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TIPO DE DOCUMENTO Nº
ANTERIOR ATUAL
MANUAL DE ORGANIZAÇÃO SMS-MOHCA-002 01
SISTEMA SUBSISTEMA / PROCESSO
PROTOCOLO DE MANEJO E TRATAMENTO DE
SERVIÇOS DE SAÚDE SUS CONTAGEM
INFECÇÃO URINÁRIA
Manejo e Tratamento da
Infecção Urinária
ABREVIATURAS
SUMÁRIO
Introdução
Instruções Normativas
Infecção Urinária Adquirida na Comunidade
Infecção Urinária Hospitalar
Medidas Preventivas
Bibliografia
INTRODUÇÃO
INSTRUÇÕES NORMATIVAS
Instrução
DESCRIÇÃO
Normativa
Infecção Urinária Adquirida na Comunidade
SMS-SE-001 Criança
SMS-SE-002 Adulto
Instrução
DESCRIÇÃO
Normativa
Infecção Urinária Adquirida no Hospital
SMS-SE-003 Infecção Urinária Associada à Sondagem Vesical
Instrução
DESCRIÇÃO
Normativa
Medidas Preventivas
SMS-SE-004 Medidas Preventivas de ITU não associadas à sondagem vesical
SMS-SE-005 Medidas Preventivas de ITU associadas à sondagem vesical
DESCRIÇÃO
Bibliografia
Epidemiologia
A bacteriŽria pode variar de 0,1 a 1,9% dos neonatos a termo, alcan…ando 10% nos
prematuros, sendo a incid•ncia maior nos meninos atŒ os tr•s meses de idade e
freqŠentemente acompanhada de bacteremia. A partir dos tr•s meses, as meninas
passam a ser mais acometidas e as infec…†es principalmente nos prŒ-escolares estˆo
associadas a anormalidades cong•nitas. Nesta faixa et‡ria, o risco para a menina Œ de
cerca de 4,5% e para o menino de 0,5%. A preval•ncia das ITU em crian…as menores
de 2 anos apresentando febre a esclarecer varia de > 1 a 16%, dependendo da idade,
ra…a, sexo e entre os meninos, presen…a de fimose ou nˆo. Estas infec…†es sˆo
freqŠentemente sintom‡ticas e acredita-se que os danos renais resultantes das ITUs
ocorram durante este per‰odo da vida.
Em crian…as maiores de 2 anos, com sintomas urin‡rios e/ou febre, a preval•ncia
global de ITU Œ aproximadamente 8%, estando possivelmente subestimada. Nos
escolares, a preval•ncia de bacteriŽria Œ de 1,2% nas meninas e de 0,03% nos
meninos, sendo em geral assintom‡tica. As pacientes do sexo feminino com bacteriŽria
assintom‡tica apresentam um risco de atŒ 50% de desenvolverem infec…ˆo sintom‡tica
quando iniciam a atividade sexual ou durante a gravidez. Portanto a presen…a de
bacteriŽria na inf•ncia define a popula…ˆo de risco em rela…ˆo ao desenvolvimento de
ITU na fase adulta.
Diagnóstico
2. Exames Complementares
2.1 EAS:
Considerar:
Sedimentoscopia/Elementos anormais: pi‹citos, hem‡cias, flora aumentada, rea…ˆo de
nitrito positiva.
2.3 Urocultura
Modo de coleta:
Saco coletor pl‡stico: Ap‹s assepsia dos genitais, troca-se no m‡ximo a cada 30
minutos com nova assepsia. “ pouco confiável, mesmo com tŒcnica correta (85%
dos casos sˆo falsos positivos), mas o resultado negativo torna ITU pouco prov‡vel
(tem valor preditivo negativo)
Pun…ˆo supra-pŽbica ou sonda vesical: indicado para crian…as < 18 meses ou sem
controle esfincteriano. LeucorrŒia Œ indica…ˆo de coleta da urina por pun…ˆo
suprapŽbica ou sondagem vesical
Jato mŒdio: Crian…as maiores com controle esfincteriano, exceto se apresentarem-
se com vulvovaginite ou balanopostite.
3 Exames de imagem
Tratamento
Indicações de Hospitalização
Paciente imunocomprometido
Tratamento ambulatorial
Recém-nascidos
Gentamicina:
3-5 mg/kg/d
Oxacilina ou 14 dias Oxacilina: Usar oxacilina
vancomicina 50-100 mg/kg/d se isolamento
+amicacina Vancomicina: de estafilococos
< 1,2 Kg < 7d 15 mg/kg/d ou enterococos
1,2-2 Kg < 7d 20 mg/kg/d Avaliar
> 2kg < 7d 30 mg/kg/d vancomicina
como 1•
< 1,2 Kg > 7d 15 mg/kg/d escolha se
1,2-2 Kg > 7d 20-30 paciente grave
mg/kg/d ou conforme
> 2kg > 7d 45 mg/kg/d perfil de
sensibilidade da
Amicacina: institui…ˆo
< 2kg < 7d 15 mg/Kg/d
> 2kg < 7d 20 mg/kg/d
> 7d 30 mg/kg/d
Fluconazol 3-6 mg/kg/d
Anfotericina B 14 dias 0,5-1 mg/kg/d
Ap‹s tr•s dias de vida – considerar flora predominante da unidade neonatal
Pielonefrite comunitária
Epidemiologia
Diagnóstico
colônias (UFC/ml)
5
Aguda: febre, EnterobactŒrias: E. coli e outros ≥ 10
Pielonefrite n‡usea, grams negativos, Enterococcus e
calafrios, Staphylococcus aureus
v•mito, dor no
flanco
Cr•nica:
assintom‡tica
5
DisŽria e Escherischia coli e outros grams ≥ 10
Urinário
Baixo
Cistite
urg•ncia Enterococcus
miccional
2. EAS e gram
A) Sedimentoscopia/Elementos anormais. Achados sugestivos de infec…ˆo:
pi‹citos > 5 p/c; hem‡cias > 5 p/c; flora aumentada e rea…ˆo de nitrito
positiva.
B) Colora…ˆo de Gram. Achados de bactŒrias cor‡veis ao Gram sugerem
infec…ˆo. Considerar possibilidade de contamina…ˆo se houver isolamento
de mais de um g•nero de bactŒria ou se visualiza…ˆo de poucos
microorganismos de mesma espŒcie.
A amostra de urina com nitrito positivo, leucocitŽria e Gram com visualiza…ˆo de
bactŒrias apresenta 99,8% de sensibilidade e 70% de especificidade para ITU.
3. Urocultura
5
Considera-se positiva a cultura com crescimento bacteriano de pelo menos 10
unidades formadoras de col•nia por ml de urina (100.000 ufc/ml) colhida em jato mŒdio
de maneira assŒptica. Isto significa que a bacteriŽria Œ significativa e a probabilidade de
ITU Œ muito alta. Recomenda-se ainda, que diagnostique ITU quando h‡ sintomas de
cistite e crescimento de 103 col•nias/mL, com 80 % de sensibilidade e 90 % de
especificidade. Quando h‡ sintomas de pielonefrite, com febre, dor no flanco e
calafrios, e crescimento de pelo menos 104 col•nias/mL, h‡ 95 % de sensibilidade e de
especificidade de se tratar de uma ITU, o diagn‹stico tambŒm Œ recomendado.
A Escherichia coli Œ respons‡vel por 90 % das ITU em pacientes em tratamento
ambulatorial e em mais da metade dos pacientes internados.
Outras bactŒrias gram-negativas mais freqŠentes sˆo: Enterobacter aerogenes,
Proteus mirabilis, Acinetobacter species, Serratia marcences, Providencia stuartii e
Providencia rettgeri. As gram-positivas sˆo o Staphylococcus aureus e Staphylococcus
saprophyticus p, Enterococcus sp e Corynebacterium urealyticum.
4. Exames de imagem
Importantes nos casos sem resolu…ˆo e ITU complicadas. Considerar na
primeira ITU de homens e em ITU recorrente.
Tratamento
Pielonefrite comunitária
Situações especiais
1. Bacteriúria assintomática
Defini…ˆo: Pelo menos duas uroculturas com crescimento bacteriano > 105 UFC/ml,
com isolamento da mesma bactŒria, sem sintomas cl‰nicos.
Tratar apenas pacientes de alto risco:
Transplantados
Neutrop•nicos
Gr‡vidas
PrŒ-operat‹rio de cirurgias urol‹gicas e coloca…ˆo de pr‹teses
Seguir protocolo j‡ exposto acima para o tratamento.
2. ITU na gravidez
Pielonefrites
Introdu…†o
Epidemiologia
Diagn‰stico
Embora febre seja o sintoma mais frequente, sua presen…a ao lado de uma
urocultura positiva, em pacientes com sondagem de longa dura…ˆo, nˆo Œ sin•nimo de
infec…ˆo do trato urin‡rio. Assim, uma cuidadosa investiga…ˆo de outras fontes
potenciais de infec…ˆo deve ser realizada previamente a antibioticoterapia,
particularmente se o paciente estiver est‡vel clinicamente e a febre for de baixa
intensidade.
Nˆo h‡ indica…ˆo para a coleta rotineira de urocultura. Esse exame est‡ indicado
em situa…†es espec‰ficas como na investiga…ˆo de surtos, para identifica…ˆo de fontes
de germes multirrsistentes e para pacientes com febre associada ou nˆo a sinais e
sintomas locais, bacteriemia e outras complica…†es da sondagem como hematŽria e
obstru…ˆo.
Tratamento
Observações:
1. Considerar a retirada do cateter se diagn‹stico de ITU relacionada ‘ sondagem.
2. Nˆo h‡ indica…ˆo de tratamento de bacteriŽria assintom‡tica relacionada ‘
sondagem, exceto nos seguintes casos:
Paciente idoso
Infec…ˆo por Serratia marcescens (alto risco de bacteremia secund‡ria)
Surto de ITU relacionada ‘ sonda
Pacientes de risco: neutrop•nicos, transplantados, a serem submetidos a cirurgias
urol‹gicas ou coloca…ˆo de pr‹teses e gestantes.
3. Nˆo h‡ indica…ˆo de tratamento de bacteriŽria assintom‡tica ap‹s remo…ˆo da
sonda vesical, exceto se pacientes de risco (ver acima) ou persist•ncia de
bacteriŽria ap‹s 14 dias de retirada da sonda.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS
Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110
2
E-mail: saude@contagem.mg.gov.br
EDIۥO
TIPO DE DOCUMENTO N‚
ANTERIOR ATUAL
Instru…ˆo Normativa SMS-MOHCA-002 01
SISTEMA SUBSISTEMA / PROCESSO
Candidúria
Antimicrobiano Tempo de Dose Observa…†es
tratamento
Fluconazol 7 dias
200 mg no 1— dia 1• escolha
e 100 mg nos
dias
subseqŠentes
Anfotericina B 1-3 dias 0,3 mg/kg
Assintom‡tica: tratar apenas pacientes de risco: neutrop•nicos, transplantados e prŒ-
operat‹rio de cirurgia urol‹gica.
Medidas Preventivas
Orientar o paciente a nˆo encostar o sistema vesical no chˆo e nˆo elevar a bolsa
acima do n‰vel da bexiga, evitando o refluxo de urina contaminada do tubo ou bolsa
coletora (sem v‡lvula anti-refluxo) para a bexiga do paciente pela a…ˆo da
gravidade.
Quando houver risco de refluxo pela manipula…ˆo ou movimenta…ˆo do paciente
(ex: transporte do paciente atravŒs de maca), deve-se clampar o tubo coletor.
Nˆo usar rotineiramente antimicrobianos sist•micos para impedir infec…ˆo do trato
urin‡rio nos pacientes que requerem cateterismo vesical de curto ou em longo
prazo.
Lavar com ‡gua e sabˆo a regiˆo perineal duas ou tr•s vezes ao dia e quando
necess‡rio, incluindo jun…ˆo cateter-meato uretral. Em caso de diarrŒia, lavar a
regiˆo a cada epis‹dio ou a cada troca de fralda.
Nˆo usar anti-sŒptico para limpeza da regiˆo periuretral durante a perman•ncia do
cateter vesical. A higiene rotineira com ‡gua e sabˆo Œ apropriada (exemplo:
durante o banho di‡rio do paciente).
Bibliografia recomendada
1. Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for prevention of catheter-
associated urinary tract infections [online] [Visualizado em 2008 out 13] Dispon‰vel em
http://www.cdc.gov/ncidod/hip/GUIDE/uritract.htm.
2. Hospital das Cl‰nicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Comissˆo de
Controle de Infec…ˆo Hospitalar. Guia de utiliza…ˆo de antimicrobianos e
recomenda…†es para preven…ˆo de infec…†es hospitalares. 1• edi…ˆo. Belo Horizonte.
2005.
3. Hospital das Cl‰nicas da Faculdade de Medicina de Sˆo Paulo. Guia de utiliza…ˆo de
anti-infecciosos e recomenda…†es para preven…ˆo de infec…†es hospitalares. 2007-
2008. Sˆo Paulo, 2008.
4. Funda…ˆo Municipal de SaŽde. Comissˆo de Controle de Infec…ˆo Hospitalar. Normas
em Controle de Infec…†es Hospitalares. Teresina. 2003.
5. Nicolle LE. The chronic indwelling catheter and urinary infection in long-
term-care facility residents. Infect Control Hosp Epidemiol, 2.001. 22(5):
316-321.
6. Brasil. Agencia Nacional de Vigil•ncia Sanit‡ria. Principais S‰ndromes Infecciosas.
M‹dulo I.
7. Araujo JCO, Andrade DF. Infec…ˆo do Trato Urin‡rio. Terap•utica Cl‰nica. Guanabara
Koogan: Rio de Janeiro, 1998, p. 810-814.
8. Gagliardi EMDB et al. Infec…ˆo do Trato Urin‡rio. Infec…ˆo Hospitalar e suas
Interfaces na ”rea da SaŽde. Rio de Janeiro, Atheneu, 2005.
9. Wong ES, Hooton TM. Guideline for prevention of catheter associated-urinary tract
infections. CDC-Urinary Tract Infections, February, 1981.
10. Bennett, John V. & Brachman, Philip S. Hospital Infections. Third Edition.
Boston/Toronto/ London.1992: 597-607.
11. Martins MP. Manual de Infec…ˆo Hospitalar: Epidemiologia, Preven…ˆo e Controle. 2
ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001:165-70.
12. Mayhall, C. Glen. Hospital Epidemiology and Infection Control. Williams & Wilkins.
1996.