Você está na página 1de 9

Questões de História do Piauí

COPESE 2017
56. No ano de 1852, Jose Antônio Saraiva, então Governador do Piauí, efetivou a
transferência da capital provincial do Piauí, da cidade de Oeiras para Teresina. Sobre o
referido evento, analise as proposições a seguir:
I. Tinha como um dos objetivos centrais criar as condições para favorecer a navegação
fluvial do Rio Parnaíba e assim dinamizar as atividades econômicas, particularmente o
comércio provincial;
II. A localização geográfica da nova cidade se deu em decorrência da proximidade com a
cidade de Caxias no Maranhão, cidade que até então controlava grande parte da atividade
comercial do Piauí. A intenção do governador era neutralizar a influência da cidade
maranhense sobre o comércio provincial do Piauí;
III. Um dos objetivos a ser alcançado com a transferência da capital seria a criação de uma
Escola de Veterinária que dinamizasse a economia pecuária no Piauí, com a incorporação
de novas tecnologias no criatório do gado;
IV. A transferência da capital se deu em plena movimentação dos rebeldes ligados à
Balaiada, portanto, a transferência da Capital provincial do Piauí seria uma medida para
livrar os governantes locais das ameaças promovidas pelos insurgentes balaios.
A opção CORRETA é:
(A) Se forem verdadeiras somente as proposições I, II e III.
(B) Se forem verdadeiras somente as proposições I e II
(C) Se forem verdadeiras somente as proposições II e III.
(D) Se forem verdadeiras somente as proposições II e IV.
(E) Se forem verdadeiras somente as proposições I, III e IV

57. O Grito do Ipiranga e as determinações políticas de D. Pedro não asseguraram por si só


o êxito do processo de emancipação política do Brasil. Portugal tinha interesse em
assegurar a permanência de seu controle por algumas partes da América. Dessa forma, em
algumas províncias, como foi o caso do Piauí, o conflito armado se fez necessário de forma
significativa. Sobre os referidos enfrentamentos em favor da Independência, é CORRETO
afirmar:
(A) Teve, na Batalha do Jenipapo na cidade de Oeiras o seu ponto culminante.
(B) Deu-se principalmente pela disposição do comandante português Luís Alves de Lima e
Silva (o Duque de Caxias) em manter-se fiel à coroa portuguesa, impedindo que o
movimento de independência desencadeado no Rio de Janeiro se estendesse ao Piauí.
(C) Estendeu-se por mais de dez anos, só sendo definitivamente resolvido após o
movimento dos balaios já nos anos 1830.
(D) Teve, em Manuel de Sousa Martins (O Visconde da Parnaíba) uma figura importante na
consolidação do processo de independência na Região do Piauí.
(E) Teve, na pessoa de Antônio Saraiva, uma expressiva liderança política, tornando-se
mesmo Presidente Provincial do Piauí por quase vinte anos.

60. Sobre a dinâmica da economia piauiense nas primeiras décadas do século XX, assinale
a opção CORRETA.
(A) Caracterizou-se principalmente pela produção de algodão, produto mais rentável da
nossa pauta de exportações no período.
(B) Teve na produção de soja e seus subprodutos a principal fonte de renda durante as
primeiras décadas do século XX, gerando recursos indispensáveis para alavancar reformas
urbanas em Teresina e possibilitar o consumo de produtos de luxo na cidade.
(C) A Pecuária continuou como a principal atividade econômica do Piauí até meados do
século XX, quando a febre aftosa provocou o bloqueio das exportações de gado piauiense e,
assim, resultando na perda de rentabilidade.
(D) Teve nas atividades extrativistas como a exploração da Borracha de maniçoba, da cera
de carnaúba e do Coco babaçu, as suas principais fontes de renda no final do século XIX e
início do século XX.
(E) Desde o início do século XX, a dinâmica da economia piauiense se concentrou na
prestação de serviços: como saúde e educação, bem como nas atividades de
comercialização de produtos advindos do exterior e depois do Centro sul do Brasil.

NUCEPE 2009
41. A respeito do processo de reocupação do território do Piauí e sua estrutura produtiva e
com base no texto a seguir, pode-se afirmar CORRETAMENTE, que:
O ajuste da economia piauiense ao sistema econômico colonial
mercantilista efetivou-se pelo caráter subsidiário que a pecuária manteve
com as atividades exportadoras. [...] A sociedade piauiense foi uma
decorrência do funcionamento e desenvolvimento do sistema de
colonização brasileiro. (BRANDÃO, Tanya Maria Pires. A Elite Colonial
Piauiense: família e poder. Teresina: FCMC, 1995, p.35).
a) A Coroa portuguesa, em regra e como forma de estimular a colonização da região,
concedia títulos de sesmarias a todos os vaqueiros que se dirigiam para a região que
formaria o atual estado do Piauí.
b) Em uma região de bons pastos e época com abundantes chuvas, os rios não tiveram
importância na organização territorial do Piauí.
c) A exploração da borracha da maniçoba, lucrativa droga do Sertão, representou o primeiro
grande atrativo do território piauiense, o que atraiu seus primeiros colonos, mas logo foi
substituída pelas fazendas de gado.
d) Apesar do crescente consumo de gado na Colônia, na segunda metade do século XVIII, a
economia piauiense passou a enfrentar dificuldades, resultado da retração econômica que o
setor agroexportador vinha sofrendo.
e) A exploração da pecuária no Piauí resultou da ampliação das áreas produtoras de cana e
da interiorização do gado, o que manteve as fazendas piauienses diretamente subordinadas
aos engenhos da zona da mata nordestina.

45. As primeiras manifestações no Piauí em defesa da separação entre Brasil e Portugal


datam de 1817 por ocasião da Insurreição Pernambucana que, por sua vez, pouco
repercutiu em solo piauiense. Sobre a Insurreição de 1817, assinale a alternativa
CORRETA.
a) Logo no início das manifestações o governador do Piauí, Baltazar de Vasconcelos, aderiu
ao movimento, mas a Insurreição no Pernambuco foi rapidamente sufocada e o governo da
Capitania foi substituído por uma Junta de Governo que tinha como membros Antonio Maria
Cau, Manoel de Sousa Martins e Padre Francisco Zuzarte.
b) A repercussão que o movimento despertou em outras capitanias motivou as autoridades
do Piauí a tomarem medidas enérgicas para impedir a propagação da Insurreição,
impedindo a difusão de informações, restringindo o comércio do gado, reorganizando e
fortalecendo as forças militares.
c) O temor inicial logo foi desfeito pela assinatura do acordo de ajuda mútua entre o
governador do Ceará, Coronel José Filgueiras, e o governador do Piauí, Baltazar de
Vasconcelos, para defesa contra os insurgentes pernambucanos.
d) A Insurreição teve pouca repercussão no Piauí em razão da pequena relação entre o
Pernambuco e o Piauí, considerando que no início do século XIX o Piauí passou a enfrentar
a concorrência do gado pernambucano.
e) Houve uma adesão em massa das famílias de elite do Piauí ao movimento
pernambucano, no entanto, as camadas populares não apoiaram o movimento que logo se
extinguiu, apesar do sucesso obtido em Pernambuco.

46. Em relação às lutas pela Independência no Piauí, é possível afirmar CORRETAMENTE,


com base no seguinte texto, que:
[...] V. Exa. diz que está sitiando a Bahia para libertá-la da opressão das
baionetas de Portugal. Seja assim. Porém que baionetas portuguesas
oprimem o Piauí para que V. Exa. queira mandar em socorro dele baionetas
do seu comando? Se o Piauí quisesse aderir à causa das províncias do sul
só tinha que a declarar. Dentro dele não estão baionetas de Portugal que
embarace a declaração, e é conseguintemente manifesto que se não
declara porque não lhe convém, porque não quer. [V. Exa.] não venha e
nem mande baionetas suas a essa sossegada província, a pretexto de
socorrê-la, que ela declara a face das nações que nem precisa, nem quer
ser socorrida [...]. (Carta da Junta de Governo da Província do Piauí ao
General Pedro Labatut, de 14 de janeiro de 1823).
a) Como documento oficial, o fragmento deixa clara a posição da Junta de Governo e de
todo o povo do Piauí quanto à sua fidelidade a Portugal e ao apoio às Cortes
Constitucionais.
b) O fragmento citado expressa a oposição da Junta de Governo da Província à causa
emancipacionista, pensamento compartilhado por toda a população da Província e renovado
com a adesão de Oeiras às Cortes Constitucionais no dia 23 de janeiro de 1823.
c) O fragmento mencionado representa a postura coerente da Junta de Governo da
Província, visto que era defensora e eleita dentro do pensamento favorável à unidade com
Portugal, embora não
correspondesse ao desejo de significativa parcela da população piauiense, sobretudo de
membros de influentes famílias que defendiam a causa emancipacionista.
d) A leitura do fragmento não deixa dúvidas quanto a posição do General Pedro Labatut e do
presidente da Junta de Governo, Brigadeiro Manoel de Sousa Martins, quanto ao desejo do
povo do Piauí em não aderir à causa separatista.
e) A leitura do fragmento nos permite perceber o apoio da Junta de Governo à causa
separatista, liberando as forças do General Pedro Labatut para serem usadas em outras
regiões do Brasil.

48. Desde o final do século XVIII governantes do Piauí discutiam a necessidade de


transferência da capital. No entanto, somente em 1852 tal transferência se concretizou após
muitos atritos e disputas promovidas. Sobre a transferência da capital do Piauí de Oeiras
para Teresina, analise as afirmativas abaixo a assinale a alternativa que contempla
CORRETAMENTE, os argumentos apresentados pelo Presidente José Antônio Saraiva para
justificar a referida transferência, com base no texto a seguir:
Tenho a honra de comunicar a V. Excia que o Corpo Legislativo Provincial autorizou pela lei
n. 315 de 20 de julho do corrente ano a transferir a Capital desta Província para a nova
cidade de Teresina, e dei já execução a essa lei, pelo que me acho residindo nesta cidade à
disposição de V. Excia. (Ofício de José António Saraiva a todos o Presidentes de Província
do Império, de 16 de agosto de 1852. apud. Cadernos de Teresina, out. 2000, p. 09).
I – Favorecer um melhor aproveitamento econômico da bacia do Parnaíba.
II – Estimular as exportações de gado por meio do transporte fluvial, reduzindo custos para o
abastecimento das regiões mineradoras.
III – Cumprir com acordo firmado com os moradores da vila de São João da Parnaíba, que
desejavam que a capital ficasse mais próxima do litoral.
IV – Favorecer um maior contato com outras regiões da Província e da Corte.
V – Reduzir a influência de Caxias (MA) sobre o comércio da parte ocidental do Piauí.
Dentre as afirmações constantes dos itens I a V, marque a alternativa CORRETA.
a) Apenas as afirmações constantes dos itens I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmações constantes dos itens III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmações constantes dos itens II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmações constantes dos itens I, IV e V estão corretas.
e) Apenas as afirmações constantes dos itens II, IV e V estão corretas.

52. Com a República, importantes mudanças ocorreram no que se refere à Igreja Católica
no Brasil, sobretudo, o surgimento de uma conjuntura favorável à criação de novas
Dioceses. A respeito da nova relação entre Igreja e Estado no Brasil e seus efeitos sobre o
Piauí após a proclamação da República, pode-se afirmar CORRETAMENTE, que:
a) Sob o regime do Padroado, ficou proibida a criação de Dioceses. Apenas era permitida a
criação de Prelazias, o que não era interesse dos piauienses.
b) Desde o Império e da adoção de uma Constituição laica, as províncias ficaram impedidas
de manifestarem suas preferências religiosas, apesar de o Vaticano ter grande interesse em
criar a Diocese do Piauí.
c) No Piauí, apesar do apoio da Diocese do Maranhão, a população não aceitou a
interferência do Estado para a criação da Diocese que, apesar de oficialmente criada em
1830, não foi efetivada por falta de apoio popular.
d) A criação da Diocese do Piauí ficou impedida por falta de um Bispo que se dispusesse a
encaminhar pedido de criação ao Vaticano. Somente em 1902, o Bispo do Maranhão
intercedeu junto ao Vaticano para a criação da nova Diocese.
e) Com a República e a separação entre Igreja e Estado, a criação de novas Dioceses foi
uma das formas encontradas pelo Vaticano de aproximar-se dos fiéis e minimizar
deficiências em sua estrutura. Entre as novas Dioceses criadas no período, encontrava-se a
do Piauí.

53. O século XX trouxe para o cotidiano do Piauí uma série de símbolos da vida moderna,
entre estes a água encanada, o telefone, a eletricidade e o bonde a motor, bem como a
reorganização dos espaços urbanos no Estado, novidades que coincidiram com uma
importante mudança em sua estrutura produtiva. Sobre as mudanças na estrutura produtiva
do Piauí na primeira metade do século XX, assinale a alternativa CORRETA:
a) Relacionam-se ao desenvolvimento do extrativismo vegetal, com a exploração da
borracha da maniçoba e da cera da carnaúba.
b) Representam fruto da ampliação da produção pecuarista, resultando na introdução de
novas técnicas de manejo.
c) Resultaram do aumento da renda da população, por meio da ampliação da máquina
estatal e da expansão dos serviços públicos.
d) Conseqüência da chegada das comunidades sírio-libanesas em Teresina, que
implementaram estes novos serviços na capital e posteriormente no restante do Estado.
e) Relacionam-se ao apoio do Estado Novo à política de modernização da capital, levada à
frente inicialmente pelo interventor Leônidas Melo.

NUCEPE 2011
46​. O cenário piauiense, assim como ocorria no restante do país, também se agitou na
passagem do século XIX para o XX. Sobre esse período é CORRETO afirmar:
a) Entre os defensores das idéias monárquicas, no Piauí, encontram-se homens letrados
como Clodoaldo Freitas, David Caldas e Higino Cunha.
b) A Coluna Prestes, movimento político-militar contestatório que marcou o Brasil na década
de 1920, contou com o maciço apoio dos militares piauienses, ampliando seu contingente
neste Estado.
c) O jornal O Clerical era o órgão da imprensa de Floriano que, ironizando o título, era
anticlerical e apoiava os liberais e simpatizantes da República no Piauí.
d) A cidade de Floriano, entre as décadas de 1890 e 1920, destacou-se como um dos
principais pontos de comercialização da borracha de maniçoba no semi-árido piauiense.
e) Expressiva parte do corpo administrativo-burocrático do Piauí, no início da República,
advinha dos cursos de Bacharelado em Direito, Medicina e Engenharia, contrariando o que
ocorria nos períodos anteriores, em que esses grupos foram alijados de qualquer
participação política

NUCEPE 2012
32. “Em fins de 1838, tem início a Balaiada no Maranhão [...]. Promoveram-na os
camponeses, especialmente os homens de cor que nada tinham. Votavam profundo rancor
ao proprietário rico, ou àquele a quem era confiada a cousa pública”. (NUNES, Odilon.
Pesquisa para História do Piauí. Vol. III: A Balaiada. Rio de Janeiro: Artenova, 1975).
A respeito da Balaiada (1838-1842), podemos afirmar corretamente que:
a) apesar da derrota, os “balaios” conseguiram uma importante conquista por meio da
aprovação da Lei dos Prefeitos, que permitiu o voto direto para as câmaras das vilas e
cidades das províncias do Maranhão e Piauí.
b) apesar de sua repercussão e forte participação popular, o movimento foi duramente
reprimido, sem conseguir alterar as estruturas sociais locais.
c) como todas as rebeliões nativistas, possuíam como principal bandeira de luta a busca por
maior autonomia para as províncias.
d) mesmo como uma manifestação em essência popular, o movimento recebeu apoio das
elites locais, unidas aos “balaios” pelo desejo comum de uma maior centralização política no
país.
e) o movimento balaio encontrou em Luís Alves de Lima e Silva, mais tarde Barão e Duque
de Caxias, o interlocutor com o governo regencial, o que permitiu um acordo para a rendição
dos líderes do movimento, que tiveram algumas reinvindicações atendidas.

36​. “As limitações na infraestrutura de Teresina ficaram mais evidentes no final do século
XIX e início do XX, quando reformas ousadas buscaram dar novas feições a algumas
cidades” (CASATELO BRANCO, Pedro Vilarinho. Desejos, tramas e impasses de
modernização: Teresina 1900-1930. In: Scientia et spes. 2002, p.299).
O texto citado aborda o estudo de uma época em que Teresina e outras cidades do Estado
experimentaram um acelerado processo de urbanização e modificação de seus espaços.
Referente a este período e, considerando as transformações do quadro produtivo do Piauí
de então, podemos afirmar que este processo modernizador esteve relacionado
a) à chegada de grandes aportes de recursos federais, para que fossem estimulados os
setores produtivos do Estado.
b) ao extrativismo vegetal, por meio da exploração da cera de carnaúba e borracha da
maniçoba.
c) a um incipiente industrialismo, resultante da chegada da fiação em Teresina.
d) à redescoberta da pecuária, com a elevação do preço da carne e derivados nos mercados
do sul.
e) ao fortalecimento, na capital e em Parnaíba, de setores prestadores de serviços.

NUCEPE 2014.1

44. “Mesmo tendo sido instituído por Alvará de 18 de novembro de 1718, assinado por D.
João V, ao desmembrar as terras do Piauí das do Maranhão e Grão-Pará, o ato real
somente foi executado por força de Carta Régia de Dom José I, datada de 29 de julho de
1758, que determinou o cumprimento do Alvará de 1718, elevando o Piauí à condição
de Capitania administrativamente independente”. (SOUSA NETO, Marcelo de. Entre
Vaqueiros e Fidalgos: sociedade, política e educação no Piauí (1820-1850). Teresina: FMC,
2013, p.128).
O processo de criação da Capitania do Piauí, em meados do século XVIII, esteve
diretamente relacionado ao processo de reorganização política português. A esse respeito,
podemos afirmar CORRETAMENTE:
a) com a saturação da exploração das rotas comerciais orientais e o crescente interesse de
nações europeias sobre o Norte da Colônia, a criação da capitania objetivou
solucionar o já antigo desejo da Coroa em explorar a região do Piauí.
b) como mecanismo de contenção dos movimentos nativistas, a Coroa Portuguesa passou a
criar vilas e cidades por toda a Colônia, visando conter as insatisfações das elites locais que,
no caso do Piauí, culminou com a criação da Capitania e da cidade de Oeiras.
c) com a decisão da Coroa Portuguesa em expulsar os jesuítas de suas possessões e,
reconhecendo a fortuna e influência destes no Piauí, a criação da Capitania representou
mecanismo adotado para retomar o controle da região.
d) reflexo da crise do Absolutismo Ilustrado em Portugal, a criação da Capitania do Piauí
inseriu-se na política metropolitana de descentralização administrativa e no desejo de
melhor controlar a cobrança de tributos na Colônia.
e) a criação de capitanias na Colônia, entre as quais destaca-se a do Piauí, inseriu-se no
processo de demarcação do território com os objetivos de controle fiscal e de proteção de
fronteiras, derivado da ascensão da mineração no período.

48​. “O Brigadeiro Manuel de Sousa Martins [...] compreendeu que não havia mais perigo em
aderir ao movimento. Tratou, então, de reunir com urgência os conjurados, que, ao cair da
noite 23 de janeiro, foram, um a um, chegando à sua casa”. (NEVES, Abdias. A guerra do
Fidié. 2. ed. Rio de Janeiro: Artenova, 1974, p. 84).
Considerando o processo de adesão do Piauí à Independência do Brasil, podemos afirmar
CORRETAMENTE:
a) na Província, a Independência representou mais um episódio de uma luta, não entre o
poder local e o poder externo, mas entre as famílias que compunham a elite dirigente pelo
controle do poder local.
b) ameaçado o movimento no Piauí, as famílias dirigentes da Província, apesar de suas
divergências, aliaram-se em favor da Independência, o que resultou na posterior
continuidade da aliança na administração do Piauí durante o Império.
c) a vila de Parnaíba, tendo à frente o Visconde da Parnaíba, antecipa-se à adesão ao
movimento emancipacionista já em 19 de outubro de 1822, assumindo a administração da
Província após a Independência.
d) por seu carisma e penetração popular, Manoel de Sousa Martins conseguiu reunir apoio
suficiente em Oeiras para fazer com que a Província aderisse à Independência, apesar da
forte oposição da vila de Parnaíba.
e) pacificada Oeiras, Manoel de Sousa Martins marcha com suas tropas em direção a
Parnaíba, onde enfrentaram as forças portuguesas em Campo Maior, evento que ficou
conhecido como Batalha do Jenipapo

58​. “Das poucas indústrias que existiam em Teresina, pelo menos duas contavam com
mulheres no seu quadro de operários. Estamos falando da Fábrica de Fiação e Tecidos
Piauiense e da Fábrica de Cigarros Ipiranga.” (CASTELO BRANCO, Pedro V. Mulheres
Plurais: a condição feminina em Teresina na Primeira República. Teresina: FCM, 1996, p.
98). A respeito da história piauiense no período tratado no texto, é CORRETO afirmar:
a) no início do século XX, a cidade de Teresina – marcada pela presença de pessoas pobres
e miseráveis –inseriu-se na chamada Bélle Époque devido ao intenso desenvolvimento
econômico e social, proporcionado pela presença de imigrantes, principalmente mulheres.
b) a inserção de mulheres das camadas populares no sistema fabril em Teresina ocorreu em
setores que antes já eram executados por elas no espaço doméstico.
c) entre os setores econômicos que absorviam a mão-de-obra feminina da classe média em
Teresina, no início do século XX, estavam a enfermagem e o magistério, mas isso não
implicou no acesso desse segmento social aos cargos públicos.
d) a história das operárias teresinenses – denominadas de pipiras – confunde-se com a
história do universo da pobreza em Teresina, exigindo dessas personagens o domínio do
universo escolarizado, o que lhes dava uma expressiva possibilidade de ascensão social.
e) o trabalho das jovens das camadas populares nas fábricas de fiação era visto por todos
os setores sociais teresinenses como menos humilhante que o exercido pelas empregadas
domésticas na capital.

59​. A respeito da história do Piauí no século XX, é possível afirmar CORRETAMENTE:


a) a integração do Piauí no modelo produtivo nacional se deu, na segunda metade do século
XX, através do extrativismo vegetal, que ganhou visibilidade internacional graças à
exploração da borracha de maniçoba, da cera de carnaúba e do babaçu.
b) as decisões intervencionistas promovidas durante a Era Vargas repercutiram no cenário
piauiense, sobretudo por meio da Interventoria de Landri Sales, governo marcado pelos
incêndios que acometiam as casas de palha de Teresina, na década de 1940.
c) a modernização autoritária implantada no Brasil pela ditadura civil-militar, a partir da
década de 1960, também repercutiu na sociedade piauiense através do maciço investimento
em obras suntuosas e ênfase no transporte ferroviário.
d) durante a primeira eleição para presidente da República após a redemocratização, em
1989, o governador do Estado do Piauí apoiou o candidato do Partido da Renovação
Nacional, em detrimento de Ulysses Guimarães, candidato de seu partido político.
e) a ditadura civil-militar, derivada do Golpe de 1964, recebeu no Piauí a resistência política
de Chagas Rodrigues e Petrônio Portella, tendo este último ganho destaque no cenário
brasileiro durante as décadas de 1970 e 1980 graças a esta postura combatente.

NUCEPE 2015
33.
“Prevendo que a independência do Brasil seria apenas uma questão de tempo, o Governo
português planejara ficar com uma parte para ele, isto é, o norte, recriando o Estado do
Maranhão que compreenderia as províncias do Pará, Maranhão e do Piauí”. (CHAVES,
Joaquim. Participação de Oeiras no movimento de Independência. In: Revista do Instituto
Histórico de Oeiras. Oeiras, n. 02, 1979, p. 91).
Sobre a participação do Piauí na Independência do Brasil e o interesse português em
preservar uma parte do território da Colônia sob seu domínio, podemos destacar
CORRETAMENTE que
isso está relacionado
a) à nomeação do Brigadeiro Manoel de Sousa Martins - aliado de longa data da Coroa
portuguesa - como Presidente da Junta Governativa de 1822.
b) à proibição da comercialização do gado piauiense com as praças de Pernambuco, Bahia
e Ceará, províncias que já se aliavam com a causa da Independência.
c) à elevação da Vila de São João da Parnaíba à condição de Cidade, e a entrega do
controle da cidade ao Coronel Simplício Dias da Silva, inimigo comercial e político da cidade
de Oeiras.
d) à antecipação da criação de Presidências de Províncias na Colônia, onde no Piauí foi
escolhido como primeiro presidente o Brigadeiro Manoel de Sousa Martins, única pessoa
com prestígio político e experiência de guerra para resistir às forças
independentes.
e) ao envio de um carregamento de guerra superior às necessidades da Província e,
posteriormente, à nomeação de um experiente cabo de guerra, fiel a Portugal, para
Governador das Armas do Piauí.

GABARITO:
COPESE 2017 GABARITO: 56B/ 57D/ 60D
NUCEPE 2009 GABARITO: 41D/45B/46C/48D/52E/53A/
NUCEPE 2011 GABARITO: 46D
NUCEPE 2012 GABARITO: 32B/36B
NUCEPE 2014.1GABARITO: 44C/ 48A/58B/ 59D
NUCEPE 2015 GABARITO: 33E

Você também pode gostar