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Disposições Gerais
PUBLICAÇÃO
Portaria MTb 3.214, de 08 de junho de 1978
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO
Portaria SEPRT 915, de 30 de julho de 2019
LegendaNRCognitiva
► s.s.t: segurança e saúde no trabalho
Sumário
1.1 –
Objetivo;
1.2 –
Campo de aplicação;
1.3 –
Competências e estrutura;
1.4 –
Direitos e deveres;
1.5 –
Da prestação de informação digital e digitalização de
documentos;
1.6 – Capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no
Trabalho;
1.7 – Tratamento diferenciado ao Microempreendedor Individual,
à Microempresa e à Empresa de Pequeno Porte - EPP;
1.8 – Disposições finais.
Anexos
1|Página
1.1 Objetivo
2|Página
dos Estados ou Municípios, bem como daquelas oriundas de
convenções e acordos coletivos de trabalho.
3|Página
►
►
4|Página
Compete: à SIT e aos órgãos regionais subordinados a SIT (nos
limites de sua competência) executar
► a fiscalização das leis e regulamentos sobre s.s.t
► as atividades da CANPAT e do PAT
5|Página
Cabe ao empregador
► cumprir e fazer cumprir as leis e regulamentos sobre s.s.t
► informar aos trabalhadores
➢ os riscos ocupacionais
➢ as medidas de controle da empresa para reduzir ou eliminar os riscos
➢ os resultados dos exames médicos e exames complementares de diagnóstico
➢ os resultados das avaliações ambientais dos locais de trabalho
► elaborar ordens de serviço sobre s.s.t e informar aos trabalhadores
► permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização das leis e
regulamentos sobre s.s.t
► determinar procedimentos que devem ser adotados para acidente ou doença do trabalho
e para a análise das causas
► disponibilizar todas as informações sobre s.s.t à Inspeção do Trabalho
► implementar medidas de prevenção, depois de ouvir os trabalhadores, com a seguinte
ordem de prioridade
➢ eliminação dos fatores de riscos
➢ minimização e controle dos fatores de riscos com a adoção de proteção coletiva
➢ minimização e controle dos fatores de riscos com a adoção de medidas
✓ administrativas
✓ de organização do trabalho
➢ proteção individual
Cabe ao trabalhador
► cumprir
➢ as leis e regulamentos sobre s.s.t
➢ as ordens de serviço do empregador
► submeter-se aos exames médicos previstos nas NR
► colaborar com a organização na aplicação das NR
► usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador
1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma situação de
trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, informando
imediatamente ao seu superior hierárquico.
6|Página
1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação
de grave e iminente risco, não poderá ser exigida a volta dos trabalhadores à atividade, enquanto
não sejam tomadas as medidas corretivas.
1.4.4 Todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de função que implique em alteração
de risco, deve receber informações sobre:
a) os riscos ocupacionais que existam ou possam originar-se nos locais de trabalho;
b) os meios para prevenir e controlar tais riscos;
c) as medidas adotadas pela organização;
d) os procedimentos a serem adotados em situação de emergência; e
e) os procedimentos a serem adotados em conformidade com os subitens 1.4.3 e 1.4.3.1.
(1.4.3) O trabalhador poderá interromper suas atividades, informando imediatamente ao seu superior hierárquico
► quando constatar uma situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua
vida e saúde
1.5.2 Os documentos previstos nas NR podem ser emitidos e armazenados em meio digital
com certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-
Brasil), normatizada por lei específica.
Nota NRCognitiva
Certificado Digital na ICP-Brasil do ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (órgão público da Casa Civil -
Presidência da República)
► Conceito:
A Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil é uma cadeia hierárquica de confiança que viabiliza a
emissão de certificados digitais para identificação virtual do cidadão.
8|Página
➢ Vídeo explicativo retirado do site oficial do ITI - Instituto
Nacional de Tecnologia da Informação, em anexo.
► Observar:
O modelo adotado pelo Brasil foi o de certificação com raiz única, sendo que o ITI, além de desempenhar o papel de
Autoridade Certificadora Raiz – AC-Raiz, também tem o papel de credenciar e descredenciar os demais participantes
da cadeia, supervisionar e fazer auditoria dos processos.
1.5.3.2 Os empregadores que optarem pela guarda de documentos prevista no caput devem
manter os originais conforme previsão em lei.
9|Página
➢ a interoperabilidade
Nota NRCognitiva
Documento nato digital
► documento que nasceu em formato digital, por exemplo, produzido por um pc (ambiente office) ou por uma câmera
digital.
1.5.5 O empregador deve garantir à Inspeção do Trabalho amplo e irrestrito acesso a todos os
documentos digitalizados ou nato digitais.
1.5.5.1 Para os documentos que devem estar à disposição dos trabalhadores ou dos seus
representantes, a organização deverá prover meios de acesso destes às informações de modo a
atender os objetivos da norma específica.
1.6.1.1 Ao término dos treinamentos inicial, periódico ou eventual, previstos nas NR, deve ser
emitido certificado contendo o nome e assinatura do trabalhador, conteúdo programático, carga
horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do
responsável técnico do treinamento.
10 | P á g i n a
➢ assinatura do responsável técnico do
treinamento
1.6.1.2.1 O treinamento inicial deve ocorrer antes de o trabalhador iniciar suas funções ou de
acordo com o prazo especificado em NR.
1.6.1.2.2 O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade estabelecida nas
NR ou, quando não estabelecido, em prazo determinado pelo empregador.
11 | P á g i n a
► estágio prático
► prática profissional supervisionada
► orientação em serviço
► exercícios simulados
► habilitação para operação de
➢ veículos
➢ embarcações
➢ máquinas
➢ equipamentos
Os treinamentos previstos em NR
► podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da organização
➢ desde que os conteúdos e a carga horária da NR sejam cumpridos
► podem ser aproveitados seus conteúdos na mesma organização
12 | P á g i n a
➢ estejam no treinamento anterior
► o conteúdo do treinamento anterior tenha sido ministrado
➢ ou em prazo inferior ao estabelecido em NR
➢ ou em menos de 2 anos, quando não estabelecida em NR
► seja validado pelo responsável técnico do treinamento
1.6.6.1.1 A validade do novo treinamento passa a considerar a data do treinamento mais antigo
aproveitado.
1.6.7 Os treinamentos realizados pelo trabalhador poderão ser avaliados pela organização e
convalidados ou complementados.
Os treinamentos
► podem ser ministrados
➢ na modalidade de ensino a distância
➢ na modalidade semipresencial
► desde que atendidos os requisitos (Anexo II)
➢ operacionais
➢ administrativos
➢ tecnológicos
➢ de estruturação pedagógica
O conteúdo prático do treinamento (desde que previsto em NR específica) pode ser realizado
► ou na modalidade de ensino a distância
► ou na modalidade semipresencial
14 | P á g i n a
1.7 Tratamento diferenciado para:
- o Microempreendedor Individual – MEI
- a Microempresa – ME
- a Empresa de Pequeno Porte – EPP
1.5.1 As organizações devem prestar informações de segurança e saúde no trabalho em formato digital
► conforme modelo aprovado pela STRAB e considerados os princípios
➢ da simplificação
15 | P á g i n a
➢ da desburocratização
► ouvida a SIT
1.7.2.1 A dispensa do PCMSO não desobriga a empresa da realização dos exames médicos e
emissão do Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.
1.5.1 As organizações devem prestar informações de segurança e saúde no trabalho em formato digital
► conforme modelo aprovado pela STRAB e considerados os princípios
➢ da simplificação
➢ da desburocratização
► ouvida a SIT
1.7.3 Os graus de riscos 1 e 2 mencionados nos subitens 1.7.1 e 1.7.2 são os previstos na Norma
Regulamentadores n.º 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT.
1.7.4 O empregador é o responsável pela prestação das informações previstas nos subitens 1.7.1
e 1.7.2.
16 | P á g i n a
O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no
trabalho
► acarretará a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.
ANEXO I
TERMOS E DEFINIÇÕES
Canteiro de obra: área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio
e execução à construção, demolição ou reforma de uma obra.
Canteiro de obra
► área de trabalho
➢ fixa
➢ temporária
► onde se desenvolvem operações de apoio e operações de execução de uma obra
➢ construção
➢ demolição
➢ reforma
17 | P á g i n a
Empregado: a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
Empregado
► pessoa física
► presta serviços de natureza não eventual a empregador
➢ sob dependência deste
➢ mediante salário (pago por este)
Empregador:
► empresa individual ou coletiva
➢ que assume os riscos da atividade econômica
➢ que admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços
► equiparam-se ao empregador (quando admitir trabalhadores como empregados)
➢ as organizações
➢ os profissionais liberais
➢ as instituições de beneficência
➢ as associações recreativas
➢ as instituições sem fins lucrativos
Estabelecimento
► local, temporário ou permanente, onde a empresa ou organização exerce atividades
➢ privado ou público
➢ edificado ou não
➢ móvel ou imóvel
➢ próprio ou de terceiros
Frente de trabalho
► área de trabalho
➢ móvel
➢ temporária
18 | P á g i n a
Obra: todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção
ou reforma.
Obra
► qualquer serviço de engenharia
➢ construção
➢ montagem
➢ instalação
➢ manutenção
➢ reforma
Organização: pessoa ou grupo de pessoas com suas próprias funções com responsabilidades,
autoridades e relações para alcançar seus objetivos. Inclui, mas não é limitado a empregador, a
tomador de serviços, a empresa, a empreendedor individual, produtor rural, companhia,
corporação, firma, autoridade, parceria, organização de caridade ou instituição, ou parte ou
combinação desses, seja incorporada ou não, pública ou privada.
19 | P á g i n a
Perigo ou fator de risco: fonte com o potencial para causar lesão ou problemas de saúde.
Prevenção
► o conjunto de medidas (para todas as fases da atividade da organização)
➢ ou tomadas
➢ ou previstas
► visando, quanto aos riscos ocupacionais
➢ ou evitar
➢ ou eliminar
➢ ou minimizar
➢ ou controlar
20 | P á g i n a
Setor de serviço
► a menor unidade administrativa ou operacional no mesmo estabelecimento
Trabalhador
► pessoa física inserida numa relação de trabalho
➢ ou empregado
➢ ou sem vínculo de emprego
ANEXO II
Sumário
1. Objetivo
21 | P á g i n a
2. Disposições gerais
3. Estruturação pedagógica
4. Requisitos operacionais e administrativos9
5. Requisitos tecnológicos
6. Glossário
1. Objetivo
2. Disposições gerais
2.1 O empregador que optar pela realização das capacitações por meio das modalidades de
ensino a distância ou semipresencial poderá desenvolver toda a capacitação ou contratar
empresa ou instituição especializada que a oferte, devendo em ambos os casos observar os
requisitos constantes deste Anexo e da NR-01.
22 | P á g i n a
➢ formalizará a obrigatoriedade do prestador
de atender esta NR
2.3 As capacitações que utilizam ensino a distância ou semipresencial devem ser estruturadas
com, no mínimo, a duração definida para as respectivas capacitações na modalidade presencial.
2.5 As atividades práticas obrigatórias devem respeitar as orientações previstas nas NR e estar
descritas no Projeto Pedagógico do curso.
3. Estruturação pedagógica
3.1 Sempre que a modalidade de ensino a distância ou semipresencial for utilizada, será
obrigatória a elaboração de projeto pedagógico que deve conter:
a) objetivo geral da capacitação;
b) princípios e conceitos para a proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores, definidos
nas NR;
c) estratégia pedagógica da capacitação, incluindo abordagem quanto à parte teórica e prática,
quando houver;
d) indicação do responsável técnico pela capacitação;
e) relação de instrutores, quando aplicável;
f) infraestrutura operacional de apoio e controle;
g) conteúdo programático teórico e prático, quando houver;
h) objetivo de cada módulo;
i) carga horária;
j) estimativa de tempo mínimo de dedicação diária ao curso;
k) prazo máximo para conclusão da capacitação;
l) público alvo;
m) material didático;
n) instrumentos para potencialização do aprendizado; e
o) avaliação de aprendizagem.
23 | P á g i n a
3.2 O projeto pedagógico do curso deverá ser
validado a cada 2 (dois) anos ou quando houver mudança na NR, procedendo a sua revisão,
caso necessário.
3.2 O projeto pedagógico do curso deverá ser validado a cada 2 (dois) anos ou quando houver
mudança na NR, procedendo a sua revisão, caso necessário.
4.1 O empregador deve manter o projeto pedagógico disponível para a inspeção do trabalho,
para a representação sindical da categoria no estabelecimento e para a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA.
24 | P á g i n a
4.2 Deve ser disponibilizado aos trabalhadores todo o material didático necessário para
participar da capacitação, conforme item 3.1 deste Anexo.
4.3 Devem ser disponibilizados recursos e ambiente que favoreça a concentração e a absorção
do conhecimento pelo empregado, para a realização da capacitação.
4.4 O período de realização do curso deve ser exclusivamente utilizado para tal fim para que
não seja concomitante com o exercício das atividades diárias de trabalho.
4.5 Deve ser mantido canal de comunicação para esclarecimento de dúvidas, possibilitando a
solução das mesmas, devendo tal canal estar operacional durante o período de realização do
curso.
4.6 A verificação de aprendizagem deve ser realizada de acordo com a estratégia pedagógica
adotada para a capacitação, estabelecendo a classificação com o conceito satisfatório ou
insatisfatório.
4.6.2 Quando a avaliação da aprendizagem for online, devem ser preservadas condições de
rastreabilidade que garantam a confiabilidade do processo.
25 | P á g i n a
Serão preservadas, quando a avaliação da aprendizagem for online
► condições de rastreabilidade que garantam a confiabilidade do processo
4.7 Após o término do curso, as empresas devem registrar a realização do mesmo, mantendo o
resultado das avaliações de aprendizagem e informações sobre acesso dos participantes (logs).
4.7.1 O histórico do registro de acesso dos participantes (logs) deve ser mantido pelo prazo
mínimo de 2 (dois) anos após o término da validade do curso.
5. Requisitos tecnológicos
6. Glossário
Ambiente exclusivo
Espaço físico distinto (diferente e separado) do posto de trabalho que disponibilize ao
trabalhador
► recursos tecnológicos para execução do curso
► conforto adequadas para a aprendizagem
26 | P á g i n a
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA):
Espaço virtual de aprendizagem que oferece condições para interações (síncrona e assíncrona)
permanentes entre seus usuários. Pode ser traduzida como sendo uma “sala de aula” acessada
via web. Permite integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de
maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar
e socializar produções, tendo em vista atingir determinados objetivos.
Nota NRCognitiva
Comunicação Síncrona
► quando falamos com pessoas de maneira direta
► o emissor passa a mensagem e o receptor responde
► o diálogo ocorre instantaneamente
➢ as mensagens emitidas por uma pessoa são imediatamente recebidas e respondidas por outras pessoas
► exemplo de ferramentas de comunicação síncrona
➢ telefone
➢ reuniões
➢ aulas de ensino presencial
➢ na internet essa forma de comunicação é comum em hangouts (plataforma de comunicação, desenvolvida
pela “Google” que inclui mensagens instantâneas)
➢ videoconferência
Comunicação Assíncrona
► está desconectada do tempo e do espaço
► o comunicador e o receptor podem manter relacionamento na medida em que tenham tempo disponível
► estar online não significa estar à disposição
➢ a pessoa do outro lado pode estar ocupada, realizando alguma tarefa ou simplesmente tratando com
prioridade um assunto mais importante
► exemplos de ferramentas de comunicação assíncrona
➢ whatsapp
➢ aplicativos de mensagens
➢ e-mail
➢ SMS
➢ secretária eletrônica
Avaliação de Aprendizagem
► avaliar o conhecimento adquirido pelo trabalhador
27 | P á g i n a
► avaliar o grau de assimilação após a
capacitação
Ensino semipresencial
► Junção
➢ de atividades presenciais obrigatórias
➢ com atividades que podem ser realizadas sem a presença física do participante
em sala de aula
► são utilizados recursos didáticos com suporte de
➢ tecnologia
➢ material impresso
➢ outros meios de comunicação
Projeto pedagógico:
► Instrumento que gera o processo de ensino e aprendizagem, registrando
➢ o objetivo da aprendizagem
➢ a estratégia pedagógica escolhida para a formação e a capacitação dos
trabalhadores
➢ todas as informações envolvidas no processo
28 | P á g i n a
Instrumentos para potencialização do aprendizado
► com objetivo de tornar mais eficaz o processo de ensino-aprendizagem
► são:
➢ recursos
➢ ferramentas
➢ dinâmicas
➢ tecnologias de comunicação
Log: registro informatizado de acesso ao sistema. Ex.: log de acesso: registro de acessos; login:
registro de entrada; logoff: registro de saída.
Log
► registro informatizado de acesso ao sistema
► exemplos:
➢ log de acesso = registro de acessos
➢ login = registro de entrada
➢ logoff = registro de saída
29 | P á g i n a
CLT
Consolidação das Leis do Trabalho
DECRETO-LEI
Decreto-Lei 5452, de 1º de maio de 1943
TÍTULO II
DAS NORMAS GERAIS DE TUTELA DO TRABALHO
CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
Redação dada pela Lei 6.514, de 22/12/1977
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo, não
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam
incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que
se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções
coletivas de trabalho.
I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste
Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
SEÇÃO XV
Das Outras Medidas Especiais de Proteção
Art. 200 - Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às normas de que trata este
Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:
30 | P á g i n a
IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas
preventivas adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra
fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas
e protegidas, com suficiente sinalização;
V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a céu aberto, com provisão,
quanto a este, de água potável, alojamento e profilaxia de endemias;
VI - proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e não-ionizantes, ruídos,
vibrações e trepidações ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis
para eliminação ou atenuação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da
ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade, controle
permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam necessárias;
VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações sanitárias, com separação de
sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das
refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução,
tratamento de resíduos industriais;
VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo.
Parágrafo único - Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a que se refere este artigo serão
expedidas de acordo com as resoluções a respeito adotadas pelo órgão técnico.
III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões
proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do
trabalho.
Art. 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua
jurisdição:
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo,
determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo,
nos termos do art. 201.
SEÇÃO XVI
Das Penalidades
Art. 201 - As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão punidas com multa de
30 (trinta) a 300 (trezentas) vezes o valor-de-referência previsto no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29
de abril de 1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 50 (cinquenta) a 500 (quinhentas) vezes
o mesmo valor.
31 | P á g i n a
II - instruir os empregados, através de ordens de
serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
III - conhecer, em segunda e última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões
proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho em matéria de segurança e higiene do
trabalho.
Art. 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a
outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às
empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.
- Fim -
32 | P á g i n a