Você está na página 1de 6

Capítulos de medição do projecto

I. Trabalhos Preparatórios
1.1. Desmatação

II. Movimento de Terras


2.1. Escavação de valas
2.2. Reposição de terras ou aterro para enchimento
2.3. Movimento de Terras para canalizações e cabos enterrados

III. Pavimentos e Drenagens Exteriores


I. Custo de Equipamento

A depender do porte da obra, os equipamentos ocupam muitas das frentes de serviço.


Pequenos ou grandes, alugados ou próprios, hidráulicos, pneumáticos ou elétricos,
equipamentos frequentemente representam grande parcela do custo de um serviço.

Numa composição de custos de um serviço, estabelecer uma taxa horaria, como será visto a
seguir envolve um processo mais complicado do que o utilizado na análise da mão-de-obra e d
material. Em primeiro lugar, a quando da compra de um equipamento o empreiteiro esta
investindo um capital que poderia estar rendendo juros em um banco, em segundo lugar o uso
diário do equipamento acarreta despesas de várias espécies.

É necessário o empreiteiro recuperar com o uso do equipamento todo o desembolso ocorrido


com a aquisição, operação e manutenção de um equipamento todo desembolso ocorrido com
aa aquisição, operação, manutenção, seguir, além de juros refentes ao capital investido.

1.1. Custo horário total


Os custos envolvidos na hora do equipamento são basicamente de três famílias como
mostrado na fórmula seguinte:

𝐂𝐡 = 𝐃𝐡 + 𝐉𝐡 + 𝐏𝐡 + 𝐂𝐡 + 𝐋𝐡 + 𝐌𝐎𝐡 + 𝐌𝐛

Onde:

Dh-Custo horário da depreciação Custo de propriedade


Jh-Custo horário de juros

Ph-Custo horário de pneus Custo de Operação


Ch-Custo horário dos combustíveis
Lh-custo horário dos Lubrificantes
MOh-Custo horário do Operador

Mh-custo horário de Manutenção Custo de Manutenção

1.2. Hora Produtiva e hora improdutiva


A hora produtiva de um equipamento é a hora de trabalho efectivo.seu custo é a soma de
todas as parcelas do custo de propriedade, operação e manutenção.

A hora improdutiva corresponde a uma hora de trabalho em que o equipamento fica a


disposição do serviço, porem sem ser empregado Efectivamente. Leva em conta apenas o
custo de propriedade e a mão-de-obra de operação

1.3. Custo de Propriedade


São custos provenientes da perda do valor do equipamento com o decorrer do tempo. Para
poder repor o equipamento no futuro uma parcela do valor de aquisição deve ser cobrada de
cada serviço em que o referido equipamento for empregado.
a. Depreciação

Pode-se definir depreciação como a diminuição do valor contábil do equipamento com o


passar do tempo, a contar a partir da aquisição do mesmo.

A depreciação horaria depende de três parâmetros: o valor de aquisição, a vida útil, o valor
residual.

Valor de Aquisição

Valor de Aquisição (Vo) é valor pelo qual o equipamento foi acrescido dos impostos cabíveis,
seguro e despesas com frete, armazenamento e desembaraço.

Vida Útil(Vu)

Dá-se o nome de Vida Útil (VU) ao período de tempo em que o equipamento trabalha de
forma eficiente e produtiva.

Em horas:

𝑉𝑢 = 𝑛 × 𝑎

N-Vida útil em anos

A-horas de utilização

Equipamento Vida Útil


Anos [n] Horas [a]
Perfuradora manual 3 2000
Betoneira 4 1250
Trator sobre esteiras 5 2000
Rolo pé-de-carneiro 8 1750
Compressor de Ar 5 2000
Camião basculante 5 2000
Camião de carga 8 A 12 2000
Pá carregadora 4a6 2000
Retro escavador 5 2000

Valor Residual (Vr)

É o valor que uma máquina ainda possui após haver sido utilizada durante a quantidade de
horas estabelecida como sua vida útil. É o valor estimado de revenda ao final da vida útil. Nos
cálculos de custo horário de depreciação, normalmente adota-se um valor residual de 10% a
20%.

O custo de propriedade deixa de existir a partir do número total de horas previamente


estabelecido durante o cálculo da depreciação. Nota-se, assim, que estender a vida útil de um
equipamento é de primordial importância para o construtor.
 Depreciação – Método linear

Pelo Método Linear, assume-se que o valor do equipamento decrescerá a partir do valor de
aquisição original segundo uma taxa uniforme. A perda de valor entre dois anos consecutivos é
constante, independente da idade da máquina naquele período.
Vo − Vr Vo − Vr
Dh = =
Vu n ×a

Exemplo 1: uma betoneira foi comprada por 200. 000,00 Mt e sua vida útil estimada são cinco
anos, considerando-se uma utilização de 2000 horas por ano. O valor residual é de 10% do
original. Calcule a depreciação pelo método linear.

Resolução:

Valor de aquisição (Vo) = 200.000,00 Ano Taxa de Depreciação Saldo


Mt depreciação anual contabilístico
%
Valor Residual (Vr) = 10% x 200.000,00
0 - - 200.000,00
= 20.000,00Mt 1 20% 36.000,00 164.000,00
Vida útil (Vu) = 5 anos x 2000 h/ano = 2 20% 36.000,00 128.000,00
10.000 h 3 20% 36.000,00 92.000,00
4 20% 36.000,00 56.000,00
5 20% 36.000,00 20.000,00= Vr
Taxa de depreciação
∑ = 180.000,00
𝟏𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑻= = 𝟑𝟔. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝑴𝒕
𝟓
Ano Depreciação
𝟑𝟔. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Horaria
𝑻% = × 𝟏𝟎𝟎% = 𝟐𝟎%
𝟏𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 0 -
1 18,00 Mt
2 18,00 Mt
3 18,00 Mt
4 18,00 Mt
5 18,00 Mt

 Depreciação - Método Exponencial

A essência do exponencial é tornar a depreciação proporcional ao estado do equipamento, ou


seja, depreciar o equipamento mais nos primeiros anos - quando ele está em melhor estado - e
menos nos últimos anos da vida útil.

Na depreciação baseada no medo exponencial, o percentual cobrado ano a ano é o dobro


daquele da depreciação linear, porém aplicado sobre o saldo ainda a depreciar, ou seja, o
valor da depreciação em um determinado ano é dado pela multiplicação da referida taxa
percentual pelo saldo no princípio do ano.
Exemplo: Calcular a depreciação do equipamento do exemplo anterior pelo Método
exponencial.

Resolução:

Valor de aquisição (Vo) = 200.000,00 Ano Taxa de Depreciação Saldo


Mt depreciação anual contabilístico
%
Valor Residual (Vr) = 10% x 200.000,00
0 - - 200.000,00
= 20.000,00Mt 1 40% 80.000,00 120.000.00
Vida útil (Vu) = 5 anos x 2000 h/ano = 2 40% 48.000,00 72.000,00
10.000 h 3 40% 28.800,00 43.200,00
4 40% 17.280,00 25.920,00
5 40% 5.920,00 20.000,00= Vr
Taxa de depreciação
∑ = 180.000,00
𝟏𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝑻= = 𝟑𝟔. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝑴𝒕
𝟓
Ano Depreciação
𝟑𝟔. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Horaria
𝑻% = 𝟐 × × 𝟏𝟎𝟎% = 𝟒𝟎%
𝟏𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 0 -
1 40,00 Mt
2 24,00 Mt
3 14,40 Mt
4 8,64 Mt
5 2,96 Mt

 Depreciação - Método da Soma dos Anos

Neste método a taxa de depreciação anual varia ano a ano. O primeiro passo é colocar os anos
da vida útil em ordem crescente (1, 2…) e somá-las. Por exemplo, para uma vida útil de cinco
anos, a soma é 1+2+3+4+5=15. O próximo passo é atribuir a cada ano uma taxa igual à razão
entre os números em ordem decrescente e a soma dos números, ou seja, no primeiro ano a taxa
de depreciação é 5/15; no segundo ano, 4/15, etc. Cada fração é aplicada sobre o valor de
aquisição deduzido do valor residual.

Exemplo: Calcular a depreciação do equipamento do exemplo anterior pelo Método da Soma


dos Anos

Resolução:
Valor de aquisição (Vo) = 200.000,00 Ano Taxa de Depreciação Saldo
Mt depreciação anual contabilístico
0 - - 200.000,00
Valor Residual (Vr) = 10% x 200.000,00
1 5/15 60.000,00 140.000,00
= 20.000,00Mt 2 4/15 48.000,00 92.000,00
Vida útil (Vu) = 5 anos x 2000 h/ano = 3 3/15 36.000,00 56.000,00
10.000 h 4 2/15 24.000,00 32.000,00
5 1/15 12.000,00 20.000,00= Vr
∑ = 180.000,00
Razão:
𝑅 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
Ano Depreciação
Horaria
0 -
1 30,00 Mt
2 24,00 Mt
3 18,00 Mt
4 12,00 Mt
5 6,00 Mt

Você também pode gostar