para cálculo do volume consumido e
incorporado em canteiro, resultando em PHobra,d,azul de 4.496 m³, ou 0,27 m³/m² para ACT = 18.500 m².
(4) Estudo tem como escopo somente a avaliação de PH de materiais (indireta).
(5) Meng et al (2014) não dividem seus resultados em PH direta e indireta. No entanto, a apresentação dos resultados
permite esse agrupamento. O valor de demanda direta de água é de 51.860 m³, e a partir das aproximações de
consumo e de ACT = 60.000 m², chegou-se ao valor de 0,43 m³/m².
NOTA: conforme explicado acima, há considerável variabilidade no tipo de divisão de PH adotada por distintos autores,
sendo que nem todos apresentam explicitamente seus resultados em termos de PH direta e indireta, ou também partem
de conceitos diferentes aos adotados neste guia para definir o que são PH direta e indireta. Para fins de comparação, os
resultados dos estudos foram reagrupados conforme definição de PH direta e indireta deste guia.

22
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Mesmo que em proporções diferentes, as pesquisas chegam à conclusão de que a maior parcela
da PH está relacionada aos usos indiretos (materiais), e não aos diretos em canteiro. Considerando
ainda somente os estudos de escopo e método semelhantes ao do presente guia, para alguns auto-
res, como é o caso de McCormack et al. (2007) e Bardhan (2011), a PH de materiais supera os 90%
Data: out-19 | Revisão: 00
da total.
Cliente: Ou| seja,
PNUD os consumos
Projeto: diretos
Guia Metodológico em canteiro são| Etapa:
Caixa/SindusCon-SP poucoEtapa
representativos,
06 – Produto 09 mas não desprezíveis,
(RT06)

diante da PH referente aos insumos.


para alguns autores,
Seguindo a lógicacomo é o caso
de Hoekstra de (2011),
et al. McCormack et “na
em que al. prática
(2007) [...]
e Bardhan (2011),algumas
existem apenas a PH de
materiais supera os 90% da total. Ou seja, os consumos diretos em canteiro são pouco
etapas do processo que contribuem substancialmente para a pegada hídrica total do produto final”, a
representativos, mas não desprezíveis, diante da PH referente aos insumos.
literatura aponta que, no caso da construção civil, poucos insumos são responsáveis quase pela tota-
lidade daaPHlógica
Seguindo da obra.
de Aponta-se
Hoekstra que aqueles
et al. queem
(2011), contribuem
que “na de forma[...]
prática relevante na composição
existem são
apenas algumas
etapas do cimento
concreto, processo(seja
quenocontribuem
concreto ou substancialmente
em outras aplicações) para a pegada
e aço. hídricatambém
Alguns autores total doelencam
produto
final”, a literatura aponta que,
vidro, argamassa e tubos de PVC. no caso da construção civil, poucos insumos são responsáveis
quase pela totalidade da PH da obra. Aponta-se que aqueles que contribuem de forma relevante
na composição são concreto, cimento (sejaFIGURA 4
no concreto ou em outras aplicações) e aço. Alguns
Gráfico
autores de contribuição
também acumulada
elencam vidro, argamassade PH
e tubos
azul
pordematerial
PVC. para edificações de serviços.
Concreto foi desagregado em cimento, areia e brita.
100%

80%
% PHazul

60%

40%

20%

0%
Revestimento

Compensado

Vidro

Tinta PVA

Areia
Aço

Cal hidratada
Eletrodutos/conduítes

Formas de madeira
Tinta acrílica
Cimento

Fios de cobre

Brita

Telha cerâmica
Argamassa

Tubos de PVC

Estrutura metálica

Pilaretes de madeira
para cobertura
cerâmico
de PVC

Figura 4. Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material para edificações de serviços. Concreto
Fonte: adaptado de Saade et al. (2014)
foi desagregado em cimento, areia e brita.
Fonte: adaptado de Saade et al. (2014)

Praticamente
Praticamente não hánãoestudos
há estudossobresobre outros
outros tipostipos de pegada
de pegada hídrica
hídrica (verdee/ou
(verde e/oucinza)
cinza) para
para o
o setor
setor da da construção
construção civil,sendo
civil, sendotodos
todoslimitados
limitadossomente
somenteààPH PHazul . A única
azul. única exceção
exceçãoééo orecente
recente
trabalho
trabalhodede Gerbens-Leenes
Gerbens-Leenes et etal.
al.(2018),
(2018),ememqueque os autores
os autores avaliaram
avaliaram a PH ados
PHprincipais
dos principais
ma-
materiais empregados na construção civil (aço, cimento e vidro) incluindo, além
teriais empregados na construção civil (aço, cimento e vidro) incluindo, além da PHazul, a PHazul da PH ,, a
cinza
PHcinza, ou seja, aquela referente aos volumes de água necessários para diluição de
ou seja, aquela referente aos volumes de água necessários para diluição de contaminantes
contaminantes resultantes dos processos de fabricação dos materiais. Uma das principais
resultantes dos processos de fabricação dos materiais. Uma das principais conclusões obtidas
conclusões obtidas é que a PHcinza é, para alguns casos, até 220 vezes superior à PHazul, como é
é que a se
possível PHverificar
cinza
é, para
naalguns
Figuracasos,
6. até 220 vezes superior à PHazul, como é possível se verificar
na Figura 6.

23
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

FIGURA 5
Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material e processo
(direct water) em m³/m² para 17 edificações distintas.
25
Steel Concrete
Other metals Ceramics
Carpet Glass
Fiberglass batts Plasterboard
20 Plastic Paint
Timber products Direct water

15
m³/m²

10

0
NRCS 1

NRCS 2

NRCS 3

NRCS 4

NRCS 5

NRCS 6

NRCS 7

NRCS 8

NRCS 9

NRCS 10

NRCS 11

NRCS 12

NRCS 13

NRCS 14

NRCS 15

NRCS 16

NRCS 17
Empreendimento

Fonte: adaptado
Figura 5 de McCormack et al. (2007)
Figura 5. Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material e processo (direct water) em m³/m² para
NOTA: em “fonte”, mudar de “McCormack et al. (2007)” para “adaptado de McCormack et
al. (2007)” 17 edificações
FIGURAdistintas.
6
GráficoFonte: McCormack
de PHazul e PHcinza
paraetaço,
al. cimento
(2007) e vidro.
2500
1,90
400 2,0
350 1,8
2000 1,6
Demanda (m³/mês)

300
1,4
250 1,2
m³/m²

200 1,0
1500 0,60 0,8
150
0,41 0,42 0,39 0,42 0,6
l/kg

0,340,30 0,350,29 0,34 0,35


100
2270 0,24 0,280,270,33 0,270,26
0,150,140,190,16 0,16 0,20 0,15 0,4
0,13 0,12
50 0,000,00 0,000,00 0,2
1000
0 0,0
set/13

jan/14
fev/14

jun/14

set/14

jan/15
fev/15

jun/15

set/15

jan/16
fev/16
out/13

out/14

out/15
nov/13
dez/13

mai/14

nov/14
dez/14

mai/15

nov/15
dez/15
ago/13

mar/14

jul/14
ago/14

mar/15

jul/15
ago/15
abr/14

abr/15

1500
1300
500
Etapa

76,87 11,83
DT (m³) 2,17
DPA (m³/m²)
210 210 1,80 5,89
0
Figura 13 Aço não-ligado Aço-liga Cimento CP-II Cimento CP-II Vidro
PHazul (l/kg) PHcinza (l/kg)

Figura
Fonte: Gerbens-Leenes 6.(2018)
et al. Gráfico de PHazul e PHcinza para aço, cimento e vidro.
Fonte: Gerbens-Leenes et al. (2018)

Quanto à PHverde, nenhum dos estudos a considera, sendo possível concluir que sua contribuição
na composição da PH total da edificação é pouco representativa.

No 24
cálculo de alguns outros indicadores de sustentabilidade, como é o caso das emissões de
gases de efeito estufa (principalmente CO2), fatores como as distâncias de percurso entre o
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Quanto à PHverde, nenhum dos estudos a considera, sendo possível concluir que sua contribuição
na composição da PH total da edificação é pouco representativa.
No cálculo de alguns outros indicadores de sustentabilidade, como é o caso das emissões de
gases de efeito estufa (principalmente CO2), fatores como as distâncias de percurso entre o local de
produção e o canteiro são importantes. Para PH, Gerbens-Leenes et al. (2018) concluem que seu
valor (referente ao consumo de combustíveis veiculares) é muito reduzida quando comparada à de
produção dos materiais, sendo passível até mesmo de desconsideração.
Obviamente, um dos maiores obstáculos à totalização da PH de uma edificação é a obtenção
de coeficientes de PH de materiais (como l/kg, m³/ton, l/m² etc.), dado que os processos produti-
vos são complexos e a divulgação de informações por fabricantes ainda não é uma prática comum.
Há também a dificuldade adicional de que um mesmo insumo (por exemplo ferro) é utilizado na
produção de múltiplos produtos, o que requer abordagens detalhadas como o método sequencial
cumulativo (HOEKSTRA et al., 2011) para a distribuição da PH entre os diversos produtos gerados.
Pesquisadores da área apontam duas principais maneiras de se obter a PH de materiais,
sendo:
• Cálculo dos volumes de água por meio de bases de dados de Análise de Ciclo de Vida (ACV),
a partir de inventários como o Ecoinvent. (SAADE et al, 2014; WÄRMARK, 2015; GERBENS-LE-
EDENS et al., 2018). Esse método requer conhecimento profundo dos processos produtivos
específicos de cada um dos produtos.
• Solicitação de valores de uso de água diretamente aos fabricantes (SOUZA, 2014). Esse méto-
do requer que os fabricantes possuam conhecimento profundo das vazões retiradas, consu-
midas, perdidas e retornadas nos processos de fabricação.
Os coeficientes de PH em si serão melhor detalhados no item 3.2.2.1 e no ANEXO 1.

1.4  utras iniciativas de avaliação de impacto sobre recursos


O
hídricos
Além da WFN, diversas outras organizações vêm se empenhando na criação e difusão de ini-
ciativas em prol da gestão de água, cada qual com metodologias, formatos e objetivos próprios.
As iniciativas são bastante diversas: protocolos que estabelecem estruturas de relatórios e métricas
como GRI 303 e CEO Water Mandate; ferramentas de quantificação/qualificação de uso de recursos
hídricos como Global Water Tool (GWT), Local Water Tool (LWT) e Ceres Aqua Gauge; questionários
de divulgação como o CDP-Water; entre outros. O conhecimento de outras iniciativas enriquece a
compreensão sobre a importância e de como é realizada gestão de recursos hídricos no mundo e
complementa os aprendizados trazidos pelo aprofundamento na pegada hídrica. A Tabela 4 compila
informações básicas sobre onze das mais relevantes iniciativas no tema.

25
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 4
Resumo de características principais das iniciativas levantadas

Característica
Org. Iniciativa Objetivo principal Características de destaque
principal
Estruturação clara e completa para
divulgação de dados, servindo
também como guia para a empresa
Auxiliar na avaliação de compreender melhor sua realidade
CDP CDP-Water Questionário
investidores e acionistas referente à água. Gera abas
com métricas compatíveis com
Bloomberg WRVT, CDP-Water e Dow
Jones Water Index

Auxiliar na avaliação
Ferramenta muito clara em sua
de impactos externos,
Global abordagem e que traz análises
Ferramenta riscos para o negócio
WBCSD Water Tool combinadas entre as práticas
(MS Excel) e oportunidades
(GWT) da empresa e as condições dos
relacionadas à água em
entornos
uma organização.
Auxiliar na avaliação
de impactos externos, Ferramenta muito clara em sua
riscos para o negócio abordagem e que traz análises
Local Water Ferramenta
GEMI e oportunidades combinadas entre as práticas
Tool (LWT) (MS Excel)
relacionadas à água da empresa e as condições dos
em uma instalação ou entornos
processo específico.
Auxiliar na interpretação
Ferramenta de uso muito simples e
e avaliação das
que a partir de entradas qualitativas
informações divulgadas
Ferramenta gera análises (também qualitativas)
Ceres Aqua Gauge sobre a gestão da
(MS Excel) da empresa. Possui opção de “quick
água e fornecer uma
gauge”, uma análise expedita e
estrutura para orientar o
simplificada
engajamento e o diálogo.
Permitir a compreensão, Criação de mapas considerando
a partir de mapas de múltiplos parâmetros de risco, desde
Water Risk Ferramenta
WWF risco, da situação de estresse hídrico e cobertura de
Filter (WRF) online (mapas)
recursos hídricos em saneamento até índices de corrupção
escala global e regional e valores religiosos ligados à água

26
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Característica
Org. Iniciativa Objetivo principal Características de destaque
principal
Auxiliar na avaliação da
magnitude dos impactos
ambientais potenciais
relacionados à água,
Apresenta estruturação
sua mitigação e gestão
metodológica para cálculo de pegada
ISO ABNT estratégica, na promoção
ISO/ABNT Norma hídrica, permitindo inclusive que
14406 da eficiência hídrica e
outras metodologias (além da WFN)
otimização de processos,
sejam desenvolvidas
e no fornecimento de
informações consistentes
e confiáveis para
tomadores de decisão.

Criação de mapas interativos


Permitir a compreensão, classificados pelo indicador composto
a partir de mapas de de risco hídrico, contemplando
Ferramenta
WRI Aqueduct risco, da situação de múltiplas variáveis. Permite a variação
online (mapas)
recursos hídricos em dos pesos de riscos específicos de
escala global e regional acordo com as peculiaridades de
diversos ramos de atividade

Auxiliar na criação de
Estabelece métricas utilizadas em
GRI GRI 303 Protocolo relatórios de divulgação
diversas outras iniciativas
da organização
CEO Auxiliar na criação de
CEO Water Estabelece métricas utilizadas em
Water Protocolo relatórios de divulgação
Mandate diversas outras iniciativas
Mandate da organização
Water Risk Quantificar os riscos Internalização dos riscos relativos à
Bloom- Ferramenta
Valuation financeiros associados água nas análises de riscos financei-
berg (MS Excel)
Tool (WRVT) à água ros da empresa
Monetização dos riscos da água.
Water Risk Ferramenta Monetizar os diferentes Ferramenta online altamente
Ecolab
Monetizer online riscos referentes à água arrojada, de fácil uso e muito clara
em seus objetivos

27
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

2. D ESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA DE
PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
O principal objetivo deste manual é orientar usuários no cálculo de pegada hídrica para edifi-
cações. A metodologia estabelecida pela WFN é bastante generalista e confere certa liberdade no
que se refere a definições e critérios a serem utilizados e, por isso, é necessária adaptação para sua
aplicação a finalidades específicas, tal como é o caso de do setor de edificações brasileiro.
Visando-se aliar rigor metodológico e aderência às práticas do mercado brasileiro, a metodo-
logia guiou-se tanto pelo respeito aos preceitos estabelecidos pela Water Footprint Network como
pela inclusão de participação direta de importantes atores do mercado de edificações. Tendo isso em
mente, os autores decidiram realizar dois grandes grupos de procedimentos, os quais serão detalha-
dos nos itens a seguir e constam resumidos abaixo.
• No item 2.1 são destacadas as definições metodológicas adotadas, buscando-se esclarecer
quais foram as adaptações e simplificações realizadas em relação à metodologia da WFN.
• No item 2.2 são descrevidos os procedimentos adotados para participação e colaboração
ativa de agentes atuantes no mercado, mais especificamente construtoras e incorporadoras
que atuam no setor de edificações em nível nacional.
O desenvolvimento das atividades dos dois grupos ocorreu concomitantemente, com elabora-
ção de documento técnicos alternadamente com a eventos de participação do Grupo de Trabalho
(GT) formado. Aspectos mais detalhados sobre o cálculo da PH em si serão abordados detidamente
no item 3 - ROTEIRO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES, sendo este capítulo
dedicado à exposição mais abrangente das definições metodológicas.

2.1 Definições metodológicas


2.1.1 Definição de metas e escopo
O presente guia tem como meta final a definição de procedimentos de cálculo de PH para o se-
tor de edificações, limitando-se, portanto, às fases 1 e 2 da metodologia da WFN, conforme ilustrado
na Figura 7.

FIGURA 7
Fases da metodologia da WFN contempladas no guia

FASE 3 FASE 4
FASE 1 FASE 2
Avaliação de Formulação
Metas e escopo Cálculo da PH
sustentabilidade de resposta

Fonte: adaptado de Hoekstra et al. (2011)

Em termos de escopo, a base temporal para estudo da pegada hídrica engloba desde o projeto
– ou seja, a concepção do edifício– até o final de sua vida útil. Com isso, devem ser considerados os
processos dentro dos limites da própria edificação, seja durante a obra ou o uso, bem como as etapas
envolvidas na cadeia de suprimentos para a edificação.

28
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

É necessário destacar que decisões de projeto influenciam diretamente na PH do edifício


ao definir, por exemplo, a especificação e a quantidade dos materiais a serem utilizados. Além
disso, é nessa fase que se estrutura o orçamento, documento que norteia o cálculo da pegada
hídrica para edificações. Contudo, atividades dentro da etapa de projeto, como consumo de
água pelos projetistas durante seu trabalho, não necessariamente são consideradas para cálculo
de PH. Por isso, é necessário definir com clareza o ponto de truncamento para o cálculo de
PH dentro da base de estudo definida, a qual pode ir além dos processos considerados para
dimensionamento.
A Tabela 5 resume as principais definições referentes à fase 1.

TABELA 5
Resumo das definições para cálculo de PH

Item Principal Secundário


Criação de metodologia consolidada para a
Definição de métricas quantitativas
Meta final contabilização da pegada hídrica no setor da
Criação de benchmark para o setor
construção
Foco em fase
Contabilização da pegada hídrica -
específica
Pegada hídrica azul direta e indireta Pegada hídrica cinza indireta
Escopo de interesse
Pegada hídrica cinza direta Pegada hídrica verde direta e indireta
Base temporal Início do projeto até o fim
-
para estudo da vida útil da edificação

Edificações residenciais
multifamiliares de padrão:
Produto considerado -
- Baixa; - Média; - Alta
Edificações comerciais/corporativas

- Edificação/Ínicio da obra até


Escopo de cálculo /
fim de sua vida útil
ponto de -
- Cadeia de suprimentos / produção dos
truncamento
materiais definidos em projeto

2.1.2 Decomposição da pegada hídrica


O cálculo de pegada hídrica foi dividido em duas fases diferentes do ciclo de vida de uma edifica-
ção: a construção do edifício (PHobra) e o uso durante sua vida útil (PHuso)2. Além disso, foram considera-
das as PH conforme sua origem: direta e indireta. De forma sucinta, a PH direta se refere às apropriações
de água que ocorrem ou resultam diretamente de processos ocorridos dentro dos limites do escopo
geográfico (edificação) definido; a PH indireta, por sua vez, contempla as apropriações ocorridas, no caso
deste estudo, fora do canteiro, traduzidas pelos materiais empregados na construção da edificação. A
Figura 8 apresenta a divisão adotada, indicando o nível mais abrangente da divisão da PH por tipo.

2 Outras fases, como concepção e demolição, não foram consideradas.

29
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

materiais empregados na construção da edificação. A Figura 8 apresenta a divisão adotada,


indicando o nível mais abrangente da divisão da PH por tipo.
FIGURA 8
Estrutura geral do cálculo de pegada hídrica para edificações

Resultante de consumo e apropriação


em canteiro PHobra,d

PHobra

Proveniente dos materiais empregados


no edifício PHobra,i
PHedif

Resultante do consumo direto pelos


PHuso usuários ao longo da vida útil PHuso,d

PHedifPH
............ PH da edificação
PH da edificação PHobra,i PH de obra indireta
edif
PHobra ........... PH de obra
PH.........
PHobra,d
obra
PH de obra PH de obra
direta PHuso PH de uso
PHobra,i .......... PH de obra indireta
PH
obra,d PH de uso
PHuso.................... PH de obra direta PHuso,d PH de uso direta
PHuso,d .......... PH de uso direta
Para o caso de PHuso
Figura , adotou-se
8. Estrutura geralsimplificação de quehídrica
do cálculo de pegada os usosparaindiretos (ou seja, referentes aos
edificações
materiais utilizados) não são contemplados. A justificativa é que os insumos utilizados ao longo da
Paraútil
vida o caso de PH
de uma uso, adotou-se
edificação têm simplificação
pouca ou quase de que os usosligação
nenhuma indiretos
com(oua seja, referentes
aplicação aos
de medidas de
materiais utilizados) não são contemplados. A justificativa é que os insumos utilizados ao longo
conservação de água ou uso de fontes alternativas passíveis de previsão de projeto, afastando-se do
da vida útil de uma edificação têm pouca ou quase nenhuma ligação com a aplicação de medidas
intuito deste estudo. Assim sendo, para PHuso somente os usos diretos de água serão considerados.
de conservação de água ou uso de fontes alternativas passíveis de previsão de projeto,
Além da decomposição
afastando-se apresentada
do intuito deste na Figura
estudo. Assim sendo, 8, procedeu-se
para à divisão
PHuso somente de diretos
os usos acordo de
com o tipo de
água
serão
PH: azulconsiderados.
e cinza. Conforme já abordado (item 1.3), a PH verde possui pouca relevância no caso de edi-
ficações ou construção civil em geral, sendo desconsiderada pela literatura internacional e nacional
Além da decomposição apresentada na Figura 8, procedeu-se à divisão de acordo com o tipo de
nesses casos. A Figura 9 ilustra o segundo nível de detalhamento da decomposição da PH.
PH: azul e cinza. Conforme já abordado (item 1.3), a PH verde possui pouca relevância no caso
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto:
de edificações Guia Metodológico
ou construção Caixa/SindusCon-SP
civil em | Etapa: Etapa 06 –pela
geral, sendo desconsiderada Produto 09 (RT06)
literatura
internacional
FIGURA 9
e nacionalEstrutura
nesses casos. A Figura 9 ilustra o segundo nível de detalhamento da decomposição
geral detalhada do cálculo de pegada hídrica para edificações
da PH.
PHobra,d,azul

PHobra,d

PHobra,d, cinza

PHobra

PHobra,i,azul

PHobra,i

PHedif PHobra,i,cinza

Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente PHuso,d,azul 27


Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br PHuso PHuso,d

PHuso,d,cinza

PHedif .............PH da edificação PHobra,i,azul ..... PH de obra indireta azul


PHobra ............PH de obra PHobra,i,cinza....... PH de obra indireta cinza
PHobra,d ..........PH de obra direta PHuso............. PH de uso
PHobra,i ...........PH de obra indireta PHuso,d........... PH de uso direta
PHobra,d,azul .....PH de obra direta azul PHuso,i,azul ...... PH de uso direta azul
PHobra,d,cinza ....PH de obra direta cinza PHuso,i,cinza ........ PH de uso direta cinza
30
Figura 9. Estrutura geral detalhada do cálculo de pegada hídrica para edificações
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

PHedif PH da edificação PHobra,i,azul PH de obra indireta azul


PHobra PH de obra PHobra,i,cinza PH de obra indireta cinza
PHobra,d PH de obra direta PHuso PH de uso
PHobra,i PH de obra indireta PHuso,d PH de uso direta
PHobra,d,azul PH de obra direta azul PHuso,i,azul PH de uso direta azul
PHobra,d,cinza PH de obra direta cinza PHuso,i,cinza PH de uso direta cinza

Assim, a quantificação da pegada considera a PHd,azul, a PHd,cinza a PHi,azul e a PHi,cinza, cate-


gorizando os dados de acordo com as classes de pegada hídrica, a fase da vida útil e a origem
correspondentes.
2.1.3 Definição de métrica comum: pegada hídrica específica
O cálculo de PH resulta em valores de volume (em m³, normalmente) de água apropriada, sendo
que, no caso de edificações, haverá variação de acordo com a dimensão e demais características do
empreendimento. Considerando-se que o objetivo da metodologia é proporcionar a utilização de
métricas de comparação e estabelecimento de valores de referência (benchmarking), não é ade-
quado realizar comparações diretas de valores totais de PH de empreendimentos distintos, o que
incorreria em erros óbvios. É esperado, por exemplo, que uma edificação de 2.000 m² de área total
tenha PH absoluta muito inferior a outra de 20.000 m², o que, por si só, não diz respeito à eficiência
ambiental de cada uma.
É desejado que seja previsto procedimento de transformação que permita equiparação entre
empreendimentos distintos sem que haja prejuízo à consideração de suas peculiaridades. Portanto,
a metodologia prevê que sejam utilizadas as pegadas hídricas específicas definidas conforme abaixo,
dividas entre PHobra e PHuso:
• PHobra: em função da área do empreendimento, adotando-se a área total construída (ACT)
como referência e tendo como unidade m³/m². No setor de edificações é praxe a utilização da
área (e neste caso, ACT) para definição de métricas de eficiência.
• PHuso: em função das características de ocupação, adotando-se o número de agentes consu-
midores (AC) e o período de análise (tempo), tendo como unidade m³/AC/tempo. Indicadores
de uso de água durante a operação de edificações utilizam geralmente o “consumo3 diário
per capita”.
Como se pode notar, a adoção de variáveis diferentes para a criação de indicadores específicos
de PHobra e PHuso deu-se pela inviabilidade da utilização do mesmo valor de referência para ambos.
Caso se optasse pela utilização de PHuso também em função da área construída total, incorrer-se-ia
no erro de desconsideração do adensamento da edificação; ou seja, edificações mais adensadas,
e consequentemente com maior número de AC/m², tenderiam a possuir maiores valores de PHuso
do que aquelas com menor número de ocupantes por área, o que configuraria clara incoerência de
análise e erros de avaliação de PH.
Para a PHuso específica, o AC a ser considerado depende da tipologia da edificação, e alguns
exemplos seguem listados na Tabela 6.

3 Neste documento, faz-se diferenciação entre “demanda” e “consumo”, os quais são geralmente considerados
sinônimos em linguagem não técnica. Em definições mais específicas, “demanda” se refere à água retirada para
atendimento às necessidades de processos, enquanto “consumo” é a parcela que não retorna como efluente. A metodologia
de PH da WFN estabelece claramente que a PH azul se refere à água não retornada, e não à demandada (ou retirada),
justificando a diferenciação supracitada.

31
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 6
Variáveis de ocupação para cálculo de PHuso específica
Tipologia AC Unidade
Residencial Moradores l/morador/dia

Comercial Funcionários l/funcionário/dia

Corporativo Funcionários l/funcionário/dia

Hoteis Hóspedes l/hóspede/dia

Edificações de uso misto


No caso de edificações de uso misto, como torres residenciais com relevante presença
de espaços comerciais nos pavimentos inferiores, não é possível a utilização de AC único para
cálculo de indicador para toda a edificação. Como em geral a medição de água é realizada
separadamente em casos como esses, recomenda-se que os indicadores sejam determinados
separadamente nessas situações.

Em relação ao período de análise, é possível trabalhar com medidas diferentes de acordo com
o resultado desejado. Sugere-se avaliar o desempenho do empreendimento ao longo de sua vida
útil, mensurando sua PH acumulada ao longo de sua existência, e preferencialmente em período
pré-determinado mais curto, como um ano. A consideração direta de toda a PH ao longo da operação
da edificação penalizaria empreendimentos com vida útil maior, o que não é adequado. Por isso, a
análise também deve ser feita para períodos pré-determinados e aplicáveis a qualquer edificação,
como por exemplo m³/AC/ano ou m³/AC/VUP (vida útil de projeto).
2.1.4 D
 efinição de padrões: categorização, agregação e
homogeneização
Conforme será abordado no item 2.2.2, há notável heterogeneidade nas nomenclaturas, pa-
drões e agregações das bases de dados de orçamento, projeto e obra no setor de edificações, o que
foi identificado pela análise de bases documentais das empresas participantes do GT, sendo isso já de
conhecimento de profissionais do ramo de longa data.
Face a isso, foram adotados procedimentos de homogeneização das nomenclaturas visando-se
o estabelecimento de padrões comuns principalmente na categorização de materiais, etapa impres-
cindível para o cálculo da PHindireta. Além da agregação de materiais, também foram definidas oito
etapas de obra, objetivando a discriminação da PH de acordo com materiais e processos referentes à
execução da fundação, estrutura, vedação etc.
A homogeneização e agrupamento deram-se pela criação de quatro categorias distintas (ETP,
TIC, MAT1 e MAT2), conforme Tabela 7. De forma sucinta, cada um deles é como segue abaixo.
• ETP: divisão de acordo com as 8 etapas de obra definidas. Tem como objetivo discriminar a
pegada hídrica por etapa de obra.
• MAT1 e MAT2: categorias para identificação de materiais em níveis mais abrangente (MAT1)
e mais detalhado (MAT2). A título de exemplo, o material “barra de aço CA-50 Ø 12,5 mm”

32
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

aparece de inúmeras formas nos orçamentos analisados, havendo variações inclusive para
obras da mesma empresa. Esse insumo foi classificado como “Aço CA-50 Ø 12,5 mm” para
MAT2 e “aço” para MAT1. Foram estabelecidas 27 categorias de MAT1 e 205 de MAT2, bus-
cando-se aliar a possibilidade de análises mais detalhadas e a simplificação na aplicação da
metodologia.

TABELA 7
Campos de agrupamento de etapa e de materiais

Descrição/
Nome Valores Se refere a
justificativa
E1 Movimentação de terra
E2 Fundação
E3 Estrutura
Etapa de obra. Divisão E4 Vedação
ETP de acordo com etapas
de obra definidas E5 Instalação predial
E6 Pavimentação e infraestrutura
E7 Revestimento (interno e externo)
E8 Cobertura
Exemplo:
- aço
Agrupamento
MAT1 abrangente de Vide Tabela 8 - concreto
materiais
- tinta
- cimento
Exemplos:
- aço CA-50 Ø 8.0 mm, aço CA-50 12.5 mm...
Agrupamento
MAT2 Vide ANEXO 1 - concreto fck 15 MPa, concreto fck 20 MPa...
detalhado de materiais
- tinta PVA, tinta acrílica...
- cimento CP-II, cimento CP-III...

A divisão dos usos de água em canteiro por etapas de obra não é exatamente uma tarefa
simples, dado que em grande parte do tempo elas ocorrem concomitantemente e não há como
atribuir precisamente a cada uma delas os volumes demandados de água. O mesmo não ocorre
no caso de materiais, já que alguns deles são essencialmente referentes a uma etapa específica
(como tintas em revestimentos ou blocos de vedação em vedação), mas principalmente porque
os orçamentos são organizados em geral já considerando a alocação de materiais por etapa,
como é o caso de separação entre o concreto a ser utilizado na fundação e o que será emprega-
do na estrutura.
A categorização completa em MAT1 e MAT2 foi realizada conforme consta no ANEXO 1. Para
MAT1, categoria mais sucinta, os valores são apresentados também na Tabela 8 abaixo.

33
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 8
Categorização em MAT1

MAT1 Quantidade de MAT2


Aço 22
Arame 2
Areia 1
Argamassa 17
Bloco cerâmico 2
Bloco de concreto 2
Cimento 5
Concreto 12
Elétrica 7
Equipamentos 3
Esquadrias 5
Ferragens 4
Formas de madeira 7
Geocomposto 1
Gesso 6
Hidráulica 33
Impermeabilização 5
Laje pré-fabricada 3
Madeira 10
Manta asfáltica 2
Monocapa 1
Outros 10
Outros sistemas 5
Pedra 8
Piso 4
Revestimento 10
Tela 6
Telha 5
Tinta 4
Vidro 3

34
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Optou-se pela separação em classes distintas de alguns materiais que, à primeira vista, po-
deriam ser agrupados na mesma categoria. Um desses casos é o de lajes pré-fabricadas de con-
creto, as quais foram incluídas em classe específica, ainda que sejam compostas basicamente por
concreto e aço. Blocos de concreto também foram separados de concreto, buscando-se melhor
compreensão das diferenças de PH principalmente entre obras de estrutura convencional e alve-
naria estrutural.

TABELA 9
Exemplos de materiais agrupados como MAT1

MAT1 Materiais incluídos

Aço de diferentes bitolas, perfis


Aço
metálicos e armação de estaca hélice
Areia Diferentes granulometrias e para quaisquer usos
Argamassa Colantes, básicas ou para rejunte; graute
Bloco cerâmico Vedação
Bloco de concreto Estrutural e vedação
Cimento CP-I, CP-II e CP-III
Concreto Usinado
Gesso Painel em drywall e gesso liso
Laje pré-fabricada Convencional ou protendida
Madeira Somente aplicada em obra, não incluindo mobiliário
Revestimento em argamassa Monocapa
Revestimentos de piso Piso cerâmico, porcelanato
Revestimentos (outros) Azulejo, ladrilho hidráulico
Pedra Brita, pedrisco
Telha Fibrocimento, sanduíche
Tintas Acrílica, esmalte, PVA
Vidro Tipos e usos diversos, como incolor, temperado

2.1.5 Simplificações adotadas


Como já explicado, houve necessidade de adoção de simplificações para que a metodologia
fosse viabilizada, o que foi baseado principalmente no conhecimento sobre as limitações de dados de
coeficientes de pegada hídrica (item 1.3) e nas características de gestão de dados hídricos por parte
das construtoras (item 2.2.2).
As principais simplificações adotadas, algumas das quais foram/serão abordadas em outros tó-
picos, seguem resumidas abaixo juntamente com suas respectivas justificativas.
• PHcinza: é prevista na estrutura de cálculo de PH, mas não será efetivamente calculada. As
componentes de PHcinza direta e indireta estão previstas na estrutura de cálculo geral da PH,

35
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

mas sua real quantificação é limitada, uma vez que os cálculos requerem dados ainda indis-
poníveis de coeficientes de pegada hídrica (CPH) de materiais para a PHobra,i,cinza, bem como
informações relativamente complexas (como conhecimento sobre a destinação dos efluen-
tes gerados em canteiro) e fora do alcance imediato de profissionais. Um dos exemplos deste
guia (item 3.6) ilustra o cálculo de PHobra,d,cinza.
• PHuso só considera usos diretos: A PHuso é, em tese, composta pelas suas parcelas direta e
indireta. A indireta, referente a materiais/insumos consumidos pelos ocupantes, possui pou-
ca ou nenhuma relação com medidas de gestão de oferta e demanda de água, tendo maior
relação com o próprio usuário do que com a edificação em si. Portanto, a PHuso só considera
sua parcela direta, ou seja, .
• PHverde não é considerada: A pegada hídrica verde é essencialmente devida a processos de
evapotranspiração e/ou incorporação direta em espécies vegetais, principalmente produ-
tos agropecuários. Tendo isso em mente, e seguindo também as práticas da literatura in-
ternacional do tema de PH para edificações, essa componente de PH não foi considerada.
• PHobra,i: se refere somente a materiais efetivamente empregados na edificação, excluindo
aqueles referentes a transporte (combustíveis veiculares) e energia elétrica. Literatura aponta
que as PH de materiais secundários podem ser consideradas irrelevantes perante as de ma-
teriais como aço e concreto.
• Pegadas hídricas referentes à água diretamente utilizada em canteiro não foram conside-
radas: A água utilizada para suprimento dos usos de canteiro é, em si, também um insumo e
requer inúmeros processos (captação, tratamento, pressurização, transporte etc., variando
de acordo com a fonte de água) para que esteja disponível. Assim, os processos e insumos
requeridos para que 10 m³ de água da concessionária, por exemplo, cheguem ao canteiro
resultam também em apropriações de recursos hídricos. No entanto, esse cômputo é extre-
mamente complexo, já que há inúmeros fatores a serem considerados, como transposição
de bacias hidrográficas, multiplicidade de sistemas produtores de água em áreas metro-
politanas, desníveis geométricos, distintos processos de tratamento aplicados de acordo
com a qualidade da água bruta dos mananciais, condições hidrogeológicas distintas, entre
outros. Portanto, neste guia considerou-se que as águas oriundas de diferentes fontes (con-
cessionária, caminhão-pipa, poço, água de chuva, reúso etc.) não possuem pegadas hídricas
referentes a seus processos de produção.
2.1.6 Implicações teóricas de destaque
A metodologia de cálculo de pegada hídrica leva a algumas implicações pouco intuitivas que po-
dem confundir o leitor. Por isso, serão melhor esclarecidas neste tópico três das principais questões
passíveis de entendimento incorreto.
Implicação 1. Práticas de conservação de água reduzem a PHazul, mas não alteram a PHcinza.
A PHazul é definida como a água “perdida” em determinado processo. Em outras palavras, sua
quantificação dá-se pela subtração dos volumes retornados (esgoto) daqueles demandados, estando
estes relacionados pelo coeficiente de retorno (“C”).
A PHcinza, por sua vez, não depende das vazões de esgoto/efluentes, e sim de sua carga. A
carga é uma relação de massa/tempo, não havendo, a priori, influência da vazão. Em engenha-
ria sanitária, considera-se, por exemplo, que cada habitante produz determinada quantidade
de matéria orgânica por dia (carga), sendo valor usual 54 gDBO/hab/dia (JORDÃO & PESSÔA,

36
A PHcinza, por sua vez, não depende das vazões de esgoto/efluentes, e sim de sua carga
é uma
GUIA relação de massa/tempo,
METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA aPARA
não havendo, priori, influência da vazão. Em en
EDIFICAÇÕES
sanitária, considera-se, por exemplo, que cada habitante produz determinada quant
matéria orgânica por dia (carga), sendo valor usual 54 gDBO/hab/dia (JORDÃO & PESSÔ
Portanto, no caso da redução de vazão de determinado efluente gerado, haverá aum
2005). Portanto, no caso da redução de vazão de determinado efluente gerado, haverá aumento
concentração
na concentração média de média de contaminantes,
contaminantes, resultando
resultando exatamente exatamente
na mesma na mesma carga, c
carga, conforme
EquaçãoEquação
1. 1.

massa massa volume Equação 1


carga [ ] = concentração [ ] × vazão [ ]
tempo volume tempo

Implicação
Implicação 2.de
2. Uso Uso de fontes
fontes alternativas
alternativas de anão
de não reduz PHazulreduz
. a PHazul.
Entende-se como fonte alternativa a fonte de água alternativa à concessionária (empresa pres-
Entende-se como fonte alternativa a fonte de água alternativa à concessionária
tadora de serviços de saneamento). A mudança de fonte de água (de convencional para alternativa)
não altera as perdas node
prestadora serviços
processo de saneamento).
de consumo A mudança
(PHazul). Por exemplo, deum
o fato de fonte de água
processo utilizar (de convencio
água de alternativa)
chuva, reúso ounão altera
potável as perdas
não altera no processo
a demandada de consumo
nem o coeficiente (PHazul
de retorno; ). Por
ou seja, nãoexemplo, o fa
há modificação das vazões perdidas no processo.
É evidente que a água proveniente do sistema municipal de abastecimento é diferente da
captada nas coberturas e tratada in loco, por exemplo. No entanto, em razão da simplificação
explicada no item anterior, considera-se neste guia que o uso de fontes de água distintas não
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente
possui influência sobre a Av.
PHAlberto
azul
. Caso se considerasse
de Oliveira que
Lima, nº144, a 05690-020,
CEP água demandada possui também
Real Parque,
pegada hídrica, o uso de fontes São Paulo
alternativas em- substituição
SP. PABX- 11à3755-9033
água da concessionária resultaria
www.infinitytech.com.br
em valores diferentes de PH.

Implicação 3. A aplicação de reúso leva a reduções de PHcinza.


A prática de reúso (ou somente de tratamento antes de descarte) impacta a PHcinza, uma vez que
esta é calculada a partir das cargas de contaminantes lançados em corpo hídrico, rede coletora ou
outro tipo de corpo receptor. No caso de reúso, parte do esgoto gerado retorna, sendo seus conta-
minantes, expressos neste guia em termos de matéria orgânica biodegradável (DBO5,20), removidos
pelo tratamento. Assim sendo, a redução de cargas de contaminantes decorrente do reúso leva a
reduções de PHcinza.

2.2 Processo participativo junto a construtoras e incorporadoras


2.2.1 Metodologia de participação
O planejamento da participação de empresas no desenvolvimento da metodologia incluiu
a formação de um Grupo de Trabalho (GT) com cinco importantes empresas atuantes no setor,
as quais compartilharam dados de 2 a 3 obras que se encaixavam no escopo deste estudo (edi-
ficações residenciais/comerciais). Os dados fornecidos serviram como subsídio para a compre-
ensão de como é realizada a gestão de água em canteiros; como são organizados os orçamentos
e quais os padrões adotados; e qual é o atual nível de gestão de informações relevantes ao
cálculo de PH.
A Tabela 10 apresenta as empresas que compuseram o GT, as obras analisadas e demais infor-
mações. De modo a facilitar a eventual publicação dos resultados deste trabalho, foram adotados
códigos identificadores para as construtoras e obras que serão adotados ao longo deste guia, conven-
ções que serão utilizadas ao longo de todo o texto.

37
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 10
Convenções adotadas para identificação de empresas do GT e obras analisadas

ID(1) empresa ID(2) obra Status ACT2 (m²)

C1 1.1 Concluída 14.715,12


C1 1.2 Concluída 9.236,77
C1 1.3 Concluída 12.132,77
C2 2.1 Concluída 18.334,89
C2 2.2 Concluída 10.841,03
C3 3.1 Concluída 21.465,94
C3 3.2 Em andamento 21.573,64
C4 4.1 Concluída 18.500,00
C4 4.2 Concluída 68.217,00
C5 5.1 Concluída 26.822,44
C5 5.2 Em andamento 20.368,65

ID: código identificador


ACT: área construída total

A realização de workshops, visitas às empresas, criação e disponibilização da FPHedif, entre outros,


não foram simplesmente atividades arbitrárias, e sim elementos dentro de um processo planejado
no qual se buscou manter constante engajamento dos atores para discussão, difusão dos aprendiza-
dos e obtenção de feedbacks e de sugestões de melhoria. Pode-se dizer, então, que além da própria
metodologia de cálculo de pegada hídrica, desenvolveu-se e aplicou-se outra dedicada ao estímulo à
participação e engajamento dos integrantes do GT, com os seguintes principais objetivos específicos:

Ferramenta de cálculo de PH
Conforme será detalhado no item 2.2.4, um dos principais instrumentos de otimização da
participação das empresas no desenvolvimento foi a criação de uma ferramenta digital deno-
minada Ferramenta de cálculo de Pegada Hídrica para Edificações, a FPHedif.

• buscar maior aderência da metodologia de cálculo à realidade do mercado de edificações;


• incluir as impressões, opiniões e sugestões de atores inseridos no mercado, levando em con-
sideração seus conhecimentos específicos sobre edificações e, ao mesmo tempo, as debilida-
des em relação a assuntos referentes a recursos hídricos e saneamento básico;
• promover engajamento durante o processo de elaboração, de modo que, finalizados os tra-
balhos, os participantes do GT se tornem agentes difusores dos aprendizados e resultados
obtidos.

38
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Foram previstos diversos momentos de feedback para retroalimentação dos conteúdos em de-
senvolvimento e melhoria continuada ao longo do processo, conforme ilustrado abaixo.

FIGURA 10
Pontos de feedback do GT previstos na metodologia de participação

2.2.2 Bases documentais e visão geral sobre ações em prol da água


A compreensão das bases documentais e do atual estado de gestão de dados hídricos foi um dos
principais elementos no desenvolvimento da metodologia, uma vez que se deseja que esta seja não
só coerente com as premissas da WFN, mas também aderente à realidade do setor de edificações
brasileiros.
A partir da análise dos arquivos cedidos pelo GT, vê-se que as empresas possuem diferentes ní-
veis de organização e gestão de dados sobre água em suas obras, o que obviamente implica em maio-
res ou menores possibilidades de extração de informações a partir dos arquivos disponibilizados.
Algumas já adotam práticas avançadas e planejam otimizá-las para os próximos empreendimentos,
enquanto outras estão ainda em estágio incipiente em relação à gestão hídrica.
A Tabela 11 sintetiza a visão geral sobre as informações disponibilizadas, bem como as políticas
referentes à gestão de água que puderam ser depreendidas das visitas às construtoras e da avaliação
da documentação cedida.

39
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 11
Avaliação geral das bases documentais fornecidas pelo GT e do nível de
gestão de informações sobre água das empresas

Item C1 C2 C3 C4 C5

Orçamento de obra completo Sim Sim Sim Sim Sim


Curva ABC de custos Sim Sim Sim Sim Sim
Informações sobre a
infraestrutura do canteiro no
que se refere a água (metais Sim Sim Sim Sim Sim
hidrossanitários, fontes
alternativas etc.)
Controle mensal dos usos de
Sim Sim Sim Sim Sim
água no canteiro
Não, mas há
Medição setorizada: instalação
previsão de
de múltiplos hidrômetros Não, mas há Não, mas há
Sim, em instalação
para medição de diferentes previsão de previsão de Não
estágio piloto em todos
demandas nos canteiros instalação instalação
os próximos
(torre, barracão, escritório...)
canteiros
Medição de vazão dos Sim, em
Não Não Não Não
efluentes gerados no canteiro estágio piloto

Controle de qualidade dos Sim, em


Não Não Não Não
efluentes gerados no canteiro estágio piloto

Auditoria contínua dos dados


hídricos apresentados em obra
Não Não Não Não Sim
através de dados dos demais
setores

Controle do
Sim Sim Sim Sim Sim
efetivo médio mensal

Informação sobre a evolução


Sim Sim Não Não Sim
física da obra (%/mês)
Apontamento de quais
as etapas principais
(movimentação de terra, Sim Sim Sim Sim Sim
fundação, estrutura etc.)
estão em execução mês a mês
Cálculo de indicador de uso
de água em função de área Sim Sim Não Sim Sim
(m³/m²)

Estabelecimento de meta Não. Controle é Sim. Metas são


do indicador em m³/m² para realizado, mas Não Não Não estipuladas por
gestão das obras não há meta etapa de obra

Facilidade na utilização
das bases de dados Alta Média Média Média Alta
disponibilizadas

Avaliação geral do nível de


gestão de água da empresa Alto Baixo Regular Regular Muito alto
em suas obras

40
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

As construtoras utilizam padrões muito distintos entre si para organizar informações, haven-
do também variações significativas entre obras da mesma empresa. Em termos de apresentação
de dados, a maior heterogeneidade se refere aos orçamentos das obras, sendo este tipo de docu-
mento essencial para a compreensão das dinâmicas previstas em cada empreendimento. Diante
disso, foi necessário recategorizar os dados apresentados pelo GT, de forma a possibilitar compa-
ração equalizada entre as diferentes obras e, por consequência, a futura elaboração de inventário
de pegada hídrica.
O monitoramento interno da obra sobre os usos dos recursos hídricos apresenta-se como
uma tendência de mercado, visto que medidas como medição setorizada vêm sendo estudadas e
realizadas em escala piloto pelas construtoras. Tal organização de dados apresenta-se não somen-
te como uma maneira de tornar as atividades de canteiro mais sustentáveis, mas também facilita
a definição e priorização de ações de gestão. Além da coleta e estruturação, uma prática que des-
ponta como tendência é a auditoria contínua de dados referentes à gestão de recursos hídricos,
aumentando o grau de confiabilidade das bases estruturadas pelas construtoras.
Mesmo assim, hoje ainda são muito raros os casos onde há monitoramento da alocação de
água dentro do canteiro (ou seja, utilização de medição setorizada), não havendo assim possibili-
dade de compreensão detalhada do ciclo da água e tampouco da geração de efluentes. Em termos
qualitativos, são praticamente inexistentes práticas de realização de análises de qualidade dos
efluentes gerados.
Na prática de mercado, constata-se que normalmente são realizadas estimativas de uso de
água e geração de efluentes em orçamento a partir do histórico de obras, não havendo discri-
minação por uso específico em canteiro (sanitários, refeitório, preparação de material, limpeza
etc.). Em geral, o único detalhamento de dados realizado é entre fontes de água (concessioná-
ria, caminhão-pipa ou poços). Contudo, o monitoramento de fontes alternativas não potáveis
(água de chuva, reúso, água de rebaixamento de lençol freático) geralmente não ocorre durante
a obra, havendo uso de água sem adequada contabilização dos volumes. Além disso, o moni-
toramento dos dados usualmente não é atrelado a metas de consumo a serem englobadas na
gestão do empreendimento.
2.2.3 Gestão de água em canteiros: valores e indicadores
As demandas diretas de água em canteiro – ou, de maneira muito simplista, as “contas de
água” – não são exatamente a PHazul, diferenciação muito importante e já destacada neste guia.
Ainda assim, os autores consideraram importante compreender os volumes de água utilizados para
suprir as demandas de canteiro, justamente porque há certa proporcionalidade entre as demandas
totais e a PHazul e também porque atualmente indicadores de eficiência de uso de água em canteiro
(como os previsto no PBQP-H4) utilizam esse tipo de mensuração. Além disso, a compreensão de
indicadores de uso em canteiro permite que sejam realizadas estimativas de demanda para obras
ainda em fase de concepção.
Visando a abordar esse importante tema, este tópico traz informações depreendidas das bases
documentais das empresas do GT, adotando as convenções abaixo na identificação das variáveis ana-
lisadas. Como as contabilizações de demanda de água ocorrem por padrão mensalmente, o período
padrão adotado foi o mês.

4 PBQP-H: Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat.

41
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

• DT: demanda total. Somatório da oferta de água de todas as fontes (e consequentemente


das demandas, assumindo-se que toda água retirada é utilizada para suprimento destas),
como concessionária, poços, caminhão-pipa, água de chuva, reúso etc. Unidade: m³/mês.
• DPA: demanda por área. Razão entre os volumes demandados (DT) e a área construída total
(ACT) em determinado período. Unidade: m³/m².
• DPC: demanda per capita. Razão entre os volumes demandados (DT) e o efetivo médio em
canteiro. Unidade: m³/func/mês.
• ACT: área construída total. Unidade: m².
De modo que fosse possível o cálculo mês a mês do DPA, utilizou-se procedimento já ado-
tado por algumas empresas: a consideração de ACT proporcional por mês em função da porcen-
tagem executada da obra. Em outras palavras, a multiplicação da ACT do empreendimento pela
porcentagem mensal de andamento físico resulta em valor, em área, que representa simbolica-
mente a evolução da obra. É evidente que esse número não é a área efetivamente construída no
período analisado, e sim um recurso útil e lógico que pode ser adotado para acompanhamento
do DPA ao longo da obra. A título de exemplo, uma obra com ACT = 10.000 m² teria, para um mês
em que se observou 2,5% de evolução física, acréscimo de 250 m². Vale reforçar que, conforme se
notou em discussões junto ao GT, as empresas adotam métodos de mensuração de evolução física
ligeiramente distintos, mas que, em geral, adotam os mesmos procedimentos.
A maioria das empresas apresenta acompanhamento detalhado dos materiais e serviços rea-
lizados em obra, especificamente com relação a custos, ao número de trabalhadores empregados
e a influência destas atividades sobre a evolução global da obra. Especificamente sobre os recursos
hídricos, é usual que ocorra controle sobre os volumes totais de água demandados, seja da conces-
sionária, caminhão-pipa, poços ou fontes alternativas.
Até recentemente, o SiAC5 previa a necessidade de monitoramento do aqui denominado
indicador de uso de água per capita (DPC, medido em m³/func.mês), o qual foi substituído pelo
uso de água por área total construída (DPA, medido em m³/m²). Contudo, ainda que o SiAC 2018
estabeleça monitoramento do DPA, não são determinadas metas, cabendo hoje às próprias
construtoras fazê-lo. As empresas vêm adotando valores com base na própria experiência ou
em literatura internacional, evidenciando a carência de referências nacionais e abrangentes
sobre o tema.
De forma a agregar a análise de demanda e da geração de efluentes, o consumo por funcionário
(DPC), ainda que não seja mais exigido pelo PBQP-H, pode ainda ser utilizado como indicador para as
obras que apresentam controle do efetivo mês a mês, mas que não apresentam controle direto da
alocação de recursos hídricos em canteiro.
A Figura 11 e a Tabela 12 a seguir apresentam valores de DT, DPA e DPC para as obras do GT.

5 SiAC: Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras.

42
De forma a agregar a análise de demanda e da geração de efluentes, o consumo por funcionário
(DPC), ainda que não seja mais exigido pelo PBQP-H, pode ainda ser utilizado como indicador
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
para as obras que apresentam controle do efetivo mês a mês, mas que não apresentam controle
direto da alocação de recursos hídricos em canteiro.

A Figura 11 e a Tabela 12 a seguir apresentam valores


FIGURA 11 de DT, DPA e DPC para as obras do GT>
Relação entre demanda total (DT) e por área (DPA) para o GT
16.000 0,60

14.000
0,50
12.000
0,40

DPA (m³/m²)
10.000
DT (m³)

8.000 0,30

6.000
0,20
4.000
0,10
2.000

0 0,00
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1
Obra

DT (m³) DPA (m³/m²) Média DPA

Figura 11. Relação entre demanda total (DT) e por área (DPA) para o GT

Tabela 12. Principais informações e indicadores (DT, DPA e DPC) das obras analisadas
TABELA 12
ID obra DTinformações
Principais (m³) ACT (m²)
e indicadores DPA
(DT, (m³/m²)
DPA e DPC) das DPC
obras(m³/func.mês)
analisadas
1.1 4.663 14.715,1 0,32 1,91
1.2ID obra 1.671 DT (m³) ACT (m²)
9.236,8 DPA (m³/m²)
0,18 DPC (m³/func.mês)
2,53
1.3 1.1 5.2524.663 12.132,8
14.715,1 0,43 0,32 (1)
1,91
2.1 2.726 18.334,9 0,15 1,43
1.2 1.671 9.236,8 0,18 2,53
2.2 928 10.841,0 0,09 1,31
1.3 5.252 12.132,8 0,43 (1)
3.1 2.105 21.465,9 0,10 1,22
4.1 2.1 4.3352.726 18.334,9
18.500,0 0,23 0,15 3,18 1,43
4.2 2.2 12.572928 68.217,0
10.841,0 0,18 0,09 2,57 1,31
5.1 3.1 14.485
2.105 26.822,4
21.465,9 0,54 0,10 1,72 1,22
Média4.1
5.4154.335
22.252
18.500,0
0,25 0,23 1,98 3,18
DesvPad - - 0,15 0,71
4.2 12.572 68.217,0 0,18 2,57
(1) Efetivo da obra não informado.
5.1 14.485 26.822,4 0,54 1,72
A DPA média observada é de 0,25 m³/m², havendo valores superiores a 0,50 m³/m² e outros
Média 5.415 22.252 0,25 1,98
inferiores 0,10 m³/m². Destaca-se que edificações de maior área construída total (ACT) não
DesvPad - - 0,15 0,71
necessariamente apresentam maior DPA, como é o caso da comparação entre os
(1) Efetivo da obra não informado.
empreendimentos 1.3 e 4.2. Já em relação a DPC, a média é de 1,98 m³/func/mês, havendo
menor dispersão dos valores em relação à média quando em comparação ao DPA.

Avaliando-se DT em função de ACT, ou DT = f(ACT), paralelamente ao DPA (representado pela


área das bolhas), chega-se ao gráfico ilustrado na Figura 12, no qual se verifica que a maior

43
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 40
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

A DPA média observada é de 0,25 m³/m², havendo valores superiores a 0,50 m³/m² e outros
inferiores 0,10 m³/m². Destaca-se que edificações de maior área construída total (ACT) não neces-
sariamente apresentam maior DPA, como é o caso da comparação entre os empreendimentos 1.3 e
4.2. Já em relação a DPC, a média é de 1,98 m³/func/mês, havendo menor dispersão dos valores em
relação à média quando em comparação ao DPA.
Data: out-19 | Revisão: 00
Avaliando-se
Cliente: DT Guia
PNUD | Projeto: em função de ACT,
Metodológico ou DT = f(ACT),
Caixa/SindusCon-SP paralelamente
| Etapa: ao DPA
Etapa 06 – Produto 09(representado
(RT06) pela área
das bolhas), chega-se ao gráfico ilustrado na Figura 12, no qual se verifica que a maior parte das obras ana-
lisadas possui
parte das de, aprox.,
obras 9.000possui
analisadas a 22.000
de,m²aprox.,
de ACT,9.000
com DT de até 5.500
a 22.000 m² de m³ACT,
e DPAcom
médio
DTdede0,25
atém³/m².
5.500
m³ e DPA médio de 0,25 m³/m².
25
FIGURA 12
Gráfico de DT em função de ACT (DPA representado pelaSteel
área de bolhas)Concrete
Other metals Ceramics
DT = f(ACT) Carpet Glass
Fiberglass batts Plasterboard
20 16.000 Plastic 4.2 Paint
Timber products
0,18 Direct water
14.000
5.1
12.000 0,54
15
10.000
m³/m²
DT (m³)

8.000 1.3 1.1


10 0,43 0,32
6.000 4.1
0,23
4.000 2.1
0,15
5
2.000 1.2 2.2 3.1
0,18 0,09 0,10
0
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000
0
ACT (m²)
NRCS 1

NRCS 2

NRCS 3

NRCS 4

NRCS 5

NRCS 6

NRCS 7

NRCS 8

NRCS 9

NRCS 10

NRCS 11

NRCS 12

NRCS 13

NRCS 14

NRCS 15

NRCS 16

NRCS 17
DPA (m³/m²)

Figura 12. Gráfico de DT em função de ACT (DPA representado pela área de bolhas)
Empreendimento
Para as obras cuja evolução física foi fornecida, foi possível cálculo de DPA mês a mês, conforme
Figura
ilustrado 5nos gráficos abaixo. Observa-se que o monitoramento mensal das informações também
Para as obras cuja evolução física foi fornecida, foi possível cálculo de DPA mês a mês, conforme
pode
NOTA:contribuir
ilustrado em com amudar
nos“fonte”,
gráficos gestão deObserva-se
de
abaixo. recursos hídricos
“McCormack et o
que na obra, para
evidenciando
al.monitoramento
(2007)” mensalvariações
“adaptado e padrões
de McCormack
das informações em seu
ettambém
comportamento.
al. (2007)”
pode contribuir com a gestão de recursos hídricos na obra, evidenciando variações e padrões
em seu comportamento.
FIGURA 13
Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.1
1,90
400 2,0
350 1,8
1,6
Demanda (m³/mês)

300
1,4
250 1,2
m³/m²

200 1,0
150 0,60 0,8
0,41 0,340,30
0,42
0,350,29 0,34 0,350,39
0,42 0,6
100 0,280,270,33 0,270,26
0,19 0,200,24 0,4
0,150,14 0,16 0,16 0,13 0,12 0,15
50 0,000,00 0,000,00 0,2
0 0,0
set/13

jan/14
fev/14

jun/14

set/14

jan/15
fev/15

jun/15

set/15

jan/16
fev/16
out/13

out/14

out/15
nov/13
dez/13

mai/14

nov/14
dez/14

mai/15

nov/15
dez/15
ago/13

mar/14

jul/14
ago/14

mar/15

jul/15
ago/15
abr/14

abr/15

Etapa

DT (m³) DPA (m³/m²)


Figura 13. Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.1
Figura 13

44
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Data: out-19 | Revisão: 00


Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente:
Data: PNUD
out-19
Cliente: PNUD || Projeto:
| Revisão: 00Guia
Projeto: Guia Metodológico
Metodológico Caixa/SindusCon-SP Etapa: Etapa
Caixa/SindusCon-SP || Etapa: Etapa 06
06 –– Produto
Produto 09
09 (RT06)
(RT06)
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA 14
Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.2

Figura
Figura 14.
14. Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra
obra 1.2
1.2
Figura 14. Evolução de DTFIGURA
e DPA mensais
15 ao longo da obra 1.2
Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.3

Figura 15.
Figura 15. Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra
obra 1.3
1.3
Figura 15. Evolução de DTFIGURA 16
e DPA mensais ao longo da obra 1.3
Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 5.1

Figura 16.
Figura 16. Evolução
Evolução de
de DT
DT ee DPA
DPA mensais
mensais ao
ao longo
longo da
da obra
obra 5.1
5.1
Figura 16. Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 5.1

45
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 42
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Ainda que possuam diferenças substanciais, as obras apresentam comportamentos similares


no que se refere ao DPA e à DT. Em geral, a evolução física de obras é mais lenta no início e final na
empreitada, sendo maior durante os meses intermediários. Por esse motivo, curvas de evolução físi-
ca são geralmente denominadas curvas “S”. As demandas de água acompanham esse padrão, o que
pode ser observado pela significativa manutenção dos valores de DPA ao longo do tempo. Contudo,
nos últimos meses observa-se aumento substancial do DPA, principalmente por conta da manuten-
ção dos usos de água (limpezas, testes de estanqueidade etc.) aliada à baixa evolução física da obra.
A partir deste panorama, é possível perceber como o monitoramento de processos, a coleta e
organização de dados são essenciais para a gestão eficiente de recursos hídricos. Além de contribuí-
rem para cada obra individualmente, o acompanhamento do uso da água e da geração de efluentes
em canteiro são a base para indicadores que refletem a sustentabilidade dos processos utilizados na
construção civil como um todo.
2.2.4 Avaliação por curvas ABC de custos e de PH de materiais
2.2.4.1 Curva ABC de custos
Realizada a homogeneização e categorização dos materiais, as curvas ABC de cada um dos em-
preendimentos foram traçadas. Como esperado, há variação significativa da participação dos materiais
no orçamento de acordo com cada obra, seja por conta da adoção de diferentes métodos construtivos
ou tipologias de edificação. Os gráficos a seguir (Figura 17 e Figura 18) apresentam as participações de
acordo com categorização MAT1 para cada obra, os valores médios, desvio padrão e máx/mín.
Ressalta-se que as contribuições médias dos materiais são compostas tanto por valores diretos de
custo fornecidos quanto por porcentagens de participação dos materiais dentro do orçamento. Con-
tudo, a natureza dos dados não afeta a intenção do levantamento das curvas ABC de custos proposta
neste estudo, que se resume a identificar os materiais prioritários para o cálculo de PH. Além disso,
nota-se que há um pequeno desvio na composição da média das obras (< 5%), uma vez que a média das
porcentagens relativas não é necessariamente igual à proporção dos custos médios de cada material.
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA 17
Participação média no orçamento, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
25,0%
Participação no orçamento

20,0%

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%
Piso

Vidro

Tela
Madeira
Aço

Revestimento

Areia

Ferragens
Outros

Bloco de concreto

Gesso

Formas de madeira

Telha
Elétrica

Tinta

Bloco cerâmico

Não é material
Esquadrias

Argamassa

Cimento

Equipamentos

Pedra
Hidráulica

Monocapa

Geocomposto
Manta asfáltica

Arame
Concreto

Laje pré-fabricada

Impermeabilização

Outros sistemas

%Média Mín Máx

Figura 17. Participação média no orçamento, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1

100,0%
no orçamento

90,0%
80,0%
46 70,0%
60,0%
Não é materia
Outro

Equipamento
Esquadria

Ferragen
Outros sistema
Tint

Tel

Telh
Ciment

Madeir

Aram
Geocompost
Elétric

Argamass

Arei
Pedr
Hidráulic

Formas de madeir
Concret

Revestiment

Pis

Monocap

Vidr

Manta asfáltic

Bloco de concret

Gess

Laje pré-fabricad

Bloco cerâmic

Impermeabilizaçã
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

%Média Mín Máx

Figura 17. Participação média no orçamento, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
FIGURA 18
Curva ABC de custos média por MAT1
100,0%
Participação acumulada no orçamento

90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%

Vidro

Tela
Gesso
Piso

Madeira

Areia

Telha

Ferragens
Aço
Outros

Bloco de concreto

Revestimento

Formas de madeira

Bloco cerâmico
Tinta

Pedra

Não é material
Esquadrias

Monocapa

Equipamentos

Geocomposto
Hidráulica

Elétrica

Argamassa

Cimento

Arame
Concreto

Impermeabilização

Manta asfáltica
Outros sistemas
Laje pré-fabricada

Figura 18. Curva ABC de custos média por MAT1

Conforme
Conforme esperado,
esperado, materiais
materiais comocomo concreto,
concreto, aço,
aço, esquadrias,blocos,
esquadrias, blocos,argamassa,
argamassa,tinta
tinta ee gesso
gesso
possuem pesos relevantes nos orçamentos, correspondendo a mais de 50% do
possuem pesos relevantes nos orçamentos, correspondendo a mais de 50% do total em total em média. So-
média.
mente concreto
Somente e aço
concreto juntos
e aço representam
juntos entreentre
representam 20 e 40%
20 edos
40%custos totais totais
dos custos das obras.
das obras.
Os sistemas prediais hidráulico e elétrico também possuem grande participação, sendo, em
Os sistemas prediais hidráulico e elétrico também possuem grande participação, sendo, em
média, cerca de 20% do total. Essas categorias possuem característica bastante específica, dado que,
média, cerca de 20% do total. Essas categorias possuem característica bastante específica, dado
em geral,
que, seus custos
em geral, são apresentados
seus custos como “verba”
são apresentados ou “empreitada”
como “verba” global, ou global,
ou “empreitada” seja, nãoouháseja,
dis-
criminação
não por material.por
há discriminação Em material.
outras palavras, somente
Em outras pelos orçamentos
palavras, não é possível
somente pelos orçamentosdeterminar
não é
a PH desses sistemas, dado que não são apresentadas quantidades de tubulações,
possível determinar a PH desses sistemas, dado que não são apresentadas quantidades depeças e conexões
hidráulicas, metais
tubulações, peças hidrossanitários, fiações etc.metais
e conexões hidráulicas, Isso possui implicações diretas
hidrossanitários, fiaçõesnaetc.
metodologia de
Isso possui
cálculo de PH,diretas
implicações como será detalhado nodeitem
na metodologia 2.2.4.2.
cálculo de PH, como será detalhado no item 2.2.4.2.
É necessário compreender que o detalhamento dos materiais para estudo de sua pegada hídrica
pode ter como diretrizes aqueles com maior contribuição orçamentaria, mas que cada obra exige
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 44
uma avaliação própria de cálculo de pegada hídrica devido à alta variabilidade no perfil de contribui-
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
ção dos materiais.
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
A categorização dos materiais empregados nas obras possibilitou equiparar diferentes orçamen-
tos e, assim, traçar a curva ABC de cada empresa participante do GT considerando os dados forne-
cidos individualmente. Esta etapa exige como informações de entrada os materiais empregados em
obra, seus quantitativos e preços, sendo este último dado expresso por valores unitários, globais ou
percentuais de participação no orçamento total.
2.2.4.2 Curva ABC de PH
Considerando informações de literatura relativas aos coeficientes de PH dos materiais, é possí-
vel traçar a curva ABC de pegada hídrica a partir dos dados de consumo dos materiais nos empreen-

47
dados fornecidos individualmente. Esta etapa exige como informações de entrada os materiais
empregadosGUIAem obra, seus quantitativos e preços, sendo este último dado expresso por valores
METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
unitários, globais ou percentuais de participação no orçamento total.

Curva ABC de PH
dimentos. É necessário apontar que os materiais cujos dados foram obtidos da literatura disponível
Considerando informações de literatura relativas aos coeficientes de PH dos materiais, é
são:traçar
possível aço, areia, argamassa,
a curva ABC debloco cerâmico,
pegada bloco
hídrica de concreto,
a partir cimento,
dos dados concreto, dos
de consumo gesso, laje pré-fa-
materiais nos
bricada, madeira,Épisos,
empreendimentos. revestimentos,
necessário rocha
apontar (diversos
que formatos),cujos
os materiais telha, tinta
dadose vidro.
foramOs coeficientes
obtidos da
de PH disponível
literatura são apresentados no ANEXO
são: aço, areia,1.argamassa, bloco cerâmico, bloco de concreto, cimento,
concreto, gesso, laje pré-fabricada, madeira, pisos, revestimentos, rocha (diversos formatos),
telha, tinta e vidro. Os coeficientes de PH são FIGURA 19
apresentados no ANEXO 1.
Participação média da PH, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
60,0%

50,0%

40,0%
%PH

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%

%Média Máxima Mínima

Figura
Data: out-19 | Revisão: 00 19. Participação média da PH, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA| 20
Curva ABC de PH média por MAT1

100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
%PH

50,0%
40,0%
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 45
30,0%Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
20,0%Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
10,0%www.infinitytech.com.br
0,0%

Figura 20. Curva ABC de PH média por MAT1

Os mesmos dados do gráfico acima constam na tabela a seguir.


48
Tabela 13. Contribuição dos materiais para a pegada hídrica das obras do GT
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Os mesmos dados do gráfico acima constam na tabela a seguir.

TABELA 13
Contribuição dos materiais para a pegada hídrica das obras do GT

MAT1 % média % média acum.

Concreto 42,6% 42,6%

Aço 40,5% 83,0%

Bloco de concreto 4,0% 87,1%

Laje pré-fabricada 3,4% 90,5%

Elétrica 2,3% 92,8%

Argamassa 1,9% 94,7%

Hidráulica 1,3% 95,9%

Tela 1,2% 97,2%

Bloco cerâmico 0,8% 98,0%

Cimento 0,8% 98,8%

Revestimento 0,3% 99,1%

Formas de madeira 0,3% 99,4%

Piso 0,2% 99,7%

Gesso 0,1% 99,8%

Tinta 0,1% 99,9%

Pedra 0,1% 99,9%

Madeira 0,0% 100,0%

Monocapa 0,0% 100,0%

Areia 0,0% 100,0%

Como esperado6, materiais como concreto e aço detêm as parcelas mais relevantes de pegada
hídrica, chegando a 83% de toda a PH de materiais da obra. Isso indica sua relevância no que se refere
a impactos sobre os recursos hídricos e aponta para a necessidade de melhor compreensão sobre
suas cadeias produtivas.

6 Conforme apontado pela literatura especializada internacional.

49
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

2.2.5 Ferramenta de Cálculo de Pegada Hídrica para Edificações


(FPHedif)
A sintetização e aplicação prática dos procedimentos definidos para cálculo da pegada hídrica
foram consolidados na Ferramenta de Cálculo de Pegada Hídrica para Edificações (FPHedif), um arqui-
vo em MS Excel automático e autoexplicativo voltado ao uso dos participantes do GT para interação
prática com a metodologia. A FPHedif realiza os cálculos de PH de acordo com as definições metodo-
lógicas estabelecidas neste guia a partir de dados de entrada a serem inseridos pelo usuário, com
consolidação dos resultados em relatórios automáticos. Seu principal objetivo era instrumentalizar
a realização de testes de metodologia, permitindo que todos os participantes do GT realizassem os
cálculos de PH a partir das mesmas premissas e definições.
A ferramenta possui seis seções principais, percorrendo os conceitos utilizados para sua elabo-
ração, a forma de processamento de dados, instruções de uso e, por fim, o cálculo da pegada hídrica
e apresentação de relatórios.
Como será abordado no item 4, a FPHedif prevê duas possibilidades de cálculo da PHobra: análise
rápida e análise detalhada. A análise simples utiliza informações básicas e não considera todos os
tipos de PH (não contempla da PHcinza) e tem como objetivo permitir cálculos expeditos e gerais; a
detalhada já contempla divisão por etapa de obra, acompanhamentos mensais das demandas de
água e as condições de geração e disposição final de efluentes. A Tabela 14 resume as principais
características das duas possibilidades de cálculo.

TABELA 14
Características da análise simples e da análise detalhada de PH na FPHedif

Assunto Análise rápida Análise detalhada

Divisão por
Não contempla Divisão em oito etapas (ver item 2.1.4)
etapa de obra

Medidas de conservação de recursos hídricos


adotadas em canteiro
Duração total da obra
Efetivo médio mensal Jornada mensal média
Duração da obra Coeficientes de retorno (Csan e Cproc)
PHobra,d Jornada mensal média Demanda mensal por fonte (concessionária,
Demanda total de água no caminhão-pipa, poço)
canteiro Evolução física mensal
Efetivo mensal
Etapa de obra predominante mês a mês
Usos sanitários

Materiais empregados
Materiais empregados no nível de detalhamento
PHobra,i no nível de detalhamento MAT1
MAT2 (ver item 2.1.4)
(ver item 2.1.4)

PHcinza,d Não calculada Dados sobre tratamento e lançamento de efluentes

A adoção dessas duas possibilidades teve como objetivo responder a duas principais perguntas:

50
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

• Conhecidas as dificuldades na organização de dados por parte das empresas, qual seria a
adesão à realização da análise detalhada?
• Os resultados globais da análise rápida e da detalhada são parecidos? Como a análise rápida
utiliza valores médios dos materiais (ou seja, em nível MAT1 utiliza-se a média dos CPH de
MAT2), qual é o nível de desvio dos resultados?
A elaboração da FPHedif foi realizada tendo como base:
• ferramentas já consolidadas na área de gestão de recursos hídricos, como a Global Water Tool
(GWT), Local Water Tool (LWT) e Aqua Gauge, estudadas;
• a estrutura do guia metodológico definida e apresentada ao GT durante as discussões nos
workshops;
• bases documentais obtidas junto às empresas nas visitas e contatos posteriores;
• discussões prévias já realizadas junto a participantes do GT.
Abaixo seguem capturas de tela que ilustram a interface da FPHedif, com exemplos das telas de
instrução, inserção de dados e de relatórios automáticos gerados.
Uma versão preliminar da FPHedif foi elaborada, sendo apresentada e discutida com o GT
juntamente com a estrutura preliminar do guia. No workshop de discussão foi possível já captar
sugestões e sanar dúvidas referentes à metodologia e à ferramenta, sendo realizados os devidos
ajustes para prosseguimento das atividades. Após a finalização do relatório de estrutura geral do
guia, uma versão atualizada da FPHedif foi disponibilizada ao GT para que cada empresa realizasse
os devidos testes e submetesse os resultados à Infinitytech. De maneira a prover adequado su-
porte à utilização da ferramenta, forneceu-se também material de apoio (manual) e assistência
remota via calls para esclarecimento de dúvidas e orientações gerais. Para recebimento estru-
turado dos feedbacks, foram criados formulários online para que os participantes submetessem
seus comentários7.

7 Apesar da disponibilização de endereço online para realização de comentários, algumasempresas prefeririam fazê-lo
nos próprios calls ou via e-mail, o que não resultou em problemas.

51
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

FIGURA 21
Capturas de tela da FPHedif

52
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Resumidamente, os passos tomados para otimização da etapa de realização de testes foram:


1. Apresentação de versão preliminar da FPHedif conjuntamente com a estrutura geral do guia,
buscando-se familiarizar os participantes com os principais conceitos e procedimentos de
cálculo e lhes apresentar as principais funcionalidades da ferramenta.
2. Finalização do relatório com a estrutura geral do guia e aprimoramento da FPHedif com base
nas discussões do WS2.
3. Criação de formulários para recebimento de feedback.
4. Envio da FPHedif juntamente com manual de utilização da ferramenta.
• Solicitou-se que os participantes preenchessem a FPHedif com dados referentes às obras cujas
informações haviam sido cedidas no início das atividades do GT.
• O manual enviado apresentava instruções objetivas de quais são as funcionalidades da FPHedif e
como utilizá-las de forma correta.
• Foram enviados às empresas dois arquivos da FPHedif: um deles totalmente “em branco” e outro
preenchido com valores arbitrários que tinha como intuito servir de modelo.
5. Realização de calls e assistência remota para orientação no uso da ferramenta, esclareci-
mento de dúvidas e breve discussão dos resultados.
A partir desse processo, os participantes do GT realizaram o cálculo de PH de suas obras e os
submeteram à Infinitytech. Os resultados oriundos do uso da FPHedif serão abordados no item 4.

53
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

3. R OTEIRO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA


PARA EDIFICAÇÕES
A partir dos itens anteriores, chega-se à pergunta: “quais são os exatos procedimentos de cál-
culo da pegada hídrica de uma edificação?” Este tópico é um passo-a-passo detalhado, e ainda assim
objetivo, de como se chegar aos valores de PH de uma edificação a partir das adaptações e definições
já apresentadas no item 2, sendo um resumo prático da metodologia objeto deste manual.
A Figura 22 abaixo ilustra visão geral do fluxo dos procedimentos de cálculo que serão explica-
dos a seguir.

FIGURA 22
Diagrama ilustrativo da lógica de entrada, processamento e saída de dados

3.1 Levantamento de dados


O primeiro e indispensável passo para a determinação da PH é a coleta, análise e processamen-
to dos dados necessários à sua contabilização. Ainda que essa tarefa aparente ser relativamente sim-
ples, algumas condições e práticas inadequadas podem torná-la muito complicada, comprometendo
a qualidade dos dados e, consequentemente, da determinação da PH.
É fundamental a manutenção de registros permanentes e atualizados das informações relativas
à gestão de recursos hídricos, seja para a gestão de água em canteiro ou para a avaliação de pegada
hídrica. No caso da pegada hídrica, é necessário o acompanhamento de dados ao longo de toda a
vida útil do empreendimento, observando usos diretos e indiretos. Conforme tratado no item 1.4,
a avaliação de PH contempla a PHobra e PHuso, estando estas subdividas em PHdireta, PHindireta8, PHazul e
PHcinza, e o cálculo de cada uma dessas componentes requer utilização de grupos distintos de infor-
mações, conforme apresenta a Tabela 15.

8 PHindireta somente no caso de PHobra.

54
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 15
Variáveis de interesse para PH

Pegada hídrica Informação Onde a obter


Duração da obra Controle de obra

Efetivo médio mensal Controle de obra

Demanda de água total (Qdem),


PHobra,d,azul demanda para usos sanitários (Qsan)
e demanda para processos (Qproc). Literatura, medições in loco
Qsan e Qproc podem ser medidas ou
estimadas por meio de “C”.

Coeficientes de retorno (C) Literatura, medições in loco


PHobra,d
Carga de contaminante gerada Literatura, medições
(Cargager) /análises in loco
Eficiência de medidas de Literatura, memoriais
tratamento (E) e porcentagem de descritivos de projeto, medições/
PHobra PHobra,d,cinza efluente tratada (%trat) análises in loco
Concentrações máxima permitida
e inicial do contaminante no corpo Literatura, legislações, medições
receptor/ponto de lançamento in loco
(Cmáx e Co, respectivamente)
Quantitativos dos Orçamentos, sistema
materiais empregados de controle de compras
PHobra,i,azul
Coeficiente de pegada hídrica azul Literatura ou diretamente com
de materiais fabricantes/fornecedores (ver 0)
PHobra,i
Quantitativos dos materiais Orçamentos, sistema de controle
empregados de compras
PHobra,i,cinza
Coeficiente de pegada hídrica Literatura ou diretamente com
cinza de materiais fabricantes/fornecedores (ver 0)
Tipos e quantitativos de
Informações sobre o produto
agente consumidor (morador,
(edificação)
funcionário, visitante etc.)

PHd,azul Informações sobre o produto


(edificação), literatura, estimativas
Demandas de água per capita realizadas pelo projeto de
hidráulica e por estudos de
redução de uso de água

PHuso Carga de contaminante gerada Literatura, medições/


(Cargager) análises in loco
Eficiência de medidas de Literatura, memoriais
tratamento (E) e porcentagem de descritivos de projeto, medições/
PHd,cinza efluente tratada (%trat) análises in loco

Concentrações máxima permitida


e inicial do contaminante no corpo Literatura, legislações,
receptor/ponto de lançamento medições in loco
(Cmáx e Co, respectivamente)

55
PHd,cinza (%trat) loco
Concentrações máxima permitida e
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE inicial
PEGADA do contaminante
HÍDRICA PARAno EDIFICAÇÕES
corpo Literatura, legislações, mediç
receptor/ponto de lançamento (Cmáx loco
e Co, respectivamente)

O cálculo
O cálculo de materiais
de PH dos PH dos materiais
empregadosempregados depende
depende diretamente diretamente
do produto do produto entre a quant
entre a quantida-
de material
de de material e seu de
e seu coeficiente coeficiente de(CPH),
pegada hídrica pegada hídrica
conforme (CPH),
Equação 2. conforme Equação 2.

𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 [𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣] = 𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 [𝑈𝑈𝑈𝑈] 𝑥𝑥 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 [ ] Equação 2 Equaç
𝑈𝑈𝑈𝑈

PH material
PHmaterial pegada pegada hídrica
hídrica (azul (azul
ou cinza) ou cinza)
de material de material [volume]
[volume]
CPH coeficiente de pegada hídrica [volume/UF]
CPH coeficiente de pegada hídrica [volume/UF]
UF unidade funcional
9
PHindireta somente no caso de PHobra.
Como a própria metodologia da WFN e estudos específicos no tema de PH para edificações
afirmam, em geral uma pequena parcela dos processos (ou materiais) corresponde a pratica-
mente a totalidade da PH de um produto.
Infinitytech Por isso,e Meio
Engenharia é importante
Ambienteponderar quais são os materiais
mais influentes no edifício em termos quantitativos e quais CEP
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, 05690-020,
apresentam melhor base de dados de
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
coeficientes de pegada hídrica (CPH).
www.infinitytech.com.br
Conforme apresentado no 2.2.4, a curva ABC pode ser utilizada como ferramenta para iden-
tificação dos materiais prioritários a serem considerados para cálculo, utilizando dados constan-
tes em orçamento (especificação do material, preço e quantidade) e valores CPH disponíveis em
literatura ou obtidos diretamente com o fabricante/fornecedor109. Materiais como concreto, aço,
esquadrias, blocos, argamassa, tinta e gesso usualmente possuem pesos relevantes nos orçamen-
tos, correspondendo em conjunto a mais de 50% do total. Somente concreto e aço juntos repre-
sentam entre 20 e 40% dos custos totais das obras. Em termos de PH, aço, concreto e argamassa
correspondem a quase 90% do total.
No caso específico de hidráulica e elétrica, é necessário apontar que essas categorias pos-
suem característica bastante particular, dado que, em geral, seus custos são apresentados como
“verba” ou “empreitada” global, ou seja, não há discriminação por material. A quantidade de
materiais que compõem é extremamente alta, o que inviabiliza sua consideração individual nos
procedimentos de cálculo de PH. Por isso, e conforme será detalhada no item específico sobre
coeficientes de pegada hídrica (item 3.2.2.1), para esses dois sistemas serão utilizados valores
unitários em função de ACT (área construída total), ou seja, m³/m².

3.2 Pegada hídrica de obra


A PHobra é calculada a partir das pegadas hídricas dos processos consumidores de água em
canteiro (direta) e dos materiais empregados no edifício (indireta). Os procedimentos de cálculo
são os mesmos para obras futuras ou já realizadas, havendo diferença somente no tipo de dado
de entrada, visto que no primeiro caso trata-se de uma previsão e no segundo de dados de obti-
dos de registros operacionais e de compras. A PHobra é primeiramente dividida em direta (PHobra,d),
que se relaciona com os usos efetivos em canteiro, e indireta (PHobra,i), referente aos materiais
empregados no construção edifício. Tanto a PHobra,d como a PHobra,i podem ser decompostas em
azul e cinza. A partir disso, tem-se a definição das fórmulas para cálculo da pegada hídrica de obra
(Equação 3 e Equação 4).

9 O 0 apresenta guia específico para orientação de solicitação de dados de PH a fabricantes/fornecedores.

56
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

PHobra,d
Consumos efetivos em canteiro em processos como cura de concreto, preparo de ar-
Data: out-19 | gamassas,
Revisão: 00lavagens, usos sanitários pelos funcionários. É relacionada ao consumo de
água
Cliente: PNUD medido no Guia
| Projeto: canteiro considerando
Metodológico fontes superficiais
Caixa/SindusCon-SP e subterrâneas.
| Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

PHobra,d PHobra,i PHobra,i


Consumos efetivos em canteiro em processos como Pegada hídrica dos materiais utilizados, como
Pegada hídrica dos materiais utilizados, como concreto, aço, cimento, argamassa e tintas.
cura de concreto, preparo de argamassas, lavagens, concreto, aço, cimento, argamassa e tintas. A pegada
A pegada hídrica indireta contempla as apropriações de água que ocorrem fora de canteiro,
usos sanitários pelos funcionários. É relacionada ao hídrica indireta contempla as apropriações de água
como a água incorporada ao longo de todo processo de usinagem de concreto por exemplo.
consumo de água medido no canteiro considerando que ocorrem fora de canteiro, como a água
fontes superficiais e subterrâneas. incorporada ao longo de todo processo de usinagem
de concreto por exemplo.
FIGURA 23
Estrutura de cálculo da PHobra

PHobra,d,azul

PHobra,d

PHobra,d,cinza

PHobra

PHobra,i,azul

PHobra,i

PHobra,i,cinza

Figura 23. Estrutura de cálculo da PHobra


PHobra PH de obra PHobra,d,cinza PH de obra direta cinza
PHobra ........... PHPHde obra PH de obra direta PHobra,i,azul PH de obra indireta azul
obra,d
PHobra,d ......... PH de obra direta
PHobra,i PH de obra indireta PHobra,i,cinza PH de obra indireta cinza
PHobra,i .......... PH de obra indireta
PHobra,d,azul .... PH dePH
obra direta
obra,d,azul
PH de obra direta azul
azul
PHobra,d,cinza ... PH de obra direta cinza
PHobra,i,azul ..... PH de obra indireta azul
PHobra,i,cinza ....... PH de obra indireta cinzaPHobra = PHobra,d + PHobra,i Equação 3

PHessas
Matematicamente, obra
=PH
componentes
obra,d,azul
+PHobra,d,cinza +PHobra,i,azul
se relacionam da+PH
seguinte forma:
obra,i,cinza
Equação 4

A título de exemplo, a Tabela 16 relaciona processos e materiais agregados de acordo com as


𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨oito
= etapas
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝 + 𝐏𝐏𝐇𝐇
de obra definidas
𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢 no item 2.1.4.
Equação 3

PHobra = PHobra,d,azul + PHobra,d,cinza + PHobra,i,azul + PHobra,i,cinza


Equação 4

A título de exemplo, a Tabela 16 relaciona processos e materiais agregados de acordo com as


oito etapas de obra definidas no item 2.1.4.
57
Tabela 16. Exemplos de processos e materiais referentes à PH
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 16
Exemplos de processos e materiais referentes à PH
Exemplos
Etapa
PHobra,d PHobra,i
Uso direto de água para Uso indireto de água em
E1 - Movimentação de terra Abatimento de poeira, lava-rodas Cimento
Cura de concreto, água de tirante, Concreto usinado (ou cimento + areia, +
E2- Fundação
preparo de lama bentonítica brita), aço
Concreto usinado (ou cimento + areia,
Cura de concreto, umedecimento e
E3 - Estrutura + brita), aço, bloco estrutural, laje pré-
limpeza de formas
moldada, tela nervurada
E4 - Vedação Preparo de argamassas Cimento, argamassa, blocos
E5 - Instalação predial Testes de estanqueidade Tubos de PVC, peças sanitárias
E6 - Pavimentação e Concreto (ou cimento + areia + brita),
Abatimento de poeira
infraestrutura asfalto
E7 - Revestimento Preparo de argamassas, lavagem de
Tintas, gesso, argamassa
(interno e externo) pinceis, preparo de gesso
Preparo de argamassas, limpezas, testes
E8 - Cobertura Telhas, cimento, armação metálica
de carga/estanqueidade
Todas(1) Usos sanitários -

3.2.1 Pegada hídrica de obra direta – PHobra,d


Na PHobra,d, devem ser consideradas as contribuições de pegada azul e cinza durante a construção.
No caso específico de canteiros de obra, a determinação exata dos componentes azul e cinza é possível
somente a partir de medições de toda a água utilizada e dos efluentes gerados. Sabe-se, no entanto,
que não é comum a existência de medição setorizada de uso de água e de geração de efluentes em can-
teiros, o que leva à necessidade de utilização de estimativas gerais baseadas em literatura especializada.
Ainda que haja medição setorizada de uso de água, é praticamente impossível realizar monitoramento
em nível tal que seja possível quantificação e alocação de todas as vazões de água e esgoto na obra,
sendo, portanto, sempre necessárias simplificações para compreensão do ciclo da água.
3.2.1.1 Pegada hídrica de obra direta azul – PHobra,d,azul
Conceitualmente, a PHazul é calculada por:

PHazul= água evaporada + água incorporada + Equação 5


vazão de retorno perdida
No caso específico da PHobra,d,azul, pode-se dizer que o valor de PH é igual a toda a água perdida,
ou seja, aquela que não se converte em efluente (esgoto).

Por que preciso utilizar o coeficiente de retorno “C”?


Como a PHazul se refere à água “perdida” nos processos de uso, a quantificação dos volu-
mes de efluentes gerados é essencial. A água consumida é a diferença entre a demandada (ou
retirada) e a retornada (ou efluente).

58
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Data: out-19 | Revisão: 00


Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

A partir disso, para fins de viabilização e equacionamento do cálculo de PHobra,d,azul, foram assu-
midas as (C)
seguintes
11 premissas
se situam e convenções.
entre 0,80 e 0,90. Ou seja, entre 80% e 90% da água demandada se
• O converte
somatórioem efluente,
de todas o quede
as ofertas significa que entre 10%caminhão-pipa,
água (concessionária, e 20% é perdida.poços próprios,
iii. água de chuva, reúso etc.) será denominado
Para usos sanitários, a adoção de metais Q (vazão demandada).
demhidrossanitários eficientes e de restritores de
• Entre
vazão os nas
usos instalações
em canteiro doquecanteiro
geram efluentes,
possibilitaos sanitários
a redução (bacias sanitárias,per
da demanda mictórios,
capita, o que
tambémsão
chuveiros) influencia nas vazõesPara
os mais expressivos. perdidas. Paraacontabilização
esses casos, das reduções
PHazul é igual ao volume demandadoresultantes
da utilização
subtraído de metais
pelo retornado eficientes,
(efluente). serão de
Valores comuns utilizadas
coeficienteasdevazões de referência
retorno (C)10 se situ- dos
amequipamentos instalados e frequências
80% e 90% diárias
da água de uso.
Data: out-19 | Revisão: 00
entre 0,80 e 0,90. Ou seja, entre demandada se converte em efluente,
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
i. o que significa
Há usos de que
águaentre
em10% quee há
20%importantes
é perdida. perdas por evaporação/incorporação, como
cura
• Para (C) dese
usos
11 concreto,
sanitários, preparo
a adoção
situam entre 0,80 de de argamassas,
metais
e 0,90. seja, entreaplicação
Ou hidrossanitários e 90% de
80% eficientes gesso etc. Essas
e de demandada
da água restritores se demandas
de vazão nas serão
denominadas
converte em efluente,
instalações do canteiro (processos).
o que significaNesse
Qprocpossibilita a redução da caso,
que entre 10%oe valor
demanda de Codepende
20% é perdida.
per capita, que também deinfluencia
avaliaçãonasde cada
iii. um dos
Para processos
usos específicos.
sanitários, a adoção de metais hidrossanitários eficientes e de restritores
vazões perdidas. Para contabilização das reduções resultantes da utilização de metais eficientes,de
vazão nas instalações do canteiro possibilita a redução da demanda per capita, o que
ii. serão
A divisão da
utilizadas
também PH
as vazões
influencia em usos
nasdevazões
obra,azul,d referência sanitários (Qsan) einstalados
dos equipamentos
perdidas. dedas
Para contabilização processos (Q proc)diárias
e frequências
reduções tem como
resultantes de uso.objetivo
• Hádestacar
da de
usos os em
utilização
água usos
dequesanitários,
metais os quais
eficientes,
há importantes serão podem
perdas utilizadasser
as facilmente medidos,
vazões de referência
por evaporação/incorporação, comodos têm
cura de importante
con-
equipamentos instalados
representatividade nos econsumos
frequências diretos
diárias deeuso.
possuem valores de referência consolidados.
creto, preparo de argamassas, aplicação de gesso etc. Essas demandas serão denominadas Q proc
i. Há usos de água em que há importantes perdas por evaporação/incorporação, como
iii. (processos).
Sabendo-se Nesseque
cura de concreto,caso,não
preparo édeprática
o valor de comum
C depende
argamassas, a medição
de avaliação
aplicação etc.individualizada
de cada
de gesso um dos
Essas processos
demandas em
serão canteiros dos
específicos.
• A consumos
denominadas
divisão da PHnemQproc para
obra,azul,d
em fins
(processos).
usos sanitários
Nesse
sanitários nem
caso, o(Qvalor
san
) e para
dede os de
C depende
processos demais,
avaliação
(Q proc
) as
tem vazões
de como
cada podem ser
objetivo
um dos processos
determinadas específicos.
indiretamente a partir de:
destacar os usos sanitários, os quais podem ser facilmente medidos, têm importante repre-
ii. A divisão da PHobra,azul,d em usos sanitários (Qsan) e de processos (Qproc) tem como objetivo
a. Qsan
sentatividade
destacar os: usos
nos com
consumos base diretos
sanitários, no efetivo
e possuem
os quais podem mensal
servaloresmédio (n° médio
de referência
facilmente medidos, de funcionários/mês),
c onsolidados.
têm importante
• Sabendo-se frequências
representatividade
que não énos de
prática uso
consumos
comum e dos
diretos tiposindividualizada
e possuem
a medição de metais
valores hidrossanitários
de referência
em consolidados.
canteiros presentes nas
dos consumos
iii. instalações
Sabendo-se que não do
é canteiro.
prática comum Caso
a haja
medição medição setorizada,
individualizada
nem para fins sanitários nem para os demais, as vazões podem ser determinadas indireta-em canteiroso dado
dos de vazão para
fins nem
consumos sanitários
para fins pode ser utilizado
sanitários nem para diretamente.
os demais, as A vazão
vazões perdida
podem ser (contabilizada
mente a partir de:indiretamente a partir de:
determinadas
como PHazul) é calculada por meio do coeficiente de retorno, em geral entre
• Qsan:a.
com base
0,80
Qsan no
: ecom
0,90efetivo
basepara mensal
no usos médio
efetivo (n° médio
sanitários.
mensal médiode(n° funcionários/mês), frequências de uso e dos
médio de funcionários/mês),
tipos de metais hidrossanitários
frequências de uso epresentes
dos tiposnasdeinstalações
metais do canteiro. Caso haja
hidrossanitários medição
presentes setorizada, o
nas
dado proc: para
b.deQvazão comfins
instalações base
do em coeficientes
canteiro.
sanitários Caso ser
pode haja unitários
medição
utilizado específicos
setorizada,
diretamente. o dado
A vazão de(por
vazão
perdida exemplo,
para
(contabilizada quantidade
como
2
definságua demandada
sanitários para
pode ser utilizado diluição de
diretamente. tintas,
A vazãol/m )
perdidae nos coeficientes
(contabilizada
PHazul) é calculada por meio do coeficiente de retorno, em geral entre 0,80 e 0,90 para usos sanitários. de retorno
como PHazul) é calculada por meio do coeficiente de retorno, em geral entre
específicos.
• Qproc: com base
0,80 em para
e 0,90
Seusos
porventura
coeficientes unitários o
sanitários.
uso não(por
específicos gerar efluentes,
exemplo, C =de0,
quantidade e deman-
água toda a vazão
demanda
dadab.para diluição
é perdida
de tintas,
e2 contabilizada como PH azul. Adotou-se valor genérico de
l/m ) e nos coeficientes de retorno específicos. Se porventura o
Qproc : com base em coeficientes unitários específicos (por exemplo, quantidade
Cgerar
uso não deproc = 0,20 para realização dos cálculos.
água efluentes,
demandadaC =para
0, ediluição
toda a vazão demanda
de tintas, l/m2) eé nos
perdida e contabilizada
coeficientes como PHazul.
de retorno
Adotou-seespecíficos. Se porventura
valor genérico de Cproc = o0,20
usopara
não realização
gerar efluentes, C = 0, e toda a vazão
dos cálculos.
demanda éé,perdida
O cálculo da PHobra,d,azul então,e contabilizada
expressadocomopelaPH
Equação 6. A valor
azul. Adotou-se multiplicação
genérico de por “t” (tempo
O cálculo da PH
Cproc = 0,20é, então,
para expressado
realização pela Equação
dos cálculos.
de obra) é necessária para conversão dimensional de volume/tempo para
obra,d,azul
6. A multiplicação porvolume.
“t” (tempo de
obra)Oécálculo
necessária
da PH
para conversão dimensional de volume/tempo para volume.
é, então, expressado pela Equação 6. A multiplicação por “t” (tempo
obra,d,azul
𝐍𝐍
de obra) é necessária para conversão dimensional de volume/tempo para volume.
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = (𝐐𝐐𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝 − 𝐐𝐐𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 )𝐭𝐭 = {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬
𝐍𝐍
) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐫𝐫𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭 Equação 6
Equação 6
𝐤𝐤=𝟏𝟏× (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂 )]} 𝐭𝐭
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = (𝐐𝐐𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝 − 𝐐𝐐𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 )𝐭𝐭 = {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐫𝐫𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 𝐤𝐤 Equação 6
PHobra,d,azul pegada hídrica de obra direta azul [volume] 𝐤𝐤=𝟏𝟏
PHobra,d,azul pegada hídrica de obra direta azul [volume]
Q
Qdemdem
PHobra,d,azul pegadademandada
vazão vazão
hídrica de demandada
obratotal total [volume/tempo]
direta[volume/tempo]
azul [volume]
Q dem vazão demandada total [volume/tempo]
QeflQefl
Qefl
vazão
vazão de
de efluentes
efluentes gerados
gerados [volume/tempo]
[volume/tempo]
vazão de efluentes gerados [volume/tempo]
Qsan
Qsan
Qsan vazão
vazão demandada
demandada
vazão demandada para
para
para usos usos
usos sanitários
sanitários
sanitários [volume/tempo]
[volume/tempo]
[volume/tempo]
Qoutros,k
Qoutros,k
Qoutros,k vazão
vazão demandada
vazão demandada
demandada para para
parausousouso
“k” “k” [volume/tempo]
[volume/tempo]
“k” [volume/tempo]
CsanCsan coeficiente dede
coeficiente retorno das demandas
retorno das demandassanitáriassanitárias
[%] [%]
C Ck coeficiente
coeficiente dede retorno
retorno do usodas“k”
demandas
[%] sanitárias [%]
Ck san
t
coeficiente de retorno do uso “k” [%]
tempo de duração de obra [tempo]
t Ck coeficiente
tempo de retorno
de duração de do uso[tempo]
obra “k” [%]
t tempo de duração de obra [tempo]

Coeficiente de retorno
10 11Coeficiente retorno(C):
(C):parâmetro
parâmetrolargamente aplicado
largamente em projetos
aplicado em projetos de saneamento para correlacionar
de saneamento as vazões as vazões
para correlacionar
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉ã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒
de efluente gerado
de efluente e água
gerado demandada.
e água demandada.É Écalculado
calculadopor
por 𝐶𝐶 =
11
Coeficiente de retorno (C): parâmetro largamente aplicado em projetos de saneamento para correlacionar as vazões
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉ã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑

𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉ã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒


de efluente gerado e água demandada. É calculado por 𝐶𝐶 =
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉ã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 56
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
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Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
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Os procedimentos supracitados são ilustrados na Figura 24.

FIGURA 24
Fluxograma de cálculo de PHobra,d,azul

60
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

A Tabela 17 apresenta exemplos genéricos de coeficientes unitários e coeficiente de retorno


para distintos usos.

TABELA 17
Exemplos de valores de demandas unitárias e C para processos
Exemplos
Tipo Usos Unid. Água
Demanda C Efluente
perdida
Descargas de bacias sanitárias,
Sanitários l/func./dia 40-80(1) 0,80(5) 40 10
lavatórios, chuveiros etc.
e refeitório
Preparo de refeições l/refeição 20-30(2) 0,80(5) 16,00 4,00
Cura de concreto l/m² (laje) 0,02-0,05(3) 0,0(6) 0,00 0,02-0,05
Preparo de argamassas l/kg 0,15-0,26(3) 0,0(6) 0,00 0,15-0,26
Processos Diluição de tintas
l/m² 0,03(3) 0,0(6) 0,00 0,00
(2 demãos)
Limpeza de pisos l/m² 0,5-1,1(4) 0,95(7) 0,48-1,05 0,02-0,05
(1) Tomaz (2000); Pessarello (2008)
(2) Tomaz (2000)
(3) Pessarello (2008)
(4) Sant’Ana et al. (2013)
(5) ABNT NBR 9649 (1986)
(6) Demandas não geram efluentes (toda a água é incorporada/evaporada) e, portanto, C = 0.
(7) No caso de lavagens, praticamente toda água se converte em efluente, havendo poucas perdas por evaporação.

Referente às fontes de água, vale ressaltar o caso específico de aproveitamento de água de chuva.
Por se tratar de uso de água oriunda de precipitação, pode haver compreensão de que essa parcela
deve ser computada como PHverde. No entanto, uma vez que a água coletada normalmente escoaria su-
perficialmente na bacia (considerando-se ambientes majoritariamente urbanos, ou seja, essencialmen-
te impermeabilizados), Hoekstra et al. (2011) recomendam que essa fonte seja incluída como PHazul.

Como posso obter valores de Qsan, Qproc e C mais precisos?


Caso seja devidamente planejado e implantado sistema de medição setorizada acompanha-
da de monitoramento das vazões em canteiro, profissionais podem chegar a valores mais preci-
sos, ensejando inclusive a criação de bases de dados passíveis de replicação em obras futuras.
O ANEXO 3 apresenta instruções para realização de medidas em canteiro que permitam ob-
tenção de valores de vazão e de coeficientes de retorno mais próximos à realidade de cada obra.

3.2.1.2 Pegada hídrica de obra direta cinza – PHobra,d,cinza


O cálculo da pegada hídrica cinza é dependente da carga (relação massa/tempo, como kg/dia)
de contaminantes lançada e das condições do corpo receptor/ponto de lançamento. É importante
frisar que carga (massa/tempo) é uma grandeza de fluxo de massa, o que significa que se uma mes-
ma massa de poluente estiver diluída em quantidades diferentes de água, a carga permanecerá a
mesma. Matematicamente isso se explica porque em caso de aumento da vazão, a concentração irá
diminuir, permanecendo constante a carga, relação demonstrada na Equação 7.

61
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

massa massa volume Equação 7


Carga [ ] = concentração [ ] × vazão [ ] Equaçã
tempo volume tempo

Em
Em outras
outras palavras,
palavras, a redução
a redução dodevolume
do volume efluentesde efluentes
gerados gerados
(por conta (por
de uso conta de uso restritore
restritores
vazão,
de vazão, por exemplo),
por exemplo), não impactanão impacta
na pegada nacinza
hídrica pegada
direta hídrica cinza
do canteiro, dadodireta do canteiro, dado qu
que as cargas
cargas
poluidoras poluidoras
permanecerão permanecerão
exatamente exatamente
as mesmas, porém as Em
menos diluídas. mesmas, porém
contraponto, a exis-menos diluídas.
contraponto,
tência de a existência
unidades de tratamento de unidades
no canteiro, seja parade tratamento
descarte ou reúso,no canteiro,
implica sejadas
em redução para descarte ou re
cargas,implica emnoredução
impactando valor de das
PHcinzacargas, impactando
. No exemplo no valor
de um canteiro de PH
em que cinza. No exemplo
as autoridades locais de um canteiro
que
exigiram queas autoridades
todo efluente fosselocais
tratadoexigiram que todo
antes do lançamento efluente
com eficiênciafosse tratado
(E) de 80% antes do lançamento
de remoção
de DBOeficiência
5,20
(E) de(ou
, a carga lançada 80% de remoção
remanescente) seriade DBO
igual 5,20,da
a 20% a gerada.
carga lançada (ou remanescente) seria igu
20% da gerada.
Dentre as premissas adotadas para este cálculo, é necessário pontuar:
• Dentre as premissas
A metodologia adotadas
da WFN prevê que seja para este
avaliado um cálculo, é necessário
contaminante pontuar:
específico para o cálculo do
volume de água necessário para sua assimilação no meio (PHcinza), sendo desejável a escolha
i. que resulte
daquele A metodologia da WFNdeprevê
em maiores volumes que de
apropriação seja avaliado
água. um ser
Ou seja, deve contaminante
escolhido específico pa
cálculo
o contaminante do volume
cuja assimilação de águaonecessário
proporcione parapara
mesmo processo suaosassimilação é meio (PHcinza), se
demais, o queno
desejável acrítico.
denominado contaminante escolha daquele que resulte em maiores volumes de apropriação
água. Ou seja, deve ser escolhido o contaminante cuja assimilação proporcion
• No Brasil, a principal variável de qualidade para avaliação qualitativa de esgotos sanitários é
mesmo processo para os demais, o que é denominado contaminante crítico.
a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20)11, a qual expressa indiretamente a concentra-
ii. matériaNo
ção de Brasil,
orgânica a principal
biodegradável variável
de um deA DBO
efluente. qualidade para avaliação
é amplamente utilizada emqualitativa de esg
5,20 12
sanitários
legislações para é adeDemanda
determinação necessidadesBioquímica
de tratamento de Oxigênio
de esgotos antes (DBO 5,20) , a qual expr
do lança-
indiretamente a concentração de matéria orgânica biodegradável de um efluent
mento (Resolução Conama 430/2011), seja em corpos hídricos (Resolução Conama 357/05)
DBO5,20 é amplamente utilizada em legislações para determinação de necessida
ou outros pontos de lançamento (decreto 8.468/76 em SP e DZ-215 no RJ, por exemplo). Sa-
de tratamento de esgotos antes do lançamento (Resolução Conama 430/2011),
bendo-se que é inviável estipular as concentrações de todos os contaminantes presentes nos
em corpos hídricos (Resolução Conama 357/05) ou outros pontos de lançame
efluentes gerados em canteiro, adotou-se como simplificação que a DBO5,20 deve ser utilizada
(decreto 8.468/76 em SP e DZ-215 no RJ, por exemplo). Sabendo-se que é invi
como variável de qualidade orientadora para cálculo da PHcinza. Essa simplificação tem como
estipular as concentrações de todos os contaminantes presentes nos eflue
objetivo utilizar um parâmetro de qualidade largamente aplicado em legislações ambientais,
gerados em canteiro, adotou-se como simplificação que a DBO5,20 deve ser utiliz
de relativa fácil compreensão e que represente de forma adequada o potencial de contami-
como variável de qualidade orientadora para cálculo da PHcinza. Essa simplifica
nação do efluente.
tem como objetivo utilizar um parâmetro de qualidade largamente aplicado
O fluxograma delegislações
procedimentos de cálculo da de
ambientais, pegada hídrica fácil
relativa cinza direta
compreensão e que) represente de fo
de obra (PHobra,d,cinza
segue na Figura 25. adequada o potencial de contaminação do efluente.

O fluxograma de procedimentos de cálculo da pegada hídrica cinza direta de obra (PHobra,d,


segue na Figura 25.

11 O índice “5,20” se refere ao tempo de análise (5 dias) e à temperatura controlada na amostra (20°C).

62
12
O índice “5,20” se refere ao tempo de análise (5 dias) e à temperatura controlada na amostra (20°C).
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

FIGURA 25
Fluxograma de cálculo de PHobra,d,cinza

Condição de Condição do
Há dados S Há dados S
lançamento corpo/ponto
de vazão? de qualidade?
recept9or

N N

Carga Efetivo Cmáx C0


per capita médio

Cargager

Há tratamento? N

Eficiência Cargalan PHobra,cinza,d


E

Para cálculo da PHobra,d,cinza é necessário quantificar a carga lançada (Cargalan), a qual é dependen-
te da carga gerada (Cargager) e da existência e características de sistemas de tratamento (E e %trat) É
evidente que, na ausência de sistema de tratamento, E = 0 e %trat = 0, e, consequentemente, Cargalan
= Cargager.

Cargalan=Cargager×(1-E×%trat) Equação 8

Cargalan carga de contaminante efetivamente lançada [volume/tempo]


Cargager carga de contaminante gerada [massa/tempo]
E eficiência de remoção de contaminantes da estação [%]
%trat porcentagem do efluente gerado tratada [%]

63
Cargalan carga de contaminante efetivamente lançada [volume/tempo]
Carga
GUIA carga de contaminante
ger METODOLÓGICO gerada
DE CÁLCULO [massa/tempo]
DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
E eficiência de remoção de contaminantes da estação [%]
%trat porcentagem do efluente gerado tratada [%]

Assim sendo,
Assim sendo,oocálculo
cálculo dada pegada
pegada hídrica
hídrica cinzadedireta
cinza direta obra (PHde obra) é(PH
obra,d,cinza
realizado por:) é realizado por:
obra,d,cinza

𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍 𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈 × (𝟏𝟏 − 𝑬𝑬 × %𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕𝒕)


𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 = ( ) 𝒕𝒕 = [ ] 𝒕𝒕 Equação 9 Equação 9
𝑪𝑪𝒎𝒎á𝒙𝒙 − 𝑪𝑪𝟎𝟎 𝑪𝑪𝒎𝒎á𝒙𝒙 − 𝑪𝑪𝟎𝟎

PHobra,d,cinza pegada hídrica de obra direta cinza [volume]


Cargalan carga de contaminante efetivamente lançada [massa/tempo]
Cargager carga de contaminante gerada [massa/tempo] 60
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente
E Av. Albertodederemoção
eficiência Oliveira de
Lima, nº144, CEP 05690-020,
contaminantes da estação [%]
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
%trat porcentagem do efluente gerado tratada [%]
www.infinitytech.com.br
Cmáx conc. máxima permitida do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [mas-
sa/volume]
C0 conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
t tempo de duração de obra [tempo]

Os valores de Cmáx e C012 são totalmente dependentes de fatores externos ao canteiro, como
legislações aplicáveis e condições de qualidade do corpo receptor. Foram compreendidas três
principais formas de disposição de efluentes: lançamento em corpo hídrico; em rede pública
desprovida de ETE (ou seja, esgoto é coletado pela rede pública e lançado em corpo hídrico
sem devido tratamento); e rede pública dotada de ETE (efluentes seguem para ETE antes do
lançamento em corpo hídrico). Para cada uma dessas possibilidades, os valores de Cmáx e C0
serão diferentes. Na falta de dados específicos, podem ser utilizados valores padrão, conforme
sugerido na Tabela 18.

O esgoto da minha obra é ligado à rede de coleta. Como saber se o efluente segue para
tratamento?
Há concessionárias que praticam tarifas mais baratas no caso de somente coleta e afas-
tamento de esgotos, e maiores quando há também tratamento, diferenciação a partir da
qual se pode conhecer o destino do esgoto. No entanto, essa prática não é padrão, e em
muitos casos não há como saber prontamente sobre a destinação final do esgoto coletado.
Em alguns casos específicos, a verificação de indicadores do Sistema Nacional de Infor-
mações sobre Saneamento (SNIS) pode dar pistas, já que existem municípios em que há cole-
ta, mas o tratamento é zero ou quase zero.
Para os demais, pode-se solicitar à companhia responsável pelo saneamento a informa-
ção, utilizando a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) como suporte legal.

12 O termo originalmente utilizado por Hoekstra et al. (2011) é “Cnat”, referindo-se à concentração natural do
contaminante no meio. Dado que esta metodologia também considera os cenários de lançamento em rede pública, o termo
“natural” foi substituído por “inicial”, ou C0.

64
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 18
Exemplos de valores de referência para Cmáx (acima) e C0 (abaixo) em termos de DBO5,20

Lançamento Cmáx (DBO5,20)


ocorre em Padrão Referência Depende de / varia com

Res. Conama 430/11- Enquadramento do corpo hídrico


Corpo hídrico 5 mgO2/l
corpo hídrico classe 2(1) Legislações estaduais e municipais

Rede pública Decreto 8.468/76 (SP)


60 mgO2/l Legislações estaduais e municipais
desprovida de ETE - artigo 18

Decreto 8.468/76 (SP)


Rede pública dotada de ETE Sem limite(2) Legislações estaduais e municipais
- artigo 19

Lançamento C0 (DBO5,20)
ocorre em Padrão Referência Depende de / varia com
Corpo hídrico 2,5 mgO2/l Valor médio (0 - 5) Qualidade do corpo hídrico

Rede pública sem


30 mgO2/l Valor médio (0 - 60) -
tratamento

Rede pública com Indiferen-


- -
tratamento te(3)

(1) Para outras classes, os valores limites são distintos.


(2) Caso a rede coletora encaminhe os esgotos a uma ETE, não há limitação de DBO5,20.
(3) Como Cmáx é sem limite para o caso de rede pública com tratamento, o valor de C0 é matematicamente indiferente.

Os valores assumidos acima também foram defini-


dos com base em simplificações e resultam e algumas
Leitura adicional
implicações passíveis de explicitação e justificativa, con-
forme segue abaixo. A leitura do ANEXO 3 é re-
comendada para aprofundamento e
• Lançamentos em rede dotada de Estação de Trata- melhor compreensão de alguns dos
mento de Esgotos (ETE) resultam em PHcinza = 0. É pontos apresentados acima e tam-
evidente que a existência de tratamento muni- bém ao longo deste item.
cipal não garante que o efluente final seja lan-
çado em corpos hídricos em condições tais que
não resultem em impactos negativos quantifi-
cáveis pela PHcinza. No entanto, a obtenção de
dados necessários para o adequado cálculo é
extremamente difícil, uma vez que seria preci-
so conhecer a eficiência média de remoção de
DBO5,20 da ETE específica que recebe os efluen-
tes e das condições naturais e de diluição do
corpo hídrico receptor. Portanto, assumiu-se que o impacto é mínimo nesse caso, tendo
valor de PHcinza = 0.

65
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

• Lançamentos em corpos hídricos classe 4 resultam em PHcinza = 0. Corpos hídricos classe 4 são
aqueles destinados somente a usos de navegação e harmonia paisagística, e têm sua qualida-
de já muito comprometida. Como não são estabelecidos limites legais de DBO5,20 nesse caso,
Cmáx é ilimitada e, portanto, PHcinza = 0.
• Lançamentos em redes não dotadas de tratamento levam em consideração limites estipula-
dos em leis para o lançamento em rede, não considerando o corpo hídrico receptor em si. No
caso de coleta de esgoto sem tratamento municipal, consideraram-se valores que tratam da
qualidade exigida para lançamento em rede, os quais são definidas por legislações estaduais
como o decreto 8.468/76 do estado de São Paulo. Isso se justifica pelo fato de que é também
extremamente difícil
• Lançamentos diretos em corpos hídricos (ou seja, mediante obtenção de outorga de lança-
mento) consideram a condição do corpo receptor. Nesse caso, é necessária a obtenção de
concessões públicas para uso de recursos hídricos (outorgas de lançamento), as quais re-
querem estudos específicos para determinação da possibilidade ou não do lançamento. Para
tal, em geral são requeridos estudos específicos (estudos de autodepuração) que irão exigir
levantamentos mais detalhados das condições locais, o que implica em possibilidade de le-
vantamento dos dados necessários à adequada quantificação de PHcinza.
De acordo com a classe do corpo receptor13, os valores de Cmáx e C0 adotados devem ser distin-
tos, conforme sugestão da Tabela 19.

TABELA 19
Valores de referência de Cmáx e C0 para corpos hídricos de acordo com a classe
DBO5,20 (mgO2/l)
Classe Nível de exigência
Cmáx C0
Especial 0 0 Absoluto (não é permitido lançamento)

Classe 1 3,0 1,5 Alto

Classe 2 5,0 2,5 Médio-alto

Classe 3 10,0 5,0 Médio

Classe 4 - - Baixo
NOTA: valores de referência tomados da resolução Conama n°357/05.

No que se refere à carga gerada, em projetos de saneamento, em geral se considera que cada
indivíduo, independentemente da vazão de água demandada, produz determinada massa de carga
orgânica (DBO5,20) por dia, o que é usualmente expressado em gDBO/pessoa/dia (gramas de Deman-
da Bioquímica de Oxigênio por pessoa por dia). A carga per capita depende principalmente do tipo de
ocupação do indivíduo (residente, funcionário etc.). Assim a Cargager é calculada por:

13 Frisa-se que legislações estaduais podem adotar nomenclaturas diferentes para a atribuição de classes, como é o
caso do decreto 8.468/76.

66
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Cargager=Cargaper capita × N° de indivíduos Equação 10

Cargager carga de contaminante gerada [massa/tempo]


Cargaper capita carga per capita de contaminante gerada [massa/per capita/tempo]

N° de indivíduos quantidade de indivíduos que geram carga

Eficiência (E)
E é porcentagem de contaminantes removida em relação ao esgoto não tratado. Por
exemplo, se um efluente bruto possui 100 mg/l de determinado contaminante e o tratado 20
mg/l, a eficiência é igual a:

A carga lançada pode ser reduzida caso o canteiro seja dotado de sistema próprio de tratamen-
to. A eficiência é função essencialmente dos processos de tratamento aplicados, sendo, obviamente,
dependente das condições de operação reais. Exemplos de valores de carga per capita diária de ma-
téria orgânica (Cargager) e de eficiência de remoção de DBO5,20 (E) constam na Tabela 20.

TABELA 20
Exemplos de valores de referência de Cargaper capita e eficiência de tratamento

Tipo Valor Unid.


Contribuição de DBO per capita diária (Cargaper capita)

Funcionário tempo integral 12,0 gDBO/dia/pessoa


Ocupante
Funcionário meio período 6,0 gDBO/dia/pessoa

Eficiências de remoção de DBO5,20 (E)(1)

Fossa séptica + filtro anaeróbio 60% -

UASB(2) 60-75% -
Processo de
UASB(2) + FBP(3) 85% -
tratamento
Lodos ativados convencional 85-93% -

MBR(4) >99% -

(1) Valores com base em Cetesb (2018).


(2) UASB: Upflow Anaerobic Sludge Blanket (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente – RAFA). Processo biológico anaeróbio.
(3) FBP: Filtro Biológico Percolador. Processo biológico de aeração passiva.
(4) MBR: Membrane Bio Reactor. Processo biológico aerado associado a membranas de micro ou ultrafiltração.

67
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 21
Eficiências de remoção de DBO5,20 para diferentes
arranjos de tratamento de acordo com literatura especializada
Eficiência de remoção de DBO5,20 (E)

Processos contemplados Oliveira &


Von Sperling
PROSAB
ANA (2017) Sperling (FLORENCIO
(2005)
(2005) et al., 2006)

60 - 80% 60 - 75%
Reator anaeróbio sem pós-
(UASB); 50 65 - 79% (UASB); 50
tratamento; lagoas somente com 65%
- 70% (lagoas (UASB) - 65% (lagoas
etapa anaeróbia
anaeróbias) anaeróbias)

Decantação primária
70% 45 - 80% - -
quimicamente assistida

Lagoa aeróbia ou facultativa 75% 75 - 90% 65 - 88% 75 - 85%

Fossa séptica seguida de filtro


80% 70 - 90% 36 - 82% 80 - 95%
anaeróbio

Reator anaeróbio com pós-


85% - - -
tratamento físico-químico

Processo aeróbio de leito fixo


sem pós-tratamento; processo
85% 80 - 93% - -
aeróbio de leito fixo precedido
por tratamento anaeróbio

Lodos ativados convencional,


deep shaft, alta taxa e aeração
prolongada sem remoção de
90% 85 - 97% 74 - 96% -
nutrientes; lodos ativados
precedidos de tratamento
anaeróbio

Lodos ativados (convencional ou


batelada) com remoção biológica
ou fisico-química de nitrogênio
e/ou fósforo; processos híbridos 95% 85 - 93% - -
(biomassa aderida e suspensa
- MBBR/IFAS) com remoção
biológica de nitrogênio

Fonte: adaptado de Oliveira & Sperling (2005); Sperling (2005); Florencio et al. (2006); ANA (2017).

3.2.2 Pegada hídrica de obra indireta – PHobra,i


Conforme sugerido no item 3.1, para o cálculo da pegada hídrica de obra indireta pode-se utilizar
a curva ABC para avaliar a participação dos materiais na PH e focar o cálculo naqueles de maior rele-
vância. Essa análise preliminar é importante pois há variação significativa da participação dos materiais
no orçamento de acordo com cada obra, seja por conta da adoção de diferentes métodos construtivos
ou tipologias de edificação. Além disso, é necessário compreender que o detalhamento dos materiais

68
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

para cálculo de PH pode ter como diretriz aqueles com maior contribuição orçamentaria, mas que
cada obra exige uma avaliação própria de pegada hídrica devido à variabilidade no perfil de contribui-
ção quantitativa dos materiais de acordo com as peculiaridades de cada empreendimento.
3.2.2.1 Coeficientes de pegada hídrica – CPH
Coeficientes de pegada hídrica unitária (CPH), no escopo deste manual, representam o volume
de água apropriado para produção de determinado material por unidade padrão de determinada
(unidade funcional, UF), por exemplo . Em diversas áreas, estudos vêm sendo desenvolvidos ao longo
dos anos para estimar novos valores de CPH para maior variedade de materiais, havendo, especifica-
mente para o setor da construção civil, alguns estudados em maior número de pesquisas, como aço,
argamassa, cimento e vidro.
Como já comentado no item 1.3, os dados atuais referem-se em sua quase total maioria so-
mente à pegada hídrica azul (coeficientes de pegada hídrica azul, CPHazul), não havendo literatura
suficiente sobre CPHcinza. Por esse motivo, a quantificação de PHobra,i serão realizados somente para a
PHazul, ainda que a estrutura geral de cálculo contemple a PHcinza.
A Tabela 22 relaciona CPHazul para os materiais agrupados (MAT1). O ANEXO 1 apresenta
valores detalhados mais detalhados de CPH, contemplando também categorização em MAT2.

TABELA 22
CPHazul para os principais materiais (MAT1)

Material (MAT1) CPHazul (l/UF) Unidade


Aço 67,3 l/kg
Areia 7,5 l/kg
Argamassa 0,8 l/kg
Bloco cerâmico 4,7 l/unid.
Bloco de concreto 13,4 l/unid.
Cimento 2,7 l/kg
Concreto 3840 l/m³
Gesso 2,8 l/m²
Laje pré-fabricada 8.541 l/m³
Madeira 11,4 l/m²
Monocapa 4,0 l/m²
Pisos 18,2 l/m²
Azulejo 12,0 l/m²
Pedra (diversos formatos) 93,8 l/m³
Tinta 1,1 l/m²
Vidro 79,5 l/m²

69
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Os valores de CPH apresentados neste guia devem ser compreendidos como referências.
Futuros estudos podem rever os valores de CPH, bem como incluir materiais não contemplados.
Um dos principais pontos a serem considerados no cálculo de PHobra,i é a padronização de uni-
dades dos materiais. Conforme foi detectado tanto na literatura (item 1.3) como nas interações junto
ao GT (item 2.1), a heterogeneidade na forma de organização de informações de materiais de obra é
muito grande, até mesmo para empreendimentos da mesma empresa. É comum até que o mesmo
tipo de material seja quantificado de formas diferentes na mesma obra, como tinta acrílica em m² e
esmalte em litros ou galões, ou cimento CP-I em sacos e CP-III em kg.
Como os coeficientes de pegada hídrica em geral apresentam alguma padronização em sua
apresentação, é necessário que sejam realizadas conversões caso as unidades sejam diferentes. A Ta-
bela 23 apresenta alguns exemplos de variabilidade de unidades utilizadas em orçamentos de obra,
bem como as utilizadas nos CPH de literatura.

TABELA 23
Exemplos de variabilidade de unidades em orçamentos de obra

Unidade funcional (UF) Unidade de CPH


Material Possíveis unidades
recomendada usual
Argamassa saco, kg, m² kg l/kg

Tinta m², litros, m³, galão m² l/m²

Bloco m², bloco bloco l/bloco

Cimento saco, kg kg l/kg

Concreto m³ m³ l/m³

Aço kg kg l/kg

Para a utilização de coeficientes unitários, é essencial que sejam esclarecidas as informações


que compõem o mesmo, visto que estes podem referir-se tanto à PHazul quanto à PHcinza. Além disso,
os coeficientes podem se referir a um grupo mais abrangente de materiais (categoria) ou a um item
específico (material), sendo necessário ponderar seu uso no cálculo de PH de acordo com os dados
de entrada disponíveis. A Tabela 22 apresenta dados de CPH para alguns dos principais materiais da
construção civil, e o ANEXO 1 traz a relação completa de todos os valores encontrados em literatura.
Há um caso muito específico dentro da análise de PH de materiais: os sistemas hidráulico e elé-
trico. Além de não haver referências de valores em literatura, esses sistemas prediais são compostos
por variedades muito grandes de materiais, o que inviabiliza a quantificação prática de cada um deles
para composição. Posto isso, e dada também a limitação de dados de CPH, o cômputo da PH dos ma-
teriais que compõem esses sistemas será realizada de maneira particular, optando-se pela utilização
de volume de PH/área total construída (ACT), ou m³/m², conforme segue abaixo.
Dada a limitação da base de dados para instalações prediais, o cômputo da PH dos materiais
que compõem os sistemas hidráulico e elétrico será realizada de maneira particular, optando-se pela
utilização de volume de PH/área total construída (ACT), ou m³/m². Com base em alguns orçamentos
de hidráulica e elétrica cedidos pelo GT, os valores adotados foram como segue abaixo.

70
Os coeficientes de pegada hídrica de materiais de construção civil são geralmente c
meio de usoDEdeCÁLCULO
GUIA METODOLÓGICO métodosDE
dePEGADA
Análise HÍDRICA
de CicloPARA
de Vida (ACV), tendo
EDIFICAÇÕES como base invent
Ecoinvent e chegando-se a valores médios nacionais ou globais, ou por solicitaçã
fabricantes, os quais, por conhecerem detalhadamente seus processos, podem realiz
adequadamente.
• Hidráulica: CPHazul calculado com base nos quantitativos cedidos por empresas do GT e valo-
Como tem se tornado cada vez mais comum no mercado, empresas e fornecedores d
res apresentados
a seus porclientes
Saade etdados,
al. (2014) e Souza (2014).
certificações, Foram
selos considerados
etc. valores de PH
que lhes permitam avaliar a eficiên
para: tubos de PVC e tubos de cobre. O valor calculado e adotado foi de 0,05 m³/m².
da produção ou desempenho de produtos, como fatores de emissão de GEE, se
• Elétrica: CPHeficiência
calculadoenergética, certificação
com base em Saade Forest
et al. (2014). Stewardship
O valor Council
adotado, referente de manejo flor
a con-
azul
Declaração Ambiental de Produto (EPD,
duítes/eletrodutos de PVC e cabos de cobre, foi de 0,08 m³/m². Environmental Product Declaration), basead
ISO 14025 e EN 15804, e mais especificamente na ISO 21930:2017 para a construção
Demais explicações sobre os coeficientes
informações no ANEXO 1de
de PH constamambiental
sobre o desempenho . materiais e é um instrumento v
solicitação de dados adicionais de PH junto a fabricantes e fornecedores.
Como são determinados
Sendo a os PHCPH? Há como obter
um conceito aindadados
novomais detalhados
no Brasil, não para o caso da completos para
há inventários
minha obra? construção civil, sendo que essa movimentação poderá inclusive partir das próprias c
incorporadoras.
Os coeficientes Tendo
de pegada hídrica de isso em vista,
materiais o 0 apresenta
de construção instruçõescal-
civil são geralmente para solicitação de
junto a fornecedores e fabricantes,
culados por meio de uso de métodos de Análise de Ciclo de Vida (ACV), tendo como base devem ser solic
destacando quais informações
inventários comoosoformatos
Ecoinvent ee como avaliá-las.
chegando-se a valores médios nacionais ou globais, ou por
solicitação direta aos fabricantes, os quais, por conhecerem detalhadamente seus processos,
podem realizar os cálculos adequadamente.
Pegada hídrica de obra indireta azul – PHobra,i,azul
Como tem se tornado cada vez mais comum no mercado, empresas e fornecedores dispo-
nibilizam a seus clientes dados,
A pegada certificações,
hídrica selos etc.
azul indireta deque lhes (PH
obra permitam avaliar
obra,i,azul ) é acalculada
eficiência pelo somatório
ambiental damateriais
produção ouempregados
desempenho de produtos, como fatores de emissão
na construção da edificação. Vale lembrar de GEE, selo que o consu
Procel de eficiência energética, certificação Forest Stewardship Council de manejo florestal etc.
processamento in loco do material (como preparo de argamassa, cura de concre
A Declaração Ambiental de Produto (EPD, Environmental Product Declaration), baseada nas
contabilizado
normas ISO 14025 e EN 15804,na PHobra,d,azul
e mais e não deve
especificamente na ISO ser incluído
21930:2017 paranesse cálculo. A PHobra,i,azul é
a construção
civil, fornece informações sobre o desempenho ambiental de materiais e é um instrumento
𝐍𝐍
viável para a solicitação de dados adicionais de PH junto a fabricantes e fornecedores.
𝐏𝐏𝐇𝐇
𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚= ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞 )
Sendo a PH um conceito ainda novo no𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
Brasil, não
𝐤𝐤 𝐤𝐤
há inventários completos para mate-
𝐤𝐤=𝟏𝟏
riais da construção civil, sendo que essa movimentação poderá inclusive partir das próprias
construtoras e incorporadoras. Tendo isso em vista, o 0 apresenta instruções para solicitação
de dados de PHPH junto a fornecedores
obra,i,azul pegada hídrica azul
e fabricantes, indireta da
destacando fase
quais de concepção/obra
informações devem ser [volume]
solicitados, quais os formatos e como avaliá-las.
CPHmat,azul,k coeficiente pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func
qtde k quantidade do material “k” [unid.func.]
N número de materiais empregados [adimensional]
3.2.2.2 Pegada hídrica de obra indireta azul – PHobra,i,azul
Pegada hídrica de obra indireta cinza – PH obra,i,cinza
A pegada hídrica azul indireta de obra (PHobra,i,azul) é calculada pelo somatório das PHazul dos
materiais empregados na construção da edificação. Vale lembrar que o consumo de água no proces-
O cálculo da PHobra,i,cinza é análogo ao da pegada hídrica de obra, indireta azul
samento in loco do material (como preparo de argamassa, cura de concreto etc.) já está contabilizado
somatório das PHcinza dos
na PHobra,d,azul e não deve ser incluído nesse
materiais empregados:
cálculo. A PHobra,i,azul é calculada por:
𝐍𝐍

𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = ∑(𝐏𝐏𝐇𝐇𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜,𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 ) Equação 11


𝐤𝐤=𝟏𝟏

PHobra,i,azul pegada hídrica azul indireta da fase de concepção/obra [volume]


CPHmat,azul,k coeficiente pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func.]
qtdek quantidade do material “k” [unid.func.]
N número de materiais empregados
Infinitytech [adimensional]
Engenharia e Meio Ambiente
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br

71
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Pegada hídrica de obra indireta azul – PHobra,i,azul

A pegada hídrica azul indireta de obra (PHobra,i,azul) é calculada pelo somatório da


materiais empregados na construção da edificação. Vale lembrar que o consumo
3.2.2.3 Pegada hídrica de obra indireta cinza – PHobra,i,cinza
| Revisão: 00 in loco do material (como preparo de argamassa, cura de concreto e
processamento
Data: out-19
O cálculo daPNUD
Cliente: PHobra,i,cinza
| Projeto:é Guia
análogo ao da pegada
Metodológico hídrica de obra,| indireta
Caixa/SindusCon-SP azul sendo
Etapa: Etapa igual ao09 (RT06)
06 – Produto
contabilizado na PH obra,d,azul e não deve ser incluído nesse cálculo. A PHobra,i,azul é cal
somatório das PHcinza dos materiais empregados:
𝐍𝐍
PHobra,i,cinza pegada hídrica cinza indireta da fase de concepção/obra [volume]
CPH𝐏𝐏𝐇𝐇 𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
mat,cinza k
= ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇
coeficiente de pegada × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞
𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐤𝐤hídrica 𝐤𝐤 ) unitária
cinza do 12
Equação material “k” [volume/unid.func.] E
qtde k quantidade
𝐤𝐤=𝟏𝟏 do material “k” [unid.func.]
N número de materiais empregados [adimensional]
PHobra,i,cinza pegada hídrica cinza indireta da fase de concepção/obra [volume]
PHobra,i,azul pegada hídrica azul indireta da fase de concepção/obra [volume]
CPHmat,cinza k coeficiente de pegada hídrica cinza unitária do material “k” [volume/unid.func.]
CPHmat,azul,k coeficiente pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func.]
qtdek Pegada
quantidade hídrica
qtde k
do materialde
“k” obra – PHobra“k” [unid.func.]
[unid.func.]
quantidade do material
N número de materiais empregados [adimensional]
N número de materiais empregados [adimensional]
Determinadas
3.2.3 as pegadas
Pegada hídrica de obra hídricas
– PHobradireta (PHobra,d) e indireta (PHobra,i) e suas respectivas par
azul e cinza, éPegada
hídricas hídrica
possível
Determinadas as pegadas direta (PH de) obra
calcular a PHeobra indireta
(PH ) ecinza
total,
indireta
conforme – PHobra,i,cinza
abaixo:
suas respectivas parcelas
obra,d obra,i
azul e cinza, é possível calcular a PHobra total, conforme abaixo:
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨O=cálculo
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝
da + PH𝐏𝐏𝐇𝐇 𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢 é análogo ao da pegada hídrica de obra, indireta azul
obra,i,cinza sen
Equaç
somatórioPH das obra
= cinza
PH PHobra,d
dos+materiais
PHobra,i empregados: Equação 13
PHobra pegada hídrica da fase de concepção/obra [volume]
PHobraPH pegada
obra,d pegada hídrica hídrica
da fase direta da fase
𝐍𝐍 de concepção/obra de concepção/obra [volume]
[volume]
PH
PHobra,d pegada
obra,i pegada hídrica hídrica
direta da fasecinza da fase de concepção/obra
de concepção/obra [volume] [volume]
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = ∑(𝐏𝐏𝐇𝐇𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜,𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 ) E
PHobra,i pegada hídrica cinza da fase de concepção/obra [volume]
Para cálculo exclusivo𝐤𝐤=𝟏𝟏
da
PHobra,d, deve ser utilizada a Equação 14, composta somente
Para cálculo exclusivo da PHobra,d, deve ser utilizada a Equação 14, composta somente pelas
componentes de PH direta
componentes de PH direta azul e cinza.
azul e cinza.

𝐍𝐍

𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝 = {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑ [𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐣𝐣 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐣𝐣 )]} 𝐭𝐭


Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente Equaç
Av. Alberto de𝐣𝐣=𝟏𝟏Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚 𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏
Real Parque, São−Paulo
𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
- SP. PABX- 11 3755-9033
+ [ www.infinitytech.com.br ] 𝐭𝐭 Equação 14
𝐂𝐂𝐦𝐦á𝐱𝐱 − 𝐂𝐂𝟎𝟎

PHobra,d PHobra,d
pegada hídricapegada
diretahídrica
da fase direta da fase de concepção/obra
de concepção/obra [volume/tempo] [volume/tempo]
Qsan Qsanvazão consumida
vazãoparaconsumida para usos
usos sanitários sanitários [volume/tempo]
[volume/tempo]
Csan coeficiente de retorno sanitário [%]
Csan coeficiente de retorno sanitário [%]
Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]
Qoutros Cj vazão demandada para outros
coeficiente usos [volume/tempo]
de retorno do uso “j” [%]
Cj Carga
coeficiente
ger carga
de de contaminante
retorno do uso “j” [%] gerada [massa/tempo]
E eficiência de remoção de contaminantes da estação [%]
Cargager C carga de contaminante
conc. máxima gerada [massa/tempo]
permitida do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento
máx
E eficiência de[massa/volume]
remoção de contaminantes da estação [%]
Cmáx  Co conc. máxima conc. inicialdo
permitida docontaminante
contaminante nono
corpocorpo receptor/ponto
receptor/ponto de lançamento
de lançamento [mas- [massa/volume]
N sa/volume] número de materiais empregados [adimensional]
t tempo de duração de obra [tempo]
Co conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
N Já
para número de materiais
cálculo exclusivo empregados [adimensional]
da PHobra,i , deve ser utilizada a Equação 15, composta apenas
t tempo dede
componentes duração de obra [tempo]
PH indireta azul e cinza.
Já para cálculo exclusivo da PHobra,i, deve ser utilizada a Equação 15, composta apenas pelas
componentes de PH indireta
𝐍𝐍 azul e cinza. 𝐍𝐍

𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢 = ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 ) + ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 ) Equaçã


𝐤𝐤=𝟏𝟏 𝐤𝐤=𝟏𝟏

PHobra,i pegada hídrica cinza da fase de concepção/obra [volume]


72 CPHmat,azul,k coeficiente de pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func.]
Qtde k quantidade do material “k” [unid.func.]
CPHmat,cinza,k coeficiente de pegada hídrica cinza unitária do material “k” [volume/unid.func.]
Co conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
N número de materiais empregados [adimensional]
GUIA tMETODOLÓGICO
tempoDEde duração
CÁLCULO de obra [tempo] HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
DE PEGADA

Já para cálculo exclusivo da PHobra,i, deve ser utilizada a Equação 15, composta apenas pelas
componentes de PH indireta azul e cinza.

𝐍𝐍 𝐍𝐍

𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢 = ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 ) + ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 ) Equação 15


Equação 15
𝐤𝐤=𝟏𝟏 𝐤𝐤=𝟏𝟏

PHobra,i PHobra,ipegada hídrica


pegada hídrica
cinza cinza
da fase de da fase de concepção/obra
concepção/obra [volume] [volume]
CPHmat,azul,k coeficiente de pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func.]
CPHmat,azul,k
Qtde kcoeficientequantidade
de pegadado
hídrica azul“k”
material unitária do material “k” [volume/unid.func.]
[unid.func.]
Data: CPH
Qtdeout-19
k
| Revisão:
quantidade
mat,cinza,k 00 coeficiente de “k”
do material pegada hídrica cinza unitária do material “k” [volume/unid.func.]
[unid.func.]
N | Projeto: Guia
Cliente: PNUD número de materiais
Metodológico empregados [adimensional]
Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
CPHmat,cinza,k coeficiente de pegada hídrica cinza unitária do material “k” [volume/unid.func.]
N número de materiais empregados [adimensional]
Caso
Casooo cálculo
cálculo dedepegada
pegada hídrica
hídrica de obra
de obra seja realizado
seja realizado a partir a
dapartir
divisãoda divisão
entre PHazulentre PH
e PHcinza , éazul e PHcinza,
é possível realizar o cálculo exclusivo da pegada hídrica de obra azul (PH
possível realizar o cálculo exclusivo da pegada hídrica de obra azul (PHobra,azul) pela Equação 16:
obra,azul ) pela Equação
Data:
16:out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico
Infinitytech Caixa/SindusCon-SP
Engenharia | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
e Meio Ambiente 68
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
Real Parque, + São
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
Paulo - SP. = PABX- 11 3755-9033
Caso o cálculo de pegada www.infinitytech.com.br
hídrica de obra seja 𝐍𝐍 realizado a partir
da divisão entre PHazul e PHcinza,
{𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏exclusivo
é possível realizar o=cálculo − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) +
da∑ [𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨
pegada hídrica
𝐣𝐣
× (𝟏𝟏 −
de 𝐂𝐂
obra
𝐣𝐣 )] } 𝐭𝐭azul (PHobra,azul) pela Equação
16: 𝐤𝐤=𝟏𝟏 Equação Equação
16 16
𝐍𝐍

+ ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 + 𝐏𝐏𝐇𝐇
𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 𝐤𝐤
×=𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 )
𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
𝐤𝐤=𝟏𝟏 𝐍𝐍

= {𝐐𝐐 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂
𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 pegada𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑ [𝐐𝐐 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂 )]} 𝐭𝐭
PHobra,azul hídrica azul da𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐣𝐣
fase 𝐣𝐣de concepção/obra [volume]
PH
PHobra,azul
obra,direta,azul 𝐍𝐍 pegada hídrica 𝐤𝐤=𝟏𝟏
azul direta da fase
pegada hídrica azul da fase de concepção/obra [volume]de concepção/obra [volume] Equação 16
PHobra,indireta,azul pegada hídrica azul indireta da fase de concepção/obra [volume]
PHQobra,d,azul + ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 pegada
vazão
hídrica
consumida
𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
azul direta da fase de concepção/obra [volume]
× 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞
para𝐤𝐤 )usos sanitários [volume/tempo]
san 𝐤𝐤
PHCobra,i,azul
san 𝐤𝐤=𝟏𝟏 coeficiente
pegada hídrica azul indireta
de retorno no usoda fase de concepção/obra [volume]
sanitário[%]
Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]
Qsan
Cj
vazão
coeficiente
consumidade retorno
para usos sanitários [volume/tempo]
PHobra,azul pegada hídrica azul da fasedo deuso “j” [%]
concepção/obra [volume]
PHCsan
CPH mat,azul,k
obra,direta,azul pegada coeficiente
coeficiente
hídrica azul de direta
pegadaretornodano
hídrica fase usodesanitário[%]
azul unitária do material
concepção/obra “k” [volume/unid.func.]
[volume]
PH qtdek pegada quantidade
hídrica do material
azul indireta “k”fase
da [unid.func.]
de concepção/obra [volume]
Qobra,indireta,azul
N
vazão
número
demandada
de materiais
para outros
empregados
usos [volume/tempo]
[adimensional]
Qsanoutros vazão consumida para usos sanitários [volume/tempo]
Cj t
Csan coeficiente
tempo
coeficiente de retorno
duração
de retorno nodeuso
obrado uso “j” [%]
[tempo]
sanitário[%]
Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]
Cj
CPHmat,azul,k coeficiente pegada hídrica azul unitária do material “k” [volume/unid.func.]
coeficiente de retorno do uso “j” [%]
Já a pegada hídrica cinza de obra (PHobra,cinza ) calcula-se por:
qtde
CPH
mat,azul,k
k
quantidade
coeficiente pegadadohídrica material
azul“k” [unid.func.]
unitária do material “k” [volume/unid.func.]
qtdek quantidade do material “k” [unid.func.]
N N número
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = 𝐏𝐏𝐇𝐇
número
de materiaisde materiais empregados
empregados
𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 =
[adimensional]
[adimensional]
t t tempotempo de duração de obra [tempo]
de duração de obra [tempo] 𝐍𝐍
𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏 − 𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
=cinza
[cinzade ] 𝐭𝐭 +por:
∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞𝐤𝐤 )
Equação 17
Já aJápegada
a pegada hídrica
hídrica de obra
obra (PH
𝐂𝐂 (PH−obra,cinza
𝐂𝐂
obra,cinza) )calcula-se
calcula-se por:
𝐦𝐦á𝐱𝐱 𝟎𝟎
𝐤𝐤=𝟏𝟏
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨,𝐢𝐢,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 =
PHobra,cinza pegada hídrica cinza da fase de concepção/obra [volume]
𝐍𝐍
PHobra,direta,cinza 𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏
pegada − 𝐄𝐄 cinza
hídrica × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
direta da fase de concepção/obra [volume] Equação 17
=[
PHobra,indireta,cinza pegada hídrica cinza indireta ] 𝐭𝐭 da
+ ∑(𝐂𝐂𝐂𝐂𝐇𝐇 𝐦𝐦𝐦𝐦𝐭𝐭,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐤𝐤 × 𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐪𝐞𝐞
fase de concepção/obra 𝐤𝐤 )
[volume] Equação 17
Cargager carga𝐂𝐂de − 𝐂𝐂𝟎𝟎
𝐦𝐦á𝐱𝐱contaminante gerada [massa/tempo]
𝐤𝐤=𝟏𝟏
E eficiência de remoção de contaminante da estação [%]
%trat
PHobra,cinza pegadaporcentagem
hídrica cinza do da
efluente
fase de gerado tratada [%][volume]
concepção/obra
PHPHCobra,cinza
máx pegadaconc.
pegada máxima
hídricahídrica
cinzapermita
cinza da
direta dofase
da contaminante
fase de no corpo receptor/ponto
de concepção/obra
concepção/obra [volume]
[volume] de lançamento
obra,direta,cinza
PH pegada[massa/volume]
hídricahídrica
cinza indireta da fase de concepção/obra [volume]
PH
obra,indireta,cinza
Cobra,d,cinza
pegada
conc.
cinza direta
inicial do contaminante
da fase de concepção/obra [volume]
no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
0
Carga ger carga de contaminante gerada [massa/tempo]
E PHobra,i,cinza
CPH k
mat,cinza pegada
coeficiente
eficiência hídrica cinza
de
de remoção pegada indireta da fase
hídrica
de contaminante cinza de concepção/obra
unitária
da estação do [%] material “k”[volume]
[volume/unid.func.]
Qtdek
%trat quantidade
porcentagem do do material
efluente “k” [unid.func.]
gerado tratada [%]
Carga carga de contaminante gerada [massa/tempo]
CmáxN ger conc.número
máximadepermitamateriais empregados no
do contaminante [adimensional]
corpo receptor/ponto de lançamento
E t tempo de duração de obra contaminante
eficiência
[massa/volume] de remoção de [tempo] da estação [%]
C0 conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
CPHmat,cinza k coeficiente de pegada hídrica cinza unitária do material “k” [volume/unid.func.]
Qtdek Pegada hídrica de uso
quantidade do material “k” [unid.func.]
N número de materiais empregados [adimensional]
t tempo de duração de obra [tempo]
A PHuso se refere ao uso e operação da edificação e objetiva avaliar como a concepção da
edificação resulta em apropriações de água diferentes ao longo de sua vida útil. A aplicação73
de
Pegada hídrica de uso
medidas que resultem em redução do consumo de água ou previsão de fontes alternativas, por
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

%trat porcentagem do efluente gerado tratada [%]


Cmáx conc. máxima permita do contaminante no corpo receptor/ponto de lança-
mento [massa/volume]
C0 conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/
volume]
CPHmat,cinza k coeficiente de pegada hídrica cinza unitária do material “k” [volume/unid.func.]
Qtdek quantidade do material “k” [unid.func.]
N número de materiais empregados [adimensional]
t tempo de duração de obra [tempo]

3.3 Pegada hídrica de uso


Data: out-19 | Revisão: 00
A PHuso se refere PNUD
Cliente: ao uso |e Projeto:
operaçãoGuia
da edificação
Metodológicoe objetiva avaliar como |a Etapa:
Caixa/SindusCon-SP concepção
Etapada06edifica-
– Produto 09 (RT06)
ção resulta em apropriações de água diferentes ao longo de sua vida útil. A aplicação de medidas que
Data: out-19 | Revisão:
resultem 00
em redução do consumo de água ou previsão de fontes alternativas, por exemplo, conduz a
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
impacto
pegadas hídricas distintasda
aoadoção
longo da de
vidamedidas que, seja
útil da edificação, o quepor
devemeio de gestãonade
ser considerado demanda ou de oferta,
avaliação
da PHtotal. Em em
outras
menores volumes apropriados de água ao longo da vida útil daseja
palavras, o cálculo possibilita analisar o impacto da adoção de medidas que, edificação.
por meio de gestão
impacto da adoção de medidas de demanda que,ouseja
de oferta, resultem
por meio de em menores
gestão volumes apropriados
de demanda de águaresultem
ou de oferta,
ao longo da vida útil da edificação.
A metodologia deste guia, como já justificado em 2.1.2, considera somente as pegada
em menores volumes apropriados de água ao longo da vida útil da edificação.
A metodologia
diretasdeste guia,
para a como
etapajá de justificado
uso (PH emuso,d,azul
2.1.2, considera somente
e PHuso,d,cinza as pegadas hídricas
), conforme ilustrado na Figura 26
diretas para a etapa de uso
A metodologia deste guia, como já (PH e PH
justificado
uso,d,azul
), conforme ilustrado na Figura 26
em 2.1.2, considera somente as pegadas hídricas
uso,d,cinza

diretas para a etapa de uso (PHuso,d,azul e PHFIGURA uso,d,cinza26 ), conforme ilustrado na Figura 26
Estrutura de cálculo da PHuso
PHuso,d,azul

PHuso PHuso,d PHuso,d,azul

PHuso PHuso,d PHuso,d,cinza

PHuso,d,cinza
PHuso ............ PH de uso
PHuso,d .......... PH de uso direta
PHuso,d,azul ..... PH de uso direta azul
PHuso
PHuso ............ PH de uso PH de uso
PHuso,d,cinza .... PH de uso direta cinza
PHuso,d .......... PH de uso direta
PHuso,d PH de uso direta
PHuso,d,azul ..... PH
PH de uso direta azul
PH de uso direta azul
PHuso,d,cinza .... PH uso,d,azul
de uso direta cinza Figura 26. Estrutura de cálculo da PHuso
PHuso,d,cinza PH de uso direta cinza
Matematicamente,
Matematicamente, Figura
essas 26.essas
componentes componentes
Estrutura
se de cálculo
relacionam se PH
da relacionam
da seguinte
uso
forma: da seguinte forma:

Matematicamente, essas componentes


𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 = 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝 =se
𝐏𝐏𝐇𝐇relacionam da seguinte forma:
𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 Equação 18
Equ

𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 = 𝐏𝐏𝐏𝐏
Há 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝
inúmeros = 𝐏𝐏𝐇𝐇
fatores + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜
que influenciam
𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 no uso de água durante a vida útil da edificação, sendo
Equação 18
os principais as Hámedidas
inúmeros fatoresà gestão
relacionadas que influenciam
da demanda e dosno uso de água
efluentes. durante
Medidas a vida
de redução de útil da edificaçã
consumo de água irão impactar
os principais as medidas na PH azul
, enquanto as de redução de cargas lançadas (tratamento de
relacionadas à gestão da demanda e dos efluentes. Medidas de
esgotos,
Há inúmeros fatores reúso etc.)
de que irão
consumo reduzir
influenciam a PH
de água
cinza
.
no irãouso de água durante
impactar a vida
na PHazul útil da edificação,
, enquanto sendo
as de redução de cargas
os principais as medidas relacionadas
(tratamento à gestão
de esgotos, reúso da demanda
etc.) irãoereduzir
dos efluentes.
a PHcinza.Medidas de redução
de consumo de água irão impactar na PHazul, enquanto as de redução de cargas lançadas
(tratamento de esgotos, Exemplos reúso deetc.) fatores
irãoque reduzirinfluenciam
a PHcinzaa. PHuso da edificação são:
74
 influenciam
Exemplos de fatores que tipo de peças hidrossanitárias
a PH utilizadas;
uso da edificação são:
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Exemplos de fatores que influenciam a PHuso da edificação são:


• tipo de peças hidrossanitárias utilizadas;
• existência de medidas de redução de vazão nos pontos de uso, como controle de pressão
estática;
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
• medição individualizada;
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente:
• sistemas dePNUD | Projeto:
tratamento e/ouGuia de esgotos.Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Metodológico
reúso
Pegada hídrica de uso direta – PHuso,d
Vale lembrar que a demanda não é igual à PHazul, mas há proporcionalidade entre essas duas
grandezas.
Como já definido, Pegada
Assim, a redução
hídricasomente
a PHuso abordará de uso
da água retirada paraos
direta
atendimento
– PH
usos diretos, aos ou
usos cotidianos de operação da
uso,dseja, aqueles que efetivamente
edificação irá também abater a PHazul.
ocorrem ou são resultantes de processos e atividades realizadas no empreendimento. Dessa
forma, 3.3.1
não Pegada
serão
Como hídrica de
já consideradas
definido, uso
a PH direta –indiretas
apropriações
uso abordará PH
somente
uso,d
deoságua,
usosas quais são
diretos, referentes
ou seja, aquelesaos que efe
processos de
Comoocorremfabricação
já definido,ou de
são
a PH insumos consumidos
resultantes
abordará somente pelos
deosprocessos ocupantes.
usos diretos,eouatividadesA PH se divide
seja, aquelesrealizadas
uso em PH e
no empreendime
que efetivamente azul
uso
PH
ocorrem
cinza, como segue
ouforma, na
são resultantesEquação
não serão 19.
consideradas
de processos e atividades apropriações indiretas de
realizadas no empreendimento. água,
Dessa forma,asnão
quais são refe
serão consideradas
processos apropriações
de fabricaçãoindiretas de deágua,
insumos as quaisconsumidos
são referentespelos aos processos de fabricação
ocupantes. A PHuso se divide
𝐏𝐏𝐇𝐇
de 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 =PH
insumos 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝
consumidos = 𝐏𝐏𝐇𝐇
pelos ocupantes. + 𝐏𝐏𝐇𝐇
A PH se divide em PH e PH , como segue na Equação Equação
19. 19
cinza , como segue na Equação 19.
𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜
uso azul cinza

PHuso pegada hídrica de uso e ocupação da edificação [volume]


PHuso.d 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 pegada
= 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝
hídrica=direta
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚
de uso e ocupação+ 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜
da edificação [volume] Equação 19
PHuso,d,azul pegada hídrica azul direta de uso e ocupação da edificação [volume]
PHuso,d,cinza PH pegada hídrica cinza direta
pegada hídrica dede usouso
e ocupação
e ocupação da edificação [volume]
PHuso uso
pegada hídrica de uso e ocupação da edificação [volume] da edificação [volume]
PHuso.d pegada hídrica direta de uso e ocupação da edificação [volume]
PHuso.d pegada hídrica direta de uso e ocupação da edificação [volume]
PegadaPH hídrica pegada
deazul
uso hídrica azul
direta direta de uso e ocupação da edificação [volume]
de usoazul – PH
uso,d,azul
PHuso,d,azul pegada hídrica direta e ocupação uso,d,azul
da edificação [volume]
PHuso,d,cinza pegada hídrica cinza direta de uso e ocupação da edificação [volume]
PH pegada hídrica cinza direta de uso e ocupação da edificação [volume]
A PHazuluso,d,cinza
refere-se somente à água “perdida” em processos, podendo ser calculada pela
diferença
3.3.1.1 entre a água
Pegada demandada
hídrica de uso ediretaa retornada
azul – PH(efluente). Alguns processos específicos,
presentes principalmente em edificações comerciais, têmazul
Pegada hídrica de uso direta alto – PHuso,d,azul
uso,d,azul
impacto nas perdas de água por
A PHazul refere-se somente à água “perdida” em processos, podendo ser calculada pela diferença
evaporação, como é o caso de sistemas de torres de resfriamento e devem ser avaliados
entre a águaA demandada
PHazul refere-se e a retornada (efluente).
somente à Alguns
água processos
“perdida” específicos, presentes principal-
em processos, podendo ser calcu
individualmente.
mente em edificações comerciais, têm alto impacto nas perdas de água por evaporação, como é o
diferença entre a água demandada e a retornada (efluente). Alguns processos e
caso de sistemas de torres de resfriamento e devem ser avaliados individualmente.
Os procedimentos
presentes deprincipalmente
cálculo da PHuso,d,azul são análogoscomerciais,
em edificações aos da PHobra,d,azultêm alto(tópico 3.2.1),nas
impacto e asperdas d
Os procedimentos
diferençasevaporação,
residem somente de cálculo da PH
nosétipos de usos são análogos aos da PH (tópico 3.2.1), e as
como o caso
uso,d,azul de asistemas
serem considerados
de torres edeseusresfriamento
obra,d,azul respectivos valores,
e devem ser
ediferenças
tambémresidem ao fato somente
de que nos tipos
em de usos a há
projeto serem considerados
estimativa de econsumo
seus respectivos
para valores, e
realização dos
individualmente.
também ao fato de que em projetoehádeestimativa
dimensionamentos hidráulicos demais de consumoNo
sistemas. para realização
cálculo dos dimensionamen-
da pegada hídrica de uso, a
tos hidráulicos
variável e de demais
“t” referente aosistemas.
períodoNo cálculo da pegada
considerado pode hídrica de uso, a variável
estar atrelada “t” referente
a um período específico,
Os procedimentos de cálculo da PHuso,d,azul sãocomoanálogos aos da PH obra,d,azul (tópico 3
como um ano, ou à vida útil da edificação. Assim, a PHuso,d,azul pode ser calculada pelada
ao período considerado pode estar atrelada a um período específico, um ano, ou à vida útil Equação
edificação.diferenças
20. Assim, a PHuso,d,azulresidem
pode somente
ser calculada nos pelatipos de usos
Equação 20. a serem considerados e seus respectiv
e também ao fato de que em projeto há estimativa de consumo para reali
dimensionamentos hidráulicos e de demais 𝐍𝐍 sistemas. No cálculo da pegada hídrica
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = (𝐐𝐐
variável𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝 − 𝐐𝐐
“t” referente
𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 )𝐭𝐭 = {𝐐𝐐 (𝟏𝟏
ao período
𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 − 𝐂𝐂 ) + ∑[𝐐𝐐 𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 ×
𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 considerado (𝟏𝟏 − estar
pode Equação
𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭 atrelada
Equação 20 período
20a um
𝐤𝐤=𝟏𝟏
como um ano, ou à vida útil da edificação. Assim, a PHuso,d,azul pode ser calculada pe
PHuso,d,azul
20. pegada hídrica azul direta da fase de uso [volume]
QdemPHuso,d,azul vazão
pegada hídrica azul total
demandada direta[volume/tempo]
da fase de uso [volume]
QeflQ vazão
vazão de efluentestotal
demandada gerados [volume/tempo]
[volume/tempo]
Qsan dem vazão demandada para usos sanitários [volume/tempo] 𝐍𝐍
Qefl vazão demandada
de efluentes gerados [volume/tempo]
Qoutros vazão
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = (𝐐𝐐𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝𝐝para− 𝐐𝐐outros usos [volume/tempo]
𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 )𝐭𝐭 = {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭 E
Csan coeficiente de retorno das demandas sanitárias [%]
𝐤𝐤=𝟏𝟏
Ck coeficiente de retorno do uso “k” [%]
t PHuso,d,azul
período analisado [tempo]
pegada hídrica azul direta da fase de uso [volume]
Qdem vazão demandada total [volume/tempo]
Recomenda-se
Qefl que a determinação de Qsan gerados
vazão de efluentes seja feita mediante utilização de valores de
[volume/tempo]
demanda per capita
Qsan dos ocupantes, uma vez que os memoriais e/ou documentações para75
vazão demandada para usos sanitários [volume/tempo]
obtenção deQcertificação
outros vazão demandada
ambiental para outros
obrigatoriamente usos [volume/tempo]
apresentam essas informações. Nesse
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Qsan vazão demandada para usos sanitários [volume/tempo]


Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]
Csan coeficiente de retorno das demandas sanitárias [%]
Ck coeficiente de retorno do uso “k” [%]
t período analisado [tempo]
Data: out-19 | Revisão:
Recomenda-se 00
que a determinação de Qsan seja feita mediante utilização de valores de demanda
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
per capita dos ocupantes, uma vez que os memoriais e/ou documentações para obtenção de certi-
ficação ambiental obrigatoriamente apresentam essas informações. Nesse caso, é possível também
incorporar
caso,aéexistência
possível outambém
não de medidas de redução
incorporar de demanda de
a existência ouágua
nãonadeedificação
medidas ao cálculo da
de redução de demanda d
pegada hídrica. Portanto, o ideal é que essa informação seja efetivamente calculada durante o projeto,
água na edificação ao cálculo da pegada hídrica. Portanto, o ideal é que essa informação se
considerando a ocupação e as medidas previstas, e não somente retirada de valores de bibliografia.
efetivamente calculada durante o projeto, considerando a ocupação e as medidas previstas,
não somente retirada de valores de bibliografia.
TABELA 24
Exemplos genéricos de demanda per capita por tipo de ocupante
Tabela 24. Exemplos genéricos de demanda per capita por tipo de ocupante
Tipologia Tipologia
AC AC Valor Valor Unidade
Unidade
Residencial
Residencial
Moradores
Moradores
150
150 l/morador/dia
l/morador/dia
Comercial Funcionários 50 l/funcionário/dia
Comercial Funcionários 50 l/funcionário/dia
Comercial Visitantes 1,5 l/visitante
Comercial Hoteis
Visitantes Hóspedes1,5 80 l/hóspede/dia
l/visitante
NOTA: os valores acima são exemplos genéricos de demanda per capita.
Hoteis ComoHóspedes
já explicado, o ideal 80é que cada empreendimento
l/hóspede/diacalcule valores
próprios de acordo com as características da edificação.
NOTA: os valores acima são exemplos genéricos de demanda per capita. Como já explicado, o ideal é que cada
empreendimento calcule valores próprios de acordo com as características da edificação.
No caso de Qproc, eventuais usos específicos, tais como torres de resfriamento, piscinas et
devem ser também contabilizados com base em informações de projeto, buscando-se junto
No caso de Qproc, eventuais usos específicos, tais como torres de resfriamento, piscinas etc.
disciplinas responsáveis os dados necessários para seu cômputo.
devem ser também contabilizados com base em informações de projeto, buscando-se junto às disci-
plinas responsáveis os dados necessários para seu cômputo.
Pegada hídrica de uso direta cinza – PHuso,d,cinza
3.3.1.2 Pegada hídrica de uso direta cinza – PHuso,d,cinza
Os procedimentos
Os procedimentos de cálculo
de cálculo da hídrica
da pegada pegada de hídrica
uso diretade uso(PH
cinza direta )cinza (PHuso,d,cinza) são análog
são análogos
uso,d,cinza
aosdeda
aos da obrade obra3.2.1.2),
(tópico (tópico 3.2.1.2),
havendo havendo
diferença apenas diferença apenas
nos valores de entrada, noscomo valores de entrada, como
as cargas
cargas
per capita per capita
diárias, mas comdiárias,
a mesma mas
lógicacom a mesma
de cálculo. Assimlógica de PH
como para cálculo.
uso,d,azul
, aAssim como
variável “t”, para PHuso,d,azul,
referente ao período
variável “t”, considerado,
referente ao pode estar atrelada
período a um período
considerado, específico,
pode estar como
atrelada um ano ou à período específic
a um
vida como
útil da edificação.
um ano ou à vida útil da edificação.

𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐥𝐥𝐥𝐥𝐥𝐥 𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏 − 𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)


𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = ( ) 𝐭𝐭 = [ ] 𝐭𝐭 Equação 21 Equação 2
𝐂𝐂𝐦𝐦á𝐱𝐱 − 𝐂𝐂𝟎𝟎 𝐂𝐂𝐦𝐦á𝐱𝐱 − 𝐂𝐂𝟎𝟎

PHPH uso,d,cinza pegada


pegada hídricahídrica cinza
cinza direta direta
da fase da fase
de uso de uso [volume]
[volume]
Cargalan
uso,d,cinza
carga de contaminante efetivamente lançada [massa/tempo]
Cargalan
Cargager cargacarga
de contaminante efetivamente lançada [massa/tempo]
de contaminante gerada [massa/tempo]
Carga
E ger cargaeficiência
de contaminante gerada [massa/tempo]
de remoção de contaminantes da estação [%]
E %trat
porcentagem
eficiência de remoçãodo
deefluente gerado
contaminantes tratada[%][%]
da estação
Cmáx conc. máxima permitida do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento
[massa/volume]
C0 conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
t período analisado [tempo]
76
Pegada hídrica de uso – PHuso
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

%trat porcentagem do efluente gerado tratada [%]


Cmáx conc. máxima permitida do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [mas-
sa/volume]
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente:
C0 conc. inicial PNUD | Projeto:
do contaminante noGuia
corpoMetodológico Caixa/SindusCon-SP
receptor/ponto | Etapa: Etapa 06 – Produt
de lançamento [massa/volume]
t período analisado [tempo]

3.3.2 Pegada𝐏𝐏𝐏𝐏
hídrica=de𝐏𝐏𝐇𝐇
uso – PHuso+ 𝐏𝐏𝐇𝐇
𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 =
Data: out-19 | Revisão: 00
Determinadas as pegadas hídricas azul direta (PHuso,d,azul) e cinza direta (PHuso,d,cinza) é possível
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP 𝐍𝐍06 – Produto 09 (RT06)
| Etapa: Etapa
calcular a PHuso por meio de:
= {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭
𝐏𝐏𝐏𝐏𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮 = 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 + 𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 = 𝐤𝐤=𝟏𝟏
𝐍𝐍
𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏 − 𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
= {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + [ 𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭
+ ∑[𝐐𝐐 ] 𝐭𝐭
𝐤𝐤=𝟏𝟏 𝐂𝐂𝐦𝐦á𝐱𝐱 − 𝐂𝐂𝟎𝟎 Equação 22
Equação 22
𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐂𝐚𝐚𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠𝐠 × (𝟏𝟏 − 𝐄𝐄 × %𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭𝐭)
+[ ] 𝐭𝐭
PHuso 𝐂𝐂𝐦𝐦á𝐱𝐱pegada
− 𝐂𝐂𝟎𝟎 hídrica de uso
PHuso,d,azul pegada hídrica de uso direta azul [volume]
PHuso
PH uso pegadaPH
pegadahídrica de uso
hídrica pegada hídrica de uso direta cinza [volume]
de uso
uso,d,cinza
PH
PHuso,d,azul
uso,d,azul pegada
pegada hídrica
Qhídrica de direta
de uso uso
vazãodireta azul [volume] para usos sanitários [volume/tempo]
azuldemandada
[volume]
san
PHuso,d,cinza pegada hídrica de uso direta cinza [volume]
PHuso,d,cinza
Qsan pegada Chídrica
vazão de uso direta
demandada
san para cinza sanitários
coeficiente
usos [volume]
de retorno das demandas sanitárias [%]
[volume/tempo]
QsanC san vazão Qdemandada
coeficiente paravazão
outros de retorno usos
dassanitários
demandada
demandas [volume/tempo]
para[%]outros usos [volume/tempo]
sanitárias
CsanQ
outros vazão
Ck demandada
coeficiente para
de retorno das outros usos
coeficiente
demandas de[volume/tempo]
retorno
sanitárias [%] do uso “k” [%]
Ck coeficiente de retorno do uso “k” [%]
Qoutros
Carga ger vazão Carga
carga ger paracarga
demandada
de contaminante outros de contaminante
usos
gerada [volume/tempo]
[massa/tempo]
gerada [massa/tempo]
Ck E eficiência de remoção de contaminantes da estaçãocontaminantes
E
coeficiente de retorno eficiência
do uso “k” [%] de remoção de [%] da estação [%]
%trat
Cargager %trat
porcentagem do porcentagem
efluente gerado
carga de contaminante gerada [massa/tempo] do
tratada efluente
[%] gerado tratada [%]
Cmáx conc.
Cmáx máxima permitida
conc. do contaminante
máxima no corpo
permitida receptor/ponto de lançamento
E eficiência de remoção de
[massa/volume] contaminantes da estação [%] do contaminante no corpo recept
C0 conc. inicial [massa/volume]
%trat porcentagem dodo contaminante
efluente no corpo
gerado tratada [%]receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
t C0 analisado [tempo]
período conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lança
Cmáx conc. máxima permitida do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [mas-
t período analisado [tempo]
sa/volume]
Pegada hídrica da edificação
Pegada hídrica da edificação
C0 conc. inicial do contaminante no corpo receptor/ponto de lançamento [massa/volume]
t O cálculo
período
das analisado
pegadas [tempo]de obra (PHobra) e de uso (PHuso) levam à possibilidade de
hídricas
contabilização da PH total da edificação, denominada PHedif.
3.4 Pegada hídrica da
O cálculo dasedificação
pegadas hídricas de obra (PHobra) e de uso (PHuso) le
O cálculo das pegadascontabilização
hídricas de obrada(PH
PH total da(PH
) e de uso edificação, denominada
) levam à possibilidade PHedif.
de conta-
𝐏𝐏𝐇𝐇 PH = 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 + 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮denominada obra uso
Equação 23
bilização da𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞 total da edificação, PHedif.
PHedif pegada hídrica da edificação [volume]
PHobra pegada hídrica de obra [volume]
PHuso
𝐏𝐏𝐇𝐇𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞𝐞
pegada
= 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨
hídrica de uso
+ 𝐏𝐏𝐏𝐏
[volume] 𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮
Equação 23

PH PH
A PHedif, portanto,
pegada contabiliza
hídrica pegada
das hídrica de
apropriações
edif da edificação [volume] daágua,
edificação
isto é, [volume]
as pegadas hídricas, tanto da
edif
PHobra
PHobra
etapa de obras (PH ) como dopegada
obra hídrica
uso (PHuso de obra ao
) da edificação
pegada hídrica de obra [volume]
[volume]
longo de sua vida útil.
PHuso pegada hídrica de uso [volume]
PHuso pegada hídrica de uso [volume]
Pegada hídrica específica
A PHedif, portanto,
A PH contabiliza das apropriações de água, isto é, as pegadas hídricas, tanto da
edif, portanto, contabiliza das apropriações de água, isto é, as pe
etapa Para
de obras (PH
realização ) como do uso (PHuso) coerentes
de comparações da edificação ao longo
entre de sua vida
edificações útil.
distintas, prevê-se que sejam
obra
etapa de obras (PHobra) como do uso (PHuso) da edificação ao longo de
utilizados indicadores específicos que quantifiquem a PH em função de alguma variável pré-
determinada. Como já explicado no item 2.1.3, foram adotadas variáveis diferentes para o
Pegada hídrica específica
cálculo de PHobra e PHuso específicas, sendo a área total construída (ACT) para a primeira e o
número de agentes consumidores (AC) para a segunda.
77
Para realização de comparações coerentes entre edificações distint
PHobra específica
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

3.5 Pegada hídrica específica


Para realização de comparações coerentes entre edificações distintas, prevê-se que sejam utili-
zados indicadores específicos que quantifiquem a PH em função de alguma variável pré-determina-
da. Como já explicado no item 2.1.3, foram adotadas variáveis diferentes para o cálculo de PHobra e
Data:
PHuso específicas, sendo a área out-19
total | Revisão:
construída 00 para a primeira e o número de agentes consu-
(ACT)
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (R
midores (AC) para a segunda.
Data: out-19
3.5.1 PHobra específica | Revisão: 00
𝑷𝑷𝑯𝑯Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT
Cliente: PNUD | Projeto:
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆
A PHobra específica é calculada pela simples = divisão de PHobra pela ACT, conforme Equação 24.
𝑨𝑨𝑨𝑨𝑨𝑨
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐
𝑷𝑷𝑯𝑯PH obra,esp =
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 pegada hídrica específica de obraEquação
[volume/área]
24
PHobra 𝑨𝑨𝑨𝑨𝑨𝑨
pegada hídrica de obra [volume]
PHobra,esp ACT
pegada hídrica área construída total da edificação [área]
PH específica de obra [volume/área]
obra,esp pegada hídrica específica de obra [volume/área]
PHobra pegada hídrica
PH de obra [volume]
obra pegada hídrica de obra [volume]
ACT PHobra,esp
área construída é uma relação de volume por área, sendo recomendada sua apres
ACT total da edificação [área]
área construída total da edificação [área]
PHuso específica
PHobra,esp é uma relação de volume por área, sendo recomendada sua apresentação em m³/m².
PHobra,esp é uma relação de volume por área, sendo recomendada sua aprese
3.5.2 PHuso específica
No caso da PHuso específica, a PH uso específica
No caso da PH
variável uso específica, a variável de referência é o número de ocu
de referência é o número de ocupantes, ou agentes con-
consumidores
sumidores (AC), da edificação (AC), analisado.
e o período de tempo da edificação e o período de tempo analisado.
No caso da PHuso específica, a variável de referência é o número de ocup
consumidores 𝑷𝑷𝑯𝑯𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖
𝑷𝑷𝑯𝑯 =(AC), da edificação e o período de tempo
𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆
analisado.
Equação 25
𝑨𝑨𝑨𝑨 × 𝒕𝒕
PHuso,esp 𝑷𝑷𝑯𝑯
pegada hídrica específica de uso 𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖
[volume/AC/tempo]
𝑷𝑷𝑯𝑯 uso,esp =
PH𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 pegada hídrica específica de uso [volume/AC/tempo]
PHuso pegada hídrica
PHuso de uso 𝑨𝑨𝑨𝑨
[volume]× 𝒕𝒕
pegada hídrica de uso [volume]
AC número médio
AC de agentes consumidores
número médio de agentes consumidores
PHuso,esp pegada hídrica específica de uso [volume/AC/tempo]
t t
período analisado [tempo] período analisado [tempo]
PHuso pegada hídrica de uso [volume]
AC
3.6 Exemplos de aplicação da metodologianúmero médio de agentes consumidores
t período analisado [tempo]
Este tópico apresenta exemplos de aplicação da metodologia de cálculo de pegada hídrica de-
senvolvida nos itens 2 e 3 e busca facilitar a compreensão do leitor por meio de simulações práticas
e simples. Serão contempladas diferentes situações que, em seu conjunto, contemplam todos os
principais pontos da metodologia. Todos os exemplos são baseados em empreendimentos fictícios, e
foram adotadas diversas simplificações por fins práticos.

E.1 PHedif,azul de edificação em fase de concepção

Os cálculos abaixo consideram somente as PHazul de obra e de uso.


Exemplos de cálculo de PHcinza são apresentadas no exemplo E.3.

Imaginemos que a empresa ABC deseja realizar a avaliação da pegada hídrica azul de uma de
suas obras que se encontra ainda na fase de concepção/projeto. Por ainda não estar concluída, não
é possível a determinação de alguns valores, como as demandas de água em canteiro, e por isso são
necessárias estimativas.

78
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

E.1.1 Levantamento de dados

i. Dados de canteiro

Dado Valor
ACT (m²) 12.000

Efetivo médio mensal 60

Duração da obra (meses) 20

Jornada média (dias/mês) 22

ii. Dados de orçamento

A partir dos orçamentos, foram quantificados os principais materiais a serem contempla-


dos nos cálculos de pegadas hídricas indiretas. Todos foram quantificados em função de
suas unidades funcionais (UF) e agrupados conforme categoria MAT1, ou seja, em nível
de detalhamento mais abrangente. São eles:

Material (MAT1) Qtde. UF


Concreto 9.000 m³

Aço 250.000 kg

Argamassa 200.000 kg

Cimento 400.000 kg

Bloco de concreto 900.000 unid.

iii. Dados sobre o produto

A edificação é de uso somente residencial, e não são previstos usos intensivos específi-
cos como torres de resfriamento.

Dado Valor

Tipologia residencial

AC aplicável residentes

AC (residentes) 150

Demanda per capita diária padrão (l/AC/dia) 200

Redução de demanda por conta de medidas de uso racional 15%

Demanda per capita diária resultante (l/AC/dia) 170

Presença de processos consumidores específicos relevantes


Não
(torre de resfriamento, piscinas etc.)?

VUP (anos) 50

79
VUP (anos)
Presença
específicosde processos(torre
relevantes VUP (anos) Não 50
consumidores
de resfriamento, 50
Presença
específicosde processos
relevantes consumidores
(torre de resfriamento, Não
GUIA piscinas etc.)?relevantes
específicos
METODOLÓGICO
piscinas etc.)? (torre DE
DE CÁLCULO de PEGADA
resfriamento,
HÍDRICANão
PARA EDIFICAÇÕES
VUP (anos)
piscinas
VUP (anos)etc.)? 50
50
VUP (anos) 50
i. PHobra,d,azul (obra direta PHobra,d,azul (obra direta azul)
i. azul)
E.1.2 Cálculo
Como da PHobra
a edificação Comoem
a edificação ainda está em
de projeto,
demandanão
de há dados
i.i. PHPH obra,d,azul(obra
obra,d,azul (obra diretaainda
direta azul)está
azul) projeto, não há dados água para
que a PHobra,d,azul seja devidamente que a PHcalculada.obra,d,azul seja Umadevidamente calculada.de
opção é a utilização Uma opção é
indicadores
i. i. PHobra,d,azul
PH
Como
Como aa (obra
edificação
edificação
obra,d,azul (obra direta
ainda
direta
ainda azul)
está
azul)
está em
em
médios, projeto,
projeto, não
não há há dados
dados de de demanda
demanda de de
águaágua
para para
médios, como a DPA (demanda porcomo área)a eDPA a DPC(demanda
(demanda por per área) e a DPC
capita) de (dema
outras
que
que aaPH obra,d,azul seja devidamente
PHsimilares devidamente obras calculada.
calculada.
similares UmaUma opção
opção
(ver item é aéresolveu
a utilização
utilização
2.2.3). A de de indicadores
indicadores
equipe
obras
Como
Como
obra,d,azul
a como
edificação
a edificação (ver item
ainda 2.2.3).
estápor em A equipe
projeto, denãoda ABC
há dados depara utilizar
demanda ade água resolv
da ABC
média entre
para
médios,
médios,
valores como
de DPAaainda
a DPAestá
e DPC
em projeto,
(demanda
(demanda
de por
valores
suas
não
obras,
há dados
área)
área)
de e ea aDPC
DPA
procedendoe
demanda
DPC
DPC (demanda
deda
de água
(demanda
suas per per
obras,
seguinte
que ade outras
capita)
capita)
maneira. de outras
procedendo da seguin
PHque
obras
obras
asimilares
PHseja
similares
obra,d,azul
devidamente
obra,d,azul (ver
(ver
seja item
item
devidamente
calculada.
2.2.3).
2.2.3). UmaAAequipecalculada.
opção
equipe édaada ABCUmaresolveu
utilização opção
de
ABCresolveu
é utilizar
indicadoresa utilização
utilizar médios,
a média de
a média
indicadores
entreentre
médios,
como
valores a DPA de como
(demanda
valores de DPA e DPC DPA e a DPCDPA
por de
de (demanda
área)
suas
suase a DPC
obras,
obras, por
(demanda área)
procedendo
procedendo per e a
capita)
da da DPC
de (demanda
outras
seguinte
seguinte obras
maneira. per
similares
maneira. capita) de outras
3 3
obras
(ver item similares
2.2.3). A equipe 𝑚𝑚(ver da item 2.2.3).
ABC resolveu A
utilizar equipe
a 𝑚𝑚 entre
média da ABC
valoresresolveu
de DPA e utilizar
DPC de a média entre
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 = 0,25 32 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 = 0,25 2
valores de
suas obras, procedendo DPA 𝑚𝑚
𝑚𝑚3 e DPC
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 de suas
da seguinte maneira. obras, 𝑚𝑚
procedendo 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 da seguinte maneira.
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨==0,25
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 0,25 𝑚𝑚
𝑚𝑚22 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑚𝑚 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑚𝑚33 𝑚𝑚3
𝑚𝑚
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑨𝑨 = 0,25 𝑚𝑚23 3 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑚𝑚 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠3 e DPC, foram
Com base eme𝑚𝑚 DPA Com base estimadas em DPA edemandas
DPC, foram
astotais estimadas
totais (DT) as demandas
com base em cada tot
Com
Com
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫basebase
= em
2,0emDPA DPA DPC,
e DPC,foram estimadas
foram estimadas as demandas
as demandas (DT) com(DT)
totais basecom
em base
cada em cada
Comum
um deles:
base
deles: em𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
DPA e um deles:
DPC, foram estimadas as demandas totais (DT) com base em cada
𝑚𝑚ê𝑠𝑠
um deles:
um deles:
Com base em DPA2 e2DPC, foram
3
𝑚𝑚3 𝑚𝑚 estimadas 𝑚𝑚3 (DT) com base
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 12.000 𝑚𝑚 × 0,25 𝑫𝑫𝑫𝑫 = = 12.000
3.0003 as 𝑚𝑚
𝑚𝑚
demandas
32 × 0,25 totais = 3.000 𝑚𝑚3 em cada
𝑫𝑫𝑫𝑫 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫= 12.000 𝑚𝑚 × 0,25 3 =
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫3.000 𝑚𝑚
um deles: 2 𝑚𝑚2𝑚𝑚 𝑚𝑚 2 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 3 𝑚𝑚2 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 12.000 𝑚𝑚 × 0,25 2 = 3.000 𝑚𝑚
3 3
𝑚𝑚 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
33
𝑚𝑚 𝑚𝑚 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝑚𝑚 3 𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑚𝑚3𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚3
𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 × 60 × 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = × 2,0 = 120 × 20 = 2.400 𝑚𝑚³
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫
𝑫𝑫𝑫𝑫 𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫==12.000
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 2,0 𝑚𝑚 𝑚𝑚
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 3 2
𝑚𝑚ê𝑠𝑠× 0,25 × 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
60
𝑚𝑚ê𝑠𝑠 = 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑚𝑚=
3.000 3
𝑚𝑚 × 60×𝑚𝑚ê𝑠𝑠
120
𝑚𝑚ê𝑠𝑠 3 × 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 120
= 2.400 𝑚𝑚³ × 20
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 60 𝑚𝑚2𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 = 120𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 2.400 𝑚𝑚³ 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
Calculando-se a média 3 entre as duas estimativas: 3
Calculando-se
Calculando-se a média a𝑚𝑚entre
média entre
as×duas
Calculando-se
as duas estimativas:𝑚𝑚
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. a média entre as duas estimativas:
𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2,0
Calculando-se a média entre 60asestimativas:
duas×estimativas:
𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 = 120 × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 2.400 𝑚𝑚³
𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 +𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
𝑫𝑫𝑫𝑫 = 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 = 2.700 𝑚𝑚³ 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷
𝑫𝑫𝑫𝑫 = 2
𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 = 2.700𝑫𝑫𝑫𝑫 =𝑚𝑚³ = 2.700 𝑚𝑚³
𝑫𝑫𝑫𝑫 =
Calculando-se 2a média = 2.700
entre 𝑚𝑚³ as duas estimativas: 2
2
Com base nisso, calculou-se a PHobra,d,azul de fato, a qual é uma parcela da DT. De
acordo com peças hidrossanitárias Com ainstaladas
base no de
nisso, canteiro, estimou-se que aparcela
demanda
Com
Com
Com base
base
base
𝐷𝐷𝑇𝑇
nisso, nisso,
nisso,
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝑇𝑇
calculou-se calculou-se
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 a PHobra,d,azul
calculou-se a PH
PHfato,
de a de écalculou-se
qualfato,
obra,d,azul umafato,
a
a qual
parcela
qual da
é
a DT.
uma
PH
é Deuma acor- de
obra,d,azul
parcela
fato,
da DT.
da DT. De
a qual
De
per
𝑫𝑫𝑫𝑫
acordo =capita com para peçasusos sanitários
= 2.700 era
acordo
hidrossanitárias de
obra,d,azul
𝑚𝑚³ com 40 l/func./dia,
peças
instaladas chegando-se
hidrossanitárias
no canteiro, aos seguintes
instaladas
estimou-se queno a canteiro,
demanda
do com peças hidrossanitárias instaladas instaladas
no canteiro, no estimou-se queestimou-se
a demanda per
san2e Qproc:
acordo
valores com
de Qpeças hidrossanitárias canteiro, que a demanda
per
capita capita
para usos para
sanitários usos era de 40 per
sanitários capita
l/func./dia,era para
de 40
chegando-se usos sanitários
l/func./dia,
aos seguintes era de
chegando-se
valores 40 l/func./dia,
deaos aos seguintesc
per capita para usos sanitários era de 40 l/func./dia, chegando-se seguintes
valores
Com base: de Qsan ecalculou-se
Qnisso, Qproc
: : valores
a PH de Q e Q
san de proc :
fato,
Q
valores
san
e Qproc de san 𝑙𝑙e Qproc 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
obra,d,azul 1 𝑚𝑚a3 qual é uma parcela da DT. De
𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 = 40
acordo com peças × 60 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22
hidrossanitárias × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚no
instaladas × canteiro, = 1.056 𝑚𝑚³
estimou-se que a demanda
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.000 𝑙𝑙 3 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
per capita para 𝑙𝑙 usos sanitários era 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑙𝑙
de 40 l/func./dia, 1 𝑚𝑚
𝑚𝑚 chegando-se
3 aos seguintes 1 𝑚𝑚
𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔
𝑸𝑸valores = =
40 40 𝑙𝑙 × × 60
60 𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.×
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 =𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
2240 × 20×𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 ××601𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.×
20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 × = 22 = 1.056
1.056 𝑚𝑚³× 20𝑚𝑚³𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 ×
𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 de
𝑸𝑸𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 = 𝐷𝐷𝐷𝐷 −Q e 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
san 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑Q=proc : − 1.056 =𝑚𝑚ê𝑠𝑠
2.700 1.644 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.0001.000
𝑙𝑙 𝑙𝑙 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.00
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 3 09 (RT06)
𝑸𝑸𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑
𝑸𝑸𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 ==𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝑙𝑙𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎
− 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎 −𝑸𝑸
= 2.700
= 2.700 −
1.056 1.056
𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 = 𝐷𝐷𝐷𝐷
=−
1.644 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎 = 2.700 1
1.644
= 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 −𝑚𝑚
1.056 = 1.644
𝑸𝑸𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 = 40 × 60 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 × 20 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 × = 1.056 𝑚𝑚³
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 1.000 𝑙𝑙
Oscoeficientes
Os coeficientes de retorno
de retorno utilizadosutilizados foram neste
foram os sugeridos os sugeridos
guia, Csanneste
= 0,80 eguia,
CprocCsan = 0,80 e Cproc
76
𝑸𝑸
==0,20,
0,20, = 𝐷𝐷𝐷𝐷
Infinitytech− 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑎𝑎𝑎𝑎
Engenharia
resultando
resultando
𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑 em: em: = e 2.700 − 1.056
Meio Ambiente = 1.644
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
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𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂
Infinitytech
Infinitytech 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ×e (1
= Engenharia
Engenharia e−
Meio 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
Ambiente
Meio )Infinitytech
+ 𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ×
Ambiente (1 − 𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
Engenharia ) Ambiente
e Meio 76 76
Av.Av.Alberto
Albertode Oliveira
de Lima,
Oliveira nº144,
Lima, CEPCEP
nº144, 05690-020,
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
05690-020,
Real Parque, =São
São 1.056
Paulo - SP. (1 − 11
×- SP.
PABX- 0,80) + 1.644 × (1 − 0,20) = 𝟏𝟏. 𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓 𝒎𝒎³
Real Parque, Paulo PABX-3755-9033
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
11 3755-9033
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Infinitytech Engenharia 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
e Meio Ambiente 1.526 𝑚𝑚3 𝒎𝒎𝟑𝟑 76
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = =
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020, 2 = 𝟎𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟏
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
12.000 𝑚𝑚 𝒎𝒎𝟐𝟐
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ii. PHobra,i,azul (obra indireta azul)
A PHobra,i,azul foi calculada com base nos quantitativos e nos CPHazul e cada material,
chegando-se aos resultados abaixo.
80
Material Qtde. UF CPHazul (l/UF) PHobra,i,azul (m³) PHobra,i,azul esp (m³/m²)
Concreto 9.000 m³ 3.840 34.560 2,9
OsOscoeficientes
coeficientesdederetorno
retornoutilizados
utilizadosforam
foramosossugeridos
sugeridosneste
nesteguia,
guia,Csan
Csan= =0,80
0,80e eCpr
C
= =0,20,
0,20,resultando
resultandoem:em:
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯 𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂==
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠××(1(1−−𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 )+
𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝××(1(1−−𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
) +𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ))
𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
Data: out-19 | Revisão: 00 = =1.056
1.056 × ×(1
(1− −0,80)
0,80) + +1.644
1.644 × ×(1
(1− − 0,20)
0,20) ==𝟏𝟏.𝟏𝟏.𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓
𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝒎𝒎³
𝒎𝒎³
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
ii. PHobra,i,azul (obra indireta
𝑃𝑃𝐻𝐻 azul) 33 𝟑𝟑 𝟑𝟑
𝑃𝑃𝐻𝐻 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 1.526
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 1.526𝑚𝑚𝑚𝑚 𝒎𝒎𝒎𝒎
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆== == ==
2nos
𝟎𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟏
𝟎𝟎, 𝟏𝟏𝟏𝟏 𝟐𝟐cada
AOs
PHcoeficientes
obra,i,azul
foi calculada com𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
de retorno base
utilizados 12.000
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴nos quantitativos
12.000
foram 𝑚𝑚e𝑚𝑚 2 CPH
os sugeridos azul𝒎𝒎
neste e𝒎𝒎 𝟐𝟐 material,
guia, che-e Cproc
Csan = 0,80
= 0,20, resultando
gando-se em:abaixo.
aos resultados
ii.ii. PH
PHobra,i,azul (obra
obra,i,azul (obraindireta
indiretaazul)
azul)
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂
Material = 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 × (1 −UF𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ) + 𝑄𝑄𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 × (1 − 𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 )
Qtde. CPH (l/UF) PHobra,i,azul (m³) PHobra,i,azul esp (m³/m²)
A APH
PH obra,i,azulfoi
obra,i,azul = calculada
foi1.056 × (1 −com
calculada base
comazul
0,80) +base nos
1.644nosquantitativos
× (1quantitativos e enos
− 0,20) = 𝟏𝟏. 𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓𝟓 nosCPH
𝒎𝒎³ CPH azule ecada
azul cadamateria
mater
chegando-se
chegando-se
Concreto
aos
aos resultados
resultados
9.000 m³
abaixo.
abaixo.
3.840 34.560 2,9
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 1.526 𝑚𝑚3 𝒎𝒎𝟑𝟑
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 250.000
= = 67,3 = 𝟎𝟎,16.830
𝟏𝟏𝟏𝟏 𝟐𝟐
Material
Material Aço Qtde.𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 UF
Qtde. kg CPH
UF12.000
CPH
𝑚𝑚 2
azul (l/UF)
azul (l/UF)𝒎𝒎PHPHobra,i,azul (m³)
obra,i,azul 1,4 PH
(m³) PHobra,i,azul esp
obra,i,azul esp(m³/m²)
(m³/m
Concreto
Concreto 9.000
9.000 m³m³ 3.840 3.840 34.560
34.560 2,92,9
ii. PH
Bloco
Aço (obra 200.000
de concreto indireta azul)
unid.
250.000
13,4 2.680 0,2
obra,i,azul
Aço 250.000kgkg 67,3 67,3 16.830
16.830 1,41,4
Bloco
ABloco dedeconcreto
PHCimento concreto
obra,i,azul 200.000
foi calculada
400.000 comunid.
200.000
kg unid.
base 13,4
nos
2,4 13,4 976 2.680
quantitativos e2.680
nos CPHazul e 0,2
0,1cada 0,2material,
Cimento
Cimento aos resultados
chegando-se 400.000
400.000 kgkg 2,4
abaixo. 2,4 976976 0,10,1
Argamassa
Argamassa
Argamassa 900.000 kg kgkg 0,8
900.000
900.000 0,8
0,8 720 720720 0,1 0,1 0,1
Material
Total
Total Qtde. UF CPHazul (l/UF) PHobra,i,azul
55.766(m³) PHobra,i,azul4,6
55.766 esp
4,6 (m³/m²)
Total
Concreto 9.000 m³ 55.7663.840 4,6 34.560 2,9
Portanto:
Portanto:
Aço
Portanto:
250.000 kg 67,3 16.830 1,4
Bloco de concreto 200.000 unid. 13,4 2.680 0,2
Cimento 400.000 kg 𝟑𝟑 𝟑𝟑 2,4 976 0,1
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯 𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂==
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂
Argamassa
𝟓𝟓𝟓𝟓. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕
𝟓𝟓𝟓𝟓. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝒎𝒎𝒎𝒎
900.000 kg 0,8 720 0,1
Total 55.766 4,6
33 𝟑𝟑 𝟑𝟑
Portanto:
𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑃𝑃𝐻𝐻 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 55.766
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 55.766𝑚𝑚𝑚𝑚 𝒎𝒎𝒎𝒎
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆
𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 =
𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = = 22
==𝟒𝟒, 𝟔𝟔
𝟒𝟒, 𝟔𝟔 𝟐𝟐 𝟐𝟐
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 12.000
12.000𝑚𝑚𝑚𝑚 𝒎𝒎𝒎𝒎
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 = 𝟓𝟓𝟓𝟓. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕 𝒎𝒎𝟑𝟑
E.1.3 Cálculo da PHuso 𝑃𝑃𝐻𝐻 55.766 𝑚𝑚3 𝒎𝒎𝟑𝟑
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒊𝒊,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = 𝟒𝟒, 𝟔𝟔 =
i.i. i. PHPH
PHuso,d,azul (obra
(obra
(obra
uso,d,azul direta
direta
direta azul)
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
azul)azul)12.000 𝑚𝑚2 𝒎𝒎𝟐𝟐
uso,d,azul

Como
Como
Como sese
se assumiu
assumiu queque
assumiu quenão
não hánãoháháprocessos
processos
processos hidrointensivos
hidrointensivos
hidrointensivos específicos,
específicos, ΣQ = 0. Assim,ΣQ
específicos, aΣQ
proc = =0.0.Assim
proc Ass
proc
aPH
aPHPH deve-se
deve-se somente
somente à àparcela
parcela referente
referente aos
aos
deve-se somente à parcela referente aos usos sanitários.
uso,d,azul
uso,d,azul usos
usossanitários.
sanitários.
i. PHuso,d,azul (obra direta azul)
uso,d,azul

Como se assumiu que não há processosNhidrointensivos


N 0 0 específicos, ΣQproc = 0. Assim,
a𝑷𝑷𝑯𝑯
PH deve-se
𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 ==
𝑷𝑷𝑯𝑯uso,d,azul somente
san (1(1
{Q{Q à parcela
C )+
−−Csan ) +∑ referente
∑[Q[Q aos(1
proc ××
usos
(1−−sanitários.
} t} =
CkC)])] t=
𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 san san proc
kk k
N k=1
k=1
33 0
mm
(1 − Csan
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 = {Q=san [9.308 ) +(1∑
=[9.308 (1−[Q
−0,80)
0,80)
proc × (1
k ++
−×C×50
0]0] k )]
50 tanos
= ==𝟗𝟗𝟗𝟗.
}anos 𝟗𝟗𝟗𝟗.𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝐦𝐦³
𝐦𝐦³
ano
anok=1
m3
= [9.308
𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑃𝑃𝐻𝐻 (1 − 0,80) +93.075
0] × 50 𝑚𝑚³
93.075 anos
𝑚𝑚³ = 𝟗𝟗𝟗𝟗. 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝒎𝒎
𝐦𝐦³
𝟑𝟑 𝟑𝟑
𝒎𝒎
ano
𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆
𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆== == ==𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔
𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔
𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴 150
150𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟
𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑨𝑨𝑨𝑨
𝑨𝑨𝑨𝑨
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 93.075 𝑚𝑚³ 𝒎𝒎𝟑𝟑
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖𝒖,𝒅𝒅,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = = 𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔
𝐴𝐴𝐴𝐴 150 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑨𝑨𝑨𝑨
E.1.4 Cálculo da PHedif,azul
Tendo
Tendoem emmãos
mãosososresultados
resultadosdedePH PH
obra,azul
obra,azul e ePHPHuso,azul foi
uso,azul foipossível
possíveldeterminar
determinara aPHaz
PHa
Tendo em mãos os resultados de PHobra,azul e PHuso,azul foi possível determinar a PHazul total da
total
totaldada
Tendo edificação
em edificação
mãos os resultados de PHobra,azul e PHuso,azul foi possível determinar a PHazul
edificação
total da edificação
𝑷𝑷𝑯𝑯
𝑷𝑷𝑯𝑯 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂==
𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 ++𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑃𝑃𝐻𝐻 𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎==
𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 ++𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 ++𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑃𝑃𝐻𝐻
𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆,𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
= = 1.526
1.526 + 55.766
+ 55.766 + +93.075
= 1.526 + 55.766 + 93.075 = 𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏. 𝟑𝟑𝟑𝟑𝟑𝟑 𝒎𝒎³ 93.075 = = 𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏.
𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏𝟏.𝟑𝟑𝟑𝟑𝟑𝟑
𝟑𝟑𝟑𝟑𝟑𝟑 𝒎𝒎³
𝒎𝒎³

Infinitytech Engenharia e Meio 77


Infinitytech
InfinitytechEngenharia
Engenharia e Ambiente
e Meio
MeioAmbiente
Ambiente
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Av. Alberto
Av. dede
Alberto Oliveira
OliveiraLima,
Lima,nº144, CEP
nº144, CEP05690-020,
05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
Real
RealParque,
Parque,SãoSãoPaulo
Paulo- SP. PABX-
- SP. PABX- 1111
3755-9033
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GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Os valores de PH absolutos obtidos foram, então:

PH Valor (m³) %
PHobra,d,azul 1.526 1,0%
PHobra,i,azul 55.766 37,1%
PHuso,d,azul 93.075 61,9%
Total 150.367 100,0%
Dividindo-se os valores acima pela ACT em empreendimento, chega-se às PH específicas.

PH Valor Unid. %
PHobra
PHobra,d,azul 0,13 m³/m² 2,7%
PHobra,i,azul 4,65 m³/m² 97,3%
Total 4,77 m³/m² 100,0%
PHuso
PHuso,d,azul 621 m³/AC/VUP -

E.2 PHobra,d,azul de edificação já construída


Os cálculos abaixo consideram somente a pegada hídrica de obra direta azul, complementando
o que foi abordado no exemplo anterior.
A empresa XYZ deseja avaliar a PHobra,d,azul de uma de suas obras já concluídas. Diferentemente
do exemplo E.1, nesse caso há registros das demandas de água ao longo de toda a obra, o que per-
mite avaliação mais precisa das apropriações de água. Paralelamente ao cálculo das pegadas hídricas
azuis da obra, a equipe pretende também criar outros indicadores de avaliação, como demanda por
área (DPA) e per capita (DPC), para compreensão adicional.

E.2.1 Levantamento de dados


i. Dados de canteiro gerais
O canteiro da obra possuía algumas peculiaridades que permitiram gestão de dados hídri-
cos muito sofisticada. Uma delas era a medição setorizada, com hidrômetros que contabi-
lizavam separadamente as demandas para usos sanitários. Além disso, havia duas estações
de tratamento de efluentes: uma biológica para esgotos sanitários e outra físico-química
para efluentes resultantes de processos, como lavagens de ferramentas, lava rodas etc.

Dado Valor
ACT (m²) 4.000
Duração da obra (meses) 10
Jornada média (dias/mês) 22

ii. Dados mensais de canteiro


Os dados de demanda de água, bem como a evolução física mês a mês e o efetivo médio,
são como abaixo. A demanda total (DT) é resultado da soma dos volumes ofertados por
todas as fontes (concessionária + caminhão-pipa).

82
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Demanda pela Demanda por


DT Evolução Efetivo
Mês concessionária caminhão-pipa
(m³) física (%) médio
(m³) (m³)
jan/16 20 0 20 3,0% 20

fev/16 30 20 50 6,0% 32

mar/16 60 0 60 9,0% 35

abr/16 58 50 108 15,0% 60

mai/16 50 40 90 16,0% 35

jun/16 60 80 140 17,0% 88

jul/16 120 60 180 14,0% 95

ago/16 81 20 101 11,0% 74

set/16 72 20 92 6,0% 50

out/16 15 10 25 3,0% 15

Total 566 300 866 100% -

Média mensal 56,6 30 86,6 10% 50,4

Um dos hidrômetros mede todo o volume destinado a usos sanitários, o que torna pos-
sível a quantificação mensal das demandas totais sanitárias (DTsan) e, por diferença, da
demanda de processos (DTproc).

Mês DTsan(1) DTproc(2) DT (m³) %DTsan %DTproc


jan/16 17,6 2,4 20 88% 12%

fev/16 28,2 21,8 50 56% 44%

mar/16 30,8 29,2 60 51% 49%

abr/16 52,8 55,2 108 49% 51%

mai/16 30,8 59,2 90 34% 66%

jun/16 77,4 62,6 140 55% 45%

jul/16 83,6 96,4 180 46% 54%

ago/16 65,1 35,9 101 64% 36%

set/16 44,0 48,0 92 48% 52%

out/16 13,2 11,8 25 53% 47%

Total 444 422 866 - -

Média mensal 44,4 42,2 86,6 55% 45%


(1)
Medida por meio de hidrômetros
(2)
Calculada por diferença: DTproc = DT-DTsan

83
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Em razão da medição dos esgotos gerados foi possível determinar com precisão os coe-
ficientes de retorno (C) para cada mês.

Efluentes sanitários Efluentes de processos


Mês
m³/mês(1) Csan(2) m³/mês(1) Cproc(2)

jan/16 15,0 0,85 0,3 0,11

fev/16 24,8 0,88 4,4 0,2

mar/16 23,7 0,77 4,4 0,15

abr/16 43,8 0,83 5,0 0,09

mai/16 23,4 0,76 5,9 0,1

jun/16 62,7 0,81 5,0 0,08

jul/16 68,6 0,82 5,8 0,06

ago/16 56,0 0,86 6,5 0,18

set/16 34,8 0,79 7,7 0,16

out/16 11,4 0,86 2,1 0,18

out-19 | Revisão: 00 Data: Total 364 - 47 -


out-19 || Revisão:
out-19
Data:00
Data: out-19 | Revisão: Revisão: 00
00
Cliente:
e: PNUD | Projeto: Guia Metodológico
Cliente: PNUD Projeto: Guia
PNUD || Caixa/SindusCon-SP
Projeto: Guia Metodológico
Metodológico Caixa/SindusCon-SP
| Etapa: Etapa 06
Caixa/SindusCon-SP Etapa:
– Produto |09Etapa:
(RT06)Etapa 06
06 – Produto 09
09 (RT06)
Média
Cliente: PNUD | Projeto: Guiamensal
Metodológico 36,4
Caixa/SindusCon-SP 0,82
| Etapa: Etapa 06 –| Produto Etapa
4,709 (RT06)– Produto
0,13 (RT06)
(1)
Medida por meio dos hidrômetros das estações de tratamento
𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒
(2) Calculados
(2)
a partira da
Calculados (2)
razão
partir Calculados
entre
da razão
(2) volumes
entre
Calculados a
a partir
dede
volumes da razão
efluente
partir da entre
entre volumes
eedemanda:
efluente
razão demanda: 𝐶𝐶 = de
volumes de efluente
efluente e
e demanda:
demanda: 𝐶𝐶
𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒
𝐶𝐶 =
𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒
= 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
(2) Calculados a partir da razão entre volumes de efluente e demanda: 𝐶𝐶 =
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑

E.2.2 Cálculo da PHobra,d,azul

da PHO cálculo éda PH de é realizado


comde
O cálculo da PHobra,d,azul é realizado deobra,d,azul
é acordo com a divisão aacordo
temporal com a
a divisão
para a qual temporal para
para a
a qual
qual ele
aeles
O cálculo da PHobra,d,azul
Oobra,d,azul
cálculo da PH realizado de acordo
éacordo
realizado com
de divisão temporal
acordo com para
divisãoa qual eles
temporal ele
O cálculo realizado obra,d,azul a divisão temporal para qual eles
estão disponíveis (mês
estãoestão
estão disponíveis a disponíveis
mês).
disponíveis
estão Lembrando-se
(mês
disponíveis
(mês a (mês
mês). a mês).
de que
Lembrando-se Lembrando-se
a PH
de
(mês a mês). Lembrando-se
a mês). Lembrando-se que
azul se
a PH
de que a PHazul de
refere se
azulde
que
às a
refere
seque PH
perdas
às
a PH
refere perdas
azul se
de derefere
de às perdas d
se refere
àsazulperdas às perdas d
água, é necessária
água,água,
utilização
água,
é é
é necessária
dos
necessária
necessária utilização utilização
coeficientes
utilização
dos de dos
dos
coeficientes decoeficientes
retorno. Para
coeficientes
retorno. Para
água, é necessária utilização dos coeficientes de retorno. Para o caso do mês de o o de
caso
de
casoretorno.
do mês
retorno.
do mês de Para
de
Para
janei- o
o caso
caso do
do mês
mês d
d
janeiro, tem-se:
janeiro, janeiro,
janeiro, tem-se:
ro, tem-se:
tem-se: tem-se:

𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙 = 𝐷𝐷𝑇𝑇𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙 𝑃𝑃𝐻𝐻

𝑃𝑃𝐻𝐻 (1 − × 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
(1
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙
𝐷𝐷𝑇𝑇 )+ = 𝐷𝐷𝑇𝑇
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗−=
𝐷𝐷𝑇𝑇 ) +×
𝐷𝐷𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ××(1(1−
(1 −−𝐶𝐶 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 ) + 𝐷𝐷𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ×
(1)−)+𝐶𝐶𝐷𝐷𝑇𝑇 (1 −
) × (1 − 𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 )
𝐶𝐶𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 )
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝐷𝐷𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 ×𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑙𝑙 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
= 15,0 = (1 − ×
× 15,0 0,85) + = 15,0
2,4 × (1× (1
− −
0,11) 0,85) = +
𝟒𝟒, 𝟖𝟖2,4
𝒎𝒎³× (1 −
− 0,11) = 𝟒𝟒, 𝟖𝟖 𝒎𝒎³
0,11) = 𝟒𝟒, 𝟖𝟖
(1 − 0,85) = 15,0 +× 2,4(1×−(10,85) − 0,11) + 2,4 =× 𝟒𝟒,(1𝟖𝟖 𝒎𝒎³ 𝒎𝒎³
É evidente
É evidente É
Éoevidente
que o mesmo cálculo
evidente
É evidente
que mesmo que
pode
que
que o mesmo
cálculoo mesmo
ser
ocálculo
mesmo
pode cálculo
realizado
cálculo
pode
ser ser pode ser
ser realizado
simplesmente pelapela
podesimplesmente
realizado
realizado realizado
simplesmente simplesmente
subtração da DT pela
da
simplesmente
subtração
pela subtração da subtração
pela subtração d
d
DT pelaDTgeração total
pela
DT
DTdepela geração
efluentes,
pela
geração geração
total de outotal
20
total
efluentes,−de
de
ou
efluentes,
15,2 = 7,4.
efluentes,
pela geração total de efluentes, ou 20 − 15,2 = 7,4. ou
ou 20
20 −
− 15,2
15,2 =
= 7,4.
7,4.
Realizando-se
mês oa cálculo
Realizando-se Realizando-se
o cálculo
Realizando-se Realizando-se
o cálculo mês,o
mês oamês a mês, mês
cálculo
chega-se
cálculo chega-se
aos a
mês
mês, chega-se
aos valores
mês,
avalores
mês, chega-sede pegada
de pegada
chega-se
aos valores deaos
aos hídrica
valores
hídrica
valores
pegada
azul
azuldada
de
de
hídrica
obra.
pegada
azul dahídrica
pegada hídrica azul
azul d
d
obra. Procedeu-se obra.
também
Procedeu-se
obra. Procedeu-se Procedeu-se
à comparação
também
obra.também à
Procedeu-se também
com
comparação a à
com
também àcom
à comparação comparação
evolução
a evolução
comparação física
física
a evoluçãocom com
da
da a
obra,evolução
obra, física
utilizando-
utilizando-se
a evolução
física da obra, física
comoda obra, utilizando
da obra, utilizando
utilizando-
se comose referência a se
se
como referência como
“área
referência
como referência
proporcional
aa“área proporcional
referência
“área a “área
amensal”
mensal” proporcional
(ACT
(ACT
“áreamensal”
proporcional prop.),
prop.),
proporcional
(ACT mensal”
resultante
resultante
mensal”
prop.), (ACT do prop.),
do resultante
produto
(ACT produto
da área resultante
resultante do
docons-
prop.), produto do produt
produt
da áreadaconstruída da
total área
(8.000
datotal
truída
área construída área construída
m²) pela
construída
(8.000
total total
total
m²) pelam²)
(8.000 evolução
pela(8.000
evolução
(8.000
mensal. m²)
mensal. pela
m²) mensal.
evolução evolução
pela evolução mensal. mensal.

𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇
× 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
%𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜
𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇×𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
%𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜 ×
×= %𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜
8.000
𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎 =×8.000
0,8
%𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜 𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎
=×64
𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎 𝑚𝑚²=
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
0,8 8.000
=64 𝑚𝑚² ×
8.000 × 0,8
0,8 =
= 64
64 𝑚𝑚²
𝑚𝑚²
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗
𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗=

Evolução Evolução
Evolução
Evolução Evolução
Evolução
ACT prop.
Evolução ACT prop.
PHobra,d,azul
ACT prop. PHobra,d,azul
PH
Mês Mês
PHobra,d,azul PH Evolução (m³) ACT
físicaprop.
física (%) PH
PH (m³) física (%) obra,d,azul
Mês Mês (m³) PH
obra,d,azulfísica (%)
obra,d,azul
obra,d,azul (m³)
física (%)
física (%)
(m²) (%)
(m³/m²) (m²)
obra,d,azul
(m³/m²)
físicaacum.
(%) física (%) (m²)
acum. (m²)
(m³/m²) (m³/m²)
acum. acum.
jan/16 jan/16 4,8 jan/16
jan/16
4,8 3,0% 4,8
4,83,0% 3,0% 3,0%
3,0%
3,0% 240 3,0%
3,0%
240 0,040 240
240
0,040
0,040
0,040
84fev/16 fev/16 20,9 fev/16
fev/16
20,9 6,0% 20,9
20,9
6,0% 9,0% 9,0%
6,0%
6,0% 480 9,0%
9,0%
480 0,087 480
480
0,087
0,087
0,087
mar/16 mar/16 31,9 mar/16
mar/16
31,9 9,0% 31,9
31,9
9,0% 18,0% 9,0%
9,0%
18,0% 720 18,0%
18,0%
720 0,089 720
720
0,089
0,089
0,089
obra. Procedeu-se também à comparação com a evolução física da obra, utilizan
se como referência a “área proporcional mensal” (ACT prop.), resultante do prod
GUIA da
METODOLÓGICO DE CÁLCULO
área construída DE PEGADA
total (8.000 HÍDRICA
m²) pela PARA EDIFICAÇÕES
evolução mensal.

𝐴𝐴𝐴𝐴𝑇𝑇𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 = 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 × %𝑒𝑒𝑒𝑒𝑜𝑜𝑙𝑙𝑙𝑙çã𝑜𝑜 𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 = 8.000 × 0,8 = 64 𝑚𝑚²

Evolução Evolução físicaEvolução


ACT prop. PHobra,d,azul
Mês PHobra,d,azul (m³) Evolução ACT prop. PHobra,d,az
Mês PHobra,d,azul (m³)
física (%) (%) acum. física (m²)
(%) (m³/m²)
física (%) (m²) (m³/m²)
jan/16 4,8 3,0% 3,0%
acum. 240 0,040
jan/16 4,8 3,0% 3,0% 240 0,040
fev/16
fev/16 20,9
20,9 6,0% 6,0% 9,0% 9,0% 480 0,087
480 0,087
mar/16
mar/16 31,9
31,9 9,0% 9,0% 18,0% 18,0%720 720
0,089 0,089
abr/16
abr/16 59,2
59,2 15,0% 15,0%33,0% 33,0%1.200 1.200
0,099 0,099
mai/16 60,7 16,0% 49,0% 1.280 0,095
mai/16 60,7 16,0% 49,0% 1.280 0,095
jun/16 72,3 17,0% 66,0% 1.360 0,106
jul/16
jun/16 105,7
72,3 17,0% 14,0%66,0% 80,0%1.360 1.120
0,106 0,189
ago/16
jul/16 38,5
105,7 14,0% 11,0%80,0% 91,0%1.120 880
0,189 0,088
set/16 49,6 6,0% 97,0% 480 0,207
ago/16 38,5 11,0% 91,0% 880 0,088
out/16 11,5 3,0% 100,0% 240 0,096
set/16
Total 49,6
455 6,0% 100,0%97,0% 100,0%480 0,207
8.000 0,114
Média
out/16 mensal 45,5
11,5 3,0% 10% 100,0% - 240 800
0,096 0,114
Como
Totalresultado,455chegou-se a PHobra,d,azul
100,0% 100,0%de 455 m³,
8.000 com valor
0,114 específico de 0,1
m³/m².
Média mensal 45,5 10% - 800 0,114

Como resultado, chegou-se a PHobra,d,azul de 455 m³, com valor específico de 0,114 m³/m².
Caso a gestão de canteiro não permitisse o uso direto destes dados, por exemplo
Caso a gestão de
a empresa nãocanteiro não permitisse
controlasse o uso por
as vazões diretouso,
destes dados,
estas por exemplo
podem se a
ser estimadas a partir
empresa não controlasse as vazões por uso, estas podem
uma demanda per capita padrão (como no exemplo E.1). ser estimadas a partir de uma
demanda per capita padrão (como no exemplo E.1).

E.2.3 Cálculo de outros indicadores


Além
Além da aPH,
da PH, a também
equipe equipe calculou
também calculou DPC
os indicadores os eindicadores DPC
DPA por mês. Os e DPA por mês.
cálculos,
cálculos, para o mês de
para o mês de janeiro, foram: janeiro, foram:

𝐷𝐷𝑇𝑇𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 20
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐴𝐴𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 = = = 0,17 𝑚𝑚3 /𝑚𝑚2
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 × %𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒çã𝑜𝑜 𝑓𝑓í𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑎𝑎𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗𝑗 4.000 × 3,0%

Mês DT (m³/mês) DPA (m³/m²) DPC (m³/func.mês)


jan-16 20 0,17 1,00
Infinitytech
fev-16 Engenharia e50 Meio Ambiente 0,21 1,56
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
mar-16
Real 60 PABX- 11 3755-9033
Parque, São Paulo - SP. 0,17 1,71
www.infinitytech.com.br
abr-16 108 0,18 1,80
mai-16 90 0,14 2,57
jun-16 140 0,21 1,59
jul-16 180 0,32 1,89
ago-16 101 0,23 1,36
set-16 92 0,38 1,84
out-16 25 0,21 1,67
Total 866 2,21 -
Média 86,6 0,22 1,701

85
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

E.3 PHobra,d,cinza para diferentes cenários de tratamento e


disposição final de esgotos
Cálculo de PHobra,d,cinza (PH de obra direta cinza) considerando variações nas opções de trata-
mento dos esgotos gerados e das condições de lançamento. O cálculo de PHso,d,cinza é análogo ao aqui
apresentado, havendo variação somente dos valores de entrada.
Profissionais da empresa ABC estudam a possibilidade de construção de novo empreendimento
em área onde não há informações sobre a destinação dos esgotos que serão gerados em canteiro,
tampouco sobre os corpos hídricos que potencialmente receberão tais efluentes. Consultas realiza-
das ao site do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) apontaram que o municí-
pio possui abrangência de 20% de coleta de esgotos e somente 10% de tratamento, o que indica que
provavelmente os efluentes serão lançados in natura em corpos hídricos locais. Preocupados com
os eventuais impactos negativos oriundos da obra, decidem utilizar a PHcinza como indicador para a
quantificação do nível de comprometimento de água, buscando entender a necessidade de implan-
tação de Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) própria.

E.3.1 Levantamento de dados


Frente à inexistência de dados precisos sobre o entorno, decidiu-se avaliar situação mais
provável: a de que não haveria rede de coleta (dada a baixíssima abrangência) e que o
descarte ocorreria em corpo hídrico. Geralmente, quando não é conhecido o enquadra-
mento de um corpo hídrico, considera-se que sua classe é 2. Assumiu-se, portanto, que
a maioria dos cenários simulados consideraria lançamento em classe 2, e um deles, o
mais crítico, em classe 1. A caracterização do canteiro e da carga per capita de DBO5,20
foi como na tabela abaixo.

Dado Valor
ACT (m²) 20.000
Efetivo médio mensal 100
Duração da obra (meses) 20
Jornada média (dias/mês) 22
Carga diária per capita (gDBO/func./dia) 15

E.3.2 Cenários simulados


Foram elencados quatro possíveis cenários:
• Cenário A: lançamento direto (sem tratamento) em corpo hídrico classe 1.
• Cenário B: lançamento direto (sem tratamento) em corpo hídrico classe 2.
• Cenário C: implantação de ETE com processo simples (UASB) + lançamento em corpo
hídrico classe 2.
• Cenário D: implantação de ETE com processo avançado (MBR) + lançamento em corpo
hídrico classe 2.

E.3.3 Cálculos e resultados


Os cálculos abaixo são somente para o cenário “C”, mas os procedimentos são idênticos
para todos os demais.

86
 Cenário D: em corpo hídrico
implantação
em corpo classe
dehídrico
ETE com 2.processo
classe 2. avançado (MBR) + lançamento
em corpo hídrico classe 2.
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO
 Cenário DE PEGADA
D: implantação HÍDRICA
de ETE PARA EDIFICAÇÕES
com processo avançado (MBR) + lançamento
em corpo hídrico classe 2.
Os cálculos abaixo são somente para o cenário “C”, mas os procedimentos são idênticos para
todos são
Os cálculos abaixo os demais.
somente para o cenário “C”, mas os procedimentos são idênticos para
todos os demais.
AACarga
Carga
Os é, evidentemente,
cálculos
ger ger abaixo são igual
é, evidentemente, parapara
igual
somente todos
para os cenários.
todos
o cenário os Considerando
cenários.
“C”, a duração
Considerando
mas os procedimentos adeduração
são idênticos para
de
A Cargager toda todos
toda a os demais.
obra,
é, evidentemente, tem-se:
a obra, tem-se: igual para todos os cenários. Considerando a duração
de toda a obra, tem-se:
A 𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂 Carga ger é, evidentemente,
= 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎 igual para todos os cenários. Considerando a duração
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 × 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 × 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 (𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑)
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎 de toda a obra, × tem-se:
𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 × 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 (𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑)
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 15𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
= × 100 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 × 22 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 660.000 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
15𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂 𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈𝒈 =𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 × 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
× 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 (𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑)
= × 100 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 × 22 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 660.000 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 = 660 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 𝑚𝑚ê𝑠𝑠
15𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
= 660 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 = 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓. 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 × 100 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓.× 22 𝑚𝑚ê𝑠𝑠 × 22 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 660.000 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
AAeficiência
eficiência (E) remoção
(E) remoção de DBO de DBO
5,20
depende5,20 dependedo sistema do de sistema de tratamento
tratamento adotado. Assu- adotado.
A eficiência Assumiu-se
(E) remoção que em
de DBO =
todos660 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
os
5,20 depende cenários, 100%
dovolume
sistema do volume
detratado será
tratamento tratado (%trat = 100%).
miu-se que em todos os cenários, 100% do será (%trat =adotado.
100%). Para o
Assumiu-se Para que em o exemplo
todos osdecenários, sistema com 100%Edo = 75%,volume Carga serálan é:
tratado (%trat = 100%).
Para o exemplo exemplo A de
de eficiência
sistemacom
sistema (E)EEremoção
com == 75%,
75%, Carga Cargade lan DBOé: 5,20 depende do sistema de tratamento adotado.
lan é:
Assumiu-se que em todos os
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 × (1 − 𝐸𝐸 × %𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡) = 660𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘cenários, 100% do volume será ×
× (1 − 0,75 tratado (%trat
1) = 165 = 100%).
𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
Para o exemplo de sistema com E
𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 × (1 − 𝐸𝐸 × %𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡) = 660𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘 × (1 − 0,75 × 1) = 165 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘= 75%, Carga lan é:
A avaliação da PHcinza leva em conta a Cargalan de cada cenário e as condições de
A avaliaçãorecebimento da PH 𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝑪𝒂𝒂
cinza leva do=em
𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍𝒍 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎
corpo conta 𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔a×Carga
hídrico. (1Para− 𝐸𝐸 ×de
lancorpo
%𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡) =
receptor
cada 660𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
cenário e as2 ×
classe (C(1
máx−=0,75
condições × 1) 2=
5,0de
mgO /l 165
e C0𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘𝑘
=
recebimento2,5 A avaliação
domgOcorpo da
2/l), PHtem-se:
hídrico. leva em conta a Cargalan de
cinza Para corpo receptor classe 2 (Cmáx = 5,0 mgO2/l e C0 =
cada cenário e as condições de re-
2,5 mgO2/l), A avaliação
tem-se:
cebimento do corpo hídrico. da PHcinza Paraleva corpo emreceptor
conta6 aclasse Carga 2 lan
(Cmáxde= cada
5,0 mgOcenário
/l e C0e=as
2,5condições de
recebimento do corpo hídrico. Para 10corpo
𝑚𝑚𝑚𝑚 receptor classe 2 2
(C = 5,0 mgO2/l e C0 =
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 10165 𝑘𝑘𝑘𝑘 × máx
mgO2/l),2,5 tem-se:
mgO2= /l), 165tem-se:
6
𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 = = 66.000 𝑚𝑚³
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 𝐶𝐶𝑚𝑚á𝑥𝑥 −𝑘𝑘𝑘𝑘 ×
𝐶𝐶0 3,0 𝑘𝑘𝑘𝑘𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 − 1,5𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙6
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 = = = 66.000 𝑚𝑚³
𝐶𝐶𝑚𝑚á𝑥𝑥 − 𝐶𝐶0 3,0 𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 − 1,5𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙165 𝑘𝑘𝑘𝑘 × 10 𝑚𝑚𝑚𝑚
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑎𝑎
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 66.000 𝑚𝑚³ 𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 == 𝐶𝐶𝑚𝑚á𝑥𝑥 − 𝐶𝐶0 = 3,0
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 = 𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 − 1,5𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑙𝑙 = 3,3 𝑚𝑚=3 /𝑚𝑚 66.000
2 𝑚𝑚³
𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 66.000 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑚𝑚³ 20.000 𝑚𝑚²
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = = 3,3 𝑚𝑚3 /𝑚𝑚2
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 20.000 𝑚𝑚²
Portanto, o cenário 3 resulta, 𝑃𝑃𝐻𝐻 para as condições
𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 66.000 𝑚𝑚³ estudadas 3e valores assumidos, em
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐𝒐,𝒅𝒅,𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = = = 3,3 𝑚𝑚 /𝑚𝑚2
Portanto, o PH cenário total depara
3 resulta,
obra,d,cinza 66.000 m³𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
as condições e específica de 3,3
20.000
estudadas 𝑚𝑚²m³/m².
e valores assumidos, em
PHobra,d,cinza total de 66.000 m³ e específica de 3,3 m³/m².
Portanto,
Para cadaPortanto,
o cenário
um dos o cenário
resulta,3 para
3cenários, resulta, para
as condições
os valores as condições
são: estudadas eestudadas e valores em
valores assumidos, assumidos, em
Para cada PH um dosPH cenários,
obra,d,cinza os totalvaloresde 66.000
são:
total de 66.000 m³ e específica de 3,3 m³/m². m³ e específica de 3,3 m³/m².
obra,d,cinza
Cenário
Item
Para
Para cada umcada um dos cenários,
dos cenários,
Cenário A
os valores os valores
são: B são: C D
Item Cargager (kgDBO)A B660 C660 D660 660
%trat
Cargager (kgDBO) 660 0% Cenário
660 0%
660 100%
660 100%
Item
A B
Cenário
C D
%trat Item 0% 0% 100% 100%
Cargager (kgDBO) 660
A 660
B 660 C 660 D
%trat 0% 0% 100% 100%
Carga
Infinitytech (kgDBO) 660
ger Engenharia e Meio Ambiente
660 660 660 82
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020, 82
Infinitytech Engenharia e%trat
Real Parque, Meio Paulo - SP. PABX- 110%
SãoAmbiente 3755-9033 0% 100% 100%
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
www.infinitytech.com.br
Real Parque, São Tipo de tratamento
PauloInfinitytech
- SP. PABX-Engenharia
11 3755-9033 Nenhum
e Meio Ambiente Nenhum UASB MBR 82
www.infinitytech.com.brAv. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
E (%)
Real 0,0% 11 3755-9033
Parque, São Paulo - SP. PABX- 0,0% 75,0% 99,5%
www.infinitytech.com.br
Carglan 660 660 165 3,3
Lançamento em Classe 1 Classe 2 Classe 2 Classe 2
Cmáx (mgO2/l) 3,0 5,0 5,0 5,0
C0 (mgO2/l) 1,5 2,5 2,5 2,5
PHcinza (m³) 440.000 264.000 66.000 1.320
PHcinza específica (m³/m²) 22,0 13,2 3,3 0,1

87
Carglan Cenário 660 660 165 3,3
Item
Lançamento A
em B C 1
Classe D
Classe 2 Classe 2 Classe 2
GUIA METODOLÓGICO
Tipo de tratamento DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA MBR EDIFICAÇÕES
Cmáx (mgO2/l)Nenhum Nenhum3,0 UASB 5,0 5,0 5,0
E (%) 0,0% 0,0% 75,0% 99,5%
Carglan
C 0 (mgO2/l)
660 660
1,5 165
2,5
3,3
2,5 2,5
Lançamento emPHcinza (m³) Classe 1 Classe 2440.000
Classe 2 264.000
Classe 2 66.000 1.320
Cmáx (mgO2/l) PHcinza específica
3,0 (m³/m²)
5,0 22,05,0 13,2
5,0 3,3 0,1
C0 (mgO2/l) 1,5 2,5 2,5 2,5
PHcinza (m³) 440.000 264.000
PHcinza (m³/m²) 66.000 1.320
PHcinza específica (m³/m²) 22,0 13,2 3,3 0,1
25,0
22,0
PHcinza (m³/m²)
25,0 20,0
22,0

PHcinza (m³/m²)
20,0 15,0 13,2
PHcinza (m³/m²)

15,0 13,2
10,0

10,0
5,0 3,3
5,0 3,3 0,1
0,0 0,1
0,0 A B C D
A B C D Cenário
Cenário

PH
E.4 PH
E.4. E.4.
uso,d,azul
uso,d,azul
– Edifício
– PH uso,d,azul
Edifício comercial
– Edifício
comercial em operação
comercial
em operação em operação

EmEm2019,
2019, aaEm
gestora
2019,
gestora do
do empreendimento
aempreendimento comercial
comercial Azul
gestora do empreendimento Azulpropôs a autilização
comercial
propôs Azul
utilização da da
PH PH
como
propôs aindica-
como utilização da PH como
dor indicador
para mensuração
para do impacto
mensuração do positivo
impacto de algumas
positivo de medidas
algumas em
medidasprolemda gestão
prol da de água
gestão de aplicadas
água
indicador para mensuração do impacto positivo de algumas medidas em prol da gestão de água
aplicadas na
na edificação edificação
naaplicadas na última
última década.
na década.
A avaliação,
edificação Aúltima
napor avaliação,
ter como por ter
escopo
década. A como escopopor
as apropriações
avaliação, as apropriações
diretas
ter comode água
escopo as apropriações
diretas de água azul, foi traduzida na forma de PHuso,d,azul (pegada hídrica de uso, direta, azul).
azul, foi traduzida na forma
diretas de de PHuso,d,azul
água (pegada hídrica
azul, foi traduzida de uso,
na forma dedireta, azul).(pegada hídrica de uso, direta, azul).
PHuso,d,azul
AApartir
partirde
de2011,
2011,foram
foramrealizadas
realizadasmedidas
medidasdederedução dede
redução vazão dede
vazão peças sanitárias
peças (torneiras
sanitárias (torneiras e
e descargas Adepartir dee2011,
bacias) foram realizadas
de melhoria medidas de redução
de desempenho/redução de demandade vazão de peças
do sistema de sanitárias (torneiras
descargas de bacias) e de melhoria de desempenho/redução de demanda do sistema de resfriamen-
resfriamentoe(torre
descargas de bacias)
de resfriamento, TR).e de melhoria de desempenho/redução de demanda do sistema de
to (torre de resfriamento, TR). (torre de resfriamento, TR).
resfriamento
Troca da
descarga comum
por modelo dual Troca da Troca do sistema de
flush descarga comum resfriamento
2012 por modelo dual 2018 Troca do sistema de
flush resfriamento
2012 2018
2011 2015
Troca das Estudo de
torneiras por desempenho
modelo 2011 térmico 2015
hidromecânico
Troca das Estudo de
torneiras por desempenho
modelo térmico
E.4.1 Levantamento de dados
hidromecânico
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 83
O edifício possui
Av. Alberto área Lima,
de Oliveira construída
nº144, CEPtotal de 4.500 m² e manteve média de 400 ocupantes
05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
ao longo de sua operação
www.infinitytech.com.br
durante o período analisado.
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 83
Características da edificação
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
ACTwww.infinitytech.com.br
(m²) 4.500
Ocupação média (func.) 400
Operação mensal (dias/mês) 22
Operação anual (meses/ano) 12

88
ACT (m²) 4.500
Ocupação média (func.) 400
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Operação mensal (dias/mês) 22
Operação anual (meses/ano) 12
A partir das contas mensais de água a equipe determinou às demandas totais (D
Aanuais
partir das
docontas mensais
edifício. As de água a equipe
demandas de determinou às demandasda
água de reposição totais
torre(DT)de
anu-
resfriamento (T
ais do edifício. As demandas de água de reposição da torre de resfriamento
foram medidas separadamente, sendo possível determinar por diferença os dema(TR) foram
medidas
em suaseparadamente, sendo possível
maioria destinados determinarsanitárias
a finalidades por diferença
15 os demais, em sua
.
maioria destinados a finalidades sanitárias14.
Ano
Ano DT
DT(m³)
(m³) TR (m³)(1)(1)
TR (m³) DT
DTsan (m³)(2)(2)
(m³)
san
2010 5.163 1.300 3.863
2010 5.163 1.300 3.863
2011 4.402 1.200 3.202
2011
2012 4.402 1.200 3.202
3.460 1.250 2.210
2013
2012 3.460
3.460 1.150
1.250 2.3102.210
2014
2013 3.460
3.460 1.300
1.150 2.1602.310
2015
2014 3.460
3.460 1.000
1.300 2.4602.160
2016 3.245 900 2.345
2015 3.460 1.000 2.460
2017 3.245 950 2.295
2016 3.245 900 2.345
2018 2.715 700 2.015
2017
2019 3.245
2.715 650950 2.0652.295
(1)2018
Medida ne2.715
entrada da TR.700 2.015
(2) Calculada por diferença.
2019 2.715 650 2.065

(1) à primeira
Medida ne entrada vista
da TR. foi possível verificar a redução progressiva das demandas de águ
o que pode ser atribuído às diversas medidas aplicadas, já que o número médio
(2)
Calculada por diferença.
ocupantes
Já nãofoisepossível
à primeira vista alterou.
verificar a redução progressiva das demandas de água, o
que pode ser atribuído às diversas medidas aplicadas, já que o número médio de ocu-
pantes não se alterou.

A PHuso,d,azul
E.4.2 Cálculo da PH considera
uso,d,azul
somente a parcela “perdida” de água para os múltiplos u
considerados; ou seja, aquela que não retorna como efluente. Dessa forma,
A PHuso,d,azul considera somente a parcela “perdida” de água para os múltiplos usos consi-
necessário que sejam determinadas as parcelas de “entram”, “saem” e “se perde
derados; ou seja, aquela que não retorna como efluente. Dessa forma, é necessário que
dentro da edificação. Conforme demonstrado neste guia, essa relação pode
sejam determinadas as parcelas de “entram”, “saem” e “se perdem” dentro da edifica-
expressada
ção. utilizando-se
Conforme demonstrado o coeficiente
neste de pode
guia, essa relação retorno, “C”. utilizando-se
ser expressada
o coeficiente de retorno, “C”.
Para cada período de tempo, a PHuso,d,azul é calculada por:
Para cada período de tempo, a PHuso,d,azul é calculada por:
𝐍𝐍

𝐏𝐏𝐇𝐇𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮𝐮,𝐝𝐝,𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚𝐚 = {𝐐𝐐𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 ) + ∑[𝐐𝐐𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨𝐨 𝐤𝐤 × (𝟏𝟏 − 𝐂𝐂𝐤𝐤 )]} 𝐭𝐭


𝐤𝐤=𝟏𝟏
PHuso,d,azul pegada hídrica de uso direta azul [volume]
PH
Qsan uso,d,azul
pegada
vazão hídricapara
demandada deusos
usosanitários
direta azul [volume]
[volume/tempo]
Q san
Csan vazão demandada
coeficiente de retorno daspara usos sanitárias
demandas sanitários[%][volume/tempo]
Csan
Qoutros coeficiente
vazão demandadadepara
retorno
outrosdas
usosdemandas sanitárias [%]
[volume/tempo]
Ck coeficiente de retorno do uso “k” [%]
t período analisado [tempo]
15
Por simplificação, assumiu-se que os usos são basicamente para resfriamento (TR) e fins sanitários.
Os usos sanitários em geral resultam em retorno da ordem de 80-90%, adotando-se valor
de Csan = 0,80. Já no caso dos usos para resfriamento, sabe-se que praticamente a totali-
dade da água é perdida por evaporação nos processos de troca térmica, havendo retorno
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente
de pequena parcela na forma de purgas de desconcentração. Por isso, adotou-se Ck = 0,10.
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
14 www.infinitytech.com.br
Por simplificação, assumiu-se que os usos são basicamente para resfriamento (TR) e fins sanitários.

89
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Qoutros vazão demandada para outros usos [volume/tempo]


Ck coeficiente de retorno do uso “k” [%]
t período analisado [tempo]

Como
Os resultado do cálculo
usos sanitários daresultam
em geral pegada hídrica entre
em retorno da 2010
ordemede
2019, chegou-se
80-90%, ao seguinte
adotando-se
panorama
valor dede PH= azul,d,azul
Csan 0,80. Já. no caso dos usos para resfriamento, sabe-se que praticamente
a totalidade da água é perdida por evaporação nos processos de troca térmica,
havendo retorno de pequena parcela na forma de purgas de desconcentração. Por
DT PHazul - sanitária PH - resfriamento PHazul PHazul Redução em
isso, adotou-se Ck = 0,10. azul
(m³) (m³/ano) (m³/ano) (m³/ano) (m³/AC/ano) relação a 2010
Como resultado do cálculo da pegada hídrica entre 2010 e 2019, chegou-se ao
5.163 718 1.385 2.103 5,3 -
seguinte panorama de PHazul,d,azul.
4.402 567 1.385 1.952 4,9 7%
PHazul - PHazul - Redução
DT
3.460 381
sanitária 1.385PHazul
resfriament
PHazul
1.765 4,4
em relação 16%
(m³) (m³/ano) (m³/AC/ano)
(m³/ano) o (m³/ano) a 2010
3.460
5.163 718381 1.385 1.3852.103 1.765
5,3 4,4
- 16%
4.402 567 1.385 1.952 4,9 7%
3.460 381 1.385 1.765 4,4 16%
3.460 381 1.385 1.765 4,4 16%
3.460
3.460 381381 1.385 1.3851.765 4,4
1.765 16%
4,4 16%
3.460 381 1.385 1.765 4,4 16%
3.245
3.460 381381 1.385 1.1911.765 1.572
4,4 3,9
16% 25%
3.245 381 1.191 1.572 3,9 25%
3.245
3.245 381381 1.191 1.1911.572 1.572
3,9 3,9
25% 25%
2.715 381 715 1.095 2,7 48%
2.715 381 715 1.095 2,7 48%
Torneira

2.000 Bacia sanitária


Estudo de
1.800 desempenho
718
567
1.600 381 381 381 381 Troca da torre
1.400 381 381
1.200
m³/ano

1.000
381 381
800
1.385 1.385 1.385 1.385 1.385 1.385
600 1.191 1.191

400
715 715
200

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
PHazul - resfriamento (m³/ano) PHazul - sanitária (m³/ano)

Data: out-19Em
Emvalores
valores acumulados, nota-se clara tendência de redução da tendência de aumento
| Revisão: 00
acumulados, nota-se clara tendência de redução da tendência de aumento
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
dadaPH
PHdesde 2010,motivado
desde 2010, motivado principalmente
principalmente pelas pelas
ações ações
voltadasvoltadas ao uso de
ao uso eficiente eficiente de
águapara
água pararesfriamento.
resfriamento.

18.000
16.000
14.000
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 85
12.000
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
PH (m³)

10.000
www.infinitytech.com.br
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

PHazul - resfriamento - acum. (m³/ano) PHazul - sanitária - acum. (m³/ano)


PHazul acum.(m³/ano)

E.5. Evolução da pegada hídrica ao longo da vida útil

Neste exemplo os cálculos foram simplificados com vistas a destacar a evolução da PH ao longo da
operação da edificação. Por isso, não foram detalhados os procedimentos de quantificação de cada um
90 dos componentes de pegada hídrica.
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

E.5 Evolução da pegada hídrica ao longo da vida útil

Neste exemplo os cálculos foram simplificados com vistas a destacar a evolução


da PH ao longo da operação da edificação. Por isso, não foram detalhados os
procedimentos de quantificação de cada um dos componentes de pegada hídrica.

O edifício Verde, um residencial construído na década 1990, tornou-se estudo de caso de pega-
da hídrica de uma construtora tradicional do mercado. A edificação se localiza em local onde o esgoto
é coletado, mas não é tratado, motivo que levou à implantação de ETE desde o início.
Ao longo dos anos, as seguintes intervenções foram realizadas na edificação:
• 2010: os moradores, preocupados com as constantes crises de abastecimento na cidade, de-
cidiram coletivamente realizar troca das peças hidrossanitárias de seus apartamentos, bus-
cando reduzir a demanda per capita. Paralelamente, foram realizadas manutenções nas redes
condominiais de água, especialmente nas válvulas redutoras de pressão (VRPs), reduzindo a
pressão máxima nos pontos de uso de 40 mca (metros de coluna d’água) para 30 mca.
• 2013: em razão do desgaste, as áreas comuns foram reformadas, com troca de revestimentos
verticais, pisos e pintura.
• 2017: diante de exigências da concessionária e órgãos ambientais locais, requereu-se que a
ETE fosse modificada e adotasse processos de tratamento mais eficientes.
Já em 2019, a administradora do condomínio decidiu calcular a pegada hídrica da edificação
desde sua inauguração até o presente momento, considerando as apropriações de água da obra e
de uso. A manutenção de registros de obra junto à construtora e das demandas de água ano a ano
permitiu resgate de todo o histórico.
E.5.1 Levantamento de dados
i. Dados da edificação

Características da edificação
Tipologia Residencial
ACT (m²) 12.000
Operação mensal (dias/mês) 30
Operação anual (meses/ano) 12
Número de residentes 200

ii. 1990 – pegada hídrica da obra (PHobra)


A PHobra foi calculada a partir do orçamento original de obra, contemplando os consumos
diretos em canteiro (PHobra,d,azul), os materiais empregados (PHobrai,azul) e os efluentes ge-
rados e lançados em rede coletora sem tratamento (PHobra,d,cinza)

Tipo de PH Valor
PHobra,d,azul (m³) 7.500

PHobra,i,azul (m³) 45.000

PHobra,d,cinza (m³) 12.000

PHobra (m³) 64.500

91
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

iii. 2010 - troca das peças hidrossanitárias e medidas de controle de pressão

Entre 1990 e 2010 a média de demanda per capita permaneceu em torno de 180 l/re-
sidente/dia, valor razoável diante de estatísticas nacionais. A utilização de restritores de
vazão nos chuveiros, arejadores em torneiras de cozinha e dos banheiros, substituição
de válvulas por bacias com caixa acoplada e o controle de pressão na rede levaram a
reduções muito significativas da ordem de 40%, passando a 110 l/residente/dia.

iv. 2013 – retrofit dos revestimentos e pinturas

A obra realizada em 2013 requereu quantidades consideráveis de materiais, sendo ne-


cessário cômputo da pegada hídrica da obra. Considerando-se somente a PH azul de
materiais (indireta), chegou-se a valor de 5.000 m³.

v. 2017 – aumento de eficiência da ETE

A ETE instalada inicialmente no edifício Verde possuía eficiência média de 75% de remo-
ção de DBO5,20, o que resultava em cargas remanescentes de contaminantes significati-
vas. Decidiu-se que o processo original (UASB + FBP) seria substituído por tecnologia de
membranas (MBR), o que garantiria eficiências superiores a 99%.

E.5.2 Resultados
Os diversos processos pelos quais o edifício Verde passou podem ser analisados a partir
de um panorama geral da pegada hídrica ao longo dos anos, considerando desde sua
construção até seu uso na atualidade.
Para realização dos cálculos, as seguintes variáveis foram utilizadas.

Item Valor
Csan 0,8
Carga do DBO per capita (gDBO/AC/dia) 54
Tipo de lançamento Rede da concessionária (sem tratamento)
Cmáx DBO (mgO2/l) 60
C0 DBO (mgO2/l) 30

92
capita (gDBO/AC/dia) Rede da concessionária (sem
Tipo de lançamento
Rede da concessionária (sem
tratamento)
Tipo de lançamento
Cmáx DBO
GUIA(mgO 2/l) tratamento)
60DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
METODOLÓGICO
Cmáx DBO (mgO
0 DBO (mgO2/l) 2/l) 60
30
C0 DBO (mgO2/l) 30
Avaliando-se primeiramente a PHazul isoladamente, de modo que seja possível
Avaliando-se primeiramente
verificar o impacto a PHazul isoladamente,
das ações realizadas em 2010, tem-se:de modo que seja possível
verificar o Avaliando-se
impacto das ações realizadas
primeiramente a PHazulem 2010, tem-se:
isoladamente, de modo que seja possível verificar o
60.000 impacto das ações realizadas em 2010, tem-se:
Redução da demanda per capita
60.000
Redução da demanda per capita
50.000
50.000
Retrofit
40.000
Retrofit
40.000
PH (m³)

30.000
PH (m³)

30.000
20.000
20.000
10.000
10.000
0
1989
1990
1991
1992
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2017
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0
1989
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2011
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Obra Uso
Obra Uso
Azul indireta (m³) Azul direta (m³)
Azul indireta (m³) Azul direta (m³)

Redução da demanda per capita


140.000
Redução da demanda per capita
140.000 Retrofit
120.000
Retrofit
120.000
100.000
100.000
80.000
PH (m³)

80.000
PH (m³)

60.000
60.000
40.000
40.000
20.000
20.000
0
1989
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1991
1992
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0
1989
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2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Obra Uso
Obra Uso
Azul indireta acum. (m³) Azul direta acum. (m³) Azul acum. (m³)
Azul indireta acum. (m³) Azul direta acum. (m³) Azul acum. (m³)

É possível notar que a partir de 2010 há redução da PH , o que se traduz também


É possível notar que a partir de 2010 há redução da PHd,azul,d,azul o que se traduz também
É possível pela mudança
notar de tendência doshá
valores acumulados. Em, razão da obra de 2013, vê-se
pela mudança deque a partir
tendência de 2010
dos valores redução da PH
acumulados. Em o que
razão
d,azul da se traduz
obra também
de 2013, vê-
pela incremento de
mudança de tendência PH .
se incremento PHi,azul. i,azuldos valores acumulados. Em razão da obra de 2013, vê-
se incremento de PHi,azul.
Considerando-se agora também a PHcinza, verifica-se que a ordem de grandeza dos
Considerando-se
valores muda muito agora também a PH
notavelmente. Ocinza, verifica-se
lançamento de que a ordem
esgotos de grandeza
em rede dos
coletora que
valores
não muda muito
os conduz notavelmente.
a tratamento resultaOemlançamento de esgotos
apropriações em rede coletora
muito expressivas de água,queo
não os conduz a tratamento resulta em apropriações muito expressivas de água, o

Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 88


Av. Alberto de
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e Meio CEP 05690-020,
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Data: out-19 | Revisão: 00


Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Cliente: PNUD | Projeto: Considerando-se
Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP
agora também a PH | Etapa: Etapa 06 –que
, verifica-se Produto 09 (RT06)
a ordem de grandeza
dos valo-
cinza
res muda muito notavelmente. O lançamento de esgotos em rede coletora que não os
que também se adevia
conduz à adoção,
tratamento noapropriações
resulta em empreendimento, de processo
muito expressivas de tratamento
de água,
que também se devia à adoção, no empreendimento, de processo deo que também
tratamento
pouco eficaz.
se devia à adoção, no empreendimento, de processo de tratamento pouco eficaz.
pouco eficaz.

70.000
70.000 Redução da demanda per capita
60.000 Redução da demanda per capita
60.000
50.000 Retrofit
50.000 Retrofit ETE
40.000 ETE
40.000
30.000
30.000
20.000
20.000
10.000
10.000
0
0
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2019
2020
Obra Uso
Obra Uso
Cinza direta (m³) Azul indireta (m³) Azul direta (m³)
Cinza direta (m³) Azul indireta (m³) Azul direta (m³)

1.200.000
1.200.000 Redução da demanda per capita
Redução da demanda per capita Retrofit
Retrofit ETE
1.000.000 ETE
1.000.000

800.000
800.000
(m³)
PH(m³)

600.000
600.000
PH

400.000
400.000

200.000
200.000

00
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2015
2016
2017
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2019
2020

Obra
Obra Uso
Uso
Cinza
Cinza indireta
indireta acum.
acum. (m³)
(m³) Azul indireta
Azul indireta acum.
acum. (m³)
(m³)
Azul
Azul direta
direta acum.
acum. (m³)
(m³) Total acum.
Total acum. (m³)
(m³)

Por
Por fim, considerando
fim, Por todotodo
fim, considerando
considerando o ohistórico doempreendimento,
histórico do empreendimento, o edifício
o edifício edifício
Verde Verde
apresenta
Verde
apresenta
apresentaem em 2020
em2020 uma PH
2020uma PHedif edif
edif de cerca de 1.000.000 m³ acumulados,
acumulados,
de cerca de 1.000.000 m³ acumulados, com tendência
com tendência
com tendência de cresci-
de
de crescimento
crescimento desacelerado
mento desacelerado devido
devido às medidas
às medidas adotadas
adotadas no período.
no período.período.

94
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4. A PLICAÇÃO DA METODOLOGIA:
ESTUDOS PRÁTICOS, AVALIAÇÃO E
COMPARAÇÃO COM LITERATURA
A metodologia desenvolvida e explicada nos itens
anteriores foi testada pela própria Infinitytech para as Análise rápida (AR)
obras das empresas do GT, havendo também realização
Calcula a PH a partir de da-
de testes junto aos participantes do GT com o intuito
dos simplificados e considera-se
de verificar sua aderência à realidade e expectativa de
somente a PHazul. Para cálculo da
agentes atuantes na área. Como já apresentado no item
parcela direta, são utilizados valo-
2.1, desenvolveu-se uma ferramenta digital (FPHedif) para res médios de canteiro, enquanto
otimizar a experiência dos usuários, facilitando a familia- para a parcela indireta os materiais
rização com os conceitos e procedimentos utilizados no foram agrupados de acordo com as
cálculo da PH. categorias estabelecidas em MAT 1.
Neste item serão avaliados principalmente os resul-
tados obtidos pela Infinitytech, dado que aqueles envia-
Análise detalhada (AD)
dos pelo GT, apesar da participação ativa dos integrantes
do grupo, não apresentaram homogeneidade suficiente Engloba também a PHcinza e é
realizado com base em uma divi-
para a realização de avaliações amplas. Algumas empre-
são; por mês ou por etapa de obra
sas disponibilizaram somente cálculos para uma de suas
predominante. Para cálculo da par-
obras e outras que realizaram somente quantificações
cela direta, são utilizados os dados
parciais, resultando em redução considerável das amos-
de canteiro de acordo como a divi-
tras a serem analisadas. Esse fator, no entanto, não traz são estabelecida e, com relação à
prejuízos aos objetivos específicos da realização de tes- PHindireta, propõe-se trabalhar com
tes junto ao GT, visto que essa etapa visava à familiariza- valores de CPH de acordo com as
ção dos participantes com a metodologia, obtenção de especificações dos materiais.
feedback e promoção de discussão sobre os principais
pontos a serem melhorados.
Como já explicado no item 2.2.5, os cálculos de PH
junto ao GT foram mediados pela utilização da Ferramen-
ta de Cálculo de Pegada Hídrica para Edificações (FPHedif), um arquivo digital de cálculo automático de
PH elaborado especialmente para essa finalidade. A FPHedif prevê dois tipos de análise para a PHobra:
Análise Rápida (AR) e Análise Detalhada (AD), cada qual contando com níveis de detalhamento dis-
tintos. Essa divisão teve como objetivo compreender os impactos nos valores de PHobra causados por
simplificações nos procedimentos de cálculo, fosse pela utilização de categorias mais abrangentes de
materiais (MAT1, ver item 2.1.4) ou de mais detalhadas (MAT2, vide item 2.1.4) para PHobra,i, ou pela
simplificação dos cálculos de PHobra,d. Outro objetivo foi também facilitar a realização do cálculo pelo
GT, dado que a AD exige maior dispêndio de esforços na obtenção e organização de dados, o que
poderia comprometer a realização dos testes. A comparação entre os resultados oriundos da AR e
AD será realizada no item 4.2.
A Figura 27 a seguir ilustra a abrangência dos cálculos realizados, indicando os que foram de-
sempenhados pela Infinitytech (IFTH) e quais pelo GT, bem como o tipo de análise (AR ou AD).

95
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Data: out-19 | Revisão: 00


FIGURA 27
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Proposta de cálculo de teste metodologia: nível de detalhamento
da análise e responsáveis pelos resultados

PHobra,d,azul Análise rápida


PHobra,d
IFTH, GT
PHobra,d,cinza Análise detalhada

PHobra
IFTH, GT

PHobra,i,azul Análise rápida


PHobra,i
IFTH, GT

PHedif PHobra,i,cinza Análise detalhada

PHuso,d,azul
PHuso PHuso,d
IFTH IFTH
PHuso,d,cinza

Figura 27. Proposta de cálculo de teste metodologia: nível de detalhamento da análise e responsáveis pelos
4.1 Resultados da aplicação da metodologia
resultados

4.1.1 Pegadada
Resultados hídrica de obra
aplicação – PHobra
da metodologia
4.1.1.1 Pegadas hídricas azuis - PHobra,d,azul e PHobra,i,azul
Pegada
Para a PH hídrica de absolutos
, os valores obra – PH(m³)
obra e respectivos indicadores por área (m³/m²) de PH
obra obra,azul
constam na Tabela 25, divididos também em AR e AD. A ordem de grandeza da pegada hídrica indi-
Pegadas hídricas azuis - PHobra,d,azul e PHobra,i,azul
reta é da ordem de dezenas de milhares de m³, enquanto a direta ronda entre 1.000 e 10.000 m³.
Para a PHobra, os valores absolutos (m³) e respectivos indicadores por área (m³/m²) de PHobra,azul
constam na Tabela 25, divididos também TABELA em AR e 25 AD. A ordem de grandeza da pegada hídrica
PH
indireta é da ordem de dezenas direta e indireta em m³ e em m³/m²
obra,azul de milhares de m³, enquanto a direta ronda entre 1.000 e

10.000 m³.
PH (m³) PHobra,azul esp (m³/m²)
Tabela 25. PHobra,obra,azul
azul direta e indireta em m³ e em m³/m²
ACT Análise rápida PHobra,azul Análise detalhada
Obra

(m³) PHobra,azul esp (m³/m²)


Obra (m²)
ACT (m²) Análise rápida Análise detalhada Análise
Análise Análise
Análise
PH
PH obra,d,azul PHobra,i,azul Total PHobra,d,azul PH
PH PHobra,i,azul rápida detalhada
Totalrápida detalhada
1.1 14.715 obra,d,azul
2.164 obra,i,azul
79.530
Total
81.694 obra,d,azul
2.942 obra,i,azul
71.232
Total74.173 5,55 5,04
1.2 9.237 508 37.561 38.070 862 28.363 29.225 4,12 3,16
1.1 14.715
1.3 12.133 2.164
3.092 79.530
51.765 81.694 54.857 2.942 4.058 71.232 47.74274.173 51.799 5,554,52 5,04
4,27
2.1 18.335 933 44.375 45.308 1.595 47.545 49.140 2,47 2,68
1.2
2.2 9.237
10.841 508
164 37.561
32.230 38.070 32.394 862356 28.363 46.55829.225 46.914 4,122,99 3,16
4,33
56.532
3.1 21.466
1.3 12.133 557
3.092 55.975 54.857
51.765 4.058 - 47.742 - 51.799 - 4,522,63 4,27-
4.1 18.500 2.532 50.428 52.960 2.674 49.590 52.265 2,86 2,83
4.2 68.217
2.1 18.335 6.245
933 208.597 45.308
44.375 214.842 1.595 7.699 47.545 183.71649.140 191.4152,473,15 2,81
2,68
5.1 26.822 9.037 112.355 121.393 8.889 139.954 148.843 4,53 5,55
2.2 10.841
5.2 20.369 164
2.133 32.230
111.232 32.394113.365 3562.481 46.558 116.00746.914 118.4882,995,57 4,33
5,82
Média* 3,97 4,05
3.1 21.466 o empreendimento
*Desconsiderando 557 55.9753.1 nos 56.532
cálculos de -média - - 2,63 -

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PHobra,azul (m³) PHobra,azul esp (m³/m²)


Obra ACT Análise rápida Análise detalhada
(m²) Análise Análise
PH PH PH PH rápida detalhada
obra,d,azul obra,i,azul Total obra,d,azul obra,i,azul Total

4.1 18.500 2.532 50.428 52.960 2.674 49.590 52.265 2,86 2,83

4.2 68.217 6.245 208.597 214.842 7.699 183.716 191.415 3,15 2,81

5.1 26.822 9.037 112.355 121.393 8.889 139.954 148.843 4,53 5,55

5.2 20.369 2.133 111.232 113.365 2.481 116.007 118.488 5,57 5,82

Média* 3,97 4,05


*Desconsiderando o empreendimento 3.1 nos cálculos de média
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

Avaliando-se os resultados somente da análise rápida (muito similares aos da detalhada), obras
com maioresosvalores
Avaliando-se absolutos
resultados de PHda(m³)
somente não rápida
análise são necessariamente
(muito similaresas que
aos possuem os maiores
da detalhada), obras
valores específicos (m³/m²). Um exemplo evidente é a obra 4.2, a qual possui o maior
com maiores valores absolutos de PH (m³) não são necessariamente as que possuem os maiores valor de PH
(aprox.específicos
valores 215.000 m³)(m³/m²).
e ao mesmoUmtempo um evidente
exemplo dos menores
é a valores
obra 4.2,específicos (3,15 m³/m²).
a qual possui o maiorDe outrade
valor
forma,
PH a obra
(aprox. 1.1 possui
215.000 m³) PH
e aoabsoluta
mesmodetempo
aprox.um
82.000
dos m³ e alto valor
menores específico,
valores igual (3,15
específicos a 5,55m³/m²).
m³/m².
De outra forma, a obra 1.1 possui PH absoluta de aprox. 82.000 m³ e alto valor específico, igual
FIGURA 28
a 5,55 m³/m².
PHobra direta e indireta em m³ e em m³/m² (resultados da análise rápida)
250.000 6,00

5,00
200.000

PH específica (m³/m²)
4,00
150.000
PH (m³)

3,00
100.000
2,00

50.000
1,00

0 0,00
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2

PHobra,d,azul (m³) PHobra,i,azul (m³) PHobra,azul esp (m³/m²)

Figura 28. PHobra direta e indireta em m³ e em m³/m² (resultados da análise rápida)


A avaliação dos valores em m³/m² evidencia a importância de se realizar a comparação com base
A em
avaliação dos específicos,
indicadores valores em sem m³/m² evidencia
os quais a importância
não seria de se realizar
possível considerar variáveisacomo
comparação com
a dimensão
base em indicadores específicos,
dos empreendimentos, sem os quais
levando a conclusões não seria
equivocadas possível
sobre a PH. considerar variáveis como a
dimensão dos empreendimentos,
4.1.1.1.1 Direta e indireta
levando a conclusões equivocadas sobre a PH.

A comparação
4.1.1.1.1 entre as PHobra,i e PHobra,i aponta para a mesma conclusão de outros estudos pre-
Direta e indireta
sentes na literatura: a de que a PHdireta representa parcela muito reduzida da PHobra, com valores em
A geral inferiores entre
comparação a 5% (vide Tabela
as PH 26PH
obra,i e e Figura 29). para a mesma conclusão de outros estudos
obra,i aponta
presentes na literatura: a de que a PHdireta representa parcela muito reduzida da PHobra, com
valores em geral inferiores a 5% (vide Tabela 26 e Figura 29).

Tabela 26. Contribuição percentual das parcelas direta e indireta sobre PHobra (resultados da análise rápida)
PHobra,d,azul
Obra 97
PHobra,d,azul PHobra,i,azul
1.1 2,6% 97,4%
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

TABELA 26
Contribuição percentual das parcelas direta e
indireta sobre PHobra (resultados da análise rápida)

PHobra,d,azul
Obra
PHobra,d,azul PHobra,i,azul
1.1 2,6% 97,4%
1.2 1,3% 98,7%
1.3 5,6% 94,4%
2.1 2,1% 97,9%
2.2 0,5% 99,5%
3.1 1,0% 99,0%
4.1 4,8% 95,2%
4.2 2,9% 97,1%
5.1 7,4% 92,6%
5.2 1,9% 98,1%
Média 3,0% 97,0%
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA 29
% PHobra direta e indireta (resultados pela análise rápida)
100%
90%
80%
70%
60%
%PH

50%
40%
30%
20%
10%
0%
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2
Direta Indireta

ComFigura
base na29. % PHobra direta
compreensão e indireta
dos conceitos (resultados
básicos pela
de PH, essa análiseé bastante
conclusão rápida) intuitiva.
Mesmo para leigos no assunto, é presumível assumir que materiais como concreto e aço gerem
impactos
Com base na relevantes sobre
compreensão dososconceitos
recursos hídricos, o quede
básicos é comprovado
PH, essapelos coeficientes
conclusão é de pegada intuitiva.
bastante
hídrica apresentados pela literatura. Isso, somado ao uso intensivo desses materiais na construção
Mesmo paracivil,
leigos no assunto, é presumível assumir que materiais como concreto e aço gerem
leva à atestada preponderância da pegada hídrica indireta em relação à direta.
impactos relevantes sobre os recursos hídricos, o que é comprovado pelos coeficientes de
pegada hídrica apresentados pela literatura. Isso, somado ao uso intensivo desses materiais na
construção civil, leva à atestada preponderância da pegada hídrica indireta em relação à direta.

4.1.1.1.2
98 Por etapa de obra
impactos relevantes sobre os recursos hídricos, o que é comprovado pelos coeficientes de
pegada hídrica apresentadosDE
GUIA METODOLÓGICO pela literatura.
CÁLCULO Isso, somado
DE PEGADA HÍDRICAao usoEDIFICAÇÕES
PARA intensivo desses materiais na
construção civil, leva à atestada preponderância da pegada hídrica indireta em relação à direta.

4.1.1.1.2 Por etapa de obra


4.1.1.1.2 Por etapa de obra
As etapas maismais
As etapas relevantes,
relevantes,como esperado,
como esperado, sãosão aquelas
aquelas que empregam
que empregam maiores quantidades
maiores quantidades de de
aço,
aço,concreto, blocos,
concreto, blocos, lajes lajes pré-fabricadas
pré-fabricadas e revestimentos,
e revestimentos, sendo estas
sendo estas E2 (fundação), E2 (fundação), E3
E3 (estrutura)
(estrutura) e E7 (revestimentos),
e E7 (revestimentos), com importante com importante
contribuição contribuição
da E4 (vedação). da E4se(vedação).
Essa etapas Essa etapas se
destacam tanto
na PHobra (m³),
destacam tantocomo
na consta
PHobrana Figuracomo
(m³), 30, quanto
constana PH
na(m³/m²)
Figuraapresentada
30, quanto na na
Figura
PH31.
(m³/m²) apresentada
na Figura 31.
FIGURA 30
% PHobra por etapa
100% E1 Movimentação
E1 Movimentação de de terra
E2 Fundação
terra
90% E3 Estrutura
E2 Fundação
E4 Vedação
80% E3 Estrutura
E5 Instalação predial
70% E4 Vedação
E6 Pavimentação e infraestrutura
E7 Revestimento
E5 Instalação predial (interno e externo)
60% E8 Cobertura
E6 Pavimentação e
%PH

50% infraestrutura
E7 Revestimento
40%
(interno e externo)
30% E8 Cobertura
20%
10%
0%
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto:
E3 Guia
E2 Metodológico
E7 E4 Caixa/SindusCon-SP
E5 E6 E8 | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
E1

A etapa de estrutura (E3)corresponde


corresponde quase Figura 30. % PH
sempre obra
a mais por etapa
A etapa de estrutura (E3) quase sempre a de 50%de
mais da50%
PHobrada
, sendo seguida
PHobra , sendoporseguida por
fundações (E2) e revestimentos (E7). Unidas estas etapas representam entre 84,6%
fundações (E2) e revestimentos (E7). Unidas estas etapas representam entre 84,6% e 97,5% da PH .
obra e 97,5% da

PHobra.
FIGURA 31
PHobra (m³/m²) por etapa
7,00 E1 Movimentação
E1 Movimentação de de terra
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 93
E2 Fundação
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020, terra
E3 Estrutura
6,00 Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033 E2 Fundação
E4 Vedação
www.infinitytech.com.br E5 Instalação predial
E3 Estrutura
E6 Pavimentação e infraestrutura
E4 Vedação
E7 Revestimento (interno e externo)
5,00 E5 Instalação predial
E8 Cobertura
E6 Pavimentação e
4,00 infraestrutura
m³/m²

E7 Revestimento
(interno e externo)
3,00
E8 Cobertura

2,00

1,00

0,00
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Obra

E3 E2 E7 E4 E5 E6 E8 E1

Figura 31. PHobra (m³/m²) por etapa

O compilado dos resultados obtidos por etapa de obra é apresentado a seguir (Tabela 27 e
Tabela 28).
99
100
TABELA 27
PHobra etapa – direta, indireta, por etapa em m³
Análise rápida (m³) Detalhada (m³)
Obra
Direta Indireta Total Direta Indireta Total E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8
1.1 2.164 79.530 81.694 2.942 71.232 74.173 20,6 14.507,0 49.365,9 1.557,7 2.199,7 168,4 3.982,5 2.228,6
1.2 508 37.561 38.070 862 28.363 29.225 49,0 5.187,2 18.807,7 1.247,0 1.303,4 52,9 2.301,6 159,9
1.3 3.092 51.765 54.857 4.058 47.742 51.799 385,0 7.889,6 34.549,2 2.243,9 2.148,5 429,2 3.302,7 855,0
2.1 933 44.375 45.308 1.595 47.545 49.140 0,0 13.342,5 28.446,6 1.149,7 2.383,5 0,0 4.657,0 26,1
2.2 164 32.230 32.394 356 46.558 46.914 45,9 13.367,8 28.694,7 1.167,5 1.409,3 0,0 4.674,9 0,0
3.1 557 55.975 56.532 - - - - - - - - - - -
4.1 2.532 50.428 52.960 2.674 49.590 52.265 132,5 5.788,6 40.292,5 1.161,1 2.879,4 965,9 2.789,2 371,3
4.2 6.245 208.597 214.842 7.699 183.716 191.415 656,8 14.831,8 164.472,1 275,2 6.478,4 752,4 20.304,7 2.265,5
5.1 9.037 112.355 121.393 8.889 139.954 148.843 464,5 45.606,9 87.548,7 6.044,5 5.625,4 737,9 1.565,0 871,8
5.2 2.133 111.232 113.365 2.481 116.007 118.488 446,8 720,6 105.051,2 2.535,8 2.844,7 123,8 4.672,7 829,8
TABELA 28
PHobra por etapa – % direta, indireta, por etapa
Análise rápida (%) Análise detalhada (%)
Obra
Direta Indireta Total Direta Indireta Total E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8
1.1 2,6% 97,4% 100,0% 4,0% 96,0% 100,0% 0,0% 19,6% 66,6% 2,1% 3,0% 0,2% 5,4% 3,0%
1.2 1,3% 98,7% 100,0% 2,9% 97,1% 100,0% 0,2% 17,7% 64,4% 4,3% 4,5% 0,2% 7,9% 0,5%
1.3 5,6% 94,4% 100,0% 7,8% 92,2% 100,0% 0,7% 15,2% 66,7% 4,3% 4,1% 0,8% 6,4% 1,7%
2.1 2,1% 97,9% 100,0% 3,2% 96,8% 100,0% 0,0% 27,2% 57,9% 2,3% 4,9% 0,0% 9,5% 0,1%
2.2 0,5% 99,5% 100,0% 0,8% 99,2% 100,0% 0,1% 28,5% 61,2% 2,5% 3,0% 0,0% 10,0% 0,0%
3.1 1,0% 99,0% 100,0% - - - - - - - - - - -
4.1 4,8% 95,2% 100,0% 5,1% 94,9% 100,0% 0,3% 11,1% 77,1% 2,2% 5,5% 1,8% 5,3% 0,7%
4.2 2,9% 97,1% 100,0% 4,0% 96,0% 100,0% 0,3% 7,7% 85,9% 0,1% 3,4% 0,4% 10,6% 1,2%
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

5.1 7,4% 92,6% 100,0% 6,0% 94,0% 100,0% 0,3% 30,6% 58,8% 4,1% 3,8% 0,5% 1,1% 0,6%
5.2 1,9% 98,1% 100,0% 2,1% 97,9% 100,0% 0,4% 0,6% 88,7% 2,1% 2,4% 0,1% 3,9% 0,7%
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Data: out-19 | Revisão: 00


Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

4.1.1.1.3 Por material


4.1.1.1.3
No quePor
sematerial
refere aos materiais, aço e concreto possuem maior importância em todas as obras,
os quais em conjunto totalizam entre 60% e 95% PHobra,i,azul. A depender do método construtivo, lajes
No que se refere aos materiais, aço e concreto possuem maior importância em todas as obras,
pré-fabricadas e blocos também possuem significância alta (obras
os quais em conjunto totalizam entre 60% e 95% PH
2.1 e 2.2).
. A depender do método construtivo,
obra,i,azul
lajes pré-fabricadas e blocos também possuem significância
FIGURA 32 alta (obras 2.1 e 2.2).
Participação percentual dos materiais na PH indireta
100%

90%

80%

70%

60%
%PH

50%

40%

30%

20%

10%

0%
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Obra
Aço Concreto Laje pré-fabricada Bloco de concreto
Sistema elétrico Argamassa Bloco cerâmico Sistema hidráulico
Vidro Pisos Revestimentos Gesso
Tinta Pedra (diversos formatos) Monocapa Areia
Madeira

Avaliando-se cada um dos


Figura materiais depercentual
32. Participação acordo com suas pegadas
dos materiais na PHespecíficas,
indireta isto é, em função
da ACT, chega-se a valores em m³/m² conforme a Tabela 29.
Avaliando-se cada um dos materiais de acordo com suas pegadas específicas, isto é, em função
da ACT, chega-se a valores em m³/m² conforme
TABELAa 29
Tabela 29
PH indireta por material em m³/m²
Tabela 29. PH indireta por material em m³/m²
PH em m³/m²
Material PH em m³/m²
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Material
Aço 2,62 2,20 2,01 0,34 0,58 1,27 1,58 1,49 2,27
Concreto 1,821.1 0,501.2 1.3
1,46 2.1
1,03 1,752.2 0,954.1 4.2
0,86 5.1
3,21 5.2
2,72
Laje pré-fabricada 0,00 0,00 0,00 0,85 1,43 0,00 0,00 0,00 0,00
Bloco deAço
concreto 2,62
0,00 2,20
0,01 2,01
0,05 0,34 0,360,58 0,201,27
0,21 1,58
0,01 1,49
0,19 2,27
0,34
Sistema elétrico 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
Concreto 1,82 0,50 1,46 1,03 1,75 0,95 0,86 3,21 2,72
Argamassa 0,07 0,08 0,14 0,01 0,01 0,09 0,02 0,00 0,18
Sistema hidráulico
Laje pré-fabricada 0,05
0,00 0,05
0,00 0,05
0,00 0,05
0,85 0,051,43 0,050,00 0,05
0,00 0,05
0,00 0,05
0,00
Cimento 0,09 0,03 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,01
Bloco
Bloco cerâmico
de concreto 0,07
0,00 0,09
0,01 0,05
0,05 0,00
0,21 0,000,36 0,000,20 0,06
0,01 0,00
0,19 0,00
0,34
Pisos 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01 0,00 0,02
Sistema elétrico 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08

Argamassa 0,07 0,08 0,14 0,01 0,01 0,09 0,02 0,00 0,18
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 96
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br

101
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

PH em m³/m²
Material
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
Sistema hidráulico 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05

Cimento 0,09 0,03 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,01

Bloco cerâmico 0,07 0,09 0,05 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00

Pisos 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01 0,00 0,02

Revestimentos 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,01 0,00 0,00

Vidro 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,02

Gesso 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00

Tinta 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01

Monocapa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Pedra (diversos formatos) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Areia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
TABELA 30
PH por material (MAT1) em m³
Material
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
(MAT1)
Aço 38.558,8 20.361,4 24.430,3 6.267,0 6.267,0 23.475,9 108.013,5 40.028,2 46.208,0

Concreto 26.849,3 4.574,0 17.737,0 18.954,2 18.954,2 17.602,6 58.932,5 86.007,7 55.316,4
Laje pré-
0,0 0,4 0,0 15.517,4 15.517,4 0,0 0,0 0,0 0,0
fabricada
Bloco de
68,2 52,4 644,9 3.918,8 3.918,8 3.731,5 422,0 4.980,4 6.967,5
concreto
Sistema
1.147,8 720,6 946,4 1.430,1 845,6 1.443,0 5.320,9 2.092,1 1.588,8
elétrico
Argamassa 992,1 732,9 1.654,9 101,0 74,9 1.669,2 1.623,7 46,9 3.659,7
Sistema
735,8 461,9 606,6 916,7 542,1 925,0 3.410,9 1.341,1 1.018,4
hidráulico
Bloco cerâmico 1.067,3 818,4 650,7 20,9 1,6 0,0 3.945,3 0,0 0,0

Vidro 123,7 85,6 3,3 0,0 0,0 0,0 861,1 280,9 355,4

Pisos 98,3 68,1 91,2 80,7 95,0 200,4 394,5 36,7 417,3

Revestimentos 126,7 65,0 60,8 163,6 163,6 286,0 370,6 3,6 3,5

Gesso 71,8 44,6 52,2 124,7 128,2 78,2 325,6 129,7 0,2

Tinta 91,9 38,7 66,0 0,0 0,0 0,0 31,4 161,6 112,5
Pedra (diversos
5,2 7,7 12,0 4,3 4,3 26,6 2,3 39,0 73,8
formatos)
Monocapa 0,0 0,0 0,0 45,3 45,3 71,3 0,0 0,0 0,0

102
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Material
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2
(MAT1)
Areia 8,7 2,7 4,1 0,0 0,0 0,0 0,0 34,4 7,9

Madeira 17,8 9,7 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 23,5 0,0

Por obra 71.231,8 28.363,3 47.741,5 47.544,8 46.557,9 49.590,2 183.715,5 139.953,9 116.006,8
TABELA 31
PH por material (MAT1) em %
Material % média
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 4.1 4.2 5.1 5.2 % média
(MAT1) acum.
Aço 54% 72% 51% 13% 13% 47% 59% 29% 40% 42% 42%

Concreto 38% 16% 37% 40% 41% 35% 32% 61% 48% 39% 81%

Laje pré-
0% 0% 0% 33% 33% 0% 0% 0% 0% 7% 88%
fabricada

Bloco de
0% 0% 1% 8% 8% 8% 0% 4% 6% 4% 92%
concreto

Sistema elétrico 2% 3% 2% 3% 2% 3% 3% 1% 1% 2% 94%

Argamassa 1% 3% 3% 0% 0% 3% 1% 0% 3% 2% 96%

Sistema
1% 2% 1% 2% 1% 2% 2% 1% 1% 1% 97%
hidráulico

Cimento 2% 1% 2% 0% 0% 0% 0% 3% 0% 1% 98%

Bloco cerâmico 1% 3% 1% 0% 0% 0% 2% 0% 0% 1% 99%

Revestimentos 0% 0% 0% 0% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 99%

Pisos 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 99%

Vidro 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%

Gesso 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%

Tinta 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%

Monocapa 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%

Pedra (diversos
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%
formatos)

Madeira 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%

Areia 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100%

4.1.1.2 Pegadas hídricas cinzas - PHobra,d,cinza e PHobra,i,cinza


As pegadas hídricas cinzas de obra (PHobra,d,cinza e PHobra,i,cinza) ou não foram calculadas ou têm
valor igual a zero pelos seguintes motivos:
• PHobra,d,cinza: como todas as obras analisadas encontram-se em áreas urbanizadas e provi-
das de coleta de esgotos, os efluentes produzidos são lançados em rede pública. Dada a
impossibilidade de levantamento de dados mais precisos sobre a destinação dos esgotos

103
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

coletados por parte da concessionária durante a elaboração deste estudo, assumiu-se que,
frente às condições existentes, os efluentes seguem para tratamento em ETE municipal, o
que implica em PHobra,d,cinza = 0.
• PHobra,i,cinza: como estudado no item 1.3 e explicado nos itens 2.1.2 e 2.1.4, atualmente são vir-
tualmente inexistentes coeficientes de PHcinza em literatura, inviabilizando seu cálculo. Ainda
que a metodologia apresente e inclua essa componente em sua estrutura, não foi possível a
realização dos cálculos.
Portanto, nesse caso a PHobra será igual somente à parcela referente à PHazul, ou seja.
PHobra=PH(obra,d,azul)+PH(obra,i,azul)

4.1.2 Pegada hídrica de uso – PHuso


O cálculo de PHuso requer a estimativa de condições futuras de operação da edificação, o que
nem sempre é simples durante a concepção da edificação. Como abordado no item 3.3.1.1, reco-
menda-se que a PHuso seja quantificada tendo como base o número de ocupantes e em demandas
per capita calculadas com base em características de ocupação da edificação e na existência ou não
de medidas que promovam sua redução, o que pode ser obtido junto às disciplinas de hidráulica,
arquitetura e em estudos específicos de avaliação de eficiência ambiental e/ou de obtenção de
certificações ambientais.
As premissas adotadas para cálculo de PHuso,d,azul e PHuso,d,cinza são as apresentadas na Tabela 32,
e destacam-se abaixo duas delas:
• Com exceção de duas obras (5.1 e 5.2), não foi possível estimar as demandas per capita a
partir das bases documentais disponibilizadas, adotando-se valores genéricos.
• Assim como se considerou para PHobra,d,cinza, adotou-se que os empreendimentos irão lan-
çar seus efluentes em rede coletora dotada de tratamento, ou seja, PHuso,d,cinza = 0.
Esses valores foram utilizados para que fosse possível a determinação da ordem de grandeza
da PHuso, e é evidente que devem ser adaptados à realidade de cada uma das edificações avaliadas.

TABELA 32
Premissas para cálculo de PHuso

Escopo Variável Fonte de dados Valor adotado


Vida útil do projeto Estabelecido em projeto ou
Projeto 50 anos(1)
(VUP) por instruções normativas
Categoria de agentes
Por tipologia do edifício Residentes
consumidores

Número de residentes Arquitetura Número de unidades x 3,1(2)


Ocupação da
Período ocorre
edificação Tipo de operação Residentes: 365 dias/ano
demanda
Valores de estudos
Demanda de água
municipais ou bases de dados 150 litros/residente/dia
per capita
hidrográficas, como o SNIS

104
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Escopo Variável Fonte de dados Valor adotado


Valores de referência
Csan 0,8
para uso sanitário
Presença de usos Projetos das disciplinas
Ocupação da Não
específicos relevantes? específicas
edificação
Valor obtido por análise
Carga per capita
do efluente ou 54g DBO5,20/hab/dia(3)
de DBO5,20
referência normativa

Cenário de acordo
Lançamento em rede de coleta
Infraestrutura com a tecnologia aplicada no
Tratamento de esgotos provida de Estação de Tratamento
de saneamento edifício ou disponível
de Esgotos (ETE). PHuso,d,cinza = 0
na rede de coleta
(1)
Valor de VUP previsto para a estrutura na ABNT NBR 15575:2013
(2)
IBGE - Censo demográfico 2010
(3)
Jordão & Pessôa (2005)

A Tabela 33 apresenta os valores absolutos de PHuso,d,azul para um ano de operação (m³/ano) e


para a vida útil de projeto (m³/VUP), bem como os valores específicos em função do número de agen-
tes consumidores (m³/AC/ano e m³/AC/VUP).

TABELA 33
Resultados de cálculo de PHuso considerando somente residentes como AC

Valores Valores
Nº de absolutos de específicos de
Demanda
unidades Nº de PHuso,d,azul PHuso,d,azul
Obra per capita
habita- AC
(l/AC/dia)
cionais m³/ m³/ m³/AC/
m³/ano
VUP AC.ano VUP
1.1 114 353 150 3.865 193.268 11,0(2) 547,5(3)

2.1 300 930 150 10.184 509.175 11,0(2) 547,5(3)

2.2 255 791 150 8.661 433.073 11,0(2) 547,5(3)

3.1 288 893 150 9.778 488.918 11,0(2) 547,5(3)

4.1 252 781 150 8.552 427.598 11,0(2) 547,5(3)

5.1 108 854(1) 190(1) 11.814 592.249 13,9 693,5

5.2 60 520(1) 196(1) 7.444 372.008 14,3 715,4


(1)
Valores fornecidos pela Construtora 5. O número de hab/unidade habitacional, ainda que bastante alto, foi mantido.
(2)
e (3) Valores iguais devido às premissas padronizadas para cálculo

105
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Data: out-19 | Revisão: 00


Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP
FIGURA 33| Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Resultados de PHuso,d,azul (m³) ao longo da vida útil dos empreendimentos

m³/VUP m³/AC/VUP
700.000 800
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa:
700Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
600.000

PHuso,d,azul (m³/AC/VUP)
PHuso,d,azul (m³/VUP)

500.000 600

m³/VUP 500 m³/AC/VUP


400.000
700.000 800
400
300.000
600.000 700

PHuso,d,azul (m³/AC/VUP)
300
PHuso,d,azul (m³/VUP)

500.000 600
200.000
500
200
400.000
100.000 100
400
300.000
0 300 0
200.0001.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2 1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2
200
Obra Obra
100.000 100
Figura
0 33. Resultados de PHuso,d,azul (m³) ao longo0 da vida útil dos empreendimentos
1.1
A pegada hídrica 2.1para
2.2 a fase
3.1 de4.1 uso 5.1das 5.2edificações possui
1.1 ordem
2.1 2.2de 3.1
grandeza
4.1 de centenas
5.1 5.2 de
Obra Obra
A milhares
pegadadehídrica para a fase de
m³, superando muito os de PHobra. Essa relaçãouso das
Potencial de redução de PHuso,d,azul por a
é de alguma forma esperada, já que
edificações Figura 33.
possui
ocupação contínua Resultados
ao ordem
longo da de de PH
vida grandeza
útil (m³) aode
(adotada
uso,d,azul longo da
como vidaa útil
igual dos
50ações
anos empreendimentos
para o cálculo) gera inevitá-
meio de de gestão da demanda
centenas de milhares
veis impactos sobre recursos de m³, superando muito os
hídricos.
A pegada hídrica para a fase de uso das O ANEXO 5 apresenta estudo quantitativo sobre
de PHobra. Essa relação é de alguma forma Potencial de redução de PHuso,d,azul por
como medidas que visam à redução da demanda
edificações possui ordem de grandeza de meio de ações de gestão da demanda
esperada,
centenas já que a ocupação contínua ao longo de água da edificação, como opção por peças
Potencialdedemilhares
reduçãodedem³, PHsuperando pormuito
meio os de ações de gestão
ANEXO 5 apresentada demanda
da vida
de PHútil (adotada como igual a 50 anos para o O hidrossanitárias
uso,d,azul
obra. Essa relação é de alguma forma
estudo quantitativo
eficientes, impactamsobre
na PHuso.
como medidas que visam à redução da demanda
cálculo) O ANEXO
gera já
esperada, 5
inevitáveis apresenta
que a ocupação impactos estudo quantitativo
sobreao
contínua recursos
longo sobre como medidas que visam à redução
de água da edificação, como opção por peças
davida
hídricos.
da demanda de água
útil (adotada da edificação,
como igual a 50 anos como paraopção
o por peças hidrossanitárias
hidrossanitárias eficientes,
eficientes, impactam na PHuso.im-
pactamgera
cálculo) na PH .
inevitáveis
uso impactos sobre recursos
Pegada
hídricos. hídrica da edificação – PHedif
A pegada Pegada
4.1.3 Pegada
hídrica hídrica
total dosdaedifícios
hídrica edificação (PH–edif
da edificaçãoPH ) edif – PHaedif
engloba PHobra e a PHuso, cujos resultados foram
apresentados
A pegadanos itens
hídrica 4.1.1
total e 4.1.2, respectivamente. Conforme a, cujos
estrutura de cálculo
foram de
A pegada hídrica total dosdos edifícios
edifícios (PH(PH
edif)edif
) engloba
engloba a PH
a PH e aePH
obraobra
a PH
uso,uso
cujos resultados
resultados foram
PHe dif, tem-se:
apresentados
apresentadosnosnositens
itens4.1.1 e 4.1.2,
4.1.1 respectivamente.
e 4.1.2, respectivamente. Conforme
Conforme a estrutura
a estruturade cálculo de PH
de cálculo de , edif
tem-se:
PHedif, tem-se:
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢 0 0 0
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
0 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
0 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻
0 𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑷𝑷𝑯𝑯𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆𝒆 = 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜,𝑖𝑖,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 + 𝑃𝑃𝐻𝐻𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢𝑢,𝑑𝑑,𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
Como explicado nos itens anteriores, as parcelas de PHcinza não foram consideradas. Os
Como explicado
resultados apresentamnos somente
itens anteriores,
a PHazul as emparcelas
razão da deadoção
PHcinza não foram consideradas.
do tratamento Os em
de efluentes
ETE paraComo
resultados explicado
o cálculo dasnos
apresentam itens anteriores,
somente
parcelas diretas deas
a PH azul
PHparcelas
em
e devidodeà PHcinza
razão da adoção do não foram
tratamento
dificuldade consideradas.
de
de obtenção
efluentes Os re-
em
de coeficientes
ETE para
sultados o cálculo das
apresentam parcelas
somente a PHdiretasem derazão
PH e da
devido
adoçãoà dificuldade
do de obtenção
tratamento de de coeficientes
efluentes em ETE para
de pegada
de pegada
hídrica cinza para os materiais
azul (CPHcinza ).
o cálculo dashídrica cinza
parcelas parade
diretas osPHmateriais
e devido (CPH cinza).
à dificuldade de obtenção de coeficientes de pegada
A hídrica cinza para
estrutura os materiais
de cálculo de (CPH
PHedif , ).bem como informações sobre todas as componentes
A estrutura de cálculo de PHedif, bem como informações sobre todas as componentes
cinza

consideradas,
consideradas,segue
A estrutura segueilustrada
de cálculo na
de PH
ilustrada Figura
naedif 34.
, bem 34.
Figura como informações sobre todas as componentes conside-
radas, segue ilustrada na Figura 34.

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e Meio CEP 05690-020,
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Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA 34
Estrutura de cálculo de pegada hídrica e resultados esperados da metodologia

PHobra,d,azul
Calculado em 4.1.1.1.
PHobra,d
PHobra,d,cinza = 0
Efluente coletado e tratado em
ETE municipal
PHobra
PHobra,i,azul
Calculado em 4.1.1.1
PHobra,i
PHobra,i,cinza = 0
PHedif
Indisponibilidade de CPHcinza

PHuso,d,azul
Calculado em 4.1.1.2
PHuso PHuso,d
PHuso,d,cinza = 0
Efluente coletado e tratado em
ETE municipal

Figura 34. Estrutura de cálculo de pegada hídrica e resultados esperados da metodologia


A Tabela 34 compila os resultados totais de PHobra e PHuso para todo o período de obra e para a
A Tabela 34 compila os resultados totais de PHobra e PHuso para todo o período de obra e para a
vida útil de projeto de cada edifício. Como destacado pela Figura 35, a relevância das duas fases para
vida útil de projeto de cada edifício. Como destacado pela Figura 35, a relevância das duas
a PHedif é significativamente diferente. Considerando como premissa a inexistência de medidas de
fases para a PHedif é significativamente diferente. Considerando como premissa a inexistência
redução de consumo direto de água no edifício, a PHuso,d,azul é preponderante sobre o resultado total
de medidas de redução de consumo direto de água no edifício, a PHuso,d,azul é preponderante
(PHedif), representando entre 70,3% e 93,0% da PHedif.
sobre o resultado total (PHedif), representando entre 70,3% e 93,0% da PHedif.

Tabela 34. Valores de PHedif e decomposição em PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso


PHobra (m³)
TABELA 34
Obra Valores de PH e decomposição em PHobra,d,azulPH
, PHuso (m³/VUP) e PHuso PHedif (m³)
PHobra,d,azul edifPHobra,i,azul PHobra obra,i,azul
1.1 2.164 79.530 81.694 193.268 274.962
2.1 933 (m³)
PHobra44.375 45.308 509.175 554.483
Obra2.2 164 32.230 32.394 PHuso433.073
(m³/VUP) PH (m³)
465.467
edif
3.1 PHobra,d,azul
557 PHobra,i,azul
55.975 PH
56.532
obra 488.918 545.450
4.1 2.532 50.428 52.960 427.598 480.558
1.15.1 2.164
9.037 79.530
112.355 81.694
121.392 193.268
592.249 274.962
713.641
5.2 2.133 111.232 113.365 372.008 485.373
2.1 933 44.375 45.308 509.175 554.483
Tabela 35. Participação de PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso na PHedif
2.2 164 32.230 32.394 433.073 465.467
PHobra (m³)
Obra PHuso (m³/VUP) PHedif (m³)
3.1 PH
557
obra,d,azul PH
55.975
obra,i,azul PHobra
56.532 488.918 545.450
1.1 0,8% 28,9% 29,7% 70,3% 100,0%
4.12.1 0,2%
2.532 8,0%
50.428 8,2%
52.960 91,8%
427.598 100,0%
480.558
2.2 0,0% 6,9% 7,0% 93,0% 100,0%
5.13.1 0,1%
9.037 10,3%
112.355 10,4%
121.392 89,6%
592.249 100,0%
713.641
4.1 0,5% 10,5% 11,0% 89,0% 100,0%
5.25.1 1,3%
2.133 15,7%
111.232 17,0%
113.365 83,0%
372.008 100,0%
485.373
5.2 0,4% 22,9% 23,4% 76,6% 100,0%

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TABELA 35
Participação de PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso na PHedif

PHobra (m³)
Obra PHuso (m³/VUP) PHedif (m³)
PHobra,d,azul PHobra,i,azul PHobra
1.1 0,8% 28,9% 29,7% 70,3% 100,0%

2.1 0,2% 8,0% 8,2% 91,8% 100,0%

2.2 0,0% 6,9% 7,0% 93,0% 100,0%

3.1 0,1% 10,3% 10,4% 89,6% 100,0%

4.1 0,5% 10,5% 11,0% 89,0% 100,0%

5.1 1,3% 15,7% 17,0% 83,0% 100,0%

5.2 0,4% 22,9% 23,4% 76,6% 100,0%

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Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA 35
Contribuição das PH de obra e de uso na PHedif
800.000 100%

90%
700.000
80%
600.000
70%

500.000
60%
PHedif (m³)
PHedif (m³)

400.000 50%

40%
300.000
30%
200.000
20%

100.000
10%

0 0%
1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2 1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2

PHobra,d,azul PHobra,i,azul PHuso (m³/VUP) PHobra,d,azul PHobra,i,azul PHuso (m³/VUP)

Figura 35. Contribuição das PH de obra e de uso na PHedif


Além dos valores absolutos finais, é possível também se verificar o comportamento dos valores
Além dosacumulados
de PH valores absolutos
ao longofinais, é possível
da vida também se verificar
útil, considerando-se o comportamento
tanto a obra como o uso dados valores
edificação,
deconforme
PH acumulados ao longo
gráficos a seguir. da vida útil, considerando-se tanto a obra como o uso da edificação,
conforme gráficos abaixo.

108
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

out-19 || Revisão:
out-19 Revisão: 00
00
e: PNUD || Projeto:
e:PNUD Projeto: Guia
Guia Metodológico
Metodológico Caixa/SindusCon-SP Etapa: Etapa
Caixa/SindusCon-SP || Etapa: Etapa 06
06 –– Produto
Produto 09
09 (RT06)
(RT06)
FIGURA 36
PHobra e PHuso acumuladas para as obras 1.1, 2.2 e 5.1

Obra
Obra 1.1
1.1
300.000
300.000

250.000
250.000

200.000
200.000
(m³)
PH(m³)

150.000
150.000
PH

100.000
100.000

50.000
50.000

00
Obra
Obra 99 18
18 27
27 36
36 45
45
Ano

PHobra,i,azul
PHobra,i,azul PHobra,d,azul (m³/ano)
PHuso (m³/ano)

Obra 2.2
500.000
500.000

400.000
400.000

300.000
300.000
PH (m³)

200.000
200.000

100.000
100.000

00
Obra
Obra 9 18 27 36 45
45
Ano

PHobra,i,azul
PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)
(m³/ano)

Obra 5.1
800.000
800.000
700.000
700.000 109
600.000
600.000
Ano
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO
PHobra,i,azul DE PEGADA HÍDRICA
PHobra,d,azul PARA EDIFICAÇÕES
PHuso (m³/ano)
PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)

Obra 5.1
Obra 5.1
800.000
800.000
700.000
700.000
600.000
600.000
500.000
(m³)

500.000
400.000
(m³)

400.000
PHPH

300.000
300.000
200.000
200.000
100.000
100.000
0
0 Obra 9 18 27 36 45
Obra 9 18 27 36 45
Ano
Ano
Data: out-19 | Revisão: 00 PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
PHobra,i,azul PHobra,d,azul PHuso (m³/ano)
FIGURA 37
Figura 36:PH
PHobra e PHuso
acumulada acumuladas
desde para
a obra até o final as obras
da vida 1.1, 2.2 e 5.1
útil (50 anos)
Figura 36:800.000
PHobra e PHuso acumuladas para as obras 1.1, 2.2 e 5.1
edif

700.000

600.000

500.000 e Meio Ambiente


Infinitytech Engenharia
Infinitytech Engenharia
Av. Alberto de e Meio
Oliveira Lima, Ambiente
nº144, CEP 05690-020,
PH (m³)

Av.
RealAlberto deSão
Parque, Oliveira
PauloLima,
400.000- nº144,
SP. PABX-CEP 05690-020,
11 3755-9033
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
www.infinitytech.com.br
300.000

200.000

100.000

0
Obra 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Ano
1.1 2.1 2.2 3.1 4.1 5.1 5.2

Figura 37: PHedif acumulada desde a obra até o final da vida útil (50 anos)

Comparação dos resultados com a literatura


110
A literatura não reporta cálculos de PH para a fase de uso (PHuso) e por isso as comparações
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

4.2 Comparação dos resultados com a literatura


A literatura não reporta cálculos de PH para a fase de uso (PHuso) e por isso as comparações
serão realizadas somente para a PHobra. Dentro da PHobra, também não há referências sobre a PHcinza,
e, portanto, as análises serão restritas à PHobra,azul.
Avaliando o cenário internacional de cálculo de pegada hídrica, a metodologia proposta
neste guia apresenta-se bem posicionada com relação a outros estudos realizados. Foram con-
sultados cinco estudos para comparação com os resultados do PH, incluindo obras na Austrália
(McCormack et al., 2007), Índia (Bardhan, 2011), China (Meng et al., 2014) e no Brasil (Souza,
2014; Saade et al., 2014). É importante ressaltar que o escopo dos estudos apresentados não é
equivalente em todos os casos, principalmente no que se refere ao ponto de truncamento esco-
lhido na determinação do escopo. Apesar disso, o indicador por área para a PHdireta,azul resul-
tante das análise práticas feitas pela Infinitytech aproxima-se em ordem de grandeza dos valores
da literatura (Figura 38).

TABELA 36
PHobra específica direta e indireta - comparação com literatura

Estudo/obra PHobra,d,azul (m³/m²) PHobra,i,azul (m³/m²) Total (m³/m²)

Souza (2014) 0,36 93,6 93,6


Bardhan (2011) 2 25,6 25,6
Meng et al. (2014) 0,43 20,4 20,4
McCormack et al. (2007) 1,01 10,3 10,3
5.2 0,10 5,5 5,6
1.1 0,15 5,4 5,6
5.1 0,34 4,2 4,5
1.3 0,25 4,3 4,5
1.2 0,05 4,1 4,1
4.2 0,09 3,1 3,1
2.2 0,02 3,0 3,0
4.1 0,14 2,7 2,9
3.1 0,03 2,6 2,6
2.1 0,05 2,4 2,5
Saade et al. (2014) - 2,0 2,0

111
1.3 0,25 4,3 4,5
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA 4,1
1.2 0,05 4,1 EDIFICAÇÕES
4.2 0,09 3,1 3,1
2.2 0,02 3,0 3,0
4.1 0,14 2,7 2,9
3.1 0,03 2,6 2,6
2.1 0,05 2,4 2,5
Saade et al. (2014) - FIGURA 38 2,0 2,0
PHobra específica direta e indireta – comparação com literatura
PHobra,d,azul (m³/m²) PHobra,i,azul (m³/m²)
2,50 100
90
2,00 80
70

PH (m³/m²)
1,50 60
PH (m³)

50
1,00 40
30
0,50 20
10
0,00 0
Bardhan (2011)

Souza (2014)
5.1
1.3
1.1
4.1
5.2
4.2
1.2
2.1
3.1
2.2
McCormack et al. (2007)
Meng et al. (2014)

Souza (2014)

5.2
Bardhan (2011)

1.1
5.1
1.3
1.2
4.2
2.2
4.1
3.1
2.1
Meng et al. (2014)

Saade et al. (2014)


McCormack et al. (2007)
NOTA: McCormack
NOTA: McCormack etet
al.al. (2007)
(2007) apresentam
apresentam faixafaixa de valores
de valores dea 0,01
de 0,01 2,0. Oagráfico
2,0. O representa
gráfico representa o valor médio.
o valor médio.
Figura 38. PHobra específica direta e indireta – comparação com literatura

AindaAinda quemantenham
que se se mantenham na na mesmaordem
mesma ordemde de grandeza,
grandeza, asasdiferenças entre
diferenças os resultados
entre ob-
os resultados
tidos neste
obtidos guia
neste e osede
guia osliteratura são significativas.
de literatura Destacam-se
são significativas. dois principais
Destacam-se fatores quefatores
dois principais possivel-
que
possivelmente
mente geram asgeram as diferenças
diferenças observadas.
observadas.

 • Adoção
Adoção dede escopos (ponto de
escopos (ponto de truncamento)
truncamento)distintos
distintosem
emcada
cadaum
umdos
dosestudos.
estudos.Souza
Souza
(2014), por exemplo, considera pegadas hídricas de materiais consumidos por
(2014), por exemplo, considera pegadas hídricas de materiais consumidos por funcionários da
funcionários da obra fora do canteiro, como aquisição de vestimentas, definição
obra fora do canteiro, como aquisição de vestimentas, definição metodológica pouco ortodo-
xa. Já no caso de Meng et al. (2014), os autores consideram as apropriações de água ocorridas
no próprio processo
Infinitytech de tratamento
Engenharia e distribuição da água da concessionária, aspecto também106
e Meio Ambiente
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
pouco ortodoxo nos
Real Parque, Sãocálculos dePABX-
Paulo - SP. PH. 11 3755-9033
www.infinitytech.com.br
• Heterogeneidade dos valores de CPH. Como pode ser verificado no ANEXO 1, há expressiva
variabilidade nos valores de CPH de acordo com a fonte para materiais da construção civil.
Isso inevitavelmente leva a valores de PH distintos. Neste estudo, foram utilizados os CPH mais
consistentes encontrados em literatura, os quais nem sempre são exatamente os mesmos
adotados por estudos específicos.

Além disso, a contribuição proporcional de cada parcela na PHobra (direta e indireta) também é
um fator a ser avaliado. Conforme Figura 39, as simulações apresentaram contribuição mais significa-
tiva da parcela de PH indireta do que os demais estudos, mas ainda próxima dos resultados apresen-
tados por Meng et al. (2014) e McCormack et al (2007).

112
um fator a ser
sempre sãoavaliado. Conforme
exatamente Figura
os mesmos 39, as por
adotados simulações apresentaram contribuição mais
estudos específicos.
significativa
GUIAda parcela de PH
METODOLÓGICO DEindireta
CÁLCULOdo DEque
PEGADAos demais
HÍDRICAestudos, mas ainda próxima dos
PARA EDIFICAÇÕES
Além disso, aapresentados
resultados contribuição por
proporcional de (2014)
Meng et al. cada parcela na PHobraet(direta
e McCormack e indireta) também é
al (2007).
um fator a ser avaliado. Conforme Figura 39, as simulações apresentaram contribuição mais
significativa 100%
da parcela de PH indireta do que os demais estudos, mas ainda próxima dos
resultados apresentados por Meng et al. (2014) e McCormack et al (2007).
90% FIGURA 39
80%Contribuição percentual sobre PHazul das parcelas direta e indireta
100%
70%
90%
60%
80%
%PH
50%
70%
40%
60%
30%
%PH

50%
20%
40%
10%
30%
20%0%
10%
0%

PHobra,d,azul PHobra,i,azul (m³/m²)

Figura 39. Contribuição percentual sobre


PHobra,d,azul PHazul(m³/m²)
PHobra,i,azul das parcelas direta e indireta
4.3 Outras análises
Outras análises
4.3.1 Figura 39. Contribuição
Comparação entrepercentual
os resultados dadas
sobre PHazul parcelas diretae edo
Infinitytech indireta
GT
Uma maneira objetiva de se avaliar se houve compreensão satisfatória dos procedimentos de
Outras
cálculoComparação
éPNUD
Cliente:
análises
Data: out-19 | Revisão: 00
a comparação entre
entre
| Projeto: Guia osresultados
os resultados
Metodológico de PHdaobtidos
Caixa/SindusCon-SP | Infinitytech
Etapa: pela e do
própria
Etapa 06 09GT
Infinitytech
– Produto (RT06) (IFTH) e aqueles
enviados pelo GT, o que foi realizado por intermédio do uso da FPHedif (vide item 2.2.4). A assunção
Uma Comparação
lógica adotada
maneira
quais é queentre
são osobjetiva
valores a dede os
proximidade resultados
se avaliar
entrada, entre
sua forma dainserção
seoshouve
de Infinitytech
valores indicae boa
compreensão
o que edeve
do GTconsiderado
compreensão
satisfatória
ser de quais
dossãono os valores
procedimentos
cálculo de
de entrada,
da PH.
cálculo sua forma de inserção e o que deve ser considerado no
é a comparação entre os resultados de PH obtidos pela própria Infinitytech (IFTH) ecálculo da PH.
Uma maneira objetiva de se avaliar se houve compreensão satisfatória dos procedimentos de
aquelesComo enviados
base peloavaliação,
para GT, o que foi realizado
utilizou-se aa PH ,por intermédio
aaqual dotanto
foifoicalculada uso dapelaFPH edif (videquanto
Infinitytech item 2.2.4).
cálculoComo
é a base
comparação entre utilizou-se
para avaliação, os resultados de, PH
PHobra
obra obtidos
qual pela própria
calculada Infinitytech
tanto pela Infinitytech(IFTH) e
A assunção
pelo lógica
GT (destaque
quanto pelo GTnaadotada
Figura 38).
(destaque énaAlém
que a proximidade
disso,
Figura dosAlém
38). 10 edifíciosentre os edifícios
existentes valores
somente indica
6 foramboa compreensão
calculados pelo de
aqueles enviados pelo GT, o que foi realizado por disso,
intermédiodos 10 do uso daexistentes somente
FPHedif (vide item62.2.4).
GT,foram
de maneira que
calculados a amostra
pelo GT, disponível
de maneira para comparação
que a amostra é menor
disponível do que a simulada
para indica
comparação pela Infinitytech.
é menor do
A assunção lógica adotada é que a proximidade entre os valores boa compreensão de
que a simulada pela Infinitytech.
FIGURA 40
Realização de testes da metodologia: escopo destacado em amarelo
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 107
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020, Análise
Infinitytech Engenharia
Real Parque, São Pauloe Meio
- SP.Ambiente
PABX- 11 3755-9033 rápida 107
Av.www.infinitytech.com.br
Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEPPH
05690-020,
obra,d PHobra,d,azul
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11IFTH,
3755-9033
GT
www.infinitytech.com.br Análise
detalhada
PHobra
IFTH, GT
Análise
rápida
PHobra,i
PHobra,i,azul
PHedif IFTH, GT
Análise
detalhada

PHuso PHuso,d Análise


PHuso,d,azul
IFTH IFTH rápida

Figura 40. Realização de testes da metodologia: escopo destacado em amarelo

Os resultados demonstraram notável similaridade, conforme se verifica na Tabela 37e na Figura


41. Para alguns empreendimentos, os valores foram praticamente coincidentes, como no caso
do 5.1. Ressalta-se que as empresas não tiveram acesso prévio aos arquivos preenchidos pela 113
Infinitytech (IFTH).
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Os resultados demonstraram notável similaridade, conforme se verifica na Tabela 37 e na Figura


41. Para alguns empreendimentos, os valores foram praticamente coincidentes, como no caso do 5.1.
Ressalta-se que as empresas não tiveram acesso prévio aos arquivos preenchidos pela Infinitytech (IFTH).

TABELA 37
Comparação entre valores de PHobra,azul calculados pela Infinitytech e pelo GT na análise rápida

PHobra (m³) PHobra (m³/m²)


Obra Dif. (%)
IFTH(1) GT(2) IFTH(1) GT(2)
1.1 81.694 57.899 5,6 3,9 29%
1.2 38.070 (3)
4,1 (3)
-
1.3 54.857 (3)
4,5 (3)
-
2.1 45.308 (3)
2,5 (3)
-
2.2 32.394 38.853 3,0 3,6 20%
3.1 56.532 53.191 2,6 2,5 6%
4.1 52.960 59.491 2,9 3,2 12%
4.2 214.842 (3)
3,1 (3)
-
5.1 121.393 124.360 4,5 4,6 2%
5.2 113.365 87.036 5,6 4,3 23%
(1)
IFTH: valores calculados pela Infinitytech previamente ao início da etapa de testes
(2)
GT: valores calculados pelos participantes do GT durante a etapa de testes
(3)
Empresa não realizou o cálculo detalhado.

Data: out-19 | Revisão: 00


Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
FIGURA |41
Gráficos de comparação de valores de PHobra,azul calculados pela Infinitytech e pelo GT –
valores absolutos (esq.) e indicador em m³/m² (dir.)
250.000 6,0

200.000 5,0
PHobra,azul (m³/m²)
PHobra,azul (m³)

4,0
150.000
3,0
100.000
2,0
50.000 1,0

0 0,0
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2 1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 3.1 4.1 4.2 5.1 5.2

IFTH GT IFTH GT

Figura 41. Gráficos de comparação de valores de PHobra,azul calculados pela Infinitytech e pelo GT – valores
absolutos (esq.) e indicador em m³/m² (dir.)

Análise rápida vs. análise detalhada para PHobra


114 Nos testes realizados pela Infinitytech, os resultados da AR para PHobra,azul ficaram entre 320.000
e 215.000 m³, com valores específicos (m³/m²) entre 2,5 e 5,6. Já para a análise detalhada
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

4.3.2 Análise rápida vs. análise detalhada para PHobra


Nos testes realizados pela Infinitytech, os resultados da AR para PHobra,azul ficaram entre 320.000
e 215.000 m³, com valores específicos (m³/m²) entre 2,5 e 5,6. Já para a análise detalhada (AD), valo-
res absolutos estiveram entre 29.000 e 191.000 m³, e os específicos entre 2,7 e 5,8 m³/m². A Tabela
38 apresenta as PH específicas e a diferença porcentual para AR e AD.

TABELA 38
Comparação entre AR e AD para PHobra,azul

Obra PHobra,azul esp (m³/m²) Dif. (%)

Análise rápida Análise detalhada

1.1 5,6 5,0 12%

1.2 4,1 3,2 28%

1.3 4,5 4,3 5%

2.1 2,5 2,7 7%

2.2 3,0 4,3 30%

3.1 2,6 - -

4.1 2,9 2,8 4%

4.2 3,1 2,8 11%

5.1 4,5 5,5 18%

5.2 5,6 5,8 3%

Média* 4,0 4,1 2%


*Desconsiderando o empreendimento 3.1 nos cálculos de média

Vê-se que a variação foi muito sutil, com diferenças notáveis para apenas uma das obras (1.2).
Assim, seja com menor ou maior detalhamento dos dados de entrada, as obras apresentam compor-
tamento e grandezas semelhante em termos de PHobra e, com isso, corroboram com a premissa de
que os dois níveis de detalhe apresentam equivalência razoável em seus resultados. Isso se deve, em
grande parte, à pouca especificidade dos CPH reportados na literatura. Para uma mesma categoria de
materiais (MAT1), há diversos casos em que os itens detalhados (MAT2) possuem todos os mesmos
valores de CPH. Como na AR o CPH de MAT1 é a média dos coeficientes de MAT2, espera-se, de fato,
que não haja variação significativa.

115
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E FUTUROS PASSOS


A metodologia de cálculo de pegada hídrica para edificações desenvolvida e apresentada neste
guia é possivelmente a primeira do gênero no Brasil, já que busca estabelecer padrões e métricas co-
muns para a avaliação de pegada hídrica em todo o território nacional e inclui a participação ativa de
agentes atuantes no mercado de edificações brasileiro. Desse modo, buscou-se estabelecer as bases
iniciais sobre as quais novos estudos possam se ancorar para futuros aprimoramentos de aspectos
que foram intencionalmente simplificados ou desconsiderados.
Todo o desenvolvimento apresentado foi baseado em dois grandes grupos de atividades: defi-
nições metodológicas a partir de estudos já consolidados na área, havendo notória prevalência de
publicações internacionais e escassez de pesquisas nacionais; e participação ativa de agentes atu-
antes no mercado de edificações brasileiro. Esses procedimentos tiveram o intuito de desenvolver
metodologia criteriosa e alinhada às boas práticas no tema e, ao mesmo tempo, aderente à realidade
e às expectativas do setor de edificações.
Dado o caráter generalista da metodologia da Water Footprint Network (WFN), estudada no
capítulo 1, diversas adaptações foram realizadas para adequação ao escopo deste trabalho, o que foi
devidamente apresentado e justificado no capítulo 2. No mesmo capítulo também foram detalhadas
as atividades de participação de agentes do mercado de edificações brasileiros, fundamentais cola-
boradores no desenvolvimento e aprimoramento deste guia.
Os procedimentos de cálculo de pegada hídrica detalhados e exemplificados no capítulo 3 ex-
pressam matematicamente as definições metodológicas adotadas, possibilitando a aplicação prática
da metodologia apresentada no capítulo 4. A comparação com literatura especializada no tema de-
monstra que os resultados estão coerentes com o esperado, ainda que haja diferenças significativas.
Portanto, este guia contempla todas as atividades compreendidas como necessárias para o cál-
culo de pegada hídrica para edificações, permitindo que até mesmo profissionais não familiarizados
com o tema compreendam os principais conceitos, consultem valores de referência e exemplos prá-
ticos e verifiquem os procedimentos gerais de cálculo. Complementarmente, este material também
propõe padrões que, se utilizados em larga escala, podem possibilitar a homogeneização dos cálculos
de PH pelo Brasil, permitindo comparabilidade entre os valores obtidos.
É importante destacar que a pegada hídrica, como indicador ambiental, carrega consigo vanta-
gens e desvantagens em sua utilização. A compreensão das potencialidades e limitações da metodolo-
gia é fundamental para que sua aplicação seja adequada às finalidades propostas. Além disso, análises
de desempenho ambiental devem, preferencialmente, ser realizadas considerando-se múltiplos indi-
cadores que abranjam também outras áreas, como energia elétrica, gases de efeito estufa e resíduos
sólidos, de modo que a complexidade da temática ambiental seja encarada de forma mais realista.
Em todo processo de pesquisa é fundamental que sejam sugeridos caminhos a serem seguidos
por outros trabalhos, e os autores destacam abaixo alguns pontos compreendidos como potenciais
objetos de interesse de novos estudos.
• Ampliação da base de dados de coeficientes de pegada hídrica azul e cinza para os principais
materiais empregados em edificações, priorizando aqueles que contribuem mais intensamen-
te na PH da edificação, como aço, concreto e argamassa. Estudos mais detalhados podem
buscar a quantificação de diferentes traços de concreto, tipos de cimento, considerar uso ou
não de aditivos, qualidade de aço diferentes etc., de modo que sejam possíveis comparações
mais precisas que norteiem a escolha de materiais com menores valores de PH.

116
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

• Desenvolvimento das fases 3 (avaliação de sustentabilidade) e 4 (formulação de resposta)


da metodologia da WFN O escopo deste guia contempla somente as fases 1 (definição de
escopo e metas) e 2 (cálculo da PH) e, sem dúvidas, o desenvolvimento de aspectos referentes
às duas etapas seguintes pode representar importantes avanços para o setor de edificações.
• Aprimoramento da metodologia por meio de realização de testes em maior número de
obras e empresas. O GT formado para desenvolvimento colaborativo era composto por cinco
empresas, e os cálculos foram realizados para 11 obras. A realização de testes e de avaliações
com maior número de empreendimentos, em diferentes regiões brasileiras, com as mesmas
e outras empresas, e até mesmo incluindo outras tipologias etc. permitirá a verificação da
aplicabilidade, aderência e consistência da metodologia.
• Realização de comparações de pegada hídrica com base em características específicas das
obras, como sistemas construtivos. Com a expansão do uso da metodologia de cálculo, será
possível expandir a amostragem de obras, contemplando diversos sistemas e tecnologias
construtivos, permitindo criar valores de referência para comparação de, por exemplo, edi-
ficações que empreguem estrutura convencional, estrutura metálica e alvenaria estrutural.
• Comparação da PH com outros indicadores de impacto sobre os recursos hídricos. A PH
é um indicador quantitativo de comprometimento de recursos hídricos, mas não o único. A
comparação de valores e classificações resultantes do uso da metodologia de PH com outros
indicadores é desejável para que seja possível realizar avaliações sob diferentes óticas.
• Criação de ferramentas/plataformas digitais para cálculo de PH de edificações. Assim como
a própria Water Footprint Network (WFN) disponibiliza ferramenta online de cálculo de pega-
da hídrica pessoal (ver links abaixo), a criação de plataforma web de cálculo de PH de edifica-
ções pode ser um importante instrumento na difusão do uso do indicador pelo setor. A ferra-
menta criada ao longo do desenvolvimento deste guia (FPHedif, item 2.2.5) pode ser utilizada
como base para tal, dado que os principais procedimentos matemáticos, condicionantes e
definição de inputs/outputs já constam no arquivo. Além disso, a depender das condições de
uso a serem aplicadas, a ferramenta online pode também ensejar a criação de bases de dados
de PH de edificações muito amplas em todo território nacional. Os links para as calculadoras
de PH da WFN são:
• Calculadora simplificada: https://waterfootprint.org/en/resources/interactive-tools/personal-
-water-footprint-calculator/
• Calculadora detalhada: https://waterfootprint.org/en/resources/interactive-tools/personal-wa-
ter-footprint-calculator/personal-calculator-extended/
Assim sendo, espera-se que as contribuições trazidas por este guia, juntamente com as que
serão ainda desenvolvidas por outras iniciativas, tragam ganhos expressivos ao setor de edificações
no que se refere à gestão de recursos hídricos, munindo tomadores de decisão e demais envolvidos
com elementos práticos para planejamento e gestão de seus empreendimentos.

117
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

ANEXO 1. C
 oeficientes de pegada hídrica
(CPH) e categorização de materiais
(MAT1 e MAT2)
Coeficientes de PH (CPH)
O cálculo da pegada hídrica indireta depende dos coeficientes de pegada hídrica (CPH) e dos res-
pectivos quantitativos. Para realização da análise prática da metodologia deste Guia foram adotados
valores de coeficiente baseados na literatura nacional e internacional. A ainda incipiente produção
científica sobre o tema aborda praticamente somente valores para a PHazul, havendo somente um
estudo que também considera a PHcinza de materiais (GERBENS-LEENES, 2017). Por isso, e conforme
já foi comentado no texto, apenas os coeficientes de PHazul (CPHazul) foram aplicados nos cálculos de-
monstrados e exemplificados.

Os valores de CPH apresentados e utilizados neste guia devem ser compreendidos como referências.
Novos estudos podem atualizar os valores e incluir novos materiais.

Para determinação de valores de CPH de referência, foi necessária adoção de alguns procedi-
mentos específicos, os quais serão explicados a seguir.
• Para materiais que apresentaram somente um resultado na literatura, esse valor foi adotado
como referência para cálculo. Exemplos: areia, gesso, bloco cerâmico, cimento CP-III, cobre etc.
• Para materiais com mais de um coeficiente na literatura, foram adotados os valores presentes
em estudos considerados mais rigorosos ou a média entre os encontrados. Exemplos: tubos
de PVC, aço, cimento CP-I e CP-II, concreto usinado, piso cerâmico, azulejo cerâmico.
• Houve materiais que não possuíam CPH em literatura (tela nervurada, laje pré-fabricada) e
outros cujos valores se encontravam muito distanciados do esperado (com base em materiais
semelhantes), como é o caso de bloco de concreto e argamassa. Para esses, foram realizadas
composições a partir de CPH de outros materiais e de outras informações:

118
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

• laje pré-fabricada (l/m³): composição de concreto usinado e aço, na proporção de 71 kg aço/


m³ concreto;
• argamassa (l/kg): composição de cimento CP-II, cal hidratada e areia, traço 1 : 2 : 8;
• monocapa (l/m²): composição a partir de argamassa com aplicação de 5 kg/m²;
• bloco de concreto (l/unid.): composição a partir da massa por bloco (8 kg), dimensões (19x9x39
cm) e CPH do concreto usinado;
• tela nervurada (l/m²): composição a partir do CPH do aço e de massa específica de tela Q61
(0,97 kg/m²).

No caso específico de materiais que compõem os sistemas elétrico e hidráulico, adotou-se pro-
cedimento distinto. Esses sistemas são compostos por variedades muito grandes de materiais, o que
inviabiliza a quantificação prática de cada um deles para composição. Posto isso, e dada também a
limitação de dados de CPH, o cômputo da PH dos materiais que compõem esses sistemas será reali-
zada de maneira particular, optando-se pela utilização de volume de PH/área total construída (ACT),
ou m³/m², conforme segue abaixo.
• Hidráulica: CPH calculado com base nos quantitativos cedidos por empresas do GT e valores
apresentados por Saade et al. (2014) e Souza (2014). Foram considerados valores de PH para:
tubos de PVC e tubos de cobre. O valor calculado e adotado foi de 0,05 m³/m².
• Elétrica: CPHazul com base em Saade et al. (2014). O valor adotado, referente a conduítes/
eletrodutos de PVC e cabos de cobre, foi de 0,08 m³/m².
Essas simplificações possuem a vantagem de não requerer desagregação dos múltiplos ma-
teriais que compõem os sistemas prediais hidráulico e elétrico para cômputo da PHazul. De outra
forma, a desvantagem é que não é possível realizar adequada comparação entre obras para esses
sistemas, dado que todas elas terão o mesmo valor de PHazul em m³/m². Tal divergência ressalta a
importância da coleta de dados primários com fabricantes para a estruturação de um banco de dados
robusto e representativo do cenário atual da construção civil no Brasil.

119
120
CPHcinza (l/
CPHazul (l/unid.func.)
unid.func.)
Belém Fortale-
Finlân- Holan-
Índia Brasil (PA- Brasil za (CE- Brasil Holanda
Material Detalhe dia da Valor
Brasil) Brasil)
de refe- Fonte Detalhe Observação
Bar- Silva & Saade Wär- Lima Gerbens- rência Gerbens-
Barreto Souza
dhan Violin et al. mark et al. -Leenes -Leenes
(2015) (2014)

Unidade funcional (UF)


(2011) (2013) (2014) (2015) (2016) (2018) (2018)
Souza Igual para todos os tipos
Aço CA-50 kg 200-250 - - 10 67,3 9,0 - 76,87 67,3 - 2.270
(2014) de aço (bitolas e CA)
Igual para todos os
Todos os Silva & Vio-
Areia m³ - 7,5 - 0,0 - - - - 7,5 - tipos de areia (fina, -
tipos lin (2013)
média e grossa)
Todos os Composição realizada
Compo-
tipos Traço adota- a partir dos CPHs de
sição (ci-
Diferentes do: 1 : 2 : 8 cimento CP-II, areia e cal
Argamassa kg - 0,10 - 40 - - - - 0,80 mento, cal -
traços le- (cimento: cal : hidratada. Consideração
hidratada e
varão a PH areia) de traços diferentes con-
areia)
distintas duzirá a PH diferente.
Azulejo / de 12 Souza
- m² - - - - - - - 12 - - -
ladrilho a 24 (2014)
Bloco cerâ- 09x19x39 Saade et al.
kg 4,7 - - - - - - - 4,7 - - -
mico cm (2014)
Calculado a
partir da mas-
09x19x39 sa de concreto
A partir
Bloco de cm (não armado)
bloco - - - - 1,94(1) - - - 13,4 da PH de - -
concreto Estrutural por bloco e PH
concreto
ou vedação do concreto.
Blocos de 8 kg,
9x19x39 cm.
Cal hidra- Saade et al.
 - kg - - - 1,52 0,01(1) - - - 1,52 - - -
tada (2014)
Saade et al.
CP-I kg 1,00 - 0,1 0,45 - - - 2,17 0,5 - - 210
(2014)
Saade et al.
Cimento CP-II kg   - - 2,44 - - - 1,8 2,4 - - 210
(2014)
Saade et al.
CP-III kg   - - 5,26 - - - - 5,3 - - -
(2014)
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Utilizado somente na
Saade et al.
Cobre - kg - - - - 30 - - - 30 - composição dos siste- -
(2014)
mas hidráulico e elétrico
CPHcinza (l/
CPHazul (l/unid.func.)
unid.func.)
Belém Fortale-
Finlân- Holan-
Índia Brasil (PA- Brasil za (CE- Brasil Holanda
Material Detalhe dia da Valor
Brasil) Brasil)
de refe- Fonte Detalhe Observação
Bar- Silva & Saade Wär- Lima Gerbens- rência Gerbens-
Barreto Souza
dhan Violin et al. mark et al. -Leenes -Leenes
(2015) (2014)

Unidade funcional (UF)


(2011) (2013) (2014) (2015) (2016) (2018) (2018)
fck 45 MPa m³ - 211 13.670 - - 4000 209,9 - - - -
fck 40 MPa m³ - - 12.547 - - - - - - - -
Saade et
Concreto fck 35 MPa m³ - - 12.542 - 0,577(1) - - - al. (2014) - - -
3.840
usinado fck 30 MPa m³ - - 12.554 3840(2) - - - - e Wärmark - - -
(2015)
fck 25 MPa m³ - - 12.474 - 0,641(1) - - - - - -
fck 20 MPa m³ - - - - 125(1) - - - - - -
Composi- CPH = 760 x Dado original: compen-
Forma de
e = 12 cm m² - - - 9,1 - - - - 9,1 ção / Saade esp.(cm)/1000 sado 760 l/m³ (SAADE -
compensado
et al. (2014) = 760 x 0,012 et al., 2014)
Composi- CPH = 760 x Dado original: compen-
Forma de
e = 18 cm m² - - - 13,7 - - - - 13,7 ção / Saade esp.(cm)/1000 sado 760 l/m³ (SAADE -
compensado
et al. (2014) = 760 x 0,018 et al., 2014)
Saade et al.
Gesso Acartonado m² - - - - 2,75 - - - 2,8 - - -
(2014)
Composição realizada
a partir dos CPHs de ci-
Compo-
Traço adota- mento CP-II, areia e cal
sição (ci-
do: 1 : 2 : 8 hidratada. Ainda que haja
Grout  - kg - - - - - - - - 0,80 mento, cal -
(cimento: cal : diferenças entre grout
hidratada e
areia) e argamassa p/ outros
areia)
usos, os valores foram
adotados como iguais
Composição Coeficiente
Laje pré-fa- Considerando-se aço
 - m³ - - - - - - - - 8.541 (concreto e aço/concreto: -
bricada CA-50
aço) 71 kg/m³
Bacia Souza
Louças unid. - - - - 67,7-69 - - - 69 - - -
sanitária (2014)
Louças Cuba unid. - - - - 11,2 - - - 11,2 Souza (2014) - - -
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Metais Torneira unid. - - - - 17 - - - 17 Souza (2014) - - -

121
122
CPHcinza (l/
CPHazul (l/unid.func.)
unid.func.)
Belém Fortale-
Finlân- Holan-
Índia Brasil (PA- Brasil za (CE- Brasil Holanda
Material Detalhe dia da Valor
Brasil) Brasil)
de refe- Fonte Detalhe Observação
Bar- Silva & Saade Wär- Lima Gerbens- rência Gerbens-
Barreto Souza
dhan Violin et al. mark et al. -Leenes -Leenes
(2015) (2014)

Unidade funcional (UF)


(2011) (2013) (2014) (2015) (2016) (2018) (2018)
Composi- 5 kg de
Monocapa  - m² - - - - - - - - 4,0 ção a partir argamassa - -
argamassa por m²
Todos os
Souza
Pedra tipos de m³ - - - - 93,75 - - - 93,8 - - -
(2014)
brita
Perfil
Assumido
metálico /
 - kg - - - - - - - - 67,3 como igual -   -
armações
a aço
metálicas
Cerâmico m² - - - 10 18,16 - - - 18,2 Souza (2014) - - -
Piso
Porcelanato m² - - - - 18,16 - - - 18,2 Souza (2014) - - -
Referência:
tela Q61. Ma- Outros tipos de tela
Composi-
lha 15x15cm, levarão a diferentes
Tela - m² - - - - - - - - 65,3 ção a partir -
fios 3,4x3,4 razões kg/m² e, conse-
de aço
mm, 0,97 quentemente, PH
kg/m²
PVA m² - - - - 2 - - - 2,0 Souza (2014) - - -
Tinta
Acrílica m² - - - - 0,2 - - - 0,2 Souza (2014) - - -
Utilizado somente na
Saade et
composição do sistema
al. (2014)
hidráulico (usado no
Tubo de PVC - kg - - - 110 35 - - - 72,5 e Souza - -
elétrico também como
(2014)
referência para conduítes
(média)
e eletrodutos em PVC)
Adaptado
de Saade et Calculado consideran-
5,89 (l/ al. (2014) e do-se esp = 4mm e
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Vidro - m² - - - 10 (l/kg) 0,15(1) - - 79,5 - 13.000


kg) Gerbens- massa esp. do vidro de
-Leendes 2,5 kg/l
(2018)

Valores muito fora do esperado e desconsiderados.


GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Categorização de materiais em MAT1 e MAT2

MAT1 MAT2
Aço CA-25 Ø 10.0 mm
Aço CA-25 Ø 12.5 mm
Aço CA-25 Ø 16.0 mm
Aço CA-25 Ø 20.0 mm
Aço CA-50 Ø (outros)
Aço CA-50 Ø 10.0 mm
Aço CA-50 Ø 12.5 mm
Aço CA-50 Ø 16.0 mm
Aço CA-50 Ø 20.0 mm
Aço CA-50 Ø 25.0 mm
Aço CA-50 Ø 32.0 mm
Aço
Aço CA-50 Ø 5.0 mm
Aço CA-50 Ø 6.3 mm
Aço CA-50 Ø 8.0 mm
Aço CA-60 Ø 5.0 mm
Armação para estaca hélice
Armadura
Chapa de aço
Perfil I de 6
Perfil metálico (outros)
Perfil metálico W250
Vergalhão de aço
Arame galvanizado 18 BWG
Arame
Arame recozido 18 BWG
Areia Areia média
Adesivo para argamassa
Argamassa (outros)
Argamassa para assentamento
Argamassa Argamassa para chapisco
Argamassa para emboço
Argamassa para proteção mecânica
Argamassa para rejuntamento
Chapisco
Argamassa Contrapiso
Graute (outros)
Graute 15 MPa
Graute 20 MPa
Graute 25 MPa
Argamassa Graute 28 MPa
Graute 32 MPa
Graute 39 MPa
Graute 40 Mpa
Monocapa Monocapa
Bloco cerâmico de vedação
Bloco cerâmico
Bloco cerâmico estrutural
Bloco de concreto de vedação
Bloco de concreto
Bloco de concreto estrutural
Cimento CP-I
Cimento Cimento CP-II
Cimento CP-III

123
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

MAT1 MAT2
Cimento CP-IV
Cimento
Cimento CP-V
Anel de concreto
Concreto (outros)
Concreto fck 10 MPa
Concreto fck 15 MPa
Concreto fck 20 MPa
Concreto fck 25 MPa
Concreto
Concreto fck 30 MPa
Concreto fck 35 MPa
Concreto fck 40 MPa
Contrapiso em concreto
Tampa em concreto
Verga de concreto
Centro de medição
Gerador
Infraestrutura elétrica
Elétrica Interruptores e tomadas
Luminária
Materiais para empreitada de elétrica
Quadro
Equipamentos de automação
Equipamentos Equipamentos de pressurização
Equipamentos diversos
Corrimão
Esquadrias
Esquadrias Guarda-corpo
Materiais para esquadrias
Porta
Dobradiça
Fechadura
Ferragens
Puxador
Trinco
Chapa de compensado (outros)
Chapa de compensado plastificado 12 mm
Chapa de compensado plastificado 17 mm
Chapa de compensado plastificado 18 mm
Chapa de compensado resinado 12 mm
Chapa de compensado resinado 18 mm
Formas em geral
Forro em madeira
Madeira Pergolado em madeira
Pontalete de pinus
Prancha de pinus
Prancha peroba
Sarrafo de cedrinho
Sarrafo de pinus
Tábua de cedrinho
Tábua de pinus
Tampo
Geocomposto Geocomposto para drenagem
Gesso Forro de gesso

124
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

MAT1 MAT2
Gesso em placa
Gesso liso
Gesso Painel em drywall
Sanca em gesso
Tabica
Acessórios de hidráulica
Adaptador de hidrante
Bacia sanitária
Barrilete
Bomba hidráulica
Carenagem de PVC
Chuveiro
Cuba
Cuba cerâmica
Cuba em aço inox
Ducha
Engate flexível
Equipamentos de incêndio diversos
Extintor
Infraestrutura hidráulica
Lavatório
Hidráulica Louça
Mangueira de hidrante
Materiais para empreitada de hidráulica
Metais
Misturador
Monocomando
Recalque
Registro
Reservatório
Sifão
Tanque
Torneira
Tubo de PEAD
Tubo de PVC
Tubulação hidráulica
Unidade hidráulica
Válvula
Argamassa para impermeabilização
Impermeabilização Impermeabilização (outros)
Impermeabilização de esquadrias
Impermeabilizante para concreto
Impermeabilização
Materiais para impermeabilização
Laje pré-fabricada
Laje pré-fabricada Painel de laje 12 cm
Painel de laje 15 cm
Manta asfáltica
Manta asfáltica
Materiais para manta asfáltica
Agente de desforma
Andaime
Outros
Bandeja
Escada marinheiro

125
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

MAT1 MAT2
Gradil
Outros
Placa cimentícia
Outros
Sistema antiquedas
Tapume
Treliças
Equipamentos de comunicação
Equipamentos de exaustão
Outros sistemas Exaustão de banheiros
Infraestrutura de gás e exaustão
Materiais para empreitada de exaustão
Bica corrida
Brita
Pedra
Pedra 1
Pedra
Pedra 2
Pedra 3
Pedrisco
Rachão
Piso (outros)
Piso cerâmico
Piso
Piso intertravado
Piso porcelanato
Azulejo
Revestimento
Baguete
Granito
Ladrilho hidráulico
Materiais para empreitada de pintura
Pastilha cerâmica
Revestimento
Revestimento (outros)
Rodapé
Soleira
Tento
Tela (outros)
Tela fachadeira
Tela galvanizada
Tela
Tela nervurada aço
Tela para laje painel Q61
Tela tapume
Telha (outros)
Telha cerâmica
Telha
Telha de fibrocimento
Telha galvanizada
Telha termo-acústica
Tinta (outros)
Tinta acrílica
Tinta
Tinta esmalte
Tinta PVA
Vidro (outros)
Vidro Vidro incolor
Vidro temperado

126
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

1 PEGADA
ANEXO HÍDRICA: CONCEITOSde
2. I nstruções E APLICAÇÕES
solicitação de dados de
PH a fabricantes e fornecedores
Conceito e relevância na gestão de recursos hídricos
Este anexo tem como objetivo orientar profissionais que desejam obter coeficientes de pegada
hídrica (CPH) junto a fabricante e fornecedores. As instruções abordam temas como:
Dentre as diversas metodologias de avaliação de impactos humanos sobre os recursos hídricos,
Como o conceito de PH ainda não é difundido no Brasil, é muito provável que haja confusões sobre
a pegada hídrica é um dos principais
aspectos elementares, indicadores
como considerar quantitativos
a PHazul igual à demanda dedo comprometimento
água. Esse erro, inclusive, direto e
indireto dejá água ao longo
foi verificado do ciclo
em estudos de vidasobre
publicados de produtos,
o tema, o que usuários, empreendimentos,
reforça a importância empresas,
em se realizar
cidades, países etc. O conceitosolicitação consciente dos
foi desenvolvido possíveis
pelo erros. israelense Arjen Hoekstra em
professor
2002 e vem sendo, desde então, aprimorado e difundido pela Water Footprint Network (WFN),
tendo 1.
comoConvenções
importante marco a publicação do “Manual de Avaliação da Pegada Hídrica”
(HOEKSTRA• et al., 
CPH 2011), material
coeficiente que serve
de pegada como
hídrica azul. referência para
Valor de volume detodos os trabalhos
PH por na área.
unidade funcio-
azul azul
nal, como l/kg.
De forma mais objetiva, Hoekstra et al (2011) define pegada hídrica como “um indicador do
• CPH coeficiente de pegada hídrica cinza. Valor de volume de PHcinza por unidade funcio-
uso de água quecinza
considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, mas,
nal, como l/kg.
também, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da
2. Odeque
apropriação é necessário
recursos explicar
hídricos”. A metodologia ao fornecedor
estabelece três tipos de pegadapara hídrica, cada
qual relacionado a distintas maneiras de comprometimento de recursos hídricos.
obter a PH de forma correta?
Pegada
Inicialmente hídrica que
é necessário azulo conceito
(PHazul):deágua
pegadaproveniente de uma
hídrica seja explicado bacia
como “um hidrográfica
indicador
(superficial ou subterrânea), evaporada, incorporada a um produto
do uso de água que considera não apenas o seu uso direto por um consumidor ou produtor, ou mas,
retirada
e devolvida a outro corpo hídrico. Relevante para agricultura, indústria
também, seu uso indireto”, podendo ser considerada como um “indicador abrangente da apropria- e uso
doméstico.
ção de recursos hídricos”. A PHazul se refere à água “perdida” em determinado processo,
geralmente por evaporação ou incorporação ao produto.
Neste guia, definiu-se que para materiais de construção civil, são consideradas somente as pe-
gadas hídricas
PH azul e=cinza.
água evaporada + água incorporada + vazão de retorno perdida
azul
Pegada hídrica azul (PHazul): água proveniente de uma bacia hidrográfica (superficial ou subterrânea),
Pegada incorporada
evaporada, hídrica a verde (PH
um produto ou verde ): eágua
retirada devolvidaprecipitada, armazenada
a outro corpo hídrico. Relevante parano solo,
evaporada,
agricultura, transpirada
indústria ou incorporada
e uso doméstico. A PHazul se refere pelas plantas.
à água “perdida” emRelevante para produtos
determinado processo,
geralmente
agrícolas, por horticultura
evaporação ou incorporação
e florestais ao produto.
ou para a irrigação.
PHazul= água evaporada+água incorporada+vazão de retorno perdida

PHverde
Pegada hídrica=verde
evaporação
(PHverde): águade água verde
precipitada, + incorporação
armazenada no solo, evaporada,de água verde
transpirada ou
incorporada pelas plantas. Relevante para produtos agrícolas, horticultura e florestais ou para a irrigação.
Pegada
PH verde hídrica
= evaporação cinza
de água (PHcinza): quantidade
verde+incorporação de água verde de água doce necessária para
assimilar poluentes e atender aos parâmetros de qualidade da água. Considera
Pegada hídrica cinza
a poluição (PHcinza):pontual
de fonte quantidadelançada
de água doce
a umnecessária
curso para
de assimilar
água doce poluentes e atender ou
diretamente
aos parâmetros de qualidade da água. Considera a poluição de fonte pontual lançada a um curso de
indiretamente
água doce diretamente através de escoamento
ou indiretamente superficial
através de escoamento ou lixiviação
superficial ou lixiviaçãodo
do solo.
solo.
L
PHcinza =
(cmax − cnat )
L carga de poluente
cL
máx
carga
de poluente
concentração máxima aceitável do poluente no corpo hídrico
cc
máx
nat
concentração máxima
concentração natural15 aceitável
do poluente no do poluente
corpo hídrico no corpo hídrico
cnat concentração natural1 do poluente no corpo hídrico
A determinação da PH requer correto entendimento desses conceitos. O fabricante necessita de
notável conhecimento sobre o ciclo da água em seus processos para cálculo da PH.

15 Para substâncias que não ocorrem naturalmente na água cnat = 0

1
Para substâncias que não ocorrem naturalmente na água cnat = 0

127
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 16
A pegada hídrica de um produto é calculada, em última instância, com base nas pegadas de todos
os processos envolvidos em sua cadeia. No entanto, é muito raro que processos produtivos
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES
3.resultem,
Como éaocalculada
longo de toda sua cadeia, em um produto único (HOEKSTRA et al., 2011). Sabendo-
a PH de um produto?
se disso, há duas formas de se calcular a pegada hídrica de um produto, seja para PHazul ou para
PHAcinza .
pegada hídrica de um produto é calculada, em última instância, com base nas pegadas de todos
os Como
3. processos éenvolvidos em sua cadeia. No entanto, é muito raro que processos produtivos
Método da somacalculada
das cadeias a PH de um produto?
resultem, ao longo de toda sua cadeia, em um produto único (HOEKSTRA et al., 2011). Sabendo-
se Adisso,
pegada
háhídrica de um produto
duas formas é calculada,
de se calcular em última
a pegada instância,
hídrica de umcom base nas
produto, pegadas
seja para de
PHazul ou para
Parteos
todos doprocessos
pressuposto de queemo sua
envolvidos sistema deNo
cadeia. produção
entanto, resulta
é muito em
raro um
queúnico produto.
processos Ou seja, nesse
produtivos
PHcinza.
caso, a pegada
resultem, ao longohídrica
de toda ésua
calculada
cadeia, empelo simples único
um produto somatório de todos
(HOEKSTRA et al., os processos
2011). dividido pela
Sabendo-se
quantidade
disso, há duas produzida, ou:
Método daformas
somadedas
se calcular
cadeiasa pegada hídrica de um produto, seja para PHazul ou para PHcinza.
Método da soma 𝑦𝑦 𝑃𝑃𝑃𝑃das cadeias
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [𝑠𝑠]
𝑃𝑃𝑃𝑃
Parte do =pressuposto
∑ de
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝]
Parte do pressuposto
𝑖𝑖=1 P[p] de queque oo sistema deprodução
sistema de produçãoresulta
resulta
emem
umum único
único produto.
produto. Ou seja, nesse
Ou [volume/massa]
seja,
caso, a pegada hídrica é calculada pelo simples somatório de todos os processos
nesse caso, a pegada hídrica é calculada pelo simples somatório de todos os processos dividido pela dividido pela
PHquantidade
quantidade
prod[p]
produzida,
produzida,
pegada ou: do
hídrica ou:produto “p” [volume/massa]
PHproc[s] pegada
𝑦𝑦 hídrica do passo “s” do processo [volume/tempo]
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [𝑠𝑠]
P[p]
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝] quantidade
=∑ produzida [massa/tempo] [volume/massa]
𝑖𝑖=1 P[p] [volume/massa]
EssePH
método
prod
[p] é pegada
muito hídrica
limitado a situações
do produto específicas incomuns, e se trata de simplificação
“p” [volume/massa]
PHprod [p][s]
PHproc
adequada pegada hídrica
pegada
a situações dodoproduto
hídrica
peculiares. “p”
passo “s” do [volume/massa]
processo [volume/tempo]
PHproc [s]
P[p] pegada hídricaproduzida
quantidade do passo[massa/tempo]
“s” do processo [volume/tempo]
P[p] quantidade produzida [massa/tempo]
Método sequencial
Esse método é muitocumulativo
limitado a situações específicas incomuns, e se trata de simplificação ade-
quada a situações peculiares.
Esse método é muito limitado a situações específicas incomuns, e se trata de simplificação
De forma
Métodomais genérica, pode-se considerar que a pegada hídrica de um produto é igual ao
sequencial
adequada a situaçõescumulativo
peculiares.
somatório de todos os insumos necessários na última etapa do sistema somado ao último processo
De forma mais genérica, pode-se considerar que a pegada hídrica de um produto é igual ao
para finalização do produto. Há o caso também em que, por exemplo, um único insumo resulta
Métododesequencial
somatório cumulativo
todos os insumos necessários na última etapa do sistema somado ao último processo
em múltiplos produtos, o que pode ser computado pela distribuição da pegada hídrica (do
para finalização do produto. Há o caso também em que, por exemplo, um único insumo resulta em
insumo)
De forma
múltiplos proporcionalmente
mais ogenérica,
produtos, à massa
pode-se
que pode ser ou,
computado mais
considerarcomumente,
que a pegada
pela distribuição ao valor comercial
hídrica
da pegada hídricade
(doum dos produtos.
produto
insumo) pro- é igual ao
porcionalmente
somatório deàtodos massaos ou,insumos
mais comumente,
necessários ao valor comercial
na última dosdo
etapa produtos.
sistema somado ao último processo
Dessa forma, tem-se:
para finalização
Dessa forma, tem-se:do produto. Há o caso também em que, por exemplo, um único insumo resulta
em múltiplos produtos, o que pode ser computado pela distribuição da pegada hídrica (do
𝑦𝑦 𝑃𝑃𝑃𝑃
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [i]
insumo)
𝑃𝑃𝑃𝑃 proporcionalmente à massa
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑜𝑜𝑜𝑜 [p] = (𝑃𝑃𝑃𝑃𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [𝑝𝑝] + ∑
ou, mais ) × 𝑓𝑓comumente,
𝑣𝑣 [𝑝𝑝]
ao valor comercial dos [volume/massa]
produtos.
[volume/massa]
𝑖𝑖=1 f𝑝𝑝 [𝑝𝑝, 𝑖𝑖]

Dessa
Em que:forma, tem-se:
Em que:
PHprodPH[p] [p] pegada hídrica do produto final “p” [volume/massa]
prod pegada hídrica do produto final “p” [volume/massa]
PHprodPH[i] [i] pegada hídrica do insumo 𝑦𝑦 𝑃𝑃𝑃𝑃
prod pegada hídrica do insumo “i” [volume/massa]
“i”𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 [i]
[volume/massa]
𝑃𝑃𝑃𝑃 [p] = (𝑃𝑃𝑃𝑃 [𝑝𝑝] +do∑ ) ×transforma
𝑓𝑓𝑣𝑣 [𝑝𝑝] [volume/massa]
PH 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑜𝑜𝑜𝑜[p] p
 egada hídrica
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 processamento queque transforma osos“y” “y”insumos
insumos em em “z”
“z” produtos
produtosdede saída
PHproc[p] proc pegada hídrica do processamento 𝑖𝑖=1 f𝑝𝑝 [𝑝𝑝, 𝑖𝑖]
saída expressos com base no uso da água por unidade de produto “p” [volume/massa]
Emfpque: expressos com base no uso da água por unidade de produto “p” [volume/massa]
[p,i] fração do produto [adimensional]
fp [p,i] fração do produto [adimensional]
fv [p] fração de valor [adimensional]
fvPH[p]prod [p] fração pegadade hídrica do produto final “p” [volume/massa]
valor [adimensional]
Em [i]
PHprod outraspegadapalavras,hídrica
a equação acima contabiliza
do insumo o processo (PHproc[p]) que transforma os últimos
“i” [volume/massa]
PHoutras
insumos
Data: out-19
Em [p]
em produto
| Revisão:
proc pegada
palavras, hídrica
00 finala acrescida
equação do processamento
aoacima
somatório dasque
contabiliza transforma
pegadas hídricasos
o processo dos“y” insumos
insumos
(PH em “z” produtos
proporcionalmente
proc[p]) que transforma os últimos
à de saída
Cliente:sua
PNUD | Projeto:
participação expressos
em Guia
massa com
Metodológico
(fração base
de no uso
produto, da água
Caixa/SindusCon-SP
fp[p,i])
insumos em produto final acrescida ao somatório das pegadas hídricas por
na unidade
| Etapa: de
composição do produto
Etapa “p”
06 – Produto
produto final [volume/massa]
[Σ 09
(PH(RT06)[i]/fp[p,i)],
dos insumos
prod
fp [p,i] a multiplicação
realizando fração do final
produto [adimensional]
proporcionalmente à sua pela razão fraçãoem
participação de valor
massafv[p]. As supracitadas
(fração fraçõesfsão
de produto, calculadas por:
p[p,i]) na composição do
fv [p] fração de valor [adimensional]
produto final [Σ (PHprod[i]/fp[p,i)], realizando a multiplicação final pela razão fração de valor
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝] [massa/massa]
f𝑝𝑝 [p,outras
fv[p].
Em As supracitadas
i] = palavras, afrações
equação sãoacima
calculadas por: o processo (PH [p]) que transforma os últimos
contabiliza
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑖𝑖] proc adimensional
[massa/massa]
insumos em produto final acrescida ao somatório das pegadas hídricas dos insumos
𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ç𝑜𝑜[𝑝𝑝] × 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝] adimensional
𝑣𝑣 [p]
fproporcionalmente
= à sua participação em massa (fração de produto, f p[p,i]) na composição do
∑𝑍𝑍𝑝𝑝=1(𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ç𝑜𝑜[𝑝𝑝] × 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝[𝑝𝑝]) 
produto final [Σ (PHprod[i]/fp[p,i)], realizando a multiplicação final pela razão fração de valor
Infinitytech Engenharia e Meio 125
fv[p]. As supracitadas frações sãoAmbiente
calculadas por:
fp [p,i]Av. Alberto
fraçãode do
Oliveira Lima,[adimensional]
produto nº144, CEP 05690-020,
fv [p] Real Parque,
fração São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
de valor [adimensional]
www.infinitytech.com.br
preço [p] preço do produto “p”17 [unidade monetária/massa]
peso [p] quantidade do produto “p” [massa]
128 peso [i] Infinitytech Engenharia
quantidade e Meio
do insumo “i”Ambiente
[massa] 125
Av. Alberto de Oliveira Lima, nº144, CEP 05690-020,
Real Parque, São Paulo - SP. PABX- 11 3755-9033
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

fp [p,i] fração do produto [adimensional]


fv [p] fração de valor [adimensional]
preço [p] preço do produto “p”16 [unidade monetária/massa]
peso [p] quantidade do produto “p” [massa]
peso [i] quantidade do insumo “i” [massa]
O preço é utilizado como indicador de valor econômico dos produtos e insumos, o que não
necessariamente é um fato real. A metodologia aponta que há outras maneiras de se obter o valor
econômico, mas não indica referências ou procedimentos.

4. P ara CPH azul, quais são as variáveis que precisam


ser averiguadas por meu fornecedor?
Para a PHazul, é necessário que haja compreensão sobre os seguintes principais pontos.
• Quantificação das “perdas” de água, principalmente em virtude de incorporação e evapo-
ração. O conceito de coeficiente de retorno é relativamente familiar à indústria, dado que
é comum a existência de perdas muito relevantes em alguns processos. No caso de plantas
industriais que lancem seus esgotos em corpos hídricos,
• Balanço hídrico, alocando os usos de água de acordo com os processos e, consequentemen-
te, produtos.
• Correlação entre usos de água e produção, possibilitando a mensuração de PH por unidade
funcional (UF) de cada um dos produtos.
É essencial entender como é realizada a atribuição da demanda total de água para um produto,
pois o fabricante pode tanto dividir os valores globais da indústria pelos itens produzidos quanto
realizar um controle mais detalhado por linha produtiva e período de operação. Além disso, é impor-
tante avaliar as fontes e os respectivos usos de água durante o processo fabril.
Para coleta destes dados, é preferível que se avalie os consumos mensais por fonte e por item
produzido, especialmente caso o fabricante possua medição setorizada por linha produtiva e medida
em períodos menores, como dia ou hora.
Esta informação pode ser questionada da seguinte forma: quanto de água entra no processo
e qual parcela dessa demanda é incorporada no produto, evaporada ou perdida de outras maneiras?

5. P ara CPH cinza, quais são as variáveis que precisam


ser averiguadas por meu fornecedor?
Para a PHcinza, é necessário que haja compreensão sobre os seguintes principais pontos.
• Determinação do contaminante crítico. O guia determina que o contaminante de referência
é a DBO5,20, o que é aderente à realidade de geração de efluentes em edificações em meio ur-
bano. No entanto, no caso da indústria da construção civil, a DBO5,20 é um parâmetro de qua-
lidade de pouca relevância, uma vez que os processos adotados não são biológicos. Portanto,
e conforme foi explicado no item 1.1, a PHcinza deve ser calculada para o contaminante crítico,

16 Recomenda-se estimar as frações de valores com base no preço médio de um período de, no mínimo, 5 anos, de
forma a evitar que a pegada hídrica seja fortemente afetada pela flutuação dos preços.

129
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

podendo ser, para o caso da indústria, nitratos, fosfatos, fenóis, ferro, manganês, óxidos me-
tálicos, “metais pesados”, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos/condutividade elétrica etc.
• Quantificação das cargas geradas e lançadas. Determinado o contaminante crítico, devem
ser determinadas as cargas geradas e lançadas, sendo essas diferenças caso haja tratamento.
• Compreensão sobre as características de disposição final/lançamento. Caso haja lançamen-
to em corpo hídrico, deve ser verificado com o efluente irá responder aos lançamentos de
efluentes, realizando-se essa avaliação para o contaminante crítico, ou seja, aquela para o
qual serão necessários os maiores volumes de água para apropriação (PHcinza). No caso de lan-
çamento em copos hídricos, é mandatório que o usuário (no caso a indústria) tenha realizado
um estudo denominado “estudo de autodepuração”, o qual avalia as condições de diluição
dos efluentes lançados no corpo hídrico, considerando condições críticas de vazão natural.
Essa documentação pode ser utilizada para o cálculo da PH.
• Correlação entre usos de água e produção. Como no caso da PHazul, a PHcinza também requer
alocação de acordo com os processos e produtos, procedimento a partir do qual serão quan-
tificadas as pegadas hídricas cinza.

6. Recebi os dados de PH. Como posso avaliá-los?


É fundamental que seja possível avaliar se os valores submetidos pelo fornecedor são coerentes
com a realidade. Sendo praticamente inviável verificar se todos os processos e usos de água ocorrem
na planta exatamente como informado, uma maneira de se fazer essa verificação é comparar com va-
lores conhecidos e levantados por estudos na área. A tabela abaixo e o ANEXO 1 apresentam valores
que podem ser utilizados como referência.

Material (MAT1) CPHazul (l/UF) Unidade


Aço 67,3 l/kg
Areia 7,5 l/kg
Argamassa 0,8 l/kg
Bloco cerâmico 4,7 l/unid.
Bloco de concreto 13,4 l/unid.
Cimento 2,7 l/kg
Concreto 3840 l/m³
Gesso 2,8 l/m²
Laje pré-fabricada 8.541 l/m³
Madeira 11,4 l/m²
Monocapa 4,0 l/m²
Pisos 18,2 l/m²
Azulejo 12,0 l/m²
Pedra (diversos formatos) 93,8 l/m³
Tinta 1,1 l/m²
Vidro 79,5 l/m²
Aço 67,3 l/kg

130
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Data: out-19 | Revisão: 00


Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Data: out-19 | Revisão: 00
ANEXO 3. I nstruções para determinação em
Data: out-19
Cliente: PNUD| Revisão:
| Projeto:00Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

Instruções para determinação


campo de em campo de variáveis
cargas(C, cargas etc.)
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
variáveis (C, etc.)
Este Instruções para determinação em decampo dee análises
variáveis (C, cargas
as quais etc.)
Instruções
anexo tem como
para determinação
objetivo
em
orientar a realização
campo de
medições
variáveis (C,
em campo,
cargas etc.)
Este anexo tem comoo detalhamento
permitem objetivo orientar a água
do ciclo da realização
no canteirode medições e análises
e, consequentemente, emdecampo,
em cálculos PH as qua
permitem o detalhamento
Esteprecisos.
mais anexo tem do como
ciclo da águaorientar
objetivo no canteiro e, consequentemente,
a realização de medições e análises em cálculos
em campo, deas PHquais
ma
Este anexo
permitem tem como objetivo
o detalhamento do cicloorientar
da águaa no realização deconsequentemente,
canteiro e, medições e análises emem campo,
cálculos de as
PH quais
mais
precisos.
permitem
precisos. o detalhamento do ciclo da água no canteiro e, consequentemente, em cálculos de PH mais
1. C omo
precisos.
calcular os coeficientes de retorno (C) na
1. Como calcular
Comoos
1. minha coeficientes
calcular
obra? de retorno
os coeficientes (C) na
de retorno (C) minha obra?
na minha obra?
1. Como calcular os coeficientes de retorno (C) na minha obra?
O coeficiente Odecoeficiente
Oretorno
coeficiente(C)
de é a relação
retorno
de retorno (C)
(C) aentre
é aé relação
relaçãoo entre
entrevolume deesgoto
o volume
o volume de esgoto produzido
de esgoto produzido
produzido e ede
e de água deágua demandad
água demandada
deman-
O coeficiente de retorno (C) é aconsumida
relação entre o volume de esgoto produzido e de água demandada
(retirada). Entende-se por água consumida aquela que se perde por evaporação, incorporaçãoetc.).
(retirada).
dada (retirada).Entende-se
Entende-se por
por água
água consumida aquela
aquela que que
se se
perdeperde
por por evaporação,
evaporação, incorporação
incorporação etc.
(retirada).
Ou
etc.). seja,
Ou seja, Entende-se
o oconsumo
consumo éé apor água consumida
diferença
diferença entre
entre a aquela
a demanda
demanda e o que
e oseretorno:
retorno:perde por evaporação, incorporação etc.).
Ou seja, o consumo
Ou seja,éoaconsumo
diferença entre a demanda
é a diferença e o retorno:
entre a demanda e o retorno:
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 + 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 (𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒) → 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 = 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 +(𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒)
= 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 → 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 (𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒) = 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷
→ 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 − 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅
= 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅
O coeficiente de retorno é simplesmente a relação entre o que retorna e que é demandado, sendo:
O coeficiente de retorno é simplesmente a relação entre o que retorna e que é demandado,
O coeficiente de retorno é simplesmente a relação entre o que retorna e que é demandado, sendo:
O coeficientesendo: de retorno é simplesmente a relação entre o que retorna e que é demandado, send
𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟
𝐶𝐶 = 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝐶𝐶 = 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝐶𝐶 =
𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 A Figura 42 mostra a relação entre retirada (demanda), consumo e retorno, bem como o coeficiente
A Figura
de Aretorno,
Figura 4242mostra
emmostra
formaaa relação
relação entre
entre
gráfica. retirada
retirada (demanda),
(demanda), consumo
consumo e retorno,
e retorno, bem
bem como como o coeficiente
o coefi-
de
cienteretorno,
de retorno, em forma
em forma gráfica.
gráfica.
A Figura 42 mostra a relação entre retirada (demanda), consumo e retorno, bem como o coeficien
de retorno, em forma gráfica. FIGURA 42
Coeficiente de retorno sanitário e de processo

Figura 42. Coeficiente de retorno sanitário e de processo


Figura
Fonte: 42. Coeficiente
adaptado de ANAde (2017).
retornoElaborado
sanitário epelos
de processo
autores
Fonte: adaptado de ANA (2017). Elaborado pelos autores
Para o caso de usos sanitários, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 9649) recomenda
Para o caso de
a utilização dousos sanitários,
coeficiente de Associação
retorno igual Brasileira de Normas
0,8 quando Técnicas
inexistem dados(ABNT NBR
locais. No9649)
caso recomenda
de caso de
a utilização do coeficiente de retorno igual 0,8 quando inexistem dados locais. No caso de caso de
outros
Fonte: Figura 42. Coeficiente de retorno sanitário e de processo
processos,
adaptado de ANA em
(2017). geral é
Elaborado necessário
pelos autores estudo específico para obtenção de valores de C.
outros processos, em geral é necessário estudo específico para obtenção de valores de C.
No casoFonte: adaptado
de obras, sabe-se de
queANA (2017).
em geral Elaborado
a medição pelos
de água autores de forma bastante ampla,
é realizada
No caso
sendo de obras, asabe-se
geralmente que em
soma entre geral
água da aconcessionária
medição de água
e deécaminhões-pipa,
realizada de forma
sembastante ampla,
setorização por
Para o caso deárea
usosde
sendo sanitários,
geralmente a Associação
consumo (comosoma entre Brasileira
água
escritórios, da de Normas
concessionária
sanitários, eTécnicas
de
torre etc.). (ABNTdeNBR
caminhões-pipa,
A medição 9649)
sem derecomend
setorização
volumes esgotospor
é
área de consumo
a utilização dopraticamente (como
coeficienteinexistente,
de retornoescritórios,
igual
dado que0,8 sanitários,
issoquando torre etc.).
inexistem
não é comum A medição de
dados locais.
para nenhum volumes de esgotos
No caso de casono
tipo de empreendimento éd
praticamente inexistente, dado que isso não é comum para nenhum tipo de 131 no
empreendimento
Brasil,
outros processos, em inclusive
geral épelas concessionárias
necessário estudodeespecífico
saneamento. para obtenção de valores de C.
Brasil, inclusive pelas concessionárias de saneamento.
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Para o caso de usos sanitários, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 9649) re-
comenda a utilização do coeficiente de retorno igual 0,8 quando inexistem dados locais. No caso de
caso de outros processos, em geral é necessário estudo específico para obtenção de valores de C.
No caso de obras, sabe-se que em geral a medição de água é realizada de forma bastante ampla,
sendo geralmente a soma entre água da concessionária e de caminhões-pipa, sem setorização por
área de consumo (como escritórios, sanitários, torre etc.). A medição de volumes de esgotos é prati-
camente inexistente, dado que isso não é comum para nenhum tipo de empreendimento no Brasil,
inclusive pelas concessionárias de saneamento.
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente: PNUD Em teoria,Guia
| Projeto: paraMetodológico
a determinação exata do coeficiente
Caixa/SindusCon-SP | Etapa:de retorno
Etapa é necessária
06 – Produto a medição
da de-
09 (RT06)
manda de água e do volume de esgoto. A medição pode ser feita em diversos pontos como mostra
Em ateoria,
imagem abaixo.
para a determinação exata do coeficiente de retorno é necessária a medição da demanda
de água e do volume de esgoto. A medição pode ser feita
FIGURA 43 em diversos pontos como mostra a imagem
abaixo. Pontos de medição de água e esgoto. Elaborado pelos autores

FIQ:
FIQ: nomenclatura
nomenclatura de instrumentação
de instrumentação referente
referente a medidores
a medidores de vazão
de vazão
Figura 43. Pontos de medição de água e esgoto. Elaborado pelos autores.
A medição de vazões em tubulações varia de acordo com características como o tipo de escoa-
A medição de vazões em tubulações varia de acordo com características como o tipo de escoamento
mento (em carga/pressurizado ou livre/gravidade) e a qualidade do fluido (presença de sólidos, pH,
(em carga/pressurizado ou livre/gravidade) e a qualidade do fluido (presença de sólidos, pH,
condutividade
condutividade elétrica,viscosidade
elétrica, viscosidade etc.),
etc.), sendo
sendo necessários
necessáriosdispositivos
dispositivosdiferentes para
diferentes cada
para caso.
cada caso.
No caso de escoamentos por gravidade, como esgotos, a mensuração é mais complexa,
No caso de escoamentos por gravidade, como esgotos, a mensuração é mais complexa, o que é o que é tam-
bém um
também umdos
dosmotivos
motivospelos quais
pelos vazões
quais de esgoto
vazões não não
de esgoto são medidas permanentemente.
são medidas permanentemente.
Ainda assim, é possível realizar medições de volumes de água e de esgotos conforme a imagem
Ainda assim, é possívelderealizar
acima. Os medidores medições
vazão podem de volumes
ser instalados, de águadoe coeficiente
a depender de esgotosdeconforme a imagem
retorno que será
acima. Os medidores de vazão podem ser instalados, a depender do coeficiente de retorno que será
avaliado, como segue:
avaliado, como segue:
• Csan (usos sanitários): instalação dos medidores FIQ 3 e FIQ 5;
 • Csan
C (usos
(usossanitários): instalação
de processo): dosdos
é instalação medidores
medidoresFIQFIQ
3 e4 FIQ
e FIQ5;6;
proc
 Cproc
• (usos de
C (global): processo):
instalação é instalação
de medidores FIQdos medidores
1, FIQ 2, FIQ n eFIQ
FIQ 47.e FIQ 6;
 C (global): instalação de medidores FIQ 1, FIQ 2, FIQ n e FIQ 7.
É importante frisar que caso seja realizada a medição de C san e Cproc, não é necessária a avaliação
do C total, já que este pode ser estimado por meio dos primeiros.

Uma sugestão é realizar a avaliação de C somente para determinada amostragem de obras, já que
132 os valores de coeficiente de retorno tendem a se manter próximos mesmo para canteiros distintos.
A execução de campanhas em determinada amostragem de obras pode criar base de dados suficiente
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

É importante frisar que caso seja realizada a medição de Csan e Cproc, não é necessária a avaliação
do C total, já que este pode ser estimado por meio dos primeiros.
Uma sugestão é realizar a avaliação de C somente para determinada amostragem de obras, já
que os valores de coeficiente de retorno tendem a se manter próximos mesmo para canteiros dis-
tintos. A execução de campanhas
Data: out-19 em determinada amostragem de obras pode criar base de dados
| Revisão: 00
suficiente Cliente: PNUD | Projeto:
para extrapolação Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Guia futuras.
para obras
É importante lembrar que a demanda total também considera fontes alternativas, como cami-
nhão pipa, poço,
2.água de chuva
Como ou reúso.as cargas geradas ou lançadas?
calcular
2. ComoPara
calcular ascargas
avaliar as cargas geradas
geradas ou lançadas?
ou lançadas é necessário realizar análise do
empreendimento para DBO5,20, no caso deste guia.
Para avaliar as cargas geradas ou lançadas é necessário realizar análise do esgoto do empreen-
dimento para DBO
As 5,20 , no casodevem
amostras deste guia.
ser retiradas da caixa de inspeção que antecede a rede pública.
Data: out-19 | Revisão: 00
As amostras devem ser retiradas da caixa de inspeção que antecede a rede pública.
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
Os laudos de qualidade serão apresentados em termos de mgO 2/l, ou seja, conce
Os laudos de qualidade serão apresentados em termos de mgO2/l, ou seja, concentração. A
conversão
conversão em carga dá-se por:
em carga dá-se por:
2. Como calcular as cargas geradas ou lançadas?
𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 [ ] = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐çã𝑜𝑜 [ ] × 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣ã𝑜𝑜 [ ]
Para avaliar 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 as cargas geradas ou lançadas é𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 necessário realizar análise do
empreendimento para DBO5,20, no caso deste guia.
Ou seja, conhecer
Ou seja, é necessário é necessário a vazãoconhecer a vazão
de esgoto gerado, o que depodeesgoto gerado,por
ser realizado o meio
que de
pode
me-ser realizado p
As amostras
medições devem
(conforme ser
itemretiradas
acima)daou caixa de
estimativas. inspeção
dições (conforme item acima) ou estimativas. É fundamental manter atenção às conversões de unidade, É que
fundamentalantecede a rede
manter pública.
atenção às con
dado que em geralunidade, dado que
a concentração em geral aem
é apresentada concentração
mg/l, vazão diária é apresentada
em m³/dia e carga em em
mg/l, vazão diária em m³/
kg/dia.
Os laudos
em kg/dia. de qualidade serão apresentados em termos de mgO 2/l, ou seja, conce
Caso haja tratamento, a eficiência a ETE pode ser atestada pela realização de coletas de amos-
conversão em carga dá-se por:
tras antes (à montante) e depois (à jusante) da estação. A eficiência é calculada por:
Caso haja tratamento, a eficiência a ETE pode ser atestada pela realização de coletas d
antes (à𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚
montante) e depois (à jusante) 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 da estação.𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣
A eficiência é calculada por:
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 [ ] = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐çã𝑜𝑜 [ ] × 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣ã𝑜𝑜 [ ]
𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 − 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
𝐸𝐸
Ou=seja, é 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 necessário = 1 − a vazão de esgoto gerado, o que pode ser realizado p
conhecer 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
3. É possível saber o efluente
𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 da minha obra segue
medições (conforme item acima) ou estimativas. É fundamental manter atenção às con
para 3. alguma
unidade,
É possível dado ETE?que
saber emE, o em
geral casodapositivo,
a concentração
efluente minha obracomo
é apresentada segueem mg/l,
paravazão diáriaETE?
alguma em m³/
E
em kg/dia.
positivo, como posso saber a eficiência de tratamento?
posso saber a eficiência de tratamento?
Apenas
Caso haja algumas
tratamento, empresas prestadoras
a eficiência a ETEdepode serviços de saneamento
ser atestada divulgam
pela realização de acoletas
seus cld
Apenas algumas empresas prestadoras de serviços de saneamento divulgam a seus clientes se o
tratamento
antes dos efluentes
(à montante) e depois coletados é realizado.
(à jusante) da estação. Um Aexemplo é aéSaneago
eficiência (Companhia
calculada por: S
tratamento dos efluentes coletados é realizado. Um exemplo é a Saneago (Companhia Saneamento
Goiás), a qual define uma tarifa para coleta e afastamento do esgoto e outra para a re
Goiás), a qual define uma tarifa para coleta e afastamento do esgoto e outra para a rede provida
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐de
também − 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
tratamento. Em(Companhia 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
São Paulo adeSabesp (Companhia
também de tratamento.
𝐸𝐸 = Em 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎
São Paulo a Sabesp =1− Saneamento Básico dode Saneamento
Estado de São Básico do Es
Paulo) não
Paulo) não disponibiliza 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
esta disponibiliza
informação.
𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑐𝑐
esta informação. 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎

O atlas de esgoto dadeAgência


esgotoNacional
3. É possível
O atlas saber odeefluente
da AgênciaÁguas (ANA) tem
Nacional da informações
de minha
Águas obra
(ANA) sobre oinformações
segue
tem tratamento das
para alguma ETE? E
sobre o tratamen
ETEs do Brasil por meio de um arquivo shapefile (arquivo vetorial para uso em programas de geopro-
do positivo,
Brasil por como
meio de um arquivo
posso checar shapefile
sabera informação
a eficiência (arquivo vetorial
de tratamento? para uso em pro
cessamento) disponível aqui. É possível também via o mapa interativo da ANA
geoprocessamento) disponível aqui. É possível também checar a informação via o mapa
disponível aqui.Apenas algumas empresas prestadoras de serviços de saneamento divulgam a seus cl
da ANA disponível aqui.
tratamento dos efluentes coletados é realizado. Um exemplo é a Saneago (Companhia S
Goiás),
4. Minhaa qual
obradefine
nãouma
estátarifa
em para coleta eposso
SP. Onde afastamento
encontrardo esgoto e outra
valores de para a re
referê
também de tratamento. Em São Paulo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Es
lançamento em rede?
Paulo) não disponibiliza esta informação.
No estado de São Paulo a Lei n° 997/76 (Decreto Nº 8.468/76) dispõe sobre a prevenção e
O
daatlas de esgoto
poluição da Agência
do meio ambienteNacional
e, emdeseuÁguas (ANA)
artigo 19ªtem informações
indica sobre
a qualidade deo água
tratamen
133 requ
do Brasil por
lançamento em meio um arquivo shapefile (arquivo vetorial para uso em pro
deesgoto.
rede de
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

4. M inha obra não está em SP. Onde posso encontrar


valores de referência para lançamento em rede?
No estado de São Paulo a Lei n° 997/76 (Decreto Nº 8.468/76) dispõe sobre a prevenção e o
controle da poluição do meio ambiente e, em seu artigo 19ª indica a qualidade de água requerida
para lançamento em rede de esgoto.
Assim como São Paulo, estados como Minas Gerais (pela Deliberação Normativa Conjunta CO-
PAM/CERH-MG nº01/08) e Mato Grosso do Sul (pela Deliberação CECA/MS Nº 36/12), possuem suas
próprias legislações para disposição de esgoto na rede.
Outros estados, como é o exemplo do Paraná, pela Portaria n° 256/2013/IAP/GP, indica que
devem ser obedecidos os critérios definidos pela concessionária dos serviços de água e esgoto,
não sendo autorizada a disposição do efluente sem a devida anuência/autorização concedida
pela mesma.
Além disso, a nível municipal também pode ser exigida uma qualidade específica para o lança-
mento, como é o exemplo de Manaus-AM pela Resolução 034/2012- COMDEMA.
Desta forma, é necessário realizar uma pesquisa a nível estadual, municipal e nas concessioná-
rias de legislações e normas referentes a este tópico.

5. O canteiro utiliza fontes alternativas não potáveis


para suprimento de algumas demandas. É possível
considerá-las nos cálculos de pegada hídrica?
Sim. Para considerar as fontes alternativas no cálculo da pegada hídrica é necessário que todas
as fontes sejam medidas. Na metodologia da WFN, a utilização de fontes como água de chuva não
impacta na PHdireta da obra, dado que esta contabiliza as perdas de água nos processos e não consi-
dera a diferença entre as fontes.
N caso de reúso de esgoto (ou também de tratamento somente), sua aplicação implica em redu-
ção de PHcinza em razão da redução de cargas de poluentes a serem descartados, conforme indicado
no item 2.1.2.

134
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

ANEXO 4. P
 erguntas frequentes sobre pegada
hídrica
De acordo com o Hoekstra et al. (2011), existem algumas perguntas pertinentes para a avaliação
da pegada hídrica e que devem ser ponderadas com seriedade. A seguir, são reproduzidos alguns dos
questionamentos presentes no Manual de avaliação da pegada hídrica (HOEKSTRA et al, 2011) que
podem sanar possíveis dúvidas que ainda restem ao leitor.

1. A água é um recurso renovável, permanece no


ciclo, então qual é o problema?
A água é um recurso renovável, mas isso não significa que sua disponibilidade seja ilimitada. Em
um determinado período, a precipitação é sempre limitada a uma determinada quantidade. O mes-
mo vale para a quantidade de água que reabastece as reservas de águas subterrâneas ou as vazões
dos rios. A água da chuva pode ser utilizada na produção agrícola e a água dos rios e aquíferos pode
ser utilizada para a irrigação, para fins industriais ou domésticos. Mas não se pode usar uma quanti-
dade de água maior do que aquela que está disponível. Não se pode extrair mais água de um rio do
que sua vazão permite em um determinado período e, em longo prazo, não se pode extrair mais água
de lagos e reservatórios subterrâneos além da proporção com que eles são reabastecidos. A pegada
hídrica mede a quantidade de água disponível em um determinado período em que é consumida
(evaporada) ou poluída. Desse modo, ela fornece uma medida da quantidade de água disponível que
foi apropriada pelo homem. O restante fica para a natureza. A água da chuva que não é utilizada na
produção agrícola é mantida para sustentar a vegetação natural. As vazões das águas subterrânea e
superficial que não são evaporadas para propósitos humanos ou poluídas são mantidas para susten-
tar os ecossistemas aquáticos (Hoekstra et al., 2011, p. 158).

2. Q uando posso considerar que a minha pegada


hídrica é sustentável?
A pegada hídrica de um consumidor é sustentável quando (i) o total permanece abaixo da cota
justa dos consumidores de todo o mundo; (ii) nenhum componente da pegada hídrica total está loca-
lizado em um ponto crítico; e (iii) nenhum componente da pegada hídrica total pode ser reduzido ou
evitado como um todo a um custo social razoável (Hoekstra et al., 2011, p. 153).

3. O que as empresas podem fazer para reduzir suas


pegadas hídricas?
As empresas podem reduzir sua pegada hídrica operacional economizando água em suas pró-
prias operações e reduzindo a poluição da água a zero. As palavras-chave são: evitar, reduzir, reciclar
e tratar antes de descartar. Para muitas empresas, no entanto, a pegada hídrica da sua cadeia de
suprimento é muito maior do que a sua pegada hídrica operacional. Portanto, é fundamental que as
empresas também abordem essa questão. Promover melhorias na cadeia produtiva pode ser mais
difícil – pois não há controle direto – mas pode ser mais eficaz. As empresas podem reduzir a pegada
hídrica de sua cadeia produtiva estabelecendo acordos com seus fornecedores que incluam deter-

135
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

minados padrões ou, simplesmente, trocando de fornecedor. Em muitos casos, este pode ser um
processo bastante trabalhoso, pois todo o modelo de negócios pode precisar ser modificado para
incorporar ou controlar melhor as cadeias produtivas e torná-las completamente transparentes para
os consumidores. Entre as várias alternativas ou ferramentas complementares que podem ajudar a
melhorar a transparência estão: a definição de metas quantitativas de redução da pegada hídrica, o
processo contínuo de comparação das pegadas hídricas, a elaboração de rótulos com as informações
pertinentes, certificação e relatório de pegada hídrica (Hoekstra et al., 2011, p. 152).

4. Como posso compensar a minha pegada hídrica?


Essa pergunta geralmente é feita por pessoas que estão familiarizadas com a ideia da compensação
de carbono. No caso do carbono não importa onde as medidas de mitigação ocorrem, ou seja, é possível
compensar a sua própria emissão de CO2 ajudando a reduzir as emissões de CO2 ou aumentando o se-
questro de carbono em outros lugares. No caso da água é diferente, pois a escassez e a poluição da água
de um lugar não podem ser compensadas através de medidas tomadas em outro lugar. Portanto, o foco
deve ser na redução da sua própria pegada hídrica priorizando os locais e os períodos em que essa pega-
da hídrica causa problemas. Devemos fazer tudo o que for ‘razoavelmente possível’ para reduzir a nossa
própria pegada hídrica, tanto a direta como a indireta. Isso vale tanto para os consumidores como para
as empresas. Somente depois que todas as medidas forem tomadas para reduzir a pegada hídrica deve-
mos pensar em uma forma de compensação. Isso significa que a pegada hídrica residual é compensada
quando se faz um ‘investimento razoável’ na criação ou no apoio a projetos que visam o uso sustentável,
quantitativo e eficiente da água na bacia onde a pegada hídrica residual está localizada. Os termos ‘ra-
zoavelmente possível’ e ‘investimento razoável’ incluem elementos normativos que precisam de maior
especificação e sobre os quais um consenso social deve ser atingido (Hoekstra et al., 2011, p. 153).

5. O que são metas razoáveis para a redução da


pegada hídrica?
Não existe uma resposta genérica para essa pergunta, pois isso vai depender de cada produto,
da tecnologia disponível, do contexto local e assim por diante. Além disso, é importante ter em mente
que essa questão envolve um elemento normativo, o que significa que ela deve ser respondida com
base em um contexto sociopolítico. No entanto, podemos indicar algumas orientações gerais. Em pri-
meiro lugar, é necessário distinguir as metas com relação à redução das pegadas hídricas verde, azul
e cinza. No caso da pegada hídrica cinza, que se refere à poluição da água, é possível exigir que seja
reduzida a zero para todos os produtos, pelo menos no longo prazo. A poluição não é necessária. É
possível tornar uma pegada hídrica cinza equivalente a zero através da prevenção, da reciclagem e do
tratamento. Somente a poluição térmica (decorrente do uso de água para refrigeração) dificilmente
será reduzida a zero, mas mesmo esse tipo de poluição pode ser evitado (em grande parte) através da
recaptura do calor. A pegada hídrica azul no estágio agrícola dos produtos pode ser substancialmente
reduzida com a diminuição das perdas do uso consuntivo da água com o aumento da produtividade
da água azul e investindo mais na agricultura de sequeiro. No estágio industrial, vai depender muito
do setor e das medidas que já foram tomadas. Do ponto de vista tecnológico, as indústrias podem
reciclar completamente a água de modo que a pegada hídrica azul seja reduzida em todos os lugares
até a quantidade de água que é realmente incorporada ao produto. É possível desenvolver indicado-
res de comparação para produtos específicos ao tomar como referência o desempenho dos melhores
produtores. Geralmente, as pegadas hídricas verdes na agricultura podem ser reduzidas substancial-

136
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

mente através do uso mais eficaz dos recursos de água verde; em outras palavras, aumentando a
produtividade da água verde. O aumento da produção com base nos recursos de água verde em um
determinado lugar reduzirá a necessidade de produção com base nos recursos de água azul em outro
local. Uma regra geral para qualquer estratégia de mitigação de pegada hídrica é evitar a pressão da
pegada hídrica em áreas ou períodos em que as demandas ambientais de água são violadas. Uma
lógica final para a estratégia de mitigação da pegada hídrica pode ser o compartilhamento justo dos
recursos hídricos. Essa pode ser a base para reduzir a pegada hídrica, principalmente para os usuários
que utilizam muita água (Hoekstra et al., 2011, p. 155).

6. Q ual a diferença entre a pegada hídrica e a água


virtual?
A pegada hídrica é um termo que se refere à água utilizada para produzir um determinado pro-
duto. Neste contexto, também podemos falar em ‘conteúdo de água virtual’ de um produto, ao invés
de ‘pegada hídrica’. O conceito da pegada hídrica, no entanto, tem aplicação mais ampla. É possível,
por exemplo, falar sobre a pegada hídrica de um consumidor ao analisar as pegadas hídricas dos bens
e serviços consumidos por ele ou sobre a pegada hídrica de um produtor (a empresa, o fabricante,
o provedor de serviços) ao analisar a pegada hídrica dos bens e serviços produzidos. Além disso, o
conceito da pegada hídrica não se refere simplesmente ao volume de água, como é o caso do termo
‘conteúdo de água virtual’ de um produto. A pegada hídrica é um indicador multidimensional e não
se refere somente ao volume de água utilizado, mas também torna explícito onde a pegada hídrica
está localizada, qual é a fonte e quando a água é utilizada. As informações adicionais são fundamen-
tais para avaliar os impactos locais da pegada hídrica de um produto (Hoekstra et al., 2011, p. 162).

7. C omo a pegada hídrica está relacionada com a


pegada ecológica e com a pegada de carbono?
O conceito da pegada hídrica faz parte de uma família de conceitos que foram desenvolvidos
nas ciências ambientais na última década. Em geral, o termo ‘pegada’ é conhecido como uma medi-
da quantitativa que indica a apropriação dos recursos naturais pelo homem ou o estresse ambiental
causado por ele. A pegada ecológica mede o uso do espaço bioprodutivo (em hectares). A pegada de
carbono mede a quantidade de gás do efeito estufa (GEE) que é produzida em unidades de carbono
equivalente (em toneladas). A pegada hídrica mede o uso da água (em metros cúbicos por ano). Os
três indicadores são complementares uma vez que medem coisas completamente diferentes. Do
ponto de vista metodológico, existem muitas semelhanças entre as diferentes pegadas, mas cada
uma tem suas próprias peculiaridades devido à singularidade das substâncias em questão. No caso
da pegada hídrica é importante especificar o espaço e o tempo. Isso é necessário porque a disponi-
bilidade de água varia muito no espaço e no tempo, de modo que a apropriação da água deve ser
sempre considerada em seu contexto local (Hoekstra et al., 2011, p. 162).

8. E studo sobre potencial de medidas de redução de


demanda de água sobre a PHuso,d,azul
A pegada hídrica de uso depende diretamente das medidas hidráulicas e sanitárias propostas na
fase de projeto, visto que estas condicionam o uso de recursos hídricos no empreendimento. Como

137
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

exemplo, podem ser aplicados acessórios hidrossanitários voltados à economia de água (restritores
de vazão, aeradores, temporizadores), bem como sistemas de descarga de efluentes diferentes (des-
carga de duplo acionamento, vácuo).
Assim, para fins ilustrativos, este guia apresenta o impacto da adoção de algumas medidas de
gestão de consumo de água sobre a PHuso,d,azul. Como forma avaliar essa parcela da pegada hídrica, é
possível mapear as demandas de água em uma edificação e dimensionar os consumos efetivos por
meio de coeficientes de retorno (C). Barreto (2008) apresenta perfil de demanda de água em edifícios
residenciais do município de São Paulo, o qual considera os seguintes usos: chuveiro, torneira da co-
zinha, lavatório, tanque, tanquinho, sistema de descarga por caixa acoplada, máquina de lavar roupa
e outros (Tabela 39 e Tabela 40).

TABELA 39
Contribuições por uso final em residências no município de São Paulo
Demanda por uso (l/d)
Amostra Torneira da Caixa Máquina +
Chuveiro Lavatório Tanque Tanquinho Outros
cozinha acoplada tanque
1 - 113 50 50 - - - 225

2 60 90 14 - - - 63 215

3 200 71 39 - - - - 314

4 58 78 18 3 - 42 - -

5 87 82 55 - - - - -

6 40 75 25 69 28 - - 202

7 190 127 25 - 112 - 63 205

Média* 106 91 32 41 70 42 63 232


*Calculada a partir dos valores apresentados por Barreto (2008)
TABELA 40
Contribuições por uso final em residências no município de São Paulo
Demanda por uso (l/d)
Amostra Torneira da Caixa Máquina +
Chuveiro Lavatório Tanque Tanquinho Outros
cozinha acoplada tanque
1 - 26% 11% 11% - - - 51%

2 14% 20% 3% - - - 14% 49%

3 32% 11% 6% - - - - 50%

4 29% 39% 9% 2% - 21% - -

5 39% 37% 25% - - - - -

6 9% 17% 6% 16% 6% - - 46%

7 26% 18% 3% - 16% - 9% 28%

Média* 16% 13% 5% 6% 10% 6% 9% 34%


Fonte: adaptado de Barreto (2008)

138
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Adotando o perfil de uso apresentado por Barreto (2008) como referência, aqueles que apre-
Data: out-19 | Revisão: 00
Cliente:sentam
PNUD | maior contribuição
Projeto: na demanda
Guia Metodológico de água são
Caixa/SindusCon-SP o chuveiro
| Etapa: Etapa 06 –e Produto
a torneira da cozinha
09 (RT06) conforme
Figura 44. Contudo,
Data: out-19 | Revisão: 00
na residência onde a descarga de efluentes foi contabilizada, sua contribuição é
significativa
Cliente:
conforme Figura(21%
PNUD | da demanda
Projeto: Guia
44. Contudo, natotal).
Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)
residência onde a descarga de efluentes foi contabilizada, sua
contribuição é significativa (21% da demandaFIGURA
total). 44
conforme Figura
Contribuições pode uso final emonde
44. Contudo, na residência a descarga
residências de efluentes
no município foi contabilizada,
de São Paulo sua
contribuição
100% é significativa (21% da demanda total).
90% Outros
100%
80%
Máquina + tanque
70%90% Outros
% Conumo diário

Caixa acoplada
60%80% Máquina + tanque
50%70%
% Conumo diário

Tanquinho
Caixa acoplada
40%60% Tanque
Tanquinho
30%50%
40% Lavatório
20% Tanque
30% Torneira da cozinha
10% Lavatório
20% Chuveiro
0% Torneira da cozinha
10% 1 2 3 4 5 6 7
0% Chuveiro
Figura de
Fonte: adaptado 44.Barreto
Contribuições
1 (2008)2 pode3uso final4 em residências
5 no
6 município
7 de São Paulo
Fonte: adaptado de Barreto (2008)
Figura 44. Contribuições pode uso final em residências no município de São Paulo
Como exemplos práticos de medidas de redução de consumo, Neto e Júlio (2014) apresentam
Comouma exemplos Fonte:
de adaptado de Barreto (2008)Neto e Júlio (2014) apresentam
série depráticos de medidas
possibilidades para bacias redução
sanitárias,demictórios,
consumo, torneiras e chuveiros que podem ser
uma série de
adotados possibilidades
no lugar para
das tecnologiasbacias sanitárias,
convencionais. mictórios,
A Figura torneiras
45 abaixo e chuveiros
representa que podem
Como exemplos práticos de medidas de redução de consumo, Neto e Júlioa (2014)
contribuição sobre
apresentam
ser uma
adotados
a PH
série
noda lugar
adoção das
de tecnologias
medidas convencionais.
redutoras de consumo, A Figura
assumindo 45
uma abaixo
eficiência
de possibilidades para bacias sanitárias, mictórios, torneiras e chuveiros que podem
representa
hipotética dea
edif,d,azul
contribuição
ser20%, frente
adotados sobreaonoa lugar
PHedif,d,azul
desempenho dasdo da adoção deconvencionais.
empreendimento
tecnologias medidas
sem asredutoras
mesmas. de consumo,
A Figura 45 abaixo assumindo umaa
representa
eficiência hipotética de 20%, frente ao desempenho do empreendimento sem
contribuição sobre a PHedif,d,azul da adoção de medidas redutoras de consumo, assumindo uma as mesmas.
FIGURA 45
eficiência
800.000 hipotética de 20%, frente ao desempenho do empreendimento sem as mesmas.
Comparação para economias de 0% e 20% sobre a demanda, (a) e (b) respectivamente
700.000
800.000
600.000
700.000
500.000
600.000
PH (m³)

500.000
400.000
PH (m³)

400.000
300.000
300.000
200.000
200.000
100.000
100.000
0
0 1 2 3 4 5 6 7
1 2 3 4 5 6 7
(a) PHedif,d,azul (m³/VUP) (b) PHedif,d,azul (m³/VUP)
(a) PHedif,d,azul (m³/VUP) (b) PHedif,d,azul (m³/VUP)
Figura 45. Comparação para economias de 0% e 20% sobre a demanda, (a) e (b) respectivamente
Figura
A partir45.
doComparação para economias
cenário adotado, de 0% ecomo
é possível estimar 20% medidas
sobre a demanda, (a) e (b)derespectivamente
de conservação água impactam
no consumo global em um empreendimento. Para isso, serão considerados diferentes sistemas de
descarga de efluentes e sua capacidade de redução da PHedif,d,azul
A partir do cenário adotado, é possível estimar como medidas de conservação de água
A partir do
impactam no cenário
consumo adotado, é possível
global em estimar como medidas
um empreendimento. de serão
Para isso, conservação de água
considerados
impactam no consumo global em um empreendimento. Para isso, serão considerados
diferentes sistemas de descarga de efluentes e sua capacidade de redução da PHedif,d,azul
diferentes sistemas de descarga de efluentes e sua capacidade de redução da PHedif,d,azul

139
Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente 136
136
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Os valores de economia apresentados por Neto e Júlio (2014) para bacias sanitárias são base-
ados em seu desempenho com relação a um aparelho convencional, assumindo que a descarga de
efluentes líquidos (urina) representa 80% dos acionamentos realizados e que a bacia convencional
utiliza 6L/acionamento (Tabela 41).

TABELA 41
Economia proporcionada por medidas de conservação em bacias sanitárias
Economia
Equipamento Premissas adotadas
prevista

A caixa de descarga dual oferece ao usuário a possibilidade de escolha entre


dois volumes de descarga, um maior (6 L), igual ao volume útil da caixa, e outro
Descarga dual 40%
menor (3 L), igual à metade desse volume, utilizado, por exemplo, no caso da
bacia sanitária ter uma quantidade menor de dejetos líquidos e sólidos

Caixa de descarga que utiliza apenas 2 L de água por acionamento. O vaso


usa um basculante que despeja os dejetos diretamente no canal do esgoto do
edifício, sem uso de sifonagem, por meio da própria dinâmica da água, sem
uso de eletricidade. Outro diferencial é que o selo hídrico ou fecho hídrico (a
Descarga camada de água que impede a passagem dos gases e de insetos provenientes
67%
econômica das instalações de esgoto) do vaso economizador precisa apenas de 200 mL de
água, enquanto os demais utilizam mais água para esse fim. Destaca-se ainda
que a matéria prima utilizada que é o ABS, um polímero mais resistente em
relação à louça utilizada nos vasos convencionais. Outras vantagens são o peso,
bem abaixo dos vasos de louça, e a durabilidade

Sua função é conduzir a urina (águas amarelas) para um fim diferente


daquele destinado às fezes e ao papel higiênico (águas negras). São dotados
de dois compartimentos separados, sendo um específico para urina e outro
Vaso sanitário para fezes e papel, duas saídas e uma válvula de descarga dual (descarga
segregador de 85% longa = 4 L a 6 L, descarga curta = 0,15 L a 0,2 L). Vale ressaltar que os vasos
urina sanitários segregadores de urina são mais indicados em áreas rurais ou vilas
ecológicas, uma vez que, em centros urbanos, o saneamento ecológico,
que prevê o armazenamento e posterior coleta da urina, é logisticamente
inviável nas condições atuais.

Nesta bacia, o consumo é de 1,5 L de água por descarga, que é usada apenas
para lavagem da superfície interna e do poço da bacia. Além do custo de
implantação, o sistema a vácuo consome também quantidades significativas
de energia elétrica. A energia elétrica é necessária para o funcionamento das
Descarga a vácuo 75%
bombas de vácuo e demais componentes do sistema, que é da ordem de 3,0
W.h por descarga (Alves et al., 2006). No estudo de viabilidade econômica
da implantação desse sistema, é importante considerar ainda o custo de
manutenção das bombas de vácuo e demais equipamentos.

Atualmente já existem dois sistemas de acoplamento da pia à bacia sanitária:


por bombeamento e por gravidade. No acoplamento por bombeamento, a água
que cai da pia passa por um filtro, depois vai para um depósito abaixo do lavabo.
Quando acionada a descarga do vaso, um dispositivo bombeia a água que estava
Bacia sanitária
Até 100% armazenada para o tanque do vaso e a utiliza na próxima descarga. Já o sistema
com pia acoplada de acoplamento por gravidade utiliza a água limpa pela primeira vez para lavar as
mãos e depois, pela gravidade, corre para a bacia sanitária para finalmente ser
usada na descarga. Além disso, ele incorpora um botão exclusivo integrado dual-
flush e bico projetado para reduzir o uso total de água do banheiro.

Fonte: Neto & Júlio (2014)

140
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

Nesse exemplo, somente a adoção de diferentes sistemas de descarga no lugar da caixa aco-
plada com duplo acionamento (prevista por Barreto (2008) para o perfil de uso residencial) levaria a
uma redução na demanda diária de 2% a 6% (Tabela 42). Na metodologia de cálculo proposta para a
PH, tal economia teria impacto sobre a PHuso,d,azul, de modo que, mantido o padrão de uso da edifica-
ção, ocorreria uma redução proporcional nesta parcela da PH. Seguindo com os valores de PHuso,d,azul
apresentados na Figura 45, é possível calcular o volume economizado devido ao uso dos diferentes
sistemas
Data: out-19 | de descarga,
Revisão: 00 cujos resultados são apresentados na Tabela 42.
Cliente: PNUD | Projeto: Guia Metodológico Caixa/SindusCon-SP | Etapa: Etapa 06 – Produto 09 (RT06)

TABELA 42
proposta Economia
para a PH,notalconsumo
economiade teria impacto
água diário pelasobre a PHuso,d,azul
substituição do,sistema
de modode que, mantido o
descarga
padrão de uso da edificação, ocorreria uma redução proporcional nesta parcela da PH. Seguindo
Descarga
com os valores de PHuso,d,azul apresentadosVaso
nasanitário
Figura 45, éDescarga Bacia sanitária
possível calcular o volume
Equipamento
economizado devido ao uso econômica segregador
dos diferentes de urina
sistemas a vácuo cujos
de descarga, comresultados
pia acoplada
são
apresentados na Tabela
Economia de água 42.
2% 3% 2% 6%
(%Economia)
Tabela 42. Economia
1.1 no consumo
2.731 de água diário pela substituição 3.453
4.355 do sistema de descarga
9.316
Vaso sanitário Bacia sanitária
2.1
Equipamento 7.187Descarga 11.460
segregador de
Descarga a
9.086 24.515
com pia
econômica vácuo
Economia 2.2 6.109 9.741urina 7.723 acoplada
20.838
Economia de água (%Economia) 2% 3% 2% 6%
em m³ 3.1
1.1 6.900 2.731 11.001
4.355 8.723
3.453 23.534
9.316
2.1
4.1 6.037 7.187 11.460
9.626 9.086
7.632 24.515
20.593
Economia 2.2 6.109 9.741 7.723 20.838
em m³ 5.1
3.1 10.597 6.900 16.896
11.001 13.396
8.723 36.145
23.534
4.1 6.037 9.626 7.632 20.593
5.1 10.597 16.896 13.396 36.145
FIGURA 46
Contribuição das medidas de economia sobre a PHuso,d,azul
700000

600000

500000
PH uso,d,azul (m³)

400000

300000

200000

100000

0
1 2 3 4 5 6 7
Descarga econômica Vaso sanitário segregador de urina
Descarga à vacúo Baica sanitária com pia acoplada
PHuso,d,azul (b) (m³/VUP)

Figura 46. Contribuição das medidas de economia sobre a PHuso,d,azul


Medidas de redução da demanda de água durante o uso da edificação podem parecer ter pouco
impacto
Medidas desobre a pegada
redução hídrica, de
da demanda visto
águasuadurante
pequenao porcentagem de economia
uso da edificação proporcionada.
podem parecer No
ter pouco
entanto, devido ao alto valor da
impacto sobre a pegada hídrica, visto PH , mesmo medidas com %Economia reduzida
sua pequena porcentagem de economia proporcionada.
uso,d,azul
têm impacto
Nosignificativo. Como ao
entanto, devido exemplo, na Tabela
alto valor da PH42 o menor volume economizado foi de 2731,1 (m³), valor da
uso,d,azul, mesmo medidas com %Economia reduzida têm
mesmasignificativo.
impacto ordem que aquele
Comoobtido
exemplo,para na Tabela nos
PHobra,d,azul 42 otestes
menor realizados
volume (item 4.1).
economizado foi de 2731,1
(m³), valor da mesma ordem que aquele obtido para PHobra,d,azul nos testes realizados (item 4.1).

141
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

GLOSSÁRIO
ACT (m²)  rea construída total do empreendimento. Na metodologia apresentada neste
Á
guia, não foram utilizadas outras métricas de área, com a área total equivalente.
DBO5,20 Demanda Bioquímica de Oxigênio, variável que representa indiretamente a quan-
tidade de matéria orgânica biodegradável em determinada amostra. A DBO5,20 é a
quantidade de oxigênio consumida durante 5 dias em uma temperatura de 20°C
em razão da decomposição biológica da matéria orgânica.
C Coeficiente de retorno, valor que corresponde à parcela da água demanda que se
converte em efluentes. Em outras palavras, é a porcentagem de água que retorna
como esgoto. Por exemplo, se um processo demanda 100 litros de água e dele
resultam 90 litros de esgoto, diz-se que C = 90/100 = 0,90.
Csan Coeficiente de retorno para usos sanitários, ou seja, a parcela (%) de água utilizada
que se converte em efluente após o uso.
Cproc Coeficiente de retorno para usos em processos, ou seja, a parcela (%) de
água utilizada que se converte em efluente após o uso.
CPH (l/UF) C
 oeficiente de pegada hídrica, valor de PH por unidade funcional de produto (ma-
terial), como l/kg aço, l/m³ de concreto, l/kg de cimento etc.
DT (m³)  emanda total de água, ou seja, a quantidade que é efetivamente requerida para
D
realização de processos. No caso de canteiros de obras, é a soma de todas as fon-
tes de água, como concessionária, água de poço e caminhão-pipa, por exemplo.
DPA (m³/m²) Demanda por área, indicador que relaciona a demanda de água (DT) com a área
construída total do empreendimento.
DPC (m³/
func.mês)  emanda per capita indicador que relaciona a demanda de água (DT) com o
D
efetivo mensal em canteiro.
ETE Estação de tratamento de esgotos.
GT Grupo de trabalho formado durante a elaboração deste trabalho, constituído por
construtoras/incorporadoras.
MAT1 Categorização de materiais em nível menos detalhada (mais abrangente).
MAT2 Categorização de materiais em nível mais detalhada (mais detalhada).
PH (m³)  egada hídrica, unidade de mensuração de volumes de água apropriados pelo ser
P
humano na realização de processos.
UF (ou
unid.func.) U
 nidade funcional, unidade de medida padrão, adotada de acordo com a prática,
para quantificação de materiais de construção civil e posterior estabelecimento de
coeficientes de pegada hídrica. A depender da empresa, obra ou outras condições,
são adotadas unidades distintas na quantificação do mesmo material, como é o caso
de tinta em litros, galões, m² etc. São exemplos de unidades funcionais: aço (kg);
concreto (m³); tinta (m²); laje pré-moldada (m²); tela nervurada (m²); bloco (unid.).
VUP  ida útil de projeto, conforme ABNT NBR 15.575:2013. Período de tempo estimado
V
para o qual um edifício e/ou seus sistemas, elementos e componentes são projeta-
dos a fim de atender às atividades para as quais foram projetados e construídos.

142
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

SUMÁRIO DE TABELAS
Tabela 1   Índices de atendimento urbano de água,
coleta, e tratamento de esgotos por UF brasileira.......................................................... 15
Tabela 2   Compilação de estudos específicos de PH/água virtual na construção civil......................21
Tabela 3   PHazul direta e indireta por m² construído...........................................................................22
Tabela 4   Resumo de características principais das iniciativas levantadas........................................26
Tabela 5   Resumo das definições para cálculo de PH ........................................................................29
Tabela 6   Variáveis de ocupação para cálculo de PHuso específica.....................................................32
Tabela 7   Campos de agrupamento de etapa e de materiais.............................................................33
Tabela 8   Categorização em MAT1......................................................................................................34
Tabela 9   Exemplos de materiais agrupados como MAT1..................................................................35
Tabela 10   Convenções adotadas para identificação de empresas do GT e obras analisadas..........38
Tabela 11   Avaliação geral das bases documentais fornecidas pelo GT e do nível de
gestão de informações sobre água das empresas....................................................................40
Tabela 12   Principais informações e indicadores (DT, DPA e DPC) das obras analisadas...................43
Tabela 13   Contribuição dos materiais para a pegada hídrica das obras do GT................................49
Tabela 14   Características da análise simples e da análise detalhada de PH na FPHedif............................. 50
Tabela 15   Variáveis de interesse para PH..........................................................................................55
Tabela 16   Exemplos de processos e materiais referentes à PH........................................................58
Tabela 17   Exemplos de valores de demandas unitárias e C para processos....................................61
Tabela 18   Exemplos de valores de referência para Cmáx (acima) e C0 (abaixo) em termos de DBO5,20...... 65
Tabela 19   Valores de referência de Cmáx e C0 para corpos hídricos de acordo com a classe............66
Tabela 20   Exemplos de valores de referência de Cargaper capita e eficiência de tratamento..............67
Tabela 21   Eficiências de remoção de DBO5,20 para diferentes
arranjos de tratamento de acordo com literatura especializada.....................................68
Tabela 22   CPHazul para os principais materiais (MAT1)......................................................................69
Tabela 23   Exemplos de variabilidade de unidades em orçamentos de obra....................................70
Tabela 24   Exemplos genéricos de demanda per capita por tipo de ocupante.................................76
Tabela 25   PHobra,azul direta e indireta em m³ e em m³/m²..................................................................96
Tabela 26   Contribuição percentual das parcelas direta e indireta sobre PHobra
(resultados da análise rápida)...................................................................................................98
Tabela 27   PHobra etapa – direta, indireta, por etapa em m³........................................................... 100
Tabela 28   PHobra por etapa – % direta, indireta, por etapa............................................................ 100
Tabela 29   PH indireta por material em m³/m²................................................................................ 101
Tabela 30   PH por material (MAT1) em m³...................................................................................... 102
Tabela 31   PH por material (MAT1) em %........................................................................................ 103
Tabela 32   Premissas para cálculo de PHuso............................................................................................................................. 104
Tabela 33   Resultados de cálculo de PHuso considerando somente residentes como AC............. 105
Tabela 34   Valores de PHedif e decomposição em PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso.......................................... 107
Tabela 35   Participação de PHobra,d,azul, PHobra,i,azul e PHuso na PHedif......................................................................... 108
Tabela 36   PHobra específica direta e indireta - comparação com literatura.................................... 111
Tabela 37   Comparação entre valores de PHobra,azul calculados pela
Infinitytech e pelo GT na análise rápida............................................................................114
Tabela 38   Comparação entre AR e AD para PHobra,azul..................................................................................................... 115
Tabela 39   Contribuições por uso final em residências no município de São Paulo....................... 138
Tabela 40   Contribuições por uso final em residências no município de São Paulo....................... 138
Tabela 41   Economia proporcionada por medidas de conservação em bacias sanitárias ............. 140
Tabela 42   Economia no consumo de água diário pela substituição do sistema de descarga....... 141

143
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

SUMÁRIO DE FIGURAS
Figura 1   Balanço quali-quantitativo de disponibilidade de água......................................................14
Figura 2   Abrangência de coleta de esgotos por UF...........................................................................17
Figura 3.   Etapas de cálculo de pegada hídrica – a pegada hídrica de processo é a unidade básica........20
Figura 4   Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material para edificações de serviços
Concreto foi desagregado em cimento, areia e brita..................................................................23
Figura 5   Gráfico de contribuição acumulada de PHazul por material
e processo (direct water) em m³/m² para 17 edificações distintas............................................24
Figura 6   Gráfico de PHazul e PHcinza para aço, cimento e vidro...........................................................24
Figura 7   Fases da metodologia da WFN contempladas no guia........................................................28
Figura 8   Estrutura geral do cálculo de pegada hídrica para edificações...........................................30
Figura 9   Estrutura geral detalhada do cálculo de pegada hídrica para edificações..........................30
Figura 10   Pontos de feedback do GT previstos na metodologia de participação.............................39
Figura 11   Relação entre demanda total (DT) e por área (DPA) para o GT........................................43
Figura 12   Gráfico de DT em função de ACT (DPA representado pela área de bolhas).....................44
Figura 13   Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.1........................................................44
Figura 14   Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.2........................................................45
Figura 15   Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 1.3........................................................45
Figura 16   Evolução de DT e DPA mensais ao longo da obra 5.1........................................................45
Figura 17   Participação média no orçamento, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1........46
Figura 18   Curva ABC de custos média por MAT1..............................................................................47
Figura 19   Participação média da PH, desvio padrão, mínimos e máximos por MAT1......................48
Figura 20   Curva ABC de PH média por MAT1....................................................................................48
Figura 21   Capturas de tela da FPHedif............................................................................................................................................. 52
Figura 22   Diagrama ilustrativo da lógica de entrada, processamento e saída de dados..................54
Figura 23   Estrutura de cálculo da PHobra...................................................................................................................................... 57
Figura 24   Fluxograma de cálculo de PHobra,d,azul.................................................................................60
Figura 25   Fluxograma de cálculo de PHobra,d,cinza.................................................................................................................... 63
Figura 26   Estrutura de cálculo da PHuso....................................................................................................................................... 74
Figura 27   Proposta de cálculo de teste metodologia: nível de
detalhamento da análise e responsáveis pelos resultados.....................................................96
Figura 28   PHobra direta e indireta em m³ e em m³/m² (resultados da análise rápida).......................97
Figura 29   % PHobra direta e indireta (resultados pela análise rápida)................................................98
Figura 30   % PHobra por etapa..............................................................................................................99
Figura 31   PHobra (m³/m²) por etapa....................................................................................................99
Figura 32   Participação percentual dos materiais na PH indireta................................................... 101
Figura 33   Resultados de PHuso,d,azul (m³) ao longo da vida útil dos empreendimentos.................. 106
Figura 34   Estrutura de cálculo de pegada hídrica e resultados esperados da metodologia......... 107
Figura 35   Contribuição das PH de obra e de uso na PHedif.......................................................................................... 108
Figura 36   PHobra e PHuso acumuladas para as obras 1.1, 2.2 e 5.1.................................................. 109
Figura 37   PHedif acumulada desde a obra até o final da vida útil (50 anos)................................... 110
Figura 38   PHobra específica direta e indireta – comparação com literatura................................... 112
Figura 39   Contribuição percentual sobre PHazul das parcelas direta e indireta............................. 113
Figura 40   Realização de testes da metodologia: escopo destacado em amarelo.......................... 113
Figura 41   Gráficos de comparação de valores de PHobra,azul calculados pela
Infinitytech e pelo GT – valores absolutos (esq.) e indicador em m³/m² (dir.)....................114
Figura 42   Coeficiente de retorno sanitário e de processo............................................................. 131
Figura 43   Pontos de medição de água e esgoto. Elaborado pelos autores................................... 132
Figura 44   Contribuições pode uso final em residências no município de São Paulo..................... 139
Figura 45   Comparação para economias de 0% e 20% sobre a demanda, (a) e (b) respectivamente.....139
Figura 46   Contribuição das medidas de economia sobre a PHuso,d,azul................................................................ 141

144
GUIA METODOLÓGICO DE CÁLCULO DE PEGADA HÍDRICA PARA EDIFICAÇÕES

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REALIZAÇÃO

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