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- UTFPR -
Índice
1 Integrais Impróprias ................................................................................1-1
1.1 Limites infinitos de integração ...............................................................1-3
1.1.1 Testes de Comparação .............................................................................1-6
1.2 Integrandos com descontinuidades infinitas ...........................................1-8
1.3 Algumas aplicações das integrais impróprias .......................................1-14
1.3.1 Cálculo do comprimento de uma circunferência ...................................1-14
1.3.2 Aplicações em estatística .......................................................................1-15
1.3.3 Aplicações em transformadas integrais .................................................1-16
1.3.4 Função Gama e Função Fatorial ............................................................1-16
1.3.5 Integrais Impróprias no Campo da Economia .......................................1-17
1.4 Resolvendo integrais impróprias com o uso do software MAPLE ......1-17
1.5 Exercícios Propostos.............................................................................1-17
2 Sistema de Coordenadas Polares e Integrais ........................................2-22
2.1 Como as abelhas se comunicam? .........................................................2-22
2.2 Coordenadas Polares.............................................................................2-24
2.2.1 Relações entre Coordenadas Cartesianas e Polares ...............................2-25
2.2.2 Caso Geral da Espiral de Arquimedes ...................................................2-26
2.2.3 Constante ...............................................................................................2-26
2.2.4 Caso Geral da Cardióide ........................................................................2-27
2.2.5 Caso Geral do Caracol ...........................................................................2-27
2.2.6 Caso Geral da Rosácea ..........................................................................2-28
2.3 Gráficos diversos em coordenadas polares ...........................................2-30
2.3.1 Equação do pólo (origem) .....................................................................2-30
2.3.2 Equação que passa pela origem .............................................................2-30
2.3.3 Retas paralelas e perpendiculares ao eixo polar ....................................2-30
2.3.4 Algumas circunferências .......................................................................2-31
2.3.5 Limaçons ...............................................................................................2-32
2.3.6 Cardióides ..............................................................................................2-33
2.3.7 Lemniscata de Bernoulli ........................................................................2-33
2.3.8 Espiral de Arquimedes...........................................................................2-33
2.3.9 Rosáceas ................................................................................................2-34
2.4 Áreas em Coordenadas Polares ............................................................2-35
2.4.1 Área de um Setor Circular .....................................................................2-35
2.4.2 Áreas em Coordenadas Polares (dedução) ............................................2-35
2.5 Volume de Sólido Obtido pela Rotação de um Conjunto ....................2-41
2.5.1 Volume em Coordenadas Polares ..........................................................2-41
2.5.2 Fórmula do Volume Simplificada .........................................................2-43
2.6 Diferencial do Comprimento de Arco ..................................................2-43
2.6.1 Comprimento de Arco ...........................................................................2-44
2.7 Área da Superfície de Sólidos de Revolução........................................2-45
2.7.1 Dedução da Fórmula Cartesiana ............................................................2-45
2.7.2 Área da Superfície de Sólidos de Revolução na Forma Polar ...............2-47
2.8 Exercícios .............................................................................................2-49
3 Integrais Eulerianas ..............................................................................3-52
3.1 Leonhard Euler .....................................................................................3-52
3.2 Função Gama () ..................................................................................3-53
3.2.1 Fórmula de Recorrência.........................................................................3-53
3.2.2 Função Gama para 0 n 1 ................................................................3-54
3.2.3 Função Gama para n 0 ......................................................................3-54
3.2.4 Gráfico da Função Gama .......................................................................3-55
Lauro / Nunes
Cálculo II – (Lauro / Nunes) iii
3.3 Função Beta ( ) ....................................................................................3-56
3.3.1 Definições Decorrentes..........................................................................3-57
3.4 Exercícios .............................................................................................3-58
4 Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais ..................4-65
4.1 O Espaço Vetorial n ..........................................................................4-65
4.2 Produto Interno em n .........................................................................4-66
4.3 Norma de x n ou Comprimento do Vetor x n ...........................4-66
4.3.1 Propriedades da Norma Euclideana | x |= ( x, x ) ..........................4-66
4.4 Distância em n ...................................................................................4-67
4.4.1 Propriedades das Distâncias em n ......................................................4-67
4.5 Bolas e Conjuntos Limitados ................................................................4-68
4.5.1 Definição: Segmento de Reta ................................................................4-69
4.5.2 Definição: Conjunto Convexo ...............................................................4-69
4.5.3 Definição: Ponto de Acumulação ..........................................................4-69
4.5.4 Definição: Conjunto Limitado ...............................................................4-69
4.5.5 Definição: Ponto Interior .......................................................................4-69
4.5.6 Definição: Ponto Exterior ......................................................................4-69
4.5.7 Definição: Ponto Fronteira ....................................................................4-69
4.5.8 Definição: Conjunto Aberto ..................................................................4-70
4.5.9 Definição: Conjunto Fechado ................................................................4-70
4.5.10 Definição: Conjunto Conexo .................................................................4-70
4.5.11 Definição: Região Aberta ......................................................................4-71
4.5.12 Definição: Região Fechada ....................................................................4-71
4.6 Exercícios .............................................................................................4-72
5 Funções em Espaços n-Dimensionais...................................................5-74
5.1 Introdução .............................................................................................5-74
5.2 Limites e Continuidade de Funções de n-Variáveis Reais ...................5-80
5.2.1 Limites de Funções em n ....................................................................5-80
5.2.2 Continuidade de Funções em n ...........................................................5-82
6 Derivadas ..............................................................................................6-84
6.1 Derivadas Parciais ................................................................................6-84
6.1.1 Incremento parcial e incremento total ...................................................6-84
6.1.2 Regras de derivação ...............................................................................6-87
6.1.3 Derivadas Parciais Sucessivas ...............................................................6-91
6.1.4 Interpretação Geométrica das Derivadas Parciais .................................6-93
6.1.5 Equações das Retas Tangentes ..............................................................6-94
6.1.6 Diferenciabilidade .................................................................................6-97
6.2 Gradiente ............................................................................................6-103
6.3 Diferenciais.........................................................................................6-105
6.3.1 Generalizando as diferenciais ..............................................................6-106
6.4 Derivadas de Funções Compostas ......................................................6-109
6.4.1 Regra da Cadeia para Funções de Duas Variáveis Intermediárias ......6-109
6.4.2 Regra da Cadeia para Funções de Três Variáveis Intermediárias .......6-110
6.4.3 Regra da Cadeia para Duas Variáveis Independentes e Três Variáveis
Intermediárias .....................................................................................6-111
6.4.4 Regra da Cadeia Generalizada .............................................................6-112
6.4.5 Derivadas de Funções Implícitas .........................................................6-114
6.5 Máximos e Mínimos de Funções de Várias Variáveis .......................6-116
6.5.1 Teorema de Weierstrass.......................................................................6-119
6.5.2 Aplicações: Exercícios ........................................................................6-121
7 Integrais Duplas e Triplas ...................................................................7-123
Lauro / Nunes
Cálculo II – (Lauro / Nunes) iv
7.1 Introdução ...........................................................................................7-123
7.2 Integrais Duplas ..................................................................................7-125
7.2.1 Interpretação Geométrica ....................................................................7-126
7.2.2 Área da Região D ................................................................................7-126
7.2.3 Propriedades das Integrais Duplas .......................................................7-126
7.3 Cálculo de Integrais Duplas ................................................................7-127
7.3.1 Teorema para o Cálculo de Integrais Duplas.......................................7-127
7.3.2 Definição: Integrais Iteradas ................................................................7-128
7.4 Mudança de Variáveis em Integrais Duplas .......................................7-131
7.5 Coordenadas Polares...........................................................................7-132
7.5.1 Obtenção da fórmula ...........................................................................7-132
7.5.2 Área A’ do retângulo em D’..............................................................7-132
7.5.3 Área A do retângulo polar em D .......................................................7-133
7.5.4 Integral dupla em D’ ............................................................................7-133
7.6 Cálculo de Volumes (Aplicações) ......................................................7-135
7.7 Cálculo de Áreas de Regiões Planas...................................................7-137
7.8 Integrais Triplas ..................................................................................7-138
7.9 Cálculo de Integrais Triplas................................................................7-139
7.10 Mudança de Variáveis em Integrais Triplas .......................................7-141
7.11 Integrais Triplas em Coordenadas Cilíndricas....................................7-142
7.12 Integrais Triplas em Coordenadas Esféricas ......................................7-143
7.13 Aplicações Físicas da Integral Dupla .................................................7-145
7.14 Aplicações Físicas da Integral Tripla .................................................7-147
7.15 Exercícios ...........................................................................................7-150
8 Formulário e Referências....................................................................8-161
8.1 Formulário de Derivadas e Integrais ..................................................8-161
8.2 Referências Bibliográficas..................................................................8-162
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-1
1 Integrais Impróprias
b
Na definição das integrais definidas a f ( x )dx , foi assumido que o intervalo de
integração de a até b era finito. Além disso, era necessário que a imagem do integrando fosse
finita neste domínio. Em outras palavras, a função f era definida em todos os pontos do
intervalo limitado a, b e f não tinha descontinuidades infinitas neste intervalo.
Agora estenderemos o conceito de integral definida para os casos onde o intervalo de
integração é infinito e também para os casos onde a função f tem descontinuidades infinitas
em a, b .
Primeiramente, para motivar uma definição razoável para integrais com limites
infinitos de integração, considere o problema de calcular a área da superfície situada abaixo
1
da curva que representa o gráfico da função de regra y = 2 , acima do eixo das abscissas e à
x
direita da reta x = 1 (perceba que esta região se estende infinitamente à medida que os valores
de x crescem). Normalmente a intuição nos leva a imaginar erroneamente que a referida área
é infinita, pois estamos acostumados a raciocinar sobre dimensões finitas. Desta forma, vamos
num primeiro momento, calcular a área hachurada na primeira das figuras abaixo, isto é, a
2
2 dx 1 1 1 1
área dada pela integral 1 x 2
= − = − − − = .
x 1 2 1 2
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-2
1 1
se neste mesmo caso substituirmos a função de regra y = 2
pela regra y = , a referida área
x x
seria infinita.
Usando esta discussão como guia, será possível definirmos precisamente o significado
de integral imprópria onde o limite de integração é infinito.
Mas antes disto, vamos apresentar uma outra questão para motivar ainda mais os
estudos das integrais impróprias:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-3
Será mostrado, neste capítulo, que a referida área será dada por uma integral chamada
+ dx
de integral imprópria e será representada por = + . Assim, a referida área é infinita.
1 x
Agora imagine que a região hachurada do problema anterior gira em torno do eixo das
abscissas. Neste caso, será gerado o sólido de revolução apresentado na figura seguinte. Este
sólido recebe o nome de “Corneta de Gabriel”. Qual seria então o volume deste sólido?
+ b
a b→+ a
f ( x )dx = lim f ( x)dx (01)
b x
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-4
y
dx
0 1 + x 2
x
De forma análoga são definidas as outras integrais impróprias com limites infinitos:
b b
− f ( x )dx = lim
a →− a f ( x)dx (02)
+ c + c b
− f ( x )dx =
−
f ( x )dx +
c
f ( x )dx = lim
a →− a f ( x)dx + lim
b → + c f ( x)dx (03)
Exemplos
+ dx
1. Calcular 0 1+ x2
.
Resolução:
Resposta:
2
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-5
+ dx
2. Calcular − 1 + x 2 .
Resolução:
Resposta:
Resposta: diverge
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-6
b)
Resolução:
Resposta: 0
Desta forma, este exemplo ilustra o porquê de não podemos utilizar o limite em (b) para
definir a integral imprópria em (a).
+ dx
4. Discutir os valores de para os quais a integral 1 x
converge ou diverge.
Resolução:
Resposta: DIVERGE
Resposta: + e , respectivamente.
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-7
Teorema
+ +
Se, x a , 0 f (x) g (x) e se a g ( x )dx converge, então a f ( x )dx também
+ +
converge e a f ( x )dx
a
g ( x )dx .
A prova deste teorema está sendo omitida, no entanto, a figura que segue o faz parecer
plausível.
Exemplo
+ dx
6. Estudar a convergência da integral 1 x (1 + e x )
2
.
Resolução:
Resposta: CONVERGE
Teorema
+ +
Se, x a , 0 (x) f (x) e se a ( x)dx diverge, então a f ( x )dx também
diverge.
Exemplo
+ ( x + 1)
7. Estudar a convergência da integral 1 x3
dx .
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-8
Resposta: DIVERGE
Teorema
+ +
Se a f ( x ) dx converge, então a f ( x )dx também CONVERGE.
Observação
Diz-se que a última integral é absolutamente convergente.
Exemplo
+ sin x
8. Estudar a convergência da integral 1 x 3
dx .
Resolução:
Resposta: CONVERGE
b b
a f ( x )dx = lim
→0
a+ f ( x)dx
+
(04)
Definição
Se a função f é contínua no intervalo [a , b[ , então
b b −
a f ( x )dx = lim
→0 a +
f ( x )dx (05)
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-9
Definição
Se a função f é contínua no intervalo [a , b] exceto em c tal que a c b , então
b c − b
a f ( x)dx = lim +
→0 a
f ( x ) dx + lim +
→0 c+
f ( x ) dx (06)
Exemplos
2 dx
9. Calcular 0 x3 .
Resolução:
Resposta: DIVERGE
1 xdx
10. 0 1− x2
.
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-10
Resolução:
Resposta: 1
2 dx
11. Calcular 0 (x − 1) 2 .
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-11
Resposta: DIVERGE
2
2 dx 1
0 (x − 1) 2 = − x − 1 0 = −1 − (1) = −2 o que é errado, pois como o integrando nunca é
negativo, o valor desta integral também não poderia ser.
Resolução:
Resposta: 1
+ dx
13. 0
a + x2 2
.
Resolução:
Resposta:
2a
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-12
+
14. 0 x sin xdx .
Resolução:
Resposta: DIVERGE
+ dx
15. 1 x
.
Resolução:
Resposta: DIVERGE
+ dx
16. − x 2 + 2 x + 2 .
Resolução:
Resposta:
1 dx
17. 03 x .
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-13
3
Resposta:
2
1 dx
18. −1 x 4 .
Resolução:
Resposta: DIVERGE
+ − ax
19. 0 e sin (bx )dx .
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-14
b
Resposta:
a + b2
2
2
r dy
2
x r dx
C = 4 1 + dx = 4 1 + − dx = 4 r
r
dx 0
r 2 − x2
r 2 − x2
0 0
Esta última integral é imprópria, pois existe uma descontinuidade infinita em x = r,
assim:
b
x b
= 4 r lim− arcsin = 4 r lim − arcsin − arcsin (0 )
b dx
C = 4 r lim −
b→r 0
r −x
2 2 b→r r 0 b→r r
C = 4 r arcsin (1) − arcsin (0 ) = 4 r − 0 = 2 r .
2
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-16
a) a distribuição é simétrica em relação a x = ;
b) a função f tem um ponto de máximo para x = ;
c) a função f é duplamente assintótica ao eixo das abscissas, ou seja, lim f ( x ) = 0 e
x →−
lim f ( x ) = 0 ;
x →+
d) a função admite dois pontos de inflexão para x = .
e) A área sob a curva normal entre dois pontos é a probabilidade de uma variável
normalmente distribuída tomar um valor entre estes pontos.
+
Da teoria das probabilidades é mostrado que − f ( x)dx = 1.
1.3.3 Aplicações em transformadas integrais
Sejam f (t ) e g ( p , t ) , funções de variáveis t e p, a integral imprópria
+
0 f (t ) g ( p, t )dt = F ( p ) produz uma nova função da variável p, indicada por F ( p ) e
chamada de Transformada Integral de f (t ) .
Há vários tipos de transformadas integrais, por exemplo as Transformadas de Laplace
e as Transformadas de Fourier, que são muito utilizadas para encontrar soluções de equações
diferenciais.
A função g ( p , t ) é chamada de núcleo da transformação. Por exemplo:
Se g ( p, t ) = e − pt , então a transformada de f (t ) é chamada de Transformada de Laplace.
Se g (w, t ) = e iwt , a transformada de f (t ) é chamada de Transformada de Fourier de f (t ) .
A transformada de Laplace transforma uma equação diferencial em uma equação
algébrica, facilitando a sua resolução.
Estudos mais aprofundados das transformadas integrais, bem como das equações
diferenciais serão efetuados em outras disciplinas mais específicas.
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-17
− x2
0 e dx =
2
,
x n−1e − x dx = ( n ) u = x 2 du =2 x dx dx = 12 x−1 du
0
1 − 12
x = u 2 dx = 12 u du .
− x2 −1 1
−1 1
e dx = e −u 12 u 2 du = 12 u 2 e −u du = 12 ( 12 ) = .
0 0 0 2
Resolução:
Resposta: 1
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-18
21. Calcular 0 xe− x dx
Resolução:
Resposta: 1
−1 dx
22. Calcular − x 2
Resolução:
Resposta: 1
+ dx
23. Calcular − 1 + x 2
4
Resolução:
Resposta: 2
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-19
cos x
0
2
24. Calcular dx
sin x
Resolução:
Resposta: 2
2 dx
25. Calcular 0 4 − x2
Resolução:
Resposta:
2
2 dx
26. Calcular 0 x − 2
Resolução:
Resposta: DIVERGE
1 dx
27. Calcular −1 x 4
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-20
Resposta: DIVERGE
+ dx
28. Calcular − x 2 + 4 x + 9
Resolução:
Resposta:
5
+ k x
29. Determine k para que se tenha − e dx = 12 .
y Gráfico da função
+
− e
kx
dx 1 para k <0
x
+ k x
Obs: −
e dx = 12 k 0
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Impróprias 1-21
Resposta: k = −4
Resolução:
Resposta: CONVERGE
+ 1
b) 1 x − 0,12
dx
Resolução:
Resposta: DIVERGE
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-22
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-23
Sol
60o
Colméia
60o
Árvores
Flores Dança do
requebrado
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-24
mundo, são encontrados estudiosos que procuram entender cada vez mais o maravilhoso
mundo organizado desses importantes insetos que tantos benefícios trazem ao homem.
O x
Exemplos
31. Represente no plano os pontos (, ) onde:
5 8
A(1,0) , B(−1,0) , C 2, , D − 1, , E 2, , F 3, e G − 3, .
4 4 3 6 3
Resolução:
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-25
32. Represente no plano os pontos (, ) onde:
7 3 3 31 5
A(−1,− ) , B(3,3) , C 2, , D − ,− , E − 2, , F − 3, e G 2,− .
2 4 2 4 6 6 4
Resolução:
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
y P
O x
= x 2 + y 2
x
x = cos cos =
x +y
2 2
y
y = sin = arctan
sin = y x
x 2 + y 2
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-26
Definição
Uma função em coordenadas polares é uma relação que associa a cada ângulo
(medido em radianos) um único real (que pode ser negativo). Representa-se por:
= f ()
Existem alguns casos especiais de funções em coordenadas polares que serão tratados
a seguir.
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
2.2.3 Constante
= R (constante) é um círculo de raio R .
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-27
2.2.4 Caso Geral da Cardióide
O gráfico de qualquer uma das equações polares seguintes, com a 0, é uma
CARDIÓIDE:
= a (1+ cos )
= a (1− cos )
= a (1+ sin )
= a (1− sin )
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
= a + b cos ,
= a + b sin .
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-28
35. Construir o gráfico da função:
= 2 + 4 cos (caracol).
Resolução:
2 3 5
0
6 4 3 2 3 4 6
~
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
= a sin n
= a cos n
O gráfico consiste em um certo número de laços pela origem.
• Se n é par, há 2 n laços;
• Se n é ímpar, há n laços.
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-29
36. Construir os gráficos das rosáceas nos itens a) e b).
Rosáceas de quatro pétalas (folhas):
a) = 3 sin 2
Resolução:
2 3 5
0
6 4 3 2 3 4 6
~
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
b) = 3 cos 2
Resolução:
2 3 5
0
6 4 3 2 3 4 6
~
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-30
37. Se considerarmos o quadrado do primeiro termo na rosácea seguinte, temos:
2 = 4 cos 2 (Lemniscata de Bernoulli).
Dicas para fazer o gráfico:
= 2 cos 2 0 cos 2 1
Tome D como o domínio de tal que:
D = {R; − + 2n 2 + 2n, com nZ}
2 2
D = {R; − + n + n, com nZ}
4 4
Resolução:
2 3 5
0
6 4 3 2 3 4 6
~
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta:
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
b) cos = a
3 3
cos = 3 ou = cos = −3 ou = −
cos cos
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
0
2
7 11
6 5 7 6
4 4 3 5 4
3 2 3
b) = 2acos
= 4cos (a 0) = −4cos (a 0)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
c) = 2bsin
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-32
= 4sin (b 0) = −4sin (b 0)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
2.3.5 Limaçons
= a bcos ou = a bsin, onde a, b R.
a) Se b a a curva tem um laço
= 1 + 2cos = 1 − 2cos
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
= 1 + 2sin = 1 − 2sin
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
= 3 + 2sin = 3 − 2sin
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-33
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
2.3.6 Cardióides
São limaçons onde a = b.
= a( 1 cos) ou = a( 1 sin), onde a R.
= 2(1 + cos) = 2(1 − cos)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-34
2.3.9 Rosáceas
= acos(n) ou = asin(n), onde a R e n N.
= 3cos(2) = 3sin(2)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
= 4cos(3) = 4sin(3)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
= 4cos(4) = 4sin(4)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
= 4cos(5) = 4sin(5)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
= 4cos(6) = 4sin(6)
2 2
3 3 2 3 3 3 2 3
5 4 4 5 4 4
6 6 6 6
0 0
2 2
7 11 7 11
6 5 7 6 6 5 7 6
4 4 3 5 4 4 4 3 5 4
3 2 3 3 2 3
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-35
Setor
1 2
As =
2
=
O
A medida em radianos do ângulo entre as retas = i−1 e = i é denotada por i.
Tome i como sendo um valor de no i-ésimo subintervalo e considere f(i) o raio do
setor circular neste subintervalo, como mostra a figura seguinte.
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-36
i
= f ()
i
i−1
=
=
O
Raio do setor f ( i)
Como foi visto anteriormente, a área do setor é dada por:
1
f (i )2 i
2
Existe um setor circular para cada um dos n subintervalos. A soma das medidas das
áreas é:
1
f (1 )2 1 + 1 f ( 2 )2 2 ++ 1 f (i )2 i ++ 1 f ( n )2 n
2 2 2 2
Que pode ser escrita através da somatória:
n
2 f ( )
1 2
i i
i =1
2 f ( )
1
A = lim i
2
i
→0
i =1
f ()2 d
A= 1
2
Teorema
Se f é contínua e f () 0 em [, ], onde 0 2, então a área A da região
delimitada pelos gráficos de = f (), = e = é dada por:
A = 12 f () d = 12 2 d
2
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-37
Exemplos
38. Calcule a área da região delimitada pela lemniscata de Bernoulli, de equação 2=4 cos 2 .
Resolução:
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Resposta: A = 4 u.a.
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-38
39. Calcular a área da região interna à rosácea = a sin 2 .
Resolução:
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
a 2
Resposta: A= u.a.
2
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-39
40. Calcular a área da interseção das regiões limitadas pelas curvas =3 cos e =1+ cos .
Resolução:
2 3 5
Tipo de curva 0
6 4 3 2 3 4 6
~
Circunferência 3 cos
1+ ~
Cardióide
cos
2 2
3 3 3
4 4
5
6 6
0
2
7 11
6 6
5 7
4 4 5 4
3 3 3
2
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-40
5
Resposta: A= u.a.
4
41. Calcule a área da região limitada pela curva dada em coordenadas polares por = tg ,
com 0 , pela reta x = 1 (coordenadas cartesianas) e pelo eixo polar.
2
Dica para a resolução: Considere A1 () como sendo a área da região composta pelo
triângulo OMP, dado na figura abaixo.
2 = tg Reta: x= 1
2
3 3 P3 = 3
3
4 =4
4
5 = tg
6 6 P2
sen
= tg
sen
0
O 1 2 x O cos M3 1 x O cos M2 1 x
7 11
6 6 =6
5 7
4 4 P1
4 5 = tg
3 3 sen
3 O
2 cos M1 1 x
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-41
Resolução:
Resposta: u.a.
4
f ( x)2 dx
b
V =
a
y f (x )
x
a
b
Vamos tomá-lo como base e fazer o equivalente para coordenadas polares.
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-42
b
V = y 2 dx = 2 sin 2 dx
a
mas,
Exemplo
42. Calcular o volume do sólido formado pela rotação em torno do eixo polar, da cardióide de
equação = 2(1 + cos ).
Resolução:
64
Resposta: V = u.v.
3
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-43
2.5.2 Fórmula do Volume Simplificada
Rotação em torno da reta cuja direção é dada por:
• = 0 (eixo Ox ):
2 3
3
V= sin d .
• = :
2
2 3
3
V= cos d .
64
Resposta: V = u.v.
3
ds
dy
s y
dx
O x
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-44
Mas o que queremos desenvolver é para coordenadas polares:
2 2
dx dy
Em relação a = f(): ds = + d
d d
x = cos
Mas , então:
y = sin
dx d dy d
= cos − sin e = sin + cos
d d d d
2 2
dx d d
I = cos 2 −2 cos sin +2 sin 2
d d d
2 2
dy d d
II = sin 2 +2 sin cos +2 cos 2
d d d
Somando I com II:
2 2 2
dx dy d
I+II + = + 2 já que sin 2 + cos 2 =1.
d d d
Logo:
2
d
ds = + d ou ds = 2 + (' )2 d
2
d
Com este desenvolvimento, podemos calcular o comprimento de um arco e também a
área da superfície de sólidos de revolução, tomando como base os estudos em coordenadas
cartesianas, adaptando para coordenadas polares.
Definição
Tome a função = f () , com e seja s () a distância ao longo da curva
f () do ponto inicial P0( , f()) ao ponto P( , f () ). Então s é uma função, chamada
função comprimento de arco e é dada por:
s () = 2 + [ f ' (t )]2 dt
A mudança da variável de integração para t tem como objetivo não dar dois
significados para a variável .
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-45
V C1 2 r1
r1
h1
superfície lateral
g O C2 2 r2
h2
r2
h
base B
O
r2
A área lateral do tronco de cone ( A l ) é igual à área do trapézio de altura g, base menor
C1 =2 r1 e base maior C 2 =2 r2 .
g g
A l = ( C1 + C 2 ) A l = (2 r1 +2 r2 ) A l =g( r1 + r2 )
2 2
r1 + r2
Sendo r o raio médio da faixa (tronco de cone), temos: r = 2r = r1 + r2
2
A l =g( r1 + r2 ) A l =g(2r)
Logo:
A l =2rg
Estendendo o conceito de área para superfície obtida pela rotação, em torno do eixo x,
do gráfico de uma função f, com derivada contínua e f(x) 0 em [a , b].
Vamos considerar uma partição de [a , b] definida por:
a = x0 x1 x2 xi−1 xi xi+1 xn−1 xn = b.
Desta forma, definimos n subintervalos do tipo [xi−1 , xi], onde i = 1, 2, , n com
larguras xi. Tome i como sendo o valor médio de x no i-ésimo subintervalo, ou seja,
x +x
i = i −1 i . O segmento de reta Pi −1Pi é tangente ao gráfico de f no ponto (i , f (i )) , sendo
2
f ' (i ) = tan i .
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-46
Ao girar Pi −1Pi ao redor do eixo x, o resultado é uma faixa (um tronco de cone) com
geratriz g = Pi −1Pi e raio médio f (i ) . Desta forma, a área da superfície é dada por:
y = f ( x) Pi −1
i
O xi −1 i xi x
Então
xi
Pi −1Pi = = sec i xi = 1 + f ' (i ) xi
2
cos i
Substituindo Pi −1Pi na área do tronco de cone, temos:
A l (i ) =2 f (i ) 1 + f ' (i ) xi
2
Se xi for suficientemente pequeno, esta área será uma boa aproximação para a área
da superfície gerada pela rotação da parte da função limitada entre as retas x = xi −1 e x = xi .
Desta forma podemos tomar como aproximação completa da área da superfície de
revolução o somatório seguinte:
n
A ( )
i =1
l i
Reconhecendo que a somatória anterior é uma soma de Riemann para a função A l (i )
, contínua em [a , b], tome x = max xi e teremos:
2f (x ) 1 + f ' (x ) dx
n n
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-47
Daí, temos a rotação em torno dos eixos:
• Eixo x:
b
S = 2 yds
a
• Eixo y:
b
S = 2 xds
a
• =
2
S = 2 xds = 2 cos 2 + (' ) 2 d
Exemplos
44. Achar o comprimento total da cardióide de equação = 1− cos .
2
3 3 2 3
5 4 4
6 6
0
2
7 11
6 5 7 6
4 4 3 5 4
3 2 3
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-48
Resposta: L = 8 u.c.
45. Considerando a mesma equação = 1− cos , calcular a área da superfície formada pela
rotação em torno do eixo polar.
Resolução:
32
Resposta: S= u.a.
5
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-49
2.8 Exercícios
46. Encontre a área da região no plano limitada pela cardióide r = 2(1 + cos ) .
2
3 3 2 3
5 4 4
6 6
0
2
7 11
6 5 7 6
4 4 3 5 4
3 2 3
Resolução:
Resposta: A = 6 u.a.
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-50
47. Encontre a área dentro do laço menor do caracol r = 2 cos + 1.
2
3 3 2 3
5 4 4
6 6
0
2
7 11
6 5 7 6
4 4 3 5 4
3 2 3
Resolução:
Resposta: ( )
A = − 3 2 3 u.a.
Lauro / Nunes
Cálculo II Sistema de Coordenadas Polares e Integrais 2-51
48. Encontre a área da região que está dentro do círculo r = 1 e fora da cardióide r = 1 − cos .
2
3 3 2 3
5 4 4
6 6
0
2
7 11
6 5 7 6
4 4 3 5 4
3 2 3
Resolução:
Resposta: A = 2 − u.a.
4
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-52
3 Integrais Eulerianas
3.1 Leonhard Euler
Matemático suíço, que viveu entre 1707 e 1783. Euler apresentou uma valiosa
contribuição para o uso da geometria das coordenadas no espaço tridimensional. Este
apresentou equações gerais para três classes de superfícies (cilindros, cones, superfícies de
revolução). Euler escreveu duas notas sobre o sistema de coordenadas polares tão perfeitas e
sistemáticas que por vezes dá-se o nome de “sistema Euler”.
Ao nos referirmos a Leonhard Euler estamos falando do escritor de matemática mais
produtivo de todos os tempos. Com 886 trabalhos publicados, a maioria deles no final de sua
vida, quando já estava completamente cego, Euler foi tão importante não apenas para a
matemática, mas também a física, engenharia e astronomia. Para se ter uma idéia, a Academia
de Ciências de São Petersburgo continuou a publicar trabalhos novos de Euler por mais de 30
anos depois da sua morte.
Entre suas contribuições mais conhecidas na matemática moderna estão: a introdução
da função gama, a relação entre o cálculo diferencial de Leibniz e o método das fluxões de
Newton e a resolução de equações diferenciais com a utilização do fator integrante.
Euler foi o primeiro a tratar seno e cosseno como funções. Devemos a ele as notações
f(x) para uma função, e para a base do logaritmo natural, i para a raiz quadrada de −1, para
a somatória, d n y para derivadas de graus elevados, entre muitas outras.
Um acontecimento interessante: Euler foi um cristão por toda a sua vida e
frequentemente lia a Bíblia a sua família. Uma história sobre sua religião durante sua estada
na Rússia envolve o dito filósofo ateu Diderot. Diderot foi convidado à corte por Catarina,
mas tornou-se inconveniente ao tentar converter todos ao ateísmo. Catarina pediu a Euler que
ajudasse, e Euler disse a Diderot, que era ignorante em matemática, que lhe daria uma prova
matemática da existência de Deus, se ele quisesse ouvir. Diderot disse que sim, e, conforme
conta De Morgan, Euler se aproximou de Diderot e disse, sério, em um tom de perfeita
a + bn
convicção: “ = x , portanto, Deus existe”. Diderot ficou sem resposta, e a corte caiu na
n
gargalhada. Diderot voltou imediatamente à França.
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-53
Desenvolvimento
(n +1) = x n +1−1e − x dx = x ne − x dx Integração por partes: udv = uv − vdu .
0 0
u = xn du= nx n −1dx
dv = e − x dx v = − e − x .
udv = lim uv − lim
b b b b
(n +1) = x ne − x dx = lim x ne− x dx = lim vdu
0 b → 0 b → 0 b→ 0 b → 0
b
xn b
(n +1) = lim − x + lim n x n −1e− x dx
b→
e 0 b → 0
→0
(n +1) = n x n −1e − x dx = n(n)
0
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-54
3.2.2 Função Gama para 0 n 1
Para 0 n 1, obtém-se a relação dos complementos dada por:
(n)(1− n) =
sin n
1 1 1
n= =
=
2 2 2 sin 2
2
1 1
2 = 2 = .
Então:
1
=
2
3 3 1 1
= −1 = =
2 2 2 2 2
Exercício
5 7 13
49. Com base no que já foi dado, determine os valores de: Γ ( ), Γ ( ), Γ ( ).
2 2 2
Resolução:
3 15 10395
Resposta: , e
4 8 64
(n + 1)
(n) =
n
Então:
1 (− 12 + 1) ( 2 )
1
− = = = = −2
2 −2 1
−2 1
(− 12 )
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-55
Exercício
3 5 13
50. Determine os valores de: − , − e − .
2 2 2
Resolução:
4 8 128
Resposta: ,− e−
3 15 135135
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 n
-1
-2
-3
-4
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-56
Observação
1
A função está definida para todo n e se anula nos pontos 0, −1, −2, , pois
(n )
(n) é infinita. Em outras palavras, a singularidade que a função teria nos pontos pode ser
1
removida pondo o valor da função como sendo 0. f (n) = .
(n )
1
-2 0
-4 -3 -1 1 2 3 4 n
-1
-2
Definição
1
(m, n) = x m−1 (1 − x) n−1 dx
0
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-57
51. Determine os valores da função Beta para m e n dados a seguir:
a) m = 1 e n = 1;
b) m = 2 e n = 1;
c) m = 1 e n = 2.
Resolução:
1 1
Resposta: a) 1; b) ; c) .
2 2
(m, n) = (n, m)
• Cálculo Direto
(n − 1)!
(m, n) = n −1
(m + i)
i =0
( m ) ( n )
(m, n) =
( m + n )
• Relação dos Complementos: se m + n = 1, com 0 n 1 m = 1 − n, então
(1 − n) ( n)
(m, n) = (1 − n, n) = = (1 − n)(n) =
(1 − n + n) sin n
Exemplos
Resolva as seguintes funções Beta:
1
Resposta:
105
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-58
53. (3,5) através da função Gama.
Resolução:
1
Resposta:
105
1
Resposta:
168
1
Resposta:
168
3.4 Exercícios
Utilizando função Gama e função Beta, resolva as seguintes integrais:
e − x dx
2
56.
0
Resolução:
1
Resposta:
2
57. 0
x 6e− 2 x dx
Resolução:
45
Resposta:
8
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-59
1
58. 0
x 2 ln xdx
Resolução:
1
Resposta: −
9
1
59. 0
x ln xdx
Resolução:
1
Resposta: −
4
1
60. 0
x 4 (1 − x)3 dx
Resolução:
1
Resposta:
280
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-60
1
(sin x) 2 m −1 (cos x) 2 n −1 dx = (m, n)
2
61. Prove que
0 2
Resolução:
Resposta:
Resolução:
1
Resposta:
24
sin 6 xdx
2
63.
0
Resolução:
5
Resposta:
32
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-61
xm 1 m +1 m + 1
64. Prove que (1 + x )
0 p n
dx =
p p
,n −
p
Resolução:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-62
a
65. Prove que 0
x m (a − x) n dx = a m+n +1 (m + 1, n + 1)
Resolução:
Resposta:
b
a ( x − a ) (b − x )n dx = (b − a )m + n +1 ( m +1, n +1)
m
66. Prove que
Resolução:
Resposta:
Resposta:
1 (−1) n
68. Prove que x (ln x) dx =
m n
(n + 1)
0 (m + 1) n +1
Resolução:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-63
1 m + 1
x me − ( ax) dx =
n
69. Prove que m +1
0 na n
Resolução:
Resposta:
x
70. 0 e3 x
dx
Resolução:
6
Resposta:
9
x e − x dx
4
71.
0
Resolução:
3
Resposta:
2
4
x3
72. 0 (1 + x )4
dx
Resolução:
5
Resposta:
8
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Eulerianas 3-64
Resolução:
3
Resposta:
256
3 dx
74. 1 ( x − 1)(3 − x)
Resolução:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-65
n =.
Os pontos de n são todas as n-listas X = ( x1 , x2 , x3 ,, xn ) cujas coordenadas x1 , x2 ,
x3 ,, xn são números reais.
Exemplos
76. 1 = (reta).
P = (x)
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 x
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 x
-1
-2
1
P = (x,y,z)
0
1 2 3 y
1
2
x
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-66
Definição
Dados X = ( x1 , x2 , x3 ,, xn ) e Y = ( y1 , y 2 , y3 ,, y n ) em n e um número real ,
define-se a soma X + Y e o produto X por:
X + Y = ( x1 + y1 , x2 + y 2 , x3 + y3 ,, xn + y n )
x , y = x1 y1 + x2 y 2 + x3 y3 ++ xn y n .
| x | é a representação de norma de x n .
Exemplo
x3
x = (x 1 ,x 2 ,x3)
x
x2
x1
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-67
Existem várias normas que se podem considerar no espaço euclidiano n .
n
Para x , tem-se:
| x | S = | x1 | + | x2 | + | x3 | + + | xn | (Norma da Soma)
As propriedades N1, N2 e N3 também são válidas para | x | M e | x | S .
Para todo x n , vale a desigualdade:
| x | M | x | | x | S n | x | M
4.4 Distância em n
A norma em n da origem à noção de distância em n . Dados x, y n , a distância
de x a y é definida por:
d(x, y) = |x − y|
Assim:
Distância Euclidiana
d(x, y) = | x − y | = ( x1 − y1 ) 2 + ( x2 − y2 ) 2 + + ( xn − yn ) 2
Distância do Máximo
d M (x, y) = | x − y | M = Máx{| x1 − y1 |, | x2 − y 2 |, , | xn − y n |}
Distância da Soma
d S (x, y) = | x − y | S = | x1 − y1 | + | x2 − y 2 | + + | xn − y n |
Exemplos
Tome n = 2 e considere d: 2 2 →. Dado x, y 2 , sendo x = (9,4) e y = (3,12),
calcule:
80. d(x, y)
Resolução:
Resposta: 10
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-68
81. d M (x, y)
Resolução:
Resposta: 8
82. d S (x, y)
Resolução:
Resposta: 14
Resposta:
B(a; r) = {x n ; |x − a| r}
Analogamente define-se a BOLA FECHADA B[a; r] e a ESFERA S[a; r], ambas com
centro a e raio r:
B[a; r] = {x n ; |x − a| r},
S[a; r] = {x n ; |x − a| = r}.
Exemplo
84. Para n = 2, as bolas no plano para as três distâncias podem ser representadas por:
Resolução:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-69
4.5.1 Definição: Segmento de Reta
O segmento de reta de extremos x, y é o conjunto:
x, y X [x, y] X
0, x X; 0 |x − a|
O conjunto dos pontos de acumulação de X é representado pela notação X’, chamado
de CONJUNTO DERIVADO de X.
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-70
Exemplos
85. Dado X = {(x, y, z) 3 ; x 2 + y 2 + z 2 9}, determine os conjuntos intX, extX e fronX.
Resolução:
Resposta:
Resposta:
Conclusão
X n ; intX extX fronX = n .
Exercícios
Tome um conjunto X n .
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-71
88. Se X é conexo, X é convexo? Justifique.
Resolução:
Resposta:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-72
4.6 Exercícios
Dado X 2 nos exercícios seguintes, analise X quanto aos itens a) e b) abaixo:
a) Região aberta ou fechada;
b) Conjunto aberto ou fechado.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Tópicos de Topologia dos Espaços Reais n-Dimensionais 4-73
93. X = {(x, y) 2 ; x 2 + y 2 1}
Resolução:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-74
94. O volume “V” de um cilindro circular é calculado pela expressão: V = r 2 h , sendo que
r é o raio da base e h a altura.
96. O circuito elétrico da figura que segue tem cinco resistores. A corrente deste circuito
depende das resistências Ri , i = 1,,5 , onde E é a tensão da fonte.
I (R1 , R2 , R3 , R4 , R5 ) =
E
R1 + R2 + R3 + R4 + R5
Conforme será visto, o estudo de funções com três ou mais variáveis não difere muito
do estudo das funções de duas variáveis. Desta forma, neste estudo trabalharemos mais com
as funções de duas variáveis independentes, salientando as diferenças fundamentais entre
estas funções e as funções de uma única variável independente, além de reforçar as principais
analogias existentes entre elas.
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-75
Definição
Seja A um conjunto do espaço n-dimensional A n , isto é, os elementos de A são
n-uplas ordenadas ( x1 , x 2 , x3 ,, xn ) de números reais. Se a cada ponto P do conjunto A
associarmos um único elemento w , temos uma função f : A n → . Essa função é
chamada de função de n variáveis reais.
Simbolicamente:
f : A n →
x w = f (x )
ou w = f ( x )= f ( x1 , x 2 , x3 ,, xn ).
Df = { x A n ; w = f ( x )}.
Como para as funções de uma variável, em geral, uma função de várias variáveis
também é especificada apenas pela regra que a define. Nesse caso, o domínio da função é o
conjunto de todos os pontos de x n , para os quais a função está definida.
Im f = { w ; w = f ( x )}.
Exemplo
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-76
Resposta:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-77
Definição: Curva de Nível (Cn)
Considere f : 2 → . O conjunto de pontos x 2 onde uma função 𝑓(𝑥) tem um
valor constante f ( x )= f ( x1 , x 2 )= c é chamado de curva de nível de f . Representação: Cnc.
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-78
Exemplo
100. No exemplo que segue, podemos observar algumas curvas de nível da função
z = f (x, y ) = 100 − x 2 − y 2 .
101. No exemplo que segue, podemos observar uma curva de nível e uma curva de
contorno da função z = f (x, y ) = 100 − x 2 − y 2 .
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-79
Exemplo
w
w= 8
Cc 8
w= 5
Cc 5
Cn 5
Cn0
y
x Cn 8
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-80
Definição
Seja w = f ( x )= f ( x1 , x 2 , x3 ,, xn ) uma função de n variáveis. O LIMITE da
função f ( x ), quando x tende a x0 , é o número real L se, para todo numero real 0, existe
0, tal que se x B( x0 ;) então sua imagem f ( x )B( L ;).
Simbolicamente
lim f ( x )= L 0, 0; 0<| x − x0 | | f ( x )− L |.
x→ x0
Notação:
lim f ( x, y ) = L ou lim f ( x, y ) = L
( x, y )→( x0 , y0 ) x→ x0
y → y0
Propriedades
Tome L , M , K , lim f ( x )= L e lim g ( x )= M .
x→ x0 x→ x0
lim f ( x )
f ( x ) x→ x0 L
• lim = = se M 0.
x→ x0 g ( x ) lim g ( x) M
x→ x0
• lim K f ( x )= K lim f (x ) = K L .
x→ x0 x→ x0
Exemplos
Calcule os limites:
103. lim x2 + y2
( x , y )→( 3, −4 )
Resolução:
Resposta: 5
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-81
x − xy + 3
104. lim
( x , y )→( 0,1) x y + 5 xy − y 3
2
Resolução:
Resposta: −3
x 2 − xy
105. lim
( x , y )→( 0, 0 ) x− y
Resolução:
Resposta: 0
x2 − y 2
106. lim
( x , y )→(1,1) x− y
Resolução:
Resposta: 2
Proposição
Se w = f ( x )= f ( x1 , x 2 , x3 ,, xn ) tem limites diferentes ao longo de caminhos
diferentes quando x se aproxima de x0 , então lim f ( x ) não existe.
x→ x0
Exemplo
2x2 y
107. Aplicando limites por caminhos, mostre que f ( x , y )= não tem limite
x4 + y2
quando ( x , y ) se aproxima de (0,0).
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-82
Exercícios
x4 − y2
108. f (x,y)= (Caminhos y = k x 2 );
x +y
4 2
Resolução:
x− y
109. f (x,y)= (Caminhos y = k x , k −1);
x+ y
Resolução:
x2 + y2
110. f (x,y)= (Caminhos y = k x 2 , k 0);
y
Resolução:
Definições:
1a) Uma função w = f ( x )= f ( x1 , x 2 , x3 ,, xn ) é CONTÍNUA NO PONTO x0 n se:
• f ( x0 );
• lim f ( x );
x→ x0
• lim f ( x )= f ( x0 ) .
x→ x0
2a) Uma função é CONTÍNUA quando é contínua em todos os pontos de seu domínio.
Lauro / Nunes
Cálculo II Funções em Espaços n-Dimensionais 5-83
Proposição:
• f + g é contínua em (x0 , y0 ) ;
• f − g é contínua em (x0 , y0 ) ;
• f g é contínua em (x0 , y0 ) ;
• f / g é contínua em (x0 , y0 ) , desde que g (x0 , y0 ) 0
Proposição:
Observação:
A partir das proposições anteriores podemos afirmar que:
• Uma função polinomial de duas variáveis é contínua em 2 ;
• Uma função racional de duas variáveis é contínua em todos os pontos do seu
domínio.
Exemplos:
Discutir a continuidade das seguintes funções:
111. f (x, y ) = 2 x 2 y 2 + 5 xy − 2
Resolução:
Resposta:
x + y −1
112. g ( x, y ) =
x y + x − 3xy − 3x + 2 y + 2
2 2
Resolução:
Resposta:
113. (
h(x, y ) = ln x 2 y 2 + 4 )
Resolução:
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-84
6 Derivadas
6.1 Derivadas Parciais
6.1.1 Incremento parcial e incremento total
Seja z = f ( x, y ) uma função de duas variáveis independentes.
Quando damos à variável independente x um acréscimo x , enquanto y permanece
constante, então o incremento correspondente de z receberá o nome de incremento parcial de
z, em relação à x e é denotado por:
x z = f (x + x, y ) − f (x, y )
Da mesma maneira, se x permanecer constante e a variável y receber um acréscimo
y , o incremento parcial de z, em relação à y é:
y z = f (x, y + y ) − f (x, y )
Se agora dermos, simultaneamente um acréscimo x para x e y para y, obtemos o
incremento total de z, que é denotado por:
z = f (x + x, y + y ) − f (x, y )
Exemplo
114. Se 𝑧 = 𝑓 (𝑥, 𝑦) = 𝑥 ∙ 𝑦, então:
x z = f (x + x, y ) − f (x, y ) = ( x + x ) y − x y = x y + x y − x y = y x
y z = f (x, y + y ) − f (x, y ) = x( y + y ) − x y = x y + x x − x y = x y
z = f (x + x, y + y ) − f (x, y ) = ( x + x ) ( y + y ) − x y =
x y + xy + yx + x y − x y = xy + yx + x y
Definições:
Chama-se derivada parcial de z = f ( x, y ) , em relação à x, no ponto (x0 , y0 ) , ao limite:
f (x0 , y0 ) f ( x0 + x, y0 ) − f ( x0 , y0 )
= lim ;
x x →0 x
Analogamente, definimos derivada parcial de z = f ( x, y ) , em relação à y, no ponto
(x0 , y0 ) , ao limite:
f ( x0 , y0 ) f ( x 0 , y 0 + y ) − f ( x 0 , y 0 )
= lim ;
y y→0 y
Fazendo x − x0 = x e y − y0 = y , podemos escrever:
f (x0 , y0 ) f ( x, y0 ) − f ( x0 , y0 )
= lim e
x x→ x0 x − x0
f ( x0 , y0 ) f ( x0 , y ) − f ( x0 , y0 )
= lim ;
y y→ y0 y − y0
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-85
Definições:
Sejam f : A 2 → , sendo ( x, y ) z = f ( x, y ) , e B A o conjunto dos pontos
(x, y ) tais que f (x, y ) existe. Chamamos de função derivada parcial de f em relação à x, à
x
f ( x, y ) f ( x + x, y) − f ( x, y)
função que a cada ( x, y ) B associa o número = lim .
x x →0 x
Analogamente, chamamos de função derivada parcial de f em relação à y, à função
f ( x , y ) f ( x, y + y ) − f ( x, y )
que a cada ( x, y ) B associa o número = lim .
y y→0 y
Observação:
As derivadas parciais podem também ser denotadas por:
f ( x, y )
= Dx f (x, y ) = f x (x, y )
x
f ( x , y )
= D y f ( x, y ) = f y ( x , y )
y
Observação:
As definições anteriores podem ser estendidas para funções f : A n → . Desta
forma temos, por exemplo:
1o Seja f: →
A derivada da função f ( x ) é:
dy f ( x + h) − f ( x )
f ’( x ) = = lim
dx h→0 h
2o Seja f: 2→
As derivadas parciais de f ( x , y ) em relação a x e y são as funções f x e f y .
f ( x, y ) f ( x + h, y ) − f ( x , y )
fx ( x , y ) = = lim ;
x h→0 h
f ( x , y ) f ( x, y + h) − f ( x, y )
fy ( x , y ) = = lim .
y h→0 h
3o Seja f: 3→
As derivadas parciais de f ( x , y , z ) são as funções f x , f y e f z .
f (x, y, z ) f ( x + h, y , z ) − f ( x , y , z )
fx ( x , y , z ) = = lim ;
x h→0 h
f ( x, y , z ) f ( x , y + h, z ) − f ( x , y , z )
fy ( x , y , z ) = = lim ;
y h→0 h
f (x, y, z ) f ( x, y , z + h) − f ( x, y , z )
fz ( x , y , z ) = = lim ;
z h→0 h
para w = f ( x , y , z ).
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-86
4o Seja f: n→
As derivadas parciais de f ( x ) para x n :
f ( x1 , x2 ,, xn ) f ( x1 + h, x2 ,, xn ) − f ( x1 , x2 ,, xn )
f x1 ( x ) = = lim ;
x1 h→0 h
f ( x1 , x2 ,, xn ) f ( x1 , x2 + h,, xn ) − f ( x1 , x2 ,, xn )
f x2 ( x ) = = lim ;
x2 h→0 h
f ( x1 , x2 ,, xn ) f ( x1 , x2 ,, xn + h) − f ( x1 , x2 ,, xn )
f xn ( x ) = = lim ;
xn h→0 h
Resposta: −2
𝜕𝑓 𝜕𝑓
116. Usando a definição, encontre as derivadas parciais (𝑥, 𝑦) e (𝑥, 𝑦), sendo
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑓 (𝑥, 𝑦) = 3𝑥 2 − 2𝑥𝑦 + 𝑦 2.
Resolução:
f
(x,y)=
x
f
(x,y)=
y
f f
Resposta: ( x , y ) = 6 x −2 y e ( x , y ) =−2 x +2 y
x y
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-87
Observação:
Na prática, podemos obter as derivadas parciais mais facilmente, usando as regras de
f ( x, y )
derivação das funções de uma variável. Nesse caso, para calcular , mantemos y
x
f ( x , y )
constante e para calcular , x é mantido constante.
y
Produto
u v ( u v ) = ( u v ) x i = u x i v + u v xi .
xi
Quociente
u u u u x v − uvx
= = i 2 i .
v xi v v xi v
Potência
un ( u n ) = ( u n ) x i = n u n −1 u xi .
xi
Exercícios
Considerando a função f ( x , y )= x 3 y 2 −2 x 2 y +3 x calcule o que se pede:
117. fx ( x , y )
Resolução:
Resposta: 3 x 2 y 2 −4 x y +3
118. fy ( x , y )
Resolução:
Resposta: 2 x 3 y −2 x 2
119. f x (2,−1)
Resolução:
Resposta: 23
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-88
120. f y (2,−1)
Resolução:
Resposta: −24
Exercícios
f
121. Encontre se f ( x , y ) = y sin( xy) .
y
Resolução:
Resposta: ( u v ) = sin( xy) + y x cos(xy) .
y
2y
122. Encontre f x e f y se f ( x , y ) = .
y + cos x
Resolução:
2 y sin x 2 cos x
Resposta: fx = e fy =
( y + cos x) 2
( y + cos x) 2
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-89
Encontre f x e f y se f ( x , y ) = tan x = w .
y
123.
Resolução:
y
sec 2 x tan x ln(tan x)
Resposta: fx = e fy = −
y y (tan x) y −1 y2
124. Usando as regras de derivação, encontre as derivadas parciais das seguintes funções:
(a) f ( x , y ) = 1 − x2 − y2
Resolução:
f −x f −y
Resposta: (x,y)= e (x,y)=
x 1 − x2 − y2 y 1 − x2 − y2
x+ y
(b) f (x,y)=
x2 + y2
Resolução:
f y 2 − 2 xy − x 2 f x 2 − 2 xy − y 2
Resposta: (x,y)= e ( x , y ) =
x ( x 2 + y 2 )2 y ( x 2 + y 2 )2
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-90
(c) f ( x , y ) = ex / y
Resolução:
f e x/ y
f − xex / y
Resposta: (x,y)= e (x,y)=
x y y y2
(d) f ( x , y ) = tan ( x 2 − y 2 )
Resolução:
f f
Resposta: ( x , y ) = [ sec 2 ( x 2 − y 2 )](2 x ) e ( x , y ) = [ sec 2 ( x 2 − y 2 )](−2 y ).
x y
(e) f ( x , y , z ) = x 2 sin 2 ( y z )
Resolução:
f f f
Resposta: ( x , y , z )=2 x sin 2 ( y z ), ( x , y , z )= x 2 z sin (2 y z ) e ( x , y , z )=
x y z
x 2 y sin (2 y z ).
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-91
6.1.3 Derivadas Parciais Sucessivas
Se w = f ( x ) é uma função de n variáveis e admite derivadas parciais em relação a
todos os x1 , x 2 ,, xn e estas funções derivadas parciais admitem derivadas parciais, então
suas derivadas são DERIVADAS PARCIAIS DE SEGUNDA ORDEM de w = f ( x ).
Se as derivadas de segunda ordem são parcialmente deriváveis, suas derivadas são
chamadas de DERIVADAS PARCIAIS DE TERCEIRA ORDEM de w = f ( x ).
Assim, segue para derivadas de ordem superior.
f f
2
f
w= f (x,y) = fx = = f xy
x y x yx
3w
f xxx = 3
2w x
f xx = 2
f = w
3
x
xxy yx 2
w
f x = x 3w
f xyx =
2w xyx
f xy =
yx f = w
3
xyy yyx
w = f ( x, y )
3w
f yxx =
2w xxy
yxf =
xy f = w
3
w yxy yxy
fy =
y
3w
yyx
f =
2w xy 2
f yy = 2
y
f = w
3
yyy y 3
1ra. ordem 2da. ordem 3ra. ordem
Teorema
Seja f uma função de duas variáveis x e y . Se f , f x , f y , f xy e f yx são contínuas
em uma região aberta R, então f xy = f yx em toda R.
Este teorema também é válido para derivadas de ordens superiores. Por exemplo:
f xyx = f yxx = f xxy .
Exercícios
2 f 2 f
Resposta: f xy = = = f yx
yx xy
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-92
3 f
Resposta: ( x , y ) =8 e 2 x + 3 y
x 3
f
3
(b) (x,y)
y 3
Resolução:
3 f
Resposta: ( x , y ) =27 e 2 x + 3 y
y 3
3 f 3 f
(c) Verifique a igualdade seguinte: = .
y 2 x xy 2
Resolução:
3 f 3 f
Resposta: = =18 e 2 x + 3 y
y x
2
xy 2
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-93
6.1.4 Interpretação Geométrica das Derivadas Parciais
Vamos supor que f : A 2 → , ( x, y ) → z = f ( x, y ) admite derivadas parciais em
um ponto (x0 , y0 ) A . Para y = y0 , temos que f (x, y0 ) é uma função de uma variável cujo
gráfico é uma curva C, resultante da intersecção da superfície 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) com o plano
𝑦 = 𝑦0 . A inclinação ou coeficiente angular da reta tangente à curva C no ponto (x0 , y0 ) é
dado por:
f (x0 , y0 )
tan =
x
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-94
128. Encontre a declividade da reta tangente à curva de intersecção da superfície
𝑤 = √24 − 𝑥 2 − 2𝑦 2 com o plano 𝑦 = 2, no ponto (2,2,2√3).
Resolução:
w 1
Resposta: (2,2) =−
x 3
x − x0 w − w0 y − y0 w − w0
= 1 = f (x , y )
y = y0 1 f x ( x0 , y0 ) x = x0 y 0 0
y = y x = x
0 0
x = x0 + y = y0 +
y = y0 y = y0 x = x0 x = x0
w = w + f ( x , y ) w = w + f ( x , y )
0 x 0 0 0 y 0 0
Exemplo
Determine as equações das retas tangentes ao gráfico de 𝑤 = 𝑓(𝑥, 𝑦) com
𝑤 = 7 − 𝑥 2 − 𝑦 2 + 2𝑥 + 2𝑦.
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-95
130. No ponto (1,1,9).
Resolução:
Resposta:
Resposta: 0
(b) Como varia a temperatura em relação à altitude, no instante t0 = 12 horas, num ponto
de altitude h0 = 100 metros?
Resolução:
1
Resposta: −
100
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-96
132. De acordo com a lei do gás ideal para um gás confinado, se P Newton por unidade
quadrada é a pressão, V unidades cúbicas é o volume, e T graus a temperatura, temos a
fórmula: P V = k T [equação (1)] onde k é uma constante de proporcionalidade.
Suponha que o volume de gás em um certo recipiente seja 100 cm3 e a temperatura seja
900 e k =8.
(a) Encontre a taxa de variação instantânea de P por unidade de variação em T , se V
permanecer fixo em 100.
Resolução:
P
Resposta: Logo, quando T =90 e V =100, =0,08 é a resposta desejada.
T
(b) Use o resultado de (a) para aproximar a variação de pressão se a temperatura aumentar
para 920 C.
Resolução:
Resposta: 0,16 N / m 2
(c) Encontre a taxa de variação instantânea de V por unidade de variação em P se T
permanecer fixo em 900.
Resolução:
V 125
Resposta: =−
P 9
(d) Suponha que a temperatura permaneça constante. Use o resultado de (c) para encontrar
a variação aproximada no volume para produzir a mesma variação na pressão, obtida em (b).
Resolução:
20
Resposta: −
9
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-97
2
133. O volume V de um cone circular é dado por V = y 4 s 2 − y 2 , onde s é o
24
comprimento da geratriz e y o diâmetro da base.
(a) Encontre a taxa de variação instantânea do volume em relação à geratriz se o valor
𝑦 = 16, enquanto a geratriz s varia. Calcule essa taxa de variação no instante em que
𝑠 = 10𝑐𝑚.
Resolução:
V 320
= cm3 / cm
Resposta:
s 9
(b) Suponha que o comprimento da geratriz permaneça constante com o valor de
𝑠 = 10𝑐𝑚. Considerando que o valor do diâmetro varia, encontre a taxa de variação do
volume em relação ao diâmetro quando 𝑦 = 16𝑐𝑚.
Resolução:
V 16
Resposta: = cm3 / cm
y 9
6.1.6 Diferenciabilidade
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-98
f ( x) − f ( x0 ) + f ´(x0 ) (x − x0 )
lim =0
x→ x0 x − x0
Esta expressão nos diz que a função h( x) = f ( x0 ) + f ´(x0 ) (x − x0 ) , que é a reta
tangente ao gráfico de f no ponto (x0 , y0 ) é uma “boa aproximação” de f perto de x0 .
Em outras palavras, quando x se aproxima de x0 , a diferença entre f e h se aproxima
de zero de uma forma mais rápida.
Plano Tangente
f (x0 , y0 )
Foi visto que a derivada parcial é o coeficiente angular da reta tangente à
x
curva de intersecção do plano y = y0 com a superfície z = f ( x, y ) , no ponto (x0 , y0 ) . Da
f ( x0 , y0 )
mesma maneira, a derivada parcial é o coeficiente angular da reta tangente à curva
y
de intersecção do plano x = x0 com a superfície z = f ( x, y ) , no ponto (x0 , y0 ) .
Intuitivamente percebemos que se existir um plano tangente à superfície z = f ( x, y ) ,
f (x0 , y0 ) f ( x0 , y0 )
no ponto (x0 , y0 ) , então as retas que tem e como coeficientes
x y
angulares estão contidas neste plano.
w P(x0 ,y0 ,w0 )
A curva
w = f (x0 ,y )
x0
y0 A curva
x
w = f (x ,y0 )
reta tangente
reta tangente
y
(x0 ,y0 )
Assim, se existe o plano tangente a z = f ( x, y ) , passando pelo ponto P( x0 , y0 , z 0 ), sua
equação é:
• (1) h ( x , y ) = a x + b y + c .
As inclinações nas direções dos eixos x e y são dadas pelas equações (2) e (3),
respectivamente:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-99
f
• (2) a = ( x0 , y0 ).
x
f
• (3) b = ( x0 , y0 ).
y
O ponto P( x0 , y0 , w0 ) satisfaz a equação (1), logo, obtém-se a equação (4):
• (4) h ( x0 , y0 ) = f ( x0 , y0 ) = w0 .
Substituindo (2) e (3) em (1), chega-se a equação (5):
f f
• (5) h ( x , y ) = ( x0 , y0 ) x + ( x0 , y0 ) y + c .
x y
Substituindo (4) em (5), chega-se a equação (6):
f f
• f ( x0 , y0 ) = ( x0 , y0 ) x0 + ( x0 , y0 ) y0 + c , ou
x y
• (6) c = w0 − f x ( x0 , y0 ) x0 − f y ( x0 , y0 ) y0 .
Assim, substituindo (6) em (5), obtém-se o plano tangente ao gráfico de w = f ( x , y )
no ponto P( x0 , y0 , w0 ) pela equação (7):
• (7) h ( x , y ) = f ( x0 , y0 ) + f x ( x0 , y0 )( x − x0 ) + f y ( x0 , y0 )( y − y0 ).
• | ( x , y ) − ( x0 , y0 ) | = ( x − x0 )2 + ( y − y0 )2 .
Observação
De uma maneira informal, dizemos que f ( x , y ) é diferenciável em ( x0 , y0 ) se o
plano dado pela equação (7) nos fornece uma “boa aproximação” para f ( x , y ) no ponto
( x0 , y0 ).
Proposição
Se f ( x , y ) é diferenciável no ponto ( x0 , y0 ), então f é contínua nesse ponto.
Exemplos
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-100
135. f ( x , y ) = x2 + y2 .
Resolução:
2 y3
, se ( x , y ) (0,0)
136. f ( x , y ) = x2 + y2 .
0, se ( x , y ) = ( 0 ,0 )
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-101
Plano Tangente
Seja f : 2 → diferenciável no ponto ( x0 , y0 ). Chama-se de plano tangente ao
gráfico de f no ponto ( x0 , y0 , f ( x0 , y0 )) ao plano dado pela equação a seguir.
w − f ( x0 , y0 ) = f x ( x0 , y0 )( x − x0 ) + f y ( x0 , y0 )( y − y0 ).
Exemplos
Determine, se existir, o plano tangente ao gráfico das funções dadas nos pontos
indicados.
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-102
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-103
6.2 Gradiente
Seja w = f ( x , y ) que admite derivadas parciais de 1a ordem em ( x0 , y0 ). O gradiente
de f no ponto ( x0 , y0 ) é um vetor com as derivadas f x e f y tal que:
f f
grad f ( x0 , y0 ) = ( x0 , y0 ) , ( x0 , y0 ) ou f ( x0 , y0 ) = ( f x ( x0 , y0 ), f y ( x0 , y0 )).
x y
Generalizando este conceito, temos:
w = f ( x , y ), w = f ( x , y , z ), , w = f ( x1 , x 2 ,, xn );
f f f f f f f f
f = , , f = , , , , f = , ,, .
x y x y z x1 x2 xn
Proposição
Seja f ( x , y ) uma função tal que, através do ponto P0( x0 , y0 ), passa uma curva de
nível ck de f . Se grad f ( x0 , y0 ) não for nulo, então ele é perpendicular à curva de nível ck
em ( x0 , y0 ), isto é, ele é perpendicular à reta tangente à curva ck no ponto P0.
Exemplo
x0 y0
P0
x
y y
c k : f (x , y) = k
f (x0 , y0 ) f ( x0 , y 0 )
f (x0 , y0 ) = , = (2 x0 ,2 y0 )
x y
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-104
140. Seja w = f ( x , y ) = x 2 − y . Graficamente, o grad f (2,4) é dado por:
Resolução:
y
P0
4
grad f (2 ,4)
x
2
c 0 : f (x , y) = 0
Resposta:
Observação:
O gradiente é um vetor que indica o sentido de mais rápido crescimento de uma
função em um ponto.
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-105
6.3 Diferenciais
Seja w = f ( x , y ) uma função diferenciável no ponto ( x0 , y0 ). A diferencial de f em
( x0 , y0 ) é definida pela função ou transformação linear:
T: 2 →
f f
T( x − x0 , y − y0 ) = ( x0 , y0 )( x − x0 ) + ( x0 , y0 )( y − y0 ),
x y
ou, para h = x − x0 e k = y − y0 :
f f
T( h , k ) = ( x0 , y0 ) h + ( x0 , y0 ) k (01)
x y
T dá uma aproximação do acréscimo w em ( x0 , y0 ):
w = f ( x , y ) − f ( x0 , y0 ).
Em relação a x e y , os acréscimos são:
x = x − x0 e y = y − y0 .
Define-se a diferencial das variáveis independentes x e y como os acréscimos x e
y:
dx = x e dy = y .
A diferencial de f em ( x , y ) relativa aos acréscimos x e y é indicada por dw ou
df :
f f
dw = ( x , y ) dx + ( x , y ) dy (02)
x y
dw é a DIFERENCIAL TOTAL de w = f ( x , y ).
Exemplos
3 1
Resposta: df (1,1) = dx + dy .
2 2
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-106
Resposta: w 0,021.
• b) Calcular w quando as variáveis independentes sofrem a variação em a).
Resolução:
Resposta: w =0,021381
• c) Calcular o erro obtido da aproximação de dw como w .
Resolução:
Resposta: 0,000381
f f f
dw = ( x , y , z ) dx + ( x , y , z ) dy + ( x , y , z ) dz .
x y z
Tome w = f ( x1 , x 2 ,, xn ) em ( x10 , x20 ,, x n0 ), sua diferencial é:
f f f
dw = ( x1 , x 2 ,, xn ) dx1 + ( x1 , x 2 ,, xn ) dx2 ++ ( x1 , x 2 ,, xn ) dxn .
x1 x2 xn
Exercícios
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-107
145. Nos itens a) e b), calcule o valor aproximado para a variação da área na figura quando
os lados são modificados de:
• a) 4cm e 2cm para 4,01cm e 2,001cm, num retângulo;
Resolução:
4
2
Resposta: 0,024cm2.
• b) 2cm e 1cm para 2,01cm e 0,5cm, num triângulo retângulo.
Resolução:
1
2
Resposta: −0,495cm2.
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-108
147. O diâmetro e a altura de um cilindro circular reto medem, com um erro provável de
0,2 pol em cada medida, respectivamente, 12 pol e 8 pol . Qual é, aproximadamente, o
máximo erro possível no cálculo do volume?
D
Resolução:
x− y 1
148. Dada a superfície z = , se no ponto x =4, y =2, x e y são acrescidos de ,
x+ y 10
qual é a variação aproximada de z ?
Resolução:
Resposta: z =−0,01075
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-109
149. As dimensões de uma caixa são 10 cm , 12 cm e 15 cm . Essas medidas têm um
possível erro de 0,02 cm . Encontre, aproximadamente, o máximo erro no cálculo do
volume.
y
z
x
Resolução:
dw w dx w dy
= +
dt x dt y dt
(DIAGRAMA)
w
w w
x y
x y
dx dy
dt dt
t
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-110
Exemplo
150. Use a regra da Cadeia para encontrar a derivada de w = x y em relação a t ao longo
do caminho x = cos t , y = sin t . Qual é o valor da derivada em t = ?
2
Resolução:
Resposta: −1
dw w dx w dy w dz
= + +
dt x dt y dt z dt
(DIAGRAMA)
w
w w
x w z
y
x y z
dy
dx dt dz
dt dt
t
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-111
Exemplo
dw
151. Encontre sendo que w = x y + z , x = cos t , y = sin t e z = t . Determine o valor
dt
da derivada em t =0.
Resolução:
Resposta: 2
w w x w y w z
= + +
r x r y r z r
w w x w y w z
= + +
s x s y s z s
(DIAGRAMA)
w w
w w w w
x w z x w z
y y
x y z x y z
y y
x r z x s z
r r s s
r s
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-112
Exemplo
w w r
152. Expresse e em termos de r e s se: w = x +2 y + z 2 , x = , y = r 2 + ln s ,
r s s
𝑧 = 2𝑟.
Resolução:
w 1 w 2 r
Resposta: = +12 r e = −
r s s s s 2
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-113
Exemplo
w w w
Resposta: = 2r , =0e =0
r
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-114
Exercícios:
154. A altura de um cone circular é de h =100 pol e decresce a razão de 10 pol / seg . O raio
da base é de r =50 pol e cresce a razão de 5 pol / seg . Com que velocidade está variando
o volume, quando h =100 pol e r =50 pol ?
r
Resolução:
Resposta: Portanto, o volume cresce à taxa de 26180 pol 3 / seg no dado instante
155. Use a lei do gás ideal com k =10 para encontrar a taxa de variação da temperatura no
instante em que o volume do gás é 120 cm3 e o gás está sob uma pressão de 8 din / cm 2 , se
o volume cresce à taxa de 2 cm3 / seg e a pressão decresce à taxa de 0,1 din / cm 2 ( din ,
unidade de força) por segundo.
Resolução:
Resposta: A temperatura cresce à taxa de 0,4 graus por segundo no dado instante.
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-115
Exemplo:
y
156. Encontre para y 2 − x 2 − sin xy = 0.
x
Resolução:
y 2 x + y cos xy
Resposta: =
x 2 y − x cos xy
y
157. Dada a equação x 2 + y 2 = 1, encontre usando derivação por duas formas:
x
a) Derivando implicitamente;
b) Derivando através de função de uma variável.
• a) F ( x , y ) = x 2 + y 2 − 1
Resolução:
y x
Resposta: =−
x y
• b) y = 1 − x 2
Resolução:
y x
Resposta: =−
x y
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-116
Exemplo
z z
158. Sabendo que z = f ( x , y ) é definida por x 4 y + y 3 + z 3 + z = 5, determine e .
x y
Resolução:
z − 4 x 3 y z − ( x 4 + 3 y 2 )
Resposta: = 2 e =
x 3 z + 1 y 3z 2 + 1
Observação
P0 é ponto de máximo ou mínimo de f .
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-117
Definição 3: Ponto Crítico
P0 é um ponto crítico de w = f ( P ) se, todas as derivadas parciais de f se anulam
ou não existem em P0 .
Teorema 1
Se w = f ( P ) tiver um valor de máximo ou mínimo local em P0 , então, P0 é um
ponto crítico de f . (A recíproca não é verdadeira).
Teorema 2
Tome P 2 ou P =( x , y ). Seja P0 =( x0 , y0 ) um ponto crítico de w = f ( P ),
diferenciável até a segunda ordem e H ( P ) o seu Hessiano definido por:
2 f 2 f
yx f xx f xy
H ( P ) = H ( x , y ) = 2x
2
= . (Determinante)
f 2 f f yx f yy
xy y 2
Então:
• (i) Se H ( P0 ) 0, w = f ( P ) admite extremos em P0 e:
2 f ( P0 )
(a) Tem um valor máximo se 0;
x 2
2 f ( P0 )
(b) Tem um valor mínimo se 0.
x 2
• (ii) Se H ( P0 ) = 0, nada se pode afirmar.
• (iii) Se H ( P0 ) 0, w = f ( P ) não admite extremos em P0 , P0 tem um ponto de sela.
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-118
Exercícios
3 3
160. Considerando f ( x , y )= x 2 + x y + y 2 + + +5, verifique se o ponto (1,1) é ponto
x y
crítico, classificando-o.
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-119
Resolução:
Observação
Esse teorema garante a existência do ponto de máximo e do ponto de mínimo de uma
função contínua com domínio fechado e limitado.
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-120
Exercício
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-121
163. Quais as dimensões de uma caixa retangular sem tampa com volume 4 m 3 e com a
menor área de superfície possível?
z
y
x
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Derivadas 6-122
Resposta: ( x , y , z ) = (2,2,1).
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-123
SEM FOTO
Bonaventura Francesco
Arquimedes de Siracusa Johann Kepler Pierre de Fermat Isaac Barrow Isaac Newton, Sir
Cavalieri
(287 - 212 a.C.) (1571 - 1630) (1601-1665) (1630 - 1677) (1642-1727)
(1598 - 1647)
O Cálculo pode ser dividido em duas partes: uma relacionada às derivadas ou Cálculo
Diferencial e outra parte relacionada às integrais, ou Cálculo Integral.
Os primeiros problemas que apareceram na História relacionados com as integrais são
os problemas de quadratura. Um dos problemas mais antigos enfrentados pelos gregos foi o
da medição de superfícies a fim de encontrar suas áreas. Quando os antigos geômetras
começaram a estudar as áreas de figuras planas, eles as relacionavam com a área do quadrado,
por ser essa a figura plana mais simples. Assim, buscavam encontrar um quadrado que tivesse
área igual à da figura em questão.
A palavra quadratura é um termo antigo que se tornou sinônimo do processo de
determinar áreas.
Quadraturas que fascinavam os geômetras eram as de figuras curvilíneas, como o
círculo, ou figuras limitadas por arcos de outras curvas. As lúnulas1, regiões que se
assemelham com a lua no seu quarto-crescente, foram estudadas por Hipócrates de Chios,
440 a.C., que realizou as primeiras quadraturas da História. Antifon, por volta de 430 a.C.,
procurou encontrar a quadratura do círculo através de uma sequência infinita de polígonos
regulares inscritos: primeiro um quadrado, depois um octógono, em seguida um
hexadecágono, e assim por diante. Havia, entretanto, um problema: essa sequência nunca
poderia ser concluída. Apesar disso, essa foi uma ideia genial que deu origem ao método da
exaustão.
Nesse contexto, uma das questões mais importantes, e que se constituiu numa das
maiores contribuições gregas para o Cálculo, surgiu por volta do ano 225 a.C. Trata-se de um
teorema de Arquimedes para a quadratura da parábola.
Arquimedes descobriu que a área da região limitada por uma parábola cortada por uma
corda qualquer, é igual a 4/3 da área do triângulo que tem a mesma altura e que tem a corda
como base. Esse cálculo pode ser encontrado no livro do Simmons, volume 2.
1
Quando duas circunferências se interceptam como na figura a região em forma de lua crescente
limitada pelos arcos ADB e AEB, é denominada lúnula.
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-124
Arquimedes gerou também uma soma com infinitos termos, mas ele conseguiu provar
rigorosamente o seu resultado, evitando, com o método da exaustão, a dificuldade com a
quantidade infinita de parcelas. Este é o primeiro exemplo conhecido de soma infinita que foi
resolvido.
Outra contribuição de Arquimedes foi a utilização do método da exaustão para
encontrar a área do círculo, obtendo uma das primeiras aproximações para o número .
Outras "integrações" foram realizadas por Arquimedes a fim de encontrar o volume e a
área da superfície esférica, o volume e a área da superfície do cone, a área da região limitada
por uma elipse, o volume de qualquer secção de um paraboloide de revolução e o volume de
um hiperboloide de revolução. Em seus cálculos, Arquimedes encontrava somas com um
número infinito de parcelas. O argumento utilizado era a dupla “reductio ad absurdum” para
"escapar" da situação incômoda. Basicamente, se não podia ser nem maior, nem menor, tinha
que ser igual.
A contribuição seguinte para o Cálculo Integral apareceu somente ao final do século
XVI quando a Mecânica levou vários matemáticos a examinar problemas relacionados com o
centro de gravidade. Em 1606, em Roma, Luca Valerio publicou “De quadratura parabolae”
onde utilizou o mesmo método grego para resolver problemas de cálculo de áreas desse tipo.
Kepler, em seu trabalho sobre o movimento dos planetas, teve que encontrar as áreas
de vários setores de uma região elíptica. O método de Kepler consistia em pensar na
superfície como a soma de linhas - método este que, na prática, apresentava muita imprecisão.
Analogamente, para calcular volumes de sólidos, pensava na soma de fatias planas. Desse
modo, calculou os volumes de muitos sólidos tridimensionais formados pela revolução de
uma região bidimensional ao redor de um eixo. Para o cálculo de cada um desses volumes,
Kepler subdividia o sólido em várias fatias, chamadas infinitésimos, e a soma desses
infinitésimos se aproximava do volume desejado.
Os próximos matemáticos que tiveram grande contribuição para o nascimento do
Cálculo Integral foram Fermat e Cavalieri. Em sua obra mais conhecida, “Geometria
indivisibilibus continuorum nova”, Cavalieri desenvolveu a idéia de Kepler sobre quantidades
infinitamente pequenas. Aparentemente, Cavalieri pensou na área como uma soma infinita de
componentes ou segmentos "indivisíveis". Ele mostrou, usando os seus métodos, o que hoje
a a n+1
em dia escrevemos: x n dx = .
0 n +1
Todo o processo geométrico desenvolvido por Cavalieri foi então aritmetizado por
Wallis. Em 1655, em seu trabalho “Arithmetica infinitorum”, Wallis desenvolveu princípios
de indução e interpolação que o levaram a encontrar diversos resultados importantes, entre
eles, a antecipação de parte do trabalho de Euler dobre a função gama.
Fermat desenvolveu uma técnica para achar a área sob cada uma das, então chamadas,
"parábolas maiores": curvas do tipo y=kxn, onde k 0 é constante e n = 2, 3, 4, etc. Empregou
então uma serie geométrica para fazer o mesmo para cada uma das curvas do tipo y=kxn, onde
k 0 e n = −2, −3, −4, etc. Por volta de 1640, a fórmula geral da integral das parábolas
maiores era conhecida por Fermat, Blaise Pascal, Descartes, Torricelli e outros.
O problema do movimento estava sendo estudado desde a época de Galileo. Tanto
Torricelli como Barrow consideraram o problema do movimento com velocidades variadas. A
derivada da distância era a velocidade e a operação inversa, partindo da velocidade, levava à
distância. A partir desse problema envolvendo movimento, a ideia de operação inversa da
derivada desenvolveu-se naturalmente e a idéia de que a integral e a derivada eram processos
inversos era familiar a Barrow. Embora Barrow nunca tenha anunciado formalmente o
Teorema Fundamental do Cálculo, estava trabalhando em direção ao seu resultado; foi
Newton, entretanto, quem, continuando na mesma direção, formulou o teorema.
Newton continuou os trabalhos de Barrow e Galileo sobre o estudo do movimento dos
corpos e desenvolveu o Cálculo aproximadamente dez anos antes de Leibniz. Ele desenvolveu
os métodos das fluxions (derivação) e fluents (integração) e utilizou-os na construção da
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-125
mecânica clássica. Para Newton, a integração consistia em achar fluents para um dado fluxion
considerando, desta maneira, a integração como inversa da derivação. Com efeito, Newton
sabia que a derivada da velocidade, por exemplo, era a aceleração e a integral da aceleração
era a velocidade.
Newton representava as integrais por um acento grave acima da letra em questão, por
exemplo, a integral de y era representada por `y.
Leibniz, diferentemente de Newton, usava a integração como uma soma, de uma
maneira bastante parecida à de Cavalieri. Daí vem o símbolo (um 's' longo) para
representar soma.
Ambos desenvolveram o Cálculo Integral separadamente, entretanto Newton via o
Cálculo como geométrico, enquanto Leibniz o via mais como analítico.
Principalmente como consequência do Teorema Fundamental do Cálculo de Newton,
as integrais foram simplesmente vistas como derivadas "reversas". Na mesma época da
publicação das tabelas de integrais de Newton, Johann Bernoulli descobriu processos
sistemáticos para integrar todas as funções racionais, que é chamado método das frações
parciais. Essas ideias foram resumidas por Leonard Euler, na sua obra sobre integrais.
Após o estabelecimento do Cálculo, Euler daria continuidade ao estudo de funções -
ainda prematuro na época - juntamente com Cauchy, Gauss e Riemann. Foi Euler, entretanto,
quem reuniu todo o conhecimento até então desenvolvido e criou os fundamentos da Análise.
Hoje em dia o Cálculo Integral é largamente utilizado em várias áreas do
conhecimento humano e aplicado para a solução de problemas não só de Matemática, mas de
Física, Astronomia, Economia, Engenharia, Medicina, Química, por exemplo.
Definição
Considere uma função z = f (x, y) contínua e definida numa região fechada e limitada
D do plano xy.
z
z = f ( x,y)
yk
y
xk D
x
Traçando retas paralelas aos eixos x e y, recobrimos a região D por pequenos
retângulos.
y D
Ak
yk
x
xk
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-126
Considere somente os retângulos Rk que estão totalmente contidos em D, numerando-
os de 1 a n.
Em cada retângulo Rk, tome o ponto Pk = (xk , yk) e forme a soma
n
SOMA DE RIEMANN: f (xk , yk)Ak,
k =1
f (x, y)dxdy
D
1 dA = Área da Região D.
D
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-127
• 3. Dominação
• (a) f (x, y)dA 0 se f (x, y) 0 em D
D
• (b) f (x, y)dA g (x, y)dA se f (x, y) g(x, y) em D
D D
• 4. Aditividade
f (x, y)dA = f (x, y)dA + f (x, y)dA
D D1 D2
se D for a união de duas sub-regiões não sobrepostas D1 e D2.
y
D1 D2
D D
y = g1 (x)
c
x = h1 (y ) x = h 2 (y )
a b x x
g 2 ( x)
A( x ) = f ( x , y) dy
g1 ( x)
b g 2 ( x)
f (x, y)dA = a g ( x)1
f (x, y)dydx (Teorema 1)
D
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-128
• (ii) Seja D a região Dy da figura anterior. Se f é contínua em D, então:
d h2 ( y )
f (x, y)dA = c h ( y ) 1
f (x, y)dxdy (Teorema 2)
D
Exercícios
164. Seja D a região do plano xy delimitada pelos gráficos de y = x2 e y = 2x.
( x
3
Calcule + 4y)dA aplicando: (a) Teorema 1; (b) Teorema 2.
D
• (a) Teorema 1
y
D
(2,4)
y = 2x
y = x2
x
Resolução:
32
Resposta:
3
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-129
• (b) Teorema 2
y
D
(2,4)
y
x= 2
x= y
x
Resolução:
32
Resposta:
3
Resposta:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-130
• (b) Teorema 2
y (9,3)
x = y2
x = 13 y2 +6
D
(6,0) x
Resolução:
Resposta:
4 2
166. Dada 0 y
y cos x 5 dxdy, inverta a ordem de integração e calcule a integral
resultante.
y (2,4) y (2,4)
x= y y= x 2
x =2
D D
(2,0) x (2,0) x
dxdy dydx
Resolução:
Resposta: 0,055
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-131
167. Calcular I = y sinxy dxdy,
D
onde D é o retângulo de vértices 0, , 1, , (1, ) e (0, ) .
2 2
y
(0 , ) (1 , )
(0 , 2) (1 , 2)
(1 , 2)
D
2
(1 , )
x 0 1 x
Resolução:
Resposta: 1+
2
D
D’
y
v x = x (u ,v)
y = y (u, v)
u U x X
A correspondência entre as regiões D’ e D é BIJETORA, e podemos retornar de D
para D’ através da transformação inversa
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-132
( x, y )
f (x, y)dxdy = f (x(u, v), y(u, v)) (u, v) dudv (3)
D D'
( x, y )
onde é o determinante jacobiano de x e y em relação a u e v, dado por
(u , v)
x x
( x, y ) u v
= .
(u , v) y y
u v
A fórmula (3) é válida se:
• (i) f é contínua;
• (ii) as regiões D e D’ são formadas por um número finito de sub-regiões do tipo Dx ou Dy;
( x, y )
• (iii) o jacobiano 0 em D’ ou se anula num número finito de pontos de D’.
(u , v)
r 0 e 0 2 ou r 0 e − .
Para os cálculos, pode-se considerar como sendo .
y
D’ Retângulos D
+ +
x = rcos
y = rsen
r r + r r r r+ r x
Existe uma correspondência entre A’ e A, que veremos a seguir:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-133
7.5.3 Área A do retângulo polar em D
y
A D
r
r
r + r
+
R
R = r + r
r r + r x
1 2
Área de um setor circular: A = r
2
A é a diferença entre dois setores circulares de mesmo ângulo e raios R e r.
1 1
A = R 2 − r 2
2 2
1
( )
A = R 2 − r 2
2
R = r + r
1
( ) 1
( 1
)
A = (r + r )2 − r 2 = r 2 + 2rr + r 2 − r 2 = 2rr + r 2
2 2 2
( )
r + (r + r ) r+R r+R
A = (2r + r ) r =
1
r = r rk =
2 2 2 2
A = rk r = rk A'
Setor menor ( r)
A = rk A'
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-134
Assim, se tomarmos limite com n → com o máximo das diagonais dos n retângulos
tendendo a zero, temos
n
lim
n→
f (rk cosk , rk sink)rk A'k
k =1
que equivale a integral
f (rcos, rsin)rdrd
D'
dada pela fórmula (5).
Exercícios
2 r
Resolução:
16
Resposta:
3
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-135
+ y2
Calcular I = e x
2
169. dxdy, onde D é a região do plano xy delimitada entre x2 + y2 = 4
D
e x + y = 9.
2 2
0 2
Região D: x2 + y2 4 x2 + y2 9 Região D’:
2 r 3
y
2
D D’
r
2 3 x 2 3 r
Resolução:
Resposta: (e 9
)
− e4
Exercícios
170. Calcular o volume do sólido acima do plano xy delimitado por z = 4 − 2x2 − 2y2.
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-136
Resposta: 4 u.v.
(2,0,2)
1
2 1 y
(2,1,1)
2
x
Resolução:
15
Resposta: V= unidades de volume.
4
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-137
Exercício
172. Calcular a área da região D delimitada por x = y2 + 1 e x + y = 3. Calcular pelas duas
formas:
a) Dx (Teorema 1)
b) Dy (Teorema 2)
Por (7), A = dA
D
y
3
2
1
1 2 3 4 5 x
−1
−2
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-138
9
Resposta: u.a. (unidades de área)
2
y
x
Numeramos os paralelepípedos no interior de T de 1 até n. Em cada um dos pequenos
paralelepípedos Tk, escolhemos um ponto arbitrário (xk, yk, zk).
n
Formamos a soma f (xk, yk, zk)Vk, onde Vk é o volume do paralelepípedo Tk.
k =1
Faz-se isso de maneira arbitraria, mas de tal forma que a maior aresta dos
paralelepípedos Tk tende a zero quando n → .
n
Se existir lim
n→
f (xk, yk, zk)Vk, ele é chamado:
k =1
INTEGRAL TRIPLA da função f (x, y, z) sobre a região T e representamos por
Propriedades
De forma análoga a integrais duplas, temos:
• 1. kf dV = k f dV;
T T
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-139
• 2. ( f1 f2)dV = f1 dV f 2 dV;
T T T
• 3. f dV = f dV + f dV, onde T = T1 T2, como mostra a figura a seguir.
T T1 T2
T1 T2
z = h2 ( x , y )
T
z = h1 ( x , y )
y
D
x
• (ii) Domínio D’:
z
y = p 1( x, z)
D T
y = p2( x, z)
y
x
• (iii)Domínio D”:
z
y
T
x = q 1(y, z)
x x = q 2(y , z)
• (i) A região T é delimitada inferiormente pelo gráfico z = h1(x, y) e superiormente pelo
gráfico z = h2(x, y), onde h1 e h2 são funções contínuas sobre a região D do plano xy.
h2 ( x , y )
f ( x, y, z )dz dxdy
f (x, y, z)dV = h ( x, y ) 1
(8)
T D
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-140
Logo, se, por exemplo, a região D for do tipo Dx:
g ( x) y g 2 ( x)
D: 1
a x b
a integral tripla será dada pela seguinte integral iterada tripla:
b g 2 ( x) h2 ( x , y )
f (x, y, z)dV = a g ( x) h ( x, y )
1 1
f (x, y, z)dzdydx.
T
• (ii) A região T é delimitada à esquerda por y = p1(x, z) e a direita por y = p2(x, z), onde p1 e
p2 são funções contínuas sobre a região D’ do plano xz.
p2 ( x , z )
f ( x, y, z )dy dxdz
f (x, y, z)dV = p ( x, z ) 1
(9)
T D'
• (ii) A região T é delimitada na parte de traz por x = q1(y, z) e na frente por x = q2(y, z),
onde q1 e q2 são funções contínuas sobre a região D” do plano yz.
q2 ( y , z )
f ( x, y, z )dx dydz
f (x, y, z)dV = q ( y, z ) 1
(10)
T D"
Exercícios
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-141
625
Resposta: I=−
4
174. Calcular I = y dV, onde T é a região delimitada pelos planos coordenados e pelo
T
x y
plano + + z = 1.
3 2
T é o tetraedro representado a seguir:
z
z = 1− x − y y
1 3 2 2
T
2 y D
D
z= 0 3 x
x 3
Neste caso, T se enquadra em qualquer um dos casos: (i), (ii) ou (iii). No desenho, é
sugerida a utilização de (i).
Resolução:
1
Resposta: I=
2
( x, y , z )
I = f ( x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w)) dudvdw (11)
T'
(u, v, w)
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-142
( x, y , z )
onde T’ é a correspondente região no espaço u, v, w e é o determinante jacobiano
(u , v , w )
de x, y e z em relação a u, v e w.
P (x, y, z)
y
r
x
cos − r sin 0
( x, y , z )
= sin r cos 0 = r
(r , , z )
0 0 1
Assim, usando (11), vem:
Exercício
175. Calcular I = (x2 + y2)dV, onde T é a região delimitada pelo plano xy, pelo
T
paraboloide z = x2 + y2 e pelo cilindro x2 + y2 = a2.
a2
a2
D a
a
z =0
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-143
A região T é limitada inferiormente por z = 0 e superiormente por z = x2 + y2 que, em
coordenadas cilíndricas, tem equação z = r2.
Observação: Levando-se em conta que a região T se enquadra no caso (i), pode-se
escrever a equação (12) representada pela (13).
h2 ( r , )
h ( r , ) f ( rcos, rsin, z)dz rdrd (13)
D' 1
• Onde h1 e h2 delimitam T inferior e superiormente.
• D’ é a projeção de T sobre o plano xy descrita em coordenadas polares.
Resolução:
a 6
Resposta: I=
3
P( , , )
r = sen
x = r cos z z = cos
y = r sen
r
x r
z
y
x = sencos
y = sensen
z = cos
O jacobiano de x, y, z em relação às novas variáveis r, e é:
T T'
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-144
Exercício
176. Calcular I = zdV, onde T é a região limitada superiormente pela esfera
T
T Esféra = 4
Cone =
4
Resolução:
Resposta: I = 32
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-145
M= ( x, y)dA
R
Além disso, o momento de massa em relação ao eixo x é dado por:
Mx = y( x, y)dA
R
Analogamente, o momento de massa em relação ao eixo y é dado por:
My = x( x, y)dA
R
My
Mx
x= e y=
M M
O momento de inércia em relação ao eixo x é:
Ix = y ( x, y)dA
2
R
O momento de inércia em relação ao eixo y é:
Iy = x ( x, y)dA
2
I0 = ( x + y 2 )( x, y )dA
2
Observação
Os valores y2, x2 e (x2 + y2) que aparecem nestas expressões são as “distâncias ao
quadrado”, como mostra a figura a seguir:
y
yk Pk
xk x
No retângulo genérico Rk, temos o ponto (xk, yk) Rk, e:
xk2 é o quadrado da distância de Pk ao eixo y.
y k2 é o quadrado da distância de Pk ao eixo x.
xk2 + yk2 é o quadrado da distância de Pk a origem.
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-146
Exercícios
177. Determinar o centro de massa da chapa homogênea da figura abaixo.
y
3a
2a
R
−a a x
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-147
19a
Resposta: ( x , y ) = 0,
15
178. Calcular o momento de inércia em relação ao eixo dos y da chapa da figura a seguir,
sabendo que a densidade de massa é igual a xy Kg/m2.
y
y= x
2
R
x
4
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-148
Outro conceito importante é o de momento de inércia em relação a um eixo L. No caso
de sólidos, temos que a distância de uma partícula, com massa concentrada em (xk, yk, zk), até
os eixos coordenados é dada por:
• Eixo z: d xy = xk2 + yk2 ;
• Eixo y: d xz = xk2 + zk2 ;
• Eixo x: d yz = yk2 + zk2 .
O momento de inércia em relação ao eixo z é:
Iz = ( x 2 + y 2 )( x, y, z )dV
T
O momento de inércia em relação ao eixo x é:
Ix = ( y 2 + z 2 )( x, y, z )dV
T
O momento de inércia em relação ao eixo x é:
Iy = ( x 2 + z 2 )( x, y, z )dV
T
Exercícios
179. Calcular a massa e o centro de massa do sólido T, delimitado por 2x + y + z = 1 e os
planos coordenados, sabendo que a densidade de massa em P(x, y, z) é proporcional a
distância até o plano xy.
z
1
T
z P
y
x
1 y
x 12
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-149
k 1 1 6
Resposta: M= unidades de massa. Centro de massa: , ,
48 10 5 15
3 y
x
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-150
7.15 Exercícios
1 4 − y2
Calcular a integral I =
0 4x
181. e dydx .
Resolução:
Resposta: I=
1
8
(
1 − e −16 )
182. ( )
Calcular I = y sin x y dA onde D é a região delimitada por x = 0, y =
2
e
D
𝑥 = √𝑦.
y
2
D
x
2
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-151
−2
Resposta: I=
2
0 1 2 x
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-152
13
Resposta: I=
8
a sin
Resposta: I = 0 f (r cos , r sin )r drd
0
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-153
Resposta: I=0
3
x2 + y 2 = 2x , x2 + y 2 = 4x , y = x e y = x.
3
y
4
6
1 2 3 4 x
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-154
Resposta: I=
7
9
( )
10 2 − 11
x − y = 0, x − y = 1, y = 2x e y = 2x − 4.
y
4
2
D
−1
x
2 3 4
x −y = 0 −2
x − y = 1 y = 2x y = 2 x − 4
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-155
Resposta: I=2
188. Calcular ( )
I = ( x − 2)2 + ( y − 2)2 dxdy , onde D é a região delimitada pela
D
circunferência (x − 2)2 + (y − 2)2 = 4.
Obs.: Aconselha-se o uso de duas transformações:
1a: u = x − 2 e v = y − 2; 2a: coordenadas polares.
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-156
Resposta: I = 8
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-157
189. Calcular o volume do sólido no primeiro octante delimitado por y + z = 2 e pelo
cilindro que contorna a região delimitada por y = x2 e x = y2.
z y
2 x = y2
Sólido
1 1
Região D x= y
y x
1 1 1
x
Resolução:
31
Resposta: V= unidades de volume
60
−9
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-158
81
Resposta: V=
2
z
4
4 4 y
x
Resolução:
128
Resposta: V= unidades de volume
3
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-159
192. Calcular o volume do tetraedro dado na figura abaixo.
z
3
1 y
2
x
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Integrais Duplas e Triplas 7-160
2 20
193. Calcule a área da região delimitada por y = x3, y = −x e y = x+ .
3 3
y
y = 2 x + 20
8 3 3
y = −x D
4 y = x3
-4 2 x
Resolução:
Lauro / Nunes
Cálculo II Formulário e Referências 8-161
8 Formulário e Referências
8.1 Formulário de Derivadas e Integrais
DERIVADAS: 1) udv = uv − vdu
Tome u e v como funções em x.
Sejam D x u = u’ e c uma constante. u n +1
u du = + c, (n −1)
n
2)
1) Dx c = 0 n +1
1
2) D x (u + v) = u’ + v’ 3) u du = ln|u| + c
3) D x (uv) = u’v + uv’
e du = eu + c
u
4)
u u ' v − uv'
4) Dx = au
v v2 a du = +c
u
5)
ln a
5) D x [f (u)] = D x f (u) u’
6) senudu = −cosu + c
6) D x u n = n u n−1 u’ 7) cos udu = senu + c
7) D x eu = eu u’ 8) sec udu = tgu + c
2
8) D x au = au lna u’
9) csc udu = −cotu + c
2
1
9) D x ln|u| = u’
u 10) (sec u tgu )du = secu + c
1
10) D x loga|u| = u’ 11) (csc u cot u )du = −cscu + c
u ln a
11) D x senu = cosu u’ 12) tg udu = −ln|cosu| + c
du 1 u
17) D x arcsenu =
u' 17) 2 = arctg + c
a +u 2
a a
1 − u2
du 1 u
− u' 18) = arcsec + c
18) D x arccosu = u u −a
2 2 a a
1 − u2
du 1 u+a
19) D x arctgu =
u' 19) a 2
−u 2
= ln
2a u − a
+c
1 + u2
du
20) D x arcsecu =
u' 20) u −a
2 2
= ln u + u 2 − a 2 + c
u u2 −1
INTEGRAIS:
Lauro / Nunes
Cálculo II Formulário e Referências 8-162
Lauro / Nunes