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Controlando o Aquecimento Global PDF
Controlando o Aquecimento Global PDF
AQUECIMENTO GLOBAL
COMO REDUZIR EM 30% AS EMISSÕES DE
GASES ESTUFA ATÉ 2030
SAMUEL VIDAL
Índice
Capítulo 1: O aquecimento global
Capítulo 2: A origem das emissões de gases estufa
6 Mark Lynas. Seis graus: o aquecimento global e o que você pode fazer para
evitar uma catástrofe. Página 182, 2008.
Dentro do Protocolo surgiu um dispositivo chamado de
mecanismo de desenvolvimento limpo, ou simplesmente MDL, que
permite aos países desenvolvidos compensarem suas emissões de gases
causadores do efeito estufa por meio de projetos que diminuam as
emissões de países em desenvolvimento. Essencialmente, para ser
aprovado, o projeto precisa efetuar mudanças reais, mensuráveis e de
longo prazo para a mitigação da mudança do clima. O exigente processo
de aprovação inclui dois critérios fundamentais: adicionalidade e
sustentabilidade. O primeiro requer que o proponente comprove que seu
projeto é realmente importante para desacelerar o aquecimento global,
demonstrando como era a situação sem o MDL e como passa a ser com
ele. Para ser elegível, é preciso ainda que haja contribuição efetiva para
o desenvolvimento sustentável local, promovendo benefícios sócio-
econômicos. O poluidor compra créditos de carbono das empresas que
fazem o projeto de MDL. Exemplos de MDL são projetos de
reflorestamento, de geração de biogás em aterros sanitários e de energia
eólica. Uma empresa poluidora da Alemanha que teria um custo muito
elevado para diminuir a sua poluição no seu próprio país compra
créditos de carbono de um projeto de reflorestamento no Brasil, capaz
de absolver CO2 da atmosfera por um custo muito menor.
14 Mark Lynas. Seis graus: o aquecimento global e o que você pode fazer para
evitar uma catástrofe. Página 251, 2008.
15 Os dados estão na edição 2007 do “World Energy Outlook” da Agência
Internacional de Energia. O relatório está no site em inglês:
http://www.iea.org/textbase/nppdf/free/2007/weo_2007.pdf
a densidade de um tanque de gasolina, o que diminui drasticamente a
autonomia do carro elétrico, além do abastecimento que demora
algumas horas.
20
O estudo pode ser encontrado no site:
http://www.mckinsey.com/clientservice/ccsi/pathways_low_carbon_econo
my.asp
pelo mundo em 2004. A pequena diferença é justificada no estudo pelo
uso de instituições distintas do IPCC como referência no cálculo das
emissões. No entanto o importante é que os valores são bem próximos
dos valores do IPCC 2007.
21
No estudo da Mckinsey se utilizou uma taxa de câmbio de 1,5 dólar por
euro. Além disso, todos os custos estão expressos em euros reais corrigidos
pela inflação de 2005.
emissões de CO2 lançadas pelos combustíveis fósseis representaram
56,6% do total de emissões de gases estufa lançadas em 2004, segundo
o IPCC 2007. Os outros 43,6% não foram objeto de estudo da AIE.
Capítulo 6: A viabilidade política da proposta da
Mckinsey
22
Proposta defendida neste capítulo do livro
Arábia Saudita, Irã, Iraque, Venezuela, Nigéria e Líbia. No momento
em que o petróleo sobe demais, corre-se o risco de se sofrer choques
econômicos que só poderão ser aliviados em alguns anos através da
introdução de programas de eficiência energética, pois a infra-estrutura
energética não consegue sobreviver no curto prazo sem petróleo, ou
mesmo com menos petróleo. A primeira crise mundial do petróleo nos
anos 70, por exemplo, incentivou os Estados Unidos a fabricarem carros
mais econômicos. A prevenção de uma crise energética através da
diminuição da dependência dos combustíveis fósseis é a melhor
alternativa para evitar choques econômicos. O investimento nas
iniciativas de diminuição de emissões pode cumprir esse papel. No
entanto também há o outro lado da moeda. Se todas as iniciativas de
redução de emissões forem implementadas, isso pode provocar um
choque de excesso de oferta, reduzindo os preços do barril do petróleo.
Há a possibilidade de nesse cenário o cartel da OPEP tornar os preços
do petróleo artificialmente baixos temporariamente, no momento em
que se sentir ameaçado na posição de líder do mercado energético
mundial. As empresas tomam decisões econômicas com anos de
antecedência e num cenário de preço do petróleo muito baixo, podem
preferir continuar investindo em infra-estruturas que dependem do
combustível fóssil, temendo perder vantagens competitivas contra outras
empresas do seu setor econômico no futuro. Nesse momento entra uma
importante palavra para evitar esse processo: regulação. Quando um
país tem uma infra-estrutura dependente do petróleo e acontece um
choque de preços elevados, não há alternativa, senão suportar o choque
econômico. Mas quando o preço baixa muito a melhor alternativa é
evitar que as empresas do país tomem como referência esse valor que é
temporariamente ilusório. Essa é uma decisão de estratégia que evita a
sedução por preços de petróleo baratos e o poder dessa decisão está
inteiramente nas mãos dos países consumidores. A regulação através da
fixação de preços mínimos garante a implantação da infra-estrutura
energética de baixo carbono sem que as empresas temam uma
concorrência desleal contra a infra-estrutura dependente do carbono. A
consultoria McKinsey avaliou a influência do preço médio do petróleo a
40 dólares o barril, no custo líquido das iniciativas de redução de
emissões. Em 2030 esse valor baixo do petróleo representaria um
aumento de 4,5 euros por tonelada de CO2 equivalente no custo médio
das iniciativas, pois apesar de o custo das iniciativas de redução de
emissões continuar o mesmo, ele ficaria mais caro quando comparado
com a infra-estrutura dependente de carbono. Praticamente se dobraria o
preço da tonelada de CO2 equivalente evitada. Mas como sabemos o
valor médio do petróleo a 40 dólares o barril é ilusório. Alguns analistas
acreditam que o petróleo pode atingir mais de 200 dólares o barril nas
próximas 2 décadas, se mantido o ritmo atual de crescimento do
consumo. Portanto implementar as iniciativas de redução de emissões
representará um escudo contra ataques especulativos nos preços do
petróleo, garantindo a estabilidade econômica dos países;
23
A quantia equivale a 5,5 bilhões de euros em valores de 2005
2030. Quanto ao setor agrícola a quantidade de investimentos é
considerada insignificante, já que a maioria das iniciativas é constituída
de mudanças de práticas agrícolas, que podem se tornar sustentáveis
sem investimentos adicionais. Ao total com apenas 5% dos
investimentos necessários em todas as iniciativas durante o período de
redução 2011-2030, o setor de carbono terrestre pode ser responsável
por 31,5% das reduções totais em 2030, uma relação custo-benefício
muito alta.
http://w3.ufsm.br/ppgcs/congressos/CBCS_Gramado/Arquivos%20trabalho
s/Efluxo%20de%20metano_Fabio%20G..pdf
originadas do setor agrícola podem minimizar-se com novos
fertilizantes e práticas de fertilização. Aumentando-se a eficiência com a
qual os cultivos utilizam o nitrogênio, é possível reduzir a quantidade de
fertilizantes necessária para produzir uma determinada quantidade de
alimento ou reduzir as emissões de N2O lançada por uma determinada
quantidade de fertilizante. As principais práticas que aumentam a
eficiência no uso do nitrogênio são: ajuste de taxas de aplicação com
base em estimativas precisas das necessidades da cultura (ou seja,
agricultura de precisão); uso de fertilizantes de liberação lenta ou
controlada ou inibidores de nitrificação (que desaceleram processos
microbianos que levam à formação de N2O); aplicação de nitrogênio
quando a perda for menos provável, geralmente logo antes do consumo
(melhor programação); ou aplicação do nitrogênio de forma mais
precisa no solo, para torná-lo mais acessível às raízes.
25
http://www.cnpab.embrapa.br/pesquisas/folders/folder_sequestro_carbono.p
df
através da correção de nutrientes com fertilizantes, da aplicação de
adubos orgânicos, do cultivo com plantio direto e da retenção de
resíduos agrícolas. Solos mais férteis aumentam a produção agrícola e
conseqüentemente aumentam a quantidade de restos culturais que
acabam ficando no solo após a colheita. Para garantir que esse carbono
dos restos culturais seja fixado no solo é preciso evitar a aração das
terras. A terra arada por tratores no cultivo tradicional acelera a
decomposição da matéria orgânica porque destrói os agregados do solo
que protegem a matéria orgânica da ação microbiana, gerando
significativas emissões de CO2 para a atmosfera, que são ignoradas por
não serem visíveis a olho nu como as queimadas. No plantio direto há o
cultivo sobre a palha deixada pela cultura anterior, sem a necessidade da
remoção do solo através da aração. No plantio direto esse carbono que
seria liberado para atmosfera pela aração da terra é fixado no solo.
3)Monitoramento e fiscalização
30
Um estudo interessante sobre o Sistema integrado lavoura-pecuária pode ser
encontrado no link:
http://www.cpatu.embrapa.br/publicacoes_online/documentos-
1/2008/diagnostico-e-modelagem-da-integracao-lavoura-pecuaria-na-
regiao-de-paragominas-pa/at_download/PublicacaoArquivo
uma determinada área e que isso empurre o desmatamento para outras
regiões, os chamados “vazamentos”. O importante é que não apenas se
exija o cumprimento das iniciativas nos moldes dos projetos de MDL
tradicionais, mas que se exijam também metas nacionais de redução de
desmatamento dos países recebedores dos créditos.
33
http://www.fundoamazonia.gov.br/
34
O estudo pode ser acessado no link:
http://www.mckinsey.com.br/sao_paulo/carbono.pdf
redução do desmatamento. Acredito que os financiadores (governos,
empresas) nacionais e internacionais do combate ao desmatamento na
Amazônia devem custear apenas os 7,2 bilhões de reais anuais iniciais.
O investimento adicional de 10 bilhões de reais por ano para melhorar
os indicadores sociais e econômicos da região não é imprescindível para
se zerar o desmatamento. No custo inicial estimado de 7,2 bilhões de
reais anuais já estão incluídos investimentos em atividades sustentáveis
no campo como a exploração sustentável da floresta, a pecuária
intensiva sem ração externa e a concessão de bolsa-floresta para manter
a floresta em pé, que poderão substituir com sucesso a agropecuária e o
desmatamento predatórios. Quanto aos empregos urbanos e a melhoria
da saúde e da educação na região, eles de fato aceleram a redução do
desmatamento porque absolvem mão-de-obra dependente de atividades
predatórias, mas podem ser fomentados por investimentos na construção
de hidrelétricas na região que não precisam de incentivos econômicos
para se concretizarem.
35
Essas iniciativas propostas estão no estudo “ Caminhos para uma economia
de baixa emissão de carbono no Brasil”
Capítulo 9: O sequestro geológico de CO2
36 Fonte: http://www.pucrs.br/cepac/download/CEPAC_FOLHETO.pdf
O CEPAC é o Centro de Excelência em Pesquisa sobre Armazenamento de
Carbono, localizada na PUCRS, estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
petrolífera norueguesa StatoilHydro, que injeta CO2 separado de gás
natural na formação Utsira, um aquífero salino situado a 900m abaixo
do leito do Mar do Norte. O projeto In Salah, na Argélia, desde 2004
injeta CO2 em um aquífero salino a 2km de profundidade abaixo da
superfície do deserto do Saara. O que ainda falta é o uso comercial em
massa do armazenamento geológico de CO2, mas a tecnologia já existe.
Nos próximos anos haverá o amadurecimento comercial do processo.
Veja a imagem37 com a injeção de CO2 no subsolo:
Fgfffg
dgfgjfgjf
38 Fonte: http://www.pucrs.br/cepac/download/CEPAC_FOLHETO.pdf
39 Fonte: http://www.pucrs.br/cepac/download/CEPAC_FOLHETO.pdf
Fotomicrografia de uma rocha reservatório
44
A imagem está no link:
http://www.abengoasolar.com/corp/export/sites/solar/resources/pdf/PS10.pdf
10.3 Biocombustíveis de 1ª geração e de 2° geração
Os biocombustíveis são os combustíveis biológicos derivados
de produtos agrícolas e matéria orgânica, que não tem origem fóssil.
Exemplos de biocombustíveis são o biodiesel, o álcool (já comentado
anteriormente) e o biogás. Assim como os combustíveis fósseis, os
biocombustíveis produzem CO2 quando geram energia. O diferencial é
que o CO2 lançado foi seqüestrado no momento em que as plantas
cultivadas estavam crescendo. A produção é praticamente neutra em
carbono e renovável. Os principais biocombustíveis são o substituto
biológico do diesel (biodiesel) e o substituto biológico da gasolina
(álcool). O biodiesel, produzido através de plantas como soja, mamona,
dendê e pinhão manso, ainda é no mínimo 30% caro que o diesel fóssil.
Quanto ao álcool, produzido com plantas como a beterraba, o milho e o
trigo, a produção comercial só se sustenta através de fortes subsídios
governamentais. O único biocombustível viável na atualidade
ambientalmente e economicamente é o álcool brasileiro proveniente da
cana-de-açúcar, com um custo de produção de US$ 0,22 por litro. Um
hectare de cana produz 7500 litros de álcool e necessita apenas de 1
unidade de energia fóssil para produzir 8,3 unidades de energia
renovável. A maioria da frota brasileira de carros pode funcionar tanto
com gasolina quanto com álcool. O baixo preço do álcool chega a
pressionar os preços da gasolina para níveis mais baixos. Em países
como os Estados Unidos e em alguns países europeus a taxa de
importação imposta ao etanol brasileiro evita que o consumo de álcool
barato proveniente do Brasil se expanda.
45
Fonte: www.marineturbines.com
10.5 Carro a Hidrogênio
O uso do hidrogênio como combustível em carros apresenta
teoricamente vantagens interessantes em relação aos combustíveis
fósseis. O hidrogênio é o mais simples e mais comum elemento do
Universo, sendo ilimitado e renovável. A queima de hidrogênio gera
energia mecânica para movimentar os carros sem emitir poluentes e um
determinado volume de hidrogênio líquido pesa menos do que um
volume semelhante de gasolina e produz quase três vezes mais potência.
Um combustível limpo, ilimitado, leve e eficiente energeticamente
poderia ser considerado perfeito. No entanto, o hidrogênio não é uma
fonte de energia como os combustíveis fósseis. O hidrogênio gasoso
puro raramente ocorre na natureza, pois ele é um elemento químico
muito reativo e está sempre procurando outro elemento para se
combinar. Como não existe nenhuma reserva de hidrogênio puro no
planeta, ele deve ser extraído de outros compostos se tiver o propósito
de ser usado como uma fonte de combustível. Nesse processo de
extração há um consumo considerável de energia. Então é necessária
uma fonte de energia primária que pode ser limpa (eólica, solar, etc) ou
emissora de CO2. Já os combustíveis fósseis, são encontrados na
natureza prontos para serem queimados no caso do gás natural ou
necessitando apenas de refino no caso dos derivados de petróleo. Na
prática, o hidrogênio combustível exerce um papel semelhante às
baterias nos carros elétricos, acumulando energia proveniente de uma
fonte primária de energia.
47 Site: www.rmi.org
tradicional seja igual ao obtido com o produto eficiente
energeticamente. O consumidor quer saber se o ar-condicionado de
baixo consumo gela tão bem quanto o de alto consumo, por exemplo.
Existem inúmeros setores produtivos que poderiam se tornar mais
eficientes com incentivos governamentais. Muitas vezes os
consumidores preferem produtos mais baratos e ineficientes
energeticamente devido ao investimento inicial menor, mas acabam
pagando 3, 4 vezes mais energia durante a vida útil do produto e acabam
perdendo dinheiro devido ao imediatismo. Se os governos diminuírem
os impostos sobre os produtos eficientes e os tornarem tão baratos
quanto os tradicionais, o consumidor escolherá sempre o produto mais
eficiente. O valor perdido com os impostos será varias vezes
compensado pelos ganhos obtidos com a redução de gastos com energia
para a população. Além do benefício econômico para a sociedade,
teremos o benefício ambiental de emitir menos gases estufa. Outra
forma de incentivo governamental é a implantação legal de um nível
máximo de consumo de energia para os produtos fabricados no país.
49
O gráfico pode ser encontrado no link:
http://www.mckinsey.com/clientservice/ccsi/pathways_low_carbon_econo
my.asp
Nesse gráfico a McKinsey incluiu as emissões indiretas das edificações (ex.
consumo de energia elétrica).
A climatização e a iluminação são as utilidades que apresentam o
maior potencial de redução de consumo através de uma construção
planejada para se tornar eficiente energeticamente. O aquecimento de
água tem como melhor opção o uso de uma fonte de energia renovável,
o aquecedor solar, e os aparelhos elétricos (televisão, computadores)
não dependem diretamente da construção para serem eficientes, por isso
os aparelhos serão comentados no ítem 11.2 .
50 Fonte: www.greenpeace.org.br/energia/pdf/cenario_brasileiro.pdf
telhados verdes também representam uma alternativa interessante de
climatização de casas ou edifícios. Eles constituídos de uma cobertura
de grama ou de um jardim e são usados a milhares de anos, tornando a
temperatura amena em locais quentes. Veja a imagem51:
51
A imagem está no site: www.ecotelhado.com.br
11.2 Fabricação de aparelhos elétricos e luminárias de baixo
consumo
Os aparelhos elétricos e a iluminação são responsáveis juntos por
35% das emissões de gases estufa nas edificações. No caso da
iluminação uma construção bem planejada diminui a sua demanda,
como vimos no ítem 11.1, mas não exclui a necessidade de iluminação
mesmo que em menor intensidade. Nesse caso a alternativa para
diminuir mais ainda o gasto de energia com iluminação é o uso de
luminárias de baixo consumo.
52
Fonte: www.greenpeace.org.br/energia/pdf/cenario_brasileiro.pdf
que o consumo ocorrido pelo uso do aparelho. A Agência Internacional
de Energia estima que o modo standby pode ser responsável por 1% das
emissões mundiais de gases estufa, o que eqüivale as emissões de toda a
indústria da aviação53. Em 1999, a AIE lançou a “iniciativa do watt
único”, a fim de incentivar fabricantes a limitar o modo standby a um
watt ou menos.
53 Fonte: www.iea.org/textbase/papers/2005/standby_fact.pdf
11.3 Fabricação de veículos com baixo consumo de
combustível
No capítulo 10 foram citadas formas importantes de diminuição
de emissões nos veículos como o uso de carros movidos a
biocombustíveis e como o uso de carros elétricos que utilizam energias
limpas como fontes primárias. Quanto ao aumento da eficiência
energética em veículos, o assunto a ser tratado neste item, as
oportunidades se referem às tecnologias que tornam os carros mais
econômicos. A fabricação de veículos mais eficientes diminuirá as
emissões de CO2 para a atmosfera através do menor consumo de
combustível fóssil. O transporte rodoviário é responsável por 71% das
emissões de gases estufa no setor de transportes, contribuindo com 5
bilhões de toneladas de CO2 equivalente emitidas anualmente. Os
automóveis atuais consomem a metade do que os automóveis similares
de 30 anos atrás consumiam. O problema é que o mundo está mais rico
e comprando automóveis muito maiores e confortáveis. Isso anulou os
ganhos de diminuição de consumo, fazendo com que os carros atuais
tenham um consumo médio similar aos de 30 anos atrás. De olho nisso
os governos do mundo estão criando metas de consumo médio de
combustível para a frota inteira das montadoras.
54
http://www.fiberforge.com/
consumo é a fabricação de carros com melhor coeficiente aerodinâmico,
afim de que se diminua a resistência do ar. Os governos devem exigir
níveis mínimos de coeficientes aerodinâmicos para cada categoria de
carros novos. Um exemplo de veículo super eficiente eficiente é o
Loremo, carro fabricado pela empresa do mesmo nome. Ele faz 67
quilômetros com 1 litro de combustível e é um carro tão funcional
quanto um automóvel comum do seu porte, transportando 4 pessoas55. O
carro é feito com materiais leves e pesa apenas 450 kilos, além de
apresentar um excelente coeficiente aerodinâmico de 0,20. O motor é
movido a diesel e o carro chega a 160km/h de velocidade máxima. Veja
a foto do Loremo:
56
Fonte: www.greenpeace.org.br/energia/pdf/cenario_brasileiro.pdf
57 Gabrielle Walker e Sir David King.Como combater o aquecimento global e
manter as luzes acesas. Página 110, 2008
emissões são os setores químico, siderúrgico e petrolífero. O setor
cimenteiro também poderia ser incluído grupo, mas resolvi explicá-lo no
ítem 11.1 (Construções de edificações sustentáveis), por estar
intimamente associado às edificações. A maioria das iniciativas se refere
a processos técnicos específicos de cada indústria, mas existem
alternativas que se aplicam as 3 principais indústrias como a
manutenção preventiva de equipamentos, a otimização de processos de
gestão e logística e a co-geração. Na co-geração o calor gerado pelos
gases de um forno siderúrgico, por exemplo, é reaproveitado para gerar
energia elétrica. Essa energia elétrica pode abastecer a própria indústria
ou pode ser vendida para um consumidor externo. Uma fonte de calor é
usada eficientemente para duas funções ao invés de uma só. Quanto à
diminuição de emissões diretas através da melhoria dos processos
específicos de cada indústria podemos citar:
58
O endereço eletrônico oficial da Conferência é: www.en.cop15.dk
A Terra, o mundo azul onde vivemos, é o único lugar do universo
que propicia a sobrevivência da humanidade. Nós precisamos agir agora
para que ela continue nos fornecendo o clima estável dos últimos
milhares de anos que garantiu o florescimento da nossa civilização. Essa
decisão provará que somos verdadeiramente racionais.
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