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Economia Numa Unica Licao - Henry Hazlitt
Economia Numa Unica Licao - Henry Hazlitt
Sobre a obra:
Sobre nós:
Economia numa
única lição
ORDEMLIVRE.ORG
e m parce ria com
INSTITUTO LIBERAL
INDICAÇÕES
BIOBIBLIOGRÁFICAS viii
SOBRE O AUTOR
PREFÁCIO DA
EDIÇÃO DE 1979 ix
(H.H.)
PREFÁCIO DA
PRIMEIRA EDIÇÃO x
(H.H.)
ECONOMIA
NUMA ÚNICA
LIÇÃO
PRIMEIRA PARTE
A LIÇÃO
Cap.
A Lição 2
I
SEGUNDA PARTE
A LIÇÃO APLICADA
Cap. A vitrina
6
II quebrada
Cap. As bênçãos da
6
III destruição
Obras públicas
Cap.
significam 10
IV
impostos
Os impostos
Cap.
desencorajam a 14
V
produção
O crédito
Cap.
desvia a 15
VI
produção
Cap. A maldição da
VII maquinaria 19
Esquemas de
Cap.
difusão do 26
VIII
trabalho
A dispersão de
Cap.
tropas e 29
IX
burocratas
Cap. O fetiche do
30
X pleno emprego
Quem é
Cap.
"protegido" 32
XI
pelas tarifas?
A
Cap.
determinação 38
XII
de exportar
Cap. A "paridade" de 40
XIII preços
Cap. A salvação da
45
XIV indústria X
Como funciona
Cap.
o sistema de 48
XV
preços
A
Cap. "estabilização"
51
XVI das
mercadorias
Tabelamento
Cap.
de preços pelo 55
XVII
governo
Cap. O que faz o
XVIII controle de 60
aluguéis
Cap. Leis do salário
64
XIX mínimo
Os sindicatos
Cap. elevam
67
XX realmente os
salários?
"O suficiente
Cap.
para adquirir o 74
XXI
produto"
Cap. A função dos
78
XXII lucros
Cap. A miragem da
80
XXIII inflação
Cap. O assalto à
87
XXIV poupança
Cap. Repete-se a
95
XXV lição
TERCEIRA PARTE
A LIÇÃO TRINTA ANOS
DEPOIS
Cap. A lição trinta
101
XXVI anos depois
APÊNDICE
UMA NOTA SOBRE
107
LIVROS
Educar é desensinar como propósito
de superar preconceitos e
intolerância.
FRANK H. KNIGHT
GEORGE J. STIGLER
Henry Hazlitt nasceu em28 de novembro de 1894. Pretendia estudar
Filosofia e Psicologia, mas foi obrigado a abandonar os estudos para ganhar
a vida.
Não obstante, penso que, agora, após trinta anos, esteja exigindo uma
extensa revisão. Alémde atualizar todos os exemplos e dados estatísticos,
introduzi umcapitulo inteiramente novo sobre controle de aluguéis. Acho
que o estudo de 1961 agora está inadequado. E acrescentei umnovo
capítulo final, "A lição trinta anos depois", para mostrar por que hoje esta
lição ê mais desesperadamente necessária que nunca.
Este livro é uma análise das falácias da economia, hoje tão correntes que
se tornaramquase uma nova ortodoxia. A única coisa que impediu que isto
ocorresse foramsuas próprias contradições, que dispersaramos que aceitam
as mesmas premissas e criaramuma centena de diferentes "escolas", pela
simples razão de ser impossível, emassuntos referentes à vida prática, ser
coerente como erro. Mas a diferença entre uma nova escola e outra está,
simplesmente, no fato de umgrupo despertar mais cedo que outro ante os
absurdos a que suas falsas premissas o estão conduzindo e, nesse momento,
tornar-se inconsequente, quer abandonando-as involuntariamente, quer
aceitando conclusões delas decorrentes menos inquietantes ou menos
fantásticas que as que a lógica exigiria.
Esta obra contém, por isso, emprimeiro lugar uma exposição. Não tema
pretensão de ser original no tocante a quaisquer das principais idéias que
expõe. Pelo contrário, seus esforços objetivammostrar que muitas das idéias,
que agora passampor brilhantes inovações e progressos, são, na realidade,
mera revivificaçã o de antigos erros e mais uma prova do ditado, segundo o
qual todo aquele que ignora o passado está condenado a repeti-lo.
para outrem."1
H. H.
Nova York,
25 de março de 1946.
Não e xiste cre nça mais pe rsiste nte e mais influe nte , hoje e m
dia, que a cre nça nos gastos gove rname ntais. Em toda parte são
e le s apre se ntados como panacé ia para todos os nossos male s
e conômicos. Está a indústria privada parcialme nte e stagnada?
Pode mos re gularizá-la por me io de gastos gove rname ntais. Há
de se mpre go? Isso, obviame nte , é causado pe lo "insuficie nte pode r
aquisitivo particular". O re mé dio é , també m, óbvio. Tudo o que é
ne ce ssário é o gove rno de spe nde r o suficie nte para compe nsar a
"de ficiê ncia".
Conside ráve l lite ratura base ia-se ne sta falácia e , como muitas
ve ze s aconte ce com doutrinas de ssa e spé cie , tornou-se parte de
uma comple xa re de de falácias que se suste ntam mutuame nte .
Não pode mos, a e sta altura, inve stigar toda e ssa re de ;
voltare mos mais tarde a tratar de outros ramos de la. Mas
pode mos, aqui, e xaminar a falácia-mãe que de u nascime nto a
e ssa progê nie , a principal fonte da re de .
Tanto o "e ncorajame nto" do gove rno aos ne gócios, quanto sua
hostilidade de ve , às ve ze s, se r te mido. Este suposto
e ncorajame nto quase se mpre assume a forma de conce ssão
dire ta de cré ditos gove rname ntais ou de garantia de e mpré stimos
particulare s.
A proposta mais fre que nte de ssa e spé cie , no Congre sso
norte -ame ricano, é a de conce ssão de mais cré dito para os
faze nde iros. Se gundo o ponto de vista da maioria dos me mbros
do Congre sso, os faze nde iros não e stão, re alme nte , conse guindo
suficie nte cré dito. O cré dito, forne cido por companhias
hipote cárias particulare s, companhias de se guro ou bancos
rurais, nunca é "ade quado". O Congre sso e stá se mpre
e ncontrando novas falhas, que não são pre e nchidas pe las
instituiçõe s cre ditícias e xiste nte s, não importando quantas de las já
te nham sido criadas. Os faze nde iros pode m te r suficie nte cré dito
a longo ou a curto prazo, mas e m compe nsação não tê m
suficie nte cré dito "inte rme diário" — ora as taxas de juros são
de masiado altas, ora se que ixam de que os e mpré stimos privados
são conce didos some nte a faze nde iros ricos e be m apare lhados.
O Le gislativo vai, e ntão, criando suce ssivame nte novas instituiçõe s
de financiame nto e novos tipos de e mpré stimos agrícolas.
A fé e m toda e ssa política, vamos ve r adiante , advé m de dois
atos de impre visão. Um, é e ncarar a que stão ape nas do ponto de
vista dos faze nde iros, que tomam dinhe iro e mpre stado. O outro,
e stá e m pe nsar some nte na prime ira parte da transação.
À prime ira vista, as ale gaçõe s para e sse tipo de e mpré stimo
pode m pare ce r muito forte s. Conside re -se uma família pobre , ou
se ja, se m qualque r me io de subsistê ncia. Se rá crue ldade e
de spe rdício de ixá-la sob assistê ncia e conômica do gove rno.
Adquira-se e ntão uma faze nda para e la; arranje -se para que se
e stabe le ça come rcialme nte e que se us me mbros torne m-se
cidadãos produtivos e re spe itáve is; faça-se com que possam
contribuir para o aume nto da produção nacional e pagar o
e mpré stimo, após have re m produzido. Ou, e ntão, conside re mos
um faze nde iro que e ste ja moure jando com mé todos primitivos de
produção, por não dispor de capital para adquirir um trator.
Empre ste -se -lhe dinhe iro para comprar um. Pe rmitindo-se ,
assim, que aume nte sua produtividade , e le pode rá re sgatar o
e mpré stimo com o acré scimo do re ndime nto de suas colhe itas.
De sse modo, não só o e nrique ce re mos e o re e rgue re mos, como
e nrique ce re mos també m toda a comunidade , com o aume nto da
produção. E o e mpré stimo — conclui o argume nto — custará
me nos ao gove rno e aos contribuinte s, porque se rá
"autoliquidáve l".
Se o gove rno ope rasse com e ste me smo rigor, não have ria de
fato bom argume nto para sua e ntrada ne sse campo. Por que
faze r pre cisame nte o que os órgãos particulare s costumam
faze r? O gove rno, e ntre tanto, quase invariave lme nte , ope ra
obse rvando normas dife re nte s. Todo o argume nto para e ntrar
ne sse ne gócio de conce de r cré dito pre nde -se , re alme nte , ao fato
de que fará e mpré stimos a pe ssoas que não pode riam conse gui-
los de e ntidade s particulare s. Isso é , simple sme nte , outra
mane ira de dize r que os órgãos gove rname ntais assumirão riscos
com o dinhe iro de outras pe ssoas (os contribuinte s?); riscos que
os e mpre stadore s particulare s não assumiriam com se u próprio
dinhe iro. De fe nsore s de ssa política re conhe ce m, às ve ze s, que a
porce ntage m de pe rdas é mais alta nos e mpré stimos
gove rname ntais, que nos e fe tuados por particulare s. Afirmam,
poré m, que isso se rá compe nsado pe lo aume nto da produção,
trazido pe los tomadore s de e mpré stimos, que os re sgatam, e ,
me smo, pe la maioria dos que de ixam de re sgatá-los.
Tal política acarre taria male s de muitas e spé cie s. Acarre taria
o favoritismo: pe la conce ssão de e mpré stimos a amigos, ou e m
paga de subornos. Le varia, ine vitave lme nte , a e scândalos.
Provocaria re criminaçõe s, se mpre que o dinhe iro dos
contribuinte s fosse de spe ndido com e mpre sas que falisse m.
Aume ntaria a e xigê ncia de uma política socialista: pois, pe rguntar-
se -ia muito justame nte , se o gove rno vai arcar com os riscos, por
que não re ce be r també m os lucros? Que justificativa pode have r,
de fato, para solicitar aos contribuinte s que assumam os riscos,
ao me smo te mpo e m que se pe rmite aos capitalistas particulare s
que conse rve m os lucros? (Isto, no e ntanto, é pre cisame nte o que
já faze mos, no caso de e mpré stimos do gove rno a faze nde iros
"se m re cursos", conforme ve re mos mais adiante .)
Pode r-se -ia prosse guir citando tais práticas de obrigar a dar
e mpre go e m muitos outros se tore s. Na indústria fe rroviária, os
sindicatos insiste m e m que se e mpre gue m foguistas e m tipos de
locomotivas, que de le s não ne ce ssitam. Nos te atros, sindicatos
insiste m no e mpre go de trocadore s de ce nários, me smo
tratando-se de pe ças nas quais não se usam ce nários. O sindicato
dos músicos e xige que se e mpre gue m músicos ou orque stras
inte iras e m muitos casos e m que some nte são ne ce ssários discos
e vitrolas.
Isso, à prime ira vista, pare ce e vide nte pe rda de e mpre go.
Mas a própria máquina e xigiu trabalho para se r construída; de
sorte que , e m compe nsação, foram criados e mpre gos que , de
outro modo, não e xistiriam. O fabricante , poré m, some nte
adotará a máquina se e la fize r me lhore s roupas com me tade da
mão-de -obra, ou a me sma e spé cie de roupas por me nor custo.
Se admitirmos e sse se gundo ponto, não pode re mos admitir que a
quantidade de mão-de -obra para construção da máquina se ja tão
grande , e m te rmos de folha de pagame nto, quanto a quantidade
de mão-de -obra que o fabricante de roupas e spe ra, afinal,
e conomizar, adotando a máquina; de outro modo não have ria
e conomia e o fabricante de roupas não a te ria adotado.
3
É claro que ne m todas as inve nçõe s e de scobe rtas são
máquinas para "e conomizar mão-de -obra". Algumas de las, como
os instrume ntos de pre cisão, o náilon, a lucite , a made ira
compe nsada e plásticos de toda e spé cie , simple sme nte me lhoram
a qualidade dos produtos. Outras, como o te le fone ou o avião,
re alizam ope raçõe s que a mão-de -obra dire ta não pode ria
re alizar. Outras, ainda, dão orige m a obje tos e se rviços tais como
o raio X, os rádios, apare lhos de TV, de ar-re frige rado e
computadore s que , de outro modo, ne m se que r e xistiriam. No
e xe mplo pre ce de nte , e ntre tanto, conside ramos pre cisame nte a
e spé cie de máquina que te m sido obje to e spe cial da te cnofobia
mode rna.
Aliada a e ssa falácia e stá a cre nça de que e xiste ape nas uma
quantidade fixa de trabalho a se r fe ito no mundo e que , se não
pode mos aume ntá-lo, inve ntando proce ssos mais e mbaraçosos
para a produção, pode mos, pe lo me nos, pe nsar nos me ios de
difundi-lo pe lo maior núme ro possíve l de pe ssoas.
Mais uma ve z, poré m, a que stão não te rmina aí. O país não
só se se ntirá me lhor se m os funcionários supé rfluos, do que se
os tive sse mantido, como ficará e m me lhore s condiçõe s, pois os
funcionários pre cisarão procurar e mpre gos particulare s ou
e stabe le ce r-se por conta própria. E o pode r aquisitivo dos
contribuinte s, assim acre scido, conforme notamos no caso dos
soldados, e ncorajará isto. Mas os funcionários só pode rão
trabalhar e m e mpre gos privados, se ofe re ce re m se rviços
e quivale nte s a que m os e mpre gar — ou, me lhor, aos fre gue se s
dos e mpre gadore s que lhe s de re m e mpre go. Em ve z de se re m
parasitas, tornam-se home ns e mulhe re s produtivos.
As tribos primitivas vive m nuas, mise rave lme nte alime ntadas e
abrigadas, mas não sofre m o de se mpre go. A China e a Índia são
incomparave lme nte mais pobre s que nós, mas o principal mal de
que sofre m são os mé todos primitivos de produção (ambos, causa
e conse qüê ncia da falta de capital), não o de se mpre go. Nada
mais fácil que conse guir o ple no e mpre go, de sde que e ste ja
divorciado do obje tivo de produção ple na e conside rado, e m si,
como um fim. Hitle r proporcionou ple no e mpre go, graças a um
gigante sco programa armame ntista. A gue rra proporcionou ple no
e mpre go a todas as naçõe s ne la e nvolvidas. O trabalho e scravo,
na Ale manha, te ve ple no e mpre go. Prisõe s e le vas de forçados,
acorre ntados uns aos outros, tê m ple no e mpre go. A coe rção
pode proporcionar, se mpre , ple no e mpre go.
É lógico que não have ria nada de e rrado ne sse argume nto, ao
se r assim apre se ntado. Como re sultado disso, se pode ria forçar
de tal modo a alta do custo dos sué te re s ingle se s para o
consumidor ame ricano, que os fabricante s ame ricanos achariam
vantajoso e ntrar no me rcado de sué te re s. Os consumidore s
ame ricanos, no e ntanto, se riam forçados a subsidiar e ssa
indústria. Em cada sué te r ame ricano que comprasse m, se riam
re alme nte obrigados a pagar um tributo de US$5, que lhe s se ria
cobrado pe lo pre ço mais alto da nova indústria de sué te re s.
Mas a nova indústria se ria visível. Pode r-se -ia, facilme nte ,
contar o núme ro de se us e mpre gados, o capital inve stido, a
cotação e m dólare s de se us produtos no me rcado. Os vizinhos
pode riam ve r, todos os dias, a e ntrada e a saída dos ope rários
da fábrica. Os re sultados se riam palpáve is e dire tos. Mas o
re traime nto de uma ce nte na de outras indústrias e a pe rda de
50 mil outros e mpre gos e m outros se tore s não se riam tão
facilme nte obse rvados. Se ria impossíve l, me smo para o mais hábil
e statístico, conhe ce r com pre cisão qual te ria sido a incidê ncia da
pe rda de outros e mpre gos, de que mane ira muitos home ns e
mulhe re s haviam sido dispe nsados de cada indústria particular,
ou quantos ne gócios cada uma de ssas indústrias havia pe rdido —
porque os consumidore s tive ram que pagar mais por se us
sué te re s. E uma pe rda, e spalhada por todas as outras atividade s
produtivas do país, se ria re lativame nte diminuta para cada uma
de las. Impossíve l para qualque r pe ssoa sabe r pre cisame nte como
cada consumidor te ria de spe ndido se us US$5 e xtras, se lhe
tive sse sido pe rmitido conse rvá-los. A e smagadora maioria do
povo, portanto, sofre ria provave lme nte da ilusão de ótica de que
a nova indústria nada havia custado ao país.
E isto nos traz às ve rdade iras conse quê ncias de uma barre ira
tarifária. Não é que simple sme nte todos os se us ganhos visíve is
se jam anulados por pe rdas me nos óbvias, poré m não me nos
re ais. Re sulta, de fato, e m pe rda líquida para o país, pois,
contrariame nte à se cular propaganda inte re ssada e à confusão
de sinte re ssada, a tarifa reduz o níve l ame ricano de salários.
Obse rve mos mais clarame nte como isso aconte ce . Vimos que
o acré scimo no pre ço pago pe los consumidore s por um artigo
prote gido por uma tarifa os priva de re cursos, na me sma
me dida**, para aquisição de todos os outros artigos. Não há,
portanto, um acré scimo líquido na indústria como um todo.
Poré m, como re sultado da barre ira artificial imposta às
me rcadorias e strange iras, o trabalho, o capital e a te rra nos
Estados Unidos são de sviados daquilo que pode se r fe ito com
maior e ficiê ncia, para o que é fe ito com me nos e ficiê ncia.
Portanto, como re sultado da barre ira tarifária, a produtividade
mé dia do trabalho e do capital fica re duzida.
Pode mos, talve z, tornar e sse último ponto mais claro atravé s
de um e xe mplo e xage rado. Suponhamos que e le ve mos de tal
modo as barre iras alfande gárias, que se torne comple tame nte
proibitivo importar me rcadorias do e xte rior. Suponhamos, como
re sultado disso, que o pre ço dos sué te re s no país, suba ape nas
US$5. Então, os consumidore s, te ndo que pagar US$5 a mais por
um sué te r, gastarão, e m mé dia, me nos cinco ce ntavos e m cada
uma de ce m outras indústrias norte -ame ricanas. (Essas cifras
foram e scolhidas só para ilustrar um princípio: não have rá,
naturalme nte , tal distribuição simé trica da pe rda; alé m disso, a
própria indústria de sué te re s se rá ainda pre judicada por causa
da prote ção dispe nsada a outras indústrias. Mas pode mos de ixar
de lado, no mome nto, e ssas complicaçõe s.)
Uma barre ira tarifária mais alta que não se ja, poré m,
proibitiva, produzirá a me sma e spé cie de re sultados, mas ape nas
e m me nor e scala.
Se ria tanto difícil como discutíve l te ntar citar até hoje e ssas
duas comparaçõe s e spe cíficas, ajustando não ape nas pe la sé ria
inflação (pre ços do consumidor ultrapassaram o triplo), e ntre
1946 e 1978, mas també m pe las dife re nças de qualidade dos
automóve is nos dois pe ríodos. Mas e ssa dificuldade ape nas dá
ê nfase à impraticabilidade da proposta.
Qual o re sultado? Os faze nde iros obtê m pre ços mais e le vados
para sua produção. A de spe ito da produção re duzida, digamos,
se u "pode r aquisitivo" é aume ntado afinal. Tornam-se , no
mome nto, mais próspe ros e compram maior volume de produtos
da indústria. Tudo isso é o que ve e m as pe ssoas, que olham
ape nas as conse quê ncias ime diatas para os grupos dire tame nte
e nvolvidos ne ssa política.
Há, poré m, outra conse quê ncia não me nos ine vitáve l.
Suponhamos, não fosse e ssa política, que o trigo, que se ria
ve ndido a US$2.50 o bushel, te nha e ntão o pre ço e le vado para
US$3.50. O faze nde iro obté m US$ 1 a mais por bushel de trigo.
Mas o trabalhador da cidade paga, pre cisame nte , por causa de ssa
me sma mudança, US$ 1 a mais por um bushe l de trigo no pre ço
aume ntado do pão. Aplica-se o me smo a qualque r outro produto
agrícola. Se o faze nde iro te m, e ntão, pode r aquisitivo de US$1 a
mais para comprar produtos industriais, o trabalhador da cidade
fica com pode r aquisitivo de US$1 a me nos para comprar tais
produtos. No final, a indústria e m ge ral nada lucrou. Pe rde , e m
ve ndas na cidade , pre cisame nte o que ganha nas ve ndas rurais.
Aqui, poré m, pode -se assinalar que , quando o faze nde iro
re duz a produção do trigo para obte r paridade , pode rá
re alme nte obte r pre ço mais alto para cada bushel, mas e stará
produzindo e ve nde ndo me nor núme ro de bushels. O re sultado é
que se u re ndime nto não sobe proporcionalme nte aos pre ços. Até
alguns de fe nsore s da paridade de pre ços re conhe ce m e sse ponto
e se rve m-se de le como argume nto para continuare m a insistir na
paridade de rendimento para os faze nde iros. Isso, poré m, só
pode rá se r conse guido por me io de subsídio, a e xpe nsas dire tas
dos contribuinte s. Em outras palavras, auxiliar os faze nde iros
ape nas re duz mais ainda o pode r aquisitivo dos trabalhadore s da
cidade e de outros grupos.
Equilibre mos tudo, dize m alguns, conce de ndo igual "prote ção"
a todo mundo. Isso, poré m, é insolúve l e impossíve l. Me smo que
admitamos que se pode ria solucionar te cnicame nte o proble ma
— uma tarifa para A, um industrial suje ito à concorrê ncia
e strange ira; um subsídio para B, um industrial que e xporta se us
produtos —, se ria impossíve l prote ge r ou subsidiar todo mundo
de ntro de um "e spírito de justiça" ou igualdade . Te ríamos que
proporcionar a cada um a me sma porce ntage m (ou se ria a
me sma quantia e m dólare s?) de prote ção tarifária ou de
subsídios, e jamais te ríamos ce rte za de e starmos ou não
duplicando pagame ntos a alguns ou de ixando de fazê -lo a outros.
Por outro lado, pode ríamos solucionar a que stão de mane ira
simple s, te rminando com o siste ma de paridade de pre ços e o de
tarifas prote cionistas. Entre me nte s, ambos, combinados, não
solucionam coisa alguma. Juntos, significam simple sme nte que o
faze nde iro A e o industrial B se be ne ficiam, a e xpe nsas de C, o
Home m Esque cido.
Embora o Congre sso tive sse come çado a fixar "o" pre ço do
carvão, viu-se afinal o gove rno (e m virtude das dife re nte s
dime nsõe s, de milhare s de minas, e e mbarque s para milhare s de
dife re nte s pontos de de stino, por tre m, caminhõe s, navios e
balsas) obrigado a fixar 350.000 pre ços dife re nte s para o carvão!1
Um dos e fe itos de ssa te ntativa, para mante r os pre ços do carvão
acima do níve l do me rcado compe titivo, foi ace le rar a te ndê ncia
dos consumidore s, pe la substituição por outras fonte s de e ne rgia
ou calor, tais como o pe tróle o, o gás natural e a e ne rgia
hidroe lé trica. Hoje ve mos o gove rno te ntando forçar a inve rsão do
consumo de pe tróle o para o carvão de novo.
Esse proce sso te m orige m na cre nça de que os pre ços são
de te rminados pe lo custo da produção. A doutrina, e xposta de ssa
forma, não é ve rdade ira. Os pre ços são de te rminados pe la
ofe rta e pe la procura, e a procura é de te rminada pe la
inte nsidade das ne ce ssidade s do povo, e pe lo que e ste te m para
ofe re ce r e m troca. É ve rdade que a ofe rta é , e m parte ,
de te rminada pe lo custo de produção. O que um artigo custou no
passado, para se r produzido, não pode de te rminar-lhe o valor.
De pe nde rá e ste da atual re lação e ntre a ofe rta e a procura. Mas
as e xpe ctativas dos home ns de ne gócios, no tocante ao que um
artigo irá custar, e m sua fabricação futura, e qual se rá se u futuro
pre ço, de te rminarão quanto de le se rá fabricado. Isso afe tará a
ofe rta futura. Há, portanto, uma te ndê ncia constante para o
pre ço de um artigo e se u custo marginal de produção igualarem-se,
mas não porque e sse custo marginal de produção de te rmine
dire tame nte o pre ço.
É pre cisame nte de sse modo que a ofe rta re lativa de milhare s
de artigos dife re nte s é re gulada pe lo siste ma da concorrê ncia
e ntre e mpre sas privadas. Quando as pe ssoas de se jam mais e
mais um artigo, se us pe didos compe titivos e le vam o pre ço. Isto
aume nta os lucros dos fabricante s do artigo. Estimula-os a
aume ntare m a produção. Faz com que outros ce sse m de fabricar
alguns dos produtos que ante riorme nte fabricavam e passe m a
fabricar o produto que lhe s ofe re ce me lhor re torno. Isto, poré m,
aume nta a ofe rta de sse artigo, ao me smo te mpo que re duz a
ofe rta dos outros. O pre ço de sse produto cai, portanto, e m
re lação ao pre ço dos outros produtos e de sapare ce o e stímulo a
um aume nto re lativo da produção.
Me smo que os faze nde iros tive sse m que lançar toda a
produção de trigo no me rcado num único mê s do ano, o pre ço
ne sse mê s não se ria ne ce ssariame nte infe rior ao de qualque r
outro mê s (salvo ce rta marge m para cobrir o custo do
armaze name nto), pois os e spe culadore s, na e spe rança de
obte re m lucro, fariam a maior parte de suas compras ne ssa
ocasião. Continuariam comprando, até que o pre ço subisse a um
ponto, e m que não visse m mais oportunidade de lucro futuro.
Ve nde riam, se mpre que julgasse m have r pe rspe ctiva de pe rda
futura. O re sultado se ria e stabilizare m-se os pre ços dos produtos
agrícolas durante todo o ano.
Mas os e sque mas para fixação de pre ços máximos come çam,
ge ralme nte , como e sforços para "impe dir que suba o custo de
vida". Assim, se us de fe nsore s admite m, inconscie nte me nte , e xistir
algo pe culiarme nte "normal" ou sagrado ace rca do pre ço do
me rcado, no mome nto e m que se inicia se u controle . Esse pre ço
inicial é conside rado "razoáve l", e qualque r pre ço acima de le é
tido como "de sarrazoado", inde pe nde nte me nte de mudanças nas
condiçõe s de produção ou procura, de sde que se e stabe le ce u o
pre ço inicial.
2
Mas o gove rno, ao e ste nde r para trás o tabe lame nto de
pre ços, e ste nde ao me smo te mpo as conse qüê ncias que , a
princípio, o impe liram à me dida. Admitindo-se que e le te nha
corage m para tabe lar e sse s custos e se ja capaz de e xe cutar suas
de cisõe s, isso, e ntão, simple sme nte , por sua ve z, cria e scasse z de
vários fatore s — mão-de -obra, forrage ns, trigo e tc. — que
e ntram na produção da me rcadoria acabada. Assim, o gove rno é
impe lido a controle s e m círculos cada ve z maiore s, e as
conse qüê ncias finais se rão as me smas que as do tabe lame nto
unive rsal.
Por causa dos alugué is com tabe lame nto baixo nos e difícios
ve lhos, os locatários já morando ne le s, e le galme nte prote gidos
contra os aume ntos de alugué is, são e ncorajados a usar e spaço
de spe rdiçadame nte , que r suas famílias se torne m me nore s, ou
não. Isto conce ntra a pre ssão ime diata de nova de manda nas
re lativame nte poucas moradias novas. A te ndê ncia é e le var se us
alugué is, no come ço, a um níve l mais alto do que atingiriam num
me rcado inte irame nte livre .
Ele e stá simple sme nte se ndo privado do dire ito de ganhar a
importância que suas aptidõe s e situação pe rmitiriam ganhar, ao
me smo te mpo e m que a comunidade e stá se ndo privada até dos
mode stos se rviços que e le possa pre star. É, e m suma, substituir
o salário baixo pe lo de se mpre go. Todos e stão se ndo
pre judicados, se m qualque r compe nsação.
Talve z pe nse m que pode mos e scapar de ssas conse quê ncias,
ofe re ce ndo "auxílio de se mpre go", e m ve z de "auxílio no lar"; com
isso, no e ntanto, e stamos simple sme nte mudando a nature za das
conse quê ncias. "Auxílio de se mpre go" significa que e stamos
pagando aos be ne ficiários mais do que o me rcado livre lhe s
pagaria por se us e sforços. Some nte uma parte do se u salário de
auxílio é , portanto, a paga de se us e sforços (e m trabalho, muitas
ve ze s, de utilidade duvidosa), ao passo que o re stante é e smola
disfarçada.
Não pre cisamos mais pe rsistir ne ste ponto, visto que nos
le varia a proble mas não re le vante s de ime diato. Mas de ve mos te r
e m me nte as dificuldade s e conse quê ncias do auxílio, quando
conside ramos a adoção de le is de salários mínimo ou um
aume nto nos mínimos já fixados. 1
Sabe mos, por e xpe riê ncia, que são as grande s companhias —
aque las fre que nte me nte acusadas de se re m monopólios — que
pagam os mais altos salários e ofe re ce m as mais atrativas
condiçõe s de trabalho. Normalme nte , são as pe que nas firmas
marginais, talve z por sofre re m compe tiçõe s e xce ssivas, que
ofe re ce m os me nore s salários. Mas todos os e mpre gadore s
de ve m pagar o suficie nte para se gurar os e mpre gados ou para
atraí-los de outras indústrias.
Não é nossa inte nção ale gar que não haja me io de e le var os
salários. Que re mos, simple sme nte , assinalar que o mé todo
apare nte me nte simple s de e le vá-los atravé s de de cre to
gove rname ntal é e rrado, e o pior de todos.
Le va-nos isso ao âmago da que stão. Pre sume -se , ge ralme nte ,
que o aume nto de salários é ganho à custa dos lucros dos
e mpre gados. Isso, naturalme nte , pode ocorre r durante pe ríodos
curtos ou e m circunstâncias e spe ciais. Se se forçar o aume nto de
salários e m de te rminada firma que , concorre ndo com outras,
não pode aume ntar se us pre ços, o aume nto dos salários sairá
dos lucros. Isso, poré m, é muito me nos prováve l de aconte ce r, se
a e le vação de salários ocorre r e m toda uma indústria. Na maioria
dos casos, a indústria aume ntará se us pre ços e a carga da
e le vação dos salários passará para os consumidore s. Como,
provave lme nte , e ste s são na maioria trabalhadore s, te rão os
salários re ais re duzidos, por se re m obrigados a pagar mais por
de te rminado produto. É ve rdade que , como re sultado dos pre ços
aume ntados, as ve ndas dos produtos da indústria ve nham a cair,
re duzindo, com isso, o volume de se us lucros, mas talve z o
núme ro de e mpre gados e a folha de pagame ntos salariais
ve nham a sofre r re dução corre sponde nte .
Ainda que tais cifras se jam conside radas ape nas para
re pre se ntar a e lasticidade da procura de trabalho, re ve lada e m
dado pe ríodo do passado, e não, ne ce ssariame nte , para pre dize r
a do futuro, me smo assim me re ce m se r se riame nte
conside radas.
De via se r pe rfe itame nte claro que se pode ria conse guir isso
mais dire ta e hone stame nte por me io da re dução dos índice s
salariais. Mas os mais re quintados propone nte s da inflação
acre ditam que isso não se ja, agora, politicame nte possíve l. Às
ve ze s, vão mais longe , afirmando que toda proposta, sob
quaisque r circunstâncias, de re dução dire ta de de te rminadas
taxas de salário a fim de re duzir o de se mpre go, é
"antitrabalhista". Mas o que e le s me smos e stão propondo,
e nunciado e m te rmos crus, é enganar os trabalhadore s re duzindo
os índice s re ais dos salários (isto é , os índice s salariais e m te rmos
de pode r aquisitivo), atravé s de aume nto nos pre ços.
Money (1917, nova e dição, 1936), de Ande rson, B. M.; The Theory
of Money and Credit (e diçõe s ame ricanas, 1935, 1953), de Mise s,
Ludwig von; ou Inflation Crisis, and Howto Resolve it (Ne w Roche lle ,
N.Y.: Arlington House , 1978), do pre se nte autor.
Para faze r tudo isso, te m que lançar mão do capital. Mas que
importância te m isso, poré m? Se e conomizar com avare za é
pe cado, não poupar de ve se r uma virtude ; e e m todo caso, e stá
simple sme nte compe nsando o mal que e stá se ndo fe ito com a
e conomia de se u irmão usurário, Be njamin.
Imagine mos, e ntão, um povo que , cole tivame nte , poupe cada
ano ce rca de 20% de toda sua produção anual. A cifra é
e xage rada e m re lação à e conomia líquida que te m havido,
historicame nte , nos Estados Unidos2, mas é uma cifra
aproximada que se pode mane jar facilme nte e pe rmite
e sclare ce r toda dúvida dos que acre ditam que nós te nhamos
"poupado e xage radame nte ".
Produção
Ano
Total
Primeiro 100
Segundo 102,5
Terceiro 105
Quarto 107,5
Quinto 110
Sexto 112,5
Sétimo 115
Oitavo 117,5
Nono 120
Décimo 122,5
Undécimo 125
* Isso, naturalme nte , supõe que o proce sso de poupança e
inve stime nto prossiga no me smo ritmo.
3 Muitas dife re nças e ntre e conomistas, nas dive rsas te orias ora
e xpre ssas sobre e sse assunto, re sultam, simple sme nte , de
dife re nças de de finição. Poupança e investimento pode m se r
de finidos de sorte a pare ce re m idê nticos, e , portanto,
forçosame nte , iguais. Estou procurando de finir, aqui, poupança
e m te rmos de dinhe iro, e inve stime nto, e m te rmos de be ns. Isso
corre sponde , aproximadame nte , ao e mpre go comum das
palavras que , ne m se mpre , no e ntanto, é corre nte .
Essa a lição sobre a qual, e spe cialme nte , ve rsou e ste livro.
Enunciamo-la e m forma de e sque le to e , de pois, ne la colocamos
carne e pe le no de corre r de mais de uma de ze na de aplicaçõe s
práticas.
2
A análise dos nossos e xe mplos e nsinou-nos, incide ntalme nte ,
outra lição: quando e studamos os e fe itos de várias propostas,
não ape nas sobre de te rminados grupos, e a curto prazo, mas
sobre todos os grupos, e a longo prazo, as conclusõe s, a que
ge ralme nte che gamos, corre sponde m às do se nso comum. Não
ocorre ria a pe ssoa alguma, não familiarizada com o pre vale ce nte
se mi-analfabe tismo e conômico, fosse bom te r vitrinas que bradas
e cidade s de struídas, que não passa de de spe rdício criar proje tos
públicos inúte is, que é pe rigoso de ixar hordas de home ns ociosos
re tornare m ao trabalho, que as máquinas, que aume ntam a
produção da rique za e e conomizam o e sforço humano, de ve m
se r te midas, que as obstruçõe s à livre produção e ao livre
consumo aume nte m a rique za, que a nação se torna mais rica,
forçando outros paíse s a comprare m suas me rcadorias a pre ços
abaixo do custo da produção; que a poupança é tola ou
pre judicial e que a dissipação traz prospe ridade .
Assim que A obse rva alguma coisa que lhe pare ce e rrada,
da qual X e stá sofre ndo, conve rsa a re spe ito com B e , e ntão,
A e B propõe m a promulgação de uma le i que re me de ie o
mal e auxilie X. Tal le i obje tiva, se mpre , de te rminar o que C
de va faze r para X ou, na me lhor das hipóte se s, o que A, B e
C, de vam faze r para X. (...) O que e u que ro faze r é olhar C.
(...) Chamo-o o Home m Esque cido. (...) É o Home m e m que m
nunca pe nsamos. (...) É a vítima do re formador, do
e spe culador social e do filantropo, e e spe ro mostrar-vos,
ante s de te rminar, que e le me re ce vossa ate nção, dado se u
caráte r e os muitos e ncargos que sobre e le pe sam.
Do me smo modo que não há ape rfe içoame nto té cnico que
não pre judique algué m, não há mudança nas pre fe rê ncias do
público ou na moral, me smo para me lhor, que não ve nha
pre judicar outra pe ssoa. Um de clínio no jogo de azar forçará
crupiê s e e mpre gados de hipódromos a procurare m ocupaçõe s
mais produtivas. Um aume nto da castidade do home m arruinaria
a mais antiga profissão do mundo.
Uma ironia ainda maior é que , não satisfe itos e m se guir e stas
políticas de sastrosas no país, nossos re pre se ntante s tê m criticado
outros paíse s, principalme nte Ale manha e Japão, por não
se guire m e ssas políticas "e xpansionistas". Isto nos faz le mbrar,
nada me nos, da raposa de Esopo, que , quando pe rde u sua
cauda, pe rsuadiu todas as raposas suas companhe iras a,
també m, cortare m as suas.
O le itor, que alme ja uma pe rfe ita compre e nsão e se nte -se
pre parado para adquiri-la, de ve le r a se guir Human Action de
Ludwig von Mise s (Chicago: Conte mporary Books, 1949, 1966, de
907 páginas). Ne sse livro, a unidade e pre cisão lógicas de
e conomia ultrapassam a e xposição de todos os trabalhos
ante riore s. Tre ze anos de pois de Human Action, um aluno de
Mise s, Murray N. Rothbard, e scre ve u um trabalho e m dois
volume s: Man, Economy, and State (Mission, Kan.: She e d, Andre ws
and Mc Me e l, 1962, de 987 páginas). Esse trabalho conté m muito
mate rial original e pe ne trante , sua e xposição é admirave lme nte
lúcida, e sua organização torna-o, e m alguns aspe ctos, mais
apropriado para uso como livro de te xto do que o grande
trabalho de Mise s.
1985).