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Doenças do ombro

Aspectos importantes para a fisioterapia


OMBRO

Fonte: Woodward, T.W; Best, T.M. The painfiul shoulder: part I. Clinical Evaluation. Am Fam Physician. 2000; 61(10): 3079-88.
LIMITADORES DA ART. GU
Passivos (estáticos) Ativos (dinâmicos)

Cápsula articular e lábio Supra- espinhal Estabilizadores


Geometria da superfície Infra-espinhal do úmero
articular e glenóide Subescapular
Lig. coracoumeral Redondo menor
Lig. glenoumeral superior

Lig. glenoumeral médio Peitoral maior Mobilizadores


Lig. glenoumeral inferior Grande dorsal da art.
Lig. coracoacromial Bíceps (cabeça longa) glenoumeral
Coesão articular Tríceps
Deltóide
Redondo maior
Serrátil anterior Mobilizadores
Grande dorsal da escápula
Trapézio
Rombóides
Levantador da escápula

Fonte: Dutton, M. Fisioterapia ortopédica: exame, avaliação e intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2006.
PALPAÇÃO ÓSSEA

Fonte: Hoppenfeld, S. Propedêutica ortopédica: coluna extremidades. São Paulo: Atheneu, 2007.
PALPAÇÃO MUSCULAR
 Bainha rotatória

Fonte: Woodward, T.W; Best, T.M. The painfiul shoulder: part I. Clinical Evaluation. Am Fam Physician. 2000; 61(10): 3079-88.
PALPAÇÃO MUSCULAR
 Bolsa subacromial e subdeltoidiana

Fonte: Souza, 2001.


Fonte: Hoppenfeld, 2007.
PALPAÇÃO MUSCULAR
 Axila

Fonte: Hoppenfeld, S. Propedêutica ortopédica: coluna extremidades. São Paulo: Atheneu, 2007.
PALPAÇÃO MUSCULAR
 Músculos proeminentes

Fonte: Hoppenfeld, S. Propedêutica ortopédica: coluna extremidades. São Paulo: Atheneu, 2007.
MOBILIDADE

Apley Alcance da mobilidade

Fonte: Woodward, T.W; Best, T.M. The painfiul shoulder: part I. Clinical Evaluation. Am Fam Physician. 2000; 61(10): 3079-88.
MOBILIDADE

 90º abdu + RE completa ou abdu completa + RE completa= maior atrito


articular

 Mobilidade só da ET sem da GU = Sd. ombro congelado

 Dor entre 70 e 110º= Sd. impacto, ruptura ou bursite subacromial

 Dor entre 120 a 160º= envolvimento da AC

 Teste da assistência muscular= inibição muscular se os sintomas


desaparecerem

Fonte: Dutton, 2006.


MOBILIDADE GU
Movimento Liberdade Músculos responsáveis
Flexão 0 – 180º Deltóide anterior e coracobraquial
Extensão 0 – 50º Grande dorsal, redondo maior e deltóide posterior
Abdução 0 – 180º Deltóide médio e supraespinhal
Adução 0 – 45º Peitoral maior e grande dorsal
RI 0 – 55º Subescapular e redondo maior
RE 0 – 45º Infra-espinhal e redondo menor

Fonte: Hoppenfeld, S. Propedêutica ortopédica: coluna extremidades. São Paulo: Atheneu, 2007.
RITMO ESCAPULOUMERAL
Liberdade Articulação
0-60º GU + Elevação
clavícula
60-120º ET + Rotação
clavícula
120-180º GU, ET +
Inclinação
tronco
MOBILIDADE ESTERNOCLAVICULAR

Movimento Liberdade
Para frente (protração) 0 – 30º
Para trás (retração) 0 – 30º
Elevação 0 – 55º
Depressão 0 – 5º
Rotações 0 – 45º
MOBILIDADE ESCAPULOTORÁCICA

Fonte: Dangelo e Fattini, 1997.


ARTROCINEMÁTICA ET

Mobilidade passiva cranio-caudal Mobilidade passiva antero-posterior

Análise dinâmica do ritmo escapular


Distração passiva da escápula
Fonte: Souza, M.Z. Reabilitação do complexo do ombro. São Paulo: Manole, 2001.
.
ARTROCINEMÁTICA EC

Deslizamento cranial Deslizamento caudal

Deslizamento posterior Deslizamento anterior


Fonte: Souza, M.Z. Reabilitação do complexo do ombro. São Paulo: Manole, 2001.
.
ARTROCINEMÁTICA AC

Deslizamento anterior e posterior

Fonte: Souza, M.Z. Reabilitação do complexo do ombro. São Paulo: Manole, 2001.
.
ARTROCINEMÁTICA GU

Deslizamento posterior Deslizamento anterior

Deslizamento
inferior

Deslizamento lateral
Fonte: Souza, M.Z. Reabilitação do complexo do ombro. São Paulo: Manole, 2001.
.
Restrição artrocinemática Limitação osteocinemática
Articulação glenoumeral Movimentos
Desliz. lateral Limitação geral dos movimentos
Desliz. posterior Flexão, adução horizontal e RI
Desliz. anterior Extensão, abdução, adu horizontal e RE
Desliz. inferior Abdução, favorecendo impactos
subacromiais
Art. esternoclavicular Movimentos escapulotorácicos
Desliz. cranial Abaixamento
Desliz. caudal Elevação
Desliz. anterior Protração
Desliz. posterior Retração
Art. acromioclavicular Movimentos glenoumerais
Desliz. anterior Flexão e abdução
Desliz. posterior Extensão e adução
Desliz. ântero-superior RE
Desliz. póstero-inferior RI
Fonte: Souza, M.Z. Reabilitação do complexo do ombro. São Paulo: Manole, 2001.
.
TESTES RESISTIDOS
Contração Sugestivo de
Forte sem dor Avaliar com dinamometria, para detectar possíveis
déficits
Forte e dor Lesão muscular ou tendinosa
Dor em qualquer Quadro inflamatório das estruturas articulares ou
condição periarticulares, ou causa psicogênica
Fraca sem dor Problema neurológico ou lesão musculotendinosa
extensa e crônica
Fraca com dor Lesão recente de MR ou fratura
Fonte: Souza, 2001.

Alívio da dor Sugestivo de


Elevação do braço sobre a cabeça Causa cervicogênica
Cotovelo sustentado Separação da AC ou ruptura do MR
Circundução do ombro com estalido ou Desarranjo interno ou subluxação
golpe
Distração do braço Bursite ou tendinite do MR
Fonte: Dutton, 2006.
.
TESTES
FUNCIONAIS

Fonte: Lech, O.; Valenzuela Nt, C.; Severo,


A. Tratamento conservador das lesões
parciais e completas do manguito rotador.
Acta Ortop Bras. 2000; 8(3): 144-56.
Brazilian DASH
Fonte: Orfale, AG; Araújo, PMP; Ferraz, MB.; Natour, J. Translation into Brazilian Portuguese cultural adaptation and evaluation
of the reliability of the Disabilities of the Arm, Shouder and Hand Questionnarie. Brazi J Med Biol Res. 2005; 38(2): 293-302.
Fonte: Napoles, B.V.; Hoffman, C.B.; Martins, J.; Oliveira, A.S. Tradução e adaptação cultural do Penn Shoudelr Score para a
língua portuguesa: PSS-Brasil. Rev Bras Reumatol. 2010; 50(4): 389-407.
Fonte: Napoles, B.V.; Hoffman, C.B.; Martins, J.; Oliveira, A.S. Tradução e adaptação cultural do Penn Shoudelr Score para a
língua portuguesa: PSS-Brasil. Rev Bras Reumatol. 2010; 50(4): 389-407.
TESTES ESPECIAIS – IRRITATIVOS E IMPACTO
Teste Dor ou incapacidade é sugestivo 1
Neer Sd. Impacto (atrito arco coracoacromial)
Kennedy e Hawkins Sd. Impacto (atrito tendão supra)
Yocum Sd. Impacto
Jobe (lata vazia) Tendinite/Ruptura Supra espinhoso

2 4

Fonte: Woodward, T.W; Best, T.M. The painfiul shoulder: part I. Clinical Evaluation. Am Fam Physician. 2000; 61(10): 3079-88.
TESTES ESPECIAIS – IRRITATIVOS E IMPACTO
Teste Sugestivo
Lift-off (Gerber) Tendinite/ Ruptura do Subescapular
Napoleão Tendinite/ Ruptura do Subescapular
Sinal do braço caído Ruptura do MR

Fonte: Dumontier e Doursounian, 2012.


TESTES ESPECIAIS – IRRITATIVOS E IMPACTO
Teste Sugestivo
Adução horizontal Lesão da art. AC. Se dor na parte posterior = retração
da cápsula posterior
Cisalhamento AC Dor = cisalhamento AC
Diferencial entre bursite e Dor reduzida = Bursite subacromial
tendinite Dor persiste = tendinite do supra-espinhoso

Fonte: Souza, 2001.


TESTES – BÍCEPS E LÁBIO GLENOIDAL
Teste Sugestivo
Yergason Tendinite bicipital ou instabilidade
Speed Dor região anterior = tendinite bicipital ou rompimento do lábio sup.
Clunk Rompimento do lábio glenoidal

Fonte: Souza, 2001.


TESTES – INSTABILIDADE
Teste Sugestivo
Apreensão anterior Instabilidade glenoumeral anterior
Carga e desvio Desliz. maior que 5 mm = Instabilidade multidirecional
Relocação Instabilidade por rompimento do lábio

dor

Ombro em RE
alívio

Fonte: Souza, 2001.


TESTES – INSTABILIDADE
Teste Sugestivo
Gaveta posterior Instabilidade glenoumeral posterior
Apreensão posterior Instabilidade glenoumeral posterior
Sinal do sulco Presença de sulco = instabilidade multidirecional

1
3

Fonte: Souza, 2001.


EXAME NEUROLÓGICO
RAIZ REFLEXO MIÓTOMOS

C4 Trapézio e levantador da
escápula
C5 Bicipital Supra, infra, deltóide, bíceps
C6 Braquior- Extensores do punho, bíceps
radial
C7 Tricipital Flexores do punho, extensores
dos dedos, tríceps

C8 Flexores dos dedos, intrísecos da


mão
T1 Intrínsecos da mão

Fonte: Souza, 2001, p. 83.


DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A:
 Inflamações
 Sd. Periarticulares
1. Tendinite bicipital
2. Tendinite calcaria
3. Bursite
 Sd. Impacto ou
pinçamento
subacromial
 Ruptura da cabeça
longa do bíceps
 Lesão do manguito
rotador
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Lesão de manguito rotador:


Supra-espinhoso; Infra-espinhoso; Redondo menor;
Subescapular (video)
– Patologia mais comum no ombro;
– Manguito rotador importante para sustentação da cápsula
do ombro e na manutenção da cabeça do úmero no
alinhamento apropriado na cavidade glenoidal.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Lesão de manguito rotador:


– Mecanismo de lesão: trauma, atrito e estrutura anatômica
do espaço subacromial.
• Compressão: devido a uma redução no tamanho do
espaço subacromial ou redução na estabilidade
articular.
• Sobrecarga de tensão: O MR tenta resistir a adu hor., RI,
translação anterior e forças de distração (ex. arremesso,
uso de martelo...)
• Macrotrauma: Força tensil do tendão excedida pelo
trauma.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Lesão de manguito rotador:


– Sinais e sintomas: dor, fraqueza e perda de
movimento do ombro.
– Dor forte que se irradia para as partes superior e inferior do
braço e que piora depois da atividade a ações como alcançar
em cima da cabeça ou vestir casaco.
– Arco doloroso (início a 50° de abdu)
– Dor no mov resistido
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Impacto ou pinçamento subacromial (vídeo):


• Associada a patologia do MR;
• Patologia de um ou mais dos conteúdos do espaço
subacromial.
• Alterações, fisiológicas, anatômicas e biomecânicas levam
a perda de ADM de flexão e de abdução GU, compressão e
irritação da superfície superior (bursa) do tendão do
supraespinhoso e redução na ADM da elevação GU.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Impacto ou pinçamento subacromial:


• Estágios (Neer):
– Estágio I Indv mais jovens. Inflamação localizada, sangramento
leve e edema do MR. Pct relata dor no ombro e hist de trauma
agudo ou microtrauma repetitivo.
» TTO: controle da dor e inflamação – repouso e modificação
das atividades, ETFT, AINEs, ADM passivos, Terapia manual.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Impacto ou pinçamento subacromial:


• Estágios (Neer):
– Estágio II Indv 26 a 40 anos.Processo gradual de deterioração dos
tec do MR. Irritaçao das estruturas pelo conto anormal c o
acrômio. A bolsa subacromial não lubrifica e protege o MR
levando a tendinite. Sinais e sintomas: dor localizada na região
superior do ombro que irradia-se para o braquial médio na região
da inserção do deltóide; crepitação, restrição da ADMP.
» TTO: Codman, FM MR, trapézio superior, deltóide e serrátil
anterior. Propriocepção, alongamentos capsulares.
» TTO cx: descompressão subacromial artroscópica e/ou
debridamento do MR.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Impacto ou pinçamento subacromial:


• Estágios (Neer):
– Estágio III acima de 40 anos. Destruição de tec mole e a ruptura
ou macrotrauma do MR podem ser observadas. Atrofia localizada
(infra e supraespinal), osteófitos na AC. Maior llimitação da ADMA
e ADMP.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Periarticulares: Tendinite bicipital


– Comumente secundária a S. impacto
– Sinais e sintomas:
» ADMA e ADMP total, com dor na ADM final de flex e abdu;
» Dor na palpação do sulco bicipital-braço em 10° de RI;
» Dor com flex resistida do cotovelo ou flex anterior resistida do ombro;
» Dor no alongamento passivo do tendão do bíceps.
– TTO conservador: ETFT; AINEs; Terapia Manual; Alongamento. Dor e
inflamação resolvidas – ADM livre de dor. FM quando ADM restaurada e livre
de dor.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Periarticulares Tendinite/tendinopatia calcária


– Calcificação reativa que afeta os tendões do MR
– Curso cíclico com reestabelecimento espontâneo dos
tendões.
– TTO Crioterapia, exerc pendulares, US
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Periarticulares: Bursite Calcificada


• Redução da vascularização, da degeneração do MR e/ou aumento dos
níveis do antígeno HLA-1
• Sinais e sintomas: redução da ADM multidirecional, área sensível ao
toque e compressão.
• TTO conservador: Infiltração de esteróides intramuscular; crioterapia,
exerc pendulares.

• n
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Sd. Periarticulares: Bursite Traumática


• Trauma direto ou secundária a lesão de MR.
• Sinais e sintomas: dor noturna sobre deltóide e sua inserção,
com o braço em extensão. ADMA e ADMP limitadas em padrão
não capsular e sensação final de mov vazia em aprox 80° de
abdu gu
• TTO: controle da dor e inflamação, along capsular. Exerc
pendulares e tec manuais para aumentar intervalo
acromioumeral. Reed postural, restauração dos padrões normas
de sinergia para os depressores de GU e restauração funcional.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Inflamações

• Ruptura da cabeça longa do bíceps


• Etiologia: infiltrações repetidas de esteróides ou impacto
crônico.
• Tendão é avascular e com sua fraqueza, rompe-se com uma
quant mínima de força.
• Estalido na hora da lesão; dor branda a moderada nas semanas
seguintes, evolui para resolução da dor e pela restauração da fnç
normal.
• Sinal de popeye.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A:
 Disfunções dos tecidos conjuntivos
 Capsulite adesiva (6)
 AO acromiolavicular
 Lesão SLAP (8)
 Necrose avascular da
cabeça do úmero
 Instabilidade GU
 Artrite
 Entorses ligamentares
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Artrite:
– Artrite traumática da articulação GU:
• Erosão glenoidal superior significativa causando
subluxação posterior estática da cabeça do úmero.
• Mais freq em indivíduos maiores de 45 anos.
• Dor; impacto funcional progressivo e relados de
instabilidade.
• Adu horizontal passiva mov mais limitado e doloroso
• TTO CONSERVADOR: repouso, modificação das
atividades e AINEs. Modalidades para controle da dor e
inflamação – após fort.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Capsulite adesiva/ombro congelado:
– Fatores associados:
• sexo fem.,
• >40 anos;trauma;
• diabete;
• imobilização prolongada;
• doença da tireóide;
• AVE; IAM;
• determinadas consições psiquiátricas;
• e presença de doenças autoimunes.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Capsulite adesiva/ombro congelado:
• Perda idiopática, dolorosa e progressiva dos
movimentos ativos e passivos do ombro, em particular
da RE, que leva o indivíduo a limitar progressivamente
o uso do ombro.
• Dificuldade ao vestir casaco, colocar objetos nos bolsos
de trás. Fechar peças do vestuário nas costas.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Capsulite adesiva/ombro congelado:
• Desuso = perda da mobilidade/ Uso continuado com
dor= impacto subacromial.
• Progressivamente os movimentos compensatórios da
escápula se desenvolvem e o ombro afetado se torna
rígido.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Capsulite adesiva/ombro congelado:
– Estágios de progressão (Nevasier):
• Estágio I: Sinais e sintomas suaves com menos de 3 m de duração.
Dor no repouso que aumenta com ADM extremas. Padrão capsular
presente (perda da RE e Abdu).
• Estágio II: Dor a palpação na cápsula ant e post e dor irradiada
para inserção do deltóide. Sint por 3 a 9 m, perda do mov e dor
em todos os planos e durante toda ADM
• Estágio III: Sint de 9 a 14m, sintomas variam com o tempo.
Geralmente relatam um período muito doloroso seguido por
diminuição da dor com grande rigidez do ombro.
• Estágio IV: Recuperação lenta de alguma ADM perdida. Ombro
rígido com alteração acentuada da mecânica EU e uso limitado do
braço nas Avds.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Capsulite adesiva/ombro congelado:
– Intervenção: Educação em saúde; analgésicos.
AINEs, infiltrações e TTO fisioterapêutico.
– Obje TTO conservador:
• Restaurar ADM; Along. Dos tec restritos.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Artrose da AC:
– Pcts de meia idade.
– Sinais e sintomas: dor local ou distribuída pelo pescoço
anterô-lateral, região do trapézio-supraespinhal e o
deltóide ântero-lateral.
– TTO conservador:
– repouso,
– modificação da atividade,
– AINEs,
– Controle da dor e inflamação= ETFT, terapia manual
– Quando melhorar dor e inflamação evoluir para FM ( deltóide,
trapézio e peitoral)
*Evitar abdu acima de 90° e adu horizontal.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU:
– Ciclo de autoperpetuação (mais instabilidade, menos uso, mais
disfunção do ombro, mais instabilidade)
– Causas: fatores genéticos, bioquímicos e biomecânicos.
– Queixa de ombro “deslizante” ou “com estalido” nas
atividades acima da cabeça.
– A instabilidade é o movimento sintomático anormal da Art
GU que afeta a cinemática articular normal e resulta em
dor, subluxação ou luxação do ombro.
– Aguda ou crônica.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU – Anterior
– Mais comum
– Atividades repetitivas acima da cabeça
– Luxação anterior ocorre em Abdu, RE e ext.
– Sinais e sintomas: variados graus de instabilidade;
sintomas neurológicos transitórios e cansaço.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU – Lesões SLAP/Síndrome do braço morto
– Ruptura do lábio superior anterior ou posterior.
– Mecanismo de lesão: eventos traumáticos simples a lesões
microtraumáticas repetitivas.
– Classificação:
– Tipo I: desgaste e degeneração da borda do lábio superior. Pct perde a abd
horizontal ou RE com o antebraço pronado.
– Tipo II: separação patológica do lábio e da inserção do tendão do bíceps, com
perda do efeito estabilizador destas estruturas.
– Tipo III: ruptura vertical do lábio, similar à ruptura em alça de balde do
menisco.
– Tipo IV: idem a III com extensão da ruptura para o tendão do bíceps.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU – Lesões SLAP/Síndrome do braço morto
– Sinais e sintomas: dor com atividades acima da
cabeça e sintomas de dor e bloqueio.
– TTO conservador: Exercício de estabilização
dinâmica para a GU e alívio dos sintomas.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU: Instabilidade posterior
• Raras;
• Associadas a AVE, choque elétrico, acidentes
automobilísticos e mergulho em águas rasas.
• Sintomas aparecem com o braço em flexão anterior,
adução ( mov de abrir a porta do carro)
• Sinais e sintomas: batida ruidosa quando o ombro é
movido da posição de flex ant para a posição abdu e RE;
dor grave; RE e elevação limitada.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU: Instabilidade inferior
• incomum;
• Evidenciada ao carregar objetos pesados ao lado do corpo
• Braço trava em abdu
• Sinal de sulco presente.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU: Instabilidade multidirecional
• Sintomática em mais de uma direção
• AMBRII- episódio Atruaumático de instabilidade
Multidirecional acompanhada por lassidão Bilateral ou
hipermobilidade. A Reabilitação é o curso primário de
intervenção para restaurar a estabilidade GU. Contudo,
caso cx seja necessária, um procedimento cápsulorrafia é
executado para enrijecer a cápsula Inferior e o Intervalo
rotador.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU: Instabilidade multidirecional
• TTO: melhorar os estabilizadores dinâmicos, a
coordenação neuromuscular, e a propriocepção da GU e
ET.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A: Disfunções
dos tecidos conjuntivos
• Instabilidade GU: Instabilidade multidirecional
• TTO: melhorar os estabilizadores dinâmicos, a
coordenação neuromuscular, e a propriocepção da GU e
ET.
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A:
 Distúrbios posturais
 Sd. Miofascial (11)
 Sd. Desfiladeiro torácico
 Compressão nervosa periférica
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
 Período mínimo: 6 sem.
 Identificar fase
 Aguda: dor em repouso, difusa em sua
distribuição e, muitas vezes irradiada do
local primário
FASE AGUDA: PRICEMEM
 Proteção
 Repouso
 Ice/ Gelo
 20 a 30 min
 3 a 4X/dia Therapy tapping
 Compressão
 Elevação

Cold compression therapy


Crio cuffy Fonte: fotos internet.
FASE AGUDA: PRICEMEM
 Manual therapy: artrocinemática
Dor/ ADM Fase Grau de mobilização sugerida
Dor antes do Aguda 1: mov.oscilatório lento de pequena amplitude
limite da ADM 2: mov.oscilatório lento de amplitude um pouco
maior
Dor no limite da Subaguda 2: idem anterior
ADM 3: mov.oscilatório lento de pequena amplitude, além
da primeira parada do tecido
Limite de ADM Crônica 3: idem anterior
antes da dor 4: mov.oscilatório lento de grande amplitude, além
da primeira parada do tecido

Grau 5: mov.oscilatório, de alta velocidade e baixa amplitude, além da


primeira parada de tecido (trusth – exige treinamento adequado), só é usada
quando grau 3 e 4 não conseguem atingir os objetivos desejados.
Fonte:Wilk et al (1993) citado por Souza (2001).
FASE AGUDA: PRICEMEM
 Manual therapy: artrocinemática

EC: desliz.cranial EC: desliz.caudal EC: desliz.ant. EC: desliz.post.

ET: elevação e depressão ET: desliz.medial ET: desliz.lat.


Fonte: Souza, 2001.
FASE AGUDA: PRICEMEM
 Manual therapy

Decoaptação da GU Kaltenborn: mov. oscilatório da GU

Normalização ritmo escapulotorácico Energia muscular para subescapular


Fonte: Souza, 2001.
FASE AGUDA: PRICEMEM
 Manual therapy: pompage

Trapézio Esternocleidomastoideo

Grande dorsal Peitoral menor


FASE AGUDA: PRICEMEM
 Early motion (Mobilização precoce): automobilização

Desliz.ant.
Desliz.caudal Desliz.post.

Desliz. post.com RE ↑ Flexão c/ elevação ↑ Abdu ↑ Extensão


Fonte: Kisner, 2005.
FASE AGUDA: PRICEMEM
 Mobilização precoce: alongamentos e passivos

Alongamento cápsula posterior Exercícios pendulares

RE da GU Pressão inibitória sobre tendão peitoral maior


FASE AGUDA: PRICEMEM
 Mobilização precoce:
 uso recursos auxiliares

Indicado para abdu < 90º


FASE AGUDA: PRICEMEM
 Medicação
 agentes antiiflamatórios não esteroidais
 analgésicos

 Outros recursos
FASE AGUDA: OUTROS
 Relaxar musculatura cervical e cintura
 Técnicas para desativação de pontos
gatilhos

Massagem transversal Miofascial: crochetagem


Terapia combinada profunda Cyriax
FASE AGUDA: OUTROS
 Minimizar efeitos da
imobilização e restrição de
AVD’s
 orientar técnicas de dormir e
AVD’s

 Retardar atrofia muscular


 Introduzir isometria quando for
tolerada
 Braço abaixo de 90º
de abdu e flexão
FASE AGUDA
 Fortalecimento
 Isométricos  isotônicos sem peso (PO só
depois de 8 sem.- diferentes protocolos)
 Na RE colocar toalha abaixo da axila para relaxar
deltoide para maior trabalho do MR
 Ordem de fortalecimento (Jobe e Pinnk in Dutton, 2006)
Posição sem sobrecarga
 Protetores glenoumerais (MR)
20 a 45º de abdução
 Pivôs escapulares (trapézio, levantador da escápula,
serrátil anterior e rombóides)
 Abaixo iniciar só na fase funcional
 Posicionadores umerais (deltóide)
 Propulsores umerais (grande dorsal e peitoral
maior)
 Protocolos de fortalecimento (determinar RM)
FASE FUNCIONAL
Chegar a esta fase quando:

Processo de cicatrização estabilizado

ADM livre de dor até no mínimo 120º

Força muscular manual em áreas não


patológicas em 4+ ou 5

Controle escapular (teste de deslizamento


menor que 1,5cm do lado não dominante)
FASE FUNCIONAL
 Dor: crio, eletro, mobilização articular, medicação
 Mobilidade articular

Abdução diminuída c/
Flexão diminuída RI diminuída mov. escapular
FASE FUNCIONAL
 Fortalecimento com peso
 Iniciar deltóide
 Excêntrico
 Propriocepção
FASE FUNCIONAL
 Fortalecimento
 Incluir grande dorsal e peitoral maior
 Resistência
• Treinamento:
• Semanas 1 e 2:
theraband amarela.
• Semanas 3 e 4
theraband vermelha.
• Semanas 5 à 8
theraband verde.

Fonte: Camargo et al. Effects of strengthening and stretching exercises applied during working hours on pain and physical
impairment in workers with subacromial impingement syndrome. Physiotherapy Theory and Practice. 2009; 25: 463-75.
FASE FUNCIONAL
 Exercícios de cadeia fechada

Exercício do relógio
Flexão 60 a 90º
Realizar manobras
escapulares Retração escapular
FASE FUNCIONAL
 Iniciar exercício de sustentação de peso

Prancha inclinada Descansar sob cotovelo

Press-up
Elevar corpo pelo braço
Movimentar DD para DL (grande dorsal e peitoral <)
FASE FUNCIONAL
 Estabilização (co-contração)
FASE FUNCIONAL
 Proprioceptivos
 FNP (escápula e MMSS)
 Estiramento repetido
 Manter e resistir

Fonte: Paine, R.M.; Wilk, K. Rehabilitation of impingement syndrome (rotator cuff compreesion. Operative Techiniques in
Sports Medicine. 1994; 2(2): 118-135.
FASE FUNCIONAL
 Proprioceptivos
 Integração de cadeias
 Atividades acima da cabeça e
gestos esportivos
Usar protocolos baseado em evidências

Pêndulo Postura Escápula Ativo assistido

ADM ativa Alongamento peitoral Along.Cápsula Fortalecimento Rot.


Fonte: Kuhn, J.E. Exercise in the treatment of rotator cuff impingment.: A systematic review and a synthesized evidence-
based rehabilitation protocol. Journal of Shoulder and Elbow Surgery. 2009; 18 (1): 138-60.
Usar protocolos baseado em evidências

Scaption Cadeira press Push-up plus Serrátil

Linhas Remada alta Trapézio baixo


Fonte: Kuhn, J.E. Exercise in the treatment of rotator cuff impingment.: A systematic review and a synthesized evidence-
based rehabilitation protocol. Journal of Shoulder and Elbow Surgery. 2009; 18 (1): 138-60.
PRINCIPAIS REFERENCIAS
CAILLIET, R. Dor no ombro. Porto Alegre: Artes
Médicas, 2000.

DUTTON, M. Fisioterapia ortopédica: exame,


avaliação e intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2006.

HOPPENFELD, S. Propedêutica ortopédica;


coluna e extremidades. São Paulo: Atheneu, 2007.

KISNER, C.; COLBY, L.A. Exercícios terapêuticos:


fundamentos e técnicas. São Paulo: Manole, 2005.

SOUZA, M.Z. Reabilitação do complexo do ombro.


São Paulo: Manole, 2001.

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