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MANUAL DO USUÁRIO
1ª versão
Elaborado por: Ms. Maria Cecília Baptista Todeschini Adad
Revisão: Dra. Gabriela Hoff
Grupo de Experimentação e Simulação Computacional
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
E-mail: ceciliatodeschini@yahoo.com.br
Julho, 2008
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Sumário
1 INTRODUÇÃO................................................................................. 3
2 INSTALAR O PROGRAMA:............................................................... 7
3 REFERÊNCIAS ...............................................................................43
1 Introdução
Visando o bem estar social e o uso racional das radiações ionizantes na
medicina foram desenvolvidas normas e recomendações quanto à proteção
radiológica aplicadas a esta técnica[7]. Entre as exigências normativas quanto à
construção de uma área hospitalar ou de uma clínica, que utilize as radiações
ionizantes, está a garantia da segurança das pessoas que circulam ao redor
desta área. Para tanta, quando se planeja a construção de uma área de
radiologia, mamografia ou qualquer área que utilize a radiação x, é necessário
que se estime a blindagem adequada. No Brasil, são as normas da CNEN NE-
3.01[1] e a Portaria 453[2] que determinam os parâmetros de cálculo para as
aplicações médicas e odontológicas das radiações. Recomendações
americanas[3,4,5] são importantes a serem consideradas, pois nossas normas
baseiam-se em alguns parâmetros que provém destas regulamentações.
Atualmente, o programa KUX[6] é o software utilizado por profissionais
especialistas em física médica, entretanto este baseias-se apenas nas
recomendação norte-americana (E.U.A), não contemplando a regulamentação
nacional, nem possibilitando os cálculos de otimização, barreiras adicionais
(espessura da barreira existente menos espessura recomendada), cálculo dos
custos das barreiras e executa cálculos para alguns poucos materiais (chumbo,
concreto, vidro, aço e gesso), de interface pouco amigável, não contendo em
suas opções cálculo de materiais comumente utilizados na construção civil
(p.e. tijolo, barita, ferro, concreto leve, etc...). Esse programa, além disso,
muitas vezes, necessita de cálculos extras para a correção das espessuras de
blindagens, sendo que estes cálculos de correção manual tomam muito tempo
profissional.
Este programa de computador apresenta uma interface amigável e
auxilia nas diferentes etapas de cálculo de blindagens, sendo incluídos
materiais (concreto baritado, tijolo maciço e de argila, ferro, gesso 9,5 e
16 mm, argamassa baritada, concreto leve, madeira) não anteriormente
contemplados no KUX. Além disso, o GESiC3 contém a opção de cálculo das
blindagens adicionais, do cálculo de custos das barreiras, é otimizado nas
diferentes etapas, possui a opção do método antigo de cálculo recomendado
pela NCRP 49 e o atual recomendado pela NCRP 147 e também a opção de
realizar o cálculo com as recomendações de exposição máxima permissível da
Portaria 453 e NCRP 116[4] e o Limite idealizado para a Taxa e Kerma Semanal
(NCRP 147[5]) para áreas controladas e não controladas, sendo utilizado para
solucionar diferentes problemas encontrados no dia a dia desta prática, tão
importante para a manutenção da segurança da aplicação das radiações
ionizantes na medicina.
(2) Método da NCRP 147: equações algébricas, nas quais três parâmetros α,β e
γ (mm-1) estão tabelados na NCRP 147 por tipo de sala de radiodiagnóstico de
acordo com a barreira (primária ou secundária) para seis materiais, como o
chumbo,concreto, gesso, aço, vidro e madeira, ou então calcula-se o valor da
transmissão, na qual utiliza-se parâmetros como número de pacientes, fator de
uso, fator de transmissão, KERMA no ar para barreira primária ou secundária,
distância do tubo até a barreira.
O Programa GESiC3 calcula automaticamente as blindagens e barreiras
adicionais, reduzindo o tempo dos cálculos sem a necessidade de utilizar
curvas de transmissão e realizar o cálculo à mão. A planta da sala elabora-se
através da avaliação da sala e das redondezas da mesma, bem como o fluxo
de pessoas e/ou trabalhadores que circulam nos arredores. Nessa planta
costuma-se desenhar o tubo de raios X com o valor da distância entre ele e
cada barreira (paredes, pé direito e chão) existente na sala. Discriminar essas
barreiras com um nome e classificá-las como barreiras primárias (tubo incide
diretamente na barreira) ou secundárias (radiação espalhada incidente na
barreira). Em seguida, deverá avaliar-se também o que há atrás de cada
barreira (outra sala, estacionamento, rua, câmara clara/escura, etc), a fim de
definir os valores dos parâmetros como fator de uso (U), fator de transmissão
(T), taxa de exposição semanal (P). Alguns dados deverão ser avaliados como
o número médio de pacientes atendidos semanalmente, e regimes de
exposição utilizados em média, sendo que isso irá depender do tipo de cálculo
de carga de trabalho (W) que o Físico Médico julgar ser o mais adequado para
o caso.
O programa GESiC3, possibilita a determinação do valor da barreira
adicional, se for o caso, além de determinar a equivalência da barreira
existente de um determinado material em relação a outra. Além disso, o
programa também oferece a possibilidade de personalizar os cálculos. Por
exemplo, o usuário terá a possibilidade de escolher se quer digitar o valor de
um parâmetro ou utilizar a recomendação de normas, ou então o usuário
poderá decidir qual equação deseja utilizar para determinar a carga de
trabalho, se ele deseja digitar à mesma ou escolhe-la conforme as
recomendações vigentes. Por fim, o programa registra os dados dos cálculos já
realizados e confecciona um relatório que pode ser impresso.
2 Instalar o Programa:
A seguir aparecerá uma outra caixa de texto solicitando que digite o caminho
onde se deseja instalar o programa, Figura 8.
(a) (b)
Figura 9: (a) Formulário inicial e (b) Caixa de texto para inserir o nome da
sala.
(a) (b)
· Azul: abre uma caixa de texto, Figura 14, solicita ao usuário digitar W
(mA.min/semana);
· Laranja: abre um formulário, Figura 14(a), com três tipos de cálculos
de W sugeridos pela Portaria 453:
1. Primeira opção: somatório do produto da corrente Iy (mA) pelo
tempo ty (ms) utilizadas por semana, Figura 14(a) mostra a caixa
de texto que solicitara ao usuário digitar o número de vezes que
ele irá inserir os dados, Y, Figura 14(b). Assim o programa
solicitará Y vezes a corrente e o tempo;
2. Segunda opção: entrada manual do número de radiografias
realizadas semanalmente, Figura 15(a), pressionar “OK” e em
(a) (b)
(a) (b)
Figura 15: (a) Caixa de texto solicitando ao usuário para digitar o número de
radiografias semanais realizadas por semana; (b) caixa de texto solicitando ao
usuário digitar o produto I x t médios utilizados no equipamento.
(a) (b)
Figura 16: (a) Formulário com duas opções (Radiologia Geral e de Tórax)
conforme o tipo de sala conforme a Portaria 453; (b) formulário para a seleção
da tensão máxima do equipamento da Radiologia Geral e para entrar o número
de radiografias realizadas por semana.
(a) (b)
Figura 17: (a) Formulário de escolha da técnica radiográfica (Radiologia Geral,
de Tórax de Admissão 100kVp ou menor e de Tórax 14x17 s/ grade 100kVp ou
menor) opção de cálculo do W para radiografia geral; (b) formulário de
selecionar a tensão máxima do equipamento de raios X geral com a inserção
do número de pacientes atendidos/semana.
(a) (b)
Figura 18: (a) Formulário para seleção da unidade de tempo (hora, minutos ou
segundos) que o usuário deseja inserir quanto ao tempo que o equipamento
funciona semanalmente; (b) Caixa de texto para digitar a corrente máxima do
equipamento.
(a) (b)
(a) (b)
Figura 20: (a) Formulário de seleção da forma de obter o fator de uso (U) e
caixa de texto para digitar o valor de U; (b) Seleção de U conforme
recomendação da NCRP-49.
(a) (b)
Figura 21: (a) Seleção do tipo de obtenção do fator de ocupação (T), digitar ou
escolher valor tabelado; (b) valores tabelados conforme NCRP-49.
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
Figura 24: (a) Caixa de texto solicitando um nome para a barreira; (b) caixa
de texto perguntando se o usuário deseja ou não realizar o cálculo de barreira
adicional.
(a) (b)
(a) (b)
Os materiais:
(i) Chumbo, vidro, aço, ferro, gesso (0,84g/cm3) e madeira: são
vendidos em lâminas, portanto para esses materiais serão solicitados o
valor do metro quadrado (m2) da placa em reais, Figura 29(a), a
espessura da placa em milímetros (mm), Figura 29(b) e a altura da
placa (mm), Figura 29(c) e o comprimento (mm), Figura 29(d), a seguir
o GESiC3 perguntará ao usuário se ele deseja realizar uma outra
entrada de dado, Figura 29(e), ou seja, se ele deseja realizar o cálculo
dos custos para uma lâmina com outras dimensões. Caso o usuário
responda “Sim”, essa caixa de texto vai aparecer quatro (4) vezes, se o
usuário responder “Não”, o não o cálculo dos custos para esse material
será finalizado. O programa fornecerá o valor do menor custo das
lâminas.
(ii) Placas de gesso 9,5mm e 16mm (1,4g/cm3): é o mesmo caso de (i),
porém a espessura não será solicitada, pois ela é conhecida.
(iii) Concreto, concreto baritado e Argamassa baritada: são vendidos em
sacas de 25kg, será solicitado o valor da saca em reais,Figura 30.
(iiii) Tijolo de Argila e Tijolo maciço: o valor em reais é fornecido por mil
unidades (milheiro), então será solicitado o valor do milheiro do tijolo,
Figura 31(a), em seguida será solicitada as dimensões do tijolo, primeiro
será solicitada o valor do comprimento, Figura 31(b), em seguida o valor
da espessura, Figura 31(c) e por último a altura, Figura 31(d), todos em
centímetros (cm), um esquema das dimensões do tijolo pode ser visto
na Figura 32.
(a)
(b) (d)
(c) (e)
(a) (c)
(b) (d)
Figura 31: (a) Caixa de texto solicitando a inserção do valor do milheiro dos
materiais especificados em (iiii); (b) caixa de texto solicitando o comprimento
do tijolo em centímetros (cm); (c) caixa de texto solicitando a espessura do
tijolo (cm); (d) caixa de texto solicitando a altura do tijolo (cm).
espessura
altura
comprimento
(a) (b)
Figura 33: (a) Formulário do banco de dados do cálculo dos custos; (b)
relatório de cálculo dos custos.
(a) (b)
Figura 35: (a) Caixa de texto informando que os dados foram salvos pelo
usuário; (b) caixa de texto perguntando se o usuário deseja realizar um novo
cálculo.
1
Nesse caso o programa retornará para a opção de seleção de Barreira Primária ou Secundária
(Figura 19, página 17).
(a) (b)
(a) (b)
Figura 38: (a) Formulário de seleção do T; (b) Formulário da escolha da
unidade de F que o usuário vai entrar com caixa de entrada do valor de F na
unidade escolhida.
(a) (b)
Figura 39: (a) Seleção da classificação da área (controlada ou livre) adjacente
à barreira que se deseja fazer os cálculos de blindagens; (b) seleção do gráfico
conforme o autor disponível.
Caso o usuário após o passo mostrado na Figura 9(a) ou após ter salvo
os dados tivesse escolhido realizar o cálculo de uma nova barreira e estivesse
escolhido a opção de calcular as barreiras pelo método da NCRP 147, Figura
9(b), o formulário que seguirá será o da seleção da unidade de distância do
tubo até a barreira, Figura 41(a), o usuário deverá estar atento para entrar a
distância correta, ou seja, se primária ou secundária. Pressionando “OK”, o
formulário da seleção do método de entrada do fator de uso (U), Figura 41(b):
(i) Digitar U: se o usuário selecionar esta opção, uma caixa de texto irá
aparecer solicitando o valor que ele deseja digitar; (ii) Recomendações NCRP
147: ele deverá selecionar uma das opções abaixo, a opção de U=0 indica que
o usuário irá realizar o cálculo da barreira secundária.
(a) (b)
Figura 41: (a) Seleção da unidade de distância do tubo até a barreira (primária
ou secundária) e caixa de entrada da distância na unidade escolhida; (b)
seleção da entrada de U.
(a) (b)
(a) (b)
Figura 44: (a) escolha do Método de cálculo segundo a NCRP 147; (b) seleção
escolha do tipo de barreira (Primária ou secundária).
(a)
(b) (c)
(a) (b)
(a) (b)
ou então se ele selecionar “Digitar”, ele deverá digitar essa fração dentro de
uma caixa de texto.
Figura 49: (a) Formulário das opções dos métodos de cálculo de blindagem
para salas de tomografia computadorizada; (b) caixa de texto solicitando a
inserção da quantidade de pacientes que realizam imagens de cabeça
semanalmente; (b) caixa de texto solicitando a inserção da quantidade de
pacientes que realizam imagens de corpo semanalmente.
Figura51: (a) Formulário do método DLP; (b) Caixa de texto solicitando O DLP
para imagens de cabeça; (c) Caixa de texto solicitando O DLP para imagens de
corpo.
Figura52: (a) Formulário do método CTDI; (b) caixa de texto solicitando o “n”;
(c) caixa de texto solicitando o “Tn”.
⎛ P ⎞ dp
2
Bp = ⎜ ⎟. 1 Equação 2
⎝ T ⎠ k pUN
onde: Bp: tranmissão do feixe da barreira primária; P: limite idealizado para a
taxa de KERMA semanal (mGy/sem); T: fator de ocupação; dp: distância
Figura 49: Formulário que mostra as opções de tensão máxima disponível para
as barreiras primárias em função da sala.
3 Referências