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Prevenção de Acidentes -
CIPA
Módulo 01
Normas As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança
e medicina do trabalho, são de observância obrigatória
pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
Regulamentadoras públicos da administração direta e indireta.
Normas
relacionadas à CIPA
▪ NR 01 – Disposições Gerais;
▪ NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional
▪ NR 15 - Atividades E Operações Insalubres
▪ NR 16 - Atividades E Operações Perigosas
▪ NR 17 - Ergonomia
Estabelecer diretrizes de ordem administrativas, de planejamento
e de organização, que objetivam a implementação de medidas de
controles e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
Introdução condições e no meio ambiente de trabalho portuário.
Familiarizar o treinando com as suas qualidades e limitações.
Desenvolver no treinando a habilidade para realizar tarefas com
segurança e eficiência, de forma a evitar acidentes.
5.1 Objetivo
5.1.1 Esta norma regulamentadora - NR estabelece os parâmetros e os requisitos da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA tendo por objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e
promoção da saúde do trabalhador.
5.2 Campo de aplicação
5.2.1 As organizações e os órgãos públicos da administração
direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo,
Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, devem
constituir e manter CIPA.
5.2.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nesta NR
a outras relações jurídicas de trabalho.
Atribuições da CIPA
• Acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação
de riscos bem como a adoção de medidas de prevenção
implementadas pela organização;
• Registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em
conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do
mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua
Atribuições da escolha, sem ordem de preferência, com assessoria do Serviço
Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho -
CIPA SESMT, onde houver;
• Elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação
preventiva em segurança e saúde no trabalho;
• Participar no desenvolvimento e implementação de programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde
houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Atribuições da Trabalho - SIPAT, conforme programação definida pela CIPA.
• Requisitar à organização as informações sobre questões
CIPA relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo
as Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela
organização, resguardados o sigilo médico e as informações
pessoais.
• Proporcionar a CIPA os meios necessários ao desempenho de
suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização
das tarefas constantes no plano de trabalho,
• Permitir a colaboração dos trabalhadores nas ações da CIPA,
• Fornecer à CIPA, quando requisitadas,
Cabe a relacionadas às suas atribuições.
as informações
A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados e seus respectivos suplentes, de
acordo com legislação vigente.
Antes da eleição, definem-se os setores de maior risco se escolhe
em quais áreas serão contempladas pela representatividade
Seleção dos individual de empregados do setor. Os interessados candidatam-se
para representação da sua área ou setor de trabalho. A eleição será
realizada por área ou setor e os empregados votarão nos inscritos
componentes de sua área ou setor de trabalho. O candidato mais votado da área
ou setor será eleito titular. Dentre todos os outros, o mais votado,
desconsiderando a área ou setor de trabalho, será o suplente.
• Acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação
de riscos bem como a adoção de medidas de prevenção
implementadas pela organização;
• Registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em
conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do
mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua
O artigo 82 traz como texto: “Os empregadores, cujo número de empregados seja superior a 100, deverão providenciar a
organização, em seus estabelecimentos, de comissões internas, com representantes dos empregados, para o fim de estimular o
interesse pelas questões de prevenção de acidentes, apresentar sugestões quanto à orientação e fiscalização das medidas de
proteção ao trabalho, realizar palestras instrutivas, propor a instituição de concursos e prêmios e tomar outras providências
tendentes a educar o empregado na prática de prevenir acidentes”.
A partir de 1944, a legislação sobre a CIPA sofreu alterações e reformulações por meio de suas portarias, que estabelecem os
objetivos, a finalidade e a organização dessa comissão. A atuação da CIPA, embora ainda “tímida”, gerou em muitas empresas a
percepção da importância da prevenção de acidentes, pois verifica-se que é possível ganhos na produtividade e eliminação de
acidentes.
Medidas Preventivas
As medidas de prevenção à saúde do trabalhador são ferramentas
importantes com a finalidade de elidir os riscos e acidentes de
trabalho. Existem alguns procedimentos de obrigatoriedade pela
Estudo do Ambiente, legislação, porém cada empresa pode, através de procedimentos
internos, criar ferramentas próprias e intensificar as inspeções e
das Condições de treinamentos com o foco na prevenção.
Trabalho, bem como
dos Riscos originados Devemos sempre lembrar que os casos que necessitem adotar
medidas de prevenção nos setores laborais devem seguir critérios
do Processo de importância, sendo sempre de tal forma:
• Medidas de proteção coletiva,
Produtivo • Medidas administrativas ou de organização do trabalho,
• Medidas de proteção individual.
•
▪ EPI – Equipamento de Proteção Individual
▪ EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
▪ Gerenciamento de Risco
Ferramentas ▪ Inspeção de Segurança
Podemos classificar em dois grupos macros, os acidentes típicos e os de trajeto, sendo o primeiro o que
ocorre no local de trabalho, isto é, durante a jornada de trabalho.
• Acidente sem afastamento: é o acidente que não causa lesão
ao trabalhador e retorna às suas atividades logo após o
ocorrido. (arranhões, corte superficiais e etc.).
O acidente típico
• Acidente com afastamento: pode ocorrer de duas formas: com
pode ser ainda afastamento inferior a 15 dias (nesse caso o trabalhador se
afasta e não ocorre prejuízo dos seus vencimentos. A empresa
dividido em: arca com os vencimentos até o 15° dia) e com afastamento
superior a 15 dias (a partir do 16° o funcionário terá que se
reportar ao INSS, inclusive quanto aos seus vencimentos, e
somente poderá voltar a desenvolver suas atividades após ser
submetido à perícia médica).
Noções sobre as Legislações Trabalhistas e
Previdenciária relativas à Segurança e Saúde
do Trabalho
De acordo com a Lei Nº 6.367, de 19 de Outubro de 1976 a mesma “Dispõe sobre o seguro de acidentes do
trabalho a cargo do INPS e dá outras providências, regulamenta a Lei de Acidentes do Trabalho, trata das
prestações devidas ao acidentado”.
O que é a Legislação Previdenciária de
SST
A Legislação Previdenciária de Saúde e Segurança do Trabalho — mais conhecida como Previdenciária de SST
— consiste em um conjunto de normas, estabelecidas pela Previdência Social, que regulamentam a
concessão da aposentadoria especial aos trabalhadores. Essa é a norma que regulamenta quais são os
agentes nocivos e as condições de trabalho que dão direito à aposentadoria especial. Além disso, essa
legislação também estabelece documentos que as empresas são obrigadas a emitir acerca do ambiente de
trabalho e dos colaboradores, de forma a comprovar o direito a esse benefício.
Abrangência
A Legislação Previdenciária de SST é uma norma que regulamenta a aposentadoria especial. Dessa forma, as
suas exigências se referem apenas a esse benefício relacionado à saúde e à segurança do trabalhador. Já a
Legislação Trabalhista é bem mais ampla. Ela regulamenta a jornada de trabalho, as normas de segurança,
os programas de proteção, entre outros elementos relacionados aos colaboradores de uma empresa.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 para
regular as relações de trabalho no Brasil. A legislação trabalhista é o conjunto de normas que regem as
relações individuais e coletivas de trabalho e essas normas estão estabelecidas pela CLT, pela Constituição
Federal e por outras leis da Justiça do Trabalho. É na legislação trabalhista que são estabelecidos os direitos e
deveres de empregados e empregadores (jornada de trabalho, remuneração, férias, aviso prévio, licenças,
rescisão de contrato de trabalho, normas de segurança do trabalho e outras regras fundamentais para as
relações de trabalho).
No que se refere à saúde e à segurança do trabalho, a Legislação
Previdenciária de SST tem um foco muito diferente da CLT. Isso
porque a primeira diz respeito apenas aos documentos exigidos
para a comprovação do direito à aposentadoria especial, sem
tratar sobre formas de melhoria do ambiente organizacional ou
O conceito técnico de acidente do trabalho é toda a circunstância não prevista ao andamento normal da
atividade do trabalho, que poderá resultar danos físicos e/ou funcionais, morte, perdas materiais e
econômicas. Segundo a Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, através do Art. 19, define-se acidente do
trabalho como sendo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do
trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Benefícios
Os trabalhadores que estiverem em dia com as contribuições junto ao INSS têm direito a uma série de benefícios, sendo
eles:
a) Benefício Acidentário
b) Auxílio Doença Acidentário
c) Auxílio-Doença
d) Aposentadoria Especial
e) Aposentadoria por Invalidez
f) Pensão por Morte
Metodologia de Investigação e Análise de
Acidentes e Doenças relacionadas ao Trabalho
O processo de investigação e análise de acidentes representa uma oportunidade de aprendizagem
organizacional. Compreender quais causas contribuíram de forma significativa para a ocorrência permite
desenvolver estratégias preventivas capazes de evitar eventos similares. Diversos modelos tentam
estabelecer as relações causais do desencadeamento dos acidentes. Este trabalho mostra a evolução desses
modelos e das teorias que buscam explicitar a contribuição dos fatores organizacionais na gênese dos
acidentes.
O Modelo Causal de Frank Bird
Bird fez importante adaptação e atualizou o modelo da
sequência de dominós de Heinrich, apontando haver uma
relação direta entre a responsabilidade da gerência e as causas e
efeitos de todos os acidentes que afetam e deterioram um
processo industrial. Isso levou os gerentes a aceitarem dois
pontos importantes sobre o gerenciamento da segurança:
▪ Os acidentes que afetam o desempenho global da empresa
são causados; eles não simplesmente acontecem;
▪ As causas dos acidentes podem ser determinadas e
controladas.
O modelo causal de Reason
Coube a Turner desenvolver a ideia de que os sistemas
sociotécnicos possuíam vulnerabilidades que permaneciam
latentes nas organizações como consequência do descaso
gerencial. Esse período foi denominado de ‘incubação’. Essa
ideia viria a ser trabalhada por Perrow ao analisar os
sistemas complexos, concluindo que eles possuem fortes e
complexas interligações que, em um dado momento, se
unem desencadeando um acidente. Nesse conceito, por
mais que os sistemas de segurança sejam implementados,
alguns acidentes seriam considerados “normais”.
As ferramentas utilizadas na
investigação e análise dos acidentes
Paredies apresentam as principais ferramentas utilizadas para auxiliar na investigação e análise dos acidentes
e as técnicas de análise de causas básicas, dividindo-as em:
• “Técnicas de árvores”: o método MORT (management oversight risk tree), a técnica adotada na
“Savannah River Plant” (SRP) e sua variante TAPROOT, a Human Performance Investigation Process (HPIP),
o Método de Árvore de 13 Causas, o REASON® Root Cause Analysis, o Event Root Cause Analysis
Procedure.
• Métodos de Checklist: o Human Performance Evaluation System (HPES), a Systematic Cause Analysis
Technique (SCAT), a Technic of Operation Review (TOR), a Systematic Accident Cause Analysis (SACA).
A Árvore de Causas
A árvore de causas constitui-se em uma das mais importantes metodologias de investigação de acidentes do
trabalho. Segundo Binder, Almeida e Monteau o método foi desenvolvido no início dos anos 70, na França,
por pesquisadores do Institut National de Recherche et Sécurité com ênfase na necessidade de manter o rigor
metodológico para reconhecimento dos fatores causais envolvidos na gênese dos acidentes.
Alguns modelos de métodos utilizados
Diagrama Ishikawa
Alguns modelos de métodos utilizados
5 porquês
Alguns modelos de métodos utilizados
5W2H
A Percepção dos Riscos presentes no Ambiente
de Trabalho
Um fator sempre mencionado nas análises dos acidentes como contributivos para um acidente refere-se à
incapacidade do trabalhador em ter percebido os riscos presentes durante a execução da tarefa (FLEMING;
BUCHAN, 2002; HAKKINEN, 1999). Existem diferentes conceitos para definir ‘risco’. Riscos são possibilidades
que as atividades humanas ou os eventos naturais possuem para conduzir a consequências que afetam os
valores humanos. Podem envolver tanto consequências negativas (adversidades) quanto positivas
(benefícios/ oportunidades).
Define-se risco como o produto da probabilidade de um evento acontecer pela consequência que ele pode
gerar. A percepção de risco é um conceito vago e frequentemente mal entendido. O termo é mal interpretado
porque as pessoas não percebem os riscos, mas as características do risco que podem produzir sentimentos de
segurança ou perigo.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o conceito
de saúde está associado ao completo bem-estar físico, mental e
social e não apenas a ausência de doenças, ou seja, a saúde
ocupacional seria a ausência de desvios de saúde causados pelas
condições de vida no ambiente de trabalho. Quanto mais sólidos
Princípios Gerais de forem os processos de medicina e higiene do trabalho, relativos a
uma determinada atividade laboral, mais completa será a saúde
Higiene do Trabalho ocupacional.
e de Medidas de
Higiene do trabalho é definida como sendo “a ciência e a arte
Prevenção dos Riscos devotadas à antecipação, ao reconhecimento, à avaliação e ao
controle dos fatores ambientais e agentes ‘tensores’ originados no
local de trabalho, os quais podem causar enfermidades, prejuízos
à saúde e bem-estar, ou significante desconforto e ineficiência
entre os trabalhadores ou entre cidadãos da comunidade”.
Medidas de Cabe também à CIPA identificar os riscos e propor medidas de
controle para situações perigosas ou insalubres da empresa. Há
controle e proteção uma série de medidas de controle, utilizadas no meio ambiente
e/ou no homem. A prioridade deve ser dada às medidas de
dos riscos proteção coletiva
Medidas de Proteção Coletiva