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ESTM010- 17

PROPRIEDADES MECÂNICAS
 E TÉRMICAS
É

Mecânica
M â i àFFratura,
t e,
Ensaios de Mecânica à Fratura
Aula - 11
Prof. Dr. Carlos Triveño Rios
Mecânica à Fratura
Útil para avaliar materiais estruturais e na analise de falhas.
P
Permiteit determinar
d t i o grau de
d segurança efetivo
f ti de
d um componente t trincado.
ti d
Analisa se um defeito tipo trinca (a; concentrador de tensão) irá ou não levar
um componente normalmente dúctil à fratura frágil ou catastrófica em tensões
normais ()
( ) de serviço (abaixo do seu limite de escoamento).
escoamento) Possibilitando
ao projetista valores quantitativos de tenacidade à fratura, K, do material.
Fornece tratamentos quantitativos da fratura e as bases para estimar a carga
que um material pode suportar sem falhar em função das relações:

Kc
Objetivo da Mecânica à Fratura:
Antecipação e prevenção de
falhas estruturais.

a -Presença de falhas ou defeitos e


trincas e mecanismos de
Níveis de tensão propagação de trinca,

Tenacidade à Fratura é uma propriedade inerente do material. Representa a


força necessária para propagar uma trinca através de um componente estrutural.
Resistência Teórica de Fratura Materiais
É estimada através da teoria da elasticidade linear.
Assumir que a estrutura cristalina é representado por 2 planos atômicos,
atômicos
cujas ligações atômicas se comportam como molas e obedecem a Lei de Hooke.
Modelo de Tensão de Clivagem
g A energiag elástica armazenada,, UE,
devido à deformação e ao deslocamento,
a, das ligações atômicas por aplicação
da força F, é dada por:
a 1
UE   Fd(a)  F .a
Plano de
o 2
Fratura Considerando: a = ao.; F = .S;  = E.
1 2
-Caminho da fratura é perpendicular à UE  . S .a a
2 E
aplicação
p ç da Força. ç
-A fratura é Frágil Para que ocorra inicio
P i i i dad ffratura
t d
de
forma espontânea: UE  US
-Consome  energia no plano de fratura
 2
4 s E
A força,
força F,
F que quebra as ligações 1
S .ao  2 s .S
t  t
2

atômicas  cria 2 novas superfícies. 2 E ao
A energia necessária para Assim: a Resistência Teórica de Fratura:
criar 2 superfícies de área, Ut  2 s .S
S, se denomina energia  sE E Esta intimamente
superficial do material, Us t  2  associada à energia de
a 3 ligação atômica (coesiva).
-s; energia por unidade de superfície o
Resistência Teórica de Fratura Materiais
Resistência coesiva teórica de um material para manter junto os átomos

Modelo de Tensão -Caminho da fratura


é paralelo ao plano
de cisalhamento
-Comportam. dúctil.
-Consome  energia

Resistência Teórica Estimam resistências


de Cisalhamento: excessivamente altas e
poucos materiais atingem
Resistência Teórica essas resistências.
E E E E E Geralmente são para
de Clivagem
g p para  th       th 
inicio de fratura: 3  2 10 dhkl materiais
t i i ttotalmente
t l t perfeitos.
f it

Essas resistencias Experimentalmente são menores e assumem valores


de E/10 a E/1000
E e G = Modulo de elasticidade e modulo de cisalhamento, respectivamente
th = máx= tensão teórica ou amplificada na ponta da trinca.
dhkl = espaçamento interatômico na condição não deformada
 = energia superficial (J/m2), relativa às duas superf. criadas com a fratura.
Resistência Teórica de Fratura Materiais
Resistência Teórica à Clivagem
Resistência Teórica de Cisalhamento
max= max=

max= E/
Muitos sólidos exibem uma energia superficial,   1Jm-2 (Exceto diamante;  = 5 Jm−2)
A distancia
di t i de d equilíbrio t bé  10−10
ilíb i é também 10 m).
)
Por que a fratura se dá em Presença de falhas microscópicas (defeitos de
valores menores q que as ponto, linear, bi e tri-dimensional)  amplificam a
resistências teóricas?? tensão local e atuam como concentrador de
tensão o que enfraquece o material.
Significa que os materiais
Quando; max >>> max provavelmente se deformem por clivagem
que por cisalhamento , por que??
 = f(Microtrincas), e,  = f(Discordâncias)
Concentradores de Tensão
Entalhes ou Irregularidades: Perturbam o campo de tensão de um componente,
amplificando o mesmo em suas proximidades.
proximidades Amplificam a tensão para um valor
máximo, máx, no extremo do entalhe

Sólidos Livres de Sólidos com Defeitos


Defeitos Perturbam e
Força e concentram a tensão
distribuição de normal em uma
região localizada
tensões são
uniformes
if
Concentradores
de tensão

Considerando uma Trinca Elíptica numa Chapa grande


max = ocorre no extremo do eixo da trinca,
nom = n = tensão nominal media ocorre longe da trinca
nom  é amplificada para max.
 2c 
A razão::  max   mon 1  (1)
 b 
O radio de curvatura, , no extremo da trinca é: K

S b t em 1:
Subst. 1

O fator concentrador de tensão, K, depende da forma e do tamanho do defeito.


Efeito de um entalhe sobre o campo de tensões de um componente
submetido à tração.
Efeito da Concentração e Distribuição de Tensão
 defeito  Frágil Dúctil

 

Materiais Frágeis Materiais Dúcteis


O efeito do fator de concentração de Exibem pouca ou nenhuma sensibilidade ao
tensão, K, é mais significativo em tamanho da falha inicial.
materiais frágeis do que em materiais A deformação plástica acontece: máx  e
dúcteis,,
Há redistribuição
di t ib i ã de
d tensão
t ã na pontat da
d trinca.
ti
A tensão de falha, max, é mais alta,
Ocorre encruamento local por deformação, ou
Não ocorre redistribuição de tensão, seja, não se desenvolve totalmente o fator de
O valor do concentrador de tensão será concentrador de tensão teórico,,
próximo ao valor teórico E/10, necessário Requere muito mais energia para propagação
para romper as forças de ligação atômica. do defeito que em materiais frágeis,
Tensões finitas e raios diferentes de zero nas pontas
de trincas em materiais reais
Na ponta da trinca existe
uma região de deformação
intensa, seja por plasticidade,
fissura ou microtrincas.
Quando cargas são
aplicadas ao material a
presença de trincas agudas
com possíveis tensões
infinitas (teóricas) são
reduzidas ppara valores finitos,
por acomodação da trinca
aguda em trinca arrombada ou
por redistribuição de tensões.
Isso produz:
-Uma trinca mais aberta finita, , próximo a sua ponta é chamado: deslocamento de
abertura de trincas (CTOD).
M t i i dúcteis
Materiais dú t i (metais)
( t i ) ocorre granded deformação
d f ã plástica
lá ti na vizinhança
i i h d
da
ponta da trinca. Nessa região o material escoa formando uma zona plástica.
Em alguns polímeros se desenvolve vazios de forma alongada com estrutura
fibrosa fazendo ligações entre as faces separadas  zona de ruptura (craze zone)
Em materiais frágeis (cerâmicas) na vizinhança da ponta da trinca se forma uma
região de alta densidade de pequenas trincas.
Distribuição de Tensão ao Redor de Falhas
Ingliss - 1910
-Para trincas muito agudas
(Por Ex.: c >>> ), podemos  max c
2
desprezar o valor 1 entre as  nom 
colchetes,
l h t e obter
bt a equação;
ã
Kt descreve o efeito geométrico da trinca sobre a tensão local.
 Tensão máxima é amplificada nos extremos da trinca = max;
Para Trinca circular:
b=c

max = 3nom= 3

Na fratura; max = C; nom = f.


Quando a tensão concentrada atinge, C ou max há quebra as ligações atômicas
na ponta da trinca e a trinca se propaga par dentro do material.
material
Na borda do material o comprimento da trinca = c
Na parte interna do material o comprimento da trinca = 2c
Critério da Teoria de Griffith (1920) UE  US
Em materiais elásticos ou frágeis pequenas trincas
atuam
t como concentradores
t d d tensão;
de t ã
Para que uma trinca de comprimento, 2c, e largura
2a, se propague é necessário:
-Uma
U iti C, com liberação
t ã critica,
tensão lib ã de
d energiai de
d
deformação, necessária para criar novas superfícies
de trinca, ou seja, deve envolver uma energia de
deformação superficial elástica, s. (ou, energia de
deformação plástica, p).
Para material frágil de espessura, t, desprezível (chapa fina). c = (2E.s/.c)1/2
-Não há plástica
lá ti em função do tamanho do defeito,
defeito c,
c
-Condição de tensão plana.  c  2 E s  K
Para Material frágil com, t, não-desprezível (chapa grossa):
- t >>> c; e; (1 - ))2 > 1   C aumentará.
t á c = (2E.
(2E s/.c
/ (1 ))1/2
(1-))
-Condição de deformação plana.
Para material com alguma deformação plástica (metais e
polímeros). Os materiais escoam antes da fratura, e a c = (2E.(s+ p)/.c)1/2
resistência à fratura será maior que materiais 100% frágeis.
Teoria de Griffith  modificada por Orowan
Para materiais altamente dúcteis (p >>> s), c = (2E.p/.c)1/2
- A s é desprezível.
Tensão crítica, c, exigida para propagação da trinca em Chapas
Irwin(1958)
-Substituiu o termo: 2(s+p) na Eq. de Orowan por G.
(G = Taxa de liberação de energia de deformação = c = (E.G/.c)1/2
Energia
g de deformação
ç elasto-plástica)
p ) ou energia
g p por
unidade de área para estender a trinca.

A propagação da trinca na fratura ocorre quando; Gc = .c2.c/E


G = Gc 
-Assim a taxa de transferência de Tensão Plana: c = ((EGc/.c))1/2
energia
i disponível
di í l desde
d d o campo
elástico no material: Deformação Plana: c = (EGc/.c (1-)2 )1/2

Reescrito na condição de tensão plana,


o fator de intensidade de tensão critica, Kc: K c  E.Gc Kc   c  .c

Kc  Representa a forca motriz para a


propagação da trinca  Tenacidade a
Fratura Critica.
Critica
Mecânica à Fratura Elástico Linear, MFEL.
A mecânica à fratura adota, K, como a Tenacidade -K é a resistência inerente do material,ao
a Fratura crescimento da trinca.
trinca
-K depende da tensão aplicada, , e
K é um parâmetro para medir a resistência de tamanho ou da geometria da trinca, a.
uma material frágil à propagação ou crescimento de
uma trinca instável que conduz à falha do
componente estrutural,;
K = Y a.
Usada para materiais elástico lineares.
lineares
Mede tensões de tração, , que atuam na ponta da trinca.
Estuda a intensidade da tensão na ponta da trinca.
Usado em projetos de Engenharia em f (KIC, , c).
K  Tenacidade à Fratura em modos de propagação de trinca
Na existência de um defeito,
defeito c,
c existe um fator de intensificação de tensões,
tensões
K, que produz a propagação de uma trinca no modo I de Deformação Plana;
Tamanho do
ASTM E399  KIC tamanho da trinca

Tenacidade à Fratura em Depende sobre a Estado de


Deformação Plana amostra e da geometria tensão imposto
p
Propriedade do Material da trinca; Y  1
Kc = Y(a/W).c.(.a)1/2
c > cc: a resistência é limitada pela fratura 0 < a < ac: o escoamento domina a resistência do material
Modo de Abertura da Trinca
-Existem 3 modos de abertura de trinca.
A superfície de trinca se afasta As superfícies de trinca As superfícies de trinca se movem
por abertura ou por tração escorregam um sobre outro relativamente um em relação ao outro
de forma paralela

KIC, GIC KIIC, GIIC KIIIC, GIIIC


-Modo I, abertura mais comum na -Modo II, a propagação -Modo III, a propagação é no modo
maioria dos casos da engenharia. é de cisalhamento em de cisalhamento anti-plano.
-Representa um comportamento um plano ou pelo -É associado com a condição de
linearmente elástico (hookeano).
(hookeano) d de
modo d deslizamento
d li t cisalhamento
i lh t puro, típico
tí i d
de
-A trinca cresce sobre o plano de barras com entalhe redondo e sob
máxima tensão de tração. carregamento em torção.

Influenciam a forma como a trinca esta sendo estendida ou prolongada,


Influenciam na distribuição de tensão na ponta da trinca.
Distribuição de Tensão na Ponta da Trinca
Depende de como a trinca esta sendo estendida ou prolongada.
Distribuição de tensão na vizinhança da ponta
A distribuição de tensão na vizinhança da de uma trinca superficial de comprimento a.
Ponta da Trinca depende:
das coordenadas r e ,
-das  e,
e
-do fator intensificador de tensão, K.
K é um parâmetro fundamental da MFEL.
depende do; Modo de carregamento e da
Forma da trinca ou da configuração estrutural.

Caso 1: Estado de Tensão Plana para p


espessuras finas de material: z = 0.
-A fratura é por cisalhamento, devido a
que uma das dimensões é muito menor
que as outras duas.

Caso 2: Estado de Deformação Plana para


espessuras nem finas nem grosseiras:
Z = (X + Y)
-Assim; a fratura é mais complexa por
Para tensão Plana
aumento da tensão até o escoamento plástico.

Para deformação
Uma restrição da MFEL é que o tamanho da Plana
zona plástica na ponta da trinca deve ser pequena.
Algumas Configurações do Fator Geométrico, Y, da Trinca, da Carga
e Respectivo Fator de Intensidade de Tensão, K
Trinca Central:

Trinca com Simples Entalhe de Borda:


Para trincas pequenas

Trinca com Duplo Entalhe de Borda:


Para trincas grandes

Trincas Embebidas
Trinca Elíptica:
p

Trinca Circular:
Variação da Tenacidade à Fratura, K, com a Espessura
O estado de tensão elástica é grandemente influenciado pela espessura da chapa.
E
Espessuras fi
finas, B tem
B, t alto
lt valor
l ded Kc
acompanhado de alta fração de cisalhamento.
Com aumento da espessura, B, a Kc,
,diminui
diminui a %m de fratura cisalhada e a aparência
de fratura se chama modo misto.
Espessura mais grossa; a KIc  é mais Cte.,
se denomina tenacidade a fratura em
deformação plana. A superfície da fratura é
totalmente plana e é independente da
espessura, B, da amostra.
Assim, o tamanho da zona plástica é muito
maior em espessuras finas que em espessuras
mais grossas. Para tanto:
-Elevados Valores de KIc  Materiais dúcteis.
-Pequenos Valores de KIc  Materiais frágeis (São vulneráveis à falha catastróficas)

-Experimentalmente as dimensões mínimas validas de CP para


determinar KIC, no modo de deformação plana, são:
2 2
K   K Ic 
2
 K Ic  B = espessura
B  2,5. Ic  W  5,0.  c  2,5 .  Y = tensão de escoamento
 Y   Y   Y  W = largura do corpo-de-prova
útil para Materiais de baixa resistência e dúcteis: aços e alumínio.
Correição do Tamanho da Zona Plástica
Em metais a tensão máxima, yy, elástica é
limitada pela zona plástica formada na ponta
da trinca .
Isso define o estado de tensões na ponta da
trinca que dependem das dimensões da
trinca,
amostra especialmente da espessura.
Para chapas finas contendo uma falha (z = 0).
-Prevalece
P l a condição
di ã de d tensão
t ã Plana.
Pl P d
Produz
um escoamento do material (yy = ys).
-Assim, a tensão plana é associada a um sistema
de tensão biaxial na ponta da trinca.
trinca E a zona
plástica ao frente da trinca pode estender-se.

Para chapas grossas contendo falha (z  0). Como:


-Prevalece a condição de deformação Plana.
Produz um escoamento do material (yy = ys). Correição da Zona Plástica de Irwin
-A deformação plana é associada a um sistema de
tensão tri-axial
tri axial na ponta da trinca.
trinca Assim,
Assim a zona Tensão Plana: Deformação Plana:
plástica próximo à ponta da trinca é muito
pequena e resulta em mínima resistência à fratura.
As diferenças
A dif d zona plástica,
da lá ti para os dois
d i
estados de tensão na proximidade da ponta da ryy – Tensão plana > ryy – deformação plana
trinca, dependerá apenas do raio plástico, rYY.
Variáveis que Afetam a Tenacidade à Fratura

F t
Fatores metalúrgicos
t lú i (internos)
(i t )
 Microestrutura, inclusões e impurezas
 Composição
 Tratamentos Térmicos
 Processamento termo-Mecânicos

Condições de Ensaio (externos)


 temperatura, meio ambiente
 taxa de
d deformação
d f
Temp.
 espessura das amostras KIC
Taxa de deformação
E
Espessura d
das amostras
Como podemos melhorar a tenacidade à Fratura e Resistência
Eliminar impurezas que degradem a tenacidade da liga,
liga
Desenvolver ótimas microestruturas e distribuição homogênea de
fase para maximizar a tenacidade,
Microestruturas refinadas.
refinadas
Um aumento na tenacidade à fratura significa um acréscimo de
trabalho requerido para iniciar e propagar uma trinca.
Como Quantificar a Fratura ?
-Ensaios Quantitativos: Tenacidade à fratura em condições de deformação plana.
Materiais Frágeis 
Mecânica à Fratura Linear Elástico (MFEL) Relações
entre Mecânica
Materiais Dúcteis  à Fratura
Mecânica à Fratura Elasto-Plástico (MFEP)
-Ensaios Qualitativos: comportamento frágil de materiais dúcteis em presença de
concentradores de tensão por ensaios de impacto e queda de peso.

Como Avaliar a Tenacidade à Fratura? Norma: E1820 − 13


(Standard Test Method for
- K, Ensaios de Deformação Plana  Determinar Tenacidade à Fratura, KIC Measurement of Fracture
Toughness)  Modo I
 Trabalhos realizados para materiais frágeis de alta resistência.
-CTOD – Distância de abertura da ponta da trinca entre duas superfícies medida na ponta
da trinca  É uma medida de tenacidade à fratura.
fratura Usado para materiais de baixa
resistência (Y < 1400 MPa)
Exibem uma parcela de deformação plástica antes da falha.
-Integral-J,
I t l J JIC: estima
ti a tenacidade
t id d à fratura
f t em função
f ã da d variação
i ã de d energia
i armazenada
d
no material quando a trinca cresce de forma estável.
Trabalho realizado para materiais de resistência mais baixa. e, grande deformação plástica.
Exibem pequena quantidade de deformação plástica antes da falha. falha
-Curva - R: permite determinar a resistência de um material à fratura durante a propagação de
trinca de forma estável e lenta.
Ensaios de impacto
Método muito popular e rápido para avaliar a tenacidade à fratura de materiais.
Fornece informações sobre a resistência do material por absorção de energia
quando um material é submetido a fratura repentina durante ensaios com
amostras padronizadas contendo um concentrador de tensão.
Depende do tipo de amostra e da forma como é colocada na maquina de ensaio,
temos 2 tipos:
-Ensaio
Ensaio de Impacto Charpy  E.U  Conhecido: Ensaio Charpy
-Ensaio de Impacto Izod  Europa
Ensaios de impacto p são realizados em função
ç da temperatura.
p Representam
p
situações muito severas para estudar o comportamento frágil de materiais dúcteis,
em condições de:
((1)) deformação
ç em baixas temperaturas,
p ,
(2) altas taxa de deformações, e,
(3) estado triaxial de tensões (em presença de concentrador de tensões  um
entalhe ou um defeito estrutural)
-Amplamente Utilizado:
-na indústria naval e bélica.
-Realizado tanto em metais como em polímeros.
-Maioria dos cerâmicos não suportam impacto.
ENSAIOS DE IMPACTO
Maquina de Ensaio de Impacto
IZOD: 1903 por Edwin Gilbert Izod
CHARPY: 1905 por Georges A. Albert Charpy
-Taxa
Taxa de deformação;
-Em ensaio de impacto; 102 ~ 103 s-1
-Tração convencional; 10-5 – 10-1 s-1. Charpy
Normas:
N
ASTM E23  Charpy e Izod;
ABNT MB 1116  Charpy
Izod
Corpos de
Prova para
Ensaios
Charpy Corpos de Prova para Ensaio Izod
Energia de Impacto desde o Ensaio
A máquina de ensaio de impacto utiliza um martelo pendular.
O pêndulo é levado a uma certa posição (Hq), ) onde adquire uma energia inicial
inicial.
Ao cair, ele encontra no seu percurso o CP fixo, que se rompe. A sua trajetória
continua até certa altura (hr), que corresponde à posição final do pêndulo.
Durante o ensaio registra-se a diferença entre alturas Hq (inicio) e hr (final)
Determina se a Energia de Impacto
Determina-se Impacto, necessária para quebrar
q ebrar o corpo de prova.
pro a

Relações Matemáticas:
EPotencial  ECinética
M.g.Hq  M. V 2 2

 Ângulo
V  2.g.Hq
Ângulo de queda

Wf  Eimpacto
t  M.g.(Hq  hr )
de rebote
Alt
Altura de
d queda,
d i
Hq
Wf = trabalho necessário para a fratura
Altura de
rebote, hr
São conhecidas:
Sã h id
CP Fixo
-Massa do martelo, M
-Aceleração da gravidade, g
-Altura inicial,, Hq.
A única variável desconhecida é a
Charpy altura final, que é obtida pelo ensaio.
Relações Matemáticas
H = altura inicial
h = altura final H  R.1  cos  
= ângulo de rebote h  R .1  cos  
 ângulo de queda
=
R = distância do centro do peso até a E i  P.R.1  cos  
extremidade do pêndulo (raio do pêndulo)
E a  P.R.cos   cos  
P = peso do pêndulo
Ei = energia inicial do pêndulo Vi  2 . g .R 1  cos  
Ea = energia absorvida no impacto
Vi = velocidade antes do impacto Vf  2 . g .R 1  cos  
Vf = velocidade após impacto
R
Transição Dúctil-a-Frágil  Ensaio de impacto em vários Corpos de Prova
Finalidade: determinar se um material dúctil experimenta ou não uma temperatura de
t
transição
i ã dúctil-a-frágil
dú til f á il com o abaixamento
b i t da
d temperatura.
t t
Em temperaturas maiores a energia de impacto é relativamente grande e é relacionada
com o modo de fratura dúctil.
À medida
did que a temperatura
t t di i i a energia
diminui i de
d impacto
i t decresce
d repentinamente
ti t ao
longo de uma faixa estreita de temperatura (região de transição) na qual a energia tem um
valor Cte. mas de valor pequeno; isto é relacionado com o modo de fratura frágil.
C
Curva de
d temperatura
t t de
d transição
t i ã dúctil
dú til a frágil,
f á il TTDF
Temperatura de
9 Ensaio
7 8
Temperatura de
D tilid d Nula
Ductilidade N l (TDN) Temperatura de Transição
100% de fratura dúctil 6
da Fratura Plástica (TFP)
clivada 100 % de fratura dúctil
Fratura Frágil em 5
Baixas Temperaturas Fratura Dúctil
4 Faixa de Temperatura de
3 Transição de dúctil a frágil
2
1 (TTDF)
TTDF
TDN TFP
Latão
trabalhado a Alumínio
fi
frio

Aço baixo carbono


Aparência da superfície fraturada
-Superfícies dúcteis  aparência fibrosa, grosseira (fratura cisalhada com dimples)
-Superfícies frágeis  aparência textura granular e de aspecto mais plano (clivada).
Temperaturas de
Ensaio: 

100% Fratura Frágil 100% Fratura Ductil

Fratura Frágil: absorve pouca energia  baixa tenacidade


Fratura Dúctil: absorve muita energia  alta tenacidade
F i de
Faixa d Transição:
T i ã fratura
f t mista
i t (dúctil
(dú til e ffrágil)
á il)

Outros Fatores que Influenciam:


- Dimensões do CP,
CP Raio do entalhe e profundidade,
profundidade - Tamanho de Grão,
Grão
(↑ grão ⇒ ↓ energia de impacto), Fragilização por H2 (↑H2 ⇒ fragilização),
Composição Qca. da liga.
Fatores Metalúrgicos que Afetam as Curvas de TTDF (temperatura de transição dúctil a frágil)
A forma e posição da curva TTDF (energia absorvida em função da
temperatura) é importante e determina a temperatura de transição,
transição sugere como
pode ser aplicado com segurança o componente.
-Estrutura Cristalina
i t vários
Existe
E á i ffatores
t que -Átomos intersticiais
afetam a curva DBTT -Tamanho de grão
-Orientação microestrutural do CP
-Espessura da amostra
Estrutura Cristalina
Materiais CCC experimentam a temperatura de transição dúctil a frágil  Portanto,
uma seleção cuidadosa da temperatura de serviço deve ser realizado:
CFC e HC
Al e suas ligas, Cu,
aço Inox, Au, Ni

CCC

Fe e suas ligas

ligas de Ti, Ni, Va

Em baixas temperaturas o no de sistemas de deslizamento é limitado  Pouca deformação plástica


Aumentando a temperatura são ativadas mais sistemas de deslizamento  Maior deformação plástica
Efeito do átomo soluto nas Curvas TTDF
Conteúdos de Carbono e Manganês apresentaram mudanças nas curvas TTDF.
Em aços:
ç a razão de Mn:C deverá ser no mínimo 3 a 1 p
para satisfazer a tenacidade a entalhes.
Efeito de C intersticial sobre a Curva TTDF Efeito do Mn sobre a Curva TTDF
Rat-C = 0,077nm

Rat-Mn = 00,112nm
112nm
Conteúdo de -Curva mais suave
Carbono  -Maior a faixa da TTDF
- Composição química (aços)
Efeito do manganês
g sobre a resistência ao
↑ % C = ↓ Energia absorvida impacto de um aço: Fe-0,35C-0,35Si-0,8Cr-
↑ % Mn = ↑ Energia absorvida 3Ni-0,3Mo-0,1V (%w) temperado e revenido
↑ % P = desloca curva p/ direita e ↑ a TTDF com resistência à tração de 1175 MPa.
↑%M Mo = desloca
d l curva p/direita
/di it e ↑ TTDF
↑ % Cr = não influencia ↑ % Mn = ↑ Energia de impacto,
↑ % Al = benéfico (refinador de grão)
↑ % S = maléfico
Efeito da Orientação da Amostra

Influencia as propriedades anisotrópicas em produtos conformados (laminados


ou forjados) fornecem diferentes energias de absorção de acordo às orientações
da amostra.
A direção de retirada do CP e o
sentido do entalhe podem alterar
B A C
significativamente os resultados do ensaio
(curva DBTT).
C.P. Transversal (C) mostra a pior
absorção de energia devido a que a trinca
se propaga paralelo à direção de
l i
laminação.
C.P. longitudinal (B) mostra a melhor
absorção de energia devido a que a
propagação da trinca é transversal ao
alinhamento das fibras.

Amostras retiradas de aço de baixo


carbono que foi laminada a frio
(O entalhe deverá ser perpendicular à
direção de laminação. Isso produz valores
de impacto Maximo)
Efeito do Geometria do Entalhe
Resultados de ensaio de impacto Charpy em amostras de aço
com 0,18%C
0 18%C com entalhe
t lh em V e entalhe
t lh cilíndrico
ilí d i (k
(keyhhole)
hh l )

Entalhe em V:
-Energia de impacto que Keyhole
-Curva deslocada p/direita ( Temper.)
Entalhe em Keyhole:
-Curva deslocada p
p/esquerda
q (
( Temp.)
p)

Entalhe em V:
-Curva deslocada p/esquerda ( Temper.)
Entalhe em U:
-Curva deslocada p/direita ( Temper.)
-Diminui a Faixa da TTDF
Maior severidade do entalhe.
ENSAIO DE IMPACTO INSTRUMENTADO
Os equipamentos Resposta Carga & Tempo - Aço de Meia Resistência
envolvem células de PM =Carga Máxima = Fratura = PF
Carga Escoam.=
Escoam = PQY
carga sobre o
martelo pendular e Propagação
na amostra. da fratura

-Fornecem mais
informações como: -107oC
energia absorvida, -93oC -79oC -46oC
variação
ç de cargag
aplicada em função
do tempo.

Aço de médio
carbono -32oC -18oC + 21oC
Preparação de Corpos de Prova para Determinar a
Tenacidade à Fratura em Deformação Plana (KIc)
Os ensaios podem ser por Flexão ou Tração usando Corpos de prova
prova, CP.
CP
ASTM
CP com entalhe E399
Pré-trinca
e pré trinca Entalhe
Para Flexão:
CP com entalhe simples CP de disco compacto em arco

CP com entalhe Pré-trinca


Entalhe
e pré trinca
Para Tração:
CP em forma
f de
d arco para
geometrias cilíndricas (vasos CP em chapas em forma de
CP compacta (+ usados) de pressão e tubulações). A(T) disco, DC(T), para blanks
circulares
Preparação
p ç dos CP:
1ro. determinar as dimensões críticas do corpo de prova.
Caso não se tenha disponível o valor de KIc na literatura, deve-se estimar.
ç do corpo
2do. seleção p de pprova,, dentre os vários tipos
p disponíveis.
p
3ro produzir um entalhe (x usinagem): Objetivo simular um plano de trinca ideal com raio
essencialmente nulo.
Approfundidade do entalhe, a, deve ser de, no máximo, 0,45W a 0,55W.
4to produzir uma pré-trinca (uma extensão do entalhe - por fadiga) na frente do entalhe de
comprimento ~ 0,05W. Objetivo eliminar qualquer efeito de geometria ou de encruamento
introduzido durante a realização do entalhe.
Tenacidade à Fratura em Deformação Plana (KIc)
Corpos de Prova e Dimensões para determinar, KIc

Geometrias fornecidas pela ASTM E399

Carregamento em Flexão de
Carregamento em tração
3 pontos
Ensaio de Flexão para determinar Kic em Deformação Plana
(Norma ASTM E399 )
Antes do ensaio  medir as dimensões dos CP: B, B S,
S eW.
A amostra com pré-trinca é carregada monotonicamente até a fratura,
Durante o ensaio são registradas: carga e deslocamento do “clipe gage”.
A taxa de carregamento,
g , deve ser rápido
p p porém não dinâmico;; faixa de 0,55
, a 2,75 
, MPam/s.
Após o ensaio medir o valor de a0, no corpo de prova fraturado, em vários pontos igualmente
espaçados ao longo da espessura do corpo de prova.
O registro do ensaio: Gráfico: carga (P) versus deslocamento da abertura ().
Comprimento Útil P PQ = carga aparente obtida dos resultados
Corpo de Prova S = distância entre os apoios,
B = largura do corpo-de-prova
W = espessura do corpo-de-prova Fratura após ensaio
B
ao

Extensometro

Base de fixação
do ensaio
Ensaio de Flexão de 3 pontos

-Objetivo:
Objetivo: Determinar a tenacidade PQ S  Para Estabelecer:
à fratura aparente, KQ, a partir da KQ  f ( ao / W )
carga aparente, PQ BW 3/ 2 KQ = KIC
Resultados do Ensaio de Flexão para determinar KIC:
Curvas Tipos I, II e III;  O desvio da linearidade Resultados do ensaio de Flexão para
ou uma q queda súbita na força, ç , no g
gráfico P-v,, determinar a carga aparente, PQ.
Q
identifica o ponto PQ, (carga aparente);
i) Construir uma reta secante defasada 5% desde a
origem à reta linear da curva
ii) Obtenção
Obt ã da d carga aparente,t PQ, Por
P interceptação
i t t ã da
d
PQ  carga aparente,
linha secante na curva na carga secante, PS. PS  carga secante. PQ = PS
PQ > PS
-Casos:
Tipo I: Curvas continuas: PQ = PS,  PMax  Desvio
Desvio
PQ > Pmáx
secante 5%
Tipo II: Curvas com inflexão: PQ > PS,  se assume que secante 5% Desvio
secante 5%
a maior carga é a carga aparente PQ.
Tipo III: Curvas com queda da carga máx.: Pmax= PQ,
 PQ e Pmax > PS.
Condição de aceditabiliade; Pmax/PQ > 1,1
Assim: KQ é representativo
p da Kic  KQ = KIC
PQ S
iii) Obtenção da Tenacidade à fratura, KIC, KQ  f (ao / W ) = KIC = Y..(.a)1/2
3/ 2
usando a carga aparente, PQ, na relação: BW
A Eq. valida o valor da tenacidade à fratura, KIc,em deformação plana (fratura frágil) com presença de entalhe.
2
iv) Validar o ensaio K 
através da relação:
ç (t ou B), W, c  2,5  Ic 
 Y 
Caso contrário se deve ensaiar um CP maior, ou, com entalhe mais severo, para validar o ensaio.
KQ diminui com aumento da espessura, t, da amostra, devido à redução da zona plástica.
Superfície de Fratura da Tenacidade em Deformação Plana, KIC.
Modos de falhas:
A região
A: iã de
d pré-trinca
é i d fadiga,
de f di produzida
d id por carregamento cíclico í li (~variação
( i ã ded tensão
ã
máxima e mínima de -1 e +0,1, para um número de ciclos de 10 a 10 ).
4 6

B: zona de instabilidade:  transição entre a pré-trinca e a ruptura instantânea


C: Região de crescimento instantâneo de trinca/fratura
Fratura do CP após Ensaio
CP com entalhe e pré-trinca

B
A
B
C
 Pre-trinca C

Considerações finais:
Após fratura deve realizar-se medidas do comprimento da pré-trinca, A, no mínimo em
três
ê posições
i õ diferentes
dif para obter
b um valor
l médio
édi a ser utilizado
ili d nos cálculos.
ál l
A aparência da fratura também pode dar informações qualitativas sobre o
comportamento dos materiais ensaiados.
Distancia da Abertura da Ponta da Trinca, DAPT
(CTOD = crack tip opening displacement)
Método desenvolvido por Wells e Cottrel para Modelo de Dugdale
Dugdale´ss da Zona Plástica
materiais com plasticidade significativa ou apresentem
transição dúctil-a-frágil (comportamento elasto-plástico)
p
CTOD caracteriza a capacidade do material a se
deformar plasticamente antes da fratura.
-A trinca aguda deve ser aberta em quantidades
mesuráveis de deslocamento, , de 2 faces frente à
trinca a.
a Isso permite:
Determinar a Distancia da Abertura da Ponta da
Trinca critica, CTOD (= c),
Medir a tenacidade à fratura, KIC
Calcular a tensão critica, c,
Calcular o tamanho real corrigido da trinca (a + r).
De acordo à Norma ASTM E1290,, c é usado q quando 8 E a    
os parâmetros de KIc são difíceis de ser encontrados.   ln sec   
E   2 E 
Outro modelo sugere a determinação da
trinca COD (= ),
abertura da boca da trinca, ) em
frente à abertura da ponta da trinca, CTOD   4 2ar 1/2
()  Aqui  atua como um intensificador E
de tensões. E, o CTOD, , pode ser obtido:
Quando o tamanho da zona plástica, r, atinge um valor
critico, rc, ocorre crescimento de trinca localizado (aumento de
discordâncias, formação e coalescência de vazios).
Ensaios para Determinar a Distancia de Abertura da
Ponta da Trinca (CTOD = c)
Experimentalmente:
-A boca da trinca: c, se obtém por “clip gage”
A distancia de abertura da ponta da trinca: c,
-A
se obtém em torno de um centro de rotação
(dobradiça) no ponto: r(w-a) atrás da trinca
inicial de fadiga, através das relações:

(1)

-Modelo de Dawes
c c  c . r .W  a 
 c  (2)
r .W  a  ( z  a )  r .W  a  r .W  a   ( a  z )

r = define o fator de rotação plástica


(modelo da dobradiça) do CP, constante,
entre
t 0 e 1;
1  c-
 = ângulo de rotação
Integral - J
Para materiais dúcteis de baixa resistência, onde o escoamento plástico é de grande
escala e quase impossível de medir.
medir
A integral JIC define o inicio de propagação da trinca em materiais dúcteis, onde o raio
da zona plástica, r  c, próximo à ponta da trinca.
Utili a norma ASTM E813 para determinar
Utiliza d t i a integral
i t l J e JIC e encontrar
t os valores
l d
de
KIC de amostras pequenas.
A interpretação
p ç física da integral,
g , J,, indica
que a área abaixo a curva, A; carga versus
deslocamento de uma amostra trincada:
2. A 1 dU
2. c
J   dU
d  Bdc
d (c)avg
B .b B dc dc = c

dU é diferença de energia potencial,


potencial entre dois CP
quando submetidos à mesma solicitação mecânica, P1,
com diferentes comprimentos de trinca, A e (A + dA)  0;
JBdc
Assim, a integral J é uma versão mais
Assim c
geral de taxa de liberação de energia, G, K2
Neste caso existe uma relação linear
J G  c + c
E
elástica; J = G,
G para o modo I de fratura.
fratura
A = área de energia sob a curva carga-deslocamento, Joules Displacement,  1 1 + d
b = w-c = parte não trincada, B = largura da amostra, mm.
Integral - J
Procedimento do Ensaio: Norma ASTM E819-89
-O
O ensaioi é realizado
li d de
d forma
f similar
i il á KIC,
porem, é necessário no mínimo 4 CP, podem
ser de; tração compacta ou flexão,
-Cada
C d CP é carregado d para
diferentes extensões de trinca, c,
e o valor de J é determinado desde:
Desde o gráfico J versus c,
-Desde c temos
-A linha elástica, J, arrombada (blunting) é obtida;
c

A interseção da linha JR e a linha


arrombada, J, dá o valor de, JIC, que JR
é relacionado à KIC por:
JIC significa o inicio de crescimento de trinca estável
devido a deformação plástica, para manter esse
crescimento é necessário aumentar a carga aplicada,
25 J Ic
Validação do ensaio: B, b 
 flow
A curva JR é uma curva de
d resistência
i tê i ao crescimento
i t de
d uma trinca.
ti
NOTA: para obter o deslocamento, c, se deve aquecer a amostra trincada após o ensaio, na
qual a superfície trincada oxidará  se obtém a melhor definição da linha.
Tenacidade a Fratura de Materiais Frágeis , KIC
(cerâmicos) por Impressão Vickers
Sistema de trancamento induzido por impressão Vickers  produz 2 tipos de trincas:
-Trinca media e -Trinca Palmqist

Tenacidade a fratura Palmquist


q para
p
Cermet (Al2O3 – TiC)
Vidro AsS3

Comparação de Tenacidade a Fratura


Convencional e por Vickers Para Cermet (WC-Co)

Al2O3
Ex.: Duas chapas planas estão sendo puxadas por
tração, ver as figuras do lado. Considerar que o
escoamento do material é de 150 MPa.
MPa Se pede:
a) Calcular a máxima tensão nas chapas,
b) O material escoará plasticamente?
c)) Qual configuração
g ç concentra a mais alta tensão.

Solução:
Tensão normal
a 1 Tensão no Furo Circular:
a.1

a.2 Tensão no Furo Elíptico:


p

b. Sim. O material escoa plasticamente em ambos os casos. A tensão será


maior que a tensão de escoamento (150 MPa)
c. O furo elíptico tem a mais alta tensão que o circular.
Ex.: Considerar um material frágil com s= 1 J/m2 e E = 100 GPa.
(a) qual é a resistência de fratura do material si ele contem um defeito tipo trinca de
comprimento
i t tal
t l como 1 mm?.?
(b) Se aumenta s para 3000 J/m2, qual deverá ser a resistência à fratura para uma
trinca de 1 mmm de comprimento?.
Solução:
a) Temos:

e,
Assim: c = (2E. s/.a)1/2

b) Si s é aumentado para 3000 J/m2:

De forma que:

1J = 1N.m
1GPa = 1N/m2
Exemplo. Uma placa relativamente grande de um vidro é submetida a uma
tensão de tração de 40MPa. Se a energia de superfície específica e o modulo de
elasticidade para este vidro são de 0,3 J/m2 e 69GPa, respectivamente,
determine o comprimento máximo de um defeito de superfície que é possível
existir sem que ocorra uma fratura no material.
Dados: Substituindo:
ut =  = 40MPa = 40x106 N/m2
a = 2Es/.2
s = 0,3 J/m2 = 0,3 N/m
a = ((2)(69x10
)( 9N/m2)(
)(0,3N/m)/(40x10
, ) ( 6N/m2)2
E = 69 GP
GPa = 69
69x10
109 N/ 2
N/m
 =(2E. s /.a)1/2 a = 8.2x10-6 m = 8,2 m

Ex.: Uma placa de vidro contém uma trinca superficial em escala atômica
(considere que o raio da ponta da trinca é aproximadamente igual ao diâmetro
de um íon de O2-). Dado que a trinca tem 1m de extensão e a resistência
teórica do vidro sem defeitos é 7,0 7 0 GP,
GP calcule a resistência à Fratura da
chapa. Considerar raio do íon de O2- = 0,132nm.
Dados: Substituindo valores temos:
t = 2rO2-2 = 2 (0
(0,132nm)
132nm) = 0,264nm
0 264nm = 0,264x10-
0 264x10-9 m t  m
o  x
a = 1m = 1,0x10-6 m a 2
m = 7,0 GPa = 7,0x109 Pa  resistência teórica sem defeito
o = resistência
es stê c a à fratura
atu a da chapa
c apa = ? 0,264x109 m 7x109 Pa
o  6
x
1x10 m 2
1J = 1N.m  o  56,9MPa
1GPa = 1N/m2
Ex.: Um componente estrutural feito de uma liga de alumínio tendo uma
resistência ao escoamento de 480 MPa e uma tenacidade á fratura em
deformação plana de 25 MPa.m1/2, mostra uma falha central com comprimento
d trinca
de ti critica
iti i
igual
l a 2a.
2 Usando
U d um fator
f t de d segurança de d 2,
2 estime
ti a
metade do comprimento da trinca critica, ac, e o raio da zona plástica para as
condições de tensão e deformação plana.
Solução:
S l ã
A tensão projetada de trabalho: w = YS/FS =480 MPa/2 = 240 MPa
a)) O semi-comprimento
p da trinca critica:
2 2
1  K Ic  1  25 MPa.m1/ 2 
ac        0,0034 m  3,4mm
   w    240 MPa 

b1) O raio da zona plástica, ryy, para a condição de deformação plana:


K    .a 2 2
1  K  1   a  1  2 .a 1 (240MPa) 2 x0,0034m
1  K 
2
ryy      0,00014m  0,14mm
ryy   6   ys  6   ys  6  ys2 6 (480MPa) 2
6   ys 

b1) O semi comprimento total da trinca corrigida: ac = 3,4mm


3 4mm + 0
0,14mm
14mm = 3,54mm
3 54mm
b2) O raio da zona plástica, ryy, para a condição de tensão plana:
2 2
1  K  1   a  1  2 .a 1 (240MPa) 2 x0,0034m
ryy      0,00043m  0,43mm
 
6   ys  
2   ys   2  ys
2
2 (480MPa) 2

b1) O semi comprimento total da trinca corrigida: ac = 3,4mm + 0,43mm = 3,83mm


Ex.. 2 CP idênticos foram preparados tendo como material aço-carbono 4340,
temperado em 260 e 425ºC, respectivamente. Adotaram-se como espessura dos CP (B =
1 cm) e comprimento da trinca (2a = 4cm). Se os CP forem ensaiados em tenacidade à
fratura para deformação plana, essas características dimensionais de espessura e
comprimento da trinca seriam validas para o ensaio??:
Usar KIc = 50 e 87,4 MPa.m e e = 1640 e 1420 MPa, respectivamente para aços 4340 temperados em 260 e 425ºC.
Solução Para Validar a tenacidade à fratura 2
K 
em deformação plana  Equação: (B ) e (a)  2,5. Ic 
 e 
A) P
Para o caso d
do aço 4340 temperado
t d a 260ºC:
260ºC
2
 50 
(B ) e (a)  2,5.  B, a  0,002 m  0,2 cm
 1640 
Como B = 1cm e a = (4cm/2) = 2cm; são maiores que 0,2 cm, essa condição é
valida para o aço 4340 temperado a 260ºC.
B)) Para o caso do aço
ç 4340 temperado
p a 425ºC:
2
 87,4 
(B ) e (a)  2,5.  B, a  0,009 m  0,9 cm
 1420 
Como: B = 1 cm e a = 2 cm são maiores que 0,9cm,
0 9cm essa condição,
condição também é valida.
valida

Ex.: Estimar a espessura mínima para validar o ensaio de


tenacidade à fratura em deformação plana para um material
usado na industria aeronáutica a base de alumínio.
2 2
K   26MPa.m 1/2 
B  2,5  Ic   2,5   0,01140 m  11, 4 mm
Solução:  Y   385 MPa 
-Ex. Uma chapa de aço com um tamanho de trinca de borda simples de 8 mm é projetado
para suportar uma carga de tração estática de 50 kN, As propriedades do material são Kic = 70
MPam, YS = 600 MPa, e,  = 0,30. A chapa tem 4 m de comprimento, 60 mm de largura e 3
mm de espessura. Assumir que a chapa de aço é parte de uma estrutura que opera em
temperatura ambiente e meio ambiente controlado, e que a tensão aplicada é nominal..
Determine; o fator de segurança baseado; a) na tensão de escoamento, e, b) na mecânica à
fratura usando um fator de correição geométrico de 1.23. Além disso calcular, c) o tamanho
da zona plástica corrigida, e, d) o comprimento da trinca critica.
Solução
ç
-Calcular a tensão normal:

a) Fator de segurança baseado


na tensão de escoamento:

Que é um FS razoável para desenhar o projeto contra o escoamento


b)) Fator de segurança
g ç baseado na mecânica à fratura:
KI = Y a

O FS é muito baixo para o desenho contra a fratura. Portanto a propagação da trinca ou


fratura repentina ocorrerá com 30% de sobrecarga ((70 – 54)/54) = 0,30))
d) Usando a equação de correição da zona plástica, para a condição de
deformação
ç plana,, ao longo
p g do p
plano de trinca (( = 0)) o tamanho da zona
plástica torna-se;
2
1  KI 
ryy   
6  
  ys 
2
1  54 MPa
MP m 
ryy     0,00042m  0,42mm
6  600 MPa 

e) Comprimento da trinca critica;

I = Y ao
KIc

Obrigado
Lista de Exercícios
1.- Um aço naval tem um valor de Gc = 35 kJ.m-2 e E = 205 GPa.
•Qual é a tensão de fratura de uma placa fina que possui 300 mm de largura e contém
uma trinca central de 12 mm de comprimento? R: 617 MPa
•Se uma trinca superficial de comprimento de 50 mm estivesse presente, qual seria a
tensão de fratura? R: 214 MPa
•Aumentando a espessura da placa para 120 mm, o valor de Gc seria reduzido para 18
kJ.m-2. Qual seria, então, a tensão de fratura para uma trinca central de 12 mm de
comprimento? R: 442 MPa

2.- Uma placa de aço tem 300 mm de largura e 6 mm de espessura. Existe uma trinca de
25 mm de comprimento ao longo de cada extremidade da placa. Considere Y = 1,02. Se
KIc = 85 MPa.m1/2,
•Calcule a força necessária para propagar a trinca pela largura total da placa (a distância
de 250 mm restante); R: 446 kN
•Calcule a força necessária para fraturar a placa sob tração se nenhuma trinca estivesse
presente.
t Assuma
A que a resistência
i tê i à fratura
f t é de
d 700 MPa;
MP R: R 1,26
1 26 MN
•Calcule a força necessária para fraturar a placa sob tração se o aço tivesse a
resistência coesiva teórica. Considere E = 200 GPa; s = 1 J.m-2; a0 = 0,100 nm. R: 67 MN

3. Considere um aço estrutural com limite de escoamento de 350 MPa. Estime as


dimensões de um corpo-de-prova deste material necessárias para um teste válido de
K1C. Assuma que o nível de resistência deste material permite que o valor de K1C seja
estimado em 200 MPa.m
MPa m1/2. R: B = 0,816
0 816 m; a = 0,816
0 816 m; W = 1,63
1 63 m
4. Uma chapa de aço com uma trinca interna de 20 mm de comprimento é submetida a
uma tensão de 400 MPa numa direção normal à trinca.
trinca Se o limite de escoamento do
aço é 1500 MPa qual é o tamanho da zona plástica e o fator de intensidade de tensão
efetivo para a trinca? Admita condição de tensão plana e use α = 1,0.
R: rp = 0,356 mm; Keff = 72,2 Mpa.m1/2

5. Considere um vaso de pressão de alumínio com diâmetro de 0,25 m e espessura de


parede de 5 mm. Assuma que a falha ocorre quando a tensão circunferencial atinge o
valor da tensão de escoamento do material (330 Mpa).
Mpa) Calcule o comprimento de
trinca máximo permissível. Dado: K1C = 41 Mpa.m1/2 R: 4,91 mm

6. Um material tem um limite de escoamento de 345 MPa e K1CC = 110 Mpa.m1/2.


Determine as dimensões mínimas que um corpo-de-prova deste material deve ter para
um teste válido de K1C. Comente sobre a viabilidade de realizar o teste com um corpo-
de-prova que apresente estas dimensões. R: B,a = 0,254 m; W = 0,508 m.

7. A) Estabelecer a máxima carga que o componente


de liga uma Ti-6Al-4V, da figura do lado, pode suportar.
B) A falha ou a tensão de escoamento limitaria a carga
aplicada. Sabendo que ele exibe; YS = 900MPa, KIC =
100MPa.m1/2. Usar o fator geométrico: Y = 1,12 –
0 231(a/W) +10,55(a/W)
0,231(a/W) +10 55(a/W)2; Rpta: a) 1410 kN
8. Uma liga de titânio é usada em aplicações aeroespaciais. Foram usadas métodos de
ensaios
e sa os não
ão dest
destrutivos
ut os pa
para
a detecta
detectar falhas
a as co
com ta
tamanhos
a os menores
e o es a 1mm. Pergunta-
e gu ta
se, i) quanto o projeto de engenharia, especificará de tensão máxima normal que a liga
suportará nas condições de tensão plana e deformação plana, e ii) qual deles limitará o
projeto. Sabendo que: YS = 1450 MPa, E = 115 GPa,  = 0,312, e, Gc = 23,6 kN/m.
R t 1,31
Rpta: 1 31 Gpa
G e 1385 Gpa
G

9. Estime as dimensões do corpo-de-prova para um teste válido de J1C


para um material
t i l com as seguintes
i t propriedades:
i d d GP t = 450
E = 207 GPa;
J1C 
K ic2 . 1  2  
MPa; esc = 350 MPa; K1C = 200 MPa.m1/2;  = 0,30. Dado que: E
Resposta: B,b  11 mm

10. Um teste de CTOD foi realizado com um corpo-de-prova de flexão (flexão em três
pontos), com B = W = 25,4 mm. O comprimento da trinca “a” era de 12,3 mm. O exame
da superfície de fratura revelou que o corpo-de-prova falhou por clivagem (fratura
frágil) sem crescimento estável de trinca. Determine o valor crítico de CTOD (c) neste
teste. Dados: c = 1,05 mm; Pcrítica = 24,6 kN; E = 207 GPa;  = 0,3; esc = 400 MPa; rp =
0,44; f(a/W) = 10,14; z = 2 mm.
Use as equações abaixo:
K
P
. f a / W   elástico 

K 2. 1  2 
B. W 2. esc .E
rp .W  a . c
 plástico   c   elástico   plástico
rp .W  a   a  z
Ensaios de Impacto
11. Uma série de ensaios Charpy foi realizada em dois aços A e B, tendo-se obtido os resultados mostrados
na tabela abaixo: T (ºC) -175 -150 -100 -50 -25 0 25 50 100 200
Dados: A (graus) 155 154 140 110 95 90 88 87 86 85
-Peso do pêndulo P = 16,8 kgf
-Raio do pêndulo R = 0,9 m B (graus) 140 139 138 135 130 120 100 75 60 57
-Ângulo
g de queda
q b = 170º EA (kgf.m)

EB (kgf.m)

a) Calcule a energia e a velocidade do pêndulo antes do impacto


b)) Traçar
ç a curva de transição
ç dúctil-frágil
g para
p cada aço;ç ;
c) Determinar a temperatura de transição de cada aço utilizando como critério a média da energia dos
patamares máximo e mínimo;
d) Com base nestes resultados, qual dos dois aços seria mais indicado para a construção do casco de um
navio ppara operação
p ç em temperaturas
p da ordem de -10ºC a -50ºC? Por q
que?
12. No ensaio de resiliência o pendulo de Charpy, com massa do pendulo pesa 20 Kg sofre
uma queda desde 1,0 metro de altura, a após fratura do corpo de prova, sobe até a uma altura
de 0,7
0 7 metros.
metros Calcule a energia de fratura e a resiliência do material.
material Rpta: Ur = 1,176x10
1 176x106J/m2
13. Para estudar a resiliencia do material através de ensaio Charpy, se há usado um corpo de
prova de secção quadrada 10 mmx10 mm, com um entalhe em forma de V de profundidade de
1 5 mm. Sabendo
1,5 S b d que o valor l de
d resiliência
iliê i obtida
btid é de
d 30 J/cm
J/ 2,2 e o peso do
d martelo
t l é de
d 30
kg. O comprimento do braço do pendulo é de 1,0 m, o ângulo e a altura de partida de ensaio é
de 45o e 1,5 m, se pede:
a) Calcular a altura em que deve ser elevada o pendulo,
pendulo (Rpta: 1,413
1 413 m)
b) O valor do ângulo em relação à vertical para adquirir a a força necessária para a ruptura do
corpo de prova. Rpta: 37,44o

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