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HIDRÁULICOS
PNEUMÁTICOS
1ª PARTE – PNEUMÁTICA 14
15
1 – Considerações Gerais 15
2 – Características do Ar Comprimido 15
2.1 – Vantagens 16
2.2 – Desvantagens 16
3 – Produção do Ar Comprimido 16
3.1 – Compressores 17
3.2 – Simbologia 17
3.3 – Tipos de Compresssores 17
3.3.1 – Compressor de Embolo 18
3.3.1.1 – Compressor de Embolo com Movimento Linear 18
3.3.1.2 – Compressores de Membrana 20
3.3.2 – Compressor Rotativo 20
3.3.2.1 – Compressor Rotativo Multicelular 20
3.3.2.2 – Compressor Rotativo de Duplo Parafuso (2 Eixos) 21
3.3.2.3 – Compressor Roots 22
3.3.3 – Turbo Compressores 22
3.4 – Diagrama de Volume e Pressão Fornecida 22
3.5 – Refrigeração 23
3.6 – Lugar de Montagem 24
3.7 – Regulagem da Capacidade 24
3.7.1 – Readmissão do Ar By-Pass 25
3.7.2 – Partida e Parada Automática do Motor Elétrico 25
3.7.3 – Alívio nas Válvulas de Adminissão 26
3.8 – Manutenção 27
4 – Resfriamento 27
4.1 Resfriamento do Ar 27
4.1.1 – Intercooler 28
4.1.2 – Aftercooler 28
5 – Armazenamento e Distribuição do Ar Comprimido 29
5.1 – Reservatório de Ar Comprimido 29
5.1.1 – Localização 30
5.2 – Rede de Distribuição de Ar Comprimido 31
5.2.1 – Vazamentos 33
5.2.2 – Material da Tubulação 34
5.2.2.1 – Tubulações Principais 34
5.2.2.2 – Tubulações Secundárias 35
5.2.3 – Conexões para Tubulações 35
5.2.3.1 – Conexões para Tubos Metálicos 35
6 – Preparação do Ar Comprimido 36
6.1 – Impurezas 36
6.1.1 – Secagem por Absorção 37
6.1.2 – Secagem por Adsorção 38
6.1.3 – Secagem por Resfriamento 39
6.1.4 – Filtro de Ar Comprimido 40
6.1.4.1 – Funcionamento do Dreno Automático 42
6.1.5 – Regulador de Pressão com Orifício de Escape 43
6.1.6 – Regulador de Pressão sem Orifício de Escape 44
6.1.7 – Lubrificador 45
6.1.7.1 – Funcionamento do Lubrificador 45
6.1.8 – Unidades de Conservação 46
6.2 – Manutenção 47
7 – Elementos Pneumáticos de Trabalho 48
7.1 – Elementos Pneumáticos de Movimento Retilíneo 48
7.1.1 – Cilindros de Simples Ação 48
7.1.2 – Cilindro de Dupla Ação 50
7.1.2.1 – Cilindro de Dupla Ação com Haste Passante 50
7.1.2.2 – Cilindro Tandem 51
7.1.2.3 – Cilindro de Dupla Ação com Amortecimento 51
7.1.2.4 – Cilindro Rotativo com Amortecimento 52
7.1.2.5 – Cilindro de Múltiplas Posições 53
7.1.2.6 – Cilindro de Membrana 54
7.1.3 – Tipos de Fixação 54
7.1.4 – Vedações 56
7.2 – Elementos Pneumáticos com Movimento Giratório 57
7.2.1 – Motores de Pistão 57
7.2.2 – Motor de Palhetas 58
7.2.3 – Motores de Engrenagem 59
7.2.4 – Turbo Motores 59
7.2.5 – Características dos Motores Pneumáticos 60
8 – Válvulas 60
8.1 – Válvulas Direcionais 61
8.1.1 – Simbologia das Válvulas 61
8.1.2 – Tipos de Acionamentos de Válvulas 64
8.1.3 – Funcionamento 67
8.1.4 – Características de Construção das Válvulas Direcionais 68
8.1.4.1 – Válvulas de Sede ou de Assento 68
8.1.4.1.1 – Válvula de Sede Esférica 68
8.1.4.1.2 – Válvula de Sede de Prato 69
8.1.4.2 – Válvulas Corrediças 76
8.1.4.2.1 – Válvula Corrediça Longitudinal 77
8.1.4.2.2 – Válvula Corrediça Giratória 80
8.2 – Válvulas de Bloqueio 82
8.2.1 – Válvula de Retenção 82
8.2.2 – Válvula Alternadora ou de Isolamento (Elemento “ou”) 83
8.2.3 – Válvula de Escape Rápido 84
8.2.4 – Expulsor Pneumático 84
8.2.5 – Válvula de Simultaneidade 85
8.3 – Válvula de Fluxo 86
8.3.1 – Válvula Reguladora de Fluxo Unidirecional 86
8.4 – Válvulas de Pressão 88
8.4.1 – Válvula de Sequência 88
8.5 – Combinações Especiais 89
8.5.1 – Acionamento Pneumático com Comutação Retardada 89
8.5.1.1 – Temporizador (Normalmente Fechado) 89
8.5.1.2 – Temporizador (Normalmente Aberto) 90
9 – Simbologia 91
10 – Comandos Pneumáticos 104
10.1 – Introdução 104
10.2 – Classificação dos Grupos 104
10.3 – Cadeia de Comandos 105
11 – Circuitos Complexos 112
11.1 – Circuito para Desligamento de Sinais 122
11.2 – Métodos Sistemáticos de Esquemas 126
11.3 – Condições Marginais 142
EXERCÍCIOS 151
Figuras e Tabelas
Pneumática
Figuras
Figura 1 - Equipamentos e acessórios ideais na geração de ar comprimido 17
Figura 2 - Tipos de compressores 18
Figura 3 – Compressor de êmbolo de 1 estágio 19
Figura 4 – Compressor de dois estágios com refrigeração intermediária 19
Figura 5 – Compressor de membrana 20
Figura 6 – Compressor rotativo multicelular 21
Figura 7 – Compressor duplo parafuso 21
Figura 8 – Compressor Roots 21
Figura 9 – Compressor axial 22
Figura 10 – Compressor radial 22
Figura 11 – Diagrama de Volume e Pressão fornecido 23
Figura 12 – Aletas de refrigeração 24
Figura 13 – Readmissão do ar ou by-pass 25
Figura 14 – Partida e parada automática do motor elétrico 26
Figura 15 – Alívio nas válvulas de admissão 26
Figura 16 - Intercooler 28
Figura 17 - Aftercooler 29
Figura 18 – Reservatório de ar comprimido 30
Figura 19 – Rede de distribuição de circuito aberto 31
Figura 20 – Tubulação com circuito fechado 32
Figura 21 – Rede combinada 32
Figura 22 – Tomada de ar 33
Figura 23 - Conexão com anel de corte permite várias montagens e
35
desmontagens
Figura 24 - Conexão com anel de pressão para tubos de aço e cobre com
36
anel interno especial serve também para tubos plásticos
Figura 25 - Conexão com reborbo prensado 36
Figura 26 - Conexão com reborbo flangeado 36
Figura 27 – Secagem por absorção 38
Figura 28 – Secagem por adsorção 39
Figura 29 – Secagem por resfriamento 40
Figura 30 – Filtro 41
Figura 31 – Dreno automático 42
Figura 32 – Regulador de pressão com orifício de escape 43
Figura 33 – Regulador de pressão sem orifício de escape 44
Figura 34 – Princípio de Venturi 45
Figura 35 – Lubrificador 46
Figura 36 – Conjunto lubrefil 47
Figura 37 – Conjunto lubrefil (detalhado/simplificado) 47
Figura 38 – Cilindro de simples ação 49
Figura 39 – Cilindro de simples ação 49
Figura 40 – Cilindro de dupla ação 50
Figura 41 – Cilindro de dupla ação com haste passante 51
Figura 42 – Cilindro Tandem 51
Figura 43 - Cilindro de dupla ação com amortecimento nos fins de curso 52
Figura 44 - Cilindro rotativo com amortecimento nos fins de curso 53
Figura 45 – Cilindro de múltiplas posições 53
Figura 46 – Cilindro de membrana 54
Figura 47 – Tipos de fixação 55
Figura 48 – Tipos de vedações para êmbolos 57
Figura 49 – Motor radial e motor axial 58
Figura 50 – Motor de palhetas - sentido de rotação 59
Figura 51– “Esqueleto” de uma válvula direcional 67
Figura 52 – Válvulas direcionais – de sede esférica 69
Figura 53 - Válvulas direcionais (NA) – de sede de prato 69
Figura 54 - Válvulas direcionais (NF) – de sede de prato 70
Figura 55 – Válvula direcional de 3 vias por 2 posições (normal aberta) 70
Figura 56 - Válvula direcional de 3 vias (3/2) (sede de prato) acionada
71
pneumaticamente
Figura 57 – Válvula direcional de 3 vias por 2 posições (acionamento
71
pneumático)
Figura 58 - Válvula direcional de 3 vias por 2 posições com princípio de
72
assento de prato
Figura 59 - Válvula direcional de 5 vias por 2 posições (Princípio de
73
assento).
Figura 60 - Válvula direcional de 3 vias com 2 posições (acionamento
73
eletromagnético)
Figura 61 – Válvula direcional de 4 vias por 2 posições (solenóide e
74
servocomando)
Figura 62 – Válvula direcional de 3 vias por duas posições, com
75
acionamento por rolete, servocomandada (normal fechada)
Figura 63 – Válvulas direcionais de 3 vias por duas posições, com
76
acionamento por rolete, servocomandada (normal aberta)
Figura 64 – Válvula direcional de 4 vias por 2 posições (servopilotada) 76
Figura 65 – Válvula direcional de 5 vias por 2 posições (princípio de
77
corrediça longitudinal)
Figura 66 – Tipos de vedação entre êmbolo e corpo da válvula 78
Figura 67 – Válvula corrediça longitudinal manual. Válvula direcional de 3
79
vias por duas posições
Figura 68 – Válvula direcional corrediça plana longitudinal de 4/2 vias
80
comando por alívio bi-lateral de pressão
Figura 69 - Esquema de comando por impulso negativo 80
Figura 70 – Válvulas corrediça giratória 81
Figura 71 – Válvula de retenção 83
Figura 72 – Válvula alternadora 83
Figura 73 – Válvula de escape rápido 84
Figura 74 – Expulsor pneumático 85
Figura 75 – Válvula de simultaneidade 86
Figura 76 – Válvula reguladora de fluxo unidirecional 87
Figura 77 – Válvula reguladora de fluxo unidirecional com acionamento
87
mecânico regulável (com rolete)
Figura 78 – Válvula de seqüência 88
Figura 79 - Temporizador (normalmente fechado) 89
Figura 80 - Temporizador (normalmente aberto) 90
Figura 81 – Disposição segundo o esquema da cadeia de comando 106
Figura 82 – Esquema pneumático 108
Figura 83 – Representação de um elemento de sinal 110
Figura 84 – Rolete escamoteável 122
Figura 85 –Circuito temporizado 125
Figura 86 – Circuito para desligamento de sinais 125
Figura 87 - Válvulas de inversão (memória) 126
Figura 88 – “Caixa preta” 126
Tabelas
Tabela1 27
Tabela 2 – Vazamentos e perda de potência em furos 34
2. Forma de tabela 113
Hidráulica
Figuras
Figura 1 - A pressão (força por unidade área) é transmitida em todos os
184
sentidos de um líquido confinado
Figura 2 - A alavanca hidráulica 185
Figura 3 - Pressão hidrostática 186
Figura 4 - Multiplicador de pressão 197
Figura 2.1 – A energia não pode ser criada nem destruída 188
Figura 5 - Pressão causada por uma restrição e limitada por uma válvula
189
controladora de pressão
Figura 6 - Fluxo em paralelo 190
Figura 7 - Fluxo em série 191
Figura 8 - Leis da vazão 193
Figura 9 - Vazão e velocidade 194
Figura 10 - Atrito e queda de pressão 194
Figura 11 - Queda de pressão e fluxo de óleo através de uma restrição 196
Figura 12 - Fluxo laminar 197
Figura 13 - Fluxo turbulento 198
Figura 14 - A altura das colunas de fluido representa as pressões em cada
199
posição
Figura 15 – Propriedades de lubrificação dos óleos 210
Figura 16 - Vedações para canos 221
Figura 17 - Tipos de conexões 221
Figura 18 - Conexões flangeadas para tubos rígidos de grande diâmetro 222
Figura 19 - Conexões e adaptadores rosqueados usados com tubos semi-
223
rígidos
Figura 20 - Construção das mangueiras (tubos flexíveis) 225
Figura 21 – Retentores 232
Figura 22 – Anel de secção redonda 233
Figura 23 - Anel de encosto 234
Figura 24 - Retentores de secção retangular (cortados em torno) 234
Figura 25 - Anel tipo "T" 235
Figura 26 - Retentor labial 235
Figura 27 - Retentor tipo copo 236
Figura 28 - Anéis de pistão 236
Figura 29 - Gaxetas de compressão 237
Figura 30 - Retentor de face 238
Figura 31 - Partes de reservatório 244
Figura 32 - Chicana vertical 245
Figura 33 - Bujões magnéticos 250
Figura 34 - Filtro de sucção 251
Figura 35 – O filtro de sucção (entrada) protege a bomba 252
Figura 36 - Filtro de pressão 253
Figura 37 - O filtro para linha de pressão é instalado na saída das bombas 253
Figura 38 - Filtro de retorno 254
Figura 39 - O filtro de retorno é instalado no retorno para o reservatório 254
Figura 40 - Elemento filtrante (tipo de superfície) 255
Figura 41 - Filtro de fluxo total 256
Figura 42 - Filtro tipo indicador 257
Figura 43 - Bombas centrífugas 258
Figura 44 - Bomba de êmbolo de simples efeito 263
Figura 45 - Bomba de êmbolo de simples efeito 263
Figura 46 - Bomba alternativa de pistão de simples efeito 264
Figura 47 - Bomba alternativa de pistão de duplo efeito 264
Figura 48 - Bombas rotativas 265
Figura 49 - Bomba manual de dupla ação 266
Figura 50 - Bomba de engrenagens externas 267
Figura 51 - Bombas de engrenagens internas 267
Figura 52 - Bomba de rotores lobulares 268
Figura 53 - Funcionamento de uma bomba de palhetas não balanceadas 269
Figura 54 - Deslocamento de uma bomba de palhetas 269
Figura 55 - Bomba de palhetas de deslocamento variável compensado por
270
pressão
Figura 56 - Princípio de balanceamento em uma bomba de palhetas 271
Figura 57 - Bomba dupla redonda 271
Figura 58 - Bomba de palheta tipo "quadrado" 272
Figura 59 - Princípio de funcionamento 272
Figura 60 - Bomba dupla "quadrada" 273
Figura 61 - Bomba de palhetas de alta eficiência 274
Figura 62 - Construção de bomba dupla de alto rendimento 274
Figura 63 - Princípio de funcionamento 275
Figura 64 - Conjunto rotativo pré-montado 276
Figura 65 e 66 - Bomba de pistões em linha 277
Figura 67 - Princípio de funcionamento 278
Figura 68 - Variação do deslocamento da bomba de pistões em linha 279
Figura 69 - Funcionamento do compensador 280
Figura 70 – Símbolo e válvula de segurança 283
Figura 71 - Válvula de segurança composta 285
Figura 72 – Operação de válvula de segurança de pistão balanceado 287
Figura 73 - "Ventagem" de uma válvula de segurança 289
Figura 74 - Válvula de segurança simples acoplada ao pórtico de
289
ventagem
Figura 75 - Válvula limitadora de pressão tipo DB, pré-operada 290
Figura 76 - Válvula limitadora de pressão pré-operada com descarga por
291
solenóide
Figura 77 - Válvula de seqüência de pressão pré-operada 293
Figura 78 - Válvula redutora de pressão 295
Figura 79 – Válvula redutora de pressão operada por piloto 296
Figura 80 -Válvula redutora de pressão com válvula de retenção integral 297
Figura 81 - Válvula com mola fora de centro 298
Figura 82 - Tipos de centros dos carretéis 299
Figura 83 - Posição dos êmbolos 300
Figura 84 - Princípio de funcionamento e simbologia de uma válvula de
301
retenção
Figura 85 - Válvula de retenção em linha 302
Figura 86 - Princípio de funcionamento de uma válvula de retenção em
302
linha
Figura 87 - Válvula de retenção em ângulo reto 303
Figura 88 - Funcionamento de uma válvula de retenção em ângulo reto 303
Figura 89 - Placa retificadora com 4 válvulas de retenções e válvula
304
reguladora
Figura 90 - Corte de uma placa retificadora tipo Z4S com indicação do
304
sentido do fluxo
Figura 91 a) a esquerda: Válvula de retenção pilotada, com conexão por
305
roscas
Figura 92 - Construção sem conexão para dreno 305
Figura 93 - Construção com conexão para drenos externos 308
Figura 94 - Válvula de retenção com desbloqueio hidráulico geminada 309
Figura 95 - Válvula de sucção 310
Figura 96 - Válvula de sucção em corte 311
Figura 97 - Controle de vazão na entrada (Meter-in) 312
Figura 98 - Controle de vazão na saída do atuador (Meter-Out) 313
Figura 99 - Controle de vazão em desvio (Bleed-off) 314
Figura 100 - Válvula controladora de vazão não compensada 315
Figura 101 - Válvula controladora de vazão compensada por pressão 315
Figura 102 - Válvula controladora de vazão com válvula de retenção
316
incorporada
Figura 103 - Funcionamento de uma válvula controladora de vazão
317
compensada por pressão e temperatura
Tabelas
Tabela de perda de carga 204
Tabela 1- Compatibilidade entre os tipos de materiais e os fluidos
218
hidráulicos
Tabela 2 - Tabela para selecionar diâmetro interno dos tubos 226
Tabela 3 - Dimensionamento de tubos 227
Tabela 4 – Tabela Típica de Especificações 260
HIDRÁULICA
Hidrostática: mecânica dos fluidos estáticos, teoria das condições de equilíbrio dos fluidos
sob pressão. A energia é transmitida empurrando um líquido confinado. O líquido precisa se
mover ou fluir para causar o movimento, porém, esta é uma decorrência da força aplicada
(energia potencial) ⇒ sistemas de óleo hidráulicos estáticos.
Para que se possa, inicialmente, fazer uma idéia geral sobre os vários campos de
aplicação da hidráulica, os mesmos foram divididos em 5 setores como segue:
12.4- Classificação
De acordo com o tipo de aplicação, existe uma grande infinidade de tipos de circuitos
hidráulicos, porém, todos eles seguem sempre um mesmo esquema, que poderíamos dividir
em três partes principais.
Sistema de Geração Sistema de distribuição Sistema de aplicação de
⇒ e controle ⇒ energia
⇓ ⇓ ⇓
- Velocidade:
Consegue-se, num sistema bem dimensionado, uma variação contínua e precisa de
velocidade, seja cilindro ou motor hidráulico, bastando para isto mudar a vazão da bomba ou
controlá-la através da válvula adequada.
- Reversibilidade:
Sem desligar a máquina, bastando apenas alterar a posição do êmbolo da válvula
direcional, ocorre a inversão do movimento do atuador, enquanto que para se obter, por
exemplo, a inversão do sentido de rotação de um motor elétrico, é necessário desligá-lo,
inverter os fios (pólos) e dar nova partida. Existem chaves especiais para este fim, mas
apesar da rapidez da operação, a inversão não é suave e o pico de consumo de partida do
motor não é evitado.
- Proteção contra sobrecarga:
Quando a carga excede os limites de trabalho ocorre o aumento da pressão do fluido a
um valor limitado pela válvula de segurança, que nessa situação se abre impedindo qualquer
dano ao sistema.
- Limitação de força (ou torque):
Há possibilidade de se limitar a força máxima de um cilindro, ou torque máximo de
um motor, pela válvula de segurança, e se existir a necessidade de um limite mais baixo para
um movimento do que para outro, pode-se utilizar uma válvula redutora de pressão.
- Dimensões reduzidas:
Como a força e a velocidade dos atuadores dependem apenas de pressão e vazão
respectivamente, o peso e o tamanho dos componentes hidráulicos são reduzidos em relação
aos equivalentes equipamentos mecânicos e elétricos da mesma potência.
- O óleo hidráulico é um excelente condutor de calor, o que inclusive é um fator importante
no dimensionamento do reservatório que poderá servir como trocador de calor, etc.
- Fácil instalação dos diversos elementos, oferecendo grande flexibilidade, inclusive em
espaços reduzidos. O equivalente em sistemas mecânicos já não apresenta esta
flexibilidade.
- São sistemas auto-lubrificados, não ocorrendo o mesmo com os mecânicos ou elétricos.
- Tem pequeno peso e tamanho com relação a potência consumida em comparação aos
sistemas elétrico e mecânicos.
- Parada instantânea. Se pararmos instantaneamente um motor elétrico, podemos danificá-
lo ou queimar o fusível. Da mesma forma as máquinas não podem ser paradas
bruscamente e ter seu sentido de rotação invertido, sem a necessidade de se dar a partida
novamente. Entretanto, um atuador hidráulico pode ser parado sem danos quando
sobrecarregado, e começar imediatamente assim que a carga for reduzida. Durante a
parada, a válvula de segurança simplesmente desvia, a vazão da bomba ao tanque.
12.7.2- Desvantagens do sistema hidráulico
- Seu custo inicial é mais alto em comparação aos sistemas mecânicos e elétricos.
- Perigos de incêndios, pois o óleo, normalmente é inflamável. Atualmente tem-se
empregado em certos casos fluidos resistentes ao fogo que, na realidade, apenas evitam a
propagação do fogo.
- O rendimento global de um sistema hidráulico, sem levar em consideração o rendimento do
motor que aciona a bomba, varia, em função dos componentes especificados, de 80% a 90%.
São três os fatores responsáveis pela variação do rendimento:
- Vazamentos internos em todos os componentes, esses vazamentos
são necessários para promover a lubrificação das partes móveis dos diversos componentes.
- Perda de energia provocada pelas perdas de carga nos tubos e
válvulas, com o conseqüente aquecimento do óleo.
- Várias transformações do estado da potência, a bomba recebe em seu
eixo potência mecânica, a transforma em potência hidráulica e o atuador recebe a potência
hidráulica e a transforma novamente em mecânica.
Talvez, pela simplicidade da Lei de Pascal, é que o homem não percebeu o seu
enorme potencial por dois séculos. Somente, no princípio da Revolução Industrial, é que um
mecânico britânico, Joseph Bramah, veio a utilizar a descoberta de Pascal para desenvolver
uma prensa hidráulica.
Bramah, conclui que, se uma força moderada aplicada a uma pequena área, produz-se
proporcionalmente, uma força maior numa área maior, o único limite à força de uma
máquina seria a área em que se aplicasse a pressão. A figura demonstra como Bramah
aplicou o princípio de Pascal à prensa hidráulica.
Figura 2 - A alavanca hidráulica.
A força aplicada é a mesma utilizada na rolha e o pistão menor tem a mesma área, ou
seja, 1cm². O pistão maior tem 10cm².
O pistão maior é empurrado com 10kgf numa área de 1cm², para que possa suportar
um peso de 100kgf. Observa-se que as forças que equilibram este sistema são proporcionais
às áreas dos cilindros. Assim sendo, se a área de saída for de 200 cm², a força de saída será
de 200 kgf (no caso, a cada cm² correspondem 10 kgf). Este é o princípio de operação de um
macaco hidráulico ou de uma prensa hidráulica. É interessante notar a semelhança entre a
prensa simples e uma alavanca mecânica (vista B).
12.9- Definição de pressão
Em uma coluna de fluido ocorre uma pressão como conseqüência do peso da massa
de fluido sobre uma determinada área. A pressão é dependente da altura (h) da coluna, da
densidade (ρ) e da aceleração da gravidade(g).
Pressão de coluna = ρ. g. h = h . γ
transmitida pela haste ao êmbolo menor. Essa força age sobre a superfície A2 e provoca a
F1 = F2 = F
P1 . A1 = P2 . A2
P2 . A2 = F2
P1 A2
Ou então: =
P2 A1
Uma lei fundamental da física afirma que a energia não pode ser nem criada nem
destruída.
A energia provém da natureza. Podemos fazer a transformação da energia.
Um princípio anunciado por Lavoisier: “Na natureza nada se cria e nada se perde
tudo se transforma”.
É comum vermos em sistemas hidráulicos a energia elétrica transformada em
mecânica e esta última transformada em hidráulica.
A multiplicação de forças não é o caso de se obter alguma coisa por nada. O pistão
maior, movido pelo fluido deslocado do pistão menor, faz com que a distância de cada pistão
se movimente inversamente proporcional às suas áreas. O que se ganha com relação a força
tem que ser sacrificado em distância ou velocidade.
Observa-se que a hidráulica obedece ao “Princípio da Alavanca”.
Figura 2.1 – A energia não pode ser criada nem destruída.
Quando houver duas vias de fluxo paralelas, cada qual com resistências ao
escoamento diferentes, a pressão aumentará até vencer a resistência menor, quando ocorrerá
fluxo pela via correspondente. Costuma-se dizer que os fluidos "escolhem os caminhos mais
fáceis".
Figura 6 - Fluxo em paralelo.
VICKERS
- Linha de sucção = 6 a 12 dm/s
- Linha de pressão e retorno = 20 a 60 dm/s
RACINE
- Sucção e preenchimento: 60,96 a 121,92 cm/s
- Retorno: 304,8 a 457,20 cm/s
- Para pressão abaixo de 210 bar: 762,2 a 914,14 cm/s
- Para pressão acima de 210 bar: 457,2 a 509,6 cm/s
12.16.1.2- Vazão: É o volume que atravessa uma seção de tubo em uma unidade de tempo.
Sua unidade no Sistema Internacional é (m3/s). Conforme varia a seção transversal de uma
tubulação a velocidade média das partículas do fluido varia inversamente, apesar de a vazão
ser constante.
Se um fluido flui por um tubo com vários diâmetros, o volume que passa em uma unidade de
tempo é o mesmo, independente da seção. A velocidade do fluxo varia, a vazão não.
V
Q=
t
Onde:
Q = vazão (L3/t)
V = volume (L3)
t = tempo (t)
A = área da seção transversal (L2)
s = curso (L)
v = velocidade (L/t)
V = (A. s)
Q1 = Q 2
- Atrito: A energia hidráulica ao ser transmitida pela tubulação acarreta sempre uma perda
de carga. Visto que nas paredes do tubo e no próprio líquido se produz atrito, que por sua
vez, gera calor. Uma perda de energia hidráulica significa uma perda de pressão do
líquido hidráulico.
- Diâmetro do tubo.
- Viscosidade do líquido.
- Rugosidade do tubo.
- Volume de passagem.
O atrito cria turbulência no fluido oferecendo resistência ao fluxo, o que resulta numa
queda de pressão ao longo da linha.
O ideal para circuitos óleo hidráulicos é que o regime de escoamento seja laminar, (R
≤ 2000, menor perda de carga), pois, em escoamento de regime turbulento, as perdas de
carga são maiores, sempre que possível, deve-se evitar o emprego de restrições ou curvas
abruptas nos circuitos.
Nos líquidos em movimento, podemos notar que os processos são mais complexos,
pois podemos verificar que o dobro da diferença de pressão (P), não significa que a vazão se
duplique como ocorre na eletrotécnica, onde o dobro da tensão significa o dobro da corrente.
Uma expressão que demonstra a relação da vazão e a queda da pressão é:
Onde:
α = Fator hidráulico (0,6 a 0,9), valor dependente da viscosidade e da forma do
estreitamento.
A = Superfície do estreitamento em (m²).
p = Queda de pressão em (Pa).
ρ = Massa específica ou densidade absoluta em (kg/m³).
Podemos também usar a seguinte expressão reduzida:
Ou seja, a vazão em um estreitamento não tem um comportamento linear em relação a queda
de pressão. Notamos que a curva característica é uma parábola.
Equação de Bernoulli.
⎛P v2 ⎞
⎜⎜ + gz + ⎟⎟ = H = cons tan te
⎝ρ 2 ⎠
Onde:
∆P = perda de carga do sistema em (bar)
f = fator de fricção (número puro)
L = L1 + Ls = comprimento total da tubulação em (cm)
L1 = comprimento da tubulação retilínea em (cm)
Ls = comprimento equivalente das singularidades em (cm)
D = diâmetro interno da tubulação em (cm)
v = velocidade de escoamento do fluido em (cm/s)
ρ = massa específica ou densidade absoluta do fluído em (kg/m 3 ).
215915x9266 = fator de conversão para a uniformização das unidades.
Esse fator “f” é devido a temperatura do fluido e rugosidade interna do duto, isto é
quanto mais rugoso for internamente o duto, maior dificuldade terá o óleo para escoar.
X
f =
R
Re = número de Reynolds
v.D
Re = , onde:
υ
Q
Q = v. A ∴ A =
v
Como a perda de carga que está nos interessando ocorre em linhas de pressão,
adotamos a velocidade “v” recomendada de 15 ft/s ou 457,20 cm/s.
Portanto,
Q( ft 3 / s ) Q(cm3 / s )
A= ou A =
15 457,20
π. D2 4. A 4. A
A= ∴ D2 = ∴D =
4 π π
Ou ainda,
D = 1,128 A
12.18.4- Determinação de v:
12.18.5- Determinação de γ :
1. Determine “f”.
2. Determine “Ls” e as perdas localizadas em válvulas especiais, através dos catálogos
do fabricante. Adicione “Ls” a “L1” para obter “L”.
3. Determine P e efetue a soma deste cálculo com as perdas de carga localizadas nas
válvulas especiais para obter a perda de carga total no sistema.
4. Uma vez determinada a perda de carga total, verifique se a mesma não influirá no
sistema. Por exemplo, se nosso sistema precisa de 190 bar para executar um
determinado trabalho enquanto que fornecemos 210 bar e temos uma perda de carga
de 30 bar a pressão útil disponível será: P = 210 - 30 = 180 bar, insuficiente para o
trabalho que o sistema hidráulico se propõe a fazer, pois é menor do que a pressão
necessária de 190 bar.
q = 1,434 * ∆PT* QB
Em que:
Válvula Válvula
DIÂMETRO Válvula Saída
Tê de Tê de Tê de de de
Registro Registro Registro de de
passagem saída saída Retenção Reten-
de gaveta de globo de ângulo pé e Canali-
mm Pol. direta lado bi-lateral tipo ção tipo
crivo zação.
leve pesada
3,175 1/8 3,94 31,50 27,56 3,94 11,81 11,81 35,43 3,94 11,81 15,75
6,350 1/4 3,94 94,49 51,18 3,94 19,69 19,69 70,87 7,87 19,69 31,50
9,525 3/8 3,94 145,67 78,74 7,87 31,50 31,50 106,30 11,81 31,50 47,24
12,700 1/2 3,94 192,91 102,36 11,81 39,37 39,37 141,73 15,75 43,31 62,99
15,875 5/8 3,94 228,35 122,05 11,81 47,24 47,24 181,10 15,75 55,12 78,74
19,050 3/4 3,94 263,78 141,73 15,75 55,12 55,12 220,47 19,69 70,87 94,48
22,225 7/8 3,94 291,34 161,42 15,75 59,06 59,06 251,97 19,69 74,80 110,24
25,400 1 7,87 322,63 181,10 19,69 66,93 66,93 287,40 19,69 82,62 125,98
28,575 1,1/8 7,87 385,83 220,47 23,62 78,74 78,74 342,52 27,56 94,45 141,73
31,750 1,1/4 7,87 444,88 220,47 27,56 90,55 90,55 393,70 35,43 106,30 157,48
34,925 1,3/8 11,81 488,19 263,78 31,50 106,36 106,36 425,20 39,37 118,11 173,23
38,100 1,1/2 11,81 527,56 263,78 35,43 110,24 110,24 456,69 39,37 125,98 188,98
41,275 1,5/8 11,81 566,93 283,46 39,37 118,11 118,11 480,31 43,31 137,80 204,72
44,450 1,3/4 15,75 606,30 299,21 39,37 125,98 125,98 492,18 51,18 145,67 220,47
47,625 1,7/8 15,75 645,67 318,90 43,31 129,92 129,92 511,81 55,12 157,48 236,22
50,800 2 15,75 685,04 334,65 43,31 137,80 137,80 551,18 59,06 465,35 251,97
57,150 2,1/4 15,75 755,90 366,14 47,24 153,54 153,54 610,24 66,93 185,04 287,40
63,500 2,1/2 15,75 826,77 393,70 51,18 169,29 169,29 669,29 74,80 204,72 318,90
69,850 2,3/4 19,69 944,88 452,75 59,06 188,98 188,98 728,35 82,68 228,35 350,39
76,200 3 19,69 1.023,62 511,81 62,99 204,72 204,72 787,40 86,61 248,03 381,89
82,550 3,1/4 23,62 1.102,36 551,18 66,93 220,47 220,47 818,90 98,43 267,72 413,39
88,900 3,1/2 23,62 1.181,10 590,55 74,80 236,22 236,22 846,46 106,30 291,34 444,88
95,250 3,3/4 27,56 1.259,84 629,92 78,74 248,06 248,06 885,83 118,11 311,02 476,38
101,600 4 27,56 1.338,58 669,29 82,68 263,78 263,78 905,51 125,98 330,71 507,87
107,950 4,1/4 31,50 1.429,13 708,66 90,55 279,53 279,53 976,38 133,86 350,39 539,37
114,300 4,1/2 31,50 1.515,75 748,03 94,49 299,21 299,21 1.043,31 141,73 370,08 570,87
120,650 4,3/4 35,43 1.606,30 787,40 102,36 314,96 314,96 1.114,17 146,61 389,76 602,36
127,000 5 35,43 1.692,91 826,77 106,30 330,71 330,71 1.181,10 157,48 409,45 633,86
No motor elétrico:
Na bomba:
P ( Pa) ⋅ Q(m 3 / s )
P (W ) =
ηt
ηt = ηv x ηhm
ηt = rendimento total.
ηv = rendimento volumétrico (devido a fuga de líquido nas bombas e motores).
ηhm = rendimento hidráulico-mecânico (devido ao atrito nas bombas).
P(kgf / cm 2 ) ⋅ Q(lpm)
P (cv) =
426
1 cv = 4500 Kgfm/min = 75 Kgfm/s = 736 W = 10,52 Kcal/min = 41,8 Btu/min
A escolha e o cuidado com o fluido hidráulico para uma máquina terão um efeito
importante no seu desempenho e na vida dos seus componentes.
Aqui, encontraremos os fatores básicos envolvidos na escolha de um fluido e sua
utilização adequada.
O fluido no uso geral em hidráulica se refere ao líquido utilizado com meio de
transmitir energia, seja ele um óleo mineral especialmente composto ou um fluido especial
resistente ao fogo, que pode ser um composto sintético.
A ferrugem é a reação química do ferro (ou aço) com o oxigênio. A corrosão é reação
química entre o metal e um produto químico, geralmente um ácido. Os ácidos resultam da
união química da água com certos elementos.
Como não é possível evitar que o ar e a umidade penetrem em um sistema hidráulico,
sempre há condição favorável a ocorrência de ferrugem e corrosão. Durante a corrosão,
partículas de metal são dissolvidas e se separam do componente.
A ferrugem e a corrosão contaminam o sistema e aceleram o desgaste, como
conseqüência ocorre vazamento excessivo nas partes afetadas e podem até causar
engripamento dos componentes.
A ferrugem e a corrosão podem ser inibidas pela incorporação de aditivos que
revestem as superfícies do metal, evitando que estas sejam atacadas quimicamente.
12.20.2.5- Demulsibilidade:
Uma pequena quantidade de água pode ser tolerada na maioria dos sistemas. De fato,
alguns aditivos contra a ferrugem promovem um grau de emulsificação, ou a mistura com
alguma água que entra no sistema. Isto impede que a água se assente e penetre através da
película antiferrugem. Entretanto, muita água no óleo gera uma reunião de contaminantes,
prendendo válvulas acelerando o desgaste.
Um óleo hidráulico bem refinado deve ter um alto grau de demulsibilidade, ou
capacidade de isolar a água.
12.20.3.1 - Características:
12.20.4.1- Características:
Enquanto os sintéticos não contiverem água ou material volátil eles trabalham bem a
altas temperaturas, sem perder qualquer elemento essencial. São também próprios para
sistema de alta pressão.
Os fluidos sintéticos resistentes ao fogo não operam muito bem em sistemas de baixa
temperatura. Em lugares frios, um aquecimento auxiliar pode se tornar necessário.
Além disso, esses fluidos têm a mesma alta densidade que qualquer outro tipo e as
condições de sucção na bomba requerem cuidados especiais.
Algumas bombas de palhetas são construídas com corpos especiais para melhorar as
condições de entrada e evitar a cavitação. O índice de viscosidade é relativamente baixo, a
viscosidade varia de 80 a 400 SSU.
Sendo assim, só podem ser utilizados em sistemas onde a temperatura varie pouco.
Os fluidos sintéticos não são compatíveis com borracha nitrílica (buna) e retentores
de Neoprene. Portanto, a troca de um óleo mineral, água-glicol ou água-óleo para um fluido
sintético, requer a substituição de todos os retentores.
Retentores especiais feitos de materiais compatíveis podem ser fornecidos para
substituição de todos os componentes Vickers.
Podem ser adquiridos por peça ou conjuntos, ou então incluídos em unidades novas,
encomendadas especificamente para este tipo de fluido. A figura abaixo é uma tabela
mostrando os tipos de materiais que são compatíveis com os vários fluidos hidráulicos.
Tabela 4- Compatibilidade entre os tipos de materiais e os fluidos hidráulicos
12.21.1- Tubulação
Tubulação é o termo geral que engloba os vários tipos de condutos que transportam o
fluido hidráulico entre os componentes assim como as conexões utilizadas entre eles.
12.21.2.2- Conexões:
Como os tubos rígidos só podem ter roscas machos, e não podem ser dobrados, vários
tipos de conexões são usadas para uni-los e modificar-lhes a direção.
Normalmente as conexões têm rosca fêmea para acoplamento com os tubos, embora
existam também conexões com rosca macho para alguns tipos de montagem em
válvulas e bombas, e também para certas interligações entre conexões.
As conexões num circuito representam vários pontos para ocorrência de vazamento,
especialmente para altas pressões. As conexões rosqueadas são usadas até 11/4", para bitolas
maiores, as conexões são substituídas por flanges soldados aos canos.
Usam-se gaxetas ou anéis "O" para vedá-los.
Figura 18 - Conexões flangeadas para tubos rígidos de grande diâmetro.
Uma instalação feita com tubos de aço sem costura oferece vantagens bem visíveis
sobre uma instalação feita com tubos rígidos.
Os tubos de aço sem costura podem ser dobrados, são mais fáceis de trabalhar e
podem ser montados e desmontados freqüentemente sem problemas de vedação.
Normalmente, a quantidade de conexões é reduzida.
Nos sistemas de baixa vazão, suportam pressões mais elevadas bem como conduzem
o fluxo ocupando menos espaço com peso menor.
Entretanto, são mais caras, assim como são, as conexões que os acompanham.
- Conexões biseladas
A conexão Biselada de 37° é a mais comum para tubos que possam ter a
extremidade moldada para esse ângulo.
As conexões mostradas na figura A-B são vedadas pela compressão da extremidade
do tubo previamente aberto em forma de funil e apertado por meio de uma porca sobre a
superfície cônica existente na extremidade do corpo da conexão.
Uma luva ou extensão da porca tem por finalidade suportar o tubo a fim de diminuir a
vibração. A conexão biselada padrão 45° é utilizada para pressões muito altas.
Esta também é feita num desenho invertido com roscas macho na porca de
compressão.
Se o custo não for proibitivo, é preferível usar tubos semi-rígidos devido a uma
melhor vedação, além da conveniência de serem reaproveitáveis e de manutenção mais
rápida. Mangueiras flexíveis não precisam ser limitadas às aplicações móveis.
Podem ser convenientemente usadas em linhas curtas e têm capacidade de amortecer
choques hidráulicos.
As conexões hidráulicas devem ser de aço, com exceção das linhas de sucção, linhas
de retorno e de dreno onde o ferro maleável pode ser usado.
Canos e conexões galvanizados devem ser evitados porque o zinco pode reagir com
certos aditivos do óleo. Tubulações de cobre também devem ser evitadas porque as vibrações
do sistema hidráulico podem temperar o cobre rachando-o nas juntas. Além disso, o cobre
diminui a vida do óleo.
- Limpeza
A maior causa de falhas em sistemas hidráulicos é o óleo sujo. Os componentes de
precisão estão especialmente sujeitos os danos devidos a resíduos na instalação da tubulação.
Portanto, é necessário limpá-la bem na instalação. Quando são feitas as operações tais
como cortar, afunilar e rosquear, verifique sempre se os cavacos de metal não se depositaram
em lugares onde o óleo possa ser contaminado. Os métodos recomendados para o tratamento
de tubos antes da instalação são: jatos de areia, eliminação de graxa e decapagem química.
Mais informações sobre estes processos pode ser obtido dos fabricantes de
componentes e dos distribuidores de equipamentos de limpeza.
Assim teremos:
1. Após o corte, as bordas dos tubos e canos devem ser escariadas, para evitar rebarbas.
2. As peças são então decapadas numa solução adequada até a remoção total de carepas e
ferrugem. A preparação para a decapagem exige um desengraxamento em tricloretileno
ou outro solvente comercial.
3. Neutralizar a solução de decapagem.
4. Lavar as peças e preparar para armazenagem.
5. Os tubos não devem ser soldados após a montagem, pois se torna impossível uma
limpeza adequada. Eles devem ser dobrados e ajustados com exatidão para evitar força-
los quando por ocasião de montagem.
6. Quando se usam conexões flangeadas, deve-se ter cuidado de montá-las em esquadro
com as faces de montagem e as prender com parafusos de comprimentos adequados. Os
parafusos e pinos devem ser apertados de modo uniforme para evitar distorções.
7. Deve-se assegurar sempre que todas as aberturas do sistema hidráulico estejam
protegidas a fim de impedir a entrada de sujeira, de cavacos de metal etc., quando ocorrer
um trabalho de usinagem, solda etc... perto da unidade.
8. Ao usar conexões rosqueadas o sistema deve ser inspecionado para evitar que as rebarbas
das roscas sejam introduzidas no sistema.
9. Antes de introduzir o óleo no reservatório, certifique-se que o óleo é o especificado e que
está limpo. Não use filtros de tecido e óleos estocados em recipientes contaminados.
10. Use um filtro de malha de 120 ao colocar óleo no reservatório. Opere por um certo
período de tempo para eliminar o ar das linhas. Acrescente mais fluido se for necessário.
11. Precauções de Segurança
Normalmente os produtos químicos usados para limpeza e decapagem, são perigosos. Eles
devem ser guardados em recipientes próprios e ser manuseados com extremo cuidado.
- Suportes
As linhas hidráulicas longas estão sujeitas as vibrações e choques quando o óleo que
nelas flui é parado repentinamente ou tem seu sentido de escoamento invertido. Vazamentos
podem ocorrer pela fadiga das juntas ou quando elas se soltarem.
As linhas devem ter apoios a intervalos regulares, com abraçadeiras ou grampos,
sendo melhor colocá-los afastados das conexões para facilitar a montagem e desmontagem.
Materiais moles tais como madeira ou plástico são melhores para este fim.
1. O pórtico de entrada da bomba é normalmente maior que a da saída para acomodar uma
linha de bitola maior. É recomendável manter esta bitola por toda a linha de sucção e a
fazê-la tão curta quanto possível. As curvas devem ser evitadas e a quantidade de
conexões deve ser reduzida ao mínimo.
2. Como sempre há uma depressão na entrada de uma bomba, as conexões na linha de
entrada precisam ser montadas de modo a não permitir a entrada de ar no sistema.
3. Nas linhas de retorno, as restrições são responsáveis pela contra pressão, resultando em
desperdício de energia. Usar bitolas adequadas para assegurar a velocidade baixa. Aqui
também se deve evitar curvas e muitas conexões.
4. As linhas de retorno soltas podem também admitir ar no sistema pela aspiração. Estas
linhas precisam ser apertadas e devem terminar abaixo do nível do óleo para que não haja
aeração nem turbulência.
5. As linhas entre os atuadores e válvulas de controle de fluxo devem ser curtas e firmes
para um controle de fluxo preciso.
- Instalação de mangueiras
As mangueiras flexíveis devem ser instaladas de modo que não se torçam durante a
operação da máquina. Deve-se permitir uma folga para o movimento livre e para a absorção
dos picos de pressão.
Mangueiras muito longas e com possibilidades de sofrer torção devem ser evitadas.
Pode-se tornar necessário o uso de braçadeiras para evitar que a mangueira se enrosque ou se
embarace com peças móveis.
A mangueira sujeita a atritos com qualquer peça deve ser protegida.
- Vazamento interno
A maioria dos componentes é construído com uma tolerância que permite certa
quantidade de vazamento interno. As peças móveis naturalmente precisam ser lubrificadas e
as passagens são projetadas para esse fim, além disso, certos controles têm passagens de
vazamento interno para evitar o desequilíbrio de êmbolos e válvulas e pistões. O vazamento
interno não significa perda do fluido. Este volta através de um dreno externo ou interno do
componente.
O aumento de vazamento ocorre quando houver desgaste do componente e a folga
entre as peças aumenta. Este aumento de vazamento reduz a eficiência do sistema
diminuindo a velocidade de trabalho e gerando calor.
Finalmente, se a passagem interna for suficientemente grande, toda a vazão da bomba
pode passar através dela e a máquina deixa de operar.
- Vazamento externo
O vazamento externo é desagradável e pode ser tornar perigoso. É antieconômico
porque raramente se pode reaproveitar o óleo.
A causa principal do vazamento externo é uma instalação inadequada. O vazamento
pelas juntas é devido a má instalação ou a vibrações e choques que ocasionam a soltura das
linhas.
Linhas de dreno inadequadas, pressão de operação excessiva e contaminação do
fluido são fatores que danificam os retentores.
- Vedação
A vedação é necessária para manter a pressão, impedir a perda de óleo e manter
afastados os contaminantes.
São vários os métodos de vedar os componentes hidráulicos, dependendo se os
retentores precisam ser positivos ou não positivos, se a aplicação da vedação será estática ou
dinâmica, da pressão a ser usada, e outros fatores.
Um retentor positivo não deixa passar nada. Um retentor não positivo permite uma
pequena quantidade de vazamento interno tal como: a folga mínima de um êmbolo no corpo
de uma válvula para fornecer uma camada de lubrificação.
- Retentores estáticos
Um retentor que é comprimido entre duas peças solidamente conectadas, é
classificado como um retentor estático.
O retentor pode se movimentar um pouco, conforme a pressão seja aplicada ou não
alternadamente, porém as duas peças não se movimentam em relação a si próprias.
Alguns exemplos de retentores estáticos são gaxetas, conexões de roscas de cano,
retentores de juntas flangeadas, conexões de anéis sob compressão e anéis de borracha tipo
"O". As aplicações de vedação estática são relativamente simples, pois os retentores não
estão sujeitos a atritos e se desgastam muito pouco quando montados corretamente.
Figura 21 - Retentores.
- Retentores dinâmicos
Os retentores dinâmicos são instalados entre peças que se movem uma em relação à
outra. Assim pelo menos uma das peças fricciona contra o retentor, o que faz com que os
retentores dinâmicos estejam sujeitos a desgastes. Isto naturalmente torna seu projeto e sua
aplicação mais difíceis.
- Retentores tipo anel "O"
Provavelmente o retentor mais comum usado em equipamento hidráulico, é o anel
"O". Um anel "O" é de borracha sintética moldada e tem sua seção transversal circular.
O anel de borracha é instalado num encaixe usinado numa das peças. Na instalação,
este anel é comprimido em ambos os diâmetros, tanto interno como externo. Entretanto, é um
retentor tanto atuado por pressão como compressão.
A pressão força o anel contra um lado do encaixe e para fora em ambos os diâmetros.
Assim a vedação é positiva contra duas superfícies circulares e uma superfície plana. O
acréscimo de pressão significa maior força contra as superfícies de vedação, permitindo reter
pressões extremamente altas. Os anéis "O" são usados principalmente em aplicações
estáticas.
Entretanto, podem ser usados também em aplicações dinâmicas quando há
movimentos recíprocos de curta extensão. Não são adequadas para vedar peças com
movimento rotativo (eixos) ou em aplicações onde a vibração é um problema.
Altas pressões não podem ser retidas porque o lábio não tem apoio. Em certas
aplicações, a câmara que está sendo vedada, alterna sua condição de pressão à de depressão.
Existem retentores com dois lábios opostos para essas aplicações, para impedir a
entrada de ar ou sujeira bem como para reter o óleo.
- Gaxetas de compressão
As gaxetas de compressão formam um dos primeiros dispositivos para vedação
utilizados em sistemas hidráulicos e são usadas em aplicações tanto estáticas como
dinâmicas. Em aplicações estáticas as gaxetas estão sendo substituídas pelos anéis "O" ou
então retentores torneados. A maioria das gaxetas em uso atualmente são moldadas em forma
de "U" ou "V", e são usadas gaxetas múltiplas para tornar a vedação eficaz.
As gaxetas são comprimidas apertando-se um anel flangeado. Um ajuste apropriado é
crítico, porque o aperto excessivo acelerará o desgaste. Em certas aplicações a gaxeta é
suportada por uma mola para manter a força e diminuir o desgaste.
Figura 29 - Gaxetas de compressão.
- Retentor de face
Um retentor de face é usado em aplicações onde se necessita uma vedação para alta
pressão, ao redor de um eixo rotativo. A vedação se efetua pelo contato permanente entre
duas superfícies planas bem lisas, freqüentemente carbono e aço. O anel estacionário é
colocado no corpo da unidade. O outro é colocado no eixo e gira contra o primeiro,
estacionário. Uma das peças geralmente tem uma mola para melhorar o contato inicial e
absorver o desgaste. A pressão aumenta a força de contato, melhorando a vedação. Como se
pode esperar, a multiplicidade de peças e a precisão de usinagem nas faces de vedação
tornam este tipo de retentor bem dispendioso.
- Buna N
O elastômero Buna N (borracha nitrílica) é o material de vedação mais usado nos
sistemas hidráulicos modernos. É razoavelmente resistente, seu desgaste é moderado e é
econômico. Há muitas composições compatíveis com o óleo mineral. A maioria se molda
facilmente em qualquer forma.
A Buna N tem uma faixa de temperatura razoavelmente alta, quando em contato com
a maioria dos óleos minerais. Entretanto, pode se deformar (inchar) em contato com alguns
fluidos sintéticos.
- Silicone
O silicone é um elastômero que conserva suas características numa faixa de
temperatura mais ampla que a Buna N é, portanto um material com boas características para
vedar eixos rotativos e para ser usado como retentor estático em sistemas onde há variações
muito grandes de temperatura. Este mantém sua forma e a capacidade de vedar desde -50°C
até 260°C.
A altas temperaturas, o silicone tende a absorver óleo e inchar. Isto, entretanto, não é
uma desvantagem em aplicações estáticas.
Não é usado para retentores em movimento alternativo, porque se rasga e sofre
abrasão com muita facilidade. Retentores de silicone são compatíveis com a maioria dos
fluidos, sendo mais usados com fluidos resistentes ao fogo do que com os a base de petróleo.
- Neoprene
Um dos materiais elásticos mais antigos utilizados para vedação nos sistemas
hidráulicos é o Neoprene. É um material resistente, porém de uso limitado para sistemas
usando óleos minerais a baixa temperatura. Acima de 70°C, não convém usar Neoprene, pois
este tem tendência de se vulcanizar.
Já vimos que os projetos de conexões com roscas retas e flanges soldados apresentam
menor possibilidade de vazamento do que as conexões padrão para tubos.
A instalação de válvulas com os tubos conectados permanentemente às placas de
montagem tem feito uma grande diferença em evitar vazamentos bem como facilitar a
manutenção.
A maioria das válvulas construídas atualmente é desse tipo. A expressão "montagem
por gaxeta", foi originalmente aplicada a este desenho porque as gaxetas foram usadas nas
primeiras válvulas montadas com subplaca.
O termo montagem "por gaxeta" ou em subplaca, é ainda usado para fazer referência
às válvulas montadas em subplacas vedadas com anéis de borracha tipo "O" ou anéis
torneados. Mais um passo foi dado nesse tipo de montagem, é o uso de blocos (Manifold).
Alguns são furados e outros combinam placas de montagem com placas recortadas,
soldadas umas sobre as outras, providenciando ligações entre as válvulas e eliminando
tubulação externa.
- Instalação apropriada
- Condições de trabalho
O controle sobre as condições de trabalho pode se tornar muito importante para a
vida do retentor.
Os seguintes fatores de operação podem ajudar a evitar um vazamento:
- Evitar a contaminação
Um ambiente contaminado com umidade, sujeira ou qualquer material abrasivo,
tende a encurtar a vida dos retentores de eixo e de hastes de pistões ao ar.
Deve-se usar dispositivos de proteção nos ambientes contaminados. Igualmente
importante é ter o fluido limpo para evitar dano aos retentores internos.
- Compatibilidade de fluido
Alguns fluidos resistentes ao fogo atacam quimicamente e desintegram certos
retentores. Poucos retentores são compatíveis com todos os fluidos. O fabricante deve ser
sempre consultado quando da mudança de tipo de fluido, se houver qualquer dúvida quanto
ao retentor apropriado a ser usado. Os aditivos para fluidos (colocados pelo usuário de
máquinas), também podem atacar os retentores e devem ser usados somente após
recomendação do fornecedor do fluido.
- Temperatura
Em temperaturas extremamente baixas um retentor pode se tornar quebradiço,
perdendo assim sua função. Em temperaturas muito altas, um retentor pode ficar duro, mole
ou deformado. A temperatura de operação deve ser mantida dentro da faixa de resistência
dos retentores em uso.
- A Pressão
O excesso de pressão no fluido, pode danificar um retentor, causando o vazamento.
- Lubrificação
Nenhum retentor deve ser instalado ou operado a seco. Deverá ser lubrificado caso
contrário ele se gastará rapidamente e permitirá vazamento. Os retentores de couro devem
ser embebidos no fluido antes da instalação. Os retentores sintéticos não são absorventes
como o couro, porém devem ser lubrificados antes da instalação.
12.22- Reservatórios
O projetista de sistemas hidráulicos industriais tem uma vantagem sobre os de
sistemas aeronáuticos ou de equipamento móbile. Esta vantagem está na flexibilidade do
projeto de um reservatório.
Como raramente há problemas de localização ou de tamanho, o reservatório pode ser
projetado para desempenhar várias funções. Basicamente, armazena o fluido até que este seja
solicitado pelo sistema.
O reservatório deve ter espaço para a separação do ar do fluido, como deve permitir
também que os contaminantes sólidos sedimentem.
Além disso, um reservatório bem projetado ajudará a dissipar o calor gerado pelo
sistema.
12.22.1- Armazenamento de óleo:
O fluido utilizado em um sistema hidráulico deve ser armazenado de tal forma que
nunca seja insuficiente ou excessivo. Deve suprir tanto as necessidades mínimas
como máximas do sistema.
Deve satisfazer uma série de exigências: depósito de reserva, separador do líquido
sob pressão e ar, trocador de calor, suporte da bomba.
A base do reservatório deve ter o fundo suportado por 4 pés de no mínimo 150 mm (6
pol.) de altura, para facilitar sua remoção, drenagem, troca de calor com o ambiente. Os pés
devem ter furos para facilitar a fixação do tanque no solo.
No interior do reservatório deve existir uma chicana vertical para assegurar a
circulação do óleo, e se necessário um outro chicana horizontal para se evitar a formação do
vórtice.
Nas laterais menores deve existir duas tampas de inspeção para auxiliar no momento
da limpeza.
O fundo do reservatório deve ser confeccionado de tal forma que todo o fluido
armazenado possa ser drenado. A parte superior deve ser bem rígida para suportar uma
possível montagem de componentes do sistema. Essa tampa deve ser soldada
perimetralmente às paredes do reservatório.
Todos os dutos que venha a ter início ou fim no reservatório devem possuir uma
vedação perfeita através de anéis, flanges ou outros dispositivos. O duto de sucção
deve terminar a uma altura mínima de 50 mm (2”) do fundo do tanque e os dutos de
retorno e dreno deverão estar mergulhados, no mínimo, 75mm (3”) abaixo do nível
do fluido, ou ainda, como regra básica, uma vez e meia o diâmetro do duto de
retorno para evitar a entrada de ar. O reservatório deve ser pintado interna e
externamente para se evitar a oxidação. A tinta utilizada precisa ser compatível com
o fluido usado.
Um reservatório industrial típico conforme as normas da indústria é mostrado na
figura na página seguinte.
12.22.3- Acessórios:
12.22.3.1 – Respiro
12.22.3.2 – Chicana
Uma chicana, que se estende longitudinalmente através do centro do tanque deve ter
uma altura de 2/3 do nível do fluido, é usada para separar a linha de entrada da de retorno
evitando assim a recirculação contínua do mesmo óleo.
Geralmente são usados de dois em dois e devem estar localizados de tal forma que
indiquem o nível mínimo e máximo de fluido no reservatório.
12.22.3.5 – Magnetos
São imãs utilizados para a captação de limalhas contidas no fluido, provenientes do
desgaste do equipamento hidráulico, ou mesmo, de um ambiente contaminado com esse tipo
de impureza.
Uma regra prática de dimensionamento de reservatório é fazer com que o seu volume
seja igual ou três vezes maior a vazão da(s) bomba(s) que alimenta(m) o sistema. Essa regra,
entretanto, nem sempre pode ser aplicada, pois em sistemas mais complexos, com muitos
cilindros e linhas de transmissões grandes, devemos estudá-los como se fosse um caso
particular, levando em consideração que não podemos ter fluido nem a menos, nem a mais.
É sempre desejável um reservatório grande para promover o resfriamento e a
separação dos contaminantes. No mínimo um reservatório deve conter todo o fluido do
sistema assim como manter um nível suficientemente alto para que não haja vórtices na linha
de sucção. Se isto ocorrer, haverá mistura de ar com o fluido.
A dilatação térmica do fluido, as alterações de nível devido à operação do sistema, a
área interna do tanque exposta à condensação de vapor de água e o calor gerado no sistema
são fatores a considerar.
Em equipamentos industriais é costume dimensionar um reservatório para pelo menos
duas ou três vezes o volume deslocado pela bomba operando por um minuto.
Regra Geral:
V (volume do reservatório) = Q (1/min) x 2 ou 3 (min)
Em sistema móbil ou aeronáutico, as vantagens de um reservatório grande, às vezes
precisam ser sacrificadas devido à limitação de espaço e peso.
Todo reservatório hidráulico deve possuir um respiro (respiro: manter Patm, eliminar
os gases devido o aquecimento) na base superior. Quando succionamos fluido para o
sistema, o nível decresce e aquele espaço antes ocupado pelo fluido, deve ser ocupado por
alguma outra coisa, pois, do contrário, teríamos a formação de uma pressão negativa (Pint <
Patm) e não conseguiríamos succionar o fluido para o reservatório. Na condição oposta, i, e ,
quando ocorre o retorno do fluido ao reservatório, o nível elevar-se-á novamente e teremos
que desocupar algum espaço para que isso ocorra, pois, do contrário, teríamos uma
contrapressão na linha de retorno. A pressão interna do reservatório deverá ser sempre igual
a pressão atmosférica, excetuando-se, evidentemente, o caso de termos um reservatório
pressurizado.
Esse espaço deve ser ocupado ou desocupado pelo ar atmosférico, e assim fica
evidente a utilização do respiro.
O fluido quando retorna ao reservatório pode absorver ar, devido a movimentação da
superfície livre, que deve ser eliminado para que sejam evitados problemas na sucção. Essa
desaereação só pode ser feita através do escape do ar contido nas bolhas de espuma, e esse
escape é feito pelo respiro.
12.23- Filtros
Adsorvente - Adsorventes ou ativos, tais como carvão, não devem ser usados nos sistemas
hidráulicos, pois podem eliminar os aditivos essenciais do fluido hidráulico.
Absorvente - Esses filtros são usados para reter as partículas minúsculas nos sistemas
hidráulicos. São feitos de material poroso como: papel, polpa de madeira,
algodão, fios de algodão ou lã e celulose. Os filtros de papel são banhados com
resina para fortificá-los.
O termo "fluxo total" aplicado ao filtro significa que todo fluxo no pórtico de entrada
passa através do elemento filtrante.
Na maioria desses filtros, entretanto, há uma válvula que abre numa pressão pré-
estabelecida para dirigir o fluxo direto ao tanque.
Isto evita que o elemento entupido restrinja o fluxo excessivamente.
O filtro da série OFM da Vickers é deste tipo. Foi projetado primariamente para
linhas de retorno com filtragem de 10 ou 25 microns através de um elemento tipo superfície.
O fluxo, como mostrado, é de fora para dentro, isto é, ao redor do elemento e através do
centro. Uma válvula de retenção se abre quando o fluxo total é restringido pelo elemento
contaminado, elevando a pressão. Para se trocar o elemento basta remover um só parafuso.
Figura 41 - Filtro de fluxo total.
Os filtros indicadores são projetados para indicar ao operador quando se deve limpar
o elemento.
Havendo acúmulo de sujeira, a pressão diminui, movimentando assim o elemento.
Em uma extremidade deste está conectado um indicador, que mostra ao operador o estado do
elemento. Outra característica deste tipo de filtro é a facilidade com que se remove ou
substitui o elemento. A maioria dos filtros deste tipo foi projetada para uso na linha de
sucção.
- Hidrostática
As bombas de deslocamento positivo são denominadas, também, de bombas hidrostáticas.
Uma vedação mecânica separa a entrada e saída da bomba, e o volume de fluido succionado
é transferido para o lado de saída e fornecido para o sistema. A sucessão de pequenos
volumes de fluidos transferidos dessa forma proporciona uma vazão bem uniforme,
independente do aumento de pressão no sistema, tendo-se assim, uma quantidade de fluido
positiva que é transferida ao mesmo sistema por unidade de revolução ou curso.
Naturalmente, a vazão poderá ser mais ou menos uniforme, de acordo com a característica
construtiva da bomba.
Como permitem a transmissão de potência, essas bombas são aplicadas em circuitos
óleos-hidráulicos.
As bombas de deslocamento positivo são geralmente, apresentadas pela sua
capacidade máxima de pressão a que pode resistir e vazão nominal, a partir de uma
determinada rotação e potência fornecidas.
A vazão da bomba aumenta ou diminui em uma relação direta com a rotação fornecida.
As bombas podem ser de deslocamento fixo ou variável, sendo que, as variáveis
podem ter a possibilidade de variar a vazão de um valor máximo até zero, em sentido único
ou com reversão de sentido. As bombas de deslocamento positivo fornecem uma dada
quantidade de fluido para cada rotação ou ciclo. A vazão, à exceção de perdas por vazamento
é independente da pressão, tornando-se adequadas para transmitir força.
As bombas são geralmente classificadas por sua capacidade de pressão e pela sua vazão a
uma dada velocidade de giro.
12.25.1.2- Deslocamento
Uma bomba é caracterizada por sua vazão nominal. Realmente sem carga a vazão
recalcada é maior que à pressão de trabalho. Sua vazão também é proporcional à velocidade
de giro. O deslocamento é o volume de fluido transferido numa rotação. É equivalente ao
volume de uma câmara de bombeamento multiplicado pelo número de câmaras. Expressa-se
o deslocamento em cm³/rot.
A maioria das bombas tem um deslocamento fixo que não pode ser modificado a não
ser pela substituição de certos componentes. É possível, entretanto, variar as dimensões da
câmara de bombeamento por meio de controles externos, variando assim o deslocamento.
Em certas bombas de palhetas não balanceadas e também em muitas unidades de pistões, o
deslocamento pode ser variado de zero ao máximo, tendo algumas ainda a possibilidade de
inverter a direção do fluxo.
Rotor lobular
Pistões oscilatórios
Rotores múltiplos duplos
Parafusos múltiplos
Podem ser acionadas pela ação do vapor (steam pumps) ou por meio de motores
elétricos ou também por motores de combustão interna (power pumps).
Nas bombas citadas, o pistão ou êmbolo pode ser de simples ou duplo efeito. As
figuras abaixo representam croquis de várias bombas de êmbolo.
`
Figura 45 - Bomba de êmbolo de simples efeito.
Nas bombas rotativas, o líquido recebe a ação de forças provenientes de uma ou mais
peças dotadas de movimento de rotação que, comunicando energia de pressão, provocam seu
escoamento. A ação das forças se faz segundo a direção que é praticamente a do próprio
movimento de escoamento do líquido. A descarga e a pressão do líquido bombeado sofrem
pequenas variações quando a rotação é constante. Podem ser de um ou mais rotores.
Existe uma grande variedade de tipos de bombas rotativas, entre as quais as indicadas
na Fig. 48.
Figura 48 - Bombas rotativas.
A bomba manual é aquela que é acionada pela força muscular do operador. A mais
conhecida delas é a bomba de poço, de aplicação bem conhecida em locais em que a água é
obtida de poços.
Seu funcionamento é simples, e, para melhor ilustrá-lo, explicaremos o acionamento
da bomba manual na figura que segue.
Aqui não existe o contato direto entre os lóbulos como ocorre na bomba de
engrenagens. Os rotores são acionados por duas engrenagens que ficam externamente à
bomba. Podemos notar que, a vazão menos suave neste tipo de bomba e o nível de ruído será
mais elevado, além de seu custo também ser relativamente alto. Sua utilização, portanto, será
limitada a casos específicos.
A construção da bomba é do tipo não balanceado e o eixo sofre uma carga radial
quando houver pressão no sistema e, portanto, no rotor. Esta construção do tipo não
balanceado é limitada, em grande parte, à bomba de deslocamento variável.
Figura 55 - Bomba de palhetas de deslocamento variável compensado por pressão.
O deslocamento desta bomba pode ser modificado através de um controle externo, tal
como um volante ou então, um compensador de pressão. O controle movimenta o anel
mudando a excentricidade entre o anel e o rotor, reduzindo ou aumentando, conforme a
posição do anel e câmara de bombeamento.
As bombas redondas também são construídas em versões duplas, com dois conjuntos
rotativos e com um único eixo comum. A figura abaixo mostra uma bomba dupla.
Estas bombas foram feitas originalmente projetadas para aplicações mobile. São
também hidraulicamente balanceadas, porém sua construção é mais simples que as bombas
redondas. O conjunto rotativo consiste de um anel, montado entre o corpo da bomba e a
tampa, um rotor, doze palhetas e uma placa de pressão, comprimida por uma mola. O pórtico
da entrada se encontra no corpo da bomba e o de saída na tampa a qual pode ser montada em
quatro posições diferentes, para facilitar a montagem da tubulação.
A partida é efetuada ao se gira o eixo a aproximadamente 600 rpm, com isto a força
centrífuga será suficiente para expulsar as palhetas de dentro das ranhuras encostando-as na
superfície interna do anel.
A placa de pressão possui ranhuras que permitem que a pressão de recalque atuem
sob as palhetas de tal forma a aumentar a intensidade da força que as comprimem contra o
anel.
Se for necessário inverter o sentido de rotação do eixo, será preciso remover o anel e
recolocá-lo invertido. As setas, impressas no próprio anel, indicam em que sentido o eixo
deve girar.
Estas bombas são fabricadas em vários tamanhos, com diversos conjuntos disponíveis
para cada modelo. As bombas duplas têm uma abertura de entrada comum, entre as duas
unidades.
Figura 60 - Bomba dupla "quadrada".
12.25.3.4.5.1- Intrapalhetas
As bombas de palhetas cobrem uma faixa de pequena a grande vazão, com pressões
de trabalho de até 200 bar. São seguras, de fácil manutenção. A superfície interna do anel e
as pontas das palhetas são os pontos de maior desgaste, e esses são compensados pelas
palhetas que podem se mover mais nas ranhuras do rotor. A limpeza e um fluido apropriado
são essenciais para uma vida longa em serviço. Recomenda-se óleo de petróleo com boas
características anti-desgaste. Entretanto, muitas bombas têm trabalhado, com sucesso com
fluidos sintéticos.
Deslocamento
Funcionamento do compensador
O funcionamento do compensador numa bomba de pistões em linha é mostrado
esquematicamente na figura abaixo. O controle consiste de uma válvula compensadora
equilibrada entre a pressão do sistema e a força de uma mola, um pistão que é controlado
pela válvula que movimenta o balancim e uma mola para retornar este balancim.
Uma reguladora do tipo alívio determina a alta pressão e uma redutora, a baixa. Uma
pode ser ajustada diferentemente da outra sem se afetarem mutuamente, de acordo com a
posição que elas assumiram no sistema hidráulico.
Descarregando a bomba
- Utilização
O uso das válvulas de alívio de ação direta é limitada, pois, não permitem uma
regulagem precisa da pressão, não possuindo boa repetibilidade e estabilidade. É uma
válvula desse tipo, regulada para 70 bar, pode abrir a uma pressão bem diferente desse valor
regulado.
Trata-se de uma variação de alívio direta cuja finalidade é expor uma área menor do
poppet a ação da pressão do sistema, permitindo a utilização de molas mais fracas e de
menores dimensões com melhores características, aumentando assim, a performance da
válvula.
A figura mostra esse tipo de válvula no qual temos um pequeno pistão diferencial que
possui um pescoço na parte central e um ressalto na parte inferior. Esta válvula opera em
dois estágios. O estágio piloto no corpo superior contém a válvula limitadora de pressão e
um pequeno pistão é mantido na sede por uma mola ajustável. Os pórticos se encontram no
corpo inferior, e o desvio de fluxo é conseguido devido ao deslocamento de um pistão
balanceado localizado neste corpo. A pressão do sistema entrando por qualquer uma das
duas tomadas laterais, vai agir em uma área anular que é dada pelo valor da área do pequeno
pistão menos a área do ressalto da parte inferior.
Ventagem
Controle remoto
Algumas vezes, esta mola padrão é substituída por outra, de até 5 bar, quando se
necessita de uma pressão piloto. Outra vantagem da mola mais forte é que o assentamento do
pistão é mais rápido e positivo. Também é possível conectar uma válvula de segurança
simples ao pórtico de ventagem para controlar a pressão remotamente.
Para se obter controle será necessário regular a válvula de controle remoto a uma
pressão menor que a da válvula piloto principal.
A figura a seguir mostra como é uma válvula de pressão na prática. Por uma
combinação de gicleurs (3.1 e 3.2) na linha de comando, a pressão de entrada atua sobre o
cone da válvula pré-operadora 1 e por um outro gicleur (3.3) sobre a parte posterior do
êmbolo principal.
Quando a pressão no sistema A é maior que a regulada na mola 5, o fluido flui
através da válvula piloto até o tanque.
Produz-se um diferencial de pressão que permite ao êmbolo deslocar-se para cima,
uma grande válvula de piloto até o tanque.
É instalado um filtro 6 para proteger o gicleurs 3.2 de impurezas.
O gicleur (3.3) serve como amortecimento para o êmbolo principal. A mola 4 é
relativamente fraca, de forma que o aumento de pressão correspondente ao curso da mola é
desprezível.
Símbolo:
A válvula mostrada anteriormente é agora combinada com uma válvula direcional 2/2
acoplada diretamente.
Na posição inicial, a válvula direcional bloqueia o canal de pressão no qual tem
conexão com o cone de pré-operação. A válvula limitadora de pressão funciona nesse caso
como descrito anteriormente.
Quando o êmbolo da válvula direcional é acionado para a esquerda através do
solenóide, se estabelece a conexão entre o tanque e a zona de pressão; esta se descomprime e
permite ao êmbolo deslocar-se para cima sendo desviado um grande fluxo de fluido ao
tanque, quase sem pressão; esta se descomprime e permite ao êmbolo deslocar-se para cima
sendo desviado um grande fluxo de fluido ao tanque, quase sem pressão, contra a força da
mola (aprox. 3 bar).
Exemplos de aplicação: funcionamento inicial da bomba sem pressão, ou em
instalações paradas com circulação de fluido em baixa pressão, tendo como conseqüência,
um consumo mínimo de energia.
São usadas nos sistemas hidráulicos para determinar uma seqüência de passos no
processo ou seqüência de movimentos entre dois atuadores.
Princípio de funcionamento: o fluido chega na conexão de entrada da válvula que
encontra-se bloqueada para a saída: é acionado o atuador que está ligado na tubulação
conectada à entrada da válvula de seqüência (antes de entrar na mesma); quando esta etapa
for concluída a pressão da linha aumenta até vencer a força da mola de regulagem,
permitindo assim a passagem para a conexão de saída. No sentido contrário o fluxo passa por
uma válvula de retenção simples (by pass).
Vale ressaltar que as válvulas de seqüência podem ser de piloto interno ou externo,
porém o dreno deve ser externo e o valor regulado nela será menor que o valor ajustado na
válvula de alívio.
Uma válvula de alívio pode ser transformada em válvula de seqüência observando-se
a posição do dreno, bem como a necessidade de retorno livre (by pass).
As válvulas de alívio e descarga quando abertas deslocam o fluxo de óleo para o
tanque e as válvulas de seqüência para a realização da próxima etapa de trabalho.
Símbolo
Representação de uma válvula de conexão de pressão para utilização como válvula de
seqüência.
É usada para suportar a força impelida ao atuador hidráulico pela carga que está
sendo transportada/deslocada (pressão induzida).
Trata-se de uma válvula de seqüência que é montada invertida, ou seja, a válvula de
seqüência, quando aberta deixa o óleo fluir para o atuador e a válvula de contrabalanço deixa
o óleo sair do atuador; portanto, de uma válvula de alívio também podemos obter uma
válvula de contrabalanço.
O piloto pode ser interno ou externo dando-se preferência para o externo e o dreno
também pode ser interno ou externo (caso não exista resistência à seqüência de fluxo, que
após a válvula de contrabalanço deve ser direcionado para o tanque, deve-se preferir o dreno
interno).
Esta válvula é mostrada na figura abaixo. Ela usa um êmbolo acionado por uma mola,
que controla a pressão de saída.
Se a pressão na entrada for menor que o ajuste da mola, o fluido escoará livremente
da entrada para a saída.
Uma passagem interna ligada à saída da válvula transmite a pressão de saída ao
êmbolo contra a mola. Quando a pressão na saída se eleva ao ajuste da válvula, o êmbolo se
move bloqueando parcialmente o pórtico da saída. Apenas um fluxo suficiente para manter o
ajuste pré-fixado passa para a saída.
A válvula redutora de pressão pilotada tem uma ampla faixa de ajuste e geralmente
oferece um controle mais preciso. A pressão de operação é ajustada por uma mola regulável
no estágio piloto, localizado no corpo superior. O êmbolo da válvula, no corpo inferior,
funciona da mesma maneira que a válvula redutora de ação direta, explicada anteriormente.
Na vista A, mostra a condição onde a pressão é menor que o ajuste da mola.
A válvula ilustrada na figura anterior permite fluxo livre de retorno quando a pressão
do sistema for menor que o ajuste da válvula. Se a pressão de retorno for maior, uma válvula
de retenção tornar-se-à necessária. Esta é parte integrante da válvula mostrada na figura
abaixo.
12.27.1- Válvulas centradas por molas, com mola fora de centro e sem mola
Os termos se referem à utilização de molas para o retorno dos êmbolos das válvulas
às posições normais.
Uma válvula centrada por molas, utiliza-se para centrar o êmbolo quando sobre este
não mais existir esforço. Uma válvula com mola fora de centro é uma válvula com duas
posições. O êmbolo volta à uma posição extrema por força de mola, quando cessa a
operação.
Figura 81 - Válvula com mola fora de centro.
Uma válvula sem molas sempre precisa ser atuada por um controle externo. O
êmbolo pode até flutuar entre duas posições na falta de controle, a não ser que tenha um pino
de retenção (detente), ou um atrito suficiente para manter o êmbolo numa determinada
posição. Por esta razão é uma boa prática manter a válvula sob controle durante todo o ciclo.
O tipo de centro aberto interliga todos os pórticos e a vazão da bomba flui para o
tanque a baixa pressão. O centro da bomba flui para o tanque a baixa pressão.
O centro fechado bloqueia todos os pórticos, assim a vazão da bomba pode ser usada
para outras operações no circuito, caso contrário, fluirá ao tanque através da válvula de
segurança, à pressão de trabalho.
Outros tipos de centro bloqueiam pórticos selecionados, mantendo outros abertos. O
tipo tandem tem os dois pórticos de cilindro bloqueados na posição neutra, porém o pórtico
de pressão está aberto ao tanque, permitindo assim, ligar duas ou mais válvulas em série ou
"tandem".
Os êmbolos podem ser mantidos em sua posição central das molas, pinos de retenção
(detentes) ou então pela pressão, que é o meio mais rápido e positivo.
Uma válvula de retenção pode funcionar como uma válvula direcional ou como um
controle de pressão.
Entretanto, uma válvula de retenção nada mais é que uma válvula que permite fluxo
livre em uma direção e bloqueia o fluxo no sentido contrário.
O símbolo gráfico correto de uma válvula de retenção indica duas posições, uma
aberta e outra fechada. É um desenho complicado e não muito usado para uma válvula tão
simples.
Universalmente, o simples símbolo de uma esfera e um assento é usado e assim será
mostrado por todo este manual para designar uma válvula de retenção.
12.28.1.1- Válvulas de retenção em linha
Essas válvulas são assim chamadas porque óleo flui através das mesmas em linha
reta. O corpo dessa válvula é rosqueado diretamente à tubulação, e o interior desta, forma
uma sede para um pistão móvel ou para uma esfera.
Figura 85 - Válvula de retenção em linha.
A passagem de fluxo da entrada para a saída está em ângulo reto. Essas válvulas são
construídas para conexão por roscas, flanges ou gaxetas. Sua capacidade varia de 12 até a
1.200 l/min, com uma grande variedade de pressões de abertura.
Esquema de ligação e funcionamento de uma placa retificadora montada com 4
retenções e válvula reguladora.
Figura 89 - Placa retificadora com 4 válvulas de retenções e válvula reguladora.
Figura 90 - Corte de uma placa retificadora tipo Z4S com indicação do sentido do
fluxo.
O desenho em corte mostra a válvula tipo SV, sem conexão de dreno, com cone de
descompressão.
No sentido de A para B, o fluxo é livre; de B para A o cone principal 1 como cone de
descompressão 2, é mantido contra o assento, pela pressão da mola 3, além da pressão do
sistema contra o assento.
Ao pressurizar a conexão X, o êmbolo de comando de pilotagem 4 se desloca para a
direita. Assim, primeiro o cone de descompressão e em seguida o cone principal são
deslocados de seu assento. Agora o fluxo também pode passar de B para A.
Por meio do cone de descompressão, ocorre uma liberação suave e amortecida do
fluido sob pressão, e livre de golpes.
Para que a válvula possa ser comandada pelo êmbolo é necessária uma pressão
mínima de pilotagem.
A pressão de pilotagem necessária na conexão X:
A1
Pst = P1 ⋅ +c
A3
Pressão na conexão B:
Ak F
P1 = P ⋅ +
AR AR
A figura também mostra ao mesmo tempo, que a conexão A da válvula deve estar sem
pressão na ocasião do bloqueio. A pressão na conexão A atuaria em sentido contrário à
pressão de comando no êmbolo de pilotagem.
Símbolo da válvula tipo SL, com conexão para dreno e cone de descompressão.
Símbolo:
P1 ⋅ A1 − P2 ⋅ ( A1 − A4 )
PSt = +c
A3
O esquema mostra que, com o deslocamento hidráulico a conexão A está
pressurizada por uma válvula redutora de vazão intercalada.
Nesse caso é necessária uma válvula de retenção com desbloqueio hidráulico, com
conexão externa para o dreno.
O esquema mostra que, com o desbloqueio hidráulico a conexão A está pressurizada por uma
válvula redutora de vazão intercalada.
Figura 94 - Válvula de retenção com desbloqueio hidráulico geminada.
Símbolo simplificado.
Símbolo detalhado.
Desta maneira, está válvula controla a quantidade de fluido que "entra" no atuador. A
vazão da bomba em excesso, isto é quantidade de óleo além da controlada, é desviada para o
tanque através da válvula de segurança.
Com a válvula instalada na linha do cilindro, conforme mostrado, a vazão é
controlada em apenas um sentido. Será necessário incluir uma válvula de retenção em
paralelo com a válvula para permitir o retorno livre do fluxo.
Se for desejado controlar a velocidade em ambos os sentidos, a válvula controladora de
vazão deverá ser instalada na linha de saída da bomba, antes da válvula direcional.
Este método é bem preciso e usado em aplicações onde a carga sempre resiste ao
movimento do atuador, tal como levantando uma carga por um cilindro vertical ou então
empurrando uma carga numa velocidade controlada.
Este controle é usado onde a carga tende a fugir do atuador ou deslocar-se na mesma
direção deste (carga negativa).
Nesta válvula a pressão provocada pela carga e pela mola atuam no sentido de abrir o
hidrostato. A pressão na entrada da restrição atuando no hidrostato, nas faces opostas à mola,
tende a fechá-lo permitindo uma passagem de fluxo através da restrição somente ao
equivalente à diferença de 1,5 bar.
Devido à sua tendência de criar um bloqueio ao fluxo quando este tende a exceder o
valor ajustado, as válvulas do tipo de "restrição" podem ser usadas para todas as três
aplicações: "Meter-in", "Meter-out" e "Bleed-off”.
Ao contrário do tipo "by-pass" duas ou mais válvulas de restrição podem ser usadas
em paralelo com a mesma bomba, uma vez que a vazão excedente desta retorna ao tanque
através da válvula de segurança.
Quando se coloca esta válvula na linha do atuador, uma válvula permite retenção
incorporada (opcional) é usada para permitir o fluxo livre de retorno.
O dispositivo nestas válvulas se compõe de uma simples barra que é movida para
dentro ou para fora de um orifício de ajuste. A haste de compensação térmica é instalada
entre a barra de restrição e o orifício de ajuste.
Este tipo também é fabricado com uma válvula de retenção integrada para permitir
um livre fluxo de retorno.
Fa
Pia = > Pb
Ac
Fa = Pb ⋅ Ap
Fr
Pir =
Ap
Fr = P ⋅ Ac
Fr < Fa
ou
Pia = Pb ⋅ r
Pb
Pir =
r
Ap
r=
Ac
Qia = Va ⋅ Ac < Qb
Qir = Vr ⋅ Ap > Qb
ou
Qb
Qia = < Qb
r
Qir = Qb ⋅ r > Qb
Qb = vazão fornecida pela bomba
Filtros, dutos de retorno e válvulas em geral que receberão fluido proveniente de
cilindros, devem sempre ser dimensionados à partir da máxima vazão (Qir).
Observações:
1- No caso de a relação de áreas entre os dois lados do cilindro ser 2:1 o cilindro terá
velocidade idênticas Va = Vr.
2- Para uma determinada carga, a pressão deverá ser o dobro da necessária para um circuito
não regenerativo.
3- Variando-se a relação de áreas aumentaremos ou diminuiremos proporcionalmente as
velocidades e as forças de um cilindro.
4- A força e tempo de avanço são menores do que a força e tempo de avanço do sistema
comum ou alternativo.
5- Velocidade de avanço é bem maior do que o sistema comum (o tempo de avanço é
menor).
Conclusão:
12.33- Cálculos
Geralmente, o que mais nos interessa em um cilindro, é a força que ele pode fornecer,
assim como, a velocidade de trabalho ou tempo de avanço e retorno.
F F
1) P = ou A = ou F = P⋅ A
A P
Q Q V
2) Q = v ⋅ A ou v = ou A = ; Q=
A v t
V
V = Q ⋅ t ou t = ; Q = Vt ⋅ n , Vt = V 1 + V 2
Q
π ..D 2 4. A
3) A = ou D=
4 π
s s
4) v = ou s = v ⋅ t ou t=
t v
Onde:
P = pressão V2 = volume para retrair o pistão
F = força Vt = volume total
A = área t = tempo
Q = vazão n = número de ciclos
v = velocidade π = 3,1416
V = volume D = diâmetro
V1 = volume para estender o pistão s = curso
F1 F2
1) Ap = e Ac = ou F 1 = P1 ⋅ Ap e F 2 = P 2 ⋅ Ac
P1 P2
onde:
π .D p 2 π .D h 2
Ac = Ap − Ah Ap = Ah =
4 4
4 Ap 4 Ah
Dp = Dh =
π π
Obs.: Supondo que a pressão no avanço é igual no retorno (P1 = P2), simbolizamos essa
pressão simplesmente por P.
Ap = Área do pistão
Ah = Área da haste
Ac = Área da coroa
Dp = Diâmetro do pistão
Dh = Diâmetro da haste
Q1 Q1
2) Q1 = v1 ⋅ Ap ou v1 = ou Ap =
Ap v1
Q2 Q2
Q 2 = v 2 ⋅ Ac ou v 2 = ou Ac =
Ac v2
V1 V1
Q1 = ou V 1 = Q1 ⋅ t1 ou t1 =
t1 Q1
V2 V2
Q2 = ou V 2 = Q 2 ⋅ t 2 ou t 2 =
t2 Q2
Obs.: Supondo que a vazão para o avanço é igual a vazão para retorno (Q1 = Q2),
simbolizamos essa vazão simplesmente por Q.
s s
3) v1 = ou t1 = ou s = t1 ⋅ v1
t1 v1
s s
v2 = ou t 2 = ou s = t 2 ⋅ v2
t2 v2
Exemplo: Tarefa
Situação problema:
7
Dimensionar o circuito hidráulico — 2º Passo
8
Definir uma pressão de trabalho
Limite do equipamento
• 140 bar
Sabe-se que:
Fórmulas:
Fa(kgf )
• Ap =
Pa(kgf / cm²)
• Ap = 0.7854.Dp²
9
Dados:
• Fa = 800 kgf
• Pa = 140 bar
• Dp em cm
Cálculo:
Fa(kgf )
Ap =
Pa(kgf / cm²)
800kgf
Ap =
140kgf / cm²)
Ap = 5,714 cm²
Fórmulas:
⎛ Ap(cm²) ⎞
• Dp = ⎜ ⎟ . 10
⎜ 0,7854 ⎟⎠
⎝
Dados:
• Ap = 5,714 cm²
Cálculo:
⎛ 5,714cm² ⎞
Dp = ⎜ ⎟ . 10
⎜ 0,7854 ⎟
⎝ ⎠
Dp = 26,972 mm
• Verificar a flambagem.
• Quando maior o diâmetro da haste mais rápido retorna o cilindro.
• Quanto maior o diâmetro mais caro custa o cilindro
10
Quanto à flambagem, sabemos que ela pode ocorrer devido a 3 causas:
• Tipo de fixação do cilindro.
• Curso do cilindro (corresponde ao tamanho da haste).
• Carga aplicada na haste.
Quando o comprimento “L” exceder a 1 metro, será necessário especificar
um tubo de parada. Para cada 250mm que “L” exceder a 1 metro, usa-se
25mm de tubo de parada. Se a velocidade do pistão for superior a 10 cm/
seg, é necessário o uso de um amortecedor de fim de curso.
Fórmulas:
F.(LF)²
• Dh = 4
2,91
Onde:
• F = força em toneladas
• L = comprimento livre de flambagem em mm
Dados:
• F = 0,8 ton
• L = 800 mm
• LF = L
Obs: consultando-se a tabela 1, encontramos a situação 2 (cilindro e
carga, articulados e guiados) LF = L.
Cálculo da haste:
F.(LF)²
Dh = 4
2,91
0,8.800²
Dh = 4
2,91
Dh= 20,48 mm
11
12
Cálculo da haste do cilindro
Aplique a equação:
Fx(LF) 2
D= 4
2,91
Onde:
D = Diâmetro da haste (mm)
F = Força do Equipamento (Ton)
LF = Comprimento livre de flambagem (em mm)
L = Distância em mm entre o ponto de fixação do cilindro e a ponta da
haste (com ela totalmente aberta).
LF = Depende da situação de montagem do cilindro (veja figura ao lado) e
é obtido em função de L.
13
Observações:
1. Na calculadora comum para extrair a raiz quarta, extraia a raiz
quadrada da raiz quadrada (extrair a raiz quadrada duas vezes).
2. Está embutido nos cálculos um coeficiente de segurança = 3,5.
Exemplos:
• Catálogo Rexroth – tabela 1
• Catálogo Parker – tabela 2
• Catálogo Racine – tabela 3
14
Dados:
• Dp = 26,972 mm (calculado)
• Dh = 20,48 mm (calculado)
• Catálogo
Rexroth
• Dp = 40 mm
• Dh = 25 mm
• Catálogo Parker
• Dp =
• Dh =
• Catálogo Racine
• Dp =
• Dh =
36 2⎟1
63 28 *
1,25 ⎟ 1
45 2⎟1
80 36 *
1,25 ⎟ 1
56 2⎟1
100 45 *
1,25 ⎟ 1
70 2⎟1
125 56 *
1,25 ⎟ 1
90 2⎟1
150 70 *
1,25 ⎟ 1
1,8 ⎟ 1
100
180 90 * 1,35 ⎟ 1
2⎟1
125
200 90 * 1,25 ⎟ 1
2⎟1
140
15
Recalcular a área do pistão em cm²
Dados:
• Ap = área do pistão em cm²
• Dp = diâmetro do pistão = 40 mm = 4 cm (tabela Rexroth)
• P = pressão em kgf/ cm²
Fórmulas:
• Ap = 0,7854 . Dp²
ou
Fa(kgf )
• Ap =
Pa(kgf / cm²)
Cálculo:
Ap = 0,7854 . Dp²
Ap = 0,7854 . 4²
Ap = 12,5664 cm²
Fórmulas:
• Ah = 0,7854 . Dh²
ou
• Ah = Ap – Ac
Dados:
• Ah = área da haste em cm²
• Dh = diâmetro da haste = 2,5 cm (tabela Rexroth = 25 mm)
• Ap = área do pistão em cm²
• Ac = área da coroa em cm²
Cálculo:
0Ah = 0,7854 . Dh²
Ah = 0,7854 . 2,5²
Ah = 4,9087 cm²
16
Exemplo:
Se uma carga oferece uma resistência ao movimento de 2275kgf e a área
do pistão é de 65cm², para mantê-lo é necessária uma pressão de ?
F 2275kgf
P= =
A 65cm²
P = 35 kgf/cm²
Mesmo que o lado da haste seja drenado ao reservatório, toda vez que o
pistão está avançando, a pressão da linha do tanque ou a contrapressão
pode ser tão alta quanto 7kgf/ cm² em alguns sistemas.
17
No nosso exemplo, se a área do lado da haste (área da coroa) é de
55cm², a contrapressão é:
F = P . Ac F = 7kgf/cm² . 55cm²
F = 385 kgf
Ftotal = Fa + Fcontrapressão
Ftotal = 2275kgf + 385kgf
Ftotal = 2660 kgf
F 2660kgf
P= P=
A 65cm²
P = 40,923 kgf/cm²
Fórmulas:
Fr(kgf )
• Ac =
Pr(kgf / cm²)
ou
• Ac = Ap - Ah
Dados:
• Ac = área da coroa em cm²
• Fr = força de retorno em kgf
• Pr = pressão de retorno em kgf/cm²
• Ap = área do pistão = 12,566 cm²
• Ah = área da haste = 4,908 cm²
18
Cálculo:
Ac = Ap – Ah
Ac = 12,566cm² - 4,908cm²
Ac = 7,658 cm²
Fórmula:
• Fcp (kgf) = Pcp (kgf/cm²) . Ac (cm²)
Dados:
• Fcp = força de contrapressão em kgf
• Pcp = contrapressão em kgf/ cm² = 7 kgf/ cm²
• Ac = área da coroa em cm² = 7,658 cm²
Cálculo:
Fcp = Pcp . Ac
Fcp = 7kgf/cm² . 7,658 cm²
Fcp = 53,606 kgf
Fórmula:
• Ftotal(kgf) = Fa(kgf) + Fcp(kgf)
Dados:
• Ftotal = força total em kgf
• Fa = força de avanço em kgf = 800 kgf
• Fcp = força de contrapressão = 53,606 kgf
Cálculo:
Ftotal = Fa + Fcp
Ftotal = 800kgf + 53,606 kgf
Ftotal = 853,606 kgf
19
Recalcular a regulagem nominal da válvula de segurança ou
a pressão de trabalho em kgf/ cm²
Fórmula:
Ft(kgf )
• Pnom (kgf/ cm²) =
Ap(cm²)
Dados:
• Pnom = pressão de trabalho em kgf/cm²
• Ft = força total em kgf = 853,606 kgf
• Ap = área do pistão em cm² = 12,566 cm²
Cálculo:
Ft
Pnom =
Ap
853,606kgf
Pnom =
12,566cm²
Pnom = 67,929 kgf/cm²
Fórmula:
• Pef(kgf/cm²) = Pnom(kgf/cm²) . 1,2
Dados:
• Pef = pressão efetiva da válvula de segurança em kgf/cm²
• Pnom = pressão nominal da válvula de segurança ou pressão de
trabalho cm kgf/cm² = 66,397 kgf/cm²
Cálculo:
Pef = Pnom . 1,2
Pef = 67,929 kgf/cm².1,2
Pef = 81,514 kgf/cm²
Fórmula:
• Fr(kgf) = Ac(cm²) . Pnom(kgf/cm²)
20
Dados:
• Fr = força de retorno em kgf
• Ac = área da coroa em cm² = 7,658 cm²
• Pnom = pressão nominal da válvula de segurança = 67,929 kgf/cm²
Cálculo:
Fr = Ac . Pnom
Fr = 7,658cm² . 67,929 kgf/cm²
Fr = 520,200 kgf/cm²
Fórmula:
Ap(cm²) . s(mm)
• Va(litros) =
10000
Dados:
• Va = volume de fluido necessário para o cilindro avançar em litros
• Ap = arca do pistão em cm² = 12,566 cm²
• s = curso do cilindro em mm = 300 mm
Cálculo:
Ap.s
Va =
10000
12,566cm² . 300 mm
Va =
10.000
Va = 0,37698 litro
Fórmula:
Ac(cm²) . s(mm)
• Vr(litros) =
10.000
21
Dados:
• Vr = volume de fluido necessário para recuar o cilindro em litros
• Ac = área da coroa em cm² = 7658 cm²
• s = curso do cilindro em mm = 300 mm
Cálculo:
Ac.s
Vr =
10.000
7,658cm² . 300mm
Vr =
10.000
Vr = 0,22974 litros
Fórmulas:
s(mm)
• va (mm/seg) =
ta(seg)
ou
Qsis(lpm)
• va (mm/seg) =
Ap(cm²).0,006
Dados:
• va = velocidade de avanço do cilindro em mm/ seg
• s = curso do cilindro em mm = 300 mm
• ta = tempo necessário para o cilindro avançar em segundos = 5s
• Qsis = vazão do sistema ou vazão de trabalho em lpm
• Ap = área do pistão
Cálculo:
s
va =
ta
300
va =
5seg
va = 60 mm/ seg
Obs: Quando a velocidade do cilindro for igual ou superior a 100 mm/ seg,
deve ser colocado amortecimento no final do curso do cilindro.
22
Escolha da Bomba
Fórmulas:
Va(litros).60
• Qsis (lpm) =
ta(seg)
ou
Ap(cm²) . s(mm) . 0,006
• Qsis (lpm) =
ta(seg)
• Qsis (lpm) = va (mm/seg) . Ap(cm²) . 0,006
Dados:
• Qsis = vazão do sistema = vazão fornecida pela bomba na pressão de
trabalho em lpm.
• Va = volume de fluido no avanço do cilindro em litros = 0,377 litro
• ta = tempo necessário para avançar o cilindro em segundos = 5 seg
• Ap = área do pistão em cm² = 12,566 cm²
• s = curso do cilindro em mm = 300 mm
• va = velocidade no avanço do cilindro = 60 mm/ seg
• 60 = constante para transformação de segundos para minuto
• 0,006 = constante para transformação em lpm.
23
Cálculos:
Va.60 0,377litros.60
Qsis = =
ta 5seg
Qsis = 4,524 lpm
ou
Ap.s.0,006
Qsis =
ta
12,566cm².300mm.0, 006
Qsis =
5seg
Qsis = 4,52376 lpm
ou
Qsis = va . Ap . 0,006
Qsis = 60 mm/seg . 12.566cm² . 0,006
Qsis = 4,52376
Obs:
• A bomba é escolhida, consultando-se o catálogo dos fabricantes.
• A seleção da bomba é baseada na vazão necessária para
acionamento dos atuadores, calculada anteriormente.
• A maior vazão requerida no sistema determina o tamanho da bomba,
contudo se o circuito apresenta variação na necessidade de vazão é
recomendável o uso de bombas duplas ou variáveis.
• Analisar o ambiente quanto a:
• Lugar sujo
• Calor
• Ácido
• Choque, etc
Tipos de bombas
24
• Necessita um acumulador de pressão para absorver o impacto – liga/
desliga.
Bomba de engrenagens
Bomba de pistões
25
A melhor maneira de fazermos a seleção é através das curvas (gráfico) de
rendimento da bomba, encontradas nos catálogos dos fabricantes, que
apresentam a vazão real (Qsis) em função da pressão de trabalho e da
rotação de acionamento. Caso não tenhamos um gráfico adequado à
pressão de trabalho devemos recalcular o cilindro. As máquinas
hidráulicas só trabalham se a bomba tiver o rendimento mínimo de 80%.
26
Curvas características (valores médios) medidas a n = 1450 mm; v = 41
mm²/s e t = 50°C.
27
Calcular a vazão nominal da bomba em lpm
(Qnom)
Fórmula:
Qsis(lpm)
• Qnom(lpm) =
ηv
Dados:
• Qnom = vazão da bomba em lpm
• Qsis = vazão do sistema em lpm = 4,523 lpm
• ηv = rendimento volumétrico = 0,9
Cálculo:
Qsis 4,523lpm
Qnom = =
ηv 0,9
Qnom = 5.0255 lpm
Qnom = 4 lpm
Qnom = 8 lpm
Qnom = 12 lpm
Qnom = 16 lpm
Qnom = 20 lpm
Qnom = 24 lpm
28
Qnom = 28 lpm
Qnom = 32 lpm
Fórmulas:
Va(litros).60
• Qsis(lpm) =
ta(seg)
ou
Ap(cm²) s (mm) . 0.006
• Qsis(lpm) =
ta (seg)
ou
• Qsis(lpm) = va(mm/seg) . Ap(cm²) . 0,006
ou
• Qsis(lpm) = Qnom(lpm) . ηv
Dados:
• Qnom = 8 lpm
• ηv = 0,9
Cálculo:
Qsis = Qnom . ηv
Qsis = 8 lpm . 0,9
Qsis = 7,2 litros
Fórmulas:
s(mm)
• ta(seg) =
va(mm / seg)
Ap(cm²) . s(mm) . 0,006
• ta(seg) =
Qsis(lpm)
Va(litros).60
• ta(seg) =
Qsis(lpm)
29
Dados:
• ta = tempo necessário para o cilindro avançar em segundos.
• s = curso do cilindro em mm = 300 mm.
• Va = volume de fluido necessário para o cilindro avançar em litros =
0,3769 litros.
• va = velocidade do cilindro no avanço em mm/ seg.
• Ap = área do pistão em cm² = 12,5664 cm².
• Qsis = vazão do sistema em lpm = 7,2 lpm.
• 0,006 = constante para transformar em lpm.
Cálculos:
Ap.s.0,006
ta =
Qsis
12,5664cm². 300mm . 0,006
ta =
7,2 lpm
ta = 3,1416 seg
ou
Va.60
ta =
Qsis
0,37698litros.60
ta =
7,2lpm
ta = 3,1415 seg
Fórmulas:
s(mm)
• va (mm/seg) =
ta(seg)
•
Qsis(lpm)
• va (mm/seg) =
Ap.0,006
30
Dados:
• va = velocidade de avanço do cilindro em mm/ seg.
• s = curso do cilindro em mm = 300 mm
• ta = tempo necessário para avançar o cilindro em segundos=3,1416
seg
• Qsis = vazão do sistema em lpm = 7,2 lpm
• Ap = área do pistão em cm² = 12,5664 cm²
• 0,006 = constante de transformação para lpm
Cálculos:
s
va =
ta
300mm
va =
3,1416seg
va = 95,4927 mm/ seg
ou
Qsis
va =
Ap.0,006
7,2lpm
va =
12,5664cm² . 0,006
Fórmulas:
s(mm)
• tr(seg) =
vr(mm / seg)
Vr(litros).60
• tr(seg) =
Qsis(lpm)
31
Dados:
• tr = tempo necessário para o cilindro recuar em segundos.
• s = curso do cilindro em mm = 300 mm
• vr = velocidade do cilindro no recuo em mm/ seg
• Ac = área da coroa em cm² = 7,658 cm²
• Qsis = vazão do sistema em lpm = 7,2 lp
Fator de Serviço
Isso quer dizer que o motor poderá operar continuadamente com uma
potência acima do nominal, indicada na plaqueta.
Exemplos:
Dados
HP nominal = 50 HP
Fator de serviço = 1.15
32
Cálculo
HP máximo = HP nominal . fator de serviço
HP máximo = 50 HP 1.15
HP máximo = 57,5 HP
Fórmulas
Pef (kgf/cm 2 ) . Qnom (lpm)
PH (cv) =
450 . ηv
Sabe-se que:
1 galão = 3.785 litros
1 cv = 0,986 HP
1 cv = 736 W (Watts)
1 HP = 746 W (Watts)
1 Kgf/ cm 2 = 14.223 psi
Dados
Cálculo
PH = Pef . Qnom
450 . η v
637.408
PH =
405
33
PH = 1.5738 CV
ou se
1 cv = 0.986 HP
1.5738 cv = PH (HP), então
0.986HP . 1.5738cv
PH =
1cv
PH = 1.5517 HP
ou se
1 cv = 736 W
736W .1.5738cv
PH (W) =
1 cv
PH = 1.158 . 3168 W
Dimensionamento de Tubulações
Fórmulas:
Qnom(lpm).0,170
• As(cm²) =
vs(m / seg)
As(cm²)
• Ds(mm) = 10 .
0,7854
37
Dados:
• As = área do tubo instalado na linha de sucção em cm²
• Qnom = vazão nominal da bomba em lpm = 8 lpm
• vs = velocidade recomendada do fluido hidráulico nas tubulações
instaladas na linha de sucção em m/seg. Utiliza-se a maior velocidade
recomendada = 1,2 m/seg
• 0,170 = constante de transformação das unidades para cm²
• Ds = diâmetro mínimo do tubo instalado na linha de sucção em mm.
Cálculos:
Qnom.0,170 8lpm.0,170
As = =
vs 1,2m / seg
As = 1,1333 cm²
As(cm²)
Ds(mm) = 10.
0,7854
1,13333cm²
Ds(mm) = 10.
0,7854
Ds = 12,012 mm
Fórmulas:
Qnom(lpm).0,170
• Ar(cm²) =
vr(m / seg)
Ar (cm²)
• Dr(mm) = 10.
0,7854
Dados:
• Ar = área do tubo instalado na linha de retorno em cm²
• Qnom = vazão nominal da bomba em lpm = 8lpm
• vr = velocidade recomendada do fluido hidráulico nas tubulações
instaladas na linha de retorno em m/ seg. Utiliza-se a maior velocidade
recomendada = 4,6 m/ seg
• 0,170 = constante de transformação das unidades para cm²
• Dr = diâmetro mínimo do tubo instalado na linha de retorno em mm.
38
Cálculo:
Qnom.017 8lpm.0,170
Ar = =
vr 4,6m / seg
Ar = 0,29565 cm²
Ar (cm²)
Dr(mm) = 10.
0,7854
0,29565cm²
Dr(mm) = 10.
0,7854
Dr = 6,1354 mm
Fórmulas:
Qnom(lpm).0,170
• Ap(cm²) =
vp(m / seg)
Ap(cm²)
• Dp(mm) = 10.
0,7854
Dados:
• Ap = área do tubo instalada na linha de pressão em cm²
• Qnom = vazão nominal da bomba em lpm = 8 lpm
• Vp = velocidade recomendada no fluido hidráulico nas tubulações
instaladas na linha de pressão em m/seg. Utiliza-se a maior
velocidade recomendada = 7,6 m/seg
• 0,170 = constante de transformação das unidades para cm²
• Dp = diâmetro mínimo do tubo instalado na linha de pressão em mm.
Cálculo:
Qnom.0,170 8lpm.0,170
Ap = Ap(cm²) = =
vp 7,6m / seg
Ap = 0,17894 cm²
Ap(cm²)
Dp(mm) = 10.
0,7854
0,17894cm²
Dp(mm) = 10.
0,7854
Dp = 4,7731 mm
39
Para usar a tabela, coloque uma régua ligando dois valores
conhecidos e leia o valor procurando na terceira coluna.
40
Calcular a espessura da parede da tubulação instalada na
linha de sucção em mm
Dados:
• es = espessura da parede da tubulação instalada na linha de sucção
em mm
• δ = coeficiente de segurança para a linha de sucção = 8
• Pef = pressão efetiva da válvula de segurança em kgf/ cm² = 79.676
kgf/ cm²
• Ds = diâmetro do tubo instalado na linha de sucção em cm = 1,2012
cm
• τ = resistência do material do tubo (2500 a 5000 kgf/ cm²)
Cálculos
δ.Pef.Ds.10
es =
2.τ.Pef )
8.79,676kgf / cm².1,2012cm.10
es =
2.(3500 − 8.79,676kgf / cm²)
7656,5448
es =
5725,184
es = 1,3373 mm
δ.Pef.Ds.10
es =
2.(τ − δ.Pef )
8.79,676kgf / cm².1,2012cm.10
es =
2.(5000 − 8.79,676kgf / cm²)
7656,5448
es =
8725,184
es = 0,877 mm
41
Calcular a espessura da parede da tubulação instalada na
linha de retorno em mm
Dados:
• er = espessura da parede da tubulação instalada na linha de retorno
em mm.
• δ = coeficiente de segurança para a linha de retorno = 8
• Pef = pressão efetiva da válvula de segurança em kgf/ cm² = 79,676
kgf/cm²
• Dr = diâmetro do tubo instalado na linha de retorno em cm = 0,61354
cm
• τ = resistência do material do tubo (3500 a 5000 kgf/ cm²)
Cálculo:
τ.Pef.Dr.10
er =
2.(τ − δ.Pef )
8.79,676kgf / cm².0,61354cm.10
er =
2.(3500 − 8.79,676cm²)
er = 0,683 mm
δ.Pef.Dr.10
er =
2.(τ − δ.Pef )
8.79,676kgf / cm².0,61354cm.10
er =
2.(5000 − 8.79,676cm²)
3910,753
er =
8725,184
er = 0,448 mm
42
Calcular a espessura da parede da tubulação instalada na
linha de pressão em mm
Dados:
• ep = espessura da parede da tubulação instalada na linha de pressão
em mm.
• δ = coeficiente de segurança para a linha de pressão = 4.
Cálculo:
δ . Pef . Dp .10
ep =
2 .(τ − δ . Pef)
1521.1741
ep =
6.362.592
ep = 0,239 mm
δ . Pef . Dp .10
ep =
2 . (τ − δ . Pef)
43
1.521.1741
ep =
9.362.592
ep = 0,1624 mm
Obs:
• Conhecendo-se o diâmetro interno e a espessura da parede de cada
tipo de tubo, determina-se o cano que será utilizado através de
pesquisas de catálogos, de forma a se verificar a disponibilidade de
mercado.
• Alguns catálogos de fabricantes de tubos trazem no seu interior,
ábacos que nos permitem determinar o diâmetro interno da tubulação
e tabelas que indicam a espessura disponível de tubo no comércio
para uma determinada pressão.
44
45
46
Dimensionamento do reservatório
Fórmula:
• Ct (litros) = 3 . Qnom (lpm) . 1,1
Dados:
• Ct = capacidade total do reservatório em litros
• Qnom = vazão nominal da bomba em lpm = 8 lpm
• 1,1 = 10% de ar para permitir a circulação do óleo.
Cálculo:
Ct = 26,4 litros
Fórmula:
• Ct (litros) = 5 . Qnom (lpm) . 1,1
Dados:
• Ct = capacidade total do reservatório em litros
• Qnom = vazão nominal da bomba em lpm = 8 lpm
• 1,1 = 10% de ar para permitir a circulação do óleo
Cálculo
Ct = 44 litros
47
48
Dimensionamento das válvulas
Válvulas
Válvulas direcionais
São disponíveis com acionamento direto para vazão de até 120 lpm.
Acima desta vazão utilizam-se as válvulas pré-operadas.
49
Nos catálogos dos fabricantes, existem tabelas que permitem determinar
esse valor. O valor máximo aceitável de queda de pressão depende do
tamanho nominal (TN) da válvula direcional e da complexidade do circuito.
Contudo, na maioria das aplicações, uma queda de pressão de até 5 bar
é tolerável.
Quando a válvula direcional comandar cilindros de dupla ação com
relação de área grande (2:1, 3:1, etc.), é preciso atenção, pois a vazão
que deixa o cilindro (vazão induzida) no movimento de retorno será
superior à vazão da bomba, causando uma queda de pressão elevada na
válvula direcional.
Exemplo:
No esquema abaixo, a vazão que entra na câmara do lado da haste é de
30 lpm, porém a vazão que deixa a câmara oposta é de 90 lpm. Com isso,
a vazão através da válvula direcional será:
• P → B = 30 lpm
• A → T = 90 lpm
Vazão Induzida
Fórmulas:
Ap(cm²)
• Qi (retorno) (lpm) = . Qsis (lpm)
Ac(cm²)
Ac(cm²)
• Qi (avanço) (lpm) = . Qsis (lpm)
Ap(cm²)
Dados:
50
• Qi (retorno) = vazão induzida no retorno do cilindro em lpm
• Qi (Avanço) = vazão induzida no avanço do cilindro em lpm
• Qsis = vazão do sistema em lpm = 7,2 lpm
• Ap = área do pistão em cm² = 12,5664 cm²
• Ac = área da coroa em cm² = 7,65765 cm²
Cálculos:
Ap
Qi(retorno) = . Qsis
Ac
12,5664cm²
Qi(avanço) = . 7,2
7,65765cm²
Qi (avanço) = 11,814 lpm
Ac
Qi(retorno) = . Qsis
Ap
7,65765cm²
Qi(avanço) = . 7,2
12,5664cm²
Qi (avanço) = 4,3875 lpm
51
válvula cujo diâmetro da tomada seja igual ou imediatamente
superior ao diâmetro interno da tubulação onde será instalada a
válvula.
Fórmula:
L(cm) υ.δ
• ∆P(kgf/cm²) = f . .
D(cm) 1884,614
Dados:
• ∆P = perda de carga distribuída na linha em kgf/ cm²
• f = fator de fricção (n° puro)
X
• f=
R
• X = é uma constante que depende do tipo de tubulação e
variação da temperatura do fluido.
• X = 60 – para tubos rígidos e temperatura constante
• X = 75 – para tubos rígidos e temperatura variável ou para
tubos flexíveis e temperatura constante
• X = 90 – para tubos flexíveis e temperaturas variáveis
52
Fórmula para cálculo do N° de Reynolds (R)
v(m / seg).D(cm)
R= (N° Puro)
υ(st)
Onde:
• D = diâmetro interno da tubulação em cm
• υ = viscosidade cinemática do fluido em st (centistoks)
(1st=1cm²/seg)
• Para óleo hidráulico, varia de 0,45 a 0,50 st
• Dessa forma, recomendamos que sejam calculados 2 n°s de
Reynolds.
• R1 – usando υ = 0,45 st
• Resultará em N° de Reynolds menor possível que deverá ser
menor do que 2000.
• R2 – usando υ = 0,50 st
• Resultará em N° de Reynolds menor possível, resultando em
um fator de fricção “f” maior possível e portanto ∆P maior
possível (segurança).
• L = comprimento total da tubulação em cm
• L = Ll + Ls
Onde:
• Ll = comprimento total da canalização “retilínea” do sistema em
cm.
• Ls = comprimento equivalente das singularidades do sistema
(curvas, cotovelos, etc.) em canalização retilínea em cm.
• D = diâmetro interno da tubulação em cm = 0,6 a 1,2 m/ seg
• v = velocidade de escoamento do fluido em m/ seg (recomendado)
• Sucção = 60,96 a 121,92 cm/ seg ou 0,6 a 1,2 m/ seg
• Retorno = 304,8 a 457,2 cm/ seg ou 3 a 4,6 m/ seg
• Pressão = 609 a 762 cm/ seg ou 6 a 7,6 m/ seg
• δ = Peso específico do fluido
• Para óleo hidráulico = 0,818kg/ dm3 ou 0,00818kg/ cm³
• 1884,614 = fator de conversão que harmoniza as utilizadas da forma
que a resposta de ∆P seja fornecida em bar.
53
são montadas as válvulas). Nestes blocos, as curvas internas de
interligação são feitas a 90° com canto vivo, gerando assim uma
turbulência e, por conseguinte, perda de carga maior.
54
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
34
0
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
SIMBOLOGIA
BOMBAS HIDRÁULICAS
Vazão variável
Manual
(com 2 sentidos de fluxo)
Vazão fixa
MOTORES HIDRÁULICOS
Com 1 sentido de rotação
1
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
CILINDROS HIDRÁULICOS
Ação simples (retorno por força externa) Ação dupla (com amortecimento regulável no
avanço e retorno)
Ação simples (retorno por mola) Ação dupla com haste passante igual
2
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Telescópio (de ação simples) Retenção simples - mola diferente de 0,5 bar
(indicar contrapressão junto ao símbolo)
VÁLVULAS DE BLOQUEIO
3
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
VÁLVULAS DE PRESSÃO
4
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
VÁLVULAS DE VAZÃO
Redutora de pressão diretamente operada
Redutora de vazão
Redutora de vazão com retorno livre, Retificador para regulador de vazão (placa
5
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
geminada. GRAETZ)
6
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Direcional Rotativa
Direcional diretamente operada por solenóide Direcional mobil com acionamento manual e
(centragem por mola) centragem por mola
7
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Servo-válvulas de pressão
8
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Elemento lógico
VÁLVULAS PROPORCIONAIS
Direção proporcional
Acumulador (bexiga)
9
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Acumulador (pistão)
Filtro de óleo
Trocador de calor
10
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Fluxostato
Aquecedor
ACESSÓRIOS
Termômetro
Registro fechado
11
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Termostato
Indicador de nível de óleo
Acoplamento
Rotâmetro
12
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Conexão
Junta de expansão
Linhas interligadas
13
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
1ª parte:
1- Definir hidráulica.
2- Definir óleo-hidráulica.
3- Definir e classificar os sistemas óleo-hidráulicos.
4- Citar vantagens e desvantagens dos sistemas hidráulicos. Justificar
5- Explicar o “princípio da conservação de energia” em sistemas hidráulicos.
6- Como se identifica o componente de saída de um circuito hidráulico? E o de entrada?
7- Normalmente, qual é a pressão disponível para preencher a entrada de uma bomba?
8- Qual é a função de uma bomba no sistema hidráulico?
9- Quais as características básicas das bombas de deslocamento positivo? Cite os tipos mais
usuais e suas aplicações.
10- Porque não se usa uma bomba centrífuga para transmitir pressão?
11- Citar algumas propriedades de um fluido hidráulico.
12- Citar algumas funções de um fluido hidráulico.
13- Como se cria a pressão em um sistema hidráulico?
14- O que determina a velocidade de um atuador?
15- Qual a relação entre a velocidade do fluido e atrito num tubo?
16- Relacionar as velocidades recomendadas pelos fabricantes na tubulação.
17- Citar 3 funções de um reservatório e como ele deve ser dimensionado.
18- Qual é a utilidade de um respiro em um reservatório?
19- Qual é a função de uma chicana horizontal e vertical?
20- Onde deverá ser localizado o bujão de dreno de um reservatório?
21- Mencionar 3 possíveis lugares onde se pode colocar um filtro.
22- De que forma regula a velocidade de um sistema hidráulico?
23- Qual é a função de uma válvula de segurança?
24- O que é vazão induzida em um sistema hidráulico?
14
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
2ª parte:
25- Calcular a área de seção e diâmetro interno do duto na linha de pressão, sucção e retorno de
um sistema hidráulico com uma vazão de 8 lpm.
26- Calcular a potência hidráulica, em cv, para girar uma bomba com vazão de 20 lpm e
pressão máxima de 120 bar com rendimento de 75%.
27- Calcular a força e a velocidade de avanço e de retorno de um cilindro hidráulico de dupla
ação com diâmetro de pistão de 50 mm e de haste de 30 mm. A pressão de trabalho é 60 bar
e a vazão da bomba é constante e igual a 6 lpm.
28- Um cilindro hidráulico de dupla ação tem um diâmetro de pistão igual a 150 mm, diâmetro
de haste igual a 80 mm e curso de 200 mm. Se ele trabalhar a uma pressão de 80 bar com
uma bomba fornecendo uma vazão de 50 lpm, determinar:
a) as velocidades de avanço e de retorno.
b) os tempos gastos no avanço e no retorno.
c) a pressão necessária nas câmaras traseira e dianteira para que ele realize uma força de 3000
Kgf.
29- Calcular a força exercida no avanço e no retorno de um cilindro de 2” de diâmetro de pistão
e 1 1/2” de diâmetro de haste, sabendo que a pressão fornecida é de 210 bar.
30- Para uma pressão de 70 bar quero obter uma força de avanço de 5000 Kgf e outra de
retorno de 2000 Kgf. Calcular as áreas de pistão, haste e coroa e diâmetro de pistão e haste
para que isso possa ocorrer.
31- Dimensionar o cilindro de uma prensa de chapas de 1.00 cm de espessura, sabendo que a
força necessária a prensagem será de 100 toneladas força para uma pressão de 210 bar.
32- Sabendo que para efetuar uma força de avanço de 5000 Kgf, precisamos de um cilindro de
diâmetro de pistão de 9,45 cm e diâmetro de haste de 7,31 cm uma força de retorno de 2000
Kgf. Calcular as vazões necessárias para o avanço e retorno do cilindro, sabendo que o
curso do mesmo é de 500 mm e o tempo de ida é de 3,0s e retorno 1,5s.
33- Calcular a perda de carga de um sistema sabendo que:
a) a vazão máxima é de 20 lpm.
b) os tubos são flexíveis e a temperatura do fluido é constante.
c) o comprimento da canalização retilínea é de 1400 centímetros.
d) são encontradas as seguintes singularidades no sistema:
15
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
16
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
3ª parte:
F1 = 250 Kgf
A2 = 20 cm2
A1 = 5 cm2
F2 = ?
Conclusão:
17
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
P1 = 40 bar
A1 = 15 cm2
A2 = 5 cm2
P2 = ?
Conclusão:
18
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Macaco Hidráulico
G = 200 Kgf
A2 = 10 cm2
A1 = 2,5 cm2
P=?
F1 = ?
Determinar o número de vezes que o operador terá que bombear para elevar o veículo 15 cm.
O deslocamento do êmbolo é de 10 cm.
19
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Dados:
Q = 30 lpm
P = 210 bar
20
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
21
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Um guincho hidráulico deverá erguer uma carga através do acionamento de uma válvula
acionada por alavanca e o seu retorno se dará somente pelo desacionamento da mesma.
Projetar o esquema hidráulico para o sistema descrito acima.
22
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Porta de caldeira
Um cilindro de dupla ação tem a função de abrir e fechar a porta de uma caldeira e
deverá ser controlado por uma válvula direcional com retorno por mola, sendo que, no
acionamento promove-se o avanço, no desacionamento, o retorno.
Projetar o esquema hidráulico para o sistema descrito acima.
23
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
24
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Um cilindro de dupla ação deve comandar o movimento de avanço de uma mesa posicionadora
de um dispositivo de usinagem. O dispositivo possui várias estações de usinagem, portanto, a
mesa deve poder parar em qualquer posição ao longo do curso do cilindro.
Projetar o esquema de comando para o cilindro da mesa.
25
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
26
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Um cilindro de dupla ação deve comandar o movimento de abertura e fechamento de uma porta
de um forno para tratamento térmico. O movimento de subida da porta (abertura) deve se dar
rapidamente e o movimento de descida deve possuir velocidade controlada para que a porta não
sofra impactos durante o seu fechamento.
Projetar o esquema de comando.
27
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Um elevador de cargas deve transportar volumes de grande peso da linha de produção (posição
A) para o estoque (posição B). Durante a retirada do material a plataforma deve ficar
hidraulicamente fixada.
Projetar o esquema de comando.
28
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
29
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
1. Identificar os componentes.
2. Descrever o circuito.
3. De que depende a velocidade de avanço do cilindro?
4. De que depende a força disponível no circuito?
5. Onde é regulada a pressão máxima admissível (carga máxima com a qual o sistema pode
solicitar)?
6. Como é determinado o valor real da pressão?
30
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
1. Identificar os componentes.
2. Descrever o circuito.
3. Qual a pressão necessária no sistema para o cilindro 1?
4. De que dependem as velocidades do cilindro?
31
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
1. Identificar os componentes.
2. Descrever o circuito.
3. Estabelecer conclusões entre o sistema hidráulico regenerativo e não regenerativo.
32
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Circuito Série
33
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Circuito Paralelo
Suponha que os vetores F sejam de intensidades diferentes e os diâmetros dos atuadores iguais.
1. Descrever o princípio de funcionamento.
2. Determinar as pressões indicadas pelos manômetros: P1, P2 e P3.
3. Determinar a velocidade dos atuadores.
4. Suponha que o esquema seja utilizado para erguer uma carga e admitindo um curso de
30 cm, r = 2:1, Dp = 4 cm e F = 9000 N. Determinar a vazão, a pressão e a potência de
uma bomba, para que a carga seja erguida em t = 10segundos.
34
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
35
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
36
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Projetar um circuito hidráulico para erguer uma carga de 10000 Kgf sendo dados:
Pressão máxima de operação = 70 Kgf/cm2.
Velocidade no avanço de 12 cm/s, com no mínimo 8 movimentos completos por
minuto.
Curso de 600 mm para erguer.
Rendimento total de 60%.
Relação de áreas do cilindro: (2:1)
Pede-se:
Dimensionar o cilindro hidráulico.
Dimensionar a bomba e o motor de acionamento.
Calcular as vazões e pressões induzidas no avanço e na retração.
Calcular a perda de carga no circuito.
Dimensionar as tubulações.
Dimensionar o reservatório.
Identificar os componentes e descrever o circuito hidráulico.
37
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
38
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
39
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
40
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
41
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
42
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
43
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
44
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Pede-se:
a) Explique o funcionamento desse circuito hidráulico.
b) Admitindo que o ciclo de movimento da alavanca ocorra em 1 segundo e que o curso do
atuador linear seja 100 mm, determine a carga máxima que pode ser suspensa pelo
cilindro hidráulico e sua velocidade média de elevação.
ANEXO 1:
45
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura A1
46
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura A2
47
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
48
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
49