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DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE

SOCIEDADES
Perspectiva Contabilística e Fiscal

António Sousa Martins

Fases

DISSOLUÇÃO

LIQUIDAÇÃO

PARTILHA

CTOC - Braga, 13.09.2004 António Sousa Martins


Formalidades da Dissolução

A dissoluçã
dissoluçãoo deve obedecer a uma das
seguintes formas:
• Por escritura pú
p ública;

• Acta da deliberaçã
deliberaçãoo da dissoluçã
dissolu ção
o tomada

pela Assembleia Geral lavrada por Notá


Notário.

• Acta do Secretá
Secretário da Sociedade;

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Consequências da Dissolução

Obrigaçõ
Obrigações
es Contabilí
Contabilísticas

• Dever
Deverãão ser encerradas contas com referê
referência à
data da dissoluçã
dissolu ção
o determinando um resultado
desde o iní
in ício do ano até
até esta data;
Contas Reportadas à Data da Dissolução

• Encerramento das Contas e Apuramento dos Resultados


reportados à data da dissolução;
• As contas devem conter os mesmos elementos que as contas do
final de exercício;
• Aprovadas pela Assembleia Geral;
• Depósito na Conservatória (com a acta da AG);
• Registo no Livro Inventários e Balanço;
• Encerramento e Reabertura.
• Não existe a obrigação de entrega de um mod. 22 específico do
período;

Balanço na data da Dissolução

ACTIVO CAP. PRÓPRIO

Imobilizado 5 000 Capital Social 950


Amortiz. Acum. (4 000) Reservas 300
1 000 Res. Líquidos
Existências 700 do exercício (100)
Créditos c/ prazo 300 ______
Caixa 100 1 150
Bancos 1 050 PASSIVO
Débitos c/ prazo 2 000
_______ ______
3 150 3 150

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Fases de uma Liquidação

• Alienação dos activos líquidos; (corpóreos e


incorpóreos !)
• Cobrança das dívidas activas;
• Pagamento dos passivos;
• Apuramento dos Resultados da Liquidação;
• Formulação do Balanço Final de Liquidação;

Contas a utilizar no processo de liquidação


Alternativas:

A): Registando todas as operações de


liquidação directamente na conta
8.8.4 - Resultados da Liquidação.

B): Registando nas respectivas contas


de Custos e Proveitos, transferindo
no final para a conta
8.8.4 – Resultados da Liquidação.
Balanço na data da Dissolução

ACTIVO CAP. PRÓPRIO

Imobilizado 5 000 Capital Social 950


Amortiz. Acum. (4 000) Reservas 300
1 000 Res. Líquidos
Existências 700 do exercício (100)
Créditos c/ prazo 300 ______
Caixa 100 1 150
Bancos 1 050 PASSIVO
Débitos c/ prazo 2 000
_______ ______
3 150 3 150

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Fluxos financeiros e económicos na liquidação

Receita/Despesa Custo/Proveito

A alienação de:
-Imobilizado, gerou
+ 800 - 200
-Existências, gerou + 850 + 150

O receb.Clientes,gerou + 300
O pagam.Fornec., gerou -2 000
__________ __________
Fluxo Cx / Resultado - 50 - 50

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Balanço de Partilha

ACTIVO CAP. PRÓPRIO

Caixa 100 Capital Social 950


Bancos 1 000 Reservas 300
Res. Líquidos:
- do exercício (100)
- da liquidação ( 50)

_______ _______
1 100 1 100
_______ _______

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Dissolução, Liquidação e Partilha de Sociedades

Partilha

ü Eliminação das contas de capitais


próprios e discriminação dos
créditos dos accionistas.

ü Pagamento aos sócios do


remanescente
Contabilização da Partilha
1º - I m p u t a ç ã o d o c a p i t a l a o s s ó c i o s :
51... Capital Social

a 2558 Sócios c/ Liquidação 950

2º - I m p u t a ç ã o d a s r e s e r v a s a o s s ó c i o s :
57... Reservas
a 2558 Sócios c/ Liquidação 300

3º - I m p u t a ç ã o d o s r e s u l t a d o s a o s s ó c i o s :
2558 Sócios c/ Liquidação

a 881 Resultado do Exercício 100


a 884 Resultado da Liquidação 50

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Contabilização da Partilha

4º - E n t r e g a d o s v a l o r e s a p a r t i l h a r

2558 Sócios c/ Liquidação

a 111 Caixa 100


a 121 Depósitos à Ordem 1000

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Consequências da Dissolução

Obrigações Fiscais

Dissolução/ Liquidação numa Perspectiva Fiscal

Cessação de actividade:
• Conceito no Código do IVA
a) “Deixem de praticar-
praticar-se actos relacionados
com actividades determinantes da
tributaçã
tributaçãoo ...”
b) Se esgote o activo da empresa, pela venda
dos bens.....
c) Seja partilhada a heranç
herança indivisa .....
d) Se dê
d ê a transferê
transferência do estabelecimento
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Dissolução/ Liquidação numa Perspectiva Fiscal

Cessação de actividade:

• Conceito no Código do IRC


a) Relativamente às entidades com sede ou
direcçã
direcçãoo efectiva em territó
território portuguê
português, na
data do encerramento da liquidaçã
liquidaçãoo ...
b) Relativamente às entidades que nã
não tenham
sede nem direcçã
direcçãoo efectiva em territó
território
portuguê
portugu ês, na data em que cessarem
totalmente o exercí
exercício da sua actividade ...
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Dissolução/ Liquidação numa Perspectiva Fiscal

• A cessaçã
cessação
o de actividade deverá
dever á reportar
reportar--se à data
do registo do encerramento da liquidaçã
liquidação
o, por ser
esse o momento em que se considera extinta a
sociedade, conforme disposto no n.º
n.º 2 do artigo 160.º
160. º
do CSC;

• Para verificaçã
verificação
o desta data, deverã
dever ão os serviç
serviços
solicitar aos contribuintes, documento comprovativo
do pedido de registo do encerramento da liquidaçã
liquidação
o
na Conservató
Conservatória do Registo Comercial competente;
Oficio circulado n.º 020063 da Direcçã
Direcção
o de Serviç
Servi ços do IRC de 03 de Mar ç o de 2002
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Dissolução/ Liquidação numa Perspectiva Fiscal

Ø É a partir deste pedido de registo que, nos


termos do n. º 3 do artigo 112. ºdo Có
Có digo do IRC,
começ
come ç a a contar o prazo de 30 dias para que
seja apresentada a competente Declaraçã
Declaração o de
Rendimentos (Mod. 22) que será ser á tamb
tambéém
apresentada como Declaraçã
Declaração o de Cessaçã
Cessação o;
Ø Deverá
Dever á ainda neste prazo ser apresentada a
Declaraçã
Declara ção
o de Cessaçã
Cessa çãoo de Actividade nos
termos do n.6 do art.º
art.º 110 do CIRC.

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Tributação das Sociedades em liquidação

Período de liquidação

Ano n Ano n+1 Ano n+2

Período de tributação
n.1 do art.º 73.º do CIRC

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Tributação das Sociedades em liquidação

Período de liquidação

Ano n Ano n+1 Ano n+2

Imposto Imposto Imposto


provisório provisório provisório

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Tributação das Sociedades em Liquidação

Período de liquidação

Ano n Ano n + 1 Ano n+2 Ano n+3 Ano n+4

Período de Período de Período de Período de Período de


tributação tributação tributação tributação tributação

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais

No ano da dissolução

Fiscais (IVA)
• Entrega no prazo de quinze dias a contar da
deliberaçã
deliberação:
o:
• Declara
Declaraçã
ção
o de Alteraçõ
Alterações
es IVA:
• Acrescentando à denomina
denominaçã çãoo social “ Sociedade em
Liquidaçã
Liquida ção
o” ou “ Liquida
Liquidaçã
ção
o” ;
• Alterando, se for caso disso, os
gerentes/administradores pelos liquidatá
liquidat ários;

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


No anos de liquidação

Fiscais (IVA)

• As Declara ções
Declaraçõ es Periódicas
Perió deverão
deverã ser enviadas

regularmente deduzindo e liquidando o imposto que, nos


termos gerais, se mostre devido.

• Excepto se, reunidos os pressupostos, tiver sido entregue


Declaraçã
Declara ção
o de Cessaçã
Cessa ção
o para efeitos de IVA;

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
Dissolução e liquidação no mesmo exercício
Relativas ao IRC
• Dever
Deveráá ser entregue uma única Declaraçã
Declaraçãoo de Rendimentos
Modelo 22, tendo como prazo de entrega 30 dias a contar

do registo da liquidaçã
liquidação;
o;
• Esta declaraçã
declaração
o funciona como Declaraçã
Declaração
o de Cessaçã
Cessação
o de

actividade para efeitos de IRC, devendo ser assinalado o

campo 03 do quadro 04 “ Declara


Declaraçã
çãoo de Perí
Período de
Cessaçã
Cessa ção
o” e ainda o campo 06 do mesmo quadro onde

será
será mencionada a data apresentaçã
apresenta ção
o da liquidaçã
liquidaçãoo na
Conservató
Conservat ó ria do Registo Comercial.
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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


Dissolução e liquidação no mesmo exercício

Data limite para entrega das


Dec. Mod.22 e da Declaração
Registo da Anual e Declaração de
Liquidação Cessação

30.06.2002 30.07.2002

30 dias

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Declaração Mod. 22 de Cessação

X
X X
xx/
xx /xx
xx//xxxx

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


Dissolução e liquidação em exercícios diferentes

Relativas ao IRC
No exercí
exercício da dissoluçã
dissolu ção
o
• Dever
Deveráá ser entre uma única declaraçã
declaração
o que englobará
englobar á a

totalidade dos rendimentos do perí


período. Relativamente ao
quadro 4 desta declaraçã
declaração,
o, nã
não será
será assinado nenhum dos

seus campos, ou seja, a declaraçã


declara ção
o mod. 22 a apresentar

será
será preenchida ignorando em absoluto o facto de ter
ocorrido a dissoluçã
dissoluçãoo

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
Dissolução e liquidação em exercícios diferentes

Relativas ao IRC
Nos exercí
exercícios seguintes:
• Nos restantes exercí
exercícios em que se encontra a decorrer a
liquidaçã
liquida ção,
o, deverá
deverá ser entregue até
at é 31 de Maio dos anos

seguintes a Dec. Mod. 22 e liquidado o respectivo imposto


que, como já
já se disse, poderá
poder á ter cará
cará cter provisó
provisório.

• As declaraçõ
declarações
es a apresentar não farã
farã o qualquer referê
refer ência
ao facto de se tratar de uma declaraçã
declaração
o enquadrada no

perííodo de liquidaçã
per liquidação.
o.
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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


Obrigações declarativas nos exercícios de liquidação

Declaração Declaração
Modelo 22 Anual

31.05.xxxx 30.06.xxxx

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
No exercício da liquidação
Relativas ao IRC
• No exercí
exercício do encerramento da liquidaçã
liquidação,
o, desde que o

perííodo de liquidaçã
per liquidação
o nã
não ultrapasse trê
tr ês anos, poderã
poderão

ser entregues duas declaraçõ


declarações
es de rendimentos.
• A primeira, obrigat
obrigató
ória
ria,, referente ao perí
período decorrido

desde o iní
início do exercí
exercício até
até à data em que se verificou a
cessaçã
cessa ção.
o.
Assinalado o campo 03 do Quadro 04 “Declara
Declaraçã
çãoo de Perí
Período
de Cessaçã
Cessaçãoo” .

Assinalar campo 06 referindo a data apresentaçã


apresentaçãoo na C.R.C.
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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


No exercício do encerramento liquidação
Relativas ao IRC
• A segunda, facultativa, respeitante a todo o perí
período de

liquidaçã
liquida ção,
o, isto é, desde a data da dissoluçã
dissolução
o até
at é à data da
cessaçã
cessa ção.
o.

• Esta declaraçã
declara ção
o de cessaçã
cessa ção
o tem por objectivo corrigir o
lucro tributá
tributável declarado durante este perí
período e que, neste

caso, tem a natureza provisó


provisória.
Deve ser assinalado o campo 2 do quadro 4 “ Declara
Declaraçã
ção
o do perí
período de
liquidaçã
liquida ção
o”
Mencionar no campo dos pagamentos por conta, o imposto liquidado
nas Declaraçõ
Declarações
es provisó
provisórias.
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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
Exemplo

Dissolução em 30/04/2002
Mat. Colect.
Resultado 2002 100.000
Até 30.04 40.000
De 30.04 a 31.12 60.000
Resultado 2003 30.000
Resultado 2004 (40.000)

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


No exercício do encerramento liquidação

Imposto “provisório” do período de liquidação


Resultado 2002
De 30.04 a 31.12 60.000 x 30% = 18.000
Resultado 2003 30.000 x 30% = 9.000
Resultado 2004 (40.000) 0
__________
Total do imposto (2002/2004) 27.000

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
No exercício do encerramento liquidação

Imposto do período de liquidação


Mat. Colect.
Resultado 2002
De 30.04 a 31.12 60.000
Resultado 2003 30.000
Resultado 2004 (40.000)
__________ 50.000
Total do imposto (2002/2004) 50.000 X 25% = 12.500

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


No exercício do encerramento liquidação

Imposto “provisório” 2002/2004 27.000

Imposto definitivo 12.500

Imposto a Recuperar 14.500

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
No exercício do encerramento liquidação
IRC - Declara
Declaraçã
ção
o anual

• Esta declaraçã
declaração
o terá
ter á por referê
refer ência o perí
per íodo a que
dizem respeito independentemente de ter ocorrido a
dissoluçã
dissolução
o ou a liquidaçã
liquidação
o da sociedade.

• Apenas quando se trate da declaraçã


declaração
o do perí
per íodo de
cessaçã
cessação
o deverá
dever á ser assinalado o campo 2 do quadro 06
da declaraçã
declaração
o anual
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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


No exercício do encerramento liquidação

Prazo de entrega das Declaraçõ


Declarações
es Mod. 22 e Anual
• No exercício
exercí em que ocorre a liquidação,
liquidação, devem ser

apresentados ou enviados até


até ao último dia útil do prazo de 30

dias a contar da data da cessaçã


cessa ção,
o, aplicando-
aplicando- se igualmente este
prazo para a apresentaçã
apresentação
o ou envio da declaraçã
declaraçãoo relativa ao

exercíício imediatamente anterior, quando ainda nã


exerc não tenham
decorrido o mê
mês de Maio do ano seguinte ou, em perí
períodos de

tributaçã
tributa ção
o diferente do ano civil, o quinto mê
mês seguinte à data de
fim de exercí
exercício.

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
No exercício do encerramento da liquidação

Data limite para entrega das


Dec. Mod.22 e da Declaração
Anual relativas ao exercício
de 2002, bem como Dec.
Mod. 22, facultativa, relativa
Encerramento ao período de liquidação e
da Liquidação ainda a Dec. De Cessação

30.06.2002 30.07.2002

30 dias

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


Encerramento da liquidação em 31.03.2002
ü Declaração Mod. 22 de 2002;
ü Declaração Anual de 2002;
2002
ü Declaração Mod. 22 de 2001;
ü Declaração Anual de 2001;
2001
ü Declaração Mod. 22,
22 facultativa, relativa
Encerramento
da Liquidação ao período de tributação;
ü Declaração de Cessação de Actividade.

31.03.2002 30.04.2002

30 dias

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Obrigações Contabilísticas e Fiscais
Resultado da Partilha

Se a diferenç
diferença entre o valor atribuí
atribuído e o preç
preço de
aquisiçã
aquisiçãoo das partes sociais for positiva:

ü É considerada rendimento de aplicaçã


aplica ção
o de capitais at
atéé ao
valor correspondente às entradas verificadas para a

realizaçã
realização
o do capital;

ü É considerado ganho de mais - valias


valias,, o valor que o

ultrapassar;
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Obrigações Contabilísticas e Fiscais


Resultado da Partilha

Se a diferenç
diferença entre o valor atribuí
atribuído na partilha (P) e o
preç
pre ço de aquisiçã
aquisiçãoo (A) das partes sociais for negativa:

ü É menos
menos--valia dedut
dedutíível para efeitos fiscais, mas apenas

quando as partes sociais tenham permanecido na titularidade


do sujeito passivo durante os 3 anos imediatamente anteriores

à data da dissoluçã
dissolu ção.
o. (n.º
(n.º 2 do art.º
art. º 75.
75.ºº do CIRC)

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Regime de Tributação dos Sócios
Resultado da Partilha

Considerando que:
P = Resultado da Partilha;
A = Preç
Preço de aquisiçã
aquisi ção;
o;

E = Valor das entradas efectivas para realização


realizaçã o da
participaçã
participação;
o;

Para efeitos de enquadramento de tributaçã


tributação
o começ
começamos por determinar a
diferenç
diferença entre o valor da Partilha e o Custo de Aquisiçã
Aquisição):
o):
ü Se negativa (P-
(P-A<0), é considerada como Menos Valia;
Valia ;
ü Se positiva (P-
(P-A)>0, temos de calcula a diferenç
diferença entre (E – A) para
determinar o tipo de rendimento;
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Regime de Tributação dos Sócios


Resultado da Partilha

Se (E – A) é menor ou igual a zero, isto é, se o custo


de aquisiçã
aquisiçãoo foi igual ou superior ao montante das
entradas, entã
então

(P – A) é considerado integralmente rendimentos de capitais;

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Regime de Tributação dos Sócios
Resultado da Partilha

Se (E – A) for maior que zero, o que significa que adquirimos a

participaçã
participaçãoo abaixo do valor das entradas, entã
ent ão temos de
desdobrar a diferenç
diferen ça (P – A) do seguinte modo:

1 - (P – E) isto é, o valor da partilha até


até à concorr
concorrêência do valor das
entradas é considerado Rendimentos de Capitais;

2 - (E – A) E a diferenç
diferen ça entre o valor das entradas e o valor de

aquisiçã
aquisi ção
o é considerado como Rendimento de Mais Valia;
Valia;

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Regime de Tributação dos Sócios


Exemplo – Partilha da sociedade ABC, Lda

Capital social – 50.000


50.000€€
Sócio A - quota de 25.000€
25.000€ subscrita aquando da constituiçã
constituição;
o;

Sócio B - quota de 25.000 € adquirida por 15.000€


15.000€ em 2000;

Valor da sociedade a partilhar = 100.000€


100.000€

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Regime de Tributação dos Sócios
Exemplo – Partilha da sociedade ABC, Lda.
Tributaçã
Tributaçãoo do só
s ócio A

Valor a partilhar (P) – Valor de aquisiçã


aquisi ção
o (A)

50.000 – 25.000 = 25.000 (Valor sujeito a tributaçã


tributação)
o)

Valor das entradas (E) – Valor aquisiçã


aquisi ção
o (A)

25.000 – 25.000 = 0 , entã


então

(P – A) 25.000 € é na totalidade Rendimento de Capitais

Não há
h á Rendimentos de Mais Valias.
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Regime de Tributação dos Sócios


Exemplo – Partilha da sociedade ABC, Lda.
Tributaçã
Tributaçãoo do só
s ócio B
Valor a partilhar(P) – Valor de aquisiçã
aquisi ção
o (A)

50.000 – 15.000 = 35.000 (Valor sujeito a tributaçã


tributação)
o)

V. Entradas - V. aquisiçã
aquisi ção
o = 25.000 – 15.000 = 10.000

Rendimentos de Capitais:
(P – E) = 50.000 – 25.000 = 25.000
25.000€
€ Rendimento de Capitais

Rendimentos de Mais Valias:


Valor das Entradas – Valor Aquisiçã
Aquisi ção
o
35.000 – 25000 = 10.000€
10.000 € Rendimentos de Mais Valias;

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Regime de Tributação dos Sócios
Exemplo – Partilha da sociedade BETA, SA.
Sociedade BETA, SA
Capital Social 100.000€

Soc. X (40%) Soc. Y (20%) Soc. Z (20%) Sócio A 20%

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Regime de Tributação dos Sócios

Exemplo – Partilha da sociedade BETA, SA.

Cap. Social C. Aqui. Entradas Data Aqu.


40.000 40.000 40.000 1988
20.000 30.000 20.000 1988
20.000 15.000 20.000 1988
20.000 18.000 20.000 2002
100.000 103.000 100.000

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Regime de Tributação dos Sócios

Exemplo – Partilha da sociedade BETA, SA.

Accionistas R. Partilha C. Aquis. R. Trib. Data Aqu.


Sociedade X 60.000 40.000 20.000 1988
Sociedade Y 30.000 30.000 0 1988
Sociedade Z 30.000 15.000 15.000 1988
João Silva 30.000 18.000 12.000 2002
Total 150.000 103.000 47.000

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Regime de Tributação dos Sócios


Exemplo – Partilha da sociedade BETA, SA.

Accionistas R. Tributar Capitais M-Valias Ano Aquis


Sociedade X 20.000 20.000 0 1988
Sociedade Y 0 0 0 1988
Sociedade Z 15.000 10.000 5.000 1988
João Silva 12.000 10.000 2.000 2002
Total 47.000 40.000 7.000

CTOC - Braga, 13.09.2004 António Sousa Martins


Regime de Tributação dos Sócios
Accionista (Empresa X)

Valor de Partilha = 60.000 €


Valor de Aquisiçã
Aquisi ção
o = 40.000 €

Valor das Entradas = 40.000 €


Calculo do rendimentos a tributar:
(P – A) = 60.000 – 40.000 = 20.000
E (entradas) = 20.000;
E–A=0
Entã
Ent ão,
A totalidade do Rendimento de 20.000€
20.000€ é considerado Rendimento de
Capitais

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Regime de Tributação dos Sócios


Accionista (Empresa Y)

Valor de Partilha = 30.000 €

Valor de Aquisiçã
Aquisi ção
o = 30.000 €
Valor das Entradas = 20.000 €

Calculo do rendimentos a tributar:


(P – A) = 30.000 – 30.000 = 0
E (entradas) = 20.000;
E–A<0
Entã
Ent ão,
Não lugar à tributa
tributaçã
ção
o quer em capitais, quer em Mais Valias.

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Regime de Tributação dos Sócios
Accionista (Empresa Z)

Valor de Partilha = 30.000 €

Valor de Aquisiçã
Aquisi ção
o = 15.000 €
Valor das Entradas = 20.000 €

Calculo do rendimentos a tributar:


(P – A) = 30.000 – 15.000 = 15.000€
15.000€
E (entradas) = 20.000€
20.000€
(P – E) = 30.000 – 20.000 = 10.000€
10.000€ Rendimentos de Capitais
E – A = 20.000 – 15.000 = 5.000€
5.000€ Rendimentos de Mais Valias.

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Regime de Tributação dos Sócios


Accionista (Empresa Z)

Tributaçã
Tributa ção
o na esfera da accionista Z ??
Quanto aos Rendimentos de Capitais (10.000 €)?
• Uma vez que a empresa detê
detêm uma participaçã
participa ção
o de 20% à mais de
um ano, estes rendimentos beneficiam da “elimina
eliminaçã
ção
o da dupla
tributaçã
tributaçãoo econó
económica
mica”” prevista no artigo 46.º
46.º do CIRC, conforme
n.ºº 3 do art.º
n. art. º 75.
75.ºº.
• Estes rendimentos sã
s ão contabilizados como Proveitos Financeiros
e abatidos ao Resultado Lí
Lí quido no campo 232 do Q.07 da
Declaraçã
Declara ção
o Modelo 22.
• Não haverá
haverá lugar a retençã
retençãoo na fonte conforme art.º
art.º 90. CIRC

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Regime de Tributação dos Sócios
Accionista (Empresa Z)

Tributaçã
Tributa ção
o na esfera da accionis ta Z ??

Quanto aos Rendimentos de Mais Valias (5.000€


(5.000€)?

• Uma vez que a empresa detê


detêm a participaçã
participa ção
o desde de

1988, por isso antes da entrada em vigor do Có


C ódigo do IRC,

beneficia do Regime Transitó


Transitório das Mais Valias prevista no

artigo 18-
18-A do Decreto Lei 442-
442-B/88 de 30 de Novembro,

pelo estes rendimentos devem també


também ser expurgados no

quadro 07 da Dec. Mod. 22.

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Regime de Tributação dos Sócios


Accionista (Empresa Z)
Tributaçã
Tributa ção
o na esfera da accionista Z na hipó
hipótese de a

participaçã
participaçãoo ter sido adquirida em 1998??
Quanto aos Rendimentos de Mais Valias (5.000€
(5.000€)?

• Se, por hipó


hip ótese, esta participaçã
participa ção
o tivesse sido adquirida em
1998, entã
então, já
já não podia beneficiar da “isen
isençã
çãoo” do referido
art.ºº 18
art. 18--A.

• Ser
Seráá que podia beneficiar do regime de tributaçã
tributaçãoo das Mais
Valias relativas a partes sociais nomeadamente quanto à
possibilidade de re
reíínvestimento
nvestimento????
????
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Regime de Tributação dos Sócios
Accionista (João Silva)

Valor de Partilha = 30.000 €

Valor de Aquisiçã
Aquisi ção
o = 18.000 €
Valor das Entradas = 20.000 €

Calculo do rendimentos a tributar:


(P – A) = 30.000 – 18.000 = 12.000
E (entradas) = 20.000;
(P – E) = 30.000 – 20.000 = 10.000 Rendimentos de Capitais
E – A = 20.000 – 18.000 = 2.000 Rendimentos de Mais Valias.

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Regime de Tributação dos Sócios


Accionista (João Silva)

Rendimentos de 10.000 €
Como Tributar?
• Nos termos do n.º
n.º 1 artigo 40-
40 - A do Có
Código do Imposto

s/ Rendimento das Pessoas Singulares, Joã


João Silva terá
ter á
de englobar na sua declaraçã
declara ção
o Mod. 3 de IRS, Anexo E,

o montante de 5.000€
5.000€ correspondente a 50% do

rendimento;

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Regime de Tributação dos Sócios
Accionista (João Silva)

Rendimentos de Mais Valias = 2.000 €

Quanto ao Rendimento de Mais Valias e uma vez que as

acçõ
acções
es foram adquiridas durante o ano 2002 pelo que estã
estã o na

posse de Joã
João à mais de um ano, estarã
estarão isentas de tributaçã
tributaçãoo

(alíínea a) do n. 2 do art.º
(al art.º 10.
10.ºº do CIRS);

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António Sousa Martins


LIQUIDAÇÃO E DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADES

FIM

António Sousa Martins

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