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Metodologia
do Trabalho Acadêmico
Conhecimento e seus níveis Metodologia do Trabalho Acadêmico | UNISUAM
Apresentação
Olá, caro aluno!
Nesse sentido, é fundamental que tenha consciência de que "ler é preciso". Em outras palavras,
é preciso fazer da leitura um prazer, transformando a literatura, os livros e artigos científicos
nossos companheiros mais frequentes. Assim, ampliará seu vocabulário e se familiarizará
com as peculiaridades da linguagem.
Esperamos que ao final desta disciplina você seja capaz de: refletir sobre as diferentes
formas de ver o mundo; perceber o papel da ciência para o seu ambiente social, acadêmico e
profissional; correlacionar ciência e conhecimento científico; reconhecer os fundamentos e os
métodos presentes na produção do conhecimento científico; elaborar trabalhos acadêmicos
usando as normas da ABNT.
Bom estudo!
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CONHECIMENTO
E SEUS NÍVEIS
introdução
Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre
um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce
do “nada”, mas sim das experiências que vivenciamos em
nosso dia a dia, através dos relacionamentos interpessoais,
das leituras que realizamos etc.
Fonte: <http://tempestade12d.blogspot.
com.br/2013/12/o-que-distingue-o- Comecemos, então!
conhecimento.html> Onde existe vontade, há caminho!
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O sentido de um texto está centrado no autor, basta somente sabermos captar a intenção que
esse autor quis dar ao seu texto. Imagine que você abra um jornal e encontre as manchetes:
“Morador do Rio leva 50 minutos até o trabalho”; “Aluguel leva mais de um terço da renda
em 25% dos imóveis locados no país”; “Hidrelétricas brasileiras contribuem para redução
de gases do efeito estufa”.
Para que você possa optar por uma das manchetes, levará em consideração sua intenção
e seus interesses. Ou seja, se você se interessa pelo tempo de deslocamento no Rio de
Janeiro, por economia, por ciência tecnologia, ou ainda por todos esses assuntos.
A leitura só terá validade se você conseguir entender o que foi lido e for capaz de comentar o
seu conteúdo. Em outras palavras, a leitura somente terá valor se você for capaz de explicar,
discutir, avaliar o que leu.
ler é uma
introdução, orelhas. Assim, você tem uma visão geral do
que é tratado pelo autor.
atividade
2º Passo: Leitura seletiva
Leia o texto (ou livro) todo e escolha os melhores trechos,
de acordo com seus objetivos. Procure a compreensão da
ideia geral do autor.
sentidos.”
tomar decisões oportunas na busca do saber e na formação
do estado de espírito crítico e hábitos correspondentes
necessários ao processo de investigação científica.
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O conhecimento é construído por meio de dois elementos: o sujeito que quer conhecer e o
objeto a ser conhecido. Esse conhecimento é influenciado pela nossa cultura, pelo nosso
saber. O que observamos acerca de um objeto pode ser diferente do que a outra pessoa
observa. Quer fazer um teste? O que você vê, na imagem a seguir, em primeiro lugar?
figura de rubin
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Alguns, à primeira vista, visualizarão um vaso branco com fundo preto; outros, dois rostos
pretos em um fundo branco. Qual é a correta? Ambas. Cada um vê a imagem de acordo
com sua percepção.
Nós, na posição de sujeitos, nos transformamos mediante o novo saber, e o objeto também
se transforma, pois o conhecimento lhe dá sentido. Podemos interpretar o objeto de várias
formas. Cada interpretação dependerá do enfoque que queremos dar ao conhecimento.
Tipos de Conhecimento
CIENTÍFICO
FILOSÓFICO POPULAR
RELIGIOSO
É importante ressaltar, que não existe uma hierarquia de conhecimentos, todos têm igual
relevância e se complementam. Por isso, foram representados na imagem em círculos
sobrepostos. Esse pensamento é adotado a partir da crise paradigmática da ciência moderna.
Nela o conhecimento científico se constrói em oposição ao senso comum, pois entende que
este último é superficial, ilusório e falso (SANTOS, 2002).
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T3 Conhecimento Filosófico
Você já ter lido ou ouvido falar, nos últimos anos, sobre notícias envolvendo a corrupção no
Brasil. Você pode promover uma discussão sobre esse assunto, levando em consideração
dois pontos. Pode discuti-lo a partir do senso comum, reproduzindo ideias, como: nunca o
Brasil deixará de ser um país corrupto; todos os políticos são corruptos. Ou pode provocar uma
discussão mais crítica, lendo, debatendo, questionando, por exemplo: O que é corrupção? O
que é ética? Fazendo isso, você aprofunda o assunto e amplia os pontos de vista. Estamos
falando, aqui, do conhecimento filosófico.
O conhecimento filosófico parte da razão. Busca as verdades do mundo por meio da indagação
e do debate - do filosofar. Ele é imperceptível aos nossos sentidos. Sua base é a reflexão e
o questionamento do homem.
Marconi e Lakatos (2003, p. 78) destacam que o conhecimento filosófico não é verificável,
já que suas hipóteses não são confirmadas e nem refutadas. Entretanto, é composto por
um conjunto de enunciados, com lógica de organização, que se correlacionam. “Seus
postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação
(experimentação)”. Dessa forma, caracteriza-se:
Segundo Ferrari (1974, p. 72), “as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto,
este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação”. Ruiz (2002) reforça
essa ideia, quando afirma que o método racional, exige apenas a coerência lógica e não é
preciso a confirmação experimental.
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1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade,
sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
3 Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!
5 Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não
guarda rancor.
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5. Deus falou de fato aos profetas e, pelos profetas, a todo seu povo e pelo seu Filho Jesus
Cristo e toda Humanidade.
6. O que Deus falou, ou parte do que Deus falou, está escrito nos textos das escrituras
sagradas dos antigo e novo testamentos vulgarmente denominados Bíblia.
7. Os textos bíblicos são autênticos, não foram adulterados, e são suficientemente claros e
explícitos para que possamos entender hoje quanto foi escrito a dois, quatro ou mais milênios.
8. Se tudo o que está na Bíblia encerra a própria ciência divina comunicada por Deus aos
homens; se Deus merece todo crédito e exige que os homens recebam sua palavra e aceitem
como condição de salvação, é natural que não se procure a evidência dos conteúdos na
revelação divina, mas que se aceite o dogma “porque assim foi divinamente revelado”.
(RUIZ, 2002, p. 105)
Desta maneira o conhecimento religioso é uma “verdade incontestável” (ibid.) porque tudo
é explicado pela fé e pela ação divina.
porque
tudo é
explicado
pela fé
e pela
ação
divina
https://s-media-cache-ak0.
pinimg.com/originals/a6/88/d4/
a688d4acb5c9a53af89d22d856420331.jpg
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T4 Conhecimento Científico
Antes de partirmos para conhecimento científico, vamos conversar um pouco sobre o que é ciência.
O ser humano evoluiu para a busca de respostas através de caminhos que pudessem
ser comprovados, nos quais pudesse refletir sobre as experiências e transmitir a seus
descendentes a necessidade de saber o porquê dos acontecimentos. Isto foi o impulso para
a evolução do homem e o surgimento da ciência.
Agora que já conhecemos o que é ciência, vamos estudar o que é conhecimento científico.
pare e reflita
Quantos tipos diferentes de sujeitos podem estudar
a cabeça do homem, cada um partindo de um objeto
diferenciado e construindo um ramo específico
do saber? VÁRIOS: o psicólogo, o psiquiatra, o
neurologista, o psicanalista, o endocrinologista,
o anatomista, o dermatologista e o esteticista. E,
com certeza, além desta lista, poderemos citar
outros. Cada um destes recortes foi feito a partir dos
conceitos de uma teoria, isto é, a ciência acredita
que existem hormônios, e por isso existe um tipo
de estudo que isola este objeto. A ciência também
acredita que a pele tem uma existência particular
em relação ao corpo e é, por isso, que existe o
dermatologista. Um teórico descobriu as emoções e
seus efeitos e, então, criou-se um objeto de estudo
específico para o psicólogo. Depois que Freud
descobriu o inconsciente, nasceu a psicanálise.
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Volpato (2010, p. 29) ressalta que o conhecimento científico deve cumprir alguns requisitos,
isso significa que deverá seguir um método, que seja aceito pela maior parte dos cientistas.
Entretanto, destaca que essa é uma questão que pode ser considerada temporal, visto que
“depende dos conceitos aceitos em um dado momento”. Exemplifica com a homeopatia e a
acupuntura, que foram negadas durante muito tempo e hoje fazem parte do nosso sistema
público de saúde.
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• Objetivo: busca alcançar a verdade factual por intermédio dos meios de observação
e experimentação.
• Factual: parte dos fatos e interfere neles por ações claramente definidas e controláveis,
avaliando tal ação, de modo a não deturpá-los e induzir a um conhecimento falso.
• Transcende- os fatos: vai além dos fatos, demonstrando suas causas e consequências.
• Comunicável: deve estar formulado para que outros investigadores possam verificar
seus dados e hipóteses.
• Explicativo: além de buscar saber como são as coisas, procura responder o porquê.
Conclusão
O conhecimento é a relação que se estabelece entre o
sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser
conhecido ou que se dá a conhecer. Existem quatro tipos de
conhecimento: o popular ou do senso comum, que é o modo
comum de adquirir conhecimento sem que haja reflexão;
o filosófico, que parte da razão, buscando as verdades do
mundo por meio da indagação e do debate – do filosofar; o
religioso ou teológico, que é adquirido nos livros sagrados e
aceito (racionalmente) pelos homens depois de ter passado
pela crítica histórica mais exigente; e o científico, que procura
explicar de modo racional aquilo que está sendo observado.
Saiba mAIS
Vamos assistir dois vídeos que resumem o que
estudamos até aqui?
https://www.youtube.com/
watch?v=zIrLyxjhY6s
https://www.youtube.com/watch?v=xED_
Tq5rJZQ
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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São Paulo: Cultura Acadêmica/Scripta, 2010.
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