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De acordo com fontes ouvidas pelo EXTRA, o impasse começou após o registro
feito na delegacia. Antes da pandemia causada pelo novo coronavírus, com o
pedido de remoção do corpo feito pela unidade policial, os bombeiros retiravam
o cadáver do hospital da Seap e o levavam para o Instituto Médico Legal (IML).
Lá, era feito o laudo cadavérico no qual seria atestada a causa da morte do
preso.
No sábado, a direção do IML avaliou que o procedimento deveria ser alterado, e
solicitou que os médicos da Seap realizassem o processo que antes era feito no
instituto. Como não havia qualquer regulamentação para a situação, criou-se o
impasse.
Irmã de Ygor,
Carolyne Nogueira do Nascimento afirma que a família até agora não sabe a causa da
morte do rapaz, que em seu atestado de óbito consta como indefinida. De acordo com a
jovem, o irmão foi preso há cerca de três semanas. Ele era mantido no presídio Ary
Franco, em Água Santa, Zona Norte do Rio, ondehá presos com sarampo. Na última
sexta-feira, horas antes de ser encaminhado para o hospital do sistema prisional, Ygor foi
transferido para a Cadeia Pública Paulo Roberto Rocha.
- Nós esperamos todos esses dias para conseguir liberar o corpo e continuamos
sem saber a causa da morte dele. É desolador. Meu irmão não tinha problemas
de saúde. A única coisa que sabemos é que onde ele estava (o presídio Ary
Franco) tinha surto de sarampo. Ninguém nos fala nada e a gente fica sem
saber o que fazer. O enterro terá que ser com caixão fechado e lacrado e não
sei o motivo - afirmou Carolyne ao EXTRA.