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“Se dissermos que mantemos comunhão com Ele [Deus] e andamos nas
trevas, mentimos e não praticamos a verdade” (1Jo 1.6)
“Pois fiquei de sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo testemunho
da tua verdade, como tu andas na verdade” (3 Jo 3)
Simão está falando consigo mesmo sobre Jesus (que não seria um profeta,
por dedução lógica), mas também sobre a mulher. Ela era uma pecadora.
No v. 47, Jesus fala que ela tinha muitos pecados. Simão estava errado em
sua perspectiva sobre Jesus, mas correto em sua opinião quanto à mulher.
Mas a afirmação do coração de Simão também falava muito sobre ele: ao
chamar a mulher de pecadora, ele próprio se colocava em outra categoria.
Sua virtude religiosa o colocaria em um patamar diferente. Notemos:
“quem é e qual é a mulher que lhe tocou” – uma outra maneira de dizer
“não é uma pessoa tão justa como eu”.
Com uma história simples, Jesus deu uma aula de economia espiritual:
quanto mais perdão, mais amor. Após a hesitante resposta de Simão (v.
43), como um bom pregador, Jesus aplicou sua mensagem diretamente na
vida de Simão (vv. 44-46. “Vês esta mulher?” – Simão não havia tirado
seus olhos dela por nem um momento! Simão não havia cumprido o
mínimo que os requisitos da hospitalidade requeriam, mas a “mulher
pecadora” foi além deles. Vejam o contraste! Qual a diferença? O amor! O
que provocou a diferença? O perdão! O v. 47 mostra este contraste de
modo gritante.
Aquele que pouco ama é Simão. Seu coração está totalmente exposto. Ele
tinha boa teologia e boa moralidade, mas não sabia amar. Ele não recebeu
Jesus como deveria recebê-lo. Em sua mente, Simão pensava não havia
feito coisas tão más quanto àquela mulher e que, portanto, era melhor do
que ela. Redondamente enganado!
Nosso coração também tem formas bem específicas de demonstrar nossa
forma de amor. Na última semana, quantas vezes nós nos colocamos
diante de outras pessoas “pecadoras” e nos mostramos superiores a elas?
Os pecados alheios nos incomodam tanto, que nos fazem desistir do que
Deus pode fazer na vida dos outros! Qual será nosso pensamento diante
dos pobres e necessitados: será que pensamos em nosso íntimo que a vida
deles é tão somente a consequência justa por seus atos? Não é este o amar
como Jesus ama, pois o amor não se alegra com as más ações.
Com base nisto, surge uma pergunta: Como amar como Jesus ama? De
onde nasce este amor? Irmãos, este amor começa quando entendemos
quem, de fato, somos. Somos pecadores, que carecem da graça de Deus.
Entendendo isto, somos comovidos pelo Senhor ao serviço, à piedade e à
entrega de tudo o que somos na presença dEle.