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GERENCIAMENTO DE RISCOS
EM INSTALAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS
RIO DE JANEIRO - RJ
2018
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GERENCIAMENTO DE RISCOS
EM INSTALAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS
UNIDADES MARÍTIMAS PARA APOIO OFFSHORE
RIO DE JANEIRO - RJ
2018
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Bibliografia:
1. Identificação de Perigos. 2 Análise de Riscos. 3.
Avaliação de Riscos. 4. Gerenciamento de Riscos.
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Aprovada em de de 2018.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Prof.
_____________________________________________________
Prof.
_____________________________________________________
Prof.
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DEDICATÓRIA
incentivo – sempre.
“Você prova que é capaz quando começa a ser capaz de não se importar com o que os
WALT DISNEY
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer aos meus pais que apesar das dificuldades nunca mediram
esforços para que pudéssemos estudar e atingir nossas metas pessoais. A minha esposa que
longo do tempo de curso. Dedicação especial deste trabalho ao Grupo SETEC na pessoa do
colega André Vianna que sempre me incentivou à área de Segurança do Trabalho e espero
Deus que nos concede a vida, essa que apesar dos desafios que nos impõe vale muito ser
vivida.
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RESUMO
Não existe atividade humana que não possa ser associada a algum perigo e risco,
mas na indústria de petróleo e gás, essa associação é ainda maior, mais imediata, mais
visível. Isto faz com que a avaliação de riscos esteja presente em todas as atividades dessa
indústria.
Quando o risco se manifesta ele deixa de ser uma probabilidade e passa a ser um
acidente e, nesse caso, passa-se a investigar as causas do acidente, saindo da esfera do risco
– probabilidade, para o caso real indesejável. O acidente traz consigo sérios problemas à
saúde pública, além de afetar os próprios trabalhadores, tendo o potencial de afetar também
Gerenciamento de Riscos.
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ABSTRACT
There is not human activity that can not be associated with any risk and danger, but
in the oil and gas industry, this association is bigger, more immediate, and more visible.
This makes the evaluated of risk is present in all activities of this industry.
When the risk is obvious it is not anymore a probability and becomes an accident,
and if so, is to investigate these causes, leaving the risk zone - probability, undesirable for
the real case. The accident brings serious problems to public health, and affects the
workers, with the potential to affect neighboring populations, cause serious environmental
Based on this context, this project discusses the main concepts related to this
subject, and presents some classics accidents occurred in the oil and gas segment and
shows important tools used in managing risks, which are used to the satisfaction, it will
help in risk evaluated in this important segment of the economy, and proposing mitigating
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13
3.3 ISPS (THE INTERNATIONAL SHIP AND PORT FACILITY SECURITY) ... 39
1 INTRODUÇÃO
A partir do final da segunda Guerra Mundial, houve uma intensificação da
ocorrência de eventos de grandes proporções nas indústrias de processo químico (IPQ), tais
como químicas e petroquímicas e petrolíferas. Este fenômeno está relacionado ao aumento
da dimensão e capacidade de produção das plantas industriais, à elevação da complexidade
dos processos industriais resultante do desenvolvimento tecnológico ao fato do petróleo se
converter no principal combustível das últimas décadas.
Eventos indesejados trazem consigo graves consequências à saúde do trabalhador,
ao patrimônio das empresas, à Nação e ao meio ambiente.
Portanto, conhecendo-se os focos geradores de determinado evento indesejado,
pode-se atuar diretamente sobre eles, buscando soluções ou alternativas com o objetivo de
obter resultados satisfatórios quanto à sua minimização e/ou eliminação.
Delimitado o problema é possível, de forma mais objetiva, formular alternativas
para redução ou eliminação dos efeitos danosos, e mais facilmente chegar a definição de
quais alternativas devem ser realmente implementadas. O processo decisório torna-se então
necessário, dado que a implementação das alternativas requer disponibilidade de recursos
(pessoais e financeiros). Esta disponibilidade por sua vez, está limitada à capacidade de
geração de recursos da empresa e à parcela do orçamento designada pela mesma para a
área em questão.
Assim sendo, a questão crucial é identificar e definir qual (is) ponto (s) deve-se
investir os recursos disponíveis para que a relação custo/benefício seja a melhor possível.
1.1 OBJETIVO GERAL DO TRABALHO
Apresentar as principais ferramentas de Gerenciamento de Riscos hoje disponíveis,
colocando de forma objetiva suas principais características e forma de implementá-las.
Estas ferramentas se usadas de forma condizente, técnica e economicamente,
identificam os principais riscos em instalações de petróleo e gás, analisando-os e os
tornando controláveis (minimizando-os), já que risco zero não existe. Para alcançarmos
este objetivo, inicialmente apresentaremos normas e legislações internacionais no âmbito
que tange o trabalho bem como algumas definições que julgamos imprescindíveis ao
entendimento do assunto ora abordado, alguns casos clássicos de acidentes ocorridos em
instalações de petróleo e gás, no intuito de convencimento da importância que possui o
assunto em questão com uma análise numérica da participação do segmento nos resultados
brasileiros e, na sequência, abordaremos as ferramentas de gerenciamento de riscos
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Risco nas Empresas Armadoras que prestam apoio através de suas embarcações a Indústria
de Petróleo e Gás, iniciando em uma breve aplicação na área de novos projetos, pincelando
sua aplicação no Supply Chain, logo após demonstrando sua aplicabilidade na Engenharia
ou Área Técnica da empresa e ao final dará maior ênfase onde possuímos os maiores riscos
2 REVISÃO DE LITERATURA
No início da década de 60, a indústria de processamento experimentou um grande
avanço tecnológico, com a utilização de condições de pressão e temperaturas mais severas
em instalações maiores. Tal desenvolvimento acarretou sua operação mais crítica,
resultando acréscimo no potencial de riscos para o homem, a propriedade e ao meio
ambiente.
Segundo ALBERTON (1996), a gerência de riscos pode ser definida como a
ciência, a arte e a função que visa a proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros
de uma empresa, no que se refere à eliminação, redução ou ainda financiamento dos riscos,
caso seja economicamente viável.
Para ZONNO (2003), o gerenciamento de risco tem o propósito de prevenir ou
minimizar a ocorrência de acidentes danosos à integridade das pessoas, do meio ambiente e
das instalações, e é atualmente realizado, através de estudos que levam em conta um
sistema de informações que inclui a técnica de avaliação de risco. Desta forma a Análise de
Risco, mostra-se importante em vários segmentos do cotidiano, das concessões e
autorizações emitidas pela ANP, otimizando aspectos relativos à relação entre seguradoras
e segurados, no cálculo do prêmio a ser pago e, nos aspectos da prevenção de danos ao
patrimônio e à vida.
Segundo CHOTE e KASKANTZIS (2004), o gerenciamento de riscos surgiu como
instrumento de mitigação e administração de riscos presentes no meio industrial,
oferecendo filosofias e ferramental técnico que visam otimizar o uso da tecnologia, a qual
sofre avanço acelerado e, não raramente, inconsistente com os padrões mínimos de
segurança que devem estar presentes dentro de atividades industriais. O gerenciamento de
riscos dentro de uma empresa representa a possibilidade de se atribuir segurança e
confiabilidade aos processos e procedimentos, constituintes do seu ambiente operacional,
permitindo a integração de dois polos que, até então, se relacionavam indiretamente: a
segurança do trabalho e a segurança patrimonial.
Para CHOTE e KASKANTZIS (2004a), a análise de Riscos consiste no exame
sistemático de uma instalação industrial (projeto ou existente) de sorte a se identificar os
riscos presentes no sistema e formar opinião sobre ocorrências potencialmente perigosas e
suas possíveis consequências. Seu principal objetivo é promover métodos capazes de
fornecer elementos concretos que fundamentem um processo decisório de redução de
riscos e perdas de uma determinada instalação industrial.
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Para CHOTE e KASKANTZIS (2004b), os riscos podem ser analisados sob dois
ângulos, qualitativa e quantitativamente. A análise qualitativa estuda todos os possíveis
riscos existentes no local, relaciona estes riscos de acordo com a probabilidade de tais
acidentes acontecerem com suas respectivas consequências. Os riscos que apresentam alta
probabilidade de acontecer e que provoquem grandes danos à estrutura ou as pessoas são
então, analisados de maneira quantitativa. A análise quantitativa busca determinar os
efeitos causados por estes possíveis acidentes. Ambas as análises devem ser feitas no local
estudado, sendo assim, possível identificar e remediar os riscos existentes.
A Implementação de um Sistema de Gestão de Riscos em uma Unidade Marítima
de apoio offshore deve ser precedida de uma política onde a empresa tenha compromisso
em aplicar medidas de prevenção de acidentes e proteção do trabalhador onde as mediadas
técnicas supram os requisitos da legislação e as boas práticas de engenharia.
As normas internacionais podem servir de orientação para que a Administração
estabeleça suas estratégias e objetivos a serem alcançados por tal Sistema de Gestão de
Segurança de Saúde Ocupacional. Neste trabalho iremos identificar as práticas utilizadas
por tal sistema tomando por base o Gerenciamento de Riscos em Unidades Marítimas para
apoio offhore.
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Para que qualquer Convenção seja aprovada pela Organização é preciso que
satisfaça a duas condições:
Que seja aprovado por pelo menos 15 de seus membros;
Que estes representem pelo menos 50% da tonelagem bruta mundial.
Atualmente a IMO tem adotado critérios para as emendas que não tem que
necessariamente, atingir as exigências previstas nas letras a e b. Para as emendas são
usados os critérios de “ementa tácita”, onde os membros contrários devem declarar a sua
oposição a uma emenda apresentada. Isto veio agilizar em muito o processo de
modificações, dando margem a Convenções mais ágeis e atuais.
Para que uma Convenção ou qualquer outro trabalho entre em pleno vigor é
necessário que se siga a seguinte sequência:
Aprovação pela Assembleia;
Assinatura pelo mandatário do País membro;
Ratificação pelo Congresso ou Parlamento do País membro.
A IMO adotou um conjunto de emendas em sua principal convenção de Segurança
(Convenção SOLAS – Safety of Life at Sea), Tornando mandatória a implementação do
Código ISM para determinados tipos de Unidades Marítimas. As unidades que deveriam se
enquadrar segundo os requisitos do Código ISM teriam até julho de 2002 para adequação.
Na implantação dos Sistemas de Gestão na empresa operadora da Unidade
Marítima e suas colaboradoras podem surgir dificuldades potenciais, onde o seu sistema é
obrigado a incorporar os requisitos do ISM Code, por imposição do Governo da bandeira
ou do Governo responsável pela locação da operação. Tais entidades governamentais
poderão, em paralelo, exigir que o sistema cumpra seus requisitos legais específicos.
Este cenário ilustra a necessidade crescente de adoção de padrões internacionais de
Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que sejam reconhecidos e aceitos por todas
as partes interessadas que formam o setor de exploração e produção de petróleo.
3.1.1 MSC (MARITIME SAFETY COMMITTEE)
O Comitê de Segurança Marítima (MSC) trata de todos os assuntos relacionados à
segurança marítima e à seguridade marítima que se enquadram no âmbito da IMO,
abrangendo navios de passageiros e todos os tipos de navios de carga. Isso inclui a
atualização da Convenção SOLAS e códigos relacionados com. auxílios à navegação,
construção e equipamento de navios, à condução do ponto de vista de segurança, regras
para evitar abalroamento no mar, manuseio de cargas perigosas, dispositivos de salvatagem
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3.2.2 DEFINIÇÕES
3.2.2.1 ADMINISTRAÇÃO
Governo cuja bandeira o navio arvora.
3.2.2.2 DOCUMENTO CONTROLADO
Qualquer documento emitido deverá ser confrontado com o Sistema de Gestão
eletrônico. Somente tais documentos deverão ser usados para trabalhos que afetem a
Segurança e Proteção Ambiental. Qualquer documento não identificado/verificado como
tal será considerado um “documento fora de controle”.
3.2.2.3 AÇÃO CORRETIVA
Ação que deve ser tomada para corrigir uma Não-Conformidade existente, de um
defeito ou outra situação indesejável. Assim como, uma ação tomada para identificar e
eliminar a origem da causa de uma Não-Conformidade.
3.2.2.4 NÃO-CONFORMIDADE
Uma situação observada onde evidência objetiva indica, o não cumprimento a um
requisito especificado nos Códigos ISM e ISPS.
3.2.2.5 EVIDÊNCIA OBJETIVA
Informações cuja veracidade pode ser comprovada com base em fatos obtidos
através de observação, medição, ensaio ou outros meios.
3.2.2.6 OBSERVAÇÃO
Constatação de fato, feita durante uma Auditoria de Segurança e com substância
por evidência objetiva.
3.2.2.7 REGISTROS DE SEGURANÇA
Evidência documentada de ações tomadas para alcançar o padrão requerido nos
itens pertinentes e para demonstrar a efetividade do Sistema de Gerenciamento de
Segurança.
3.2.2.8 SISTEMA DE INFORMAÇÃO:
Sistema de Gestão da empresa, onde o Sistema de Informação tem como base o
atendimento aos códigos ISM e ISPS e às Normas ISO 9001, 14001 e OHSAS 18001.
Ambos poderão também inserir requisitos específicos de clientes.
3.2.3 POLÍTICA DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE
A Empresa Armadora deve providenciar um ambiente de trabalho seguro e
saudável e assegurar a segurança no mar, a prevenção de danos pessoais ou de perda de
vida, de danos ao meio ambiente e aos bens materiais.
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3.2.8 TREINAMENTO
3.2.8.1 FAMILIARIZAÇÃO DE TRIPULANTES RECÉM EMBARCADOS
A empresa deverá manter procedimento para assegurar que novos tripulantes e
tripulantes transferidos para novas designações sejam familiarizados com suas obrigações
antes de assumir suas responsabilidades.
A empresa ainda deverá manter procedimentos para identificar as necessidades de
treinamentos de todo pessoal envolvido no Sistema de Gerenciamento de Segurança
através de uma avaliação estabelecida ou outros métodos.
As necessidades de treinamento do pessoal deveram ser supridas através de:
TREINAMENTO NO TRABALHO,
EXERCÍCIOS E ADESTRAMENTOS A BORDO,
SESSÕES DE FILMES DE SEGURANÇA,
PALESTRAS e,
TREINAMENTO NOS DOCUMENTOS DO SISTEMA DE
GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA (PROCEDIMENTOS e INSTRUÇÕES DE
TRABALHO).
A programação deve ser ajustada e programada por cada embarcação para cada
ano, conforme planejamento no SGS/SGI.
3.2.9 COMUNICAÇÃO
Os detalhes de contato para cada DPA deverão ser colocados a bordo em uma área
disponível para todo o pessoal. Isso serve para assegurar que todos tenham acesso aos
detalhes de contato de sua pessoa designada. Embarcações designadas são mostradas na
visão geral da frota.
3.2.10 PLANOS PARA OPERAÇÃO DE BORDO
A empresa armadora deverá identificar as operações chaves de bordo que tenham
impacto na Segurança e na Prevenção da Poluição conforme Instruções de Trabalho. Essas
operações deverão ser definidas e atribuídas ao pessoal qualificado.
Os planos e instruções para operações chaves de bordo são concernentes à:
Segurança do Navio;
Prevenção da Poluição;
Operações no Convés;
Operações Relativas à Propulsão, Governo e Geração de Energia;
Operações de Abastecimento;
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carga decorrente de qualquer causa incluindo mal tempo, seja no mar ou no porto que
deverão ser comunicadas conforme procedimento emitido pela Empresa.
Ao Comandante é exigido relatar o incidente à(s) Autoridade(s) Portuária(s) mais
próxima(s) se existir qualquer risco de poluição ou perigo à navegação ou se o navio
precisar de auxílio.
3.2.15 RELATO DE MORTE, FERIMENTO E SÉRIA ENFERMIDADE EM
TRIPULANTES:
É exigido ao Comandante o relato, à Pessoa Designada, de morte, ferimentos e
sérias enfermidades do pessoal de bordo. As circunstâncias destes acontecimentos podem
requerer uma investigação pelo pessoal de bordo ou pelo pessoal do escritório ou pela
combinação de ambos.
3.2.16 RELATO DE SINISTROS:
No caso de um acidente envolvendo colisão, avaria, encalhe, incêndio ou explosão,
quebra da máquina ou perda de carga é exigido do Comandante, tão logo estabeleça a
segurança da tripulação e do navio, providenciar um breve relato à empresa armadora.
3.2.17 RELATO DE DERRAMAMENTO DE ÓLEO E POLUIÇÃO:
No caso de um derramamento de óleo ou outro incidente de poluição, ao
Comandante é exigido relatar tal incidente aos órgãos locais apropriados e a Empresa.
Instruções para a comunicação de derramamento de óleo estão contidas no SOPEP/SMPEP
(Shipboard Oil Pollution Emergency Plan).
3.2.18 RELATO DE PERIGOS IMINENTES:
Situações que poderiam ter resultado na perda ou avaria do navio, ou que poderiam
pôr em perigo o pessoal de bordo são relatadas ao Oficial de Serviço no Convés ou na
Máquina e tratadas conforme interno da empresa.
3.2.19 COMITÊ DE SEGURANÇA:
As reuniões do Comitê de Segurança de bordo (GSSTB) são realizadas conforme
procedimento interno emitido pela Empresa. Nessas reuniões são estudadas soluções
práticas para os problemas concernentes à Gestão de bordo, bem como recomendações
para a melhoria do Sistema de Gerenciamento da instituição. A Formalização dos assuntos
discutidos pelo Comitê de Segurança de bordo será enviada para terra, através de ata desta
reunião, por meio eletrônico, e haverá Comitê de Terra para discutir tais observações
segundo procedimento interno da empresa.
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QMS. É verificada na Análise Crítica, a eficácia das ações corretivas que foram
implementadas.
3.2.24 DOCUMENTO DE CONFORMIDADE
Documento de Conformidade significa um documento emitido por uma sociedade
classificadora para uma Companhia que cumpra com os requisitos do Código ISM CODE.
A empresa deverá manter um Documento de Conformidade (DOC) de acordo com os
requisitos do Código ISM. A cópia deste documento é fornecida ao Comandante de cada
navio gerenciado.
3.2.25 CERTIFICADO DE GERENCIAMENTO DE SEGURANÇA
Significa um documento emitido para um navio que, tanto ele como a Companhia a
que pertence, sejam gerenciados conforme preconizado no SMS aprovado.
Um Certificado de Gerenciamento de Segurança deverá ser mantido a bordo de
cada navio gerenciado pela Companhia de acordo com os requisitos do Código ISM. A
cópia destes documentos deverá ser mantida no escritório pelo Departamento de QMS.
3.2.26 OUTROS CERTIFICADOS
Existem vários tipos de certificados a bordo e dentre eles podemos destacar os
Certificados Estatutários, que são aqueles que tem prazo de validade com auditorias
intermediárias, emitidos pelas Sociedades Classificadoras, em nome do Governo da
Bandeira; os principais certificados estatutários são:
1. Certificado de Construção;
2. Certificado de Segurança do Equipamento;
3. Certificado de Segurança Rádio;
4. Load Line Certificate (Certificados de Linhas de Carga);
5. I.O.P.P. (International Oil Prevent Pollution);
6. D.O.C. (Documento of Compliance);
7. S.M.C. (Safety Management Certificate).
Tanto o DOC como o SMC já foram mencionados e explicados anteriormente. O
IOPP será explicados mais adiante.
3.3 ISPS (THE INTERNATIONAL SHIP AND PORT FACILITY SECURITY)
Com o acidente de 11 de setembro de 2001, em Nova York, e a preocupação
mundial com ataques que possam causar danos a navios, unidades móveis ou fixas que
trabalham em operações “offshore” a IMO aprovou e entrará em vigor em 01/07/2004 a
política de segurança contra ataques terrorista ou atos que poderão colocar em risco navios,
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Nacional do Meio Ambiente. Ele não é um lugar físico, mas sim um ambiente vivido por
reuniões como as Câmaras Técnicas, Grupos de Trabalho e as Plenárias, as quais se
reúnem os Conselheiros. Veja como funciona o conselho lendo nosso Regimento interno.
O Conselho pode produzir diversos atos, sendo que seu principal e mais conhecido
instrumento são as suas Resoluções. Por meio desses dispositivos são estabelecidas
normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio
ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais.
O processo se inicia mediante proposta de seus Conselheiros, que segue para ser
analisado pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA e entidades vinculadas (Ibama, SFB,
ANA e ICMBio), no que couber, e segue de acordo com a estrutura de trabalho pré-
determinada por seu Regimento Interno. Para simplificar, fora produzido um quadro
explicativo com exemplos do que é e do que não é da competência do CONAMA, como
pode ser observado abaixo:
Tabela 1: Quadro Explicativo CONAMA. Fonte: CONAMA,2017
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Essas condições foram criadas com caráter genérico para que pudessem ser
aplicáveis a todos os tipos de organizações. Assim, o modo e a extensão em que cada um
desses requisitos deve ser implementado depende de fatores como porte, natureza das
atividades, perigos existentes, cultura da organização e a complexidade das operações.
A BS 8800 foi criada com a intenção de proporcionar uma base e uma linguagem
comum para os sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional, auxiliando as
empresas a estabelecer uma plataforma universal para tratar e administrar questões de
risco, higiene no trabalho, comportamento e atitudes seguras em relação ao ambiente onde
se exercem alguma atividade.
Apesar disso, diferentemente das normas das séries ISO-9000 e ISO-14000, a BS-
8800 não permite que as empresas obtenham a certificação de seus SGSST por meio de
auditorias de organismos certificadores, pois é composta por um conjunto de orientações e
recomendações, não estabelecendo requisitos auditáveis.
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Essas condições foram criadas com caráter genérico para que pudessem ser
aplicáveis a todos os tipos de organizações. Assim, o modo e a extensão em que cada um
desses requisitos deve ser implementado depende de fatores como porte, natureza das
atividades, perigos existentes, cultura da organização e a complexidade das operações.
3.11.1 OSHAS 18001 – IMPLEMENTAÇÃO POR PDCA
Não se consegue pensar em Gerenciamento de Riscos sem que haja um
Gerenciamento de Segurança eficaz.
O sistema de gestão da SST é parte integrante de um sistema de Gestão de toda e
qualquer organização, que proporciona um conjunto de ferramentas que potenciam a
melhoria da eficiência da gestão de riscos da SST, relacionados com todas as atividades da
organização.
Cada organização deve refletir, a partir de seu porte e da natureza de seus riscos, e
adequar os aspectos referidos, em face de suas características e especialidades, com o
propósito de definir, tornar efetiva, rever e manter a política da SST da organização, com
base que poderá definir e estabelecer: a estrutura operacional; as atividades de
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A avaliação de risco realizada de acordo com esta norma contribui para outros
riscos atividades de gerenciamento.
A aplicação de uma gama de técnicas é introduzida, com referências específicas à
outras normas internacionais, onde o conceito e aplicação de técnicas são descritos em
maior detalhe.
Esta também como a ISO 31000 não se destina à certificação, uso regulamentar ou
contratual e não fornece critérios específicos para identificar a necessidade de análise de
risco, nem especifica o tipo de método de análise de risco que é necessário para um
aplicativo específico.
Ela também não se refere a todas as técnicas e a omissão de uma técnica contida
nela não significa que não seja válida.
Esta norma não trata especificamente da segurança. É um padrão genérico de
gerenciamento de riscos e qualquer as referências à segurança são meramente informativas.
3.14 ISO 17776: INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL – GUIA DE
FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E
ANÁLISE DE RISCOS
Esta Norma Internacional descreve algumas das principais ferramentas e técnicas
que são comumente usadas para a identificação e avaliação de perigos associados às
atividades de exploração e produção de petróleo e gás offshore, incluindo pesquisas
sísmicas e topográficas, perfuração e operações de poços, desenvolvimento de campo,
operações, descomissionamento e eliminação, juntamente com o apoio logístico necessário
para cada uma dessas atividades.
Ela fornece orientação sobre como essas ferramentas e técnicas podem ser usadas
para auxiliar no desenvolvimento de estratégias tanto para prevenir eventos perigosos e
para controlar e mitigar quaisquer eventos que possam surgir.
Esta Norma Internacional é aplicável a:
Estruturas offshore fixas;
Sistemas flutuantes de produção, armazenamento e desligamento; para as
indústrias de petróleo e gás natural.
Esta não é aplicável aos aspectos de projeto e construção de unidades offshore
móveis que caem sob a jurisdição da Organização Marítima Internacional e não se destina
a ser usado como parte dos critérios de certificação, e nenhuma anomalia na gestão dos
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riscos deve ser inferida a esta se alguma das ferramentas e técnicas abrangidas não sejam
aplicadas a uma instalação.
3.15 INSPEÇÕES
A unidade marítima quando de sua movimentação entre as bacias onde realizam
suas operações aos portos do país bem como mencionado anteriormente para renovação de
certificados passa por inúmeras inspeções por instituições, inspeções essas avaliando em
grande parte das vezes legislações e normas referentes à segurança, meio-ambiente e
saúde, algumas elas agendadas ou surpresas. Mediante ao mencionado, o sistema de
gerenciamento diminui a exposição às multas e em piores casos até a retenção da
embarcação até resolução da anomalia.
3.15.1 SOCIEDADE CLASSIFICADORA
As Sociedades Classificadoras são entidades internacionais independentes de
armadores, operadores ou governos, geralmente com vários anos de fundação, que
desenvolvem regulamentos, procedimentos e métodos para dimensionamento, arranjos e
manutenção de estruturas/equipamentos marítimos objetivando a segurança das pessoas
que estão a bordo bem como das instalações e processos, além de fiscalizar a
implementação de suas normas.
As Sociedades Classificadoras são também em geral representantes oficiais dos
Governos das Bandeiras para emissão de certificados estatutários e na execução das
vistorias correspondentes. Governo da Bandeira é o governo do país onde o navio é
registrado.
Os regulamentos das Sociedades Classificadoras são atualizados permanentemente,
em consonância com as Convenções Marítimas Internacionais vigentes.
As principais Sociedades Classificadoras em operação no Brasil, reconhecidas pela
Diretoria de Portos e Costas são as seguintes:
1760 - Lloyd’s Register of Shipping – Inglesa;
1821 - Registro Italiano Navele – Italiana;
1828 - Bureau Veritas – Francesa;
1862 - American Bureau of Shipping – Americana;
1864 - Det Norske Veritas – Norueguesa;
1867 - Germanisher Lloyd – Alemã;
1899 - Nipon Kaiji Kiokay – Japonesa;
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4 DEFINIÇÕES PERTINENTES
Incidente Crítico (ou quase-acidente): É qualquer evento ou fato negativo
com potencialidade para provocar danos. Também chamados quase-acidentes,
caracterizam uma situação em que não há danos macroscópicos ou visíveis. Dentro dos
incidentes críticos, estabelece-se uma hierarquização na qual basear-se-ão as ações
prioritárias de controle. Na escala hierárquica, receberão prioridade aqueles incidentes
críticos que, por sua ocorrência, possam afetar a integridade física dos recursos humanos
do sistema de produção.
Perigo: Uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário
para causar danos como: lesões pessoais, danos a equipamentos e instalações, danos ao
meio-ambiente, perda de material em processo ou redução da capacidade de produção. A
existência do período implica na possibilidade de existência de efeitos adversos.
Risco: É uma função da natureza do perigo bem como da probabilidade de
possíveis danos dentro de um período específico de tempo ou número de ciclos
operacionais ocorrerem. Em suma, é o resultado medido do efeito potencial do perigo
(magnitude da exposição) e a probabilidade de ocorrência deste perigo. Pode também ser
indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano em valores monetários,
vidas ou unidades operacionais, obtendo assim suas consequências.
Dano: É a gravidade da perda, seja ela humana, material, ambiental ou
financeira, que pode ocorrer caso não se tenha controle sobre um risco. O risco
(possibilidade) e o perigo (exposição) podem manter-se inalterados e mesmo assim existir
diferença na gravidade do dano
Causa: É a origem de caráter humano ou material relacionada com o evento
catastrófico (acidente ou falta) resultante da materialização de um risco, provocando danos;
Perda: É o prejuízo sofrido por uma organização sem garantia de
ressarcimento através de seguros ou por outros meios;
Sinistro: É o prejuízo sofrido por uma organização, com garantia de
ressarcimento através de seguros ou por outros meios;
Segurança: É a situação em que haja isenção de riscos. Como a eliminação
completa de todos os riscos é praticamente impossível, a segurança passa a ser um
compromisso acerca de uma relativa proteção da exposição a riscos. É o antônimo de
perigo;
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à British Petroleum até setembro de 2013. Em setembro de 2009 perfurou o poço petroleiro
mais profundo da história. A sonda estava na fase final da perfuração de um poço no
Canion do Mississippi bloco 252 no Golfo do México, quando o último revestimento havia
sido cimentado com pasta nitrogenada, uma solução não convencional oferecida pela
empresa terceirizada Halliburton. Este é um processo delicado, pois há possibilidade de os
fluidos do poço serem libertos descontroladamente. A 20 de abril de 2010 aconteceu uma
explosão na torre, e esta incendiou-se. Morreram onze pessoas em consequência deste
acidente, sete trabalhadores foram evacuados para a estação aérea naval em Nova
Orleans e levados para o hospital. Barcos de apoio lançaram água à torre numa infrutífera
tentativa de extinguir as chamas. Deepwater Horizon afundou-se a 22 de abril de 2010, em
águas de aproximadamente 1500 metros de profundidade, e os seus restos foram
encontrados no leito marinho a aproximadamente 400 metros a noroeste do poço. O
derrame de petróleo resultante prejudicou o habitat de centenas de espécies de aves.
Um rebocador da empresa Norskan, do grupo Dof Brasil, pegou fogo durante a
noite de quarta-feira 19 de agosto de 2015, a 74 milhas da costa de Macaé, no interior do
Rio. As chamas começaram por volta das 19h30 na praça de máquinas e se alastrou.
Dezesseis tripulantes que estavam a bordo foram resgatados por embarcações próximas e
por equipes da Capitania dos Portos.
Uma Oficial da Marinha Mercante de 23 anos teve na tarde de 12 de Setembro de
2017 sua morte cerebral declarada pelos médicos do Hospital Santa Maria Madalena, na
Ilha do Governador. A Oficial foi levada para o hospital no sábado depois de ser atingida
por um violento jato de água durante um teste com o canhão usado no combate a incêndio
no interior do navio rebocador Astro Tamoio, da empresa offshore Astromarítima de
Navegação, que presta serviços à Petrobras. Três outros oficiais da Marinha Mercante
também foram atingidos e ficaram feridos.
Um trabalhador caiu da embarcação no mar da Bacia de Campos na tarde de 18 de
Dezembro de 2017. Ele caiu da embarcação "Mar Limpo III" da empresa Bravante, a 129
quilômetros de Macaé, no litoral do Rio. A Marinha realizou buscas pelo homem com um
navio-patrulha, uma aeronave e ainda com navios de apoio da Petrobras e de uma aeronave
da Força Aérea Brasileira durante a semana do ocorrido, sem sucesso.
O que temos em comum em tais acidentes? Gerenciamento de Risco deficiente,
falta de procedimentos padrões para realizações de tarefas rotineiras ou de testes. Já foram
63
CNAE Total
Tabela 5: Motivo dos Acidentes de Trabalho TOTAL/CNAE (COM CAT). Fonte: Própria.
A tabela 6 logo abaixo demonstra os acidentes sem CAT Registrada para o CNAE
5030.
e objetivos do mesmo, as restrições sob as quais irá operar, além dos limites que podem
representar sucesso ou falha. O bom conhecimento do sistema em que se atua é o primeiro
passo para o sucesso na aplicação de qualquer técnica, seja ela de identificação de perigos,
análise ou avaliação de riscos.
De acordo com DE CICCO e FANTAZZINI (1994), um procedimento proposto
para o preenchimento das várias colunas é o seguinte:
a) Dividir o sistema em subsistemas que podem ser efetivamente controlados;
b) Traçar diagramas de blocos funcionais do sistema e subsistemas, para determinar
os inter-relacionamentos existentes;
c) Preparar um cheklist dos componentes de cada subsistema e sua função
específica;
d) Determinar através da análise de projetos e diagramas, os modos possíveis de
falha que possam afetar outros componentes. Os modos básicos de falha devem ser
agrupados em quatro categorias:
I- falha em operar no instante prescrito;
II- falha em cessar de operar no instante prescrito;
III- operação prematura;
IV- falha em operação;
e) Indicar os efeitos de cada falha sobre outros componentes e como esta afeta a
operação do mesmo;
f) Estimar a gravidade de cada falha específica de acordo com as categorias de
risco, conforme a tabela 7, para possibilitar a priorização de alternativas;
g) Indicar os métodos usados para detecção de cada falha específica;
h) Formular possíveis ações de compensação e reparos que podem ser adotadas
para eliminar ou controlar cada falha específica e seus efeitos;
i) Determinar as probabilidades de ocorrência de cada falha específica para
possibilitar a análise quantitativa;
Como descrito, a FMEA analisa de forma geral os modos de falha de um produto.
Porém, em um produto podem existir certos componentes ou conjunto deles que sejam
especificamente críticos para a missão a que se destina o produto ou para a segurança do
operador. Portanto, de acordo com HAMMER (1993), a estes componentes críticos devem
ser dadas especial atenção, sendo mais completamente analisados do que outros. A análise,
similar a FMEA, que se preocupa com a análise detalhada destes componentes críticos é
87
Efeitos no Efeito na
Modo de Causa da Detecção componente Operação do Comentários
Componente
Falha Falha da Falha e outros DP/Posição
subsistemas Mantida
Redução na
Parada Mecânica: potência
Brusca no Pistão; disponível no
Gerador Gerador ao Válvulas; Parada no DP;
Principal atingir Eixo Alarme Gerador
Setpoint de Cames; afetado Sistema de
Segurança. Mancais, Gerenciamento
(Shutdown) etc. de Carga reduz
carga.
ocorrer nos parâmetros de funcionamento. Para cada linha analisada são aplicadas a série
de palavras-guias, identificando os desvios que podem ocorrer caso a condição proposta
pela palavra-guia ocorra.
A tabela 11. Apresenta uma série de palavras-guias utilizadas e os possíveis desvios
gerados.
PALAVRAS-GUIA DESVIO
NENHUM Ausência de fluxo ou fluxo reverso
Mais, em relação a um parâmetro
MAIS físico importante (Ex. mais vazão, maior
temperatura, mais pressão, etc.
Menos, em relação a um parâmetro
MENOS físico importante (Ex. menos vazão,
temperatura menor, menos pressão)
Alguns componentes em maior ou
MUDANÇAS NA COMPOSIÇÃO menor proporção, ou ainda, um componente
faltando.
Componentes a mais em relação aos
COMPONENTES A MAIS que deveriam existir (Ex. fase extra presente,
impurezas, etc.
Partida, parada, funcionamento em
OUTRA CONDIÇÃO
carga reduzida, modo alternativo de operação,
OPERACIONAL
manutenção, mudança de catalizador, etc.
Tabela 11 – Palavras-guias do estudo HAZOP e respectivos desvios
Fonte: KLETZ (1984)
90
indicam o relacionamento casual entre eventos dos níveis inferiores que levam ao evento
topo. As combinações sequenciais destes eventos formam os diversos ramos da árvore.
De acordo com DE CICCO e FANTAZZINI (1994) a estrutura básica de
construção de uma árvore de falhas pode ser sintetizada conforme a figura 15.
Lições Aprendidas.
Há uma série de padrões para os quais uma FMEA pode ser realizada. O uso de
normas é importante para que a FMEA seja aceita por todas as partes interessadas.
Portanto, é essencial garantir que o escopo e os critérios da FMEA estejam bem definidos
antes da FMEA ser realizada.
O Gerente apropriado indicará a Equipe de FMEA. Esta deverá incluir pelo menos
um analista especialista na utilização de FMEAs plenamente familiarizado na arquitetura e
operação dos equipamentos, sistemas ou dos processos a serem analisados.
A Empresa Armadora deverá usar principalmente consultores/contratados externos
para a realização da FMEA e esses deverão ser indicados pelo Gerente apropriado em
consulta com o Gerente de Engenharia ou Área Técnica.
10.2.2.4 IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E ESTUDOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
Cada projeto ou grande operação do Grupo deverá estar sujeito a um estudo de
análise de riscos detalhada (HAZID, HAZOP ou HIRA) antes do início das operações, com
o objetivo geral de identificar todos os perigos e riscos decorrentes do escopo de trabalho,
assegurando que estes estejam adequadamente controlados e os riscos associados reduzidos
ao ALARP.
A qualificação do risco durante cada estudo será realizada utilizando-se a Matriz de
Risco do Grupo.
10.3 GESTÃO DE RISCOS - OPERAÇÕES
Ao longo de todas as atividades operacionais, o Grupo deverá utilizar um meio
principal de identificação de riscos, processo de avaliação e gestão de risco para garantir
que os perigos e riscos sejam identificados e riscos associados avaliados e gerenciados para
que estejam tão baixos quanto possível (ALARP) durante todo o ciclo de vida operacional.
Os métodos propostos para o Grupo que Administra tais Embarcações de Apoio
para a gestão de riscos nas operações incluem os seguintes:
Avaliação de risco do projeto como referenciado no item 10.2;
Avaliação de riscos no local;
Observação;
Reuniões pré-trabalho ou pré-operacionais;
Gestão do processo de mudança;
Revisões e avaliações sobre a HAZOP operacional.
A extensão e a profundidade com que essas avaliações deverão ser realizadas
variam com os riscos decorrentes da operação. Muitas tarefas serão cobertas por
104
11 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
11.1 ASPECTOS GERAIS
O Gerenciamento de Risco é uma ciência que permite ao homem conviver de
maneira mais segura com os riscos a que estamos expostos. Tem a função de proteger os
seres humanos, seus recursos materiais e o meio ambiente. Em uma organização um
programa de gerenciamento de risco tem o objetivo de identificar, analisar e avaliar os
riscos existentes e assim decidir como esses serão tratados. O objetivo é descobrir o nível
de vulnerabilidade da organização ou processos produtivos para que seja elaborado um
plano de ação que atue nos seus pontos mais críticos.
Observou-se que área marítima para apoio as unidades da indústria de petróleo e
gás possuem forte consciência no que tange à segurança, meio-ambiente e saúde, com
legislação bem restritiva e controles periódicos através da autoridade marítima e as
sociedades classificadoras.
Constatou-se que a consciência preventiva é, no entanto, o primeiro passo para a
redução de perdas, sejam elas físicas, morais ou financeiras e, por si só já trazem resultados
satisfatórios. Aliando esta conscientização às técnicas específicas de gerenciamento de
riscos apresentadas e modelos de análise, seleção e otimização, o resultado é uma fonte de
geração de alternativas de aperfeiçoamentos e maior competitividade para a organização.
11.2 OBJETIVOS DE PESQUISA
O trabalho apresentado possuía com objetivo principal de pesquisa, presentar as
principais ferramentas de Gerenciamento de Riscos hoje disponíveis, colocando de forma
objetiva suas principais características e forma de implementá-las. Demonstrou-se nesse
trabalho várias das ferramentas aplicadas em outros tipos de indústrias que podem
facilmente serem aplicadas nas unidades de apoio diminuindo assim os incidentes e
acidentes com perdas muitas das vezes irreparáveis, já que o perigo inerente às atividades
offshore possuem sempre uma grande magnitude.
De forma secundária e não menos importante o trabalho desenvolvido observou as
práticas de Gestão dos Riscos inerentes à Segurança, Meio Ambiente e Saúde a bordo de
Unidades para apoio a Indústria de Petróleo e Gás.
Este também traçou as ações a serem desenvolvidas pelo pessoal de terra, desde a
disponibilização de recursos, treinamentos, informações para que o sistema de Gestão de
Riscos seja eficaz.
109
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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riscos e na seleção de alternativas de investimentos em segurança. Dissertação de
Mestrado, UFSC. Florianópolis, 1996
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Aula do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Florianópolis: FEESC, 1994.
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de Vigilância Sanitária, cria a Agência. Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras
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113