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SPDA RADIOATIVO
Eng. Eletricista Bianca A. Martinez e Carlos E. Cisi
1. OBJETIVO
Tem o presente a finalidade de servir como elemento técnico para análise das
instalações de Pára-raio radioativo ainda existentes, identificando as características
legais e técnicas quanto a sua desativação.
2. METODOLOGIA
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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• MOURA, Grazielle C.; DIAS, Junio G.; MATTOS JÚNIOR, Pedro A.. A evolução dos
pára-raios.
4. LEVANTAMENTO
4.1 Histórico
4.2 Construtivo
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Convém salientar que os captores radioativos haviam sido desenvolvidos a partir das
ideias predominantemente teóricas de cientistas e físicos e que, na época em que
foram propostas, quase não haviam métodos normatizados e tecnologias capazes de
confirma-las e embasá-las (MARUMO, 2006).
4.3 Legal
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ANEXO I
1. A maior eficácia de para-raios radioativos em relação aos
convencionais não está tecnicamente comprovada, contrariando
assim o princípio da justificação, qual seja: “Qualquer atividade
envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em relação
a outras alternativas e produzir um benefício líquido positivo para a
sociedade”;
2. Para-raios radioativos em bom estado de conservação podem
permanecer instalados, sob o ponto de vista de radioproteção, até
que venham a ser substituídos por dispositivos convencionais;
3. Os para-raios radioativos instados não oferecem risco de
radiação externa para pessoas, uma vez que contém pequenas
quantidades de material radioativo afixado aos mesmos;
4. No caso de desativação de tais dispositivos e com o objetivo de
evitar a dispersão de radioisótopos no meio ambiente, os mesmos
devem ser entregues à CNEN.
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Decreta:
Art. 1º - Os proprietários de edificações que tenham pára-raios
radioativos instalados deverão efetuar sua substituição e
adequação do sistema de proteção contra descargas elétricas
atmosféricas à NBR 5419 da ABNT, garantindo abrangência para
todo o imóvel.
4.4 Técnico
Porém nem todos os municípios e estados tiveram tal iniciativa, ficando assim a maior
influência pautada pela ABNT NBR 5419 que desde sua atualização de 1993 fixa as
condições e materiais exigíveis em projeto, instalação e manutenção dos sistemas de
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Já que fora comprovado que sua eficiência é igual ao captor tipo Franklin.
NBR 5419/2015 – PARTE 3- 5.2 SUBSISTEMA DE CAPTAÇÃO
5.2.1 GERAL
“Subsistemas de captação podem ser compostos por qualquer
combinação dos seguintes elementos:
- hastes (incluindo mastros);
- condutores suspensos;
- condutores em malha.
Para estar conforme esta Norma, todos os tipos de subsistemas de
captação devem ser posicionados de acordo com 5.2.2, 5.2.3 e
Anexo A. Todos os tipos de elementos captores devem cumprir na
íntegra as exigências desta Norma.”
“Esta Norma somente especifica os métodos de captação citados
nesta seção. Recursos artificiais destinados a aumentar o raio de
proteção dos captores ou inibir a ocorrência das descargas
atmosféricas, não são contemplados nesta Norma.”
“NOTA: Recomenda-se que os captores que contenham material
radioativo sejam retirados de acordo com a resolução 04/89 da
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN ).”
Ficando também por parte da fiscalização das medidas de segurança contra incêndio
realizada pelo Corpo de Bombeiros, onde uma das medidas é o sistema de proteção
contra descargas atmosféricas estar de acordo com as normas brasileiras oficiais. Tal
fiscalização delibera sobre a liberação e renovação do AVCB das edificações.
ESTADO DE SÃO PAULO
DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011.
Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das
edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo e estabelece
outras providências.
GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de
suas atribuições legais,
Decreta:
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Artigo 1º – Este Regulamento dispõe sobre as medidas de
segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco,
atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da Constituição Federal,
ao artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na Lei Estadual
nº 616, de 17 de dezembro de 1974, na Lei Estadual nº 684, de 30
de setembro de 1975 e no Decreto Estadual nº 55.660, de 30 de
março de 2010.
CAPÍTULO IX
Das Medidas de Segurança contra Incêndio
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4.5 Edificação
Ressalta-se que esses pára-raios são, em quase sua totalidade, instalados nos pontos
mais altos dos prédios, que consequentemente é a caixa d'água. E sendo que a
estanqueidade não é comprovada, o risco de contaminação é maior, visto sua alta
radiotoxidade por ingestão, conforme reportagem no blog denilsondalmeida de
Denilson D'Almeida em entrevista ao Capitão Afonso do Corpo de Bombeiros do Pará
em 27 de Março de 2011.
“Durante a pesquisa de campo, o capitão Afonso constatou que,
em alguns prédios, os pára-raios radioativos foram instalados sobre
a caixa d'água, ponto mais alto da edificação. Com a oxidação do
amerício, a água utilizada pelo condomínio pode ter sido
contaminada – neste caso, o risco é muito maior porque houve
contato direto com o material contaminado (a água).”
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5. CONCLUSÃO
Considerando que fora comprovado que a área de proteção destes dispositivos não
são maiores que um captor tipo Franklin, o que caracteriza que a edificação não está
totalmente protegida.
Conclui-se que tal dispositivo não deve ser mantido instalado em nenhuma edificação,
e que o mesmo deve ser retirado atendendo as exigências quanto ao manuseio e
transporte para entrega ao CNEN do rejeito radioativo. E também que a edificação
deve realizar as adequações necessárias do Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas em atendimento a norma vigente para que suas instalações possam ser
atestadas por profissionais da área junto ao Corpo de Bombeiro, Prefeitura e demais
órgãos fiscalizadores.
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