Você está na página 1de 73

DEMO : Purchase from www.A-PDF.

com to remove the watermark

Principais Aspectos da
Sexualidade Infantil

a. A função sexual começa logo após o


nascimento;
b. O período de desenvolvimento até a
sexualidade adulta é complexa, onde as
funções de reprodução e de obtenção de
prazer podem estar associadas tanto no
homem como na mulher;
c. A libido é “a energia dos instintos sexuais
e só deles”. Bock (1999) Graciliano Martins 74
Libido

É a manifestação da vida psíquica na pulsão


sexual. É uma força que exige um trabalho.
E não é um instinto porque somos habitados
pela linguagem.

Depois de 1914 Freud pensou o narcisismo


a partir da libido do eu e da libido objetal.
Garcia Rosa, 2005
Graciliano Martins 75
Desenvolvimento Psicossexual

No início da vida a função sexual é ligada


a sobrevivência.

1. Fase oral
2. Fase anal
3. Fase fálica
4. Período de Latência
5. Fase genital
Bock (1999)
Graciliano Martins 76
Complexo de Édipo

Freud, 1901, “Um tipo especial de escolha de objeto


feita pelos homens” (Vol. XI).

O Complexo de Édipo desempenha um papel


fundamental nas estrutura clínicas. Porque a
constituição do sujeito dependerá de como
este sujeito passou e saiu deste complexo.
Exprime a situação da criança no triângulo
MÃE-PAI-FILHO. Graciliano Martins 77
Complexo de Édipo
O menino que ama sua mãe, vê o pai como
rival, odiando-o.
O Édipo designa o conjunto das relações da
criança com as figuras parentais que
constituem uma rede de representações
inconscientes e afetos que vão direcionar a
forma de amar de cada sujeito.
O Édipo tem relação com outro complexo, o
de castração. Graciliano Martins 78
Complexo de Castração
Freud, 1923, “Organização genital infantil”.

Este complexo tem sua eficácia na


intervenção de uma instância interditadora,
proibição e incesto. E forma como o sujeito
se relaciona com este complexo se dá
diferente no menino e na menina.
Para ambos os sexos o que está em jogo
apenas um órgão genital, o falo. Isto porque.
Sendo menino ou menina, se estrutura
sempre se colocando como aquele que é ou
não o falo ou como aquele que tem ou não.Graciliano Martins 79
O Édipo do Menino
Freud, 1923, “Organização genital infantil”.

• Inicialmente o menino acredita que todos


portam um órgão sexual igual ao seu.
Sensível, inclina-se a mudanças e ricas
sensações;
• Descobre que a posse não é comum a todos;
• Depois acredita que o da menina ainda vai crescer;
• Ameaçado pelos pais, pensa que pode perdê-lo e
aceita essa explicação para as meninas, temendo
que lhe ocorra o mesmo. Graciliano Martins 80
Complexo de Édipo
No decorrer das fases sucedem-se vários
processos e ocorrências, destacando-se o
Édipo.
1. Ocorre entre os 2 e 5 anos;
2. Estrutura-se a personalidade;
3. A mãe é objeto de desejo do menino e o pai
é o rival;
4. Ele procura assemelhar-se ao pai para “ter”
a mãe escolhendo-o como modelo de
comportamento, internalizando as normas;
5. Desiste da mãe temendo perder o pai.
Bock (1999)
Graciliano Martins 81
Complexo de Édipo
Com as meninas são invertidas as figuras de
desejo e de identificação.

1. Ocorre entre os 2 e 5 anos;


2. Estrutura-se a personalidade;
3. O pai é objeto de desejo da menina e a
mãe é a rival;
4. Ela procura assemelhar-se a mãe para
“ter” o pai escolhendo-a como modelo de
comportamento, internalizando as
normas;
5. Desiste do pai temendo perder a mãe.
Bock (1999)
Graciliano Martins 82
Desenvolvimento Psicossexual

Fase Oral – Do Nascimento ao 2º Ano

Significação para o
Fonte do Prazer
Desenvolvimento

Base para dependência do


outro.
Prazer labial –
Fator de identificação,
sugar, comer,
aquisição de
morder...
conhecimento, posses,
crenças.
Pfromm Neto
Graciliano Martins (1979) 83
Fase Anal – 2º Ano
Fonte do Significação para o
Prazer Desenvolvimento
Prazer O modo pelo qual os pais
decorrente do criam os hábitos de excreção
controle dos conduz a criatividade e a
músculos, produtividade.
percebidos a • Caráter retentivo anal –
partir da obstinado, avarento,
expulsão e compulsivo
retenção do • Caráter expulsivo anal –
bolo fecal, cruel, destrutivo,
higiene e etc. desordenado Pfromm Neto (1979)
Graciliano Martins 84
Fase Fálica – 3º ao 5º Ano

Significação para o
Fonte do Prazer
Desenvolvimento
Prazer derivado
da estimulção A identificação com pais
genital e das emergem à medida que o
fantasias. (zona édipo é resolvido.
de erotização é Desenvolve-se o superego,
o órgão sexual). a relação com as normas,
Complexo de identidade sexual
Édipo.
Pfromm Neto
Graciliano Martins(1979) 85
Fase Latência – 6º ao 12º Ano

Significação para o
Fonte do Prazer
Desenvolvimento
Com a repressão dos
interesses sexuais, o
prazer deriva do mundo
Desenvolvimento
externo, da curiosidade,
de habilidades para
do conhecimento...
se ajustar ao
(se prolonga até a
ambiente social.
puberdade com
diminuição das
atividades sexuais) Pfromm Neto
Graciliano Martins(1979) 86
Fase Genital – 12º

Significação para o
Fonte do Prazer
Desenvolvimento
O prazer é associado ao O amor narcísico
outro, do sexo oposto. do período pré-
Ou seja, objeto de genital se converte
erotização ou de desejo em amor a outrem
não está mais no e inclui motivos
próprio corpo, mas em altruístas.
um objeto externo ao Independência dos
indivíduo - o outro. pais.
Pfromm Neto
Graciliano Martins(1979) 87
Fases Sexuais

1. Auto-Erotismo:A criança sente prazer com


o seu corpo. Nesta faze chupa dedo, os pés
e etc.
2. Narcisismo:Surge o eu na fase anterior
(em pedaços) e agora há o eu por inteiro.
No narcisismo a criança começa falar: papai
é meu, brinquedo é meu... Libido narcísica.
3. Escolha objetal: libido objetal Graciliano Martins 88
Fases Sexuais

Desenvolvimento da Libido
1. Auto-erotismo: não há consciência do eu
2. Narcisismo: há consciência do eu
3. Hétero-erotismo: há consciência do eu e
do outro
Graciliano Martins 89
1. Auto-Erotismo

A criança sente prazer com o seu corpo:


(Chupar ou Xuxar) Segue pela faze latente
e muitos seguem por toda vida.
Masturbação: Neste caso não há o genital.
É um auto-erotismo corporal porque não há
desejo nesta fase pelo ato sexual.
Graciliano Martins 90
2. Narcisismo

“O termo narcisismo deriva da descrição


clínica e foi escolhido por Paul Näcke em
1899 para denotar a atitude de uma pessoa
que trata seu próprio corpo, da mesma
forma pela qual o corpo de um objeto sexual
é comumente tratado — que o contempla,
vale dizer, o afaga e o acaricia até obter
satisfação completa através dessas
atividades.”
FREUD, 1996 91
Conceituação sobre o Narcisismo
Mesmo não sendo uma teoria, o estudo do
narcisismo contribuiu para ampliar o
entendimento psicanalítico.
Muitos autores entraram em divergencia
sobre o tema o que permitiu o
aprofundamento do tema.
Hoje é aceito que “onde houver narciso,
édipo deve estar” Zimerman (1999)
Graciliano Martins 92
1. Quando toda libido se concentra em si,
surge o psicótico. A psicose não percebe
a realidade porque só percebe a si.
2. Quando a libido é projetada para o outro,
surge a neurose. O neurótico se anula
para pensar no outro.
93
Quando o objeto de escolha desaparece, a
libido retorna para si e a solução é a
transferência.
• Luto: Transferência da libido para as artes,
religião, esportes e etc.
• Adolescência: vivências, o corpo, os pais da
infância, entre outros. 94
Narcisismo na Libido
Nem tudo é sexual.

Freud explicou a partir dos “Três ensaios


das neuroses”.

1. Neuroses atuais: sintomas somáticos,


angústia...

2. Neuroses de transferência: hipocondria,


histeria, obsessão.

3. Neuroses Graciliano Martins 95


O sujeito que fica preso ao objeto perdido não
faz o luto, não está saudável. (melancolia)
As perguntas:
• O que ela tem que eu não tenho? Inveja
(castração).
• O que ela faz que eu não faço? Culpa
Nestes casos não houve o luto e o sujeito vai
continuar projetando sua libido no passado. 96
3. Escolha Objetal

Nessa fase a libido é transferida para


alguém, mas é narcísica porque o objeto
passa a fazer parte do eu.
Como a mãe é o que a criança mais deseja,
a mãe se torna na primeira escolha objetal.
(O objeto é sempre uma pessoa)
Graciliano Martins 97
Graciliano Martins 98
1. Escolha Narcísica

1. Escolho alguém como eu sou: homossexual


2. Como eu gostaria de Ser: ídolo
3. Como eu fui: idoso que casa com jovem
4. Como parte que perdi: pai, mãe, cônjuge...

Graciliano Martins 99
2. Escolha Anaclítica
Apoio

1. Imagem do sujeito que protege: Protegido

2. Imagem do sujeito que cuida: Cuidado

Graciliano Martins 100


Mecanismos de Defesa
Processos realizados pelo ego

a. Resistência – Força psíquica que dificulta


tornar-se consciente um pensamento.
b. Negação – o indivíduo nega situações
dolorosas e incômodas.
c. Formação reativa – É uma atitude oposta a
um desejo. Como exemplo, a troca da
rejeição pela super-proteção.
Graciliano Martins 101
d. Racionalização – encontra bons motivos
para uma situação que exige explicação.
Mentira inconsciente que se põe no lugar do
que se reprimiu.
e. Fantasia - o sujeito concebe uma situação
imaginária que satisfaz um desejo que na
vida real não pode ser satisfeito.
f. Repressão – processo psíquico que encobre
ou faz desaparecer da consciência algo
aceito como insuportável ou doloroso que
se encontra na origem do sintoma. (daí
pode surgir o recalque). Graciliano Martins 102
g. Recalque – É a supressão de uma parte da
realidade. É o mais radical dos mecanismos
de defesa.
h. Sublimação – canaliza os impulsos libidinais
para uma atitude socialmente útil e/ou
aceitável.
i. Projeção – o ego não admite reconhecer um
impulso inaceitável do ID e o transfere para
outra pessoa ou objeto.
Graciliano Martins 103
Transferência

Nos Artigos sobre a técnica (1911 – 1915 [1914]),


Freud descreve a respeito do conceito de
transferência a partir de três enfoques:

1. Transferência como repetição


2. Transferência como resistência
3. Transferência como condição fundamental
de análise Graciliano Martins 104
a) Transferência como Repetição

O objetivo de Freud ao tratar da neurose, era


levar o paciente lembrar o conteúdo
recalcado, mas com o caso Dora ele percebe
algo novo, a repetição.
Esta aparecia como um impedimento à reminiscência,
sendo vista, portanto, como resistência ao trabalho
analítico.
Graciliano Martins 105
b) Transferência como Resistência

Compõe-se de reações anteriores, inclusive infantis,


formada por impulsos libidinais Ics. O amor de
transferência ao analista é genuíno, mas quanto
maior for a resistência, tanto mais o paciente
repetirá ao invés de recordar. Isto é, repetirá tais
experiências como forma de resistência. E desse
modo, o que se transfere para o analista é a
realidade psíquica do paciente, formada por desejos
Ics Graciliano Martins 106
b) Transferência como Resistência

Amor narcísico – é a paixão que busca no outro o


que falta. Ou seja, o que sente não é pelo outro, o
que sente é o que deseja para atender a falta.
Sintonia: gozo, ocorre em si.
Amor altruísta – é o amor sem paixão que se
expressa pelo desejo de dar ao outro o que possui.
Distonia: prazer, ocorre nas diferenças do outro.
Graciliano Martins 107
c) Transferência como Condição Fundamental de
Análise

Refere-se a forma como o manejo


transferencial acontecerá. Ou seja, os vínculos
afetivos são primordiais para que aja a análise.
A análise deve ser cordial, mas deve manter a
neutralidade, parcialidade e sobretudo deve saber
acolher a demanda do paciente. Deve haver o
desejo de que a análise aconteça.
Graciliano Martins 108
c) Transferência como Condição Fundamental de
Análise

O analista não deve responder a essa demanda de


amor, mas não deve se afastar do paciente tendo
sempre em vista a solução para o sofrimento dele.
A possibilidade de acolhê-lo acontece sobre um olhar
repleto de amor confidencial, mas sobretudo,
transferencial.

Graciliano Martins 109


Sintoma ou demanda

É o modo como o paciente anuncia o seu


sofrimento. É a teoria formulada pelo
analisando para compreender o seu mal-
estar.
Não há sofrimento na análise sem que o
sujeito se pergunte porque está sofrendo.
Graciliano Martins 110
Sintoma ou demanda

A análise é um acontecimento doloroso com


manifestações penosas. Ela é tanto dor
quanto alívio, tanto sofrimento para o eu
quanto alívio para o inconsciente.
Finalmente, trata-se de uma experiência
analítica em que o analista passa a fazer
parte do sintoma. Graciliano Martins 111
Sintoma ou demanda

Os exemplos abaixo ilustram o ato analítico:


• Paciente em análise declara: “Desde que
comecei vir aqui, tenho a impressão de que
tudo que acontece comigo está relacionado
com o trabalho que estou fazendo com
você”.
• A mulher grávida em análise: “Eu
engravidei, mas tenho certeza de que minha
gravidez está diretamente ligada a minha
análise, mas especificamente a figura da
minha analista” Graciliano Martins 112
113
Sintoma ou demanda

O fato do analista fazer parte do sintoma


significa que ele está no lugar do sintoma.
Daí a expressão lacaniana “sujeito-suposto-
saber”, significa que o analista ocupa
inicialmente o lugar do destinatário do
sintoma e depois, mais adiante, o lugar
correspondente ao da causa dele.
Graciliano Martins 114
sujeito-suposto-saber

Para o analisando, a questão não é supor que


o analista sabe, mas supor que ele se
encontra na origem do seu sofrimento ou de
qualquer acontecimento inesperado. Desse
modo, quando o paciente sofre, ou quando
diante de um acontecimento inesperado,
lembra-se do seu analista.
Graciliano Martins 115
sujeito-suposto-saber

Ou seja, significa remeter a si próprio a ideia


de que diante do sofrimento, seu analista é
uma das causas de seu sofrimento.
No entanto, o sujeito supõe que o analista é
aquele que sabe a verdadeira causa de sua
dor, acredita nele e busca com a certeza de
que vai encontrar um alívio apaziguador.
Graciliano Martins 116
Reflexão

"Tenho que ter paciência para não me


.
perder dentro de mim: vivo me perdendo
de vista. Preciso de paciência porque sou
vários caminhos, inclusive o fatal beco-
sem-saída"

Clarice Lispector, in Um Sopro de Vida


Graciliano Martins 117
Do gego Topos = lugar.
Freud entendeu como insuficiente, as
explicações anteriores para explicar as
queixas de suas pacientes.
Daí propôs a divisão da mente em diferentes
lugares: Consciente, Pré-consciente e
Incosciente.
O paradigma técnico passou a ser: “tornar
consciente o que estiver no incosciente”.
Zimerman (1999)
Graciliano Martins 118
A Estrutura do Aparelho Psíquico
Primeira Teoria
1900
1. Consciente - Recebe informações do
mundo interior e do mundo exterior.

2. Pré-Consciente – Conteúdos
acessíveis ao consciente.

3. Inconsciente - Conteúdos
reprimidos
Graciliano Martins 119
2. Teoria Topográfica

A partir do fracasso com a análise de “Dora”,


1901, as técnicas psicanalíticas foram
transformadas.
• Abandonou a hipnose.
• Abandonou a busca
de solução na clínica.
• O analista saiu do
lugar de investigador
para o de acolhedor
do paciente.
Graciliano Martins 120
Transferência

• O fenômeno da
“transferência” objetiva
emancipar o paciente de
sua dependência infantil
ajudando-o assumir um
papel mais adulto.
• O paciente passou a
tomar a iniciativa.
Graciliano Martins 121
Freud percebeu que a teoria topográfica era
estática para o entendimento psíquico.
A mente tem diferentes demandas, funções
e proibições, quer provindas do consciente
ou do inconsciente, interagiam de forma
permanente e sistemática entre si e com a
realidade externa.
Zimerman (1999)
Graciliano Martins 122
Segunda Teoria
1920 e 1923

1. Id  Regido pelo princípio do prazer,


pulsão de vida e de morte.

2. Superego  Origina-se com o Édipo


internalizando as normas.

3. Ego  Estabelece equilíbrio entre o Id e o


Superego. Funções básicas: percepção,
memória, sentimentos e pensamentos.
Graciliano Martins 123
Teoria Estrutural

Em 1923 Freud entendeu a estrutura


tripartide:

a. Id com as pulsões
b. Ego com um conjunto de funções e
representações
c. Superego com ameaças, castigos e etc.

Zimerman (1999)
Graciliano Martins 124
O Aparelho Psíquico

Aparelho Psíquico se compreende por


organização mental dividida em sistemas, ou
em instâncias psíquicas, com funções
específicas e interligadas entre si.

Graciliano Martins 125


Teoria Estrutural

A afirmação técnica foi reformulada


como: “Onde houver id (e superego), o
ego deve estar”.

Zimerman (1999)
Graciliano Martins 126
a. Topografia Y - lugares psíquicos

b. Dinâmica Y - conflito das forças psíquicas

c. Economia Y – intensidades das forças


Funcionamento do
Aparelho Psíquico

 O funcionamento psíquico é compreendido a


partir de três pontos de vista: o econômico
(existe energia que alimenta os processos
psíquicos; o tópico (sistemas com funções
específicas, lugar psíquico); dinâmico há
forças em conflito nos processos psíquicos).
A origem dessas forças é a pulsão.
Graciliano Martins 128
O Aparelho Psíquico

O aparelho psíquico
é concebido sobre o
modelo de um
aparelho reflexo, do
Realidade Psíquica

qual uma
extremidade percebe
os estímulos internos
ou externos,
encontrando sua
resolução na outra
extremidade, a
motora. Graciliano Martins 129
Teorias

1. Consciente  Ego*

2. Pré-Consciente  Superego

3. Inconsciente  Id
* Estruturas Topográfica e Estrutural
Graciliano Martins 130
Graciliano Martins 131
O APARELHO PSÍQUICO

132
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE

 ID – Constituído por conteúdos reprimidos.


Voltado para satisfazer tais necessidades,
busca o prazer imediato, não tolera
frustrações, não mede conseqüências dos
atos para se satisfazer. (Amoral)
 EGO – Intermediário entre o ID e o mundo
externo, controla os impulsos e decide a
melhor maneira de agir. (Razão)
 SUPEREGO – Classifica moralmente o Certo
e o errado a partir das regras sociais que
reprimem e censuram os impulsos do ID
Graciliano Martins 133
Ego

O ego é um termo
empregado na
filosofia e na
psicologia para
designar a pessoa
humana como
consciente de si
e objeto do
pensamento.
Graciliano Martins 134
Superego
O seu papel é assimilável ao de um juiz ou de
um censor relativamente ao ego.
Freud vê na consciência moral, na auto-
observação, na formação de ideais, a funções
do superego.
A transmissão dos
valores e das tradições
perpetua-se, dessa
maneira, por
intermédio dos
superegos, de uma
geração para outra. Graciliano Martins 135
Inconsciente
Constituído por conteúdos recalcados aos
quais foi recusado o acesso ao sistema.

Os seus “conteúdos” são “representantes”


das pulsões.

São, mais especialmente, desejos da


infância que conhecem uma fixação no
inconsciente.

Graciliano Martins 136


Desenvolvimento Posterior a Freud

A partir de 1906 Freud se reunia com


Abraham, Ferenczi, Rank, Steckel, Sachs,
Jung e Adler. O Grupo passou a ser
chamado de “Sociedade Psicológica das
Quartas-Feiras”

Zimerman (1999)
Graciliano Martins 137
Desenvolvimento Posterior a Freud

Em Selzburgo, 1908, houve o “1º Congresso


Psicoanalítico Internacional” com 48
participantes.
Em Nuremberg, 1910, durante o “2º
Congresso Internacional” com 60
participantes, foi criada a IPA “Associação
Internacional de Psicanálise”. Por sugestão de
Freud, foi presidida por Jung.
Zimerman (1999)
Graciliano Martins 138
Desenvolvimento Posterior a Freud

Em 1914 houve a discidência de Adler,


Steckel e Jung.
Depois foi criado o “Comitê” sob juramento
de lealdade adotando o modelo de uma
sociedade secreta que lembrava a dos
paladino de Carlos Magno.

Zimerman (1999)
Graciliano Martins 139
Desenvolvimento Posterior a Freud

Núcleo pioneiro: Freud, Jones, Abraham,


Ferenczi, Rank, Sachs e Eitington.
Os membros se comprometeram de não
compartilhar os conteúdos da Psicanálise
com pessoas que não pertenciam ao Comitê.
Freud ofereceu uma insígnia grega. E o
grupos tornou-se conhecido como o “Círculo
dos Sete Anéis” Zimerman (1999)
Graciliano Martins 140
Desenvolvimento Posterior a Freud

Após o ano de 1939, coube à sua filha, Anna


Freud, a lierança e a continuidade dos
estudos do seu pai.
Durante a Segunda Guerra o grupo fugiu da
perseguição nazista e espalhou a Psicanálise
pelo mundo.

Zimerman (1999)
Graciliano Martins 141
Desenvolvimento Posterior a Freud

Na década de 20, em Londres, M. Klein


revolucionava com a clínica voltada para
crianças. E com isso fez algumas alterções
nos conceitos defendidos por Freud.
Mas da mesma forma surgiram seguidores e
opositores a Klein, originando novos
entendimentos.
Dela sairam Winnicott e Bion
Zimerman (1999)
Graciliano Martins 142
Desenvolvimento Posterior a Freud

Na mesma época, de Viena, Hartmann migrou


para EUA e criou a “Psicologia do Self”.
Em função do carisma de J. Lacan a
Psicanálise floresceu na França com a então
“Escola Estruturalista”. Ele não aceitou o
pragmatismo americano e propôs o que ele
chamou de um “Retorno a Freud”.
Zimerman (1999)
Graciliano Martins 143
Desenvolvimento Posterior a Freud

Na década de 30 H. S. Sullivan, K. Horney E.


Fromm afirmaram que Freud demosntrava
mais interesse pelas pulsões biológicas,
instintivas (nature) do que aos fatores
socioculturais (nurture). Desligaram-se de
Freude e fundaram o “Culturalismo” com
muita aceitação nos EUA.
Zimerman (1999)
Graciliano Martins 144
Desenvolvimento Posterior a Freud

Com tantas divergências, a Psicanálise


passou por três momentos a saber:

1. Psicanálise ortodoxa
2. Psicanálise Clássica
3. Psicanálise Contemporânea

Zimerman (1999)
Graciliano Martins 145
Faculdade Adventista da Bahia
FA D B A

Graciliano Martins 146

Você também pode gostar