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Porque é importante praticar o

controlo de infecç õ es?

A legislação de controlo de infecções varia de pais para pais e é importante conhecê-las.


Deve procurar no site da ASAE toda a legislação aplicável à sua área de trabalho.
a maioria do problema na área da beleza é como proceder e que métodos adaptar na
higienização de materiais e espaços.

O nível de ameaç a tem vindo a crescer

Os riscos reais incluem bactérias e vírus que se espalham rapidamente e podem ser
incapacitante ou mortais.

Bactérias resistentes a antibióticos (superbugs) tais como o staphylococcus áureos resistente à


meticilina (MRSA) que se propagam facilmente são muito difíceis de tratar e podem ser
mortais.

O Staphylococcus é um tipo de bactéria que vive inofensivamente na pele e nos narizes, em


cerca de um terço da população. Algumas bactérias staphylococcus aureus são mais
resistentes. As que são resistentes aos antibióticos meticilina são chamadas Staphylococcus
aureus resistente à meticilina (MRSA) e muitas vezes requerem diferentes tipos de antibióticos
para tratá-las.

Esta estirpe causa vermelhidão, inchaço, dor, febre e pus.


Se entrar no seu corpo, pode causar infecções mais graves, como envenenamento do sangue e
síndroma de choque tóxico, ao entrar na corrente sanguínea. Embora sejam menos comuns do
que as infecções cutâneas.

Pode ser contraído ao tocar alguém que o tem, ao partilhar coisas como toalhas, lençóis e
roupas com alguém que tenha MRSA na sua pele ou ao tocar em superfícies ou objectos que
tenham MRSA.

Leiria, 24-04-2020 Mikasnails&beauty-


Mónica Lopes
Novos patogénicos (germes) tais como novos casos de gripe estão a ser identificados todos os
dias e eles movem-se a volta do planeta rapidamente, aumentando o risco de contágio.

Proteger o teu negó cio

“Lá porque um “bicho” não mata ninguém, não quer dizer que um “bicho” não mate o teu
negócio!”
As redes sociais hoje em dia vieram permitir que a avaliação de uma cliente boa ou má do teu
serviço possa espalhar-se em segundos.
Exemplos de microrganismos que podem dar cabo do teu negócio:

Foliculite- Ocorre quando existe infecção dos folículos pilosos causada por
bactérias, como o estafilococo, ou outros fatores. A invasão bacteriana

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que a provoca pode ocorrer espontaneamente ou ser favorecida por outros fatores, sendo os
mais comuns:

 O excesso de humidade ou suor, raspagem de pelos ou depilação

 A utilização de jacuzzi e de piscinas

 O uso de roupas apertadas

 A ingestão de antibióticos ou corticoides durante longos períodos de tempo;

 O contacto com substâncias que irritam ou bloqueiam os folículos (maquilhagem,


manteiga de cacau, óleo de motor, entre outros)

 As lesões da pele ou as doenças como a diabetes ou o VIH/SIDA que reduzem as


defesas do organismo, são também factores de risco

Um dos agentes mais comuns de foliculite é uma bactéria, o estafilococo, que existe em
condições normais na pele e só se torna agressiva quando há a sua introdução nas camadas
mais profundas da cútis. As bactérias do género Pseudomonas também podem causar este
tipo de infecção, tal como alguns fungos.

Ténia corporis, também conhecido como dermatofitose- A


infecção dermatófita é uma infecção fúngica da pele.

Clientes de alto risco

Há clientes que podem ser se alto risco de infecção devido à sua condição médica que não
conseguimos ver e por vezes não nos informam. O controlo de infecções é a chave ajudando-
nos a manter estes clientes saudáveis.

 Exemplo de clientes de risco:

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Diabéticos - dificuldade na cicatrização, e 72% desconhecem que tenha a doença por mais de 5
anos.

Mastectomia (remoção completa da mama) /lumpectomia (remoção de uma parte da mama)


- estes clientes apresentam um risco elevado devido à sua condição debilitante Linfedema se
infectado (Linfedema é uma infecção das partes moles debaixo da pele que aparece quando o
sistema linfático deixa de conseguir transportar a linfa).

Medicação imunossupressora - o risco de infecção aumenta com medicações tais como,


medicação para a asma, artrite reumatóide, fibromialgia, que suprimem o sistema imunológico.

Como efectuar o controlo de infecç õ es

Os termos chave para o controlo de infecções são muitas vezes utilizados de forma errada e
incorrectamente definidos. É importante compreender os seguintes termos e os passos que
eles representam num controlo de infecções.

 Limpeza ou higienização
 Desinfectar
 Esterilizar

Limpeza ou higienizaç ã o

Limpeza ou higienização é o primeiro passo para o controlo de infecções.

Limpeza ou higienização é a remoção de todos os detritos visíveis em superfícies e utensílios

Com a limpeza não são destruídos patogénicos apenas são removidos ao serem lavados das
superfícies ou objectos.

Métodos de limpeza:

 Lavagem com água morna e sabão ou químico de limpeza (detergentes multi usos,
antibacterianos de superfície etc )

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 Preparar os itens para desinfecção (Após a lavagem deve se passar por agua tépida e
secar muito bem)

Desinfecç ã o

A desinfecção de um determinado objecto ou ambiente, consiste na destruição, inibição ou


remoção de agentes microbianos causadores de doenças ou de outros problemas, como por
exemplo a degradação de alimentos, com recurso a agentes físicos ou a agentes químicos.
Neste processo são eliminadas as células vegetativas, mas não se promove a destruição de
esporos. Muitos dos produtos de limpeza doméstica tais como a amónia e a lixívia, são
desinfectantes. Outros agentes como os álcoois promovem a desnaturação de proteínas e a
solubilizarão de lípidos.

Hipoclorito de sódio (lixívia )

Trata-se de um composto muito apropriado para a desinfecção de superfícies e de


ambientes. A concentração mais comum para essa finalidade é a de 1% (p/v). Revela-se
corrosivo para alguns metais e o contacto não deve exceder 30 minutos. Após esse período
deve proceder-se à lavagem e secagem das superfícies ou ambientes desinfectados.

 Desnaturam as proteínas e dissolvem os lípidos.


 São mais activos na presença da água (70%)

Os Álcoois etílico e isopropílico são normalmente utilizados para desinfecção de


superfícies e anti-sepsia da pele. São compostos bactericidas de baixa potência embora
possam destruir o bacilo da tuberculose e o vírus do herpes simples, não actuam contra vírus
do tipo hidrófilo, como o da hepatite B. não podem ser considerados como agentes de
limpeza efectivos. Quando deixados por períodos prolongados em contacto com a pele,
toma-se irritantes.

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Para efectuar a desinfecção requer-se que os itens ou superfícies estejam limpos (limpeza
/higienização)
A desinfecção requer o uso de um desinfectante químico como o barbicide (um desinfectante
que esteja autorizado/aprovado para uso por lei no teu país.

Quando feito de forma correcta é eficaz na maioria dos patogénicos de risco nos salões,
barbearias, cabeleireiros

A desinfecção é para superfícies não porosas (sem rugosidades não absorventes), superfícies
porosas são de uso único.

A correcta desinfecção requer:

• Correcta mistura/ concentração


• Tempo de contacto
• Devida mudança de solução desinfectante
• O que pode ser desinfectado:
• Apenas itens não porosos tais como:
• Plásticos e metais.

Tudo o que não possa ser desinfectado e de uso único deve ser descartado tal como:

• Algodão
• Pau de laranjeira
• Limas
• Pedras-pomes
• Blocos de polimento (buffer e bloco)
• Bandas de polimento de papel
• Camurças (usadas no polimento em aplicações de
sistemas de liquido /pó - o chamado acrílico)

Mistura e concentração do barbicide

Barbicide Concentrado

Seguro para a desinfeção de superfícies de


acrílico (solários), aço inoxidável, plásticos,

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pentes, escovas, rolos, tesouras e instrumentos de manicura.
Largo espectro de acção
Eficaz contra Salmonelas, pseudónimas, estafilococos e fungos incluindo o Pé de Atleta.
Elimina o vírus da SIDA (HIV), Hepatite B e C e H1N1 gripe suína.
Conformidade com a regulamentação Europeia EN 14561, EN 14562 e 14476
Bactericida, fungicida, vírucida.
Versátil
Fórmula antiferrugem.

O uso deste desinfectante mostra claramente às Autoridades sanitárias, ao seu pessoal e aos
seus clientes em geral a importância que o seu salão dá às Melhores Práticas de Higiene e
Desinfecção.

Tempo de actuação: 10 minutos e deve ser trocado todos os dias.

Proporção de diluição:

60 ml de concentrado para 1 Litro de água

45 ml de concentrado para 750 ml. de água

Spray Desinfectante Barbicide

Combate os germes, fungos e vírus e, eliminando


Pseudomonas, estafilococos, salmonela, pé de
atleta (tinea pedis), HIV (SIDA), hepatite B e C,
bem como H1N1 (gripe suína), e outros
organismos patogénicos.
Seguro em todas as superfícies incluindo acrílicos
dos equipamentos de solário, plásticos, aço
inoxidável, vidros e espelhos.
Seguro e eficaz.
O spray desinfectante pronto a usar não só desinfecta, como tem funções de limpeza.
Usado correctamente não mancha a pele nem as superfícies tratadas.

Tempo de actuação 3 minutos.

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Basta pulverizar BARBICIDE sobre as superfícies, deixe agir por 3 minutos e limpe de seguida
com um pano limpo.

Toalhetes de desinfecção BARBICIDE – SEM Á LCOOL

Eficazes contra vírus, fungos, bactérias, HIV


(Sida), tuberculose, H1N1 (Gripe suína) e
Hepatite B e C.
Toalhetes de desinfecção para utilização em,
cabeleireiros, veterinários, escolas, ginásios,
solários e institutos de beleza (spa's).
SEM ÁLCOOL.

Tempo de actuação: 3 minutos.

Os toalhetes de desinfecção BARBICIDE são úteis em áreas lisas não porosas e completamente
eficazes contra microrganismos como; bactérias, vírus, fungos, tuberculose e esporos.

Resumindo:

 O desinfectante deve ser bactericida, vírucida e fungicida.


 Os itens e superfícies devem ser lavados antes de ser desinfectados.
 Os itens limpos e os itens sujos devem ser colocados separadamente em recipientes
identificados e com tampa.
 O desinfectante usado para imergir os itens deve ser trocado diariamente.
 Os recipientes de desinfecção devem ser mantidos fechados sempre.
 Todos os metais não porosos, plásticos e superfícies devem ser lavados e
desinfectados antes de cada utilização. Após a imersão dos itens passar por agua
corrente, secar muito bem e acondicionar em local desinfectado ou preparar para
esterilizar em autoclave/estufa.

Esterilizaç ã o

A esterilização raramente é um requisito na área da beleza.

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A esterilização é a destruição completa de toda a vida microbiana.

A esterilização mais usada é feita por autoclave que usa calor e pressão para destruir os
micróbios.

Autoclaves (esterilização por calor húmido)

Podemos definir a esterilização como sendo a destruição de todas as formas de vida


microbiana, desde as bactérias, os vírus, os esporos e os fungos.
As autoclaves são um dos métodos mais acessíveis, seguros e simples de utilizar para realizar
uma esterilização de elevado nível.
O vapor saturado húmido (vapor carregado de gotículas de água) é utilizado nas autoclaves.
Pode destruir os mais resistentes esporos secos numa exposição relativamente curta.
A sua facilidade na acção de esterilização é devida à perfeita distribuição do calor a à acção do
vapor saturado, realizando assim a troca de calor com o material a ser esterilizado.
Alcançando a temperatura correcta os instrumentos ficam sujeitos a um ambiente de vapor
saturado durante um determinado tempo.
Esta é a forma como a esterilização é segura e rapidamente garantida.
As autoclaves são utilizadas para efectuar a esterilização de instrumentos diversos, vidros,
tecidos, líquidos e outros materiais. Sendo uma das suas vantagens a possibilidade de utilizar
uma gama muito diversa de materiais para serem sujeitos ao processo de esterilização de alto
nível.

Na esterilização por calor húmido (autoclave) destrói-se os microrganismos rapidamente por


coagulação das proteínas. A conjugação do tempo/temperatura depende das características
do produto a esterilizar e da sua estabilidade térmica Alguns compostos químicos são termo
lábeis não podendo sofrer as temperaturas de esterilização. A temperatura usualmente usada
é 121+/- 3ºC.

quanto menos a temperatura maior será o tempo :


ex:

1. Durante 3 minutos a 134°C

2. Durante 10 minutos a 126°C

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3. Durante 15 minutos a 121°C

4. Durante 25 minutos a 115°C.

Elas podem ser divididas em dois tipos:

Autoclave gravitacional:

O ar é removido por gravidade, assim quando o vapor é admitido na câmara, o ar no interior


desta, que é mais frio (mais denso), sai por uma válvula na superfície inferior da câmara. Pode
ocorrer a permanência de ar residual neste processo, sendo a esterilização comprometida
principalmente para materiais densos ou porosos.

Autoclave pré-vácuo:

O ar é removido pela formação de vácuo, antes da entrada do vapor, assim quando este é
admitido, penetra instantaneamente nos pacotes.

As autoclaves podem ainda ser do tipo horizontal ou vertical. As do tipo horizontal possuem
paredes duplas, separadas por um espaço onde o vapor circula para manter o calor na câmara
interna durante a esterilização; as do tipo vertical não são adequadas pois dificultam a
circulação do vapor, a drenagem do ar e a penetração do vapor devido à distribuição dos
pacotes a serem esterilizados, que ficam sobrepostos.

Antes da esterilização

Higienizar convenientemente os materiais:


- O material crítico deve permanecer em solução desinfectante durante 30 minutos, antes de
se realizar a limpeza.
-Os instrumentais devem ser lavados manualmente com o uso de escovas, ou em banhos ultra-
sons.
- Frascos e tubos de vidro, devem ser lavados com água e detergente apropriado.
-Identificar os pacotes correctamente e colocar a fita indicadora na embalagem.

Durante a esterilização

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Verificar constantemente os indicadores de temperatura e pressão.

Após a esterilização

Os pacotes não devem ser colocados em superfícies metálicas logo após a esterilização, pois
em contacto com superfície fria o vapor residual se condensa e torna as embalagens húmidas,
comprometendo a esterilização uma vez que a humidade diminui a resistência do invólucro de
papel e interfere no mecanismo de filtração do ar.
Não utilizar os pacotes em que a fita indicadora apareça com as listras descoradas após a
esterilização.

Falhas no processo de autoclavação

As falhas neste processo podem ser mecânicas ou humanas.

Falhas humanas

Limpeza incorrecta ou deficiente dos materiais;


Utilização de invólucros inadequados para os artigos a serem esterilizados;
Disposição inadequada dos materiais na câmara;
Tempo de esterilização insuficiente;
Utilização de pacotes que saíram húmidos da autoclave;
Mistura de pacotes esterilizados e não esterilizados;
Não identificação da data de esterilização.
Falhas mecânicas

As falhas mecânicas decorrem da operação incorrecta e da falta de manutenção das


autoclaves.

UV ou radiações não ionizantes

As radiações são muito úteis para a esterilização de espaços, de salas, de instrumentos


e de materiais que não suportam as temperaturas exigidas pelas técnicas do calor.
A esterilização por radiação ionizante é uma técnica altamente eficiente, económica e segura.
As radiações de alta energia são utilizadas na esterilização de materiais cuja sensibilidade ao
calor exige condições particulares de tratamento.
A radiação ionizante promove a quebra das cadeias moleculares e induz reacções dos
fragmentos com o oxigénio atmosférico ou com compostos oxigenados, originando a morte
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das células. As radiações utilizadas incluem os raios gama, produzidos a partir de cobalto-60 ou
césio-139, e de raios catódicos produzidos em geradores e aceleradores de electrões. Os raios
gama são radiações com poder ionizante que promovem a alteração de compostos celulares.
Estes raios têm elevado poder de penetração sendo ideais para aplicação em objectos
volumosos. Problemas técnicos dificultam ainda a sua aplicação corrente em microbiologia.
A irradiação com luz ultravioleta (UV) é uma forma pouco satisfatória de esterilização devido à
fraca capacidade de penetração nos materiais e produtos a esterilizar. A energia das radiações
é absorvida por moléculas como o DNA, conduzindo a alterações da estrutura molecular que
poderão ser letais para os microrganismos. Os raios UV são frequentemente utilizados na
diminuição do nível de contaminação de espaços pequenos. Deve ter-se sempre presente que
a lâmpada UV só deve estar ligada na ausência de pessoas no espaço onde for ser usada.

A esterilização por Radiações é utilizada em materiais sensíveis ao calor (ex: radiação gama).
As radiações UV são utilizadas para esterilização de salas e superfícies

Como funciona a esterilização por calor seco?

A esterilização por calor seco faz com que as proteínas percam as suas formas distintivas à
medida que os micróbios desidratam. Os radicais livres oxidantes são criados à medida que as
proteínas microbianas coagulam causando a morte microbiana. A quantidade de água dentro e
à volta dos micróbios influencia a temperatura a que as proteínas são destruídas. Quanto
menor for o teor de água, maior é a temperatura necessária para a sua destruição. É por isso
que os esterilizadores a vapor, que utilizam calor húmido (autoclaves), funcionam a
temperaturas mais baixas (cerca de 121° C a 134° C) em comparação com os esterilizadores a
calor seco (estufas) (cerca de 160° C a 190° C).
É importante garantir que os materiais de embalar os instrumentos e outros itens que estão
vão ser esterilizados possam suportar as altas temperaturas de esterilização por calor seco.
Como em qualquer esterilizador, uma esterilização bem sucedida só ocorre após o tempo de
exposição prescrito ter sido alcançado à temperatura de esterilização indicada.
Assim, o tempo de "aquecimento" (tempo necessário para que a câmara atinja a temperatura
de esterilização) não está incluído no tempo de exposição à esterilização.

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Além disso, a interrupção do tempo de exposição, tal como a abertura da porta de um
esterilizador de calor seco a meio do ciclo (se permitido) para adicionar um item esquecido,
impede que os materiais fiquem devidamente esterilizados.
Deve adquirir estufas certificadas e seguir as instruções do fabricante com precisão para
assegurar uma esterilização bem sucedida.

Quais são as diferenças entre os dois tipos de esterilizadores de calor seco?

O ar estático e o ar forçado são os dois tipos de esterilização por calor seco, e baseiam-se na
forma como o ar quente circula na câmara de
esterilização.

O tipo de ar estático (convecção por gravidade) depende


da convecção natural do ar. Como o ar é aquecido por
serpentinas no fundo ou nos lados da câmara, ele sobe e o ar mais frio cai para criar circulação.
O tempo de esterilização geralmente varia de 60 minutos a 120 minutos (após o tempo de
aquecimento estar completo), dependendo do equipamento utilizado.

O ar forçado (convecção mecânica) utiliza um


motor de ventilador para fazer circular
mecanicamente o ar da câmara, o que diminui o
tempo de transferência de calor-energia do ar
quente para os artigos que estão a ser
esterilizados. Assim, o ciclo de esterilização é
inferior aos modelos de ar estático e pode ser tão
breve como 12 minutos para instrumentos embrulhados, dependendo do equipamento
utilizado.

Quais são os benefícios da esterilização por calor seco?

Um dos principais benefícios da esterilização por calor seco é uma corrosão mínima ou nula
dos instrumentos. Oxigénio, humidade e alta temperatura facilitam a corrosão de artigos
metálicos susceptíveis (por exemplo, aço carbono).

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Na esterilização por calor seco, a humidade é eliminada, pelo que a corrosão é minimizada. É
por isso que é especialmente importante secar os instrumentos limpos antes da embalar
proceder à esterilização por calor seco.
Outro benefício é que as embalagens dos instrumentos estão secas no final do ciclo de
esterilização e estão prontas a usar após o tempo de arrefecimento apropriado. Esta
característica da esterilização forçada por ar seco ajuda a proporcionar um tempo
relativamente curto de retorno do instrumento, dependendo do equipamento utilizado.

A esterilização por calor seco é um método eficaz para esterilizar instrumentos e pode ser
particularmente adequado para práticas em que a corrosão dos instrumentos seja um
problema.
Os esterilizadores a vapor e a calor seco podem ser controlados biologicamente com esporos
bacterianos adequados, incluindo Bacillus atrophaeus para calor seco e Geobacillus
stearothermophilus para vapor. Este passo é importante para garantir o sucesso do processo
de esterilização.

Modo de utilização

Após ter procedido a todos os passos de limpeza e desinfecção, colocar as embalagens com
espaço entre elas de forma a permitir a circulação do calor, ajustar a temperatura adequada e
o tempo para efectuar o ciclo de esterilização.
Após o ciclo de esterilização deixar arrefecer antes de remover do esterilizador para evitar
queimaduras.
Seguir sempre as recomendações do fabricante do seu equipamento para garantir uma
esterilização correcta e eficaz.

Os equipamentos de esterilização têm de cumprir requisitos específicos, sendo eles:

 Especificações técnicas;
 Controlo e desempenho;
 Testes para avaliação da eficiência de operação;
 Manutenção e calibração:
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 Manutenção preventiva;
 Programa de calibração.
 Para além de se efectuar este controlo dos equipamentos é necessário ter um plano
de controlo do Equipamento.

Tipo de equipamento Controlo que se efectua:

Autoclaves  Controlo da temperatura


 Testes com bio-indicadores

Estufas de esterilização  Controlo da temperatura

INDICADORES BIOLÓ GICOS

Indicador biológico consiste de um preparado de um microrganismo específico, resistente


a um determinado processo de esterilização. É utilizado para qualificação de uma
operação física de um aparelho de esterilização, no desenvolvimento e estabelecimento de
processo de esterilização validado para um artigo específico, e na esterilização de
equipamento, material e embalagens para processamento asséptico. É usado também
para monitorar um ciclo de esterilização uma vez estabelecido.

O indicador biológico apresenta-se em duas formas principais, cada uma das quais
incorpora uma cultura viável de uma espécie conhecida de microrganismo. Em uma, os
esporos são adicionados a um veículo (disco ou tira de papel de filtro, vidro ou plástico)
embalado de modo que mantenha a integridade da carga inoculada e que o agente
esterilizante exerça seu efeito quando necessário. Em outra, os esporos são adicionados a
unidades representativas do lote a ser esterilizado (produto inoculado), ou a unidades
similares (produto similar inoculado). Um produto inoculado não deve afectar
adversamente as características de performance dos esporos viáveis. Se o material a ser
esterilizado é um líquido, e se for impraticável adicionar um indicador biológico a unidades

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seleccionadas do lote, esporos viáveis podem ser adicionados a um produto similar, mas
com a condição de que a resistência do produto ao processo de esterilização seja a mesma
do produto original a ser esterilizado.

Um indicador biológico usado para monitoramento de um processo de esterilização pode


ser inadequado, e pode também ser insatisfatório para validação de ciclos de esterilização
que podem diferir em suas necessidades para aplicações específicas.
O uso eficiente dos indicadores biológicos para o monitoramento de um processo de
esterilização requer profundo conhecimento do produto a ser esterilizado e suas partes
componentes (material e embalagens) e no mínimo uma ideia geral dos prováveis tipos e
número de microrganismos constituintes da carga microbiana do produto antes da
esterilização.

Esporos de Bacillus stearothermophilus são usados como indicador biológico nos processos
de esterilização pelo vapor húmido, esporos de Bacillus subtilis empregados nos processos
de esterilização pelo calor seco e pelo óxido de etileno e esporos de Bacillus pumilus
indicados para validar processos cujo agente esterilizante é a radiação iónica (USP XXIII).
São considerados convenientes indicadores biológicos na esterilização pelo calor húmido,
particularmente na temperatura de 121ºC. Fita de papel filtro inoculada com número
definido de esporos de uma cepa bacteriana seleccionada e de conhecida resistência a um
determinado tipo de esterilização é um bioindicador muito usado. O veículo inoculado
deverá ser embalado individualmente, de forma que seja mantida a sua integridade, e
quando usado apropriadamente sofra o efeito do agente esterilizante.

Quando usados na forma de suspensão, os bioindicadores são adicionados à unidades


representativas da carga a ser esterilizada e quando impregnados em veículos deverão ser
colocados em posições estratégicas, assegurando uma homogeneidade de acção em todos
os pontos da câmara esterilizaste.

O indicador biológico é o parâmetro escolhido para certificar-se de que o nível de


esterilidade estabelecido para o produto é alcançado, conferindo a certeza de esterilidade
frente à margem de segurança mínima definida.

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Biografia
www.barbicide.com

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