A portaria 344 - 12 de maio de 1998 (SVS/MS) - regulamentação
de substâncias e/ou dos medicamentos que contenham substâncias sujeitas a um regime de controle especial e diferenciado, pelo fato de tratarem-se de substâncias ou medicamentos entorpecentes e psicotrópicos, substâncias que determinam dependência física ou psíquica, substâncias capazes de produzir modificações nas funções nervosas superiores ou pelo fato de exigirem orientação médica continuada devido à possibilidade de induzirem efeitos colaterais indesejáveis. Autorização Especial – indústrias, distribuidoras, farmácias com manipulação, importadores,transportadoras. Isenção : drogarias, farmácias hospitalares
Quanto ao comércio, temos que o medicamento Talidomida é de
uso exclusivo no SUS – norma própria. O medicamento a base da substância misoprostol (lista C1) é restrito ao âmbito hospitalar – estabelecimento cadastrados na VISA – Portaria 6 Os medicamentos a base de substâncias constantes da lista C4 (anti-retrovirais) são distribuídos através do programa DST/AIDS (SUS). Medicamentos a base de substâncias constantes da lista C2 (somente para os retinóides de uso sistêmico), as farmácias e drogarias devem estar previamente credenciadas pela autoridade sanitária estadual. Ex: Roacutam (Roche)/ Isotretinoína Proibida a manipulação em farmácias das substâncias constantes da lista C2 para uso sistêmico. Transporte por pessoa física de produtos controlados – viagem internacional – prescrição médica. Vedado: dispensa e comércio por reembolso postal e aéreo e outros meios de comunicação. Listas das substâncias sujeitas a controle especial São reeditadas, sempre que necessário, as listas de substâncias da Portaria 344/98. Estas modificações nas listas são feitas para: incluir substâncias novas, alterar substâncias de uma lista para outra, retirar alguma substância das listas. As listas são: Lista A1 - substâncias entorpecentes. Lista A2 - substâncias entorpecentes de uso permitido somente em concentrações especiais. Lista A3 - substâncias psicotrópicas. Lista B1 - substâncias psicotrópicas. Lista B2 - substâncias psicotrópicas anorexígenas. Lista C1- outras substâncias sujeitas a controle especial. Lista C2 - substâncias retinóicas. Lista C3 - substâncias imunossupressoras. Lista C4 - substâncias anti-retrovirais. Lista C5 - substâncias anabolizantes. Lista D1- substâncias precursoras de entorpecentes ou psicotrópicos. Lista D2 - insumos químicos utilizados como precursores para fabricação e síntese de entorpecentes ou psicotrópicos. Lista E - plantas que podem originar substâncias entorpecentes ou psicotrópicas. Lista F - substâncias de uso proscrito no Brasil (proibidas). Lista F2 - substâncias psicotrópicas. Lista - F3 - outras substâncias. Em drogarias e farmácias sem manipulação, iremos encontrar mais comumente medicamentos à base das substâncias constantes das listas A1, A2 (adendos), B2, B1, C1, C2, C5 e D1. É óbvio que isto não é uma regra. Livros de registro específico Em farmácias sem manipulação e drogarias podemos utilizar para o registro específico destes medicamentos, até três livros.
Livro 1 - A1 e A2 Livro 2 - A3, B1 e B2 Livro 3 - C1, C2, C4, C5 e os adendos das listas A1, A2 e B1.
Livro de receituário geral - farmácias com manipulação para o
registro geral de todos os medicamentos manipulados, inclusive, os que contenham substâncias sujeitas a controle especial. Os livros de registro específico devem ser atualizados semanalmente.
Todos os livros de registro específico devem conter Termo de
Abertura e Encerramento lavrados pela autoridade sanitária local. Sendo que o termo de abertura deverá ser assinado e preenchido pela autoridade sanitária local (VISA municipal). Deverá ser anotado no cabeçalho da página do livro de registro específico o nome genérico do medicamento (DCB) combinado com o nome comercial. Ex: Bromazepam 3mg/ Lexotan 3mg Os livros de registro específico também podem ser feitos através de sistema informatizado-previamente avaliado pela VISA. No RJ – não é permitida a informatização. Cada página do livro de registro específico destina-se à escrituração de uma só substância ou medicamento. Não podem ser deixadas páginas em branco entre o registro de um medicamento e outro. Os livros, balanços e demais documentos comprovantes de movimentação de estoque deverão ser arquivados no estabelecimento pelo prazo de dois anos, findo o qual poderão ser destruídos. No caso de matriz e filial, cada filial deverá manter os seus livros de registro específicos. Eles devem ser guardados na respectiva filial e não na matriz. A escrituração deverá ser feita de modo legível, sem rasuras ou emendas. Caso haja erro, utilizar palavras como: “digo”, “sem efeito” e efetuar a correção no campo “observações” da página do livro de registro específico. Não utilizar corretivo branco. Os registro são feitos à caneta, nunca à lápis. Os livros de registro específico destinam-se a anotação, em ordem cronológica, de estoque, entradas (por aquisição ou produção), saídas (por vendas, beneficiamento, processamento, uso) e perdas. Quando por natureza processual ou fiscal, o Livro de Registro Específico for apreendido pela autoridade sanitária ou policial, ficarão suspensas todas as atividades relacionadas a medicamentos neles registrados, até que o referido livro seja liberado ou substituído. Notificações de receitas Existem três cores de notificações de receitas: amarela , azul e branca (especial para retinóides de uso sistêmico). A notificação de receita amarela é chamada de notificação “A”, a notificação de receita azul é chamada de notificação“ B” e a notificação de receita branca é chamada de Notificação de Receita Especial para Retinóides de Uso Sistêmico. As notificações de receita, deverão vir sempre acompanhadas de receituário médico. O receituário médico será devolvido ao paciente, devidamente carimbado, como comprovante da dispensação. A notificação de receita deverá estar completamente preenchida, com letra legível, em algarismos arábicos, por extenso e sem rasuras. A notificação de receita é pessoal e intransferível, devendo conter apenas um medicamento que contenha substâncias das listas A1, A2, A3, B1, B2 e C2 (retinóides de uso sistêmico). As notificações de receita deverão conter os itens das alíneas a, b e c devidamente impressos e apresentando as seguintes características: a) sigla da unidade da federação; b) identificação numérica: (a seqüência numérica será fornecida aos prescritores devidamente cadastrados, pela autoridade sanitária competente dos estados, municípios e distrito federal). c) identificação do emitente: (nome do profissional com seu número de inscrição no respectivo conselho profissional e com a sigla da respectiva unidade da federação; ou nome da instituição, endereço completo e telefone). IV.1) Notificação de receita amarela A notificação de receita amarela autoriza a dispensação de medicamentos à base de substâncias das listas A1, A2 e A3. A notificação de receita A pode ser atendida, caso seja de outra unidade federativa, desde que acompanhada de justificativa médica. E as farmácias e/ou drogarias deverão apresentar as notificações de receita amarelas, provenientes de outra unidade federativa em até 72 horas à autoridade sanitária local, para averiguação e visto. O talonário de notificação amarela será feito às expensas da autoridade sanitária estadual e distribuído gratuitamente pela autoridade sanitária estadual, municipal ou federal, aos profissionais e instituições devidamente cadastrados. É válida por 30 dias contados à partir da data de usa emissão, em todo o território nacional (desde que acompanhada da justificativa). Para formas farmacêuticas injetáveis, autoriza a dispensação de até 5 ampolas. Para as outras formas farmacêuticas de apresentação, poderá conter uma quantidade correspondente a até 30 dias de tratamento
Acima da quantidades previstas, o prescritor deverá preencher uma
justificativa contendo o CID ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com as notificações de receita“ A” ao paciente, para adquirir o medicamento em farmácia ou drogaria. IV.1) Notificação de receita amarela A notificação de receita amarela autoriza a dispensação de medicamentos à base de substâncias das listas A1, A2 e A3. A notificação de receita A pode ser atendida, caso seja de outra unidade federativa, desde que acompanhada de justificativa médica. E as farmácias e/ou drogarias deverão apresentar as notificações de receita amarelas, provenientes de outra unidade federativa em até 72 horas à autoridade sanitária local, para averiguação e visto. O talonário de notificação amarela será feito às expensas da autoridade sanitária estadual e distribuído gratuitamente pela autoridade sanitária estadual, municipal ou federal, aos profissionais e instituições devidamente cadastrados. É válida por 30 dias contados à partir da data de usa emissão, em todo o território nacional (desde que acompanhada da justificativa). Para formas farmacêuticas injetáveis, autoriza a dispensação de até 5 ampolas. Para as outras formas farmacêuticas de apresentação, poderá conter uma quantidade correspondente a até 30 dias de tratamento
Acima da quantidades previstas, o prescritor deverá preencher uma
justificativa contendo o CID ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com as notificações de receita“ A” ao paciente, para adquirir o medicamento em farmácia ou drogaria. II) Notificação de receita azul A notificação de receita azul autoriza a dispensação de medicamentos que contenham substâncias das listas B1 e B2. O prescritor (médico, dentista, veterinário) deverá cadastrar-se junto à autoridade sanitária para obter seqüência numérica específica O talonário de Notificação Azul é impresso às expensas do profissional prescritor ou da instituição. No estado do RJ- Resolução da SES n.º 1333/99, o CREMERJ está autorizado a cadastrar médicos e estabelecimentos de saúde para fornecimento da seqüência numérica específica. Para dentistas e médicos veterinários, estes deverão dirigir-se à autoridade sanitária local. Também no estado do Rio de Janeiro, por força da Resolução SES n.º 1370/99, o profissional prescritor poderá imprimir a notificação de receita B em seu computador pessoal, devendo constar no rodapé de cada folha do talonário o seu CPF e a numeração inicial e final concedidas ao profissional para confecção do talonário de notificação de receita B. A notificação B é válida apenas dentro da unidade federativa que lhe concedeu a numeração (seqüência numérica). De acordo com a instrução normativa da Portaria 344/98, a Portaria 06/99, esta seqüência numérica é composta de 8 dígitos assim constituídos: a) os dois primeiros dígitos representarão o código da vigilância sanitária estadual (aqui no rio de Janeiro, estes dois primeiros dígitos são 33). b) os seis dígitos subseqüentes correspondem a numeração seqüencial fornecida ao profissional prescritor. A notificação de receita azul, tem validade de 30 dias a contar da data de sua emissão. Para as formas farmacêuticas injetáveis, autoriza a dispensação de até 5 ampolas, para as outras formas farmacêuticas de apresentação, autoriza a dispensação de uma quantidade para até 60 dias de tratamento Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita de medicamentos sujeitos a notificação de receita, a base de substâncias constantes das listas da portaria 344/98, em papel não oficial, devendo conter obrigatoriamente: a) o diagnóstico ou CID; b) a justificativa do caráter emergencial do atendimento; c) data; d) inscrição no conselho regional; e) assinatura devidamente identificada. O estabelecimento que dispensar a referida receita deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la a autoridade sanitária local dentro de 72 horas para visto. No estado do Rio de janeiro, a SES publicou a resolução n.º 1370/99, onde são feitas as seguintes observações para o caso: Em casos de emergência, os medicamentos a base de substâncias sujeitas a notificação de receita B poderão ser prescritas em receituário comum, devendo este conter obrigatoriamente a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, nome, endereço, n.º da inscrição no conselho regional e assinatura do prescritor. Diz também, que, nos casos emergenciais citados, deverá constar a identificação do paciente com todos os dados obrigatórios da Notificação de Receita B (azul). Quando por qualquer motivo for interrompida a administração de medicamentos a base de substâncias constantes das listas da Portaria 344/98, a autoridade sanitária local deverá orientar o paciente ou seu responsável sobre a destinação do medicamento remanescente. Acima das quantidades previstas, o prescritor deve preencher uma justificativa contendo o CID ou diagnóstico e posologia, datar a assinar, entregando juntamente com a notificação de receita B ao paciente, para que o mesmo possa adquirir o medicamento em farmácia ou drogaria. A Notificação de Receita azul, possui talonário diferenciado quando o profissional prescritor for o médico veterinário. Há campo no talonário destinado ao preenchimento com informações sobre o animal. l. III) Notificação de Receita Especial (branca) A Notificação de Receita especial, de cor branca, para prescrição de medicamentos a base de substâncias da lista C2 (retinóides de uso sistêmico), será impressa às expensas do médico prescritor ou pela instituição, terá validade por um período de trinta dias a contar da data de sua emissão e somente dentro da unidade federativa que concedeu a numeração A notificação de receita especial de retinóides para uso sistêmico poderá conter no máximo 5 ampolas, e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente a no máximo 30 dias contados a partir da data de sua emissão e somente dentro da unidade federativa que concedeu a numeração para o talão. A notificação de receita especial para medicamentos que contenham substâncias da lista C2, de uso sistêmico, deverá estar acompanhada de “Termo de Consentimento Pós Informação” fornecido pelos profissionais aos pacientes, alertando-os que o medicamento é pessoal e intransferível, e das suas restrições de uso. Ainda de acordo com a portaria 344/98, as farmácias e drogarias, para dispensar medicamentos a base de substâncias constantes da lista C2 (retinóides), dependerão de credenciamento prévio efetuado pela autoridade sanitária estadual. Receita de Controle Especial A receita de controle especial é válida em todo o território nacional e deverá ser preenchida em duas vias, manuscrita, datilografada ou informatizada, apresentando obrigatoriamente os dizeres: na 1ª via,“Retenção da farmácia ou drogaria”; e na 2ª via, “Orientação ao paciente.” Deverá estar escrita de forma legível, em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura e terá validade de 30 dias contados a partir da data de sua emissão para medicamentos a base de substâncias das listas C1, C5, e os adendos das listas A1, A2 e B1 As receitas de controle especial de outras unidades federativas deverão ser apresentadas em até 72 horas à autoridade sanitária local para averiguação e visto. A 1ª via da receita de controle especial é retida no estabelecimento farmacêutico e a 2ª via devolvida ao paciente com carimbo comprovando o atendimento. As prescrições para cirurgiões dentistas e médicos veterinários, só poderão ser feitas, respectivamente, quando para uso odontológico ou veterinário. Em caso de emergência, poderá ser dispensada a receita de medicamentos a base de substâncias constantes da lista C1, em papel não privativo do profissional ou da instituição. A prescrição poderá conter no máximo, em cada receita, até três medicamentos que contenham substâncias das listas C1 ou C5. A quantidade prescrita de cada medicamento que contenha substâncias constantes da lista C1 e C5 ficará limitada a 5 ampolas (formas farmacêuticas injetáveis) e para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente a no máximo 60 dias. No caso de medicamentos que contenham substâncias anticonvulsivantes e antiparkinsonianos, a quantidade ficará limitada até 6 meses de tratamento. Acima das quantidades previstas, o profissional prescritor deverá apresentar diagnóstico com a posologia, datando e assinando as duas vias. De acordo com a Portaria 06/99 SVS/MS (instrução normativa da Portaria 344/98), os dados constantes dos campos “identificação do comprador e identificação do fornecedor” na Receita de Controle Especial, poderão ser apostos mediante carimbo e devidamente preenchidos pela farmácia e/ou drogaria. A Resolução da SES/RJ n.º 1370/99 passou a permitir que medicamentos contendo substâncias das listas C1, C5 e adendos das listas A1, A2 e B1 fossem prescritos em receituário comum, em duas vias, sendo uma delas destinada ao paciente e outra destinada ao estabelecimento farmacêutico. Esta receita deverá conter todas as informações determinadas no artigo 55 da Portaria SVS/MS n.º 344/98 As farmácias e drogarias que dispensarem esta receita deverão colocar no verso da via da receita retida, um carimbo contendo os campos para preenchimento da identificação do comprador (nome, endereço completo, CPF/RG), da identificação do fornecedor (nome, endereço completo e CNPJ) e registro da quantidade dispensada. O prazo de validade desta receita passa a ser de 60 dias contados a partir da data de sua emissão. Carimbos: Identificação do fornecedor Identificação do comprador nome: ident.: Órg. Emissor: End: Cidade: UF: Telefone: ___________________ assinatura do farmacêutico Data:__/__/__ Adendos Os adendos são os suplementos de cada lista, nos quais estão escritas as observações ou as exceções encontradas em cada grupo de substâncias da Portaria 344/98 SVS/MS. Cada lista de substâncias da Portaria 344/98 necessita de um tipo de receituário específico, que é o documento que autorizará a dispensação do medicamento que contenha esta substância. Vamos citar o seguinte exemplo: na lista A2 de substâncias da Portaria 344/98, o tipo de receituário, no qual os medicamentos que contenham estas substâncias devem ser prescritos, é a notificação de receita A ou amarela. Nas exceções desta lista, temos como exemplo a substância tramadol (tramal/Carlo Erba), cuja dispensação é feita mediante a Receita de Controle Especial em duas vias ou o receituário comum, contendo as informações necessárias e devidamente carimbado pela farmácia ou drogaria. Em geral, no adendo da lista, é determinada a concentração máxima da substância no medicamento para que seja permitida a dispensação com um tipo de receituário diferente daquele determinado como padrão para as substâncias da lista. Tomemos como exemplo, novamente, a substância tramadol. A Portaria 344/98, diz: “preparações a base de tramadol, misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade não exceda 100 mg de tramadol por unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da receita de controle especial, em duas vias ...”. O medicamento industrializado Tramal, que contém tramadol, encaixa-se portanto, nesta exceção, contida no adendo desta lista A2.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)