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Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes -
CIPA
Módulo 01
Normas As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança
e medicina do trabalho, são de observância obrigatória
pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
Regulamentadoras públicos da administração direta e indireta.
Normas
relacionadas à CIPA
▪ NR 01 – Disposições Gerais;
▪ NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional
▪ NR 15 - Atividades E Operações Insalubres
▪ NR 16 - Atividades E Operações Perigosas
▪ NR 17 - Ergonomia
Estabelecer diretrizes de ordem administrativas, de planejamento
e de organização, que objetivam a implementação de medidas de
controles e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
Introdução condições e no meio ambiente de trabalho portuário.
Familiarizar o treinando com as suas qualidades e limitações.
Desenvolver no treinando a habilidade para realizar tarefas com
segurança e eficiência, de forma a evitar acidentes.
5.1 Objetivo
5.1.1 Esta norma regulamentadora - NR estabelece os parâmetros e os requisitos da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA tendo por objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e
promoção da saúde do trabalhador.
5.2 Campo de aplicação
5.2.1 As organizações e os órgãos públicos da administração
direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo,
Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, devem
constituir e manter CIPA.
5.2.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nesta NR
a outras relações jurídicas de trabalho.
Atribuições da CIPA
• Acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação
de riscos bem como a adoção de medidas de prevenção
implementadas pela organização;
• Registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em
conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do
mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua
Atribuições da escolha, sem ordem de preferência, com assessoria do Serviço
Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho -
CIPA SESMT, onde houver;
• Elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação
preventiva em segurança e saúde no trabalho;
• Participar no desenvolvimento e implementação de programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde
houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Atribuições da Trabalho - SIPAT, conforme programação definida pela CIPA.
• Requisitar à organização as informações sobre questões
CIPA relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo
as Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela
organização, resguardados o sigilo médico e as informações
pessoais.
• Proporcionar a CIPA os meios necessários ao desempenho de
suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização
das tarefas constantes no plano de trabalho,
• Permitir a colaboração dos trabalhadores nas ações da CIPA,
• Fornecer à CIPA, quando requisitadas,
Cabe a relacionadas às suas atribuições.
as informações

• Cabe aos trabalhadores indicar à CIPA, ao SESMT e à organização


organização situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das
condições de trabalho.
• Cabe ao Presidente da CIPA Convocar os membros para as
reuniões e coordenar as reuniões, encaminhando à organização
e ao SESMT, quando houver, as decisões da comissão.
• O Vice-Presidente substitui o Presidente nos seus
impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos
Cabe a temporários. E cabe à ambos coordenar e supervisionar as
atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos

organização sejam alcançados e divulgar as decisões da CIPA a todos os


trabalhadores do estabelecimento.
• Em cada reunião ordinária ou extraordinária, os membros da
CIPA designarão o secretário responsável por redigir a ata.
NR 01 – Disposições Gerais

O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o


campo de aplicação, os termos e as definições comuns às
Normas Regulamentadoras - NR relativas a segurança e saúde
no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o
gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de
prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho - SST.
NR 07 – Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional -
PCMSO

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes


e requisitos para o desenvolvimento do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas
organizações, com o objetivo de proteger e preservar a
saúde de seus empregados em relação aos riscos
ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa
de Gerenciamento de Risco - PGR da organização.
NR 09 – Avaliação e Controle das Exposições
Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais
a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos -
PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.
NR 15 – Atividades a Operações
Insalubres

A NR-15 estabelece as atividades que devem ser consideradas


insalubres, gerando direito ao adicional de insalubridade aos
trabalhadores. É composta de uma parte geral e mantém 13 anexos,
que definem os Limites de Tolerância para agentes físicos, químicos e
biológicos, quando é possível quantificar a contaminação do
ambiente, ou listando ou mencionando situações em que o trabalho
é considerado insalubre qualitativamente.
NR 16 – Atividades e
Operações Perigosas
A norma é composta de uma parte geral,
contendo definições e procedimentos para
pagamento do adicional de periculosidade, e
anexos que tratam das atividades perigosas em
específico.
NR 17 – Ergonomia

Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os


requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no
trabalho.
Estudo de Caso
Exercício de Fixação
Módulo 02
Procedimentos
Organização da CIPA e outros assuntos
necessários ao Exercício das Atribuições da
Comissão.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da
vida e a promoção da saúde do trabalhador.

A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados e seus respectivos suplentes, de
acordo com legislação vigente.
Antes da eleição, definem-se os setores de maior risco se escolhe
em quais áreas serão contempladas pela representatividade
Seleção dos individual de empregados do setor. Os interessados candidatam-se
para representação da sua área ou setor de trabalho. A eleição será
realizada por área ou setor e os empregados votarão nos inscritos
componentes de sua área ou setor de trabalho. O candidato mais votado da área
ou setor será eleito titular. Dentre todos os outros, o mais votado,
desconsiderando a área ou setor de trabalho, será o suplente.
• Acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação
de riscos bem como a adoção de medidas de prevenção
implementadas pela organização;
• Registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em
conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do
mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua

Atribuições escolha, sem ordem de preferência, com assessoria do Serviço


Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho -
SESMT, onde houver;
da CIPA • Verificar os ambientes e as condições de trabalho visando
identificar situações que possam trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores;
• Elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação
preventiva em segurança e saúde no trabalho;
• Participar no desenvolvimento e implementação de programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
• Acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas
ao trabalho, nos termos da NR-1 e propor, quando for o caso,
medidas para a solução dos problemas identificados;
• Requisitar à organização as informações sobre questões
relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo
as Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela
Atribuições organização, resguardados o sigilo médico e as informações
pessoais;

da CIPA • Propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise


das condições ou situações de trabalho nas quais considere
haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores e, se for o caso, a interrupção das atividades até
a adoção das medidas corretivas e de controle; e
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde
houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho - SIPAT, conforme programação definida pela CIPA.
Cabe ao Empregador
• Proporcionar aos membros da CIPA os meios
necessários ao desempenho de suas atribuições,
garantindo tempo suficiente para a realização das
tarefas constantes no plano de trabalho;
• Permitir a colaboração dos trabalhadores nas
ações da CIPA; e
• Fornecer à CIPA, quando requisitadas, as
informações relacionadas às suas atribuições.
Cabe aos trabalhadores
• Indicar à CIPA, ao SESMT e à organização situações de riscos; e
• Apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho.
Cabe ao Presidente da CIPA
Vice-Presidente da CIPA
Já ao Vice-Presidente cabe substituir o Presidente nos
seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos
temporários. E em conjunto, ambos devem coordenar e
supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que
os objetivos propostos sejam alcançados e divulgar as
decisões a todos os trabalhadores do estabelecimento.
Constituição e estruturação
Sua constituição deve ser realizada por estabelecimento,
representando empregadores e empregados em acordo com o que
está previsto no quadro I desta norma regulamentadora. As
organizações que operem em regime sazonal devem ser
dimensionadas tomando-se por base a média aritmética do número
de trabalhadores do ano civil anterior e obedecendo também esse
mesmo quadro.

O empregador designa seus representantes, sejam eles titulares ou


suplentes. Já os que representam os empregados devem ser eleitos
através de escrutínio secreto, do qual participem, sem dependência
de filiação sindical, exclusivamente àqueles que se interessarem. A
empresa, dentre seus representantes irá indicar o presidente da
comissão. Já o vice-presidente é escolhido pelos representantes
eleitos pelos empregados.
Quadro I – Dimensionamento da CIPA
▪ Os mandatos dos membros eleitos terão duração de um ano
permitida uma reeleição, sendo empossados no primeiro dia útil
após o término do mandato anterior.
▪ Cópias das atas de eleição e posse dos membros devem ser
Mandato dos enviadas aos suplentes. Enviar também ao sindicato da categoria
preponderante, sempre que solicitada, podendo ser por meio
Membros Eleitos eletrônico, documentação referente ao processo eleitoral da CIPA.

▪ O número dos representantes não poderá ser reduzido nem a


comissão ser desativada pela organização, antes do término do
mandato de seus membros, a não ser no caso de encerramento
das atividades do estabelecimento.
Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos
representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60
(sessenta) dias antes do término do mandato em curso. A
empresa deve comunicar, com antecedência, podendo ser por
meio eletrônico, com confirmação de entrega, o início do
Processo Eleitoral processo eleitoral ao sindicato da categoria preponderante.

O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão dentre seus


da CIPA membros a comissão
eleitoral, que será a responsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral. Nos estabelecimentos
onde não houver CIPA, a comissão eleitoral será constituída pela
organização.
Terá reuniões ordinárias mensais as quais serão realizadas
durante o expediente da empresa em local apropriado, em acordo
com um calendário previamente estabelecido. Nas ME, EPP de
risco 1 e 2, a critério da CIPA, as reuniões poderão ser bimestrais.

As reuniões serão realizadas dentro das organizações sendo


Funcionamento preferencialmente de modo presencial ou até mesmo de forma
remota, com as suas decisões de forma consensual.

prático Datas e horários serão estabelecidos em comum acordo com os


seus membros respeitando as jornadas e turnos de trabalho,
tendo suas atas assinadas pelos presentes. Estas também devem
ser disponibilizadas aos integrantes, podendo ser através de meio
eletrônico. Suas deliberações e encaminhamentos devem ser
levados a conhecimento de todos os empregados, por meio
eletrônico ou quadro de avisos.
Como deve ser o O treinamento deve ser aplicado a todos os membros da CIPA (titulares e
suplentes) e os representantes nomeados da NR 05, antes da posse. Caso
treinamento seja a primeira CIPA o prazo máximo é de trinta dias a partir da posse.
CIPA em Empresas Contratadas Prestadoras de
Serviços
Toda empresa prestadora de serviços deve constituir uma comissão centralizada quando o total de seus funcionários por
Unidade da Federação faça com que a mesma se situe dentro do Quadro I desta norma regulamentadora. Para efeito de
dimensionamento da comissão centralizada, o número total de funcionários deve desconsiderar aqueles funcionários
alcançados pela CIPA própria.
Quando esta for contratada para executar tarefas em estabelecimentos por contratante que se enquadre em grau de risco
3 ou 4, e o número que de seus funcionários a enquadrar no quadro I desta norma regulamentadora, deve ser constituída
uma comissão própria neste estabelecimento, considerando o grau de risco da contratante.
Se os trabalhos a serem executados forem contratados por um período de até 180 dias, a contratada fica dispensada da
constituição de comissão própria.
Toda organização contratada, quando for desobrigada da constituição da CIPA própria, deve nomear um representante da
NR 05 em cumprimento á esta NR sempre possuir 5 ou mais empregados no estabelecimento da contratante. A nomeação
deste representante onde existe membro da comissão centralizada fica dispensada. Mesmo sendo desobrigada, a
empresa prestadora de serviços, deve seguir as orientações da legislação vigente, subitem 5.4.13, referindo-se ao
estabelecimento sede da empresa prestadora de serviços. Caso seja efetivada uma nomeação de representante, a
empresa prestadora de serviços deve ser feita dentre empregados que já exerçam atividades dentro do estabelecimento.
Disposições gerais
Devem sempre ser adotadas medidas para que todas as
contratadas, suas CIPA, representantes nomeados pela NR 05
e demais funcionários recebam informações dos riscos que
estão presentes nos ambientes laborais, como também sobre
as medidas de prevenção constantes no PGR previsto pela NR
01.

Toda e qualquer documentação pertinente à comissão deve


ser mantida no estabelecimento para fiscalização pelo prazo
mínimo de cinco anos. Se houver qualquer alteração no grau
de risco do estabelecimento, o redimensionamento da CIPA
deverá ser efetuado na próxima eleição.
Estudo de Caso
Exercício de Fixação
Módulo 03
Segurança
O Papel das Empresas na Saúde do
Trabalhador
Para as empresas, um dos fatores primordiais para os resultados, está
intimamente relacionado com a valorização do ser humano. Perante a lei, a
empresa é obrigada a adotar ações de medidas preventivas no âmbito
coletivo e individual, a fim de promover a proteção e segurança da saúde do
trabalhador. Fica responsável também pela divulgação pormenorizada dos
riscos durante a execução de suas atividades laborais, cumprimento das
normas de segurança e medicina do trabalho; treinamento dos empregados,
instrução por meio de ordens de serviço.
O Prevencionismo no
Mundo
Importância da OIT – Organização Internacional
do Trabalho
OIT foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. Fundou-
se sobre a convicção primordial de que a paz universal e permanente somente pode estar baseada na justiça
social. É a única das agências do Sistema das Nações Unidas com uma estrutura tripartite, composta de
representantes de governos e de organizações de empregadores e de trabalhadores. A OIT é responsável pela
formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho (convenções e recomendações). As
convenções, uma vez ratificadas por decisão soberana de um país, passam a fazer parte de seu ordenamento
jurídico.
O Brasil está entre os membros fundadores da OIT e participa da Conferência Internacional do Trabalho desde
sua primeira reunião. Na primeira conferência, realizada em 1919, a OIT adotou seis convenções, sendo a
primeira delas uma das principais reivindicações do movimento sindical e operário do final do século XIX e
começo do século XX: a limitação da jornada de trabalho a 8 horas diárias e 48 horas semanais. As outras
convenções adotadas nessa ocasião referem-se à proteção à maternidade, à luta contra o desemprego, à
definição da idade mínima de 14 anos para o trabalho na indústria e à proibição do trabalho noturno de
mulheres e menores de 18 anos.
Prevencionismo no Brasil
O Brasil, na história da proteção contra acidentes e doenças ocupacionais,
caminha em passos lentos se compararmos aos países mais desenvolvidos
e que possuem uma história de industrialização mais antiga.
O Decreto-Legislativo n. 4.682, de 14 de janeiro de 1923, que cria a
primeira lei prevencionista no Brasil, mais conhecida como Lei Elói Chaves,
é dado como um marco para o desenvolvimento da Previdência Social
Brasileira. Com efeito, tal norma determinava a criação das caixas de
aposentadorias e pensões para os ferroviários, a serem instituídas de
empresa a empresa.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Este tipo de comissão foi a primeira grande manifestação e conquista de atividades preventivas de acidentes do trabalho no
Brasil. O Brasil, em 10 de novembro de 1944, por recomendação da OIT - Organização Internacional do Trabalho, por intermédio
do Decreto-lei n. 7.036, criou a Nova Lei de Prevenção de Acidentes. No corpo do decreto, o artigo 82 refere-se à criação da
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO, que mais tarde seria identificada por COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES –
CIPA.

O artigo 82 traz como texto: “Os empregadores, cujo número de empregados seja superior a 100, deverão providenciar a
organização, em seus estabelecimentos, de comissões internas, com representantes dos empregados, para o fim de estimular o
interesse pelas questões de prevenção de acidentes, apresentar sugestões quanto à orientação e fiscalização das medidas de
proteção ao trabalho, realizar palestras instrutivas, propor a instituição de concursos e prêmios e tomar outras providências
tendentes a educar o empregado na prática de prevenir acidentes”.

A partir de 1944, a legislação sobre a CIPA sofreu alterações e reformulações por meio de suas portarias, que estabelecem os
objetivos, a finalidade e a organização dessa comissão. A atuação da CIPA, embora ainda “tímida”, gerou em muitas empresas a
percepção da importância da prevenção de acidentes, pois verifica-se que é possível ganhos na produtividade e eliminação de
acidentes.
Medidas Preventivas
As medidas de prevenção à saúde do trabalhador são ferramentas
importantes com a finalidade de elidir os riscos e acidentes de
trabalho. Existem alguns procedimentos de obrigatoriedade pela
Estudo do Ambiente, legislação, porém cada empresa pode, através de procedimentos
internos, criar ferramentas próprias e intensificar as inspeções e
das Condições de treinamentos com o foco na prevenção.
Trabalho, bem como
dos Riscos originados Devemos sempre lembrar que os casos que necessitem adotar
medidas de prevenção nos setores laborais devem seguir critérios
do Processo de importância, sendo sempre de tal forma:
• Medidas de proteção coletiva,
Produtivo • Medidas administrativas ou de organização do trabalho,
• Medidas de proteção individual.

▪ EPI – Equipamento de Proteção Individual
▪ EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
▪ Gerenciamento de Risco
Ferramentas ▪ Inspeção de Segurança

de Prevenção ▪ Mapeamento de Riscos


▪ Conscientização e Treinamentos
▪ Diálogo de Segurança
▪ Ordem de Serviço
Elaboração do Mapa de Risco
Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout do setor (não obrigatório), indicando através das circunferências, os riscos de
acordo com:
▪ O grupo, com a cor padronizada;
▪ Número de trabalhadores expostos;
▪ Especificação do agente;
▪ A intensidade; pequeno, médio ou grande.
Como identificar a circunferência?
O Mapeamento de Risco não deve ser visto como apenas um cartaz afixado no setor de trabalho, mas uma
ferramenta importante para o plano de trabalho da CIPA. As informações do mapa de risco devem gerar
medidas de prevenção no setor laboral.
Conscientização e Treinamentos
O empregador deve fornecer o equipamento de segurança, porém sua responsabilidade não
cessa nesse momento, ele deve treinar seus funcionários e conscientizá-los quanto ao uso
correto dos EPIs, não só para a prevenção de acidentes, como também em relação a doenças
ocupacionais.
É mais um instrumento a favor da segurança, em que o profissional
em segurança do trabalho realizará diálogos semanais, nos
Diálogo de diversos setores da empresa, orientando a todos sobre os
procedimentos que devem ser observados, não só em relação à
Segurança importância do uso correto dos equipamentos de proteção
individual. Ao usar o diálogo de segurança de forma adequada é
que as empresas reduzirão os acidentes do trabalho.
Ordem de Serviço
Procedimento obrigatório perante a legislação (NR 01 – Disposições
Gerais), que deve ser elaborado com o objetivo de expor ao funcionário,
sobre segurança e saúde no trabalho dando ciência ao mesmo, que está
iniciando suas funções os riscos envolvidos no processo laboral.
Cabe ao empregador elaborar ordens de serviço, informando aos
trabalhadores os riscos profissionais que possam originar-se nos locais
de trabalho.
Serviço Especializado em Segurança
e Medicina do Trabalho – SESMT
Inicialmente, visto como um cabide de emprego pelas empresas, o SESMT
fortaleceu sua atuação no exato momento em que evidenciou nas empresas a
minimização dos acidentes e das doenças ocupacionais. Este trabalho ocorre
com o monitoramento permanente das condições de trabalho e de buscas
constantes de novos dispositivos de segurança que tragam mais proteção ao
ambiente laboral.
Surgido em 1972, e foi por meio desse marco que a ocorrência de acidentes e
doenças ocupacionais teve uma queda significativa, sendo comprovado pelas
estatísticas governamentais e pelas melhorias encontradas nos ambientes de
trabalho.
O SESMT, quando constituído, tem a responsabilidade de proteger os
trabalhadores, a fim de minimizar e/ou neutralizar os riscos encontrados no
setor laboral.
Em alguns momentos, pode parecer que os papéis do SESMT e da
CIPA se sobrepõem e que, portanto, não há necessidade de um
quando se tem o outro. Ocorre que são funções diferentes, porém
com atuação no mesmo segmento, na segurança do trabalho. O
SESMT deve manter um entrosamento permanente com a CIPA,
Atribuições do pois por meio dela se tem um agente multiplicador, cuja
responsabilidade é trazer ao SESMT solicitações, soluções
SESMT corretivas e preventivas.

O SESMT é constituído, exclusivamente, por profissionais


especialistas em segurança e saúde no trabalho, enquanto a CIPA
é formada por empregados que desenvolvem suas atividades e
atuam como multiplicadores de segurança.
São inúmeros os fatores que podem influenciar na ocorrência de
um acidente, alguns percebíveis, outros silenciosos.

Acidente de A segurança do trabalho é um elemento muito importante para o


sucesso do desenvolvimento econômico de qualquer empresa,
embora nem todas consigam ter essa percepção. Entretanto, ela
Trabalho é frequentemente negligenciada nos ambientes produtivos. O
principal motivo para essa situação é a falta de conscientização
de sua real importância por parte de muitos responsáveis. Em
busca de maiores lucros, procura-se uma redução de custos e
uma das maiores vítimas dessa redução é a segurança.
Que através da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, é a norma
vigente que nos fornece o conceito de acidente típico/tipo no seu
Primeiro: art.19: “Acidente de Trabalho é aquele que ocorre durante o
exercício do trabalho, que provoca lesão corporal ou perturbação
funcional que causa a morte, perda ou redução permanente ou
previdenciário temporária da capacidade para o trabalho. Consideram-se,
igualmente, os casos ocorridos no percurso da residência e do local
de refeição para o trabalho ou deste para aquele”.
• Toda a ocorrência que não foi planejada ou programada, que venha a
interferir no andamento do trabalho e que resulte em lesão ao seu
trabalhador e/ou perda de tempo ou material (máquinas...) ou as três
ocorrências juntas é considerada acidente e, muitas vezes, pode ser
evitada. Atualmente, as empresas recorrem ao conceito prevencionista,
Segundo: algumas devido à competitividade do mercado econômico, no qual
qualquer forma de intervenção na produtividade remete ao fato de
perda da lucratividade e existem empresas que cultivam uma visão de
prevencionista prevenção à saúde do trabalhador.
• Muitos são os fatores que possibilitam a ocorrência dos acidentes de
trabalho. Conforme alguns pensadores, a etiologia dos acidentes de
trabalho está relacionada à soma de incidentes positivos que podem ser
de dois tipos: erros, referentes às ações humanas (comportamentos
inseguros) e falhas (relacionadas a questões de condições estruturais e
tecnológicas, como as condições físicas do ambiente).
• Doença profissional que decorre da exposição a agentes físicos,
químicos e biológicos, afetando a saúde do trabalhador. Todo
Nesse caso, podemos trabalhador que sofrer uma intoxicação, afecção ou infecção
causada por estes agentes foi acometido por uma doença
separar em dois tipos profissional.
• E também, as doenças que são resultantes de condições
de doença: especiais de trabalho, não relacionadas em lei, exigem a
comprovação de que foram adquiridas em decorrência do
trabalho.
• A doença degenerative;
No entanto, não • A inerente a grupo etário;
• A que não produza incapacidade laborativa;
são consideradas • A doença endêmica, adquirida por segurado habitante de região
como doenças em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é
resultante de exposição ou contato direto determinado pela
do trabalho: natureza do trabalho;
Após a ocorrência de um acidente ou doença ocupacional, a
empresa deverá comunicar o ocorrido à Previdência Social através
Comunicação da emissão da CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho. Artigo
22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à
de Acidente de Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade
competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o
Trabalho - CAT limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente
aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência
Social.
Tipos de Acidentes
Um acidente sempre vem acompanhado de diversas consequências, algumas fáceis de serem sanadas e
outras irreversíveis. Em geral, é o resultado de uma combinação de fatores, entre eles, falhas humanas e
materiais. A falha humana predominante na ocorrência de um acidente de trabalho, pois a simples a falta de
atenção pode resultar em acidentes graves.

Podemos classificar em dois grupos macros, os acidentes típicos e os de trajeto, sendo o primeiro o que
ocorre no local de trabalho, isto é, durante a jornada de trabalho.
• Acidente sem afastamento: é o acidente que não causa lesão
ao trabalhador e retorna às suas atividades logo após o
ocorrido. (arranhões, corte superficiais e etc.).
O acidente típico
• Acidente com afastamento: pode ocorrer de duas formas: com
pode ser ainda afastamento inferior a 15 dias (nesse caso o trabalhador se
afasta e não ocorre prejuízo dos seus vencimentos. A empresa
dividido em: arca com os vencimentos até o 15° dia) e com afastamento
superior a 15 dias (a partir do 16° o funcionário terá que se
reportar ao INSS, inclusive quanto aos seus vencimentos, e
somente poderá voltar a desenvolver suas atividades após ser
submetido à perícia médica).
Noções sobre as Legislações Trabalhistas e
Previdenciária relativas à Segurança e Saúde
do Trabalho
De acordo com a Lei Nº 6.367, de 19 de Outubro de 1976 a mesma “Dispõe sobre o seguro de acidentes do
trabalho a cargo do INPS e dá outras providências, regulamenta a Lei de Acidentes do Trabalho, trata das
prestações devidas ao acidentado”.
O que é a Legislação Previdenciária de
SST
A Legislação Previdenciária de Saúde e Segurança do Trabalho — mais conhecida como Previdenciária de SST
— consiste em um conjunto de normas, estabelecidas pela Previdência Social, que regulamentam a
concessão da aposentadoria especial aos trabalhadores. Essa é a norma que regulamenta quais são os
agentes nocivos e as condições de trabalho que dão direito à aposentadoria especial. Além disso, essa
legislação também estabelece documentos que as empresas são obrigadas a emitir acerca do ambiente de
trabalho e dos colaboradores, de forma a comprovar o direito a esse benefício.
Abrangência
A Legislação Previdenciária de SST é uma norma que regulamenta a aposentadoria especial. Dessa forma, as
suas exigências se referem apenas a esse benefício relacionado à saúde e à segurança do trabalhador. Já a
Legislação Trabalhista é bem mais ampla. Ela regulamenta a jornada de trabalho, as normas de segurança,
os programas de proteção, entre outros elementos relacionados aos colaboradores de uma empresa.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 para
regular as relações de trabalho no Brasil. A legislação trabalhista é o conjunto de normas que regem as
relações individuais e coletivas de trabalho e essas normas estão estabelecidas pela CLT, pela Constituição
Federal e por outras leis da Justiça do Trabalho. É na legislação trabalhista que são estabelecidos os direitos e
deveres de empregados e empregadores (jornada de trabalho, remuneração, férias, aviso prévio, licenças,
rescisão de contrato de trabalho, normas de segurança do trabalho e outras regras fundamentais para as
relações de trabalho).
No que se refere à saúde e à segurança do trabalho, a Legislação
Previdenciária de SST tem um foco muito diferente da CLT. Isso
porque a primeira diz respeito apenas aos documentos exigidos
para a comprovação do direito à aposentadoria especial, sem
tratar sobre formas de melhoria do ambiente organizacional ou

Foco de atuação prevenção. A CLT regulamenta acerca de condições mínimas de


trabalho, programas de proteção ao colaborador, adicionais de
insalubridade, entre outros pontos. Ou seja, a Legislação
Trabalhista tem como foco não apenas a documentação das
condições de trabalho, mas também as práticas de melhoria do
ambiente laboral e os programas de proteção que devem ser
criados.
Documentação
exigida
Os dois principais documentos exigidos
pela Legislação Previdenciária de SST são
o LTCAT e o PPP. O primeiro consiste em
um laudo no qual são atestadas as
condições do ambiente de trabalho
dentro da empresa, já o segundo consiste
em um Perfil Profissiográfico Profissional,
descrevendo as atividades realizadas pelos
colaboradores e os agentes nocivos aos
quais cada trabalhador foi exposto
durante o tempo de trabalho na
organização.
Legislação previdenciária
Os acidentes de trabalho afetam a produtividade e são responsáveis por um impacto importante na economia
brasileira e mundial. Porém, não se sabe com exatidão os números de acidentes e/ou mortes, devido à
informalidade dos trabalhos e o fato de, em muitos casos, não haver a notificação de acidente do trabalho,
por intermédio da Comunicação do Acidente do Trabalho – CAT.

O conceito técnico de acidente do trabalho é toda a circunstância não prevista ao andamento normal da
atividade do trabalho, que poderá resultar danos físicos e/ou funcionais, morte, perdas materiais e
econômicas. Segundo a Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, através do Art. 19, define-se acidente do
trabalho como sendo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do
trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Benefícios
Os trabalhadores que estiverem em dia com as contribuições junto ao INSS têm direito a uma série de benefícios, sendo
eles:
a) Benefício Acidentário
b) Auxílio Doença Acidentário
c) Auxílio-Doença
d) Aposentadoria Especial
e) Aposentadoria por Invalidez
f) Pensão por Morte
Metodologia de Investigação e Análise de
Acidentes e Doenças relacionadas ao Trabalho
O processo de investigação e análise de acidentes representa uma oportunidade de aprendizagem
organizacional. Compreender quais causas contribuíram de forma significativa para a ocorrência permite
desenvolver estratégias preventivas capazes de evitar eventos similares. Diversos modelos tentam
estabelecer as relações causais do desencadeamento dos acidentes. Este trabalho mostra a evolução desses
modelos e das teorias que buscam explicitar a contribuição dos fatores organizacionais na gênese dos
acidentes.
O Modelo Causal de Frank Bird
Bird fez importante adaptação e atualizou o modelo da
sequência de dominós de Heinrich, apontando haver uma
relação direta entre a responsabilidade da gerência e as causas e
efeitos de todos os acidentes que afetam e deterioram um
processo industrial. Isso levou os gerentes a aceitarem dois
pontos importantes sobre o gerenciamento da segurança:
▪ Os acidentes que afetam o desempenho global da empresa
são causados; eles não simplesmente acontecem;
▪ As causas dos acidentes podem ser determinadas e
controladas.
O modelo causal de Reason
Coube a Turner desenvolver a ideia de que os sistemas
sociotécnicos possuíam vulnerabilidades que permaneciam
latentes nas organizações como consequência do descaso
gerencial. Esse período foi denominado de ‘incubação’. Essa
ideia viria a ser trabalhada por Perrow ao analisar os
sistemas complexos, concluindo que eles possuem fortes e
complexas interligações que, em um dado momento, se
unem desencadeando um acidente. Nesse conceito, por
mais que os sistemas de segurança sejam implementados,
alguns acidentes seriam considerados “normais”.
As ferramentas utilizadas na
investigação e análise dos acidentes
Paredies apresentam as principais ferramentas utilizadas para auxiliar na investigação e análise dos acidentes
e as técnicas de análise de causas básicas, dividindo-as em:
• “Técnicas de árvores”: o método MORT (management oversight risk tree), a técnica adotada na
“Savannah River Plant” (SRP) e sua variante TAPROOT, a Human Performance Investigation Process (HPIP),
o Método de Árvore de 13 Causas, o REASON® Root Cause Analysis, o Event Root Cause Analysis
Procedure.
• Métodos de Checklist: o Human Performance Evaluation System (HPES), a Systematic Cause Analysis
Technique (SCAT), a Technic of Operation Review (TOR), a Systematic Accident Cause Analysis (SACA).
A Árvore de Causas

A árvore de causas constitui-se em uma das mais importantes metodologias de investigação de acidentes do
trabalho. Segundo Binder, Almeida e Monteau o método foi desenvolvido no início dos anos 70, na França,
por pesquisadores do Institut National de Recherche et Sécurité com ênfase na necessidade de manter o rigor
metodológico para reconhecimento dos fatores causais envolvidos na gênese dos acidentes.
Alguns modelos de métodos utilizados
Diagrama Ishikawa
Alguns modelos de métodos utilizados
5 porquês
Alguns modelos de métodos utilizados
5W2H
A Percepção dos Riscos presentes no Ambiente
de Trabalho

Um fator sempre mencionado nas análises dos acidentes como contributivos para um acidente refere-se à
incapacidade do trabalhador em ter percebido os riscos presentes durante a execução da tarefa (FLEMING;
BUCHAN, 2002; HAKKINEN, 1999). Existem diferentes conceitos para definir ‘risco’. Riscos são possibilidades
que as atividades humanas ou os eventos naturais possuem para conduzir a consequências que afetam os
valores humanos. Podem envolver tanto consequências negativas (adversidades) quanto positivas
(benefícios/ oportunidades).

Define-se risco como o produto da probabilidade de um evento acontecer pela consequência que ele pode
gerar. A percepção de risco é um conceito vago e frequentemente mal entendido. O termo é mal interpretado
porque as pessoas não percebem os riscos, mas as características do risco que podem produzir sentimentos de
segurança ou perigo.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o conceito
de saúde está associado ao completo bem-estar físico, mental e
social e não apenas a ausência de doenças, ou seja, a saúde
ocupacional seria a ausência de desvios de saúde causados pelas
condições de vida no ambiente de trabalho. Quanto mais sólidos
Princípios Gerais de forem os processos de medicina e higiene do trabalho, relativos a
uma determinada atividade laboral, mais completa será a saúde
Higiene do Trabalho ocupacional.
e de Medidas de
Higiene do trabalho é definida como sendo “a ciência e a arte
Prevenção dos Riscos devotadas à antecipação, ao reconhecimento, à avaliação e ao
controle dos fatores ambientais e agentes ‘tensores’ originados no
local de trabalho, os quais podem causar enfermidades, prejuízos
à saúde e bem-estar, ou significante desconforto e ineficiência
entre os trabalhadores ou entre cidadãos da comunidade”.
Medidas de Cabe também à CIPA identificar os riscos e propor medidas de
controle para situações perigosas ou insalubres da empresa. Há
controle e proteção uma série de medidas de controle, utilizadas no meio ambiente
e/ou no homem. A prioridade deve ser dada às medidas de
dos riscos proteção coletiva
Medidas de Proteção Coletiva

Neste sentido, três alternativas podem ser adotadas: eliminação


do risco, neutralização do risco e sinalização do risco, analisadas
abaixo:
• Eliminação do risco
• Neutralização do risco
• Sinalização do risco
Esgotadas as possibilidades de adoção de medidas de proteção
coletivas, ou como forma de complementação destas medidas, a
Medidas de empresa adotará as medidas de proteção individual (EPI).
De acordo com o artigo 166 da CLT, a empresa é obrigada a
Proteção fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos de
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de
Individual conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem
geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos empregados.
Noções sobre Acidentes e Doenças relacionadas ao
Trabalho decorrentes das Condições de Trabalho e da
Exposição aos Riscos existentes no Estabelecimento e
suas Medidas de Prevenção
Para que a CIPA possa atingir seus objetivos de prevenção de acidentes e doenças, ela precisa conhecer os riscos
presentes no ambiente de trabalho. Para isso, deve ser efetuada uma análise dos riscos ambientais.
Os Riscos Ambientais ou os Agentes Ambientais são elementos ou
Identificação de substâncias presentes em diversos ambientes, que acima do Limite
de Tolerância, observado por meio da sua natureza, concentração
Riscos ou intensidade e tempo de exposição, podem ocasionar danos à
saúde e a integridade física dos trabalhadores (pessoas).
▪ Ruídos
▪ Vibrações
▪ Radiações
Riscos físicos ▪ Calor
▪ Frio
▪ Pressões anormais
▪ Umidade
Riscos químicos
Este tipo de risco que está presente nos locais de trabalho e encontrado
na forma sólida, líquida ou gasosa e classificando-se em poeiras, fumos,
névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos ou produtos
químicos em geral. Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão
dispersos no ar (aerodispersóides).

As poeiras são partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de


partículas maiores. As poeiras são classificadas em:
• Minerais
• Vegetais
• Alcalinas
• Incômodas consequências
Os fumos são partículas sólidas produzidas por condensação de
vapores metálicos, como por exemplo, fumos de óxido de zinco
nas operações de soldagem com ferro. As consequências geradas
Riscos Químicos podem ser doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos
metálicos, intoxicação específica de acordo com o metal. Os
metais que oferecem maior risco nos processos industriais são:
chumbo, mercúrio, arsênico, estanho, cobre, níquel, cromo, zinco
e ferro.
As névoas são partículas líquidas resultantes da condensação de
vapores ou da dispersão mecânica de líquidos: névoa (resultante do
processo de pintura a revólver; monóxido de carbono liberado pelos
escapamentos dos carros), gases em estado natural das substâncias
nas condições usuais de temperatura e pressão (GLP – gás liquefeito
Riscos de petróleo, hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona. etc.), vapores
que são dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se
para formar líquidos ou sólidos em condições normais de
Químicos temperatura e pressão (nafta, gasolina, naftalina, etc.). Névoas,
Gases e Vapores podem ser classificados em:
• Irritantes;
• Asfixiantes;
• Anestésicos;
Riscos químicos
Os agentes químicos podem penetrar no organismo de três
maneiras: via cutânea (pele) via digestiva (boca) via
respiratória (nariz). E essa penetração depende de sua forma
de utilização. Para avaliar o potencial tóxico das substâncias
químicas, alguns fatores devem ser levados em consideração:
• Concentração;
• Índice respiratório;
• Sensibilidade individual;
• Toxicidade;
• Tempo de exposição;
Riscos biológicos
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, protozoários,
fungos, parasitas e bacilos. Esses riscos ocorrem por meio de
micro-organismos que, em contato com o homem, podem
provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais
favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de
alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo),
laboratórios etc. Entre as inúmeras doenças profissionais
provocadas por micro-organismos incluem-se: tuberculose,
brucelose, malária, febre amarela, e para que estas doenças
possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que
haja exposição do funcionário a estes riscos. São necessárias
medidas preventivas para que as condições de higiene e
segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
Noções sobre a O que é a Lei de Inclusão
Inclusão de Pessoas A Lei 13.146/2015, conhecida como Lei de Inclusão, foi aprovada
em 6 de julho de 2015, trazendo garantias fundamentais para a
com Deficiência e equiparação das pessoas com deficiência em relação à sociedade.
Num conceito claro, ela considera como pessoa com deficiência:
Reabilitados nos Aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
Processos de mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Trabalho
Como foi mencionado, a Lei de Inclusão se destina a pessoas que possuem
deficiências de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo
prazo.
• Deficiências de natureza física: caracterizam-se por alteração total ou
parcial no corpo, sujeitando a pessoa ao comprometimento de
funções motoras. Paralisias, amputações ou ausência de membros,
nanismo, deformidades congênitas, paraplegias e tetraplegias são
exemplos de deficiências físicas.
Enquadramento • Deficiências mentais ou intelectuais caracterizam-se pela limitação do
desenvolvimento mental da pessoa, ocasionando redução na
na Lei de Inclusão capacidade cognitiva em comparação com a média da população geral
ou da faixa etária. A deficiência mental pode ser congênita, sendo o
exemplo mais conhecido a Síndrome de Down, ou ocasionada por
múltiplos fatores, como traumatismo, doenças infecciosas e
subnutrição no desenvolvimento infantil, entre outras.
• Deficiências sensoriais: afetam um dos cinco sentidos, causando seu
não-funcionamento parcial ou total e incapacitando sua utilização
plena. Embora, classicamente, as deficiências sensoriais sejam a
surdez e a cegueira, outras formas de diminuição do tato, olfato e
paladar podem ser enquadrados nessa classificação.
Capítulo VI – do direito ao trabalho
Seção I
Disposições Gerais
• Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de
sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e
inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais
pessoas.

• Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas de


trabalho e emprego promover e garantir condições de acesso
e de permanência da pessoa com deficiência no campo de
trabalho.
Da Habilitação Profissional e Reabilitação Profissional
• Art. 36. O poder público deve implementar serviços e programas
Seção II completos de habilitação profissional e de reabilitação profissional para
que a pessoa com deficiência possa ingressar, continuar ou retornar ao
campo do trabalho, respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu
interesse.
Seção III

Da Inclusão da Pessoa com Deficiência no Trabalho


• Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com
deficiência no trabalho a colocação competitiva, em igualdade
de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da
legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser
atendidas as regras de acessibilidade, o fornecimento de
recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no
ambiente de trabalho.
Estudo de Caso
Exercício de Fixação

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