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MONOGRAFIA
MONOGRAFIA
Economia e Gestão
A compra de um bem por parte de uma empresa não implica uma perda. Mas sim
uma alteração qualitativa, dinheiro se torna activo imobilizado.
Rui Duarte
i
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Firmino Neves Kilau e Antónica Gouveia Ngola, aos meus
irmãos, Mateus Ngola Kilau, Inês Ngola Kilau, Ivone Ngola Kilau, por me terem
incentivado a continuar com perseverança e paciência suprindo as dificuldades
encontradas ao longo da trajetória da minha vida académica.
Aos meus amados colegas em principio e agora minha família, pela prudente
paciência que tiveram e continuam tendo de suportar, ajudar durante os quatro anos
que pareceu uma eternidade, longas horas de estudos e sacrifícios de modo a
fortalecermos o nosso intelecto para juntos desenvolvermos o país pelo qual somos
cidadãos, a razão de ficarmos quatro anos a estudar tem o nome de Angola.
ii
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar dou graças a Deus todo-poderoso por ter-me dado vida, saúde
e sabedoria, agradeço ao meu pai e a minha mãe, pelo esforço e apoio financeiro,
emocional durante todo o percurso da minha formação académica.
Aos excelentes professores, Dr. Terêncio Gouveia, Drª Vitorina Matesso, Dr.
Coimbra Adão Manuel, que com sabedoria e conhecimento incluindo capacidade,
foram lúcidos a transmitirem os conhecimentos de forma a habilitar-nos para enfrentar
os problemas que o país tem.
Grande parte do que está escrito neste trabalho é fruto do vosso levantar cedo
da cama, preparar os conteúdos, vossa sábia forma de transmitir e tornar simples e leve
a matéria. Porém, quero antecipar as minhas sinceras desculpas pelos erros que
eventualmente o presente trabalho possa ter e me responsabilizo por eles.
iii
Declaração de Autor
Declaração do autor
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os
regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular das
Normas Orientadoras de preparação e Elaboração de Monografia, emanadas pelo
Departamento de altos estudos e formação Avançadas (DAEFA), o trabalho é original
excepto onde indicado por referência especial no texto. Quaisquer visões expressas
são as do autor e não representam de modo nenhum as visões da Unipiaget. Este
trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação noutras instituições
de ensino superior nacionais ou estrangeiras. Mais informo que a norma seguida para
elaboração do trabalho escrito foi a:
Assinatura:_________________________
Data:_____/ _______/_______
Assinatura_____________________________________________Data___/__/____
iv
ABREVIATURAS, SIGLAS OU SÍMBOLOS
v
RESUMO
Este trabalho consiste no estudo do sistema de amortização dos activos fixos de uma
empresa comercial e prestadora de serviço do ramo financeiro (BAI), uma sociedade
anónima. A referida sociedade tem por objecto social o exercício da actividade
bancária bem como intermediação e desintermediação financeira. O presente trabalho
tem como finalidade mostrar a influência das amortizações e depreciações nos
resultados da referida empresa, sua importância, e propõe uma gestão sabia dos activos
fixos e em geral. Fazendo uma referência da componente teórica sobre o tema em
causa, bem como as devidas análises dos principais métodos de amortização e de
depreciações, os critérios a ter em conta na escolha do método para a quotação da
amortização e depreciação, nomeadamente como: Modelo do justo valor ou
revalorização; Método da Linha Recta ou Depreciação Constante ou das Quotas
Constantes; Método das Quotas Degressivas ou Depreciação Acelerada; Método da
Soma dos Dígitos Anuais; Método da Depreciação Desacelerada. Usou o método
qualitativo e quantitativo (misto) na elaboração do trabalho sustentando assim a parte
teórica e prática do estudo acima citado, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, análise
documental e pesquisa de campo. Porem os resultados obtidos a par da indagação em
volta do nosso tema, encontram-se no terceiro capítulo, onde projetou-se os gráficos e
as tabelas. Fez-se uma análise e interpretação das amortizações e depreciação, seu peso
no resultado. Conclui-se que as Amortizações e Depreciações influenciaram e
influenciam muito nos resultados e serve de base para confrontação fiscal.
vi
ABSTRACT
This work consists in the study of the amortization system of fixed assets of a
commercial company and service provider of the financial branch (BAI), a corporation.
Said company is engaged in the activity of banking as well as financial intermediation
and disintermediation. The purpose of this work is to show the influence of
depreciation and amortization on the results of said company, its importance, and
proposes wise management of fixed assets and in general. By making a reference to
the theoretical component on the subject in question, as well as due analysis of the
main depreciation methods and depreciation, the criteria to be taken into account in
choosing the method for depreciation and amortization, namely: value or revaluation;
Straight Line Method or Constant Depreciation or Constant Quotas; Degressive Quotas
or Accelerated Depreciation Method; Method of Sum of Annual Digits; Decelerated
Depreciation Method. He used the qualitative and quantitative (mixed) method in the
elaboration of the work, thus sustaining the theoretical and practical part of the study
mentioned above, it is a bibliographical research, documentary analysis and field
research. However, the results obtained along with the question about our theme are
found in the third chapter, where the charts were projected. It made an analysis and
interpretation of depreciation and depreciation, its weight in the result. It is concluded
that the Depreciation and Amortization have influenced and influenced much in the
results and serves as a basis for fiscal confrontation.
vii
ÍNDICE GERAL
EPÍGRAFIE……………….………………………………………………………...I
DEDICATORIA…………...………………………………………….....…………II
AGRADECIMENTO...…………………………………………………...……….III
DECLARAÇÃO DO AUTOR……………….……………………………………IV
ABREVIATURAS E SIGLAS………….……………………………………….…V
RESUMO……………………………………………………………….…………VI
ABSTRACT..……….…………………………………………………………….VII
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………....1
Identificação do problema…………………………………………………………………2
Objectivo geral…………………………………………………………………………….2
Objectivos específicos………………………………………………………………….....3
Importância do estudo…………………………………………….………………………3
Delimitação do estudo………………………………………………………………….....3
Definição de conceitos……………………………………………………………………3
1.3 - Activos……………………………………………………………..……………….9
2.2- Hipóteses…………………………………………………………………………..23
2.3- Variáveis…………………………………………………………………………..24
viii
2.4- Objecto de Estudo………………………………………………………………....24
CONCLUSÃO…………………………………………………………………………….38
RECOMENDAÇÕES……………………………………………………………………..39
BIBLIOGRAFIA………………………………………………………..…………….…..41
ANEXOS …………………………………………………………………………………42
ix
ÍNDICE DE TABELAS
x
ÍNDICE DE GRÁFICOS
xi
INTRODUÇÃO
1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Até que ponto a amortização dos activos fixos influenciam nos resultados da
empresa BAI?
OBJECTIVOS DO ESTUDO
Objectivo geral
2
Objectivos específicos
1. Fazer uma revisão da literatura sobre os conceitos fundamentais em volta
do tema.
2. Compreender a relação entre o Sistema de Amortização e os Resultados da
Empresa
3. Analisar o Sistema de amortização e suas implicações nos resultados de
empresa BAI;
Importância do estudo
O presente estudo exprime, de forma teórica e prática, ideias sobre influências
das amortizações no resultado do Banco BAI. É de extrema importância para a classe
académica ligado aos diversos ramos da ciência económica (contabilidade, finanças,
administração, etc.), para os empresários e sobre tudo para as instituições financeiras
bancárias.
Delimitação do estudo
Definição de Conceitos
Silva apud Silva (2014, p. 30)
A amortização das imobilizações é a operação destinada a reduzir ou actualizar
o valor que originariamente se lhe atribuiu, ou seja, consiste imputar a cada um
dos exercícios que beneficiam do seu uso a parte que lhe cabe no gasto total
quota de amortização.
3
Para Silva (2014, p. 104), o conceito de amortização torna-se mais especifica
uma vez que introduz a ideia proveitos e custo. As amortizações dão tradução a
regra de imputação que preside ao cálculo do lucro, deduzindo nos proveitos os
custos que nesse exercício suportou-se pela utilização desses bens.
4
1 – FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
5
1.2 – O Património das Instituições Financeiras Bancárias
A primeira classe, aquilo que se possui e se tem para receber, designa-se por
activo. Já a segunda classe, representa o que se tem de pagar e denomina-se passivo.
6
1.2.1 – Composição do Património das Instituições Financeiras
Para Macro & Faria (2008, p. 195), “bens são tudo o que pode ser avaliado
economicamente e que satisfaça as necessidades”.
Macro & Faria (ibidem), “direitos são bens sobre os quais exercemos domínio,
mas que estão sobre domínio de terceiros. Estes bens são identificado no património
como valores a receber como, clientes ou duplicatas a receber, títulos a receber,
etc”.
7
Para Saraiva (2012), obrigações são bens que encontram-se na nossa posse cujo
domínio sobre eles pertence a terceiros. É possível localizarmos no património como
valores a pagar, impostos a recolher etc. de uma forma geral o património é todo
relação que existe entre o activo e o passivo pertencente a uma entidade.
PL = A - P
Geralmente o activo suplanta o passivo e quando isso acontece a equação muda
a sua forma normal, havendo assim locomoção de variáveis e troca de direição.
A = P + PL
Existem ainda casos em que o passivo supere o activo, desta feita a equação
ganha outra forma, uma vez que a soma do activo e do património líquido é
equivalente ao passivo.
8
A + PL = P
1.3 - Activos
Para melhor compreensão dos activos e a sua natureza, fez-se uma pequena
abordagem sobre o tema já que o mesmo constitui um dos elementos mais importante
na teoria contábil.
Lucibus (2000), os bens adquiridos e os doados são activos, desde que garante
benefícios económicos futuros.
“O activo é todo recurso físico ou não que se encontra sobe a gestão de uma
entidade e que possa ser utilizado para produzir produtos ou serviços aos seus
clientes, visando à geração de benefícios económicos futuros”. (Macro & Faria, 2008,
195).
Estes activos por sua vez podem ser definidos de duas perspectivas, como como
contabilística e económica financeira.
9
Aquisição de um bem por uma empresa não implica uma perda para o
adquirente, mas sim uma alteração qualitativa do respectivo património, ou melhor
dinheiro passa a activo imobilizado.
10
Hoje em dia vivemos na era do conhecimento e da informação. A época do
capitalismo onde se conjugavam naturalmente, os investimentos em activos fixos
(fábricas, máquinas, escritórios) como a mão-de-obra facilmente substituível, para se
obter uma produção rapidamente escoada no mercado, deixou de fazer sentido. Em
vez disso, vivemos numa época de intensas transformações económicas, sociais,
políticas e culturais, que afectam a sociedade e as empresas num mundo
progressivamente interdependente.
A Informação é um dos objectivos da Contabilidade, como tal tem que ser tão
completa quanto possível. Assim, torna-se necessário que nas demonstrações
financeiras, que talvez comecem a perder o qualificativo devido ao conjunto de dados
não financeiros que começam a ser requeridos, surjam o maior número de
informações possível. Concretamente, a referência vai para a informação relativa aos
bens intangíveis que a empresa possui e que não constam actualmente nas
demonstrações financeiras. Há, sem dúvida, uma necessidade urgente de medir outras
grandezas e descobrir formas de as valorizar, quantificar e apresentar.
11
2º Resultar de direitos contractuais ou de outros direitos legais, quer esses
direitos sejam transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações.
Trata-se de todos bens que não tem forma física e cujo valor é limitado pelos
direitos e benefícios que possa conferir ao proprietário como o conjunto estruturado
de conhecimento, praticas e atitudes da empresa que interagindo com os activos
tangíveis contribuem para ara a formação dos valores da empresa. Como no caso de
uma marca adquirida pela entidade e que tenha valor de mercado, um trespasse para
aquisição do direito do direito ao arrendamento de uma loja, as quantias pagas por
uma entidade para exploração económica de um determinado direto, temporário ou
definitiva no caso de divulgações televisivas de uma serie ou conjunto de programas.
12
1.4. - Métodos de Amortização
13
usados tanto para o método direito como para o método indireito mediante seis
procedimentos ou formas de determinação da quota da amortização:
14
1.4.1 - Método da linha recta ou depreciação constante ou das quotas
constantes.
Segundo Macro & Faria (2008, p. 700), “pressupõe que o desgaste do bem do
investimento é direitamente proporcional ao tempo, ou seja, é constante o valor das
quotas anuais de amortização”.
Este método considera que o valor de um bem ou serviço decresce a uma taxa
constante. Assim, o valor de depreciação no ano K (quotas constantes), é dado por:
𝑃−𝑅
𝐷𝐾 =
𝑁
Em que: Dk– Depreciação no ano k;
R – Valor residual;
N – Período de amortização
𝑃−𝑅
𝑉𝐾 = 𝑃 − 𝐾 ∗
𝑁
1.4.2 -Método das quotas degressivas ou depreciação acelerada
Para Macro & faria (2008), este método considera que o valor de um bem ou
serviço decresce mais rapidamente no início da sua vida e menos rapidamente no
final.
Neste método, multiplica-se uma percentagem fixa pelo valor contabilístico em
cada ano, de forma a determinar o montante de depreciação nesse ano. Assim, o valor
de depreciação no ano k, é dado por:
𝐷𝐾 = 𝑖𝑑 ∗ (1 − 𝑖𝑑)(𝑘−1) ∗ 𝑃
15
Onde id= taxa anual de depreciação.
𝑉𝐾 = 𝑃 − ∑ 𝐷𝐾
1
Este método considera que o valor de um bem ou serviço decresce a uma taxa
decrescente, sendo o valor da depreciação no ano k dado por:
2(𝑛 − 𝑘 + 1)
𝐷𝐾 = + ( 𝑃 − 𝑅)
𝑛(𝑛 + 1)
O valor contabilístico para o ano k poderá ser dado por:
𝑉𝐾 = 𝑃 − ∑ 𝐷𝐾
1
Para Macro & Faria (2008), este método deprecia um activo como se a empresa
realizasse depósitos anuais iguais, cujo valor, no final da vida útil do activo, seja
exactamente igual ao custo de substituição desse activo.
Sendo i a taxa de actualização, o valor de depreciação Dk é dado por:
16
(𝑘−1)
𝑖 (1 + 𝑖 )
𝐷𝐾 = ∗𝑃−𝑅
(1 + 𝑖 )𝑛 − 1
Pode-se desta feita calcular o valor contabilístico no ano k pela forma asseguir:
𝑉𝐾 = 𝑃 − ∑ 𝐷𝐾
1
( 𝑃−𝑅)
q=
𝑌
17
O valor de depreciação no ano k, considerando Yk como o número de unidades
da actividade desenvolvida nesse mesmo ano. Este valor da depreciação é dado pelo
produto entre o número de actividades desenvolvido neste mesmo ano pela quota
unitária.
𝐷𝐾= q*𝑌𝐾
Este procedimento possue vantagem pelo facto do valor da amortização se
aproximar do grau efectivo de utilização (desgaste físico) do bem imobilizado.
Apresenta, contudo, a dificuldade de cálculo do valor de Ye da inexistência de
amortização nos períodos em que o bem imobilizado se encontra inactivo.
𝑉𝐾 = 𝑃 − ∑ 𝐷𝐾
1
1.4.6 - Método da base dupla
Para (idem), este Método resulta da combinação dos métodos das quotas
constantes (linha recta) e do desgaste funcional.
18
1.5- Apuramento de resultado de um banco
20
6-Resultados Líquidos do Exercício:
7-Resultados Brutos:
Para Costa & Alves (2001), é o apuramento do resultado bruto de cada exercício
económico, ou seja, é o valor que apenas engloba as vendas e prestações de Serviços
às quais são subtraídas os custos direitos das vendas e das prestações de serviços
tendo em consideração os impostos inerentes.
21
1.6 – Relação entre a amortização e os Resultados de um banco
comercial.
22
CAP. II - OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO
2.2 – Hipótese
𝐇𝟎 ∶As amortizações dos activos fixos apesar de ser custos que devem ser
adicionados na apuração dos resultados, poderão não influenciar nos resultados da
empresa BAI.
23
2.3 – Variáveis
Segundo Freixo (2011, p. 174), “uma variável pode ser definida como qualquer
característica da realidade que pode tomar dois ou mais valores mutuamente
exclusivos. Refere-se ainda a qualquer característica que uma experiencia é
manipulada, medida ou controlada”.
Tendo em conta que a recolha de informação é uma das fases mais relevantes
na pesquisa e que merece uma grande concentração, utilizou-se os seguintes meios
de investigação; questionário, grelha de observação.
24
CAP. III - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
3.1-Caracterização da empresa
25
Tabela 3.2- Balanço analítico da empresa BAI
26
3.3- Variação do activo em 2013 / 2014.
Variação do activo
42,77%
36,76%
18,47% 15,47%
14,39%
5,14%
A estrutura do activo foi alterada pelo aumento (i) do crédito líquido, que atingiu
AKZ 365.461 milhões (mais 48,7% face a 2013), (ii) das aplicações em títulos, que
atingiu AKZ 232.153 milhões (mais 16,1% face a 2013), e (iii) das participações
financeiras para AKZ 19.755 milhões (mais 18,5% face a 2013).
27
3.4- Estrutura do activo e passivo em 2013 / 2014.
Gráfico 2 Estrutura do activo
Estrutura do Activo
8% 8%
24% Participação
33%
19% Crédito
21% Aplicação em Titulo
31,00%
20% Aplicação de Liquidez
1 2
31 DEZEMBRO DE 2014 / 31 DEZEMBRO 2013
ESTRUTURA DOPASSIVO
31 DEZEMBRO 2013 31 DEZEMBRO 2014
10% 29% 1% 2%
58%
10% 37% 1% 2%
50%
28
A estrutura de funding manteve-se estável ao longo dos dois últimos anos. Os
depósitos à ordem representavam 58% do activo no final de 2014, apresentando uma
variação positiva de 8 p.p. relativamente ao ano anterior que se explica pela
desmobilização e consequente redução dos depósitos a prazo, que representavam
29% (2013: 37%).
29
Verifica-se neste caso um resultado liquido na ordem de 12.848.873 milhões de
kwanzas para o ano 2013, e 12.081.900 milhões de kwanzas para o ano 2014,
resultante da inclusão dos custos de utilização dos activos fixo conhecidos como
imobilizações (amortizações ou depreciações).
16%
APLICAÇÕES PARA LIQUIDEZ
19%
29%
TITULOS E VALORES MOBILIARIOS
22%
56%
CRÉDITOS
59%
30
Margem Financeira
3.7 – Custos
4%
96%
Depósitos
96%
31
Em 2014, o investimento médio em activos financeiros situou-se em AKZ
791.303 milhões, registando um aumento de AKZ 53.822 milhões (7,3%)
comparativamente a 2013. O aumento no investimento médio teve um impacto direito
nos proveitos de instrumentos financeiros activos que registaram um aumento de
AKZ 2.349 milhões, situando-se em AKZ 50.429 milhões, em 2014. O aumento dos
proveitos de aplicações em títulos foi resultado do aumento da carteira (efeito
volume) e das taxas de juro (efeito preço). A redução dos custos com passivos
financeiros é principalmente explicada pelo efeito volume.
3.8- Margem complementar
MARGEM COMPLEMENTAR
6%
52 42
3%
51% 46%
32
3.8.1 Custos Administrativo.
CUSTOS ADMINISTRACTIVO
31 DEZEMBRO 2013 31 DEZEMBRO 2014
47%
46%
41%
38%
11%
10%
5%
1%
PESSOAL FORNECIMENTO DE DEPRECIAÇÃO E IMPOSTOS E TAXA
TERCEIRO AMORTIZAÇAO NÃO INCIDENTE
SOBRE O
RESULTADO
Os custos com impostos não incidentes sobre o resultado atingiram AKZ 1.242
milhões, tendo aumentado AKZ 881 milhões, principalmente devido ao imposto
sobre a aplicação de capitais (IAC), incidente sobre os Bilhetes do Tesouro,
Obrigações do Tesouro e as operações com acordo de revenda.
33
O rácio cost-to-income aumentou 5,1 pontos percentuais relativamente a 2013,
situando-se em 43,7%, explicado pelo crescimento dos custos administrativos
(17,2%) superior ao crescimento do produto bancário (3,6%).
Riqueza real
1500000000%
1000000000% 3.854.661,9 3.624.570
500000000% 8.994.211,1 8.457.330
0% 30%
70%
1 2 3
Imposto Industrial 30% 3854661,9 3624570
Riqueza Liquida 70% 8994211,1 8457330
31 DEZEMBRO 2014 / 31 DEZEMBRO 2013
34
Demonstração dos Resultados em milhares Notas 31/dez/14 31/dez/13
Milhares de Milhares de
Resultado sem amortização AKZ AKZ
Proveitos de Aplicação de Liquidez 21 7.847.548 9.187.627
Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários 21 14.586.439 10.674.201
Proveitos de Créditos 21 17.925
Proveitos de Instrumento Financeiro Derivados 21 27.994.574 28.199.835
Proveitos de Instrumentos Financeiros Activo 50.428.561 48.079.588
Custos de Depósitos 21 (12.917.461) (13.348.083)
Custos de Captações para Liquidez 21 (494.987) (554.283)
Custos de Captações com Títulos e Val. mobiliário 21 (11)
Custos de Divida Subordinada 21 (2.071)
Custos de Instrumentos Financeiros Passivo (13.414.530) (13.902.366)
Margem Financeira 37.014.031 34.177.222
Resultados de Negociações e Ajustes ao Valor Justo (443)
Resultados de Operações cambias 22 1.205.976 11.591.466
Resultados de prestação de Serviço Financeiro 23 9.238.432 10.344.574
Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa 18 (14.452.093) (21.933.083)
Resultado de Intermediação Financeira 43.006.346 34.179.736
Pessoal 24 (9.758.000) (8.880.883)
Fornecimento de Terceiro 25 (11.818.173) (10.215.688)
Impostos e Taxas não Incidentes Resultado 26 (1.242.592) (361.255)
Penalidades Aplicadas/ Autor Reguladoras 27 (115.223) (617)
Custos Administrativos Comercialização (22.933.988) (19.458.443)
Provisões / Outros Val e Resp. Prováveis 18 (2.997.471) (1.378.755)
Resultado de Imobilização Financeira 28 (2.678.000) (1.476.982)
Outros Proveitos e Custos Operacionais 29 1.377.007 671.361
Outros Proveitos e Custos Operacionais (27.232.452) (21.642.819)
Resultado Operacional 15.773.894 12.536.917
Resultado Não Operacional 30 (935.019) 461.540
Resultado Cambial de Conversão para USD
35
Quando não se contabilizam os custos pela utilização dos activos fixos o
resultado líquido de exercício, aumenta na ordem de 28.79%, o que totaliza
15.638.222 kwanzas e 14.574.705 respectivamente para 2013 e 2014. Este aumento
resulta na diminuição da riqueza real esperada pelos accionistas tendo em conta os
impostos inerentes a suportar (imposto industrial).
Um dos grandes problemas dos rendimentos elevados consiste pelo facto dos
seus encargos se maior. Quando não se incluem as Amortizações e Depreciações os
valores cada vez mais tende para cima, mas isso não é sinonimo de grande riqueza
porque quanta maior for o lucro maior será o tributo pelo qual se deve pagar. É nesta
linha de pensamento que torna relevante a nossa pergunta de partida.
36
Gráfico 9 Riqueza Real incluindo Amortizações e Depreciações
37
CONCLUSÕES
38
RECOMENDAÇÕES
Após a conclusão do trabalho, prestamos algumas recomendações para as
empresas e a sociedade em geral, que irão contribuir para o melhoramento da gestão
dos activos fixos:
Que haja mais rigor na seleção dos métodos para o cálculo das depreciações e
amortizações dos activos fixos, conhecidos também como activos tangíveis e
intangíveis.
Que haja disposição e estudos profundos sobre os critérios a ter em conta na
escolha dos métodos para amortização e depreciação.
Que em cada ano ou fim de actividade econômica verifica-se as condições dos
activos fixos uma vez que são eles os responsáveis da continuidade das
actividades da empresa.
Que sejam determinadas com antecedências a capacidade de produção do bem,
vida económica de modo a não cometer erros gravíssimos.
Que haja muita vontade e interesse por parte da sociedade acadêmica de modo
a pesquisar e acompanhar a dinâmica sobre o conhecimento dos activos fixos
e as amortizações e depreciação.
Aos académicos da área em causa, que haja espírito de pesquisa por parte da
comunidade académica no que toca o assunto, sobretudo as empresas de todos
os ramos de atividade.
39
Referências Bibliográficas
40
Coimbra, J.M. & Almeidina, (2013). Apontamentos ao IRC, 1ª edição São
paulo
Nóbrega, M.C., Bugarim, C.M.C., Oliveira, O.A., Elmiro, J.R., Calvoso, J.N
& Santos, L.V (2009). Manual de Contabilidade do Sistema CFC/CRCs/ Conselho
Federal de Contabilidade. 1ª Edição, Brasília pp 334.
41