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RESUMO PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA

A psicoterapia psicodinâmica é tratamento psicoterapêutico que pode ser breve (psicoterapia


psicodinâmica breve/focal) ou de longo prazo (quando o tratamento passa de 6 meses). Embora
tenha suas raízes na psicanálise, a psicoterapia psicodinâmica evoluiu e incorporou diversas
correntes teóricas, tornando-se uma abordagem flexível e adaptável para tratar uma variedade de
problemas psicológicos.

Fins diagnósticos: Utiliza uma ou mais teorias psicodinâmicas para explicar a personalidade, o
comportamento, as relações, os apegos, ou seja, a estrutura do sujeito (padrões estáveis de
funcionamento psicológico que são repetidos e previsivelmente ativados em contextos particulares.
Isso significa que as estruturas psicológicas não são estruturas no sentido concreto, mas processos
psicológicos que podem ser conceitualizados como disposições para organizar a experiência
subjetiva e o comportamento de certas formas previsíveis. Os sistemas motivacionais, os
mecanismos de enfrentamento, os padrões de relação e os processos que funcionam para regular o
humor e os impulsos são todos exemplos de estruturas psicológicas).

Fins psicoterapêuticos: Técnicas de intervenção verbais (livre associação, interpretação, sugestão,


clarificação, psicoeducação etc) e não-verbais (rapport, escuta ativa, atenção flutuante, regra da
abstinência, manejo e da resistência, manejo da transferência etc).

Principais teorias utilizadas para explicar a estrutura (diagnóstico estrutural):

 Teoria do Ego de Freud: A teoria do ego de Sigmund Freud é uma parte fundamental da sua
teoria psicanalítica da personalidade. O ego é uma das três instâncias da mente, juntamente
com o id e o superego. O ego age como um mediador entre as demandas conflitantes do id,
que representa impulsos e desejos primitivos, e o superego, que representa normas sociais e
morais internalizadas.

O ego tem a função de encontrar um equilíbrio entre as demandas do id e as restrições do


superego, tomando decisões racionais e realistas. Também utiliza mecanismos de defesa,
como a repressão e a negação, para lidar com conflitos psicológicos. A teoria do ego de
Freud enfatiza a importância do equilíbrio psicológico para a saúde mental.
 Teoria das Relações Objetais de Klein: A teoria das relações objetais de Melanie Klein
concentra-se nas relações interpessoais desde os primeiros anos de vida, especialmente com
as figuras de apego, geralmente a mãe. Klein argumenta que as experiências emocionais na
infância, em particular os relacionamentos com as figuras de apego, têm um impacto
significativo no desenvolvimento da personalidade.

Klein descreve a psicodinâmica do indivíduo em termos de relações com "objetos internos",


representações mentais das figuras de apego. Ela enfatiza o papel dessas representações na
formação de sentimentos de segurança, ansiedade, amor e ódio. A teoria das relações
objetais busca compreender como os padrões interpessoais formados na infância
influenciam os relacionamentos e o funcionamento emocional na vida adulta.

 Teoria do Self de Kohut: Heinz Kohut desenvolveu a teoria do self, que se concentra na
formação do self e na importância da empatia e do apoio emocional nas primeiras fases da
vida. Kohut argumenta que as crianças precisam de um ambiente que atenda às suas
necessidades emocionais e forneça empatia e validação para desenvolver um self saudável.
A teoria do self enfatiza a importância da autorregulação emocional e da autoestima.
Quando as necessidades de validação e empatia não são atendidas na infância, pode ocorrer
uma deficiência no desenvolvimento do self, levando a problemas psicológicos, como baixa
autoestima, narcisismo patológico e dificuldades na regulação emocional.

 Teoria do Apego de Bowlby: A teoria do apego de John Bowlby foca nas relações de apego
entre crianças e suas figuras de cuidado. Bowlby argumenta que o apego é uma necessidade
inata e fundamental para a sobrevivência e o desenvolvimento emocional das crianças. Ele
descreve três tipos principais de apego: seguro, ansioso e evitativo.

A teoria do apego enfatiza como as experiências de apego na infância podem influenciar os


padrões de relacionamento ao longo da vida. Crianças com um apego seguro geralmente
desenvolvem relacionamentos saudáveis e confiáveis, enquanto aqueles com um apego
inseguro podem enfrentar desafios em seus relacionamentos interpessoais.

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