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Maquinagem

LICENCIATURA EM
ENGENHARIA MECÂNICA
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA I
ANO LETIVO 2019/2020

Luís Miguel Durão (LMD)

Maquinagem:
- arranque de apara
- parâmetros de maquinagem
- torneamento
- fresagem
- furação

Introdução à Engenharia I
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2019/2020

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Maquinagem

Peças diversas

Processos diferentes:

Alrededor de las maquinas herramienta,


Introdução à Engenharia I H. Gerling
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2019/2020

MAQUINAGEM

 Na fabricação de peças podem-se considerar diferentes processos


com o objetivo de conferir uma mudança de forma.
 Face à natureza desses processos, podemos dividi-los em quatro
grupos fundamentais:
 Fundição – envolve a fusão do material e o seu vazamento em moldes;
 Soldadura – envolve a união de várias partes que constituem a peça final
e pode ser englobado num grupo mais alargado de processos de ligação;
 Conformação – envolve a deformação plástica do material;
 Maquinagem ou tecnologia de corte – conjunto de operações que têm
em comum a remoção de material a partir de um bloco ou peça obtida por
outro processo até obter a forma pretendida.

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Maquinagem

MAQUINAGEM

 A maquinagem pode ser resultante de um processo que utiliza uma


ferramenta cortante: torneamento, fresagem, furação e outros.
 Mas também pode incluir outros processos por abrasão, como é o
caso da retificação.
 Pode ainda incluir processos normalmente designados por não-
convencionais, como é o caso da maquinagem por eletro-erosão
(EDM), por ultrassons (USM), por laser (LBM), por jato de água
(WJM), por jato de água abrasivo (AJM), por feixe de eletrões (EBM),
eletroquímica (ECM),etc.
 Ver: https://www.youtube.com/watch?v=MwC2Tma7mus;
https://www.youtube.com/watch?v=uqBTmj5vupI;
https://www.youtube.com/watch?v=eB2KEEoKnok.
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2019/2020

MAQUINAGEM

 A maquinagem é um processo versátil e, por isso, muito utilizado a


nível industrial.
 Princípio fundamental: a remoção do material é assegurada por dois
elementos, um dos quais entra em contacto com a peça –
FERRAMENTA – e outro que fornece os movimentos relativos entre a
peça e a ferramenta – MÁQUINA-FERRAMENTA.
 Da combinação dos movimentos relativos entre a peça e a
ferramenta, resultam os movimentos de corte e de avanço.
 Da combinação destes movimentos resulta o arranque de apara:
https://www.youtube.com/watch?v=8SbBC5UWeNI

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Maquinagem

MAQUINAGEM

 VANTAGENS:

 Grande variedade de materiais que podem ser maquinados;


 Muito utilizado em metais e ligas metálicas (mas não só);
 Possibilidade de obter peças de forma muito variada, incluindo
alguns formas especiais como peças roscadas, furos de elevada
precisão e superfícies planas;
 Precisão dimensional e bom acabamento superficial.

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MAQUINAGEM

 DESVANTAGENS:

 Desperdício de material, que é removido da peça/bloco inicial sob


a forma de apara e não tem reutilização, exceto para sucata;
 Tempo necessário para executar a peça, normalmente mais longo
que noutros processos como fundição/ conformação

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Maquinagem

MAQUINAGEM
 O mecanismo de formação da apara é complexo, sendo por isso
necessário considerar algumas simplificações.
 A primeira simplificação consiste em considerar o corte ortogonal (a),
em vez de oblíquo (b), numa peça de material dúctil com uma
ferramenta rígida.
 De notar que no processo de formação da apara as velocidades e
deformações que se observam são muito elevadas, estando fora do
âmbito da teoria da plasticidade.

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2019/2020 In “Cutting Tools Applications”,
www.toolingandproduction.com

MODELO DE FORMAÇÃO DA APARA

 O primeiro modelo, baseado nesta simplificação,


foi proposto por Piispanen (1948), que considera o
material constituído por pequenos elementos de
espessura infinitesimal:
 i) O material é comprimido contra a superfície de
ataque da ferramenta = deformação plástica;
 ii) A maior deformação ocorre sobre o plano de V. Piispanen, Theory of Formation of Metal Chips,
corte. Nesse plano as tensões de corte tornam-se J Applied Physics, 19, pp. 876-81, 1948

superiores à pressão específica de corte do


material, dando origem a um deslizamento sobre o
plano de corte ou de distorção = corte do material;
 iii) O material cortado separa-se do material de
base, formando uma apara = arranque de apara.
https://www.youtube.com/watch?v=mRuSYQ5Npek

Introdução à Engenharia I L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio 10


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Maquinagem

MODELO DE FORMAÇÃO DA APARA

 Durante o processo de corte desenvolvem-se


duas regiões de deformação plástica (I, primária
e II, secundária); a primeira domina o
arrancamento da apara e a segunda determina
a possibilidade de rotura da apara e depende
das condições de deslizamento entre o material
e a ferramenta, nomeadamente do ângulo de
ataque (γ) (a definir mais à frente).
 Resultado: a espessura (h) retirada à peça (que
corresponde ao avanço) pode não ser igual à
espessura da própria apara (h’), sendo h’>h
 Razão de corte r = h/h’

Introdução à Engenharia I L. Magalhães, Maquinagem


– Texto de apoio 11
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MAQUINAGEM - TEMPERATURAS

 Durante o arranque de apara o material é


fortemente comprimido, deforma-se e desliza
contra a ferramenta, o que provoca um
elevado aquecimento por atrito.
 Os materiais usados nas ferramentas de corte
têm de manter a sua dureza a temperaturas
muito elevadas.
 O aquecimento depende de vários fatores,
como a velocidade de corte, os materiais da
peça e da ferramenta, a profundidade de
corte, o atrito.
https://www.youtube.com/watch?v=huKlcD6N6pc L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

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Maquinagem

MAQUINAGEM - TEMPERATURAS

 É importante conhecer a distribuição de


temperaturas na zona de maquinagem devido
ao estudo do desgaste das ferramentas e
relação entre a duração da ferramenta e as
temperaturas desenvolvidas na zona de corte.
 O calor gerado dissipa-se principalmente pela
apara e depois pela ferramenta e menos pela
peça.
 Os valores apresentados na figura dependem
dos materiais da peça e da ferramenta.

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TIPOS DE APARA

 Em resultado do material a ser maquinado e das condições de


maquinagem, a apara pode ser contínua ou descontínua.
 A apara contínua forma-se em materiais dúcteis ou com velocidades
de corte elevadas.
 A apara descontínua forma-se quando a velocidade de corte é baixa
ou quando os materiais são frágeis.
 A aresta postiça de corte (indesejada) pode ocorrer quando materiais
dúcteis são maquinados com baixa velocidade de corte ou quando se
usam altas velocidades para maquinar materiais com baixo ponto de
fusão, como o alumínio.
 Para evitar este tipo de apara, algumas ferramentas possuem arestas
próprias cujo objetivo é fragmentar a apara.
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TIPOS DE APARA

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio


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TIPOS DE APARA

 O ângulo de ataque (γ)


influencia o tipo de apara:
 Se positivo, promove
a apara contínua;
 Se negativo, aumenta
a espessura da apara
favorecendo a sua
descontinuidade.

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

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Maquinagem

TIPOS DE APARA

 A Norma ISO classifica diversos tipos de apara conforme a sua


morfologia:

L. Magalhães, Maquinagem
– Texto de apoio

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PARÂMETROS DE CORTE

 Na maquinagem o arranque de apara é o resultado da combinação de


diferentes movimentos.
 Corte: movimento entre a peça e a ferramenta, origina uma só remoção
de apara durante uma rotação ou curso.
 Avanço: movimento entre a peça e a ferramenta que proporciona,
conjugado com o movimento de corte, um levantamento repetido ou
contínuo da apara.
 Movimento efetivo de corte: resulta da composição dos dois anteriores.
 Posicionamento: aproxima a ferramenta da peça.
 Penetração (ou profundidade): determina a camada de material a ser
retirada.
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Maquinagem

PARÂMETROS DE CORTE

 A cada movimento corresponde uma direção, um percurso e uma


velocidade.
 Velocidade de corte (vc): velocidade instantânea do ponto de referência
da aresta cortante, segundo a direção e o sentido de corte.
 Velocidade de avanço: velocidade instantânea da ferramenta, segundo a
direção e o sentido de avanço.
 Velocidade efetiva de corte: velocidade instantânea do ponto de
referência da aresta cortante, segundo a direção efetiva de corte.
 Os parâmetros de corte principais ajustam-se na máquina e são
importantes no cálculo de forças e potências: velocidade de corte (vc);
avanço (a) (ou avanço por dente az); penetração (p).
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PARÂMETROS DE CORTE

 A velocidade de corte (vc) é expressa em m/min e depende do diâmetro


da peça (ferramenta) e da sua velocidade de rotação.
 O avanço (a) é expresso em mm/rot e corresponde ao percurso
longitudinal da ferramenta (peça) em cada rotação da peça (ferramenta).
 Se a ferramenta for multicortante refere-se o avanço por dente (az) que
é igual ao avanço (a) dividido pelo número de dentes da ferramenta (z).
 A penetração (p) ou profundidade de corte, expressa em mm, é uma
quantidade fixa e corresponde à espessura retirada à peça.
 Da combinação destes parâmetros resulta a Taxa de Remoção do
Material (MRR), dada por

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Maquinagem

GRANDEZAS DA APARA

 A Área de corte (Ac) corresponde ao produto da penetração pelo avanço

 Conhecendo a pressão específica de corte do material (Kc em N/mm2),


podemos calcular a Força de corte (Fc)

 Na realidade a secção da apara é diferente da


acima calculada devido à deformação plástica,
mas podemos considerá-la igual a Ac

L. Magalhães, Maquinagem
– Texto de apoio
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POTÊNCIAS DE MAQUINAGEM

 A potência necessária para maquinar uma peça é dada por


(aproximadamente):

 Considerando o rendimento da máquina, temos:

podendo indicar um rendimento de 90% como valor típico.

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Maquinagem

GEOMETRIA DE CORTE

 A geometria de corte define os diferentes


ângulos e dimensões das arestas de corte e
das áreas de corte geradas durante o arranque
de apara.
 Designa-se por ângulo de posição da aresta de
corte (χ) o ângulo que a aresta de corte faz
com o material a cortar.
 Valor típico entre os 45º e os 90º.
 Valores menores de χ aumentam a largura e
diminuem a espessura da apara mas
aumentam o esforço na aresta de corte e L. Magalhães, Maquinagem

pioram o acabamento superficial. – Texto de apoio

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GEOMETRIA DE CORTE

 Ângulo de ponta (ε) depende de χ


 Valores maiores deste ângulo aumentam a
duração da ferramenta.

 Ângulo complementar (χL)

 Raio de ponta (rp) influencia o acabamento


superficial das peças.
 Recomenda-se que rp > p/4 e que rp≈ 4a
L. Magalhães, Maquinagem
– Texto de apoio

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Maquinagem

GEOMETRIA DE CORTE

 Ângulo de inclinação (λ)


 Influencia a forma como a ferramenta
entra em contacto com a peça.
 Importante em situações de choque ou de
corte interrompido.

L. Magalhães, Maquinagem
– Texto de apoio

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GEOMETRIA DE CORTE

 A forma básica de uma ferramenta


cortante é uma cunha.
 Designam-se por:
 α, o ângulo de folga
 β, o ângulo de cunha
 γ, o ângulo de ataque
L. Magalhães, Maquinagem

A relação α+ β+ γ = 90º é constante – Texto de apoio

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Maquinagem

GEOMETRIA DE CORTE

 O ângulo de folga α destina-se a reduzir o


contacto entre a ferramenta e a superfície
trabalhada, variando entre 5º e 15º.
 O ângulo de cunha β traduz a resistência
da cunha cortante e depende do material
da ferramenta e do material a maquinar.
 O ângulo de ataque γ depende do tipo de
material que se pretende maquinar,
podendo ser positivo, nulo ou até negativo.

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FERRAMENTAS

 As ferramentas utilizadas em maquinagem por arranque de apara


são designadas por ferramentas de corte.
 As ferramentas de corte podem ser mono ou multicortantes,
conforme tenham uma ou mais arestas de corte.
 Para resistirem aos esforços que são submetidos, as ferramentas
devem ser:
 Mais duras que o material a cortar
 Tenazes (não se fragmentar)
 Resilientes (resistir aos choques), mesmo a temperaturas elevadas.
 Existe uma grande variedade de ferramentas de corte, adaptadas a
uma diversidade de situações específicas.

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Maquinagem

EXEMPLOS DE FERRAMENTAS DE CORTE

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

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MAQUINAGEM:
TORNEAMENTO

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Maquinagem

TORNEAMENTO

 O torneamento é o processo destinado à obtenção de


superfícies de revolução com o auxílio de uma ou mais
ferramentas monocortantes.
 O movimento de corte é dado pela rotação da árvore da
máquina enquanto que o movimento de avanço é rectilíneo e
complanar com o eixo de rotação.
 O movimento de avanço pode ser paralelo, perpendicular ou
concorrente com o eixo de rotação.

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TORNEAMENTO

 De acordo com o movimento de


avanço (a), classificamos a
operação como torneamento
cilíndrico (A), facejamento (B),
sangramento ou torneamento
cónico.
 A penetração (p) corresponde à
espessura de material cortado e é
assegurada pela ferramenta.
L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

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Maquinagem

TORNEAMENTO - PARÂMETROS

p=penetração a=avanço vc=vel.corte


(depth of cut) (feed) (cutting speed)
mm mm/rot m/min

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TORNEAMENTO - PARÂMETROS

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Maquinagem

TORNEAMENTO - OPERAÇÕES

Facejar, tornear cilíndrico,


perfilar

In George Schneider, Jr, Cutting Tool Applications

a) chanfrar; b) ranhurar; c) abrir rosca; d) tornear


interior; e) furar; f) recartilhar

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TORNEAMENTO - OPERAÇÕES

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Maquinagem

TORNEAMENTO
 Depois de definida a operação e respetiva ferramenta, seleciona-se vc de
acordo com a recomendação do fabricante.
 A qualidade da superfície maquinada depende da ferramenta – raio de ponta e
ângulos – e do avanço, sendo que a um maior avanço corresponde uma maior
rugosidade superficial.
 A penetração está limitada
pela resistência da ferramenta.
O seu aumento, provoca mais
vibrações (pior qualidade).

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio


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TORNEAMENTO - FERRAMENTAS

 No torneamento, ainda se mantém a


designação antiga de “ferros de corte”,
embora atualmente seja mais frequente a
existência de um suporte no qual se fixam
as “pastilhas de corte”.

 As ferramentas são designadas por


“esquerda” ou “direita” de acordo com a
orientação da aresta de corte.

Esquerda Direita 38
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Maquinagem

TORNOS

 O torno é uma máquina-


ferramenta capaz de
imprimir à peça um
movimento rotativo
enquanto que imprime à
ferramenta um
movimento linear.
 O mais comum é o
torno convencional.

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TORNOS
Componentes principais de um torno paralelo convencional:

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

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Maquinagem

TORNOS

 O barramento é um elemento fundamental num torno. É


constituído por duas barras retificadas que servem de suporte
aos movimentos da ferramenta.

L. Magalhães,
Maquinagem –
Texto de apoio

 Nos tornos convencionais o barramento é paralelo ao eixo da


árvore (eixo Z).
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TORNOS

 A figura mostra elementos de um torno convencional, durante


uma operação em que a peça está apertada na bucha e
apoiada no ponto móvel.
 Legenda:
A – bucha de aperto
E – ponto móvel

B – movimento rápido em Z
C – movimento em X
D – movimento lento
(aqui a efetuar um torneamento cónico)
L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio
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Maquinagem

TORNOS CNC

 Os tornos CNC e os chamados centros de maquinagem têm


sistemas porta-ferramentas com vários ferros de corte
selecionados através de um programa informático.

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

Introdução à Engenharia I
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EXEMPLOS DE PEÇAS TORNEADAS

https://www.youtube.com/watch?v=8EsAxOnzEms&index=36&list=PL3AFB507B668AF162
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Maquinagem

MAQUINAGEM:
FRESAGEM

Introdução à Engenharia I
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2019/2020

FRESAGEM

 A fresagem é um processo de maquinagem que gera


superfícies planas, em função da combinação dos movimentos
relativos entre a ferramenta (fresa) e a peça.
 Regra geral, a ferramenta é multicortante.
 O movimento de corte é dado pela rotação da fresa enquanto
que os movimentos de avanço e de penetração são
transmitidos à peça através da mesa à qual esta está fixa.
 A mesa pode movimentar-se nos três eixos (X, Y e Z).

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Maquinagem

FRESAGEM
 Durante a operação de fresagem,
devemos distinguir entre fresagem
concordante (ou em concordância/
climb) e fresagem discordante (ou
em oposição/ conventional) em
função dos movimentos relativos da
fresa e da peça.
 Se possível deve-se optar pela
Fresagem Fresagem
fresagem concordante. Discordante Concordante
 Neste modo de fresagem, a
espessura da apara é máxima no
início.
Introdução à Engenharia I
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2019/2020

FRESAGEM - PARÂMETROS
LEGENDA

D = diâmetro da fresa
N = número de dentes
p = penetração (depth of cut ap)
a = avanço (feed f)
vc= vel. de corte (cutting speed)
tc = esp. máxima de apara

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Maquinagem

FRESAGEM - PARÂMETROS

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

FRESAGEM - PARÂMETROS

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

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Maquinagem

FRESAGEM - OPERAÇÕES
L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

SANDVIK

Fresagem radial (A) e de topo (B)

Introdução à Engenharia I 2019/2020 51

FRESAGEM - OPERAÇÕES

SANDVIK

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

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Maquinagem

FRESAGEM - OPERAÇÕES

SANDVIK

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

FRESAGEM - FERRAMENTAS

 Na fresagem, as ferramentas são


designadas por FRESAS.
 São geralmente ferramentas multicortantes.
 Como é a ferramenta que roda em torno do
eixo do seu suporte, a contacto entre cada
aresta de corte e a peça é descontínuo.
 Existe uma enorme diversidade de fresas,
consoante as características específicas do
trabalho de maquinagem pretendido.

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

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Maquinagem

FRESADORAS

 Uma fresadora é uma


máquina-ferramenta
que se destina a fazer
rodar a ferramenta de
corte (fresa) enquanto
movimenta a peça a
maquinar em direções
lineares segundo os
eixos X, Y e Z.
 Na figura mostra-se
uma fresadora vertical,
identificável pela
orientação do eixo da
árvore.
Introdução à Engenharia I
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2019/2020

FRESADORAS
 Existem também fresadoras horizontais (eixo horizontal) e universais, em
que o eixo da árvore pode ter as duas posições (vertical e horizontal).

Introdução à Engenharia I
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2019/2020

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Maquinagem

FRESADORAS
Componentes principais de uma fresadora:

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

FRESADORAS CNC

 As fresadoras CNC, dada a sua versatilidade, podem ser


designadas por “centros de maquinagem”.

L. Magalhães,
Maquinagem –
Introdução à Engenharia I Texto de apoio
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Maquinagem

EXEMPLOS DE PEÇAS FRESADAS

https://www.youtube.com/watch?v=Ef59DogwLrI&index=37&list=PL3
AFB507B668AF162

Introdução à Engenharia I
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2019/2020

MAQUINAGEM:
FURAÇÃO

Introdução à Engenharia I
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2019/2020

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Maquinagem

FURAÇÃO
L. Magalhães, Maquinagem –
Texto de apoio

 A furação é o processo destinado à obtenção de furos


cilíndricos numa peça com a utilização de uma ferramenta,
geralmente multicortante, designada por broca.
 O movimento de corte é transmitido à ferramenta (mais
habitual) ou à peça (geralmente num torno). O movimento de
avanço é retilíneo e a sua direção coincide com o eixo de
rotação.
 A penetração é igual ao raio da broca.
 Existem diversas operações de furação.
 A hélice da broca destina-se a facilitar a extração da apara.

Introdução à Engenharia I
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FURAÇÃO - PARÂMETROS
Velocidade de corte Avanço

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

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Maquinagem

FURAÇÃO - OPERAÇÕES

Furação: a) a cheio; b) perfurar; c) escalonada; d) rebaixar; e) rebaixar cónico;


f) mandrilar; g) de ponto; h) para grandes profundidades.
Introdução à Engenharia I
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FURAÇÃO - FERRAMENTAS

 A ferramenta mais comum na furação é a broca, sendo a mais conhecida a


broca helicoidal.
 Existe uma grande variedade de brocas e outras ferramentas que se podem
utilizar nas furadoras.

L. Magalhães, Maquinagem –
Texto de apoio

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Introdução à Engenharia I 2019/2020

IENG1 - LEM - 2019/2020 32


Maquinagem

FURAÇÃO - FERRAMENTAS

 A ferramenta mais comum na furação é a broca, sendo a mais conhecida a


broca helicoidal.
 Existe uma grande variedade de brocas e outras ferramentas que se podem
utilizar nas furadoras.

L. Magalhães, Maquinagem –
Texto de apoio
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Introdução à Engenharia I 2019/2020

FURAÇÃO - FERRAMENTAS

 O ângulo de ponta (point angle) e a aresta de corte (chisel


edge) são dois parâmetros geométricos das brocas.

VÍDEO!
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Introdução à Engenharia I 2019/2020

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Maquinagem

FURADORAS
 Uma furadora é uma máquina-ferramenta
que faz rodar uma ferramenta de corte
(broca) enquanto a desloca ao longo do
eixo de rotação (Z) para efetuar o
avanço.
 As furadoras têm uma mesa para fixação
das peças e podem ser convencionais
(de coluna/ de bancada) ou radiais.
 Há diversos tipos de furadoras.

L. Magalhães, Maquinagem –
Texto de apoio
Introdução à Engenharia I
67
2019/2020

FURADORAS
 Outros tipos de furadoras:
 De árvores múltiplas, para trabalho
em série;
 De várias árvores posicionáveis, https://www.wisc-online.com/LearningContent/mtl8502/MLT8502.htm
permitem realizar vários furos numa
só operação;
 Portáteis.

http://www.novator.nu

https://medium.com/@namratawriter/types-of- Introdução à Engenharia I


68
drilling-machines-and-their-features-as-well- 2019/2020
as-applications-2b6dfd5b7245

IENG1 - LEM - 2019/2020 34


Maquinagem

FURADORAS
Componentes principais de uma furadora convencional:

In George Schneider, Jr, Cutting Tool Applications

Introdução à Engenharia I
69
2019/2020

FURADORAS

 As furadoras CNC têm sistemas automáticos de troca de


brocas, previamente montadas num porta-ferramenta.
https://www.youtube.com/watch?v=_V
FyL9dxgrY&index=38&list=PL3AFB5
07B668AF162

L. Magalhães, Maquinagem – Texto de apoio

Introdução à Engenharia I
2019/2020 70

IENG1 - LEM - 2019/2020 35


Maquinagem

ABERTURA DE ROSCAS NO TORNO

Introdução à Engenharia I
71
2019/2020

Torneamento de roscas

 Avanço = passo da rosca


 Escolher adequadamente o nº de
passagens e a penetração
 Evitar que a apara fique presa ao
redor da ferramenta e/ou da peça
 Evitar vibrações – utilizar o
contraponto (roscas externas)

Introdução à Engenharia I
72
2019/2020

IENG1 - LEM - 2019/2020 36


Maquinagem

Caçonetes e machos para abrir roscas

Introdução à Engenharia I
73
2019/2020

BIBLIOGRAFIA
• Modern Metal Cutting - a practical handbook (1996). Sandvik Coromant, Technical Ed.
• PAMIES TEIXEIRA JJ (2001). Fundamentos Físicos do Corte dos Metais, EDINOVA
• DAVIM, JP (2008). Princípios da Maquinagem, 2ª Ed., Publindústria
• GERLING, H (2006). Alrededor de Las maquinas Herramientas, 3ª Ed, Reverté
• KALPAKJAN, S; Schmid, SR; Vijay Sekar, KS (2014). Manufacturing Engineering and
Technology, 7th Ed., Pearson
• GROOVER, M P (2007). Fundamentals of Modern Manufacturing. 3rd ed. John Wiley &
Sons
• GEORGE SCHNEIDER JR. Cutting Tool Applications.
• ASM Handbook Volume 16 (1989): Machining
• LUÍS MAGALHÃES (2018). MAQUINAGEM, texto de apoio às aulas de IENG1

https://www.youtube.com/watch?v=0QrynzJ_lZ4

Introdução à Engenharia I
74
2019/2020

IENG1 - LEM - 2019/2020 37

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