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CIDADE DE FRANCA, SP
INTRODUÇÃO
∗
Professora Doutora do DECSP, da Faculdade de História, Direito e Serviço Social da UNESP/ Franca. Coordenadora do Projeto Nós
fazemos História/Núcleo de Ensino/ UNESP/Franca.
*
Aluno do 3º Ano do Curso de História da FHDSS/UNESP- Franca
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muitas sessões de RPG, estruturou-se este projeto conjugando a atividade com a sala de aula,
proposta que vem sendo aplicada com sucesso em muitas instituições de ensino.
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segmentos sociais dominantes. Acrescente-se recorrendo a Nadai e “justificadora do projeto
político de dominação burguesa” (NADAI, In: PINSKY, 1988).
A PROPOSTA
O ensino de história, como disciplina escolar, deve ter em pauta objetivos pautados
em propostas que: a) resgatem historicidades silenciadas (o termo é de Marcos Silva); b)
trabalhem com outras perspectivas historiográficas, questionando conhecimentos tido como
prontos e acabados; c) ressaltem o papel sócio-transformador das pessoas, ou seja, que façam o
aluno “perceber-se como parte integrante, dependente e agente transformador do ambiente”
(BRASIL, PCN/INTROD 1998,p 55); e d) construam um conceito de cidadania, como analisa a
mesma autora, não relegado somente ao cidadão político (o bom eleitor) mas que aborde também
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os processos sociais de resistência, reivindicação e luta, enfim, um cidadão consciente de seus
direitos.
Para Rocha,
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♣ Cooperação – vitória somente através da solução coletiva: como o RPG é um
jogo em que para se vencer é preciso que o outro jogador também vença; a
experiência desse outro tipo de vitória é mostrado aos alunos, que são
estimulados a agir dessa forma. “Sem união não há solução”: essa máxima está
sempre presente nos jogos, ressaltando nos jogadores a importância da ação
coletiva;
♣ Desenvolvimento do Conteúdo Através de um Jogo: O RPG é um jogo que
possibilita ao professor desenvolver um conteúdo qualquer de maneira lúdica, ao
mesmo tempo em que estimula várias competências e habilidades.
Não há limite para a imaginação, qualquer objeto de estudo pode ser representado
em mundos imaginários que o tornem mais atrativos. No que se refere, mais especificamente ao
ensino de História, o principal objetivo é trabalhar a concepção de história como construção e não
como verdade a ser revelada, pois “a história deve procurar perceber as injunções que permitiram
a concretização de uma possibilidade e não de outras” (CABRINI,C; CIAMPI, H; VIEIRA, M;
PEIXOTO, V; BORGES, V. 1986, p. 42).
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O RPG configura-se em uma excelente ferramenta pedagógica, na medida em que
“o sucesso de um projeto educativo depende do convívio em grupo produtivo e cooperativo”
((BRASIL, PCN/ INTROD, 1998, p. 91)).
A PRÁTICA
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transferindo a responsabilidade ao “governo”, que “não repassa dinheiro para deixar a escola em
bom estado”. O “governo” explicou-se dizendo que não tinha verbas adicionais para repassar à
escola. O orçamento já estava contado. De imediato, os “alunos” disseram “que há dinheiro sim, o
governo é que é muito corrupto”. Ficaram em silêncio. Discutiam acerca de um grave problema no
Brasil, a corrupção. Prolongamos a discussão tentando levantar possíveis causas desta infeliz
realidade. Concluiu-se que uma delas é o famoso “jeitinho” brasileiro, em que tudo se resolve para
quem é esperto. Exemplos foram apontados pelos educandos como a corrupção no trabalho (o
trabalhador que tira um dinheirinho a mais na empresa, situação lógica já que o patrão explora
muito, segundo o aluno X); nas rodovias, onde a polícia rodoviária libera seu carro com
documentos irregulares em troca de um “cafezinho”; e na política, na qual ocorrem suborno e
propina em grande escala.
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Algumas reportagens sobre orçamentos oficiais para a educação e estratégia de
investimentos na estrutura do ensino foram apresentadas aos alunos. Discutiu-se o plano do
governo para a Educação, e aprofundou-se a discussão sobre a reforma universitária proposta
pelo Ministério da Educação no ano de 2004. O assunto girou em torno do descaso
governamental, não somente com a Educação, mas com políticas sociais efetivas de maneira
geral.
O enredo
Fankur era um reino tirano cujo rei era Unkvlad. Na aldeia de Esteia (em Fankur),
tropas reais assaltavam e pilhavam periodicamente sua riqueza. A maioria das pessoas era
humilde e trabalhadora, todas sujeitas a estes mecanismos de exploração. Um certo dia, os
esteianos decidiram resistir. Foram massacrados. Os PDJS conseguiram fugir, ainda crianças, em
meio à batalha. Foram encontrados por uma tribo de centauros (figura mitológica, metade homem,
metade cavalo) e adotados.
O jogo
†
Primeiramente, ficou a cargo deles buscarem objetivos próprios. A proposta (unânime) foi vingança contra Unkvlad pela sua morte, já
que era o responsável pela morte dos pais dos pdjs e do povo de Esteia. Questionou-se a proposta de vingança : a vingança é ética?
Discutimos muito o conceito de ética e entramos inclusive na discussão acerca da pena de morte, se ela é ética conforme os direitos
humanos e se ela soluciona o problema da criminalidade. Chegamos à conclusão de que ética são preceitos individuais que
proporcionem o bem-estar social que guiam nossas atitudes para uma vida mais justa e que a pena de morte é paliativa e antiética; por
outro, com a morte de Unkvlad, a estrutura autoritária e tirana iria se dissolver? Chegando à conclusão de que as lógicas unilaterais de
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Chegando, encontraram a vila, em plena manhã, sem transeuntes. Conheceram
bem suas dimensões após uma longa caminhada. Perceberam uma criatura voadora, grande, que
surgia por trás das montanhas ao sul. Ao encontrarem a praça, que parecia ser central, ficaram
surpresos: duas meninas, chorando, estavam amarradas a um tronco de árvore. Antes de qualquer
reação, a criatura, que era um dragão, pairou acima de suas cabeças e deu um rasante em
direção às duas pobres almas de mãos atadas. Os pdjs mobilizaram-se imediatamente. “João
Bolão”, um deles, lançou uma pedra dourada doada pelos centauros na altura do dragão, gritando
para que todos fechassem os olhos e virassem para o outro lado. Uma explosão de luz,
ocasionada pela pedra, cegou o dragão. Ele voou sem rumo cuspindo fogo de raiva. As meninas,
como tinham os olhos vendados, não sofreram danos. Os pdjs as socorreram libertando-as. Muitas
pessoas (notem aqui o uso do termo pessoas e não criaturas) se reuniram, paulatinamente, ao
redor dos salvadores. Elas tinham aspecto físico diferenciado: suas peles eram esverdeadas e
levemente escamosas, não tinham pêlos num corpo de menor estatura que o corpo humano e
quase sem músculos de tão magros. Então uma pessoa mais velha, com mantos ornamentados,
parecendo um sacerdote, recriminou-os através de um discurso carregado de profecias e
superstições. Estariam todos mortos agora, pois não satisfazer o desejo das criaturas de Unkvlad
é um equívoco irreparável. Viriam várias tropas dizimar Ranadéia por causa daqueles jovens
estúpidos. Justificando seus atos, considerados até então heróicos, o grupo começou a se sentir
responsabilizado por possíveis danos no futuro. Falando em alto tom, uma pessoa com vestes
simples mas extremamente chamativa, talvez por causa das cores, discursou perguntando a todos
até quando agüentariam, toda aquela humilhação. Era Ragnar que, brandindo sua espada, elogiou
a atitude daqueles jovens guerreiros considerando-a marco inicial para o início de uma resistência
que já deveria ter começado.
As tropas enviadas pela vil coroa de Fankur encontraram uma resistência muito bem
articulada em Ranadéia. Ragnar e os pdjs persuadiram tribos vizinhas a fazer frente à dominação
desrespeitosa de Unkvlad. No exército dos resistentes havia hobbits (baixa estatura, muitos pêlos
no corpo e orelhas pontudas), anões (barbudos e com machados), gnomos (cerca de meio metro
de altura e orelhas muito agudas, considerados detentores de grande sabedoria e um certo
misticismo), elfos (habitantes da floresta de estatura humana grande manejador de arco e flecha) e
algumas criaturas da floresta (aranhas gigantes, animais silvestres e outros) convocadas a por
uma magia gnoma xamanística. Os centauros que, desde a época de adolescência dos pdjs não
os estimulavam a tentar modificar o que foi feito e como o mundo é, dizendo que toda a história é
providencialmente divina e que todos são apenas desígnios dos deuses, não se engajaram no
movimento, apesar da insistência dos pdjs. A resistência saiu vitoriosa. Os sobreviventes das
poder estão menos na figura de uma pessoa do que nas estruturas sociais, os educandos preferiram pensar em outra proposta objetiva
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tropas reais recuaram. É importante ressaltar que, envolvendo-se na batalha, os personagens
correm risco de morrerem. Em situações de combate, e em algumas outras que envolvam
múltiplas probabilidades, as determinações ficam a cargo de um sistema de regras. Através dos
dados, determina-se se um pdj feriu um outro personagem do enredo ou vice-versa. Caso um pdj
morra, pode-se elaborar outro personagem para que os educandos continuem jogando.
O rei que seguiu o procedimento de uma era de tirania fora destituído do trono de
Fankur. Falava-se em instituir a coroa a Ragnar. No entanto, ele mesmo partilhava da opinião de
que o poder deve ser o máximo representativo possível, como uma assembléia, por exemplo. Mas
esta era uma problemática que precisava ser ainda muito discutida num reino (como o próprio
nome já diz) caracterizado e constituído sobre o exercício unilateral, hierarquizado e autoritário do
poder.
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Considerações
Esta atividade engendrou discussões muito valiosas para o nosso trabalho que
estimularam:
Foram criados cinco Estados Nacionais, cada um representado por quatro pessoas,
exceto um com três. Após breve explanação do Coordenador cada grupo elaborou uma frase que
representasse segmentos do Estado, considerando os aspectos políticos, sociais, econômicos e
culturais. Foram discutidos, brevemente, conceitos de Estado Nacional e território, deixando claro
algumas diferenças. Os Estados criados foram os seguintes:
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Inicialmente foi feita a análise de cada Estado. O “Estado das Bananas” configurou-
se em o que mais se aproxima de um (pré) conceito de Brasil - pejorativo e discriminatório -
presente no senso comum, não só do brasileiro, mas também da comunidade internacional: o país
do “jeitinho” (“a manha na fala é a solução”), do samba, do futebol e da mulher bonita.
O “Estado das Maçãs” foi destacado como o de tradição interiorana de São Paulo,
as quermesses e festas juninas. O ponto chave centrou-se na a diferença do discurso presente na
frase “nosso povo não passa fome” e “todos têm dinheiro” Discutimos sobre a abissal distância
entre os que têm muito dinheiro em nossa sociedade, enquanto muitos não têm sequer o que
comer. O Estado entrou como o responsável pela distribuição de renda. No entanto, relevamos a
condição dos Estados do mundo “em desenvolvimento”, à mercê de grandes corporações
industriais e de fundos financeiros internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e à
submissão a políticas dos países de maior poder político e econômico, como os Estados Unidos e
países da União Européia.
Muito interessante o “Estado da Música”, que propõe uma vida para seus cidadãos
numa sociedade que se apóia na arte como modo de vida. A pergunta geradora foi: é possível ,
hoje, vivermos da arte? Os alunos responderam que aparece mais “mulher rebolando” do que
música de qualidade na televisão. “Viver tocando seria muito bom, mas música não dá dinheiro, a
não ser que você tenha um bom empresário”, diz um deles. Invertendo a perspectiva, discutimos a
arte como elemento de suma importância à nossa vida, seja pelo lazer ou pelo espaço reflexivo
que propõe, e não o dinheiro como produtor da arte, idéia que se propaga no senso comum.
Ressaltou-se a indústria hollywoodiana com filmes que nos entretêm pelo espetáculo das imagens
e em que poucos nos propõem reflexões críticas sobre nosso mundo. Pagamos o preço de um
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filme em cartaz, mas poucas vezes assistimos a uma boa peça de teatro, por exemplo. A música e
a arte, de maneira geral, são muito comerciais e banalizadas. Produzir arte requer dedicação.
Conclui-se que não devemos “vender” nossa capacidade para “fabricar” o que o público queira
ouvir ou o que “está na moda”, mas sim expor nossas visões de mundo e nossa sensibilidade
poética através do mundo artístico.
O enredo
O jogo
Após muitas reuniões para se discutir políticas mais efetivas e angariar mais
vantagens para si, os personagens dos jogadores, ou seja, os Estados formulados, assistiam o
aprofundamento de uma crise econômica e social que adquiria caráter irreversível. Através dos
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boletins oficiais (elaborados pelo bolsista) os países capitalistas começaram a perceber os danos
sociais a que estavam sujeitos, sendo ludibriados pela busca de uma política de desenvolvimento
econômico-financeiro à longo prazo. O “Estado das Bananas” tinham que vender suas bananas a
um preço baixíssimo, que mal cobria os custos de produção, e os computadores do “Estado do
Poder” tornavam-se caríssimos devido à necessidade de importação de peças e maquinário
específicos e de mão-de-obra qualificada para desenvolver os trabalhos ficando, desta maneira,
estancados em estoques cada vez maiores, sendo que os dois países não podiam estabelecer
contato com a ala socialista por receio a uma possível retaliação por parte do “Estado Capitalista”.
Já os países socialistas, também em profunda crise, tiveram seus ideais políticos de prosperidade
social quebrados ao conhecer a verdadeira face do “Estado Socialista”, país de regime ditatorial
totalitário com enorme massa de camponeses em condições insalubres.‡ Retomando aos poucos
os laços, os países do antigo “Natussul” decidiram enfrentar as ameaças das duas potências
mundiais, aproximaram-se e desenvolveram políticas econômicas e sociais em conjunto.
Considerações
‡
Assistimos ao filme “Stálin”.
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Eixo 4 - Empresas privadas e relações comerciais
Cada grupo (três alunos), foi orientado a criar uma empresa para ser representada
por eles próprios.
Empresa 1
Nome: Cainstens Engenharia S/A
Slogan: Construindo seu futuro
Área de influência: Construção civil, industrial, especializada (usinas nucleares, portos
marítimos, aeroportos, ferrovias, rodovias, usinas de geração de energia, gasodutos, oleodutos),
pública; pesquisa em engenharia nuclear e engenharia de materiais (fibra ótica).
Histórico: Fundada em 1884 na Alemanha, a empresa é responsável hoje por muitas
construções, sobretudo em países desenvolvidos. Seu serviço é caro, mas sua eficiência é
respeitada e seu nome é sempre cogitado quando se pensa em construções mais ousadas e
inovadoras. Sua especificidade técnica permite-lhe empreender obras de alto risco como
gasodutos e oleodutos. No começo do século foi responsável por projetos do governo alemão na
área militar, como o desenvolvimento de monomotores e armas, e sua participação foi efetiva
também na segunda guerra mundial, com os tanques blindados e armas de grande porte. Na
segunda metade do século XX dedicou-se mais a indústria civil. Desde então a empresa cresceu
de forma significativa.
Objetivos:
Criar projetos comerciais para “abafar” os casos de Cubatão e Angra III;
Reunir verbas para pagar a indenização.
Recursos = Patrimônio estimado: R$ 1,5 bilhões
Capital de giro: R$ 250 milhões
Observações:
* Vendeu tecnologia nuclear para Índia, Coréia do Norte e para alguns terroristas.
* As obras do gasoduto em Cubatão e Angra III apresentam problemas. O gasoduto pode
mandar a região toda pelos ares, e a usina apresenta riscos de vazamento de lixo tóxico. Os
reparos custariam cerca de R$250 milhões.
* Responsabilizada pelo desastre de Chernobyl de 1986 – perdendo a briga com o governo
russo -, o prazo de 2 anos para as indenizações vencem dentro de 1 mês. Ou a empresa reúne
R$950 milhões, ou sua falência será decretada.
Empresa 2
Nome: Rio Branco Materiais de construção S/A
Slogan: Mãos à Obra!
Área de influência: construção civil e industrial
Histórico: A matriz, situada na zona norte de São Paulo, era no início da década de 1930
nada mais que um armazém de materiais para construção. Ganhando projeção com parcerias no
setor privado (engenharias) e público, a Rio Branco abriu várias lojas no estado de São Paulo e,
posteriormente, em MG, GO, RJ, PA, MT, AC e AM.
Objetivos:
Entrar no mercado (fornecer materiais para obras) na região de Manaus, por ser uma área
que possa gerar grandes arrendamentos.
Recursos = Patrimônio estimado: R$ 25 milhões
Capital de giro: R$ 0,5 milhões
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Observações:
*A empresa tem um acordo estabelecido com a prefeitura de Manaus que lhe permite
sonegar impostos, em troca de propina.
*Um dos principais clientes da Rio Branco entrou em processo de concordata, causando um
prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões, o que a deixou numa situação delicada, já que investiu um
alto teor de capital para expandir seus negócios nos últimos meses.
Empresa 3
Nome: Brasil Madeiras Ltda
Slogan: Preservando o meio ambiente
Área de influência: construção civil, indústria de papel e móveis, exportação para países
europeus; contrabando ilegal;
Histórico: Fundada burocraticamente em 1956, a Brasil Madeiras pratica extrativismo vegetal
na região de Manaus desde o início da década de 1940. Transações ilegais – com a conivência de
instituições como o Ibama e a Guarda Florestal da região – rendem bons lucros para a empresa,
atividade da qual se beneficiam também outras empresas nacionais e algumas estrangeiras.
Objetivos:
Estabelecer parcerias (de preferências no campo da ilegalidade) para expandir seus
negócios por todo o Brasil.
Recursos = Patrimônio estimado: R$ 7 milhões
Capital de giro: R$ 700 mil
Empresa 4
Nome: Autovias Ltda
Slogan: Caminhando para a prosperidade.
Área de influência: construção de rodovias.
Histórico: Fundada em 1996 por um grupo espanhol, a empresa investiu grande capital nas
rodovias – até então públicas – brasileiras. Sua sede é em São Paulo, capital. Estradas em
situações calamitosas são mercados em potencial para a Autovias.
Objetivos:
Comprar tecnologia para a construção de estradas;
Assegurar alguns viadutos e pontes ainda não reestruturados, que estão em situação
irregular e com riscos de desabamento.
Recursos = Patrimônio estimado: R$ 75 milhões
Capital de giro: R$ 45 milhões
Observações:
*foram verificadas depredações em alguns pedágios devido, segundo os manifestantes, às
taxas abusivas.
Empresa 5
Nome: Patagônia seguros S/A
Slogan: Você em segurança.
Área de influência: construção civil, industrial, específica, privada, comercial, residencial.
Histórico: Fundada em 1982 na Argentina. Com o Mercosul, muitos negócios a motivou a
investir no Brasil. O Brasil mostra-se um mercado em potencial, sobretudo na área de construção
civil, seus principais clientes são a Engenharia S/A e a Rio Branco.
Objetivos:
promover novos contratos, dentre eles o asseguramento do gasoduto de Cubatão.
Recursos = Patrimônio estimado: R$ 90 milhões
Capital de giro: R$ 30 milhões
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O enredo
§
Debateu-se a cerca do fluxo intenso de capital financeiro em forma de ondas imigratórias que caracterizam, no âmbito econômico, o
mundo globalizado. Compreendemos que estas ondas imigratórias buscam a maior quantia de rendimentos financeiros no menor
espaço de tempo possível. Por isso o Brasil é uma das vítimas deste capital especulativo, pois os juros relativamente altos atraem
compradores de títulos públicos nacionais.
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Após discussões sobre o exercício, em que cada grupo explanou a estratégia de
sua respectiva personagem-empresa, constatou- se o exercício de importantes reflexões :
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Por outro lado, sentiu-se a necessidade da utilização de mais textos e outras fontes
para incrementar as aulas. Vale ressaltar também, o caráter épico que as sessões de jogo-aula
podem adquirir. Os personagens dos jogadores podem ser considerados heróis de um mundo todo
se não se prestar atenção, e isso se choca com a concepção de que todos nós construímos
história. Fankur, por exemplo, adquiriu parcialmente este caráter.
BIBLIOGRAFIA
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BRANDÃO, R. O que é método Paulo Freire. São Paulo: Brasiliense, 1981.
Brasil. Parâmetros curriculares nacionais: história / Secretaria de Educação do Ensino
Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.
Brasil. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental.
Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais / Secretaria de Educação do Ensino
Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.
CABRINI, C; CIAMPI, H; VIEIRA, M; PEIXOTO, M; BORGES, V; O ensino de história (Revisão
urgente). São Paulo: Brasiliense, 1986.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970;
NIKITIUK, S. (Org.). Repensando o ensino de história. São Paulo: Cortez 1996.
PINSKY, J. (Org.). O ensino de história e a criação do fato. São Paulo: Contexto, 1988;
SILVA, M. (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984.
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