de Durkheim e Lévi‑Strauss
Paula Montero
Resumo
Reconstruindo analiticamente o diálogo entre Claude
Lévi‑Strauss e E. Durkheim em torno do tema do totemismo e das formas de pensamento nas culturas primitivas, este
artigo procura explicitar como a escola francesa inaugurou uma antropologia do simbólico, não hermenêutica e, até hoje,
muito influente no campo dos estudos das religiões. O principal objetivo é demonstrar a centralidade de determinado
conceito de “representação” nessa teoria do simbólico, de viés cognitivista, e examinar, à luz das perspectivas atuais, as
suas limitações para a compreensão dos fenômenos religiosos contemporâneos.
Palavras‑chave: Émile Durkheim; Claude Lévi‑Strauss; simbólico;
estudo das religiões.
Abstract
By analytically reconstructing the dialogue between Claude
Lévi‑Strauss and Émile Durkheim on totemism and forms of thought in primitive cultures, this article discusses the
elaboration of a non‑hermeneutic Anthropology of the symbolic by the so called French school, until this day very
influent in the field of religious studies. The central aim is to demonstrate the importance of a certain cognitivist notion
of “representation” in this theory and to examine, from the perspective of current developments, its limits as a tool for
approaching contemporary religious phenomena.
Keywords: Émile Durkheim; Claude Lévi‑Strauss; symbolic; religious
studies.
Religião e conhecimento
Considerações finais