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Daniels
Virginia A. Price, Ph. D.
A ESSÊNCIA DO
Eneagrama
Manual de Autodescoberta e
Teste Definitivo de Personalidade
Prefácio
HELEN PALMER
Tradução
MARCELO BRANDÃO CIPOLLA
EDITORA PENSAMENTO
São Paulo
Título do original: The Essential Enneagram: The Definitive Personality Test and Self-
Discovery Guide.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou
usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive
fotocópias, gravações ou sistema de armazenamento em banco de dados, sem per-
missão por escrito, exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas
ou artigos de revistas.
O primeiro número à esquerda indica a edição, ou reedição, desta obra. A primeira dezena
à direita indica o ano em que esta edição, ou reedição foi publicada.
Edição Ano
2-3-4-5-6-7-8-9-10-11-12 06-07-08-09-10-l 1-12
Agradecimentos • 9
Prefácio de·Helen Palmer • 11
Como Começar • 18
Instruções para o Teste Essencial do Eneagrama • 18
Como Proceder • 2 9
Apresentação das Páginas de Determinação
dos Tipos • 29
15 1
Explicação Detalhada das Páginas de Determinação
dos Tipos • 31
Apresentação das Páginas de Descrição dos Tipos • 34
Explicação Detalhada das Páginas de Descrição
dos Tipos • 36
1 6 1
Princípio II: Os Três Centros de Inteligência • 101
Princípio III: As Três Energias Vitais • 103
Princípio IV: Os Três Expedientes de Sobrevivência:
Os Subtipos de Personalidade • 105
Princípio V: Os Três Níveis de Conhecimento
e Aprendizagem • 107
Fatores de Progresso Pessoal e Profissional:
Os Nove Cs • 109
1 7 1
AGRADECIMENTOS
19 1
Usamos os métodos da tradição oral de Autodescoberta e a
doutrina independente sobre o Eneagrama desenvolvida por He-
len Palmer. A Essência do Eneagrama baseia-se substantivamente
nas idéias e na filosofia de Helen Palmer, por cujo apoio, encora-
jamento e orientação somos profundamente gratos.
1 10 1
PREFÁCIO
1 11 1
tipo de personalidade baseia-se em sete anos de pesquisa com mais
de 900 pessoas.
Na Parte 1, apresentam o teste que usaram em suas pesqui-
sas, um teste simples e fácil, que consiste numa série de curtos pa-
rágrafos. Depois, mostram qual é a probabilidade de o tipo que vo-
cê escolheu ser correto - e nenhum instrumento psicométrico
sério pode fornecer outra coisa senão probabilidades. Por fim, vo-
cê fica sabendo como confirmar a sua escolha e o que fazer caso
as pedras de toque o levem a crer que você não é o tipo que esco-
lheu originalmente.
Quando você já tem certeza de qual é o seu perfil eneagramá-
tico, passa à Parte 2, onde os autores especificam excelentes exer-
cícios diários que você pode praticar para adquirir mais consciên-
cia de como o seu tipo se organiza, dos seus pontos positivos e de
como se libertar dos limites impostos pelo tipo. A Essência do Enea-
grama baseia-se nos princípios de autoconsciência que há muito
tempo venho propondo. É um livro que, com suas descrições apu-
radas e precisas da estrutura e da motivação dos diversos tipos de
pessoas, leva você a saber de que maneira as suas características de
direcionamento da atenção e uso da energia determinam toda a sua
visão de mundo; de que modo você lida com a tensão e a ira; e o
que pode fazer para progredir e receber o apoio das outras pessoas.
Tive o prazer de lecionar com David pela primeira vez em
1988, quando criamos o Enneagram Professional Training, no
qual usávamos o método de painéis de auto-investigação. Duran-
te os nossos anos de colaboração, que já são muitos, pude verifi-
car por várias vezes a sua habilidade clínica, seu grande calor hu-
mano e sua compreensão profunda do comportamento e do
desenvolvimento humanos. É possível que ele seja a personalida-
de de maior destaque, hoje em dia, neste novo campo de estudos
que é o do Eneagrama.
1 12 1
Virginia, do mesmo modo, contribui para esta obra com sua
experiência clínica e sua extraordinária capacidade de discerni-
mento. Há mais de 20 anos que ela criou e desenvolveu, na teo-
ria e na prática, um método para a modificação do comportamen-
to da personalidade de Tipo A. Suas pesquisas e sua experiência,
sua compreensão dos fundamentos teóricos da função-personali-
dade e sua excelente capacidade de escrever propiciaram grandes
contribuições a este campo de estudos.
A parte do livro intitulada "O que Fazer Depois de Descobrir
o Seu Tipo" baseia-se na grande experiência clínica de David e
Virginia e na compreensão que eles têm do ser humano como um
ser em que o interior é mais importante do que o exterior. A apre-
sentação dos métodos genéricos de progresso pessoal e das práti-
cas específicas de cada tipo é excepcionalmente bem-vinda.
Esta obra, há tanto tempo esperada, é imprescindível para
quem quer que se interesse por comunicação humana, pela com-
paixão nos relacionamentos, pela liberdade em relação aos limi-
tes impostos pelos comportamentos repetitivos e, enfim, pela li-
berdade de ser um ser humano no pleno sentido da palavra.
Helen Palmer
Berkeley, Califórnia
1 13 1
-
PARTE 1:
COMO DESCOBRIR O SEU TIPO
O QUE É O ENEAGRAMA?
O Eneagrama é um sistema de personalidade poderoso e di-
nâmico que postula a existência de nove padrões de pensamento,
sentimento e ação, definidos e fundamentalmente diversos entre
si. Cada um dos nove padrões baseia-se numa tendência explíci-
ta de percepção. Essa tendência, ou filtro, determina os objetos
aos quais você presta atenção e o modo pelo qual você dirige o uso
da sua energia. Cada um dos nove padrões é um postulado básico,
uma crença, acerca do que é necessário para a sobrevivência e a
satisfação na vida.
Cada pessoa desenvolveu um dos nove padrões para prote-
ger um aspecto específico do seu ser que parecia ameaçado quan-
do da fase de desenvolvimento da personalidade. Quando você
descobrir o seu tipo de personalidade segundo o Eneagrama, vai
descobrir mais coisas acerca do seu ser integral e original. Vai,
além disso, compreender um pouco melhor quais são as motiva-
ções inconscientes que determinam o seu modo de agir. A desco-
berta do tipo eneagramático também pode ajudar você a inserir
1 15 1
mudanças positivas no seu modo de viver; pode ajudá-lo a mudar
o modo pelo qual você se relaciona consigo mesmo e com as ou-
tras pessoas, bem como dar-lhe uma compreensão mais acurada
das circunstâncias e problemas com os quais você se depara.
1 16 1
Pelo uso de A Essência do Eneagrama segundo as instruções
aqui apresentadas, você poderá descobrir e confirmar o seu tipo
do Eneagrama com um alto grau de confiabilidade. Lembre-se,
porém, que nem o Eneagrama em si nem este livro têm o objeti-
vo de rotular você, mas sim o de ajudá-lo no seu caminho de au-
todescoberta e desenvolvimento pessoal. O conhecimento do seu
tipo de personalidade segundo o Eneagrama lhe dará consciência
dos hábitos de personalidade que o limitam; você poderá, assim,
libertar-se desse hábitos.
1 17 1
cê vai usar para descobrir e começar a confirmar o seu tipo.
Ser-lhe-á útil ler as explicações tanto das páginas de Deter-
minação dos Tipos quanto das de Descrição dos Tipos.
• Vá então às páginas de Determinação dos Tipos associados
ao primeiro parágrafo da sua escolha. Essas páginas o leva-
rão às páginas de Descrição dos Tipos que você deve ler e
lhe darão instruções sobre como confirmar o seu tipo.
• Para confirmar o seu tipo, você pode também reportar-se
ao Resumo dos Fatores de Discriminação entre os Tipos, a
partir da página 76.
• A última etapa do processo consiste em ler "Como Con-
firmar e Comprovar o Seu Tipo", na página 95.
COMO COMEÇAR
Siga as instruções dadas a seguir e complete o Teste Essen-
cial do Eneagrama.
1 18 1
um resumo simples de cada um dos nove tipos do Eneagrama, não
uma descrição detalhada da personalidade de um indivíduo.
1. Leia as descrições e escolha os três parágrafos que mais se
parecem com você.
2. Numere esses parágrafos de 1 a 3: 1 é o parágrafo que mais
se parece com você, 2 é o que se parece em segundo lugar
e 3 é o que se parece em terceiro lugar.
3. É possível que cada um dos nove parágrafos descreva a sua
pessoa de certo modo ou em certa medida, mas escolha os
três que mais se parecem com você.
Para fazer sua escolha, leve em conta cada parágrafo como
um todo; não abstraia as diversas frases do contexto do parágrafo
em que estão. Pergunte-se: "Acaso este parágrafo como um todo
me descreve melhor do que qualquer outro parágrafo?"
Se você tiver dificuldades para escolher os três parágrafos
que mais se parecem com você, imagine qual seria a descrição que
uma pessoa íntima escolheria para descrever você. Como ostra-
ços de personalidade geralmente se destacam mais no início da vi-
da adulta, você também pode se perguntar qual desses parágrafos
é o que melhor descreveria a sua pessoa quando você tinha entre
vinte e trinta anos.
1 19 1
4. Depois de escolher e registrar os três parágrafos, vá à pági-
na 2 7 para saber qual é a correlação entre esses parágrafos
e os tipos do Eneagrama.
1 20 1
nho dificuldade para ignorar ou aceitar as coisas que não são
feitas do jeito certo. Orgulho-me de que, quando sou responsá-
vel por alguma coisa, você pode ter certeza de que ela será bem
feita. Às vezes fico ressentido quando as pessoas não se esfor-
çam para dar o melhor de si ou quando agem de maneira injus-
ta ou irresponsável, embora procure não manifestar-lhes aber-
tamente esse ressentimento. Para mim, em geral o trabalho
vem antes do prazer, e controlo meus desejos por tanto tempo
quanto seja necessário para cumprir minhas tarefas.
1 21 1
frustrante ter tanta consciência das necessidades, e especial-
mente do sofrimento e da infelicidade dos outros, pois não
sou capaz de ajudá-los tanto quanto gostaria. Para mim, é fá-
cil doar-me aos outros. Gostaria às vezes de ter mais facilida-
de de dizer "não", pois acabo investindo mais energia para
cuidar dos outros do que para cuidar de mim mesmo. Fico
magoado quando as pessoas pensam que estou tentando ma-
nipulá-las ou controlá-las, quando na verdade tudo o que
quero é compreendê-las e ajudá-las. Gosto de ser visto como
uma pessoa boa e calorosa, mas quando sou deixado de lado
ou esquecido me torno às vezes muito sentimental e até bas-
tante exigente. Os bons relacionamentos significam muito
para mim, e disponho-me a trabalhar bastante para fazê-los
acontecer.
1 22 1
F. Defino-me corno urna pessoa recolhida e analítica que preci-
sa mais de solidão do que a maioria das outras pessoas. Geral-
mente prefiro observar o que está acontecendo a envolver-me
nos acontecimentos. Não gosto de que as pessoas me sobrecar-
reguem com exigências ou queiram que eu saiba e diga o que
estou sentindo. Para mim, é mais fácil ter acesso aos meus sen-
timentos quando estou sozinho do que quando estou com os
outros, e às vezes gosto mais das minhas experiências passadas
quando me lembro delas do que quando elas realmente acon-
teceram. Quase nunca me sinto entediado quando estou sozi-
nho, pois minha vida mental é muito ativa. Considero impor-
tante proteger o meu tempo e a minha energia; por isso,
procuro levar uma vida simples e descomplicada e ser tão au-
to-suficiente quanto possível.
1 23 1
coisas, tendo a identificar-me com a causa dos fracos e opri-
midos. Quando me comprometo com uma pessoa ou uma
causa, sou extremamente fiel a ela.
1 24 1
de contato emocional me acompanha desde a mais tenra in-
fância e a ausência desse contato já me deixou melancólico e
deprimido. Às vezes fico a pensar por que as outras pessoas
parecem ser mais privilegiadas do que eu - por que têm re-
lacionamentos melhores e uma vida mais feliz. Meu senso es-
tético é altamente refinado e minhas emoções são complexas
e significativas.
1 25 1
IMPORTANTE:
1 26 1
C O R R E L A Ç Ã O ENTRE O S P A R Á G R A F O S E O S T I P O S
Encontre os tipos correspondentes a cada um dos parágrafos
que você escolheu.
A Tipo 8 Página 68
B Tipo 1 Página 40
e Tipo 9 Página 72
D Tipo 2 Página 44
E Tipo 3 Página 48
F Tipo 5 Página 56
G Tipo 6 Página 60
H Tipo 7 Página 64
I Tipo 4 Página 52
1 27 1
A FIGURA DO ENEAGRAMA
Mediador
9
Epicurista 7 2 Doador
1 28 1
COMO PROCEDER
A esta altura, você já fez o Teste Essencial do Eneagrama e
estabeleceu a correlação entre o primeiro, o segundo e o terceiro
parágrafos de sua escolha com os tipos do Eneagrama que eles re-
presentam.
Isso significa que você já está pronto para ler a explicação das
páginas de Determinação e Descrição dos Tipos, cuja leitura é im-
prescindível para a correta determinação tipológica. Essas páginas
de Determinação e Descrição dos Tipos constituem o corpo princi-
pal do manual de tipos de personalidade de A Essência do Eneagra-
ma. Para identificar e confirmar o seu tipo, é essencial que você
compreenda a terminologia e o formato das páginas de Determina-
ção e Descrição dos Tipos.
1 29 1
FIGURA 1 - CONFIGURAÇÃO DA PÁGINA DE
DETERMINAÇÃO DO TIPO
O- Tipo 1: O Perfeccionista Probabilidade dos Tipos
0
/ lkterminação do Tipo Os tipos a serem considerados caso o primeiro parágrafo escolhi-
@
do Jiar n,ci: tenha . ido o do P1..-efcccú.müta
Mediador 66% Pcrfccci,mi ta l
r,omm 9 Romfmric.o4
Pufecdoni>ta
1
8% Cético Fiel 6
7% Doador 2
Doador 5% Mediador 9
EpicuriJta
1 2
Se o parágrafo do Pnícccionista fiii tJ primdrn 4uc vDcê es-
colheu, a probabilidade de este ser o seu verdadeiro tipo é de 66
Cé[ico Fie Reah,aç!or por cento. Leia as páginas d;;: Descrição do Tipo Perfeccionista, a
3 sci:,'llir, parn ver se elas descrevem fielmente a sua persom1liJa.le.
Essas páginas rnmbl:m poderão ajudá-lo " compreender melhor
Observador S 4 Romântico como \'O..::t' percebe o mundo e o que poJe fazer parn intensificar
cu progrt:s. o enquanto ser hu1mmo.
& não tt:m cntcm de. que a descriçàu do tipo Perfeccionis-
4i} 1 - - - Tipos Correlatos ta se cnaduna com você, considere a se urnb e a terceira escolhas
de pardgrafos e os outro. tipDs prov:'ivcis iJ,..ntificados na p:ígim1
Asa Mediador 9 anterior. Compare esres tipos com o Perfou:.ionista: para tanto,
Asa Doador l leia as outi:;is páginas de Descri,;.ão de Tipos referentes ::ios tipos
Tlpo de Segumr1ça Epicurista 7 p11 ívcis.
Tipo de Tensão Romântico 4 Para confirmar a sun escolha de tipo, ou c a w ainda esteja in-
seguro, vá para o capírnlo de Discriminação dos Tipos, que come-
O- Tipos Não-Correlatos
ça na pJgma 76. Nessa rãginas, idenrificam11S as carack.rísricas
que distinguem cada um dos tipos de todos os outros.
Os 'f'i[JOS - emelhnnres Mais Corram. Realizador 3
Cético Fiel 6
Protdor 8
: m 1 1 4J i
1 30 1
EXPLICAÇÃO DETALHADA DAS PÁGINAS DE
DETERMINAÇÃO DOS TIPOS
Os parágrafos seguintes referem-se à Figura 1.
O Título do Tipo
@ Determinação do Tipo
@) Tipos Correlatos
Cada tipo do Eneagrama tem quatro tipos que lhe são corre-
latos (as duas asas, o tipo de segurança e o tipo de tensão). De
acordo com a teoria da personalidade do Eneagrama, são eles os
quatro tipos de personalidade associados ao seu tipo básico. As pá-
ginas de Determinação dos Tipos mostram quais são esses quatro
tipos para cada um dos tipos específicos. Lembre-se que você tal-
vez seja um dos tipos correlatos ao tipo que escolheu em primei-
ro lugar.
1 31 1
As Asas
1 32 1
O Tipos Não-Correlatos
1 33 1
APRESENTAÇÃO DAS PÁGINAS DE DESCRIÇÃO
DOS TIPOS
As páginas de Descrição dos Tipos fornecem uma descrição
detalhada das propriedades e características de cada um dos nove
tipos do Eneagrama. Essas informações qualitativas vão ajudá-lo
a confirmar se o tipo de personalidade por você escolhido é o seu
tipo correto. Profusamente informativas, as páginas de Descrição
dos Tipos ajudá-lo-ão ainda a compreender mais a fundo o seu ti-
po. Descrevem também o caminho de progresso pessoal para ca-
da um dos tipos.
A Figura 2 mostra a configuração das páginas de Descrição
dos Tipos e vem seguida de uma explicação detalhada das pági-
nas.
1 34 1
FIGURA 2 - CONFIGURAÇÃO DA PÁGINA DE DESCRIÇÃO
D O TIPO
j ,11.1 ! u l
1 35 1
EXPLICAÇÃO DETALHADA DAS PÁGINAS DE DESCRIÇÃO
DOS TIPOS
Os parágrafos seguintes referem-se à Figura 2.
O Título do Tipo
@ Descrição do Tipo
@) O Postulado Básico
1 36 1
O Características Principais
0 Tensão e Ira
1 37 1
O objetivo último do meu progresso: A recordação e a recupera-
ção do princípio fundamental que perdi de vista durante a fase de
desenvolvimento da minha personalidade.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: O tipo de
atenção, as etapas, as práticas e a aceitação necessárias para in-
centivar meu progresso pessoal. (Ver também a Parte 2, "O que
Fazer Depois de Descobrir o Seu Tipo".)
O que impede o meu progresso: Os fatores específicos e o tipo de
resistência interior que impedem meu desenvolvimento pessoal.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Os
atos concretos e de encorajamento que os outros podem fazer pa-
ra incentivar o progresso do meu tipo.
1 38 1
dade de Compreender a Si Mesmo", na página 96. Além de tudo
isso, você pode aprender mais coisas sobre o seu tipo do Eneagra-
ma nos livros, fitas e outros recursos arrolados no Apêndice A.
Comece então o trabalho de progresso pessoal e profissional
usando o conhecimento a respeito do seu tipo do Eneagrama. Na
Parte 2 deste livro, chamada "O que Fazer Depois de Descobrir o
Seu Tipo", sugerimos diversas práticas que vão ajudar você a to-
mar mais consciência dos processos de funcionamento da sua per-
sonalidade, a agir para mudar os seus hábitos de comportamento,
a prever e rever o seu progresso pessoal e a refletir sobre a meta
última desse progresso.
1 :J9 1
T'po 1: O Perfeccionista
Determinação do Tipo
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Tipos Correlatos
Asa Mediador 9
Asa Doador 2
Tipo de Segurança Epicurista 7
Tipo de Tensão Romântico 4
Tipos Não-Correlatos
1 40 1
Probabilidade dos Tipos
1 41 1
Tipo 1: O Perfeccionista
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: Todos nós somos um só ser, e ca-
da qual é perfeito do jeito que é.
A crença que passei a ter em vez daquela: As pessoas não são aceitas pelo que
elas são. O bom comportamento é algo que se exige delas, independen-
temente de qualquer outra coisa. Os maus comportamentos e os ma s im-
pulsos são considerados coisas negativas e são castigados.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Para garantir o amor
dos outros e minha própria auto-estima, aprendi a ser bom, responsável e
consciencioso, a fazer as coisas sempre do jeito certo, a procurar corres-
ponder aos meus elevados padrões internos e a seguir as regras estabele-
cidas. Reprimi a raiva, a tensão e o ressentimento.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, minha atenção se volta para: O certo e o errado,
especialmente as coisas erradas que devem ser corrigidas. A justiça e a in-
justiça do comportamento das outras pessoas, quando comparado ao meu.
Minhas autocríticas e as críticas que os outros fazem à minha pessoa.
Direciono a minha energia para: Fazer tudo sempre certo. Questões de inte-
gridade. Estar à altura dos padrões que considero importantes. Ser res-
ponsável e auto-suficiente. Reprimir as necessidades pessoais e os desejos
naturais.
Faço todo o possível para evitar: Erros. Agressividade. A perda do autocon-
trole. A violação das normas sociais.
Meus pontos fortes: Integridade. A preocupação de melhorar sempre. A ca-
pacidade de fazer esforço. O idealismo. A auto-suficiência. A diligência.
Os altos padrões que me norteiam. O autocontrole e a abnegação. Sou
muito responsável.
1 42 1
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: Não ser capaz de silenciar o meu crítico interior, com
toda a ansiedade e preocupação que ele causa. Sentir-me sobrecarregado
pela consciência e pelo senso de responsabilidade pessoal. Erros demais
para corrigir. Um número demasiado de coisas certas a fazer. Tentar deixar
de lado os ressentimentos e a tensão a eles associada. O fato de os outros
me culparem ou de não assumirem a responsabilidade pelos seus próprios
erros.
O que me deixa irado: A injustiça. A irresponsabilidade. As coisas feitas do
jeito errado. A desobediência flagrante das regras e normas. Ser criticado
injustamente.
A natureza da minha ira: Ressentimento. Apresentação de justificativas e ex-
plicações pelo meu jeito de ser e de agir. Tensão, irritação. Explosões de
indignação.
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que todos nós já somos perfeitos
(completos e inteiros), que o nosso valor é algo inerente ao nosso ser e
não depende de estarmos certos ou errados.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Aceitar que existem vários
jeitos certos de ser e que o jeito "errado" dos outros pode ser apenas uma
diferença individual que existe entre eles e eu. Aceitar as "imperfeições"
em mim mesmo e nos outros. Habituar-me a perdoar a mim mesmo e aos
outros. Reservar um tempo para o prazer e a tranqüilidade. Questionar as
regras rígidas e o rigor interno. Usar o ressentimento para saber quais são
as minhas necessidades e quereres reprimidos. Integrar à minha vida os
desejos e impulsos naturais.
O que impede o meu progresso: O fato de o meu crítico interior achar que eu
não melhoro o suficiente ou demoro demais para melhorar. A preocu-
pação com o jeito certo de agir me leva a adiar as coisas ou a prestar de-
masiada atenção aos detalhes. Muito trabalho e pouca diversão.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Encorajar-me a
ficar mais tranqüilo e a reservar algum tempo para mim mesmo. Fornecer-
me um ponto de vista imparcial. Lembrar-me que o objetivo da vida é ser
um ser humano, não ser absolutamente perfeito.
1 43 1
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Tipos Correlatos
Asa Perfeccionista 1
Asa Realizador 3
Tipo de Segurança Romântico 4
Tipo de Tensão Protetor 8
Tipos Não-Correlatos
1 44 1
Probabilidade dos Tipos
1 45 1
Tipo 2: O Doador
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: As necessidades de todas as pes-
soas são sempre e igualmente atendidas.
A crença que passei a ter em vez daquela: Para receber, é preciso dar. Para ser
amado, é preciso que os outros precisem de você.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Aprendi a satisfazer às
minhas necessidades pessoais tornando-me necessário aos outros e dan-
do-lhes o que eu acho que eles precisam e querem. Com isso, espero que
eles façam o mesmo por mim. Passei a orgulhar-me de ser uma pessoa in-
dispensável na vida dos outros.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, minha atenção se volta para: As necessidades e
vontades dos outros, especialmente das pessoas de quem eu gosto e que
eu quero que gostem de mim. Os relacionamentos. Os sentimentos e
emoções momentâneos dos outros.
Direciono minha energia para: A percepção das necessidades emocionais dos
outros e a prática de ações que lhes agradem. O sentimento de auto-esti-
ma que decorre da capacidade de atender tão bem às necessidades dos ou-
tros. A criação de bons sentimentos nos outros. Procurar garantir que eles
me aceitem e aprovem. Os vínculos românticos.
Faço todo o possível para evitar: Decepcionar os outros. Sentir-me rejeitado
ou malquerido. Depender dos outros.
Meus pontos fortes: Sou generoso e prestativo. Sou sensível aos sentimentos
dos outros. Dou-lhes o meu apoio. Sou compreensivo. Sou romântico. Te-
nho muita energia. Sou exuberante e expressivo.
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: O fato de eu me sentir indispensável para tanta gente e
tantos projetos. A confusão a respeito de quais são as minhas próprias ne-
1 46 1
cessidades. A tentativa de exercer a liberdade de ser quem eu sou e cui-
dar de mim mesmo. As turbulências emocionais resultantes do fato de eu
investir tanto nos relacionamentos, especialmente em relacionamentos
difíceis.
O que me deixa irado: Sentir que os outros não cuidam de mim nem reconhe-
cem tudo o que faço por eles. Sentir que procuram me controlar. Minhas
• necessidades e quereres que não são atendidos.
A natureza da minha ira: Explosões emocionais intensas, geralmente repenti-
nas. Acusações. Choro.
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que sou amado por ser a pessoa
que sou, não pelo quanto sou generoso ou pelo quanto os outros precisam
de mim; perceber que isso se aplica igualmente a todas as pessoas e que,
em última análise e sem sombra de dúvida, as necessidades de todos são
invariavelmente atendidas.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Perceber que, para ser
amado, não preciso pôr os outros no lugar de mim mesmo. Ter uma cons-
ciência lúcida de quem eu sou verdadeiramente. Perceber quais são os
meus quereres e necessidades e habituar-me a cuidar deles. Usar a ira e o
sofrimento como sinais de que não estou procurando atender às minhas
próprias necessidades. Reconhecer que não sou indispensável e que não
há nada de mal nisso. Deixar que também os outros me dêem alguma coi-
sa. Habituar-me a estabelecer limites, dizendo "não" aos outros quando
isso for apropriado. Perceber quando a minha prestatividade transforma-
se em intromissão e na tentativa de controlar os outros'.
O que impede o meu progresso: Critérios estanques acerca do que preciso fa-
zer para os outros antes de poder fazer algo por mim mesmo. O orgulho,
que me impede de admitir minhas próprias necessidades. O sentimento
de culpa, de egoísmo, que me sobrevém quando presto atenção às minhas
necessidades. A dificuldade de receber o que os outros me dão.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Apreciar o meu
eu verdadeiro e independente, em vez de deixar-se seduzir pela ajuda que
lhes presto ou tomarem-se dependentes dela. Prestar atenção às minhas
verdadeiras necessidades e perguntar-me sobre elas. Elogiar-me por dizer
"não" quando isso é adequado e cabível.
1 47 1
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Observador 5
Tipos Correlatos
Asa Doador 2
Asa Romântico 4
Tipo de Segurança Cético Fiel 6
Tipo de Tensão Mediador 9
Tipos Não-Correlatos
1 48 1
Probabilidade dos Tipos
Os tipos a serem considerados caso o primeiro parágrafo escolhi-
do por você tenha sido o do Realizador
54% Realizador 3
13% Epicurista 7
9% Perfeccionista 1
7% Doador 2
5% Protetor 8
5% Mediador 9
1 49 1
Tipp 3: O Realizador
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: Todas as coisas funcionam e se
completam de acordo com leis universais.
A crença que passei a ter em vez daquela: Para funcionar e serem levadas a ca-
bo, as coisas dependem do esforço de cada pessoa. As pessoas são recom-
pensadas pelas coisas que fazem, não por serem quem são.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Para obter o amor e a
aprovação dos outros, aprendi a ser bem-sucedido, a esforçar-me ao má-
ximo para ser o melhor no que faço e a conservar uma boa imagem. De-
senvolvi uma energia que alimenta a si mesma e me impulsiona para a
frente.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, minha atenção se volta para: Todas as coisas que
têm de ser feitas: tarefas, objetivos e realizações futuras. As soluções mais
eficientes. Como ser o melhor.
Direciono minha energia para: Fazer as coisas com rapidez e eficiência. Perma-
necer sempre ativo e ocupado. Competir. Obter prêmios e reconheci-
mentos por minhas realizações. Adaptar-me do jeito que for necessário
para chegar ao sucesso. Promover a mim mesmo. Parecer bem.
Faço todo o possível para evitar: A possibilidade de não atingir os objetivos
que proponho para mim mesmo. Ser ofuscado pelos outros. Ficar enver-
gonhado. Os sentimentos incômodos e as dúvidas que aparecem em mi-
nha mente quando fico inativo ou diminuo meu ritmo de atividade. To-
das as coisas - entre as quais as emoções - que me distraem das
realizações.
Meus pontos fortes: Simpatia. Entusiasmo. Capacidade de comando. Autocon-
fiança. Praticidade, competência e eficiência. Inspiro confiança. Tenho
presença.
1 50 1
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: A pressão de associar minha auto-estima à quantidade
das minhas realizações e ao status, ao prestígio e ao poder. Não saber quais
são os meus sentimentos e os meus valores. Fazer coisas demais.
O que me deixa irado: Obstáculos em geral: qualquer coisa ou pessoa que pre-
judique ou ponha em risco a realização dos meus objetivos. A incompe-
tência. A indecisão. A ineficiência. As críticas.
A natureza da minha ira: Impaciência. Irritação. Explosões ocasionais.
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que o amor vem do nosso ser
íntimo, não das coisas que fazemos; perceber que todas as coisas que pre-
cisam ser feitas invariavelmente o são de acordo com as leis naturais, e
não dependem do nosso esforço individual.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Diminuir o meu ritmo de
atividade. Deixar que minhas emoções venham à tona. Perguntar-me o
que realmente importa na vida. Criar o hábito de procurar dentro de mim
a minha própria identidade, desvinculando-a do sucesso e das expectati-
vas dos outros. Estabelecer limites para o trabalho. Ouvir o que os outros
têm a dizer e tomar-me mais receptivo. Perceber que o amor vem de ser
o que se é, não de fazer ou ter isto ou aquilo.
O que impede o meu progresso: A impaciência no trato com os meus senti-
mentos e os dos outros. Trabalhar e agir a ponto de chegar à fadiga e à
exaustão. Não conseguir diminuir o ritmo de atividade.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Encorajar-me a
prestar mais atenção aos sentimentos e relacionamentos. Mostrar-me que
gostam de mim por eu ser quem sou, não pelas coisas que realizei. Apoiar-
me quando eu lhes disser o que realmente acho da vida e das coisas. Mos-
trar-me o que realmente importa para eles. Lembrar-me de parar um pou-
co para sentir o perfume das rosas.
1 51 1
Tipo 4: O Romântico
Determinação do Tipo
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Observador
Tipos Correlatos
Asa Realizador 3
Asa Observador 5
Tipo de Segurança Perfeccionista 1
Tipo de Tensão Doador 2
Tipos Não-Correlatos
1 52 1
Probabilidade dos Tipos
1 53 1
Tipo 4: O Romântico
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: Cada pessoa tem uma ligação
simples e profunda com todas as outras pessoas e coisas.
A crença que passei a ter em vez daquela: As pessoas sempre perdem suas liga-
ções originais. Com isso, passam a sentir-se abandonadas e têm a sensa-
ção de ter perdido algo muito importante.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Aprendi a dedicar-me
à busca de um amor ideal ou das circunstâncias perfeitas que vão fazer
com que eu me sinta novamente amado, inteiro e completo. Desenvolvi
sentimentos de desejo e inveja pelas coisas que me faltam.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, minha atenção se volta para: Os aspectos positi-
vos e atraentes do futuro e do passado. As coisas perdidas ou distantes que
eu quero e sem as quais me sinto sozinho. As coisas esteticamente agra-
dáveis e profundamente tocantes ou significativas.
Direciono a minha energia para: Sentimentos intensos de saudade e de triste-
za, associados às coisas que parecem ter sido perdidas ou estar faltando na
minha vida. A busca do amor, do sentido da vida e da satisfação através
da expressão do meu interior e do estabelecimento de vínculos profundos.
Moldar a mim mesmo para me transformar num indivíduo sui generis.
Faço todo o possível para evitar: Ser rejeitado, abandonado. Não ser ouvido,
ser tratado como uma pessoa insignificante. Sentir que não estou à altu-
ra do que deveria ser. Sentir que há algo de errado comigo. As coisas ba-
nais e triviais. As pessoas e acontecimentos que carecem de profundida-
de emocional.
Meus pontos fortes: Sensibilidade. Tendência criativa. Sintonia com os senti-
mentos. Capacidade de compadecer-me do sofrimento alheio. Veemên-
cia, paixão. Idealismo romântico. Profundidade emocional. Autenticida-
de. Introspecção.
1 54 1
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: O fato de as pessoas e os acontecimentos não estarem à
altura dos meus ideais românticos e do meu desejo de levar uma vida
cheia de sentimentos intensos. Querer mais do que posso ter. Invejar as
coisas que os outros têm e eu não tenho, ou que eles são e eu não sou. Os
sentimentos incontroláveis, especialmente durante as crises emocionais.
O que me deixa irado: As pessoas que me decepcionam, que me deixam na mão
ou me abandonam. A lembrança de pessoas que agiram assim no passa-
do. Ser desdenhado, rejeitado, abandonado. Sentir-me incompreendido.
A falsidade e a insinceridade.
A natureza da minha ira: Explosões fogosas ou acessos de choro. Depressão.
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que somos perfeitamente ínte-
gros e dignos de ser amados neste momento agora; que nenhuma quali-
dade, nenhum elemento essencial nos falta; que temos uma ligação pro-
funda com todas as outras pessoas e com todos os seres.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Concentrar-me nas coi-
sas positivas que existem na minha vida agora, não nas coisas que me fal-
tam. Conservar um curso de ação coerente, apesar dos sentimentos inten-
sos e flutuantes. Participar de atividades físicas e ajudar os outros a fim de
não viver tão ensimesmado. Fazer questão de não reagir até que as emo-
ções intensas comecem a diminuir. Gostar das coisas e acontecimentos
comuns do cotidiano.
O que impede o meu progresso: Deixar que meus sentimentos fortes tomem
conta de mim e cair na inatividade. A resistência a mudar "o meu ser" por
medo de perder a individualidade. Sentir que não vou estar à altura do
que tenho de fazer ou ser. Sentir que o mundo vai me decepcionar, me
passar a perna. Viver taciturno e circunspecto, voltado para dentro de
mim. Fazer pouco caso das minhas melhoras que não apresentam carac-
terísticas dramáticas e românticas e deixar-me desencorajar por isso.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Encorajar-me adi-
recionar a atenção para as coisas positivas que tenho agora. Respeitar
meus sentimentos e meu idealismo. Revelar-me seus verdadeiros senti-
mentos e reagir com sinceridade. Fazer-me ver que realmente me com-
preendem, que não querem somente me mudar.
1 55 1
Tipo 5: O Observador
Determinação do Tipo
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Tipos Correlatos
Asa Romântico 4
Asa Cético Fiel 6
Tipo de Segurança Protetor 8
Tipo de Tensão Epicurista 7
Tipos Não-Correlatos
1 56 1
Probabilidade dos Tipos
Os tipos a serem considerados caso o primeiro parág r afo escolhi-
do por você tenha sido o do Observador
65% Observador 5
11% Cético Fiel 6
11% Mediador 9
1 57 1
Tipo 5: O Observador
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: A energia e o conhecimento de
que todos necessitam existem em ilimitada abundância.
A crença que passei a ter em vez daquela: O mundo exige muito das pessoas e
lhes dá muito pouco.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Para proteger-me das
exigências inesperadas e evitar o esgotamento dos meus recursos, apren-
di a ser uma pessoa reservada e auto-suficiente. Para tanto, limito meus
desejos e quereres e acumulo muito conhecimento. Tornei-me um pouco
avaro, mas só em relação às coisas essenciais para a minha vida.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, a minha atenção se volta para: As coisas intelec-
tuais. Os fatos. Um pensamento analítico e compartimentado. As intro-
missões em minha vida e as exigências que me são feitas.
Direciono a minha energia para: Observar o mundo, colocando-me a uma dis-
tância segura. Aprender tudo o que posso sobre determinado tema. Pen-
sar e analisar as coisas de antemão. Amortecer e reduzir os sentimentos.
Conter-me em mim mesmo, retirar-me, preservar-me. Conservar a minha
privacidade e os limites por mim determinados.
Faço todo o possível para evitar: Os sentimentos fortes, especialmente o me-
do. As pessoas intrometidas e exigentes e as circunstâncias em que essas
pessoas podem entrar em minha vida. Os sentimentos de mediocridade e
vazio.
Meus pontos fortes: Capacidade de estudo. Conhecimento. Prudência. Capa-
cidade de manter a calma em momentos de crise. Sou respeitoso e não di-
vulgo os segredos de ninguém. Sou confiável. Gosto da simplicidade.
1 58 1
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: A incapacidade de conservar a minha privacidade e os
limites que determinei. A fadiga. Ter desejos, necessidades e quereres que
podem gerar dependência. Procurar saber tudo antes de agir.
O que me deixa irado: Dizerem que estou errado quando afirmo um fato. As
exigências e intromissões. O excesso de estímulos emocionais. Não ter a
oportunidade de passar algum tempo sozinho para recuperar as energias.
A natureza da minha ira: Fechamento, contenção de energia. Tensão, sinais
de desaprovação. Curtos rompantes de cólera.
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que as coisas necessárias para
sustentar a vida existem naturalmente em abundância; perceber que o fa-
to de engajar-me ativamente na vida não vai esgotar meus recursos e mi-
nhas energias.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Sentir plenamente meus
sentimentos em vez de dissociar-me deles e refugiar-me na mente. Reco-
nhecer que meu jeito reservado e contido é um convite às intromissões.
Agir, sabendo que tenho energia suficiente para fazê-lo. Participar de ati-
vidades físicas. Encontrar meios de conversar, de me expressar, de revelar
meus assuntos pessoais.
O que impede o meu progresso: A busca de minimizar minhas necessidades e
de destacar-me do fluxo da vida. Perder oportunidades de fazer coisas jun-
to com as outras pessoas. Isolar-me dos meus sentimentos e das outras pes-
soas. Não reconhecer o medo e a raiva dentro de mim. A relutância em
discutir e revelar assuntos pessoais. O excesso de análise.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Respeitar minha
necessidade de ficar sozinho e ter o meu próprio espaço. Estabelecer uma
distinção clara entre os pedidos e as exigências. Falar um pouco - não
demais - dos seus sentimentos e preocupações. Encorajar-me a revelar o
meu íntimo e expressar meus sentimentos no aqui e agora. Reconhecer
minha sensibilidade. Apreciar minha capacidade de viver e deixar viver.
1 59 1
Tipo 6: O Cético Fiel
D terminação do Tipo
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Tipos Correlatos
Asa Observador 5
Asa Epicurista 7
Tipo de Segurança Mediador 9
Tipo de Tensão Realizador 3
Tipos Não-Correlatos
1 60 1
Probabilidade dos Tipos
O s tipos a serem considerados caso o primeiro parágrafo escolhi-
do por você tenha sido o do Cético Fiel
66% Cético Fiel 6
8% Observador 5
8% Mediador 9
5% Romântico 4
5% Epicurista 7
1 61 1
Tipo 6: O Cético Fiel
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: Todos nós, no começo, temos fé
em nós mesmos, nas outras pessoas e no universo.
A crença que passei a ter em vez daquela: O mundo é ameaçador e perigoso e
as pessoas simplesmente não podem confiar umas nas outras.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Postura Fóbica: A o
mesmo tempo que me tornei medroso e inseguro, e por isso aprendi a ser
vigilante e inquiridor, aprendi também a obedecer às autoridades, a fugir
das coisas que se me afiguram ameaçadoras e perigosas, a procurar a segu-
rança e a não correr riscos.
Postura Contrafóbica: A o mesmo tempo que me tornei medroso e insegu-
ro, e por isso aprendi a ser vigilante e inquiridor, aprendi também a desa-
fiar as autoridades, a lutar contra as coisas que se me afiguram ameaçado-
ras e perigosas, a desafiar a segurança e a enfrentar os riscos.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, a minha atenção se volta para: Tudo o que pode
dar errado ou ser perigoso. Os perigos ocultos, as incongruências, as difi-
culdades em potencial. As implicações, as inferências, as entrelinhas.
Direciono a minha energia para: Duvidar, pôr à prova, buscar intenções ocultas.
Empreender uma análise lógica das coisas. Bancar o advogado do diabo.
Manter uma atitude ambivalente diante das autoridades. Demonstrar mi-
nha força. Garantir a minha segurança - granjeando a boa vontade dos
outros, sendo leal e fiel aos outros e dedicando-me a causas nobres e dignas.
Faço todo o possível para evitar: Ficar desamparado e impotente diante do pe-
rigo. Sucumbir ao perigo e sofrer danos. Ficar preso em dúvidas e pensa-
mentos contraditórios. Contradizer ou opor resistência às pessoas das
quais dependo, a fim de que elas não se afastem de mim.
Meus pontos fortes: Confiabilidade. Lealdade. Prudência. Uma mente inqui-
sitiva. Calor humano. Perseverança. Responsabilidade. Disposição de
proteger os mais fracos. Intuição. Espirituosidade. Sensibilidade.
1 62 1
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: A pressão a que me submeto na busca de lidar com a in-
certeza e a insegurança. As dificuldades com as autoridades - quer uma
obediência excessiva, quer a rebeldia. Procurar conservar a confiança e a
boa vontade dos outros em relação a mim, ao mesmo tempo que não con-
fio neles e sou ambivalente em relação a eles.
O que me deixa irado: Traição. Sentir-me encurralado, controlado ou pressio-
nado. As interações com outras pessoas que exigem muito de mim. O fa-
to de os outros não atentarem para as minhas necessidades.
A natureza da minha ira: Sarcasmo, piadas espirituosas. Comentários morda-
zes. Acusações. Reações defensivas violentas.
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que é natural ter fé em mim
mesmo e nas outras pessoas; perceber que podemos nos abrir para a vida
sem medo e sem desconfiança.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Ser a minha própria au-
toridade e agir como tal. Recuperar a fé em mim, nas outras pessoas e no
universo. Aceitar que a vida naturalmente acarreta uma dose de incerte-
za e insegurança. Verificar se meus medos e preocupações em relação aos
outros são fundamentados ou não. Reconhecer que a atividade constan-
te é um mecanismo para reduzir a consciência da ansiedade. Reconhecer
que tanto a fuga quanto a luta são reações determinadas pelo medo. Se-
guir em frente, agindo de maneira positiva apesar do medo.
O que impede o meu progresso: A dúvida e a ambivalência. O demasiado de-
sejo de certeza. O fato de querer controlar tudo ou ser superprotetor. A
descrença nas minhas capacidades e decisões. Deixar que a minha men-
te seja dominada pela imaginação das piores possibilidades.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Ser confiáveis e
coerentes no trato comigo. Abrir-se comigo e encorajar-me a abrir-me
com eles. Contrapor alternativas positivas e realistas à minha dúvida e ao
meu medo.
1 63 1
Tipo 7: O Epicurista
Determinação do Tipo
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Tipos Correlatos
Asa Cético Fiel 6
Asa Protetor 8
Tipo de Segurança Observador 5
Tipo de Tensão Perfeccionista 1
Tipos Não-Correlatos
1 64 1
Probabilidade dos Tipos
Os tipos a serem considerados caso o primeiro parágrafo escolhi-
do por você tenha sido o do Epicurista
52% Epicurista 7
8,5% Protetor
7% Doador 2
7% Observador 5
7% Cético Fiel 6
6% Mediador 9
5,5% Perfeccionista 1
1 65 1
· Tipo 7: O Epicurista
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: A vida é todo um espectro de pos-
sibilidades que devem ser vividas livremente e de maneira perseverante
e concentrada.
A crença que passei a ter em vez daquela: O mundo limita as pessoas, frustra-
as e causa-lhes sofrimento.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Para proteger-me das
limitações e do sofrimento, aprendi a dedicar-me a atividades agradáveis
e a imaginar muitas possibilidades fascinantes para o futuro. Tornei-me
uma pessoa gulosa de idéias e experiências interessantes.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, minha atenção se volta para: Idéias, planos, op-
ções e projetos interessantes, agradáveis e fascinantes. As interligações e
inter-relações entre diversas áreas de informação e de conhecimento. As
coisas que eu quero.
Direciono minha energia para: Gozar e "curtir" a vida ao máximo. Estar sem-
pre animado e ter muitas opções entre as quais escolher. Uma imagina-
ção ativa. Fazer com que os outros gostem de mim (charmoso, natural).
Ocupar e manter uma posição privilegiada.
Faço todo o possível para evitar: Frustrações, limitações e situações de sujei-
ção. Situações ou sentimentos dolorosos. O tédio.
Meus pontos fortes: Sou brincalhão. Sou inventivo. Sou agradável e "para ci-
ma". Sou otimista e tenho muita energia. Adoro a vida. Sou visionário.
Tenho entusiasmo. Sou prestativo. Sou imaginativo.
1 66 1
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: A sobrecarga de ter de provar um pouco de tudo o que
a vida tem a oferecer. Cometer os mesmos erros inúmeras vezes em virtu-
de do meu desejo de fugir do sofrimento. Aceitar compromissos e depois
me sentir preso por eles.
O que me deixa irado: Os constrangimentos e limites que me impedem de ob-
ter o que quero. As pessoas que vivem atoladas, infelizes e deprimidas ou
culpam constantemente os outros.
A natureza da minha ira: Breve e direcionada. De curta duração. Episódica.
Impetuosa.
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que, para viver a vida plena-
mente, temos de estar conscientemente presentes no aqui e agora; que
nós ajudamos a nós mesmos e aos outros pelo cultivo dessa presença cons-
ciente.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Ficar atento para os mo-
mentos em que a busca de opções agradáveis não passa de uma reação ao
medo da privação, de um desejo de escapar das responsabilidades que me
limitam a liberdade ou de fugir da dor. Habituar-me a fazer uma coisa de
cada vez, e fazê-la até o fim. Viver a vida mais plenamente no momento
presente e menos no futuro. Levar mais em conta os sentimentos e preo-
cupações dos outros. Perceber que o fato de só buscar as coisas positivas
e fugir das negativas é em si mesmo uma limitação.
O que impede o meu progresso: A preocupação comigo mesmo e com as coi-
sas que eu quero. A dificuldade de reconhecer os meus pontos negativos.
A falta de disposição para fazer coisas que me farão sofrer ou entrar em
conflitos. Distrair-me facilmente dos objetivos e compromissos mais sé-
rios e profundos.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Apoiar-me quan-
do diminuo meu ritmo para manter-me fiel aos compromissos assumidos.
Contar-me quais são os seus quereres e necessidades e o quanto eles lhes
são importantes. Encorajar-me a lidar com a dor, o medo e a inquietação
em vez de fugir dessas coisas.
1 67 1
T i p o 8: O Protetor
�eterminação do Tipo
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Tipos Correlatos
Asa Epicurista 7
Asa Mediador 9
Tipo de Segurança Doador 2
Tipo de Tensão Observador 5
Tipos Não-Correlatos
1 68 1
Probabilidade dos Tipos
1 69 1
Tipo 8: O Protetor
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: Todas as pessoas são, a princípio,
inocentes e bem-intencionadas, e todas são capazes de intuir a verdade.
A crença que passei a ter em vez daquela: Vivemos num mundo opressivo e in-
justo, no qual os poderosos se aproveitam da inocência dos fracos.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Tomei-me forte e po-
deroso, aprendendo a impor minha própria verdade e a esconder meus
pontos vulneráveis a fim de proteger a mim mesmo e aos outros e de ob-
ter o respeito alheio. Desenvolvi em mim uma energia de força bruta e
passei a confiar nos meus próprios instintos.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, minha atenção se volta para: O poder e o domí-
nio. A justiça e a injustiça. Os logros e manipulações. As oposições do ti-
po "tudo ou nada". Todas as coisas que exigem uma ação imediata.
Direciono minha energia para: O domínio sobre o meu espaço e sobre as pes-
soas e coisas que habitam nesse espaço. Agir diretamente e enfrentar os
conflitos. Proteger os fracos e inocentes. Granjear o respeito dos outros
por ser forte e justo.
Faço todo o possível para evitar: Ser fraco, vulnerável, inseguro ou dependen-
te. Perder a consideração das pessoas que eu respeito.
Meus pontos fortes: Coragem. Persistência. Senso de justiça. Firmeza e deter-
minação. Disposição de proteger os outros. Capacidade de auto-afirma-
ção. Veemência. Amizade. Magnanimidade. A capacidade de energizar
os outros.
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: Ser incapaz de corrigir as injustiças que percebo. Ter de
conter meu jeito "brigão", e a dificuldade de contê-lo. Agir demais, igno-
rando a fadiga e a dor.
1 70 1
O que me deixa irado: A mentira. A manipulação. As pessoas que não defen-
dem a si mesmas. O fato de os outros não me obedecerem nem fazerem o
que tem de ser feito. Leis e limites demasiado injustos ou constrangedo-
res. As tentativas de me pôr sob controle.
A natureza da minha ira: Uma ira poderosa que se expressa diretamente, sob a
forma de uma confrontação ou de uma retirada defensiva. Equilibrar as
contas (vingança).
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que todos nós somos intrinse-
camente inocentes e naturalmente capazes de intuir a verdade; perceber
que a verdade só pode ser reconhecida quando nos pomos diante de cada
situação com um ponto de vista aberto, despojado dos nossos preconcei-
tos pessoais.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Atentar para a minha for-
ça e para o efeito que ela tem sobre os outros. Considerar a minha força
e a minha veemência como tentativas de mascarar a vulnerabilidade.
Considerar as aparentes fraquezas como um progresso da minha capaci-
dade de reconhecer a vulnerabilidade e abrir-me para o sentimento de
ternura. Habituar-me a esperar e ouvir antes de agir, para moderar a im-
pulsividade. Só aplicar a cada situação a quantidade de força compatível
com ela. Procurar desenvolver a calma e a quietude interiores. Buscar so-
luções em que todos os lados saiam ganhando. Aprender a fazer acordos.
O que impede o meu progresso: O fato de eu me recusar a ser dominado e não
ter consciência de que estou subjugando os outros. Um estilo de vida de
excessos, que leva à exaustão e faz com que as pessoas se afastem de mim.
A descrença na possibilidade de melhorar. A negação do medo, das fra-
quezas e da vulnerabilidade. O fato de não dar valor à ternura e à sensi-
bilidade.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Ter a disposição de
defender-se contra as injustiças. Ficar firmes. Ser francos e diretos. Falar o
que pensam. Falar comigo acerca do meu jeito de tratá-los. Apoiar-me
quando revelo sentimentos de ternura e pontos fracos da minha pessoa.
1 71 1
Tipo 9: O Mediador
Determinação do Tipo
Mediador
9
Epicurista Doador
7 2
Tipos Correlatos
Asa Protetor 8
Asa Perfeccionista 1
Tipo de Segurança Realizador 3
Tipo de Tensão Cético Fiel 6
Tipos Não�Correlatos
1 72 1
Probabilidade dos Tipos
1 73 1
T i p o 9: O Mediador
Descrição do Tipo
O Postulado Básico
O princípio fundamental que perdi de vista: Todos participam igualmente de
um estado de amor e união incondicionais.
A crença que passei a ter em vez daquela: O mundo diminui a importância das
pessoas e exige que elas se amoldem às outras para ter a sensação de que
participam de alguma coisa maior.
A estratégia que desenvolvi para lidar com essa crença: Aprendi a esquecer de
mim mesmo e a moldar-me pelas outras pessoas. Substituí as verdadeiras
prioridades da vida pelas coisas não-essenciais e pelos pequenos confor-
tos.
Características Principais
Em virtude dessa estratégia, minha atenção se volta para: As prioridades, pe-
didos e exigências dos outros. Todos os elementos do ambiente que cha-
mam a minha atenção.
Direciono minha energia para: Ser sensível aos outros e procurar agradá-los.
Levar uma vida confortável e familiar. Conservar uma estrutura de vida
e uma rotina para que a vida seja previsível. Ficar na calma e no sossego.
Conter a raiva. Dedicar-me às atividades mais agradáveis e menos essen-
ciais em vez de às mais importantes e perturbadoras.
Faço todo o possível para evitar: O conflito, os confrontos. Não me sentir à
vontade. Um excesso de exigências contraditórias impostas à minha
atenção e à minha energia.
Meus pontos fortes: Sensibilidade aos outros. A capacidade de me identificar
com eles. A capacidade de compreendê-los e apoiá-los. Responsabilida-
de. Perseverança. Capacidade de adaptação. Capacidade de aceitação.
Receptividade. Ternura.
1 74 1
Tensão e Ira
O que me deixa tenso: Ter de assumir uma posição. Dizer não a alguém e ver
essa pessoa ficar com raiva de mim. Ter de tomar decisões rápidas e esta-
belecer prioridades. Ter de lidar com um compromisso que na verdade eu
não queria assumir.
O que me deixa irado:Ser tratado como uma pessoa insignificante. Sentir-me
controlado e dominado pelos outros. Ser forçado a enfrentar os conflitos.
A natureza da minha ira:Uma agressividade passiva que se manifesta sob a for-
ma de teimosia ou resistência. Ocasionais explosões, com a "gota d'água".
Progresso Pessoal
O objetivo último do meu progresso: Perceber que todos nós somos amados
igualmente e incondicionalmente (que somos pessoalmente aceitos e
apreciados), que o nosso valor e o nosso bem-estar vêm de dentro.
O que posso fazer para incentivar o meu progresso: Prestar atenção às minhas
próprias necessidades e ao meu bem-estar. Usar a raiva como um sinal de
que estou me sentindo relegado a segundo plano e lembrar-me que, na
verdade, eu valho alguma coisa. Atentar para os sentimentos que estou
reprimindo quando deixo de lado as verdadeiras prioridades e me volto
para atividades substitutas, como assistir à televisão, comer, passear ou
cumprir tarefas domésticas. Perceber quando o excesso de reflexão me im-
pede de estabelecer prioridades e agir de acordo. Aceitar o incômodo e a
mudança como fatores naturais da vida. Habituar-me a amar a mim mes-
mo como amo aos outros.
O que impede o meu progresso: Sentir que eu não valho nada. Sentir que não
mereço ir atrás das coisas que preciso. Dar a mesma importância a todas
as coisas e, assim, deixar de lado as prioridades verdadeiras. Fugir do in-
cômodo e da turbulência necessários para a mudança.
O que os outros podem fazer para apoiar o meu progresso: Encorajar-me a
expressar minhas opiniões. Perguntar-me o que eu quero, o que é bom pa-
ra mim, e me dar tempo para descobrir a resposta. Apoiar-me quando ajo
com responsabilidade em relação a mim mesmo. Deixar-me dar o devido
valor à minha raiva. Encorajar-me a estabelecer e respeitar meus próprios
limites e minhas próprias prioridades.
1 75 1
RESUMO DOS FATORES DE DISCRIMINAÇÃO
ENTRE OS TIPOS
Apnesentamos a seguir as características comuns e o principal fa-
tor de discriminação entre cada par de tipos correlatos e não-cor-
relatos do Eneagrama. Os pares são, ao todo, em número de trin-
ta e seis. Os tipos correlatos são os que são asas um do outro ou
que partilham um vínculo de tensão-segurança. Também os tipos
não-correlatos têm, em geral, certas características que lhes dão
uma certa semelhança.
1 76 1
P Tipos Um e Três. Os Perfeccionistas e os Realizadores po-
dem ser considerados tipos semelhantes porque ambos bus-
cam resultados exteriores e podem se voltar para seus obje-
tivos particulares e para o sucesso. As diferenças são as
seguintes: os Perfeccionistas tendem a ser mais acossados
pelo seu crítico interior, que os motiva a fazer o que é cer-
to segundo os padrões elevadíssimos dele mesmo, o críti,
co; já os Realizadores são mais voltados para o sucesso e
mudam sua atitude, chegando mesmo a aparar arestas, se
necessário, para atingir seus objetivos e ser reconhecidos
pelas suas realizações.
1 77 1
P Tipos Um e Cinco. Os Perfeccionistas e os Observadores
podem ser considerados tipos semelhantes porque ambos
têm uma tendência intelectual e podem ficar retraídos ou
interiorizados quando procuram entender as coisas. Os
Perfeccionistas, porém, expressam-se de maneira forte,
reprimem os próprios desejos e buscam melhorar a si mes-
mos e aos outros, ao passo que os Observadores desta-
cam-se dos próprios sentimentos a fim de proteger-se das
intromissões e conservar a própria energia.
1 78 1
brincadeiras e à satisfação dos desejos pessoais. Os Epicuris-
tas, quando tensos, podem ficar extremamente críticos, exi-
gentes e determinados. Porém, os Perfeccionistas normal-
mente não buscam o prazer e são bastante austeros. Os
Epicuristas, por outro lado, buscam decididamente o pra-
zer e chegam a ser hedonistas. Portanto, os Perfeccionis-
tas são sérios, abnegados e restringem os próprios dese-
jos; os Epicuristas são expansivos, gostam de divertir-se
e rejeitam os limites.
1 79 1
próprias. Por isso, os Perfeccionistas parecem tensos e
procuram obrigar os outros a mudar, ao passo que os Me-
diadores seguem as prioridades dos outros, adaptando-se
aos pedidos e exigências deles.
1 80 1
veis, mais voltados para fora e para os outros e mais gene-
rosos. São diferentes na medida em que os Doadores são
mais voltados para fora e tomam mais os outros como re-
ferência. Concentram-se nas necessidades alheias com
uma energia ativa, e mudam a si mesmos no que for ne-
cessário para atendê-las. Os Românticos, ao contrário,
são mais voltados para dentro e tomam a si próprios co-
mo referência. Têm, além disso, uma tendência à depres-
são. Preocupam-se com a sua autenticidade, querem ser
originais e muitas vezes sucumbem a um sentimento de
mediocridade.
1 81 1
sedutores. (Isto se aplica especialmente ao Tipo Seis fóbi-
co, ou submisso.) Entretanto, os Doadores buscam ativa,
mente identificar e atender às necessidades das pessoas
que consideram importantes, a ponto de muitas vezes
sentir-se indispensáveis para elas, ao passo que os Céti,
cos Fiéis, cuidadosos, nunca dão tudo de si; duvidam de
si mesmos e dos outros e não querem fazer-se indispen,
sáveis. Os Céticos Fiéis agradam os outros para garantir
a própria segurança, não para sentir que valem alguma
coisa. N o caso dos Doadores, ao contrário, é a própria
identidade deles que está associada ao ato de dar de si .. os
outros.
1 82 1
bos demonstram uma energia ativa; metem-se na vida dos
outros, são generosos, gostam de proteger os outros e têm
atração pelo poder. Os Doadores, quando tensos, ficam
mais diretos e arrogantes; expressam sua ira com presteza e
fazem questão de afirmar que sabem com certeza absoluta o
que é necessário a cada um. Os Protetores, quando se sen-
tem seguros, podem ficar com o coração aberto e expressar
seus sentimentos, mostrando-se suaves e sensíveis aos ou-
tros. Porém, os Doadores empregam a sua energia ativa
para ir em busca das outras pessoas e identificar-lhes os
sentimentos; mudam a si mesmos para agradar os outros
e reprimem as próprias necessidades. Os Protetores, por
outro lado, usam sua energia para agir com vigor, de ma-
neira a intimidar os outros e afirmar sua própria posição,
seus quereres e suas necessidades.
1 83 1
A Tipos Três e Quatro. Os Realizadores e os Românticos são
parecidos porque, na qualidade de asas um do outro e de ti-
pos do Centro Cardíaco, têm em comum certas caracterís-
ticas de personalidade. Ambos preocupam-se com a apro-
vação e o reconhecimento das outras pessoas e acham que
a conservação da imagem é uma coisa importantíssima.
Ambos são veementes e competitivos e têm uma tendência
criativa e inventiva. São diferentes porque os Realizado-
res voltam-se primordialmente para a realização dos seus
objetivos, o que os obriga a pôr em suspenso os sentimen-
tos e mudar a si mesmos, ao passo que os Românticos têm
grande dificuldade para sair em busca de um objetivo, em
virtude dos sentimentos profundos e flutuantes que de-
correm da sua preocupação com os relacionamentos.
1 84 1
o tipo de tensão do Cético Fiel e este é o tipo de segurança
do Realizador. Ambos os tipos são simpáticos, práticos, ex-
tremamente ativos e trabalhadores. Os Realizadores, quan-
do se sentem seguros, são mais questionadores e reflexivos
e confiam mais nos outros para levar a cabo suas tarefas. Os
Céticos Fiéis, quando tensos, caem na atividade, ficam
preocupados com a imagem que estão passando e esforçam-
se para realizar certos objetivos. Esses dois tipos são dife,
rentes porque os Céticos Fiéis precisam acumular moti-
vação para agir, superando assim as dúvidas e o medo do
perigo, ao passo que os Realizadores são sempre voltados
para os seus objetivos com uma energia extremamente
ativa. Os Realizadores adoram o sucesso, os elogios e o
reconhecimento alheio, ao contrário dos Céticos Fiéis,
que não gostam muito dessas coisas; pois elas os deixam
com a pulga atrás da orelha.
1 85 1
a si mesmos, são determinados e firmes, voltados para a
ação e para a realização de certos objetivos e dispõem-se na-
turalmente a ficar no comando. Além disso, irradiam com-
petência e autoconfiança e podem, sem querer ou de pro-
pósito, pisar em qualquer pessoa que lhes obstaculize o
caminho. Entretanto, os Realizadores mudam de ritmo,
mudam a direção de suas ações e mudam até a si mesmos,
à semelhança do camaleão, a fim de realizar seus objeti-
vos, ao passo que os protetores aferram-se sempre às mes-
mas opiniões, gostam de brigar e expressam sua ira fran-
camente e com facilidade. A ira dos Realizadores costuma
manifestar-se quando eles se sentem obstaculizados no
movimento rumo a um determinado objetivo.
1 86 1
tos, reagem às opiniões e exigências dos outros e substi-
tuem as próprias prioridades e objetivos pelos dos outros.
1 87 1
cos voltam a sua atenção para as coisas que eles não têm e
que poderiam satisfazê-los.
1 88 1
têm a capacidade de identificar-se com os sentimentos dos
outros. Correm ambos o risco de perder-se ou deixar-se en-
golir pelas circunstâncias, sucumbir a um sentimento de
mediocridade, depreciar a si mesmos e perder o ímpeto ne-
cessário para a ação. São diferentes porque os Mediadores
voltam-se para as outras pessoas, tornam-se iguais a elas
e gostam de levar uma vida estável e rotineira a fim de evi-
tar todo incômodo e todo conflito. Os Românticos, por
sua vez, vivem voltados para si mesmos, gostam de sen-
tir-se especiais ou extraordinários e estão sempre dispos-
tos a chegar aos extremos ou às maiores profundidades da
emoção, a fim de sentir-se vivos.
1 89 1
Centro Cefálico. Ambos são autoconfiantes, acumulam
conhecimentos, são inventivas e adoram o mundo das
idéias. Ambos fogem dos sentimentos dolorosos. Os Ob-
servadores, quando tensos, ficam mais exteriorizados, sa-
ciáveis, ativos e voltados para as possibilidades futuras das
coisas. Os Epicuristas, quando se sentem seguros, ficam
mais interiorizados, solitários, observadores e introverti-
dos. Os dois tipos são diferentes na medida em que eis
Observadores fogem dos sentimentos fortes, controlam
seus desejos e necessidades, simplificam a vida e re,
traem,se para proteger seus limites. Os Epicuristas, por
sua vez, buscam ativamente as coisas que consideram po,
sitivas, expressam seus desejos e necessidades, são ex,
pansivos e superocupados e não têm respeito algum pe,
los limites em geral.
1 90 1
excessos do Eneagrama: expandem a sua energia, expres,
sam francamente seus desejos e sua ira e freqüentemen,
te agem antes de pensar.
1 91 1
secundários, ao passo que, para os Epicuristas, essas coi,
sas são primordiais.
1 92 1
des de erro e derrota. Os Mediadores, por outro lado, que
de todos os tipos do Eneagrama são os que mais tomam as
outras pessoas como a referência e o critério último do
seu agir, costumam deixar,se levar pelos pedidos e exigên,
d a s que as outras pessoas lhes fazem. Os Mediadores ce,
dem aos outros antes de questioná,los e pô,los à prova, ao
passo que os Céticos Fiéis provam e questionam os outros
antes de seguUos.
1 93 1
nitivo, a si mesmos como critério: conhecem e expressam
seus próprios quereres, atividades e opiniões. Os Media-
dores, por sua vez, são voltados para as outras pessoas, e
nesse processo põem em segundo plano seus quereres,
atividades e opiniões.
1 94 1
COMO CONFIRMAR E COMPROVAR O SEU TIPO
Confirme Você Mesmo o Seu Tipo
Depois de chegar a uma conclusão preliminar quanto ao ti-
po de personalidade que mais se parece com o seu, use as seguin-
tes perguntas para confirmar a sua decisão:
1 95 1
COMO DESENVOLVER A CAPACIDADE DE
COMPREENDER A SI MESMO
O Valor da Auto-Observação para a Descoberta do Tipo
1 96 1
PARTE 2:
O QUE FAZER DEPOIS DE
DESCOBRIR O SEU TIPO
INTRODUÇÃO
Esta parte é dividida em duas seções. Todas as informações e
exercícios apresentados na primeira seção aplicam-se igualmente
aos nove tipos do Eneagrama. A Seção I começa com um exercí-
cio de respiração e concentração. Falaremos então de cinco prin-
cípios gerais do Eneagrama que vão ajudar você a compreender a
si mesmo. Discutiremos, por fim, nove fatores importantes do pro-
gresso pessoal e profissional.
A Seção II sugere uma série de práticas específicas para cada
um dos tipos de personalidade. Cada prática foi feita sob medida
para um determinado tipo e constitui um meio prático de alcan-
çar o desenvolvimento pessoal.
1 97 1
prir as práticas sugeridas para o seu progresso enquanto pessoa e
na sua profissão.
RESPIRAÇÃO E CONCENTRAÇÃO
Esta prática foi concebida para acalmar a sua mente, dirigir
a sua atenção para dentro e concentrá-la. Se quiser, grave em fi-
ta as instruções relativas às etapas abaixo e ponha a fita para ro-
dar na hora de praticar. Cumpra então essas etapas por alguns mi-
nutos ou por quanto tempo quiser. No começo, o melhor tempo
é de dez a vinte minutos. É claro que você pode fazer o exercício
de respiração sempre que precisar diminuir a reatividade e con-
centrar-se novamente. Quando você o usar para fazer as práticas
descritas mais adiante nesta parte do livro, sugerimos que o prati-
que apenas por alguns instantes.
Etapas
1 98 1
po. Esse local bem lá no fundo, onde as energias do corpo
se reúnem, constitui uma base sólida a partir da qual você
pode abrir o coração e tornar-se receptivo a si mesmo e aos
outros.
4. Quando a atenção se desviar da respiração para fixar-se
em algum pensamento, sentimento ou sensação, limite-se
a observar o movimento dela. Deixe-a então voltar à res-
piração. Se você continuar simplesmente seguindo a res-
piração, há de libertar-se aos poucos das suas preocupações
e reações cotidianas.
5. Depois de terminar a prática, deixe a atenção voltar-se
lenta e suavemente para o seu ambiente externo. Tome
consciência de que está sentado na cadeira, ouça os sons
ao seu redor e abra os olhos.
1 99 1
2. O controle da atenção e da energia depende da auto-ob-
servação. A capacidade de auto-observação é essencial pa-
ra que você possa redirecionar deliberadamente sua aten-
ção e sua energia, mudando assim, em conseqüência, o seu
comportamento.
3. Embora a auto-observação tome-se mais fácil com a prá-
tica, nunca se toma automática. Exige um esforço contí-
nuo.
1 100 1
Princípio li: Os Três Centros de Inteligência
1 101 1
uma imagem de si mesmo que fará com que os outros o
aceitem e o vejam como uma pessoa toda especial. Evi-
dentemente, não só os tipos do Centro Cardíaco, mas
também todos os outros tipos, dependem da inteligência
emocional para desenvolver as qualidades superiores do
Centro Cardíaco, como a compaixão, a bondade, a com-
preensão e a capacidade de identificar-se com o próximo.
2. Centro Cefálico. Se você é um tipo do Centro C e f á l i c o -
Tipos Cinco, Seis e Sete - , tende a perceber o mundo
através do filtro cognitivo das faculdades mentais. Os ob-
jetivos dessa estratégia são os de minimizar a ansiedade, li-
dar com situações potencialmente dolorosas e adquirir
uma sensação de certeza por meio dos processos mentais
de análise, concepção, imaginação e planejamento. Evi-
dentemente, não só os tipos do Centro Cefálico, mas tam-
bém todos os outros tipos, dependem da inteligência men-
tal para desenvolver as qualidades superiores do Centro
Cefálico, como a sabedoria, o entendimento, a intuição e
a prudência.
3. Centro Somático. Se você é um tipo do Centro Somático
- T i p o s Oito, Nove e U m - , tende a perceber o mundo
através do instinto e de uma inteligência das sensações fí-
sicas e cinestéticas. Usa a posição que ocupa e o poder que
detém para tornar a vida de acordo com o que você acha
que ela deve ser. Cria estratégias para assegurar o seu lugar
no mundo e minimizar o desconforto. Evidentemente,
não só os tipos do Centro Somático, mas também todos os
tipos, dependem da inteligência somática para ter acesso
à energia necessária para a ação, discernir quanta força de-
ve ser aplicada às diversas situações e adquirir a sensação
firme de estar ligado a este mundo.
1 102 1
Prática do Uso dos Três Centros de Inteligência
Nos dias em que você se dedicar a esta prática, reserve alguns
minutos ao fim do dia para responder às perguntas seguintes. Se
quiser, escreva as suas respostas num diário.
1 103 1
energia ativa e até mesmo a subestimá-la. Às vezes ela é
chamada de energia de compreensão, pois é ela que absor-
ve a assimila as impressões. Chama-se também energia ne-
gativa, pois contrapõe-se à energia ativa e reage a ela. Não
obstante, a energia receptiva é um pré-requisito para a ter-
ceira energia: a energia de reconciliação.
3. Energia de Reconciliação. A energia de reconciliação é a
energia da consciência. É ela quem estipula a proporção
correta entre as energias ativa e receptiva, pondo-as em
equilíbrio e em harmonia. Neste sentido, a energia de re-
conciliação é a energia soberana de que você precisa para
agir corretamente. Às vezes é chamada de energia de pre-
servação, energia neutralizante ou energia neutra, pois,
embora não ocupe um lugar próprio, ela equilibra as ou-
tras duas energias e, em última análise, é a principal res-
ponsável pela conservação da sua vida.
1 104 1
Prática de Equilíbrio das Três Energias Vitais
Nos dias em que você se dedicar a esta prática, reserve alguns
minutos ao iniciar o dia para acalmar-se e concentrar-se, dedican-
do-se à prática da respiração por alguns instantes. Então repita pa-
ra si mesmo uma dessas duas afirmações:
1 105 1
como a segurança, o conforto, a proteção e a posse de re-
cursos suficientes.
2. Subtipo Social. Sua atenção e sua energia se voltam para
questões ligadas à sua inserção no grupo e na comunida-
de, tais como o papel social, o status social, a aceitação por
parte do grupo, a participação no grupo, a camaradagem e
o companheirismo.
3. Subtipo Íntimo. Sua atenção e sua energia se voltam para
questões ligadas aos relacionamentos íntimos, tais como o
estabelecimento de vínculos com pessoas especiais, a inti-
midade sexual, a atração sexual, a proximidade, a união e
a fusão com outra pessoa.
1 106 1
• De que maneira os subtipos de autopreservação, social e
íntimo se manifestam em minha vida, e qual deles tende a
predominar?
• Quais são as dificuldades que a preocupação ligada ao meu
subtipo provoca nos meus relacionamentos, e de que ma-
neira essa preocupação faz bem aos relacionamentos?
• O que preciso fazer ou parar de fazer para equilibrar os três
subtipos em minha vida?
1 107 1
zagem exige que você observe conscientemente os seus
pensamentos, sentimentos e sensações. A consciência das
tendências específicas geradas pelas crenças básicas, pelas
estratégias de tolerância e pelo direcionamento da aten-
ção do seu tipo lhe dá a liberdade de escolha na ação. Es-
te nível de conhecimento envolve o questionamento e a
reflexão acerca dos seus pressupostos usuais e a substitui-
ção das reações automáticas por ações conscientes e deli-
beradas. Para trabalhar neste nível de conhecimento e
aprendizagem, você precisa interiorizar as informações
contidas nas páginas de Descrição dos Tipos e as práticas
de comportamento apresentadas nesta segunda parte do
livro.
3. Conhecimento Direto: Aprendizagem Transformadora. O
terceiro nível de conhecimento e aprendizagem aprovei-
ta a energia específica do seu tipo e emprega-a como agen-
te de transformação para levar você a transcender o tipo,
juntamente com suas crenças básicas, suas estratégias e seu
direcionamento da atenção. O conhecimento direto ba-
seia-se num nível de consciência que permite que a ação
venha antes, e não depois, dos pensamentos, sentimentos
e sensações habituais do seu tipo. Esse conhecimento,
também chamado de aprendizagem transformadora, exige
que você esteja disposto a perceber a vida a partir de um
ponto de vista que não se baseia numa posição ou numa
identid0de fixa. Exige que você assuma uma atitude de
abertura e receptividade, na qual as tendências específicas
da personalidade simplesmente não existem. Com essa
atitude, a curiosidade intelectual e a abertura emocional
permitem que você capte a vida diretamente, sem a dis-
torção imposta pelas tendências do seu tipo. O Eneagra-
1 i08 1
ma nos proporciona meios específicos para pôr em prática
essa obra de transformação. O domínio deste nível de co-
nhecimento e aprendizagem é uma tarefa para a vida in-
teira e totalmente voluntária. "O objetivo último do meu
progresso", nas páginas de Descrição dos Tipos, e as práti-
cas de reflexão apresentadas nesta parte do livro, podem
dar uma idéia do que seja a obra da transformação.
1 109 1
4. Contenção das Energias. Contenha suas energias: concen-
tre a atenção em saber quais são os seus sentimentos, em
vez de descarregar as energias da maneira habitual, deter-
minada pelo seu tipo. Resista ao impulso de agir imedia-
tamente.
5. Consideração do Sentido da Reação Habitual. Usando a in-
vestigação interior e a reflexão sobre você mesmo, descu-
bra qual é o sentido da sua reação automática habitual.
6. Conversão da Energia numa Conduta Consciente. Conver-
ta suas reações habituais numa conduta consciente, usan-
do a consciência para estimular e determinar meios mais
saudáveis de ação.
7. Compaixão. Manifeste a compaixão, adotando uma atitu-
de de bondade e ternura em relação a você mesmo e aos
outros.
8. Conseqüências. Descubra quais são as conseqüências da sua
conduta consciente pela observação dos efeitos do seu
comportamento sobre você mesmo e as outras pessoas.
9. Clareza. Compreenda com mais clareza o processo de de-
senvolvimento pessoal e profissional, refletindo sobre os
anteriores oito elementos desse progresso e interiorizan-
do-os.
Você pode usar esse processo de nove etapas qualquer que se-
ja o seu tipo específico de personalidade: procure simplesmente
concentrar-se nas questões e dilemas relacionados com seu tipo.
Se uma das etapas lhe der mais dificuldades, direcione a sua aten-
ção para o domínio dessa etapa específica.
1 no 1
li. PRÁTICAS ESPECÍFICAS PARA CADA UM DOS TIPOS
A seguir, você encontrará práticas específicas para cada um
dos nove tipos de personalidade. Essas práticas lhe darão a opor-
tunidade de tomar mais consciência do funcionamento da sua
personalidade, de agir para mudar sua conduta habitual, de pro-
gramar e reavaliar seu progresso enquanto ser humano e de refle-
tir sobre o objetivo último desse progresso.
1 111 1
PRÁTICAS PARA O PERFECCIONISTA (TIPO 1)
Recomendamos que você escolha uma única prática e come-
ce a trabalhar com ela antes de passar às demais. É possível que
você precise praticar cada uma delas por uma semana ou mais pa-
ra perceber que está progredindo. Talvez lhe seja util escrever um
diário, para registrar as suas reações cotidianas às práticas.
Prática da Consciência
Prática da Ação
1 112 1
Fique atento para a sua resistência interior a fazer coisas agra-
dáveis. Use essa resistência, quando ela aparecer, como um sinal
de que você deve mesmo fazer essas coisas.
Para avaliar os efeitos desta prática para você, veja se o tra-
balho e o prazer estão mais equilibrados em sua vida. Lembre-se
que os Perfeccionistas podem ficar tão obcecados pela sua noção
de responsabilidade e de antepor o trabalho ao prazer que, embo-
ra arquem com o trabalho, não chegam jamais ao prazer.
Programação:
Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
Avaliação:
1 113 1
O quanto consegui, hoje, aceitar os erros e enganos meus
e dos outros? O quanto consegui aceitar as diferenças? O
quanto consegui perdoar? O quanto consegui equilibrar e
harmonizar o trabalho e o prazer?
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Perfeccionista e a sua tarefa suprema. O lugar ideal pa-
ra fazer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Perfeccionistas perderam de
vista e precisam recuperar é o de que todos os seres são únicos e
cada um deles é perfeito do jeito que é. Portanto, a tarefa suprema
dos Perfeccionistas é a de resgatar a perfeição da vida pelo conhe-
cimento de que ela já é boa e perfeita, e não dividida em coisas
certas e coisas erradas, como eles a percebem. Será mais fácil cum-
prir essa tarefa se você aceitar os erros e as diferenças, praticar a
compaixão e o perdão em relação a si mesmo e aos outros e reser-
var algum tempo para simplesmente relaxar e gozar a vida.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
1 114 1
PRÁTICAS PARA O DOADOR (TIPO 2)
Prática da Consciência
Prática da Ação
1 115 1
emoções, use esse sentimento como sinal de que não está prestan-
do suficiente atenção aos seus quereres e necessidades.
Para avaliar os efeitos desta prática para si, veja se você está
se sentindo protegido e amado. Lembre-se que os Doadores têm a
forte tendência de reprimir as próprias necessidades e deixar-se
dominar pela satisfação das necessidades dos outros.
Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
1 116 1
os outros? Reservei algum tempo para atender aos meus pró-
prios interesses e necessidades?
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Doador e a sua tarefa suprema. O lugar ideal para fazer
isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Doadores perderam de vista e
precisam recuperar é o de que as necessidades de todas as pessoas
são sempre abundantemente atendidas. Portanto, a tarefa supre-
ma dos Doadores é a de perceber que, para ser aceitos e amados
pelos outros, não precisam ser-lhes indispensáveis; perceber que a
aceitação e o amor não são proporcionais ao quanto dão de si aos
outros. Será mais fácil cumprir essa tarefa se você perceber que
atender às suas necessidades e quereres, bem como receber dos ou-
tros o que você quer e precisa, é tão importante quanto atender
às necessidades e quereres dos outros.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
1 117 1
PRÁTICAS PARA O REALIZADOR (TIPO 3)
Recomendamos que você escolha uma única prática e come-
ce a trabalhar com ela antes de passar às demais. É possível que
você precise praticar cada uma delas por uma semana ou mais pa-
ra perceber que está progredindo. Talvez lhe seja útil escrever um
diário, para registrar as suas reações cotidianas às práticas.
Prática da Consciência
Prática da Ação
1 118 1
do e devagar. Deixe a atenção seguir a respiração até o centro do
corpo, afastando-se assim das exigências do mundo. Nesse estado
de silêncio e calma, determine-se a diminuir o seu ritmo de vida.
Para avaliar o valor desta prática para si, veja se você está
conseguindo dedicar algum tempo a ter consciência dos próprios
sentimentos e a ouvir o que os outros têm a lhe dizer. Lembre-se
que os Realizadores ficam tão obcecados pelas múltiplas metas
que têm a atingir e pelos resultados que querem obter que, por is-
so, excluem da consciência os próprios sentimentos e as coisas que
as outras pessoas tentam comunicar-lhes.
Programação:
Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
1 ll9 1
Em que medida consegui, hoje, distinguir entre o que pre-
ciso fazer e o que preciso parar de fazer? O quanto fui recep-
tivo aos meus verdadeiros sentimentos e harmonizei comes-
ses sentimentos o ritmo da minha vida?
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Perfeccionista e a sua tarefa suprema. O lugar ideal pa-
ra fazer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Realizadores perderam de vis-
ta e precisam recuperar é o de que todas as coisas funcionam e se
cumprem naturalmente, segundo as leis universais, e não simples-
mente pelos esforços da pessoa que age. Portanto, a tarefa supre-
ma dos Realizadores é a de saber que a aceitação e o amor depen-
dem de quem você é, e não do que você faz. Será mais fácil
cumprir essa tarefa se você aceitar que o objetivo da vida não é
estar sempre a realizar coisas no exterior.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
1 120 1
PRÁTICAS PARA O ROMÂNTICO (TIPO 4)
Prática da Consciência
Prática da Ação
1 121 1
Se você perceber que a sua atenção está se desviando para as
coisas que lhe faltam, ou começar a sentir-se decepcionado com
a sua vida atual, encare esse sentimento como um sinal de que de-
ve voltar a sua atenção para o momento presente e procurar dar
sentido e significado às coisas comuns.
Para avaliar o valor dessa prática para si, veja em que medi-
da o presente está lhe parecendo mais satisfatório e menos decep-
cionante. Lembre-se que os Românticos, pelo fato de deixarem a
sua atenção se absorver pelos ideais do passado e do futuro, geral-
mente não conseguem apreciar o que a vida cotidiana tem de
bom.
Programação:
Assim que se levantar pela manhã, concentre-se, praticando
por alguns instantes o exercício de respiração. Então diga para si
mesmo:
Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
1 122 1
Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Romântico e a sua tarefa suprema. O lugar ideal para
fazer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Românticos perderam de vista
e precisam recuperar é o de que todas as pessoas são profunda e per-
feitamente ligadas a todos os seres e coisas'. Portanto, a tarefa supre-
ma dos Românticos é a de perceber que o amor, o vínculo profun-
do do ser com a realidade, baseia-se na apreciação das coisas que já
estão presentes aqui e agora em nossa vida. Será mais fácil cumprir
essa tarefa se você perceber que os sentimentos de carência e de sau-
dade resultam de uma idealização do passado e do futuro, que im-
pede que você perceba as satisfações do momento presente.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pai;-
tar por essas verdades.
1 123 1
PRÁTICAS PARA O OBSERVADOR {TIPO 5)
Recomendamos que você escolha urna única prática e come-
ce a trabalhar com ela antes de passar às demais. É possível que
você precise praticar cada urna delas por urna semana ou mais pa-
ra perceber que está progredindo. Talvez lhe seja útil escrever um
diário, para registrar as suas reações cotidianas às práticas.
Prática da Consciência
Prática da Ação
1 124 1
em que você se retrai; interprete esse fato como um sinal de que
deve ficar presente e continuar ligado aos outros e à situação que
o rodeia.
Para avaliar o valor dessa prática para si, veja se você está
mais ligado aos seus sentimentos e às outras pessoas ou se está re-
caindo na tendência de recolher-se. Lembre-se que a idéia de
abundância vai contra o instinto que os Observadores têm a res-
peito da realidade: eles têm a sua atenção voltada para a escassez
e o esgotamento das energias, num mundo que parece exigir de-
mais deles e dar-lhes muito pouco em troca.
Programação:
Assim que se levantar pela manhã, concentre-se, praticando
por alguns instantes o exercício de respiração. Então diga para si
mesmo:
Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
1 125 1
Em que medida consegui, hoje, permanecer inserido no
fluxo da vida? O que fiz para ficar próximo das outras pessoas
e não me dissociar dos meus sentimentos? O que fiz para con-
trariar a tendência de me proteger e bater em retirada para
salvaguardar minhas reservas de energia?
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Observador e a sua tarefa suprema. O lugar ideal para
fazer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Observadores perderam de
vista e precisam recuperar é o de que o conhecimento e a energia
de que todas as pessoas necessitam existem em ilimitada abun-
dância. Portanto, a tarefa suprema dos Observadores é a de perma-
necer ligados ao fluxo da vida, dando e recebendo livremente. Se-
rá mais fácil cumprir essa tarefa se você perceber que o fato de
permanecer ligado aos seus sentimentos e próximo das outras pes-
soas não o leva à exaustão, mas sim renova as suas energias.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
1 126 1
PRÁTICAS PARA O CÉTICO FIEL (TIPO 6)
Prática da Consciência
Prática da Ação
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Quando se sentir apreensivo, ansioso ou assustado (reação
fóbica) - ou senão tenso, hiperexcitado e desafiador (reação
contrafóbica) - , respire profundamente para concentrar-se e li-
gar-se à realidade. Passe então à ação, lembrando-se de que não é
necessário que o medo vá embora para que você possa agir.
Para avaliar o valor dessa prática para si, veja se você tem
agido da maneira correta sem antes ter de esforçar-se demasiado
para afastar os temores ou dar uma justificativa válida ao seu cur-
so de ação. Lembre-se que os Céticos Fiéis habitualmente fogem
dos perigos (reação fóbica) ou enfrentam-nos com arrogância
(reação contrafóbica). Para suportar as dúvidas e o medo, o Tipo
Seis fóbico busca a segurança e o Tipo Seis contrafóbico desafia a
segurança. Tanto a fuga quanto a luta desesperada são reações à
idéia de um perigo iminente.
Programação:
Assim que se levantar pela manhã, concentre-se, praticando
por alguns instantes o exercício de respiração. Então diga para si
mesmo:
Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
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Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Cético Fiel e a sua tarefa suprema. O lugar ideal para
fazer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Céticos Fiéis perderam de vis-
ta e precisam recuperar é o de que todos nós temos fé em nós mes-
mos, nas outras pessoas e no mundo em ge al. Portanto, a tarefa
suprema dos Céticos Fiéis é a de confiar em si mesmos e nos ou-
tros. Será mais fácil cumprir essa tarefa se você perceber seu me-
do e suas dúvidas e procurar acalmá-los; se se dispuser a agir ape-
sar do medo e das dúvidas; e se aceitar a ,incerteza como parte
natural da vida.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
1 129 1
PRÁTICAS PARA O EPICURISTA {TIPO 7}
Recomendamos que você escolha uma única prática e come-
ce a trabalhar com ela antes de passar às demais. É possível que
você precise praticar cada uma delas por uma semana ou mais pa-
ra perceber que está progredindo. Talvez lhe seja útil escrever um
diário, para registrar as suas reações cotidianas às práticas.
Prática da Consciência
Preste muita atenção ao quanto você dedica a sua atenção e
a sua energia a fazer planos relacionados a possibilidades agradá-
veis e positivas. Várias vezes por dia, faça uma pausa de mais ou
menos um minuto e procure responder às seguintes perguntas:
Prática da Ação
Lembre-se que os Epicuristas, para fugir do medo, da dor e
das suas limitações, geram na mente uma multiplicidade de op-
ções positivas que passam então a buscar. Na verdade, porém, eles
se limitam a si mesmos quando alimentam o hábito de afastar-se
de todas as coisas que poderiam assustá-los ou causar-lhes dor e
sofrimento.
Por isso, todo dia, esforce-se conscientemente para cumprir
todos os compromissos que assumiu e atender a todas as respon-
sabilidades que pesam sobre você, sem ligar para o sofrimento e a
frustração que certamente decorrerão dessa atitude.
1 130 1
Admita a sua tendência de fugir de tudo quanto parece ne-
gativo ou ameaça limitá-lo. Veja como você sempre arranja exce-
lentes motivos e ótimas alternativas para fugir do que não quer fa-
zer. Fique atento para os momentos em que alguma coisa (esta
prática, por exemplo) começa a parecer frustrante e limitadora.
Use essa impressão como um sinal para lembrá-lo: "ajoelhou, tem
que rezar" - você precisa terminar o que começou.
Para avaliar o valor dessa prática para si, veja se você está
cumprindo melhor os seus compromissos e atendo-se às responsa-
bilidades, sobretudo as que lhe parecem tediosas, frustrantes e de-
sagradáveis. Repare no sentimento que isso lhe dá. Lembre-se que
os Epicuristas usam a estratégia de deixar a vida sempre animada
e sem limites rígidos, o que os leva a encontrar sempre uma boa
desculpa para fugir das responsabilidades dolorosas ou frustrantes.
Programação:
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Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
Em que medida consegui, hoje, conservar a atenção e as
energias voltadas para o momento presente? Em que medida
consegui me lembrar do bem-estar dos outros, e não só do
meu? Em que medida cumpri o compromisso de me dedicar
a esta prática?
Use os resultados dessa avaliação para orientar seus pensa-
mentos e ações no dia seguinte.
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Epicurista e a sua tarefa suprema. O lugar ideal para fa-
zer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Epicuristas perderam de vista
e precisam recuperar é o de que a vida é um espectro de múltiplas
possibilidades que devem ser, todas elas, vividas em profundida-
de, com atenção e concentração constantes. Portanto, a tarefa su-
prema dos Epicuristas é a de aceitar que, para ser completa, a vi-
da deve trazer em si a alegria e a tristeza, o prazer e a dor, a
oportunidade e a limitação. Será mais fácil cumprir essa tarefa se
você aceitar a vida tal como ela se apresenta no momento presen-
te; se permanecer ligado à realidade, mesmo na presença de emo-
ções incômodas ou tarefas tediosas.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
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PRÁTICAS PARA O PROTETOR {TIPO 8 )
Recomendamos que você escolha uma única prática e come-
ce a trabalhar com ela antes de passar às demais. É possível que
você precise praticar cada uma delas por uma semana ou mais pa-
ra perceber que está progredindo. Talvez lhe seja útil escrever um
diário, para registrar as suas reações cotidianas às práticas.
Prática da Consciência
Prática da Ação
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Perceba que esse impulso de se expressar provém do seu es-
tômago, do seu corpo. Contenha o impulso inicial de agir direta-
mente e dedique-se a ponderar as conseqüências da sua ação. Per-
gunte a si mesmo se não seria melhor agir com um pouquinho de
diplomacia.
Para avaliar o valor dessa prática para si, veja se você tem res-
peitado os limites e as opiniões dos outros. Lembre-se que os Pro-
tetores sempre consideram que os outros, se não estão com eles,
estão contra eles; isso dificulta-lhes a moderação na ação.
Programação:
Quando disser isso, creia que as mudanças que você está pro-
gramando já se operaram em você.
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Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Protetor e a sua tarefa suprema. O lugar ideal para fa-
zer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Protetores perderam de vista
e precisam recuperar é o de que todos nós somos naturalmente
inocentes e bem-intencionados e somos todos capazes de intuir a
verdade. Portanto, a tarefa suprema dos Protetores é a de resgatar
sua inocência original, a inocência de colocar-se diante de cada
situação sem já ter uma opinião formada sobre ela e sem querer
dominá-la pela força; e a de perceber que a verdade provém das
leis universais, não das opiniões e da força individuais. Será mais
fácil cumprir essa tarefa se você se colocar diante de cada situa-
ção com uma energia ou uma força proporcionais à situação, e se
tiver pelos outros o mesmo respeito que tem por si mesmo.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
1 135 1
PRÁTICAS PARA O MEDIADOR (TIPO 9)
Recomendamos que você escolha uma única prática e come-
ce a trabalhar com ela antes de passar às demais. É possível que
você precise praticar cada uma delas por uma semana ou mais pa-
ra perceber que está progredindo. Talvez lhe seja útil escrever um
diário, para registrar as suas reações cotidianas às práticas.
Prática da Consciência
Preste muita atenção a como sua atenção e sua energia são
atraídas e dispersadas pelas muitas exigências e pedidos que lhe são
feitos, levando você à indecisão e a adotar uma atitude excessiva-
mente submissa e servil. Várias vezes por dia, faça uma pausa de mais
ou menos um minuto e procure responder às seguintes perguntas:
Prática da Ação
Lembre-se que os Mediadores tendem a deixar que sua aten-
ção se volte para tudo o que têm ao seu redor, o que lhes dá a sen-
sação de que fazem parte de um grupo maior. É essa sensação de
estar inserido num grupo que os faz sentir-se importantes, poises-
queceram-se do seu verdadeiro valor enquanto pessoa.
Por isso, todo dia, esforce-se conscientemente para direcio-
nar a atenção às coisas que são importantes para você e para em-
pregar sua energia em vista das suas prioridades, apesar dos con-
flitos e do sentimento incômodo que certamente lhe sobrevirão
por causa disso.
1 136 1
Perceba que o incômodo se manifesta num aperto no estô-
mago. Esteja ciente de que você segue as prioridades dos outros e
dirige sua atenção para prazeres insignificantes ou tarefas secun-
dárias só para diminuir esse aperto. Esforce-se ao máximo para
não usar essas técnicas de tolerância; para manter-se firme; para
reconhecer que você, como indivíduo, tem valor no universo; e
para se expressar de acordo com tudo isso.
Para avaliar o valor dessa prática para si, veja se você está se
dedicando às atividades que lhe são importantes e se isso o está
ajudando a reconhecer que você mesmo, como indivíduo, é im-
portante. Pense em como você está enfrentando as situações de
conflito ou incômodo, reais ou potenciais. Lembre-se que os Me-
diadores fazem de tudo para evitar conflitos e buscar o conforto e
a comodidade; essa é a estratégia que adotam para defender-se da
crença de que suas prioridades e opiniões não têm a menor impor-
tância na ordem das coisas.
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Avaliação:
À noite, reserve alguns minutos para avaliar o progresso do
dia. Com a mente e o coração abertos, pergunte a si mesmo:
Prática da Reflexão
Pelo menos uma vez por semana, passe algum tempo num lu-
gar tranqüilo para compreender e contemplar o princípio funda-
mental do Mediador e a sua tarefa suprema. O lugar ideal para fa-
zer isso é ao ar livre, junto à natureza.
O princípio fundamental que os Mediadores perderam de vista
e precisam recuperar é o de que todos os seres são filhos da exis-
tência universal, que é intimamente unida a cada um deles e ama-
os a todos individualmente com um amor incondicional. Portan-
to, a tarefa suprema dos Mediadores é a de desenvolver um amor
incondicional por si mesmos e resgatar a noção de que têm, como
indivíduos, a mesma importância que os outros. Será mais fácil
cumprir essa tarefa se você prestar atenção à sua opinião e às suas
prioridades; e se, nas suas ações, não dissipar suas energias em coi-
sas insignificantes, mas buscar sempre as coisas essenciais tanto pa-
ra você quanto para o próximo.
Pense, então, no quanto a sua vida vai mudar se você se pau-
tar por essas verdades.
1 138 1
APÊNDICE A:
OUTROS RECURSOS
RELACIONADOS COM O
ENEAGRAMA
Os recursos de estudo, informação e aprendizagem aqui arrolados es-
tão ligados à Tradição Oral do Eneagrama, de Helen Palmer. O ensino e
o aprendizado dessa tradição envolvem o uso do método de entrevista por
painéis e do princípio de autodescoberta. A Essência do Eneagrama baseia-
se nesse último princípio. A tradição oral permite que todos os indivíduos
afirmem por si mesmos a verdade do seu ser.
Livros
The Enneagram: Understanding Yourself and the Others in Your Life, de He-
len Palmer. São Francisco: HarperSanFrancisco, 1988.
The Enneagram in Lave and Work, de Helen Palmer. São Francisco: Har-
perSanFrancisco, 1995.
The Pocket Enneagram, de Helen Palmer. São Francisco: HarperSanFran-
cisco, 1995.
The Enneagram Advantage, de Helen Palmer. Nova York: Harmony Books,
1998.
Healing Your Habit of Mind: Practical Applications od the Enneagram in Dai-
ly Life, de David Daniels e Helen Palmer. No prelo.
1 139 1
Vídeos
Helen Palmer:
The Stanford University Panels of the Nine Types (com David Daniels),
1994.
Nine Points ofView on Addiction and Recovery, 1994.
Women on Relationship and Men on Relationship, 1994.
Fitas Cassete
The Enneagram: Eight-Hour Introduction by Helen Palmer.
Produzida pela Sounds True Recordings.
Pode ser obtida através de Helen Palmer, no mesmo endereço dado aci-
ma, ou da Sounds True: (800) 333-9185.
1 140 1
Associações
lnternational Enneagram Association (IEA)
Sede: 849 Independence Avenue, Suite B
Mountain View, C A 94043
Telefone: (650) 903-8320
Website: www.intl-enneagram-assn.org
Aulas de Eneagrama
Programas, oficinas e seminários de ensino do Eneagrama aplicado à vida
pessoal e profissional:
1442A Walnut Street, Suite 377
Berkeley, C A 94 709
Telefone: (510) 843-7621
E-mail: PalmrDanls@aol.com ou drdaniels@batnet.com
Website: www.authenticenneagram.com (propostas de negócios)
www.enneagram-site.com
Periódico Informativo
Enneagram Monthly
11 7 Sweetmilk Creek Road
Troy, NY 12180-9105
Telefone: (518) 279-4444
E-mail: enneamonth@aol.com
1 141 1
APÊNDICE B:
VALIDADE DO TESTE ESSENCIAL
DO ENEAGRAMA
1 142 1
conhecimento algum do sistema como um todo. Sessenta e cinco por cen-
to deles eram mulheres, trinta e cinco por cento homens.
Comparamos a conclusão a que cada indivíduo chegou em seu Teste
Essencial do Eneagrama com um ou outro de dois critérios fundamentais:
1 143 1
dos ao seu tipo de personalidade. Por isso, também calculamos a probabi-
lidade de as pessoas, tendo escolhido o parágrafo referente a um determi-
nado tipo, serem de cada um dos outros oito tipos, depois de a sua auto-
avaliação ser refutada por um ou outro dos dois critérios utilizados. As
páginas de Determinação dos Tipos mostram essas outras análises. Por
exemplo: oito por cento das pessoas que escolheram o parágrafo do Per-
feccionista são, na verdade, de tipo Romântico; oito por cento são Céti-
cos Fiéis; sete por cento são Doadores; e cinco por cento são Mediadores.
Os restantes seis por cento daqueles que se avaliaram como Perfeccionis-
tas distribuíam-se, na verdade, entre os outros quatro tipos.
As páginas de Determinação dos Tipos mostram qual é a probabili-
dade de o tipo que você escolheu ser o seu tipo correto. Mostra também
quais são as probabilidades de o seu tipo ser algum dos outros. Nessas mes-
mas páginas, você obterá instruções detalhadas de como comprovar apre-
cisão da sua escolha.
Fizemos, depois, mais algumas análises estatísticas. Analisamos ca-
da um dos parágrafos quanto à sensibilidade, à especificidade, ao valor de
previsão positiva, ao valor de previsão negativa e à eficiência enquanto
teste; avaliamo-lo também segundo o Teste de Capa, formulado por Co-
hen, de correlação intraclasses. Computamos as estatísticas Capa nas no-
ve escalas do teste para obter uma medida da concordância geral deste.
A validade do teste, medida pela congruência entre as respostas dos que
o empreenderam e os critérios de verificação, foi considerada significati-
va tanto do ponto de vista estatístico quanto do ponto de vista clínico.
O valor global de Capa para o teste como um todo foi de 0.5254 (P <
0.0001), ou seja, um grau significativo de concordância. Todas as análi-
ses dos itens individuais mostraram-se concordantes ou revelaram uma
correlação significativa dentro da sua própria classe, com P sempre me-
nor que 0.0001. Empreendemos uma análise de confiabilidade com um
pequeno grupo (n = 62) de estudantes de pós-graduação que nada sabiam
do assunto. Demos-lhes versões alternativas do teste com um intervalo
de quatro semanas entre elas, sem falar-lhes nada a respeito do Eneagra-
ma e sem introduzir nenhuma outra tendência que poderia induzir à dis-
crepância. Essa análise resultou numa concordância significativa: Capa
= 0.589 (P < 0.0001 ).
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