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PRÓLOGO

O idealismo é o produto das classes ociosas


No marxismo a ciência vem em primeiro lugar depois a filosofia.
neuro são materialistas

Oposição entre materialismo e idelaismo


7Materialismo e idealismo, essas duas concepções sobre o caráter da realidade, expostas pela
primeira vez pelos gregos, marcam as fronteiras do pensamento filosófico. Hoje estão em oposição
absoluta. Contudo, o desenvolvimento de todas as ramificações dessas posições filosóficas, a
contraposição clara e nítida de suas diferenças essenciais, a exposição de sua total incompatibilidade
de sua total incompatibilidade, levou mais de dois mil e quinhentos anos.
E não menos tempo levou para que o materialismo adquirisse sua atual claridade e amplitude.

PRINCÍPIO DO MATERIALISMO DIALÉTICO


Uma das proposições fundamentais do materialismo dialético afirma que nenhum fenômeno
pode ser compreendido totalmente até que ele se desenvolva e se consolide em sua plenitude. (pelo
mais complexo de entende o mais simples, anatomia do macaco. Esta exigência do método marxista
também se aplica ao materialismo. 7
Obs: tem uma parte que fala sobre o esquema de organização do livro por Novack. 7

Origens do materialismo
No segundo capítulo nos propomos a demonstrar que atividade materialista não é
fundamentalmente um problema teórico, senão 7-8 uma questão, de fato, produto da prática. Está,
antes de tudo, solidamente enraizada nas condições enraizadas na vida cotidiana, nas relações entre
os homens e seu meio ambiente e nas relações que mantém os homens entre si. O materialismo se
origina da atividade diária e produtiva da humanidade.8
Conduta prática e teórica materialista
Contudo, ouve, e segue havendo, uma imensa brecha entre a conduta reflexiva baseada em
premissas inconscientemente materialistas e a generalização teórica dessa prática submetida à
verificação dos procedimentos científicos. A humanidade viveu centenas de milhares de anos até
criar as com condições históricas necessárias para dar o salto do realismo ingênuo da vida primitiva
até a primeira formulação conceitual de um método e uma concepção materialista definidos. 8
Origens do materialismo
Os gregos foram os primeiros a elaborarem intelectualmente o materialismo. 8
Origens da filosofia
9As filosofias são combinações de ideias que, embora referidas a realidades objetivas, são de
natureza essencialmente intelectual. No entanto, as ferramentas de pensamento, o conceitos,
utilizados pela filosofia para a produção intelectual, tem uma origem similar ao dos meios materiais
de produção que os homens fabricam.
Origens do materialismo
Estes conceitos foram criados conforme evoluía a capacidade produtiva do homem e a partir de
suas cambiantes relações sociais. As primeiras ideais elementares de caráter materialista eram muito
elementares e confusas. Porém continham a semente que logo frutificou. Delas provém os
instrumentos de pensamento mais precisos e versáteis, os conceitos mais corretos, as formulações
claras e totalizadoras do materialismo dialético. 9

As etapas do pensamento materialista9

Analisando o desenvolvimento do desenvolvimento do materialismo desde seu começo na


Grécia até a atualidade, podemos distinguir três etapas e três tipos de pensamento materialista que
lhes correspondem:
1- O materialismo antigo que começa com Tales no século VI a.C. e culmina com Lucrécio no
século I d.C.
2- O materialismo burguês que se origina no século VI na Itália e concluiu com Feurbach no
século XIX.
3- O materialismo dialético, a concepção da classe trabalhadora industrial, criado por Marx e
Engels em meados do século XIX, que depois de sua morte continuou a ser elaborado
principalmente por seus discípulos alemães e russos. 9

Síntese das etapas do materialismo


9A primeira etapa, do materialismo dos jônicos ao atomismo mecanicista de Lucrécio
produziu os princípios básicos do materialismo, embora de forma elementar e restringida.
Os materialistas antigos anunciaram os temas que elaboraram seus predecessores. Se
expuseram o aspecto dialético e mecanicista de seu pensamento, mas nenhum se
desenvolveu plenamente. 9-10 A medida que avançava a sociedade e a ciência a estrutura
do materialismo se fez mais complexa e mais rica o conteúdo de seus descobrimentos e as
determinações de seu pensamento. A segunda etapa do materialismo, produto do
surgimento do capitalismo, foi predominantemente mecanicista em sua concepção e
rigidamente metafísica em seu método de pensamento. Embora a forma atual do
materialismo, ligada ao socialismo revolucionário, reconheça a validez do mecanicismo em
sua esfera específica, é totalmente evolucionista em sua concepção e dialética em seu
método.
Em cada um desses extensos períodos de seu desenvolvimento o materialismo teve muitas
matizes e sofreu muitos desvios em seu caminho.
Etapas do materialismo antigo
O materialismo antigo, por exemplo, atravessou três etapas principais, cada uma delas
relacionada com um período específico da história da sociedade mediterrânea: a escola dos
jônicos, nos séculos VI e V; os primeiros atomistas, nos séculos V e IV; e os epicuristas que
floresceram entre o século IV antes de Cristo e o século II depois de Cristo.10

Houve também algumas correntes de transição, como o pensamento materialista entre os


árabes que conservaram alguns dos ensinos da antiguidade e prepararam assim o renascimento do
materialismo na Europa Ocidental, e o trabalho de Feurbach que serviu de ponte entre o
materialismo mecanicista do século XVIII e o materialismo dialético. Mas as três tradições
mencionadas são os tipos predominantes que se sucederam na evolução da concepção materialista
da realidade. 10

PRINCÍPIOS MATERIALISMO HISTÓRICO – DIDÁTICA- resenha livro


O historiador do materialismo deve assinalar as condições sociais e científicas que produziram
essas três etapas da filosofia materialista, as mudanças históricas que a transformaram, superaram e
a elevaram, e as analogias e diferenças entre elas. Apesar de suas aberrações, repetições e
retrocessos, a filosofia seguiu um a linha lógica traçada pelas cambiantes condições da vida social e
intelectual do mundo ocidental. Assim o demonstra a história do materialismo, o produto mais
frutífero desse processo que constitui o melhor guia para a com preensão do universo que nos
rodeia. 10
resenha
Este é um estudo da evolução do materialismo, mais que uma história dos materialistas.11 -

Obs: Fala sobre o objetivo do livro e dá resenha dos capítulos, que é o materialismo antigo 10
Domínio dos idealista na filosofia
11 Durante muito tempo, aqueles que estudaram filosofia e escreveram sua história foram os
historiadores inclinados ao idealismo, não os materialistas. Estes autores frequentemente
deixaram de lado, minimizaram ou distorceram as ideias dos materialistas na elaboração do
pensamento ocidental. 11
12Outros, levados por uma perspectiva puramente racionalista da história da filosofia,
explicaram inadequadamente os pensadores materialistas, dissociando o desenvolvimento de
suas ideias das circunstancias históricas e antagonismos sociais específicos que os nutriram e
formaram. 12

13
Origens materialismo/ teoria e prática materialista
O materialismo surge da atividade prática da sociedade e impregna todos os aspectos da vida
humana. De fato, é menos comum a exposição geral da perspectiva materialista e seu
correspondente método de ação bem definido que as atitudes materialistas concretas, que se
manisfestam na política, na lei, nos costumes, na moral, na indústria na arte e na ciência. A
formulação de uma filosofia materialista aparece como um a expressão mais elevada dessas
tendências em outras esferas da atividade vital. 13

Prática materialista
É tão poderosa a necessidade de se expressar do materialismo que pode chegar até a ser varrido
da filosofia oficial sem que deixe de se afirmar por todos os lados. Por causa de suas expressões
heréticas o materialismo foi uma anátema, como na Europa medieval que ele ganhou outros
canais de expressão, como a literatura contra os padres. 13
Bocaccio e Chaucer representam durante a idade média o materialismo q foi tirado da filosofia
e ganhou outros canais de expressão, tirando sarro dos padres, um materialismo latente. 14 Poemas
q apresentam a lufa de classes
Como vemos, a prática materialista nem sempre vem acompanhada pelo pensamento
materialista. 15 Como em Augusto dos Anjos e racionais

Origens do materialismo/ Domínio idealista


16 Porque se tem deixado de lado e distorcido tanto a história do materialismo? A filosofia
materialista surgiu em oposição à arcaica concepção religiosa da aristocracia agrícola,
impulsionada por força novas de uma sociedade escravista comercial. Desde então tem tido que
lutar por seu “espaço vital” contra as conservadoras classes dominantes.
Na Grécia não somente o materialismo era perigoso, o era o simples exercício do raciocínio
metódico, que não podia deixar de dirigir-se contra as antigas ideias religiosas e os hábitos e
instituições santificadas. Muitos filósofos gregos foram perseguidos, expulsos ou mortos por
seus ensinamentos. Dá exemplos.
Materialista sempre foram minorias/ domínio dos idealistas/ características do materialismo
17 (...) Até nossa época os pensadores materialistas e seus seguidores tem sido uma minoria, (..)
a concepção materialista nunca governou a sociedade e o mundo intelectual de conjuntos. No
entanto, as ideais dos estudiosos e cientistas materialistas tem sido uma das grandes 16-17
forças motoras do progresso ideológico e científico. Inspiraram todos os descobrimentos que
fizeram época na ciência natural desde as primeiras aproximações das hipóteses atomistas na
Grécia até a teoria de Darwin da evolução orgânica. (...). O materialismo é a arma teórica contra
todo tipo de sobrenaturalismo, espiritualismo e obscurantismo.
Luta burguesa contra o materialismo, exemplo. 17
Os defensores do capitalismo, as universidades, as igrejas, e os mios de propaganda realizam
persistentes esforços para evitar a penetração do pensamento materialista. 17
Disputa entre materialistas e antimaterislistas. 17

Até em nossa época pensadores materialistas são minoria e perseguidos, o que age como
contratendência isso é a força do progresso científico, da ciência da técnica e da indústria. 16
A cruzada antimaterialista da burguesia atual. 17
Contrapõem a moralidade eterna às conclusões da ciência moderna, que se baseia no método
do materialismo. 18
Não cabe dúvidas de quem sairá vitorioso nesta luta pela supremacia que travam o materialismo
e o antimaterialismo, a ciência e a religião, a claridade e o obscurantismo. Embora o materialismo
não seja aquele que manda na filosofia ou nos acontecimentos cotidianos, em escala histórica vem
ganhando terreno e consolidando-se. Conta com ricas tradições, um conteúdo cada vez mais amplo
e as mais diversas aplicações. Opera hoje sobre bases muito mais firmes do que no passado e tem
afiado muito mais as armas com as quais combate seus adversários e revolve os problemas da ciência
e da sociedade.
O materialismo se vê constantemente confirmado pelos avanços da tecnologia, da ciência e da
indústria. 18

BIBLIOGRAFIA
The Firts Philosofers: George Thompson. Marxista10
History of Materialism: Frederick Lange 1865, semiidealista kantiano 12
Ultimas Cartas de Engels sobre o materialismo historico 1895 12
Plekanov: Em dsfesa do materialismo. Em defensa del materialismo 12
Benjamin Farrington, George Thompson: tem textos materialistas
History o materialism- Frederick Lange 12 biblio
Em defesa do materialismo-Plakanov 12
Trotsky-A defesa do marxismo

PENSADORES
Roger Bacon materialista

MATERIALISMO CONTRA IDEALISMO

problemas filosóficos primordiais


19Todas as filosofias têm sido confrontadas com duas interrogações: em que consiste a
realidade? Como ela se origina? E depois dos primeiros gregos, os filósofos tem tido que responder
outra pergunta: Como se conhece a realidade? As respostas que se deram a essas perguntas
fundamentais determinam o caráter da filosofia e a posição do filósofo.
Oposição materialismo idealismo
Quase desde o começo da filosofia existiram duas posições principais sobre esses problemas: a
materialista e a idealista. (...) q constituem no fundo uma unidade de modos divergentes, em última
instância opostos, de explicar racionalmente o universo. O método materialista está em um polo, o
idealista em outro.
Princípios e características essenciais do materialismo
Quais são os princípios essenciais do materialismo que o diferenciam de todas as demais
tendências filosóficas? Quais são seus traços distintivos que nos permitem reconhecer um pensador
materialista e afirmar que uma pessoa raciocina seguindo diretrizes materialistas?
1 - a proposição básica do materialismo se refere á existência da realidade independente da
existência da humanidade. 19-20. Afirma que a matéria é a substancia primordial, a essência da
realidade. Tudo provem da matéria e a matéria e seus movimentos são a base de tudo. A frase "mãe
natureza" expressa esse pensamento. Isso significa, em termos materialistas, que a natureza é a
fonte última de tudo o que existe no universo, desde os sistemas intergalácticos até os pensamentos
mais íntimos e audazes do homo sapiens.
2 - O segundo aspecto do materialismo se refere ás relações entre a matéria e o pensamento.
Segundo o materialismo a matéria produz o pensamento e este nunca existe independentemente da
matéria. O pensamento é o produto mais elevado do desenvolvimento material e da organização
animal, e a forma mais complexa de atividade humana.
3 - Isto significa q a natureza existe independentemente do pensamento, mas este não pode
existir apartado da matéria. Como diria Feurbach: A verdadeira relação entre ser e pensamento e
esta: o ser é o sujeito, o pensamento o predicado. O pensamento surge 19 do Ser, mas o Ser não
surge do pensamento.
4- Fica excluída assim a existência de algum Deus, ou deuses, espíritos, almas ou outras
entidades imateriais que se possam supor dirigirem os atos da natureza, da sociedade e o homem,
ou influir sobre eles. Esses são os princípios elementares da concepção materialista. Eles determinam
o modo de alguém pensar é ou não materialista, embora essa mesma pessoa não saiba. 20
Se pode compreender o que significam os princípios materialistas comparando o com uma
maneira muito diferente de interpretar o mundo: a filosofia idealista.
PRINCÍPIO DO MÉTODO DE EXPOSÇÃO DIALÉTICO-PRINCÍPIO DIDÁTICO
20 Um dos métodos dialético de se explicar uma coisas consiste em demonstrar como ela se
relaciona com seu contrário. Por exemplo, compreender o que é uma fêmea implica em saber o que
é o macho e como funciona o ciclo reprodutivo. Se queremos descobrir o que é um capitalista
devemos conhecer também o surgimento e a evolução do trabalhador assalariado. Só então
poderemos aprender a essência do sistema capitalista, baseado nas relações entre essas duas classes
socais interdependentes embora antagônicas.
Oposição materialismo idealimo
O contrário filosófico do idealismo é o materialismo. Estas duas formas de pensamento se
limitam e definem reciprocamente 20-21 no campo da Filosofia. Portanto, ate não sabermos o que é
o idealismo, não poderemos compreender a fundo as posições do materialismo e vice versa.
Características essenciais do idealismo
O que sustenta o idealismo (quer dizer, o idealismo consequente)?.
1 O elemento fundamental da realidade não é a matéria, mas a mente ou o Espírito. Em última
instância, tudo provem deste e depende de sua atividade.
2 O pensamento gera os objetos materiais, após o mundo material, ou antes dele, espreita o
espírito ou a mente que o cria. A natureza pode ser mãe, mas há um Deus-pai que a transcende.
3 Portanto a mente ou Espírito é anterior a matéria e independente desta. O Espírito é a
realidade permanente, a matéria apenas um aspecto ou ilusão passageira.
4 A mente ou o espírito é idêntico ao divino, ou emana deste. Pelo menos deixa aberta a
possibilidade de existência do sobrenatural, admite seu poder e interferência.
Oposição materialismo idealismo
Deve se notar que as proposições básicas de ambos tipos de pensamento se opõem
absolutamente. Um deve ser correto e outro errôneo; não podem ser ambos corretos. Quem
sustente consequentemente as posições de um inevitavelmente chega a conclusões absolutamente
opostas a do outro.
Tendências básicas da filosofia
O materialismo e o idealismo são as duas tendências, as duas linhas, os dois campos principais
no terreno da Filosofia, da mesma forma que a classe capitalista e a classe trabalhadora são as duas
forças sociais decisivas na sociedade contemporânea.
Teorias intermediárias entre materialismo e idealismo
Mas isto não significa que não haja outras posições filosóficas. De fato, a história da Filosofia
exibe muitas combinações de ideias e métodos que ocupam todo um espectro de posições entre
ambos extremos. Embora nenhuma dessas matrizes de pensamento não possam se agrupar
incondicionalmente de baixo de nenhuma das categorias claramente definidas, só podem ser
entendidas referindo se a elas.
Vejamos três exemplos dessas teorias intermediarias e amorfas. Há agnósticos que não podem
decidir se realmente há uma realidade exterior independente de nós e se é possível conhecê-la.
Tanto que agnósticos parecem suspensos entre o materialismo e o idealismo. A teoria do
conhecimento idealizada por Kant está estritamente relacionada com essa posição. Sustenta que as
coisas em si existem como realidades objetivas 21-22, isso estava de acordo com o materialismo.
Mas logo afirmava q o homem nunca poderá conhecê-las, só podemos conhecer fenômenos, ou seja,
"as coisas como se nos aparecem". Com essa conclusão Kant retrocedia ao idealismo. (... )
Oposição materialismo idealismo
Só seremos capazes de compreender todas essas formações complexas e contraditórias da
historia da filosofia se captarmos a fundo as ideias que caracterizam os dois oponentes principais: o
materialismo e o idealismo. Eles não se esgotam o campo da filosofia, mas eles a dominam.
Determinam as tendências principais de sua evolução e as posições reais da escola que oscilam entre
21-22 ambos. Constituem a guia que nos permite orientarmos firmemente e sem nos perdemos
através das opiniões e controvérsias filosóficas.
Características gerais do materialismo
Os princípios elementares do materialismo não mudaram desde a antiguidade, mas ele se
desenvolveu. 22
Todos os materialistas sustentaram que a matéria em movimento constituem o fundamento da
realidade, mas em cada época a concepção de matéria, movimento de suas relações reciprocas
foram diversas. 23
Os materialistas burgueses baseavam sua concepção de mundo no simples movimento
mecânico das massas e seu impacto exterior, reduziam todos os modos de movimento a este.
Defininição de movimento do materialismo dialético
Os materialistas dialéticos definem o movimento de forma muito mais complexa e correta: o
consideram o processo de transformação universal na qual a matéria adquire as mais diversas
qualidade do movimento, desde o movimento mecânico ate o movimento mental. 23

Os seres humanos são seres materiais que vivem, sentem e pensam.

Escolas materialista – erros e conquistas


25 Apesar dos seus invitáveis erros, cada uma das grandes escolas materialistas trouxe a luz, a
sua maneira e de acordo com sua época, novos aspectos do pensamento materialista. Cada uma
contribuiu com elementos essenciais à criação do todo, aprofundando a compreensão da natureza,
da sociedade, da mente humana e as relações entre todos esses elementos. Desse modo cada vez
mais se penetra na realidade. 25

Oposição entre materialismo e idealismo


25O reconhecimento de que o idealismo é incompatível com o idealismo não foi o menos
importante desses avanços. No começo da filosofia a oposição flagrante entre essas duas posições
não se havia feito evidente em termos tão categóricos como os expostos no começo desse capítulo.
Esta claridade também é uma conquista histórica, fruto de dois mil e quinhentos anos de
investigações científicas, sociais e de conflitos internos nos domínios 25-26 da própria filosofia.
Todavia há algumas confusões, intencionais, ou as vezes inconscientes, em perpetuar a confusão
sobre as verdadeiras relações entre materialismo e idealismo, negando a necessidade de se sutentar
essa posição. Esta atitude implica em borrar os resultados de séculos e trabalho intelectual e
regressar a infância da filosofia.
Os último pensadores gregos conheciam bem, e frequentemente discutiam, as diferenças entre
as opiniões e métodos do materialismo e do idealismo. Porém as diferenças substanciais entre
ambos as vezes se viam ocultas ou obscurecidas pela empresa comum de afirmar a ofensiva do
pensamento racional e crítico contra as velhas ideais religiosas e os costumes institucionalizados.
Porém o mais importante é que o materialismo necessitava da coexistência e do conflito com
seu antagonista idealista, e das contribuições deste, para adquirir consciência e suas próprias
potencialidades e de sua aplicação totalizadora. 26
Contribuições dos idealistas e apropriações de ambas as partes
De conjunto, os idealistas contribuíram muito mais para a teoria do conhecimento que a da
natureza. Mas até no ultimo campo realizaram aportes notáveis. Obs: aqui mostra como idealistas
pitagóricos e materialista antagônicos vieram se cruzar na modernidade com galileu e com marx e
Hegel. 27.
Origem do termo materialista
A palavra materialista começou a difundir se na época de Robert Boyle, físico e químico inglês.
Este mencionava os materialistas junto com os naturalistas 1674 em seu escrito fundamentos e
excelência da hipótese mecânica.
28

BIBLIOGRAFIA

Dialética da natureza23?

PENSADORES

Hobbes e os niveladores tb tinham tendências materialistas. 23?


Leibnitz, idealista. 27
Berkley=idealista.27
Materialistas: Diderot, Holdbach 27
Epicuro materialista, platão idealista. 27
Eleatas, céticos estoicos eram idealistas. 26

OS FUNDAMENTOS REAIS DO MATERIAMISMO

Materialista consequente e contraste com o idealista


29Um materialista consequente não pode basear se em princípios presumivelmente validados
por apelações a razão abstrata, a intuição, a evidência em si mesma ou a qualquer outra causa
subjetiva ou puramente teórica. O idealismo pode fazê-lo. No entanto, a filosofia materialista deve
basear se na evidencia que provém de causas materiais objetivas, e a demonstração pratica deve
verificá-la. Os fundamentos reais do materialismo e as causas que o originaram só podem descobrir
se nas condições materiais da vida humana, que são produto da sequência dos distintos períodos
sociais que determinaram as variáveis formas e os cambiantes conteúdos de pensamento.
Orignes do materialismo
A base material, a origem histórica, a matéria prima da concepção materialista tem sua raiz em
primeira instância na atividade, e nos resultados da atividade coletiva dos seres humanos. Esta inclui
tanto suas ações do passado, tal como as registradas na história, como as do presente; tudo o que os
homens realizaram desde que a humanidade se diferenciou do resto dos antropoides e o que
realizam todos os dias, aqui e agora. A vida, o significado, a força, a validez do materialismo provém
de suas inseparáveis relações com a prática habitual, inescapável, repetida milhões de vezes por cada
membro da raça humana.
Os idealistas, fazendo eco do dogma religioso de São João, proclamam que em principio foi o
verbo. Isto é fundamentalmente falso. A palavra, o conceito, a formulação, a compreensão crítica e a
filosofa, inclusive a materialista, vem do ato. 29-30 A atividade intelectual e os produtos ideológicos
ocupam na vida e na historia um lugar secundário, depois da atividade prática dos homens. Elas
constituem, de fato, seu fruto.
A atividade humana cujo agir consiste em assegurar os meios de subsistência. O persistente
esforço do homem por se alimentar, conseguir refúgio e resolver outras necessidades básicas o põe
de frente a forças naturais obcecadas, resistentes, contra as quais tem que lutar e as quais tem que
se adaptar para sobreviver e avançar. (....) Nesta luta pela vida a natureza atua sobre o grupo social,
o qual, por sua vez, se volta contra a natureza e a transforma em seu benefício.
Obs: essa parte fala como o homem antigo não se colocava em oposição com a natureza, isso só
foi possível depois de um longo desenvolvimento das forças produtivas.
Esta atitude materialista é espontânea, ingênua, quase instintiva. Está separada a anos luz de
qualquer generalização conceptual do materialismo. Existe por baixo do umbral da consciência. Entre
essa atitude primitiva frente a natureza, produto da prática cotidiana, e uma explícita formulação
materialista da posição do homem no universo, havia de desenvolver-se um processo que abarcou
centenas de milhares de anos. No entanto, essas relações com o mundo exterior 30 incessantemente
renovadas e postas a prova constituem o ponto de partida e o fundamento real de qualquer
concepção materialista. Através da atividade prática resultante da luta social pela sobrevivência se
foram revelando pouco a pouco as verdadeiras relações entre o homem e a natureza.
Toda a humanidade, desde o primeiro primata que usou uma ferramenta até o homem de nossa
época, atua apoiando-se nessa crença “natural” na existência do mundo exterior independente e
anterior ao ser humano. Nisto consiste seu persistente materialismo. 30
Fala sobre Hume e a crença no mundo exterior.
32 (....) Não poderíamos atuar, trabalhar, nem nos comunicarmos sem assumir essa verdade.
Nada resulta tão continua e completamente pela prática, o supremo juiz da verdade, como a crença
na existência real desse mundo real que nos rodeia. Esta atividade da humanidade, sempre
renovada, proporciona o testemunho mais direto e a evidência mais definitiva da validez da
concepção materialista do mundo e de nossa relação com este. A prática também oferece a
refutação última de todo tipo de ceticismo, agnosticismo e idealismo a respeito da existência
independente da natureza e nossa capacidade de conhecê-la.

MAGIA E RELIGIAO

Princípios materialismo histórico


Os laços físicos que unem o homem com a natureza, entre eles a função reprodutora
(produtiva?), constituem o fundamento básico do materialismo.
Contudo, o segundo apoio do materialismo constituem as relações produtivas que estabelecem
entre si os membros de uma sociedade em luta com o meio ambiente. Os indivíduos não se
enfrentam diretamente com a natureza, entre a natureza e o indivíduo está a sociedade, cuja
estrutura se baseia no modo de produzir para satisfazer suas necessidades. As forças e relações de
reprodução atuam como intermediárias entre a natureza e os homens, e determinam o caráter de
suas relações em todas as etapas do desenvolvimento histórico.
Marx disse que o homem, ao atuar sobre a natureza e transformá-la para a satisfação de suas
necessidades, primeiro forma e logo transforma sua natureza. Porém o modo como o home atua
sobre a natureza, e vice versa, depende dos meios de produção com que conta. (...)
A efetividade e extensão da atividade do homem, inclusive de sua atividade mental, depende do
nível de sua capacidade de produção material. Essa capacidade se multiplica a medida que 35-36
que a sociedade avança tecnologicamente. O nível e as características de sua atividade teórica dos
homens estão determinadas por suas atividades produtivas e as instituições sociais e culturais que
estas conformam. A imagem da natureza e das relações dos homens com ela, que predominam
entre estes, está determinada pelo grau de controle que exerce a ordem social sobre suas próprias
atividades As tribos da Idade da Pedra que vivem da coleta de alimentos e permanecem no estágio
econômico de caça e pesca, tem uma imagem de seu meio que corresponde a sua capacidade
produtiva extremamente débil e a relações sociais muito simples.
Portanto, a compreensão intelectual da realidade está em função do controle sócia sobre a dita
realidade. Quando o controle é mínimo a compreensão está muito pouco desenvolvida e
profundamente distorcida. Os povos primitivos, iguais a todos, satisfazem suas necessidades de
maneira prosaica e materialista. Porém são fantásticas as formas que o mundo que os rodeia se
refletem em suas mentes, sua concepção das coisas e das criaturas que o povoam, incluindo a eles
mesmos. O baixo nível de sua capacidade de produção material constitui a base de uma perspectiva
não materialista da realidade. A consciência dos povos primitivos não penetra profundamente em
seu entorno, nem capta com muita agudeza suas relações. O homem que vive tão próximo ao
selvagerismo conhece muito menos que o civilizado o verdadeiro caráter de suas atividades e de suas
próprias relações com elas. 36

37 Estas atividades produtivas: a coletação, a caca, a pesca, a agricultura e o artesanato


elementar são as sementes da ciência e os antecessores da filosofia materialista. Seu conhecimento
pratico e fruto de sua atividade produtiva. 37

40 A produção de alimentos acarreto tendências anômalas, como o aumento das provisões que
possibilitou a divisão social do trabalho, o incremento do artesanato e do comercio e portanto a
acumulação de excedentes de riquezas nas comunidade mais favorecidas. Essa foi a base econômica
da aparição de grupos de governantes não produtivos. A medida q se passou da barbárie a civilização
se foram diferenciando nas tribos, até então igualitárias, os chefes, governantes e sacerdotes e os
nobres q organizavam o processo produtivo e determinavam o tributo que deviam pagar os
produtores reais. 40e o surgimento de classes improdutivas.

43 A filosofia pertence historicamente aos centros comerciais baseados numa divisão social do
trabalho muito desenvolvida. 43

BIBLIOGRAFIA
Stuidies in Anciente Greek Society George Thompson37 ?

O CAMINHO Á FILOSOFIA
45
As origens da Filosofia e seus problemas.
Poucos problemas na história da cultura são tão cativantes e de tanta importância como o das
origens da filosofia. É obrigação do filósofo e, além disso, uma boa maneira de por a prova seu
método, explicar como nasceu este ramo particular do pensamento.
Somente se achará resposta a essa interrogação no domínio da evolução - e da revolução –
social. Primeiramente tem que destacar o aspecto negativo: as formas ideológicas peculiares à
filosofia não existiam entre os selvagens e bárbaros. Este modo especial de pensar não surgiu em
alguma adormecida comunidade selvagem ou entre os nômades do deserto. Nem se quer
apareceu nos reinos agrícolas da Mesopotâmia e Egito. Isso se deve a que nenhum desses povos
contava com os requisitos materiais e espirituais necessários para produzir e pratica a filosofia.
A filosofia nasceu nos centros comercias da civilização egeia. vi. Foi a realização cultural de uma
borbulhante cidade marítima. A primeira escola filosófica de que se tem notícia estava em Mileto,
uma das cidades fundadas pelos gregos jônicos na costa da Ásia menor, oposta a Grécia continental.
Desde então, vamos nos encontrar com dois problemas históricos. Primeiro, porque não
apareceu antes a Filosofia? Segundo, Porque surgiu entre os jônicos, e porque se configurou o
materialismo nessa mesma época e no mesmo lugar? 45
46 A resposta a primeira dessas interrogações, a sucessão histórica das ideologias, desde a
magia até a religião, desta à filosofia. Este processo foi consequência e espelho do desenvolvimento
da humanidade do selvageníssimo à civilização, passando pela barbárie. A capacidade de diferenciar
entre os ritos e crenças mágicas, mitos superstições religiosas e um genuíno conhecimento empírico
do mundo é essencialmente produto de uma avançada cultura urbana. Algusn povos atrasados,
todavia, atualmente não alcançaram essa nível.
Os povos mais avançados, inclusive depois de ter chegado à civilização, tiveram que andar muito
em seu desenvolvimento econômico-social para estar em condições de superar intelectualmente a
magia e a religião. Foi necessária uma prodigiosa quantidade de mudanças históricas, avanços na
tecnologia, transformações na estrutura social e definições de determinadas categorias de
pensamento antes que a vanguarda da humanidade pudesse libertar-se do julgo das concepções
primitivas e alcançar o método de raciocínio filosófico.
Estas mudanças começam com a aparição da agricultura, entre 10000 e 8000 a.C. Alguns dos
marcos principais até esse caminho a filosofia foi a aparição da vida urbana, ao redor de 4.000 a.C. , o
descobrimento da fundição de ferro e sua utilização para fabricar ferramentas data de 1100 a.C; a
criação do alfabeto e a difusão da palavra escrita vários séculos depois.
A revolução agrícola permitiu ao home controlar pela primeira vez suas reservas alimentares,
estimulou a religião e produziu os primeiros conhecimentos necessários à filosofia e a ciência.
A revolução agrícola produziu os primeiros conhecimentos necessários a filosofia e a ciência,
como a medida do tempo que torna se uma função social e econômica na atividade agrícola.
Regularidade das estacoes e corpos celestes porque seu sustento dependia disso, calendário e
descobrimentos astronômicos. 46-47
Com os sacerdotes e sua religião, economia e protociencia estavam fundidas em um todo, como
na mesopotâmia e índios americanos. O ferro foi um importante desenvolvedor das forcas
produtivas, produzindo uma mudança fundamental entre indústria e agricultura e desenvolvendo a
indústria em relação à agricultura, como na Grécia. A invenção do alfabeto pelos fenícios acabou com
o monopólio dos escribas sacerdotes; sec viii. isto impulsionou o desenvolvimento do pensamento
abstrato. Transformando a linguagem e o pensamento em objetos especiais de estudo, abrindo
caminho p a gramatica e a logica.
48?
Os primeiros pré-socráticos não incluíam experimentações entre seu método, mas combinavam
a aguda observação dos processos naturais com uma analise racional baseado em premissas
materialistas. A experimentação como pratica regular e como prova de toda hipótese sustentada
constitui um passo necessário de todo método cientifico acabado. 55

PENSADORES

pitagoricks idealkstas, epicuristas materialistas. 48??

A REVOLUCAO DA CIVILIZACAO EGÉIA

Origens da Filsofia
57A revolução do pensamento humano que produziu a filosofia está ligada a um período
específico da história antiga. Nessa etapa os setores mais avançados da humanidade da Idade do
Bronze a idade do Ferro. O desenvolvimento da escravidão levou, desde seus começos patriarcais, a
uma forma superior baseada em um a divisão mais extensa da divisão social do trabalho social e uma
expansão sem precedentes do comércio. Foi o produto final de uma série de mudanças
revolucionárias nos povos do Mediterrâneo oriental e do Oriente médio.
O cobre era um artigo de luxo e usado também para armas, fora do alcance do agricultor
comum. Uma vez q se dominou o processo de fundição do metal, o ferro de faz muito mais
abundante, barato e fácil de trabalhar, fazendo se acessíveis todos os extratos da sociedade,
provendo ferramentas de artesanatos mais eficientes, materiais de construção mais fortes p navios,
melhores implementos agrícolas para o campesino, dando um ímpeto poderoso as forças produtivas
da indústria e da agricultura. 57 Foi um período de avanço e inovações tecnológicas sem
precedentes. A quantidade de trabalhadores que utilizavam ferramentas de metal se multiplicou
enormemente com a descoberta das técnicas para fundir e forjar ferro aos arredores 58 de 1.200 a.c
estimulando a invenção de novos tipos de ferramentas metálicas.
As civilizações da idade do bronze produziam fundamentalmente para o uso da comunidade e p
o consumo imediato. O comercio se restringia em grande medida aos artigos de luxo. Na época do
ferro as cidade se povoaram com distintas classes de artesão, fazendo a divisão do trabalho mais
completa. Isso transformou a estrutura dos principais centros marítimos.
Na idade do Bronze a agricultura era praticamente o único modo de produção de meios de
subsistência e riquezas. Agora, o comercio e a manufatura adquiriram, pela primeira vez uma
importância considerável, e em alguns lugares decisiva. As conquistas das cidades estado gregas
estavam intimamente ligadas ao progresso de seu comercio exterior, formando um mercado que se
estendia pelo mediterrâneo, Egito e mar negro, incluindo o reino da Mesopotâmia. Foi nesse
momento que se realizaram eventos q fizeram época: a moeda metálica, a escritura alfabética e as
unidades de peso e medida, sendo consequência da atividade mercantil. Passa se da escravidão
patriarcal da mesopotâmia e Egito a escravidão comercial.
Na Grécia, a maior mudança nas estrutura comerciais não se deu no campos, mas nos portos.
Surgindo as cidades nas quais os interesses agrícolas estavam subordinados ao comercio e a
manufatura. Se formou uma aristocracia mercantil que não se enriqueceu produzindo p monarcas,
nobres e sacerdotes, mas p mercados distantes. Estes proprietários de barcos e manufaturas,
mercadores, financistas, suplantaram as monarquias absolutas, os latifundiários e o clero. Como
resultado dessas lutas, novos tipos de governos suplantaram o despotismo absolutista e as
oligarquias terratenentes. Adotando a forma de monarquias constitucionais, tiranias, oligarquias ou
republicas democráticas. Esses novos modos de governo foram acompanhados por novas formas de
expressões legais mais adaptadas as exigências do comercio. As classes altas dos portos marítimos
jônicos desenvolveram uma cosmopolita sabedoria pratica. A consequência mais importante destes
câmbios revolucionários foi a produção de novos tipos de consciência. Aparecendo os brilhos da
filosofia e da ciência.
Estas apareceram porque o terreno histórico para seu surgimento e cultivo havia sido preparado
pelos elementos já descritos: a introdução do ferro, de moeda metálica, as escritura alfabética, os
pesos e medidas; um novo tipo de produção escravista, a degeneração das instituições
remanescentes da sociedade tribal e a liquidação do despotismo teocrático baseado na agricultura, o
ascenso a níveis superiores de comercio, a manufatura e a colonização, os nascimento de poderosas
forcas progressivas nas cidades estado marítimas da Grécia que deram intensidades distinta aos
antagonismos de classe e criaram novas instituições legais, politicas e culturais. Tais foram as
condições históricas indispensáveis para a formação da filosofia. 60
Essas condições históricas também geraram um individualismo na sociedade.
Os progressivos e agressivos centros comerciais, habitados por classes sociais em conflito,
suplantaram as comunidades agrícolas autossuficientes baseadas em laços tribais, de clã e familiares.
Do mesmo modo o regime politico sofreu ondas revolucionarias, desaloja do poder a nobreza
terratenente e os tiranos abriram as portas ao avanço democrático dos plebeus. As forcas desta
época que impulsionaram mudanças em quase todas as áreas, desde a tecnologia a filosofia, foram
os comerciantes junto com os artesãos e os marinheiros da cidade. 66

AS CIDADES-ESTADO JÔNICAS

Com uma cidadania tão culta, mileto se converteu na capital intelectual, comercial, e
manufatureira do mundo civilizado da época. 72

OS PRIMEIROS FILÓSOFOS

Atitudes dos primeiros filósofos


73 Os primeiros filósofos, naturalistas de mileto, provinham da classe mercantil, livre pensadora
e em expansão, ou dos patrícios terratenentes influenciados por aquela. 73 Desde a Antiguidade até
a era burguesa a classe mercantil tem produzido muitos pensadores relevantes em diversos campos.
Na atualidade se costuma descrever os filósofos como pessoas desligadas dos problemas
práticos. Os primeiros pensadores gregos não se pareciam em absoluto a professores encerrados nos
claustros acadêmicos. Eram ativos e proeminentes em suas comunidades; se dedicavam aos negócios
e a política, viajavam ao estrangeiro e estimulavam o conhecimento técnico e o pensamento
generalizador. 73
75A classe mercantil se interessava muito pela matemática, astronomia, meteorologia, devido
ao valor que tinham para a navegação. O comércio desenvolve o pensamento matemático e abstrato
ao mesmo tempo 75

RELIGIÃO E FILOSOFIA
Origens da Filosofia
“O começo de toda a crítica é a crítica à religião”, observou Marx. Assim foi nas primeiras etapas
do pensamento grego. A crítica dos milésimos as atitudes e ideias religiosas, ou 77melhor, seu
abandono destas, constituiu os fundamentos da filosofia e o começo da carreira da filosofia.
Como já se explicou, durante muitos milênios as concepções mágicas, animistas e religiosas dos
processos naturais, sociais e mentais dominaram e conformaram as mentes dos homens. A
concepção religiosa dependia da aceitação da existência e atividade dos seres e dos poderes
sobrenaturais. Dá exemplos. Baseados na Ilíada. 78

Atitudes dos primeiros filósofos


O que foi tão ousado, progressivo e revolucionário que fizeram os materialistas gregos?
Explicaram a natureza do mundo e do homem deixando de lado o Oceano, Marduk, Jeová ou
qualquer personagem divino, poder magico ou agente espiritual. Entre o deus oceano considerado
como principio e água, elemento físico, com base na explicação, media o salto decisivo entre o
animismo e o materialismo, da religião à filosofia. 79-80 Sustentando que a terra e tudo o demais
havia se formado a partir da água por processo puramente naturais, similares a formação dos deltas
nas desembocaduras dos rios.

Princípio do materialismo histórico


Uma pessoa começa a tornar se um revolucionário socialista quando começa a entender que a
classe capitalista parasitaria é supérflua para o desenvolvimento da sociedade. 80

Atitudes dos primeiros filósofos


81 Os milésimos realizara a façanha, indubitavelmente de muito maior envergadura, de
desenvolver uma explicação das coisas que não incluía nenhum deus. Ao rechaçar todos os seres e
forças sobrenaturais e apoiar-se somente, em suas teorizações, nos atos da natureza e nos processos
físicos, os materialistas milésimos efetuaram uma profunda revolução no pensamento humano e
adotaram um método inteiramente novo para compreender o universo e aproximar-se de seus
problemas. 81

OS PRIMITIVOS ATOMISTAS
O ATOMISMO GREGO E A CIÊNCIA

Características do atomismo e origem


105 Os atomistas constituem a segunda escola grega materialista, os milésios constituem a
primeira. O atomismo é o fruto maduro da árvore da velha doutrina jônica da matéria, semeada
pelos filósofos jônicos. Os atomistas deram mais consistência e extensão às ideais e métodos dos
pioneiros do materialismo. Anaxímenes, por exemplo, explicava a diferença entre as coisas como um
a consequência de suas distintas densidades, produto dos processos de rarefação e condensação.
Porém esses processos não podem ser imaginados 105-106 claramente a menos que se suponha que
há no espaço partículas imperceptíveis que se unem ou se separam. Os atomistas lograram essa
concepção profunda das operações ocultas dos processos materiais.
Nascimento da ciência
106 Devemos assinalar que junto com a filosofia e o materialismo dos milésios apareceu uma
terceira aquisição cultural. Se trata da ciência como método racional de encarar a realidade, como
interpretação sistemática de seus processos e como estimulo da compreensão da natureza pelo
homem e seu controle sobre ela. Esse triplo nascimento da Filosofia, do materialismo e da ciência
devemos aos milésios. Os gregos foram os primeiros a transformar as informações empíricas das
civilizações antigas, informações empíricas, desordenadas, produto da prática e da produção
material cotidiana em ramos da ciência teoricamente fundamentada. 106
Os gregos sentaram as bases da teoria científica em um número considerável de ramos de
conhecimento; matemática, física, biologia, medicina, historia, politica, lógica, etc.
Relações entre tendência materialista e a ciência
107 Na antiguidade não há diferenças entre a filosofia e a ciência, os primeiros filósofos foram
também homem de ciências. Estavam tão mescladas e não podiam, nem podem separar-se. Os
primeiros filósofos foram também os primeiros homens de ciência. O multifacético Tales foi
astrônomo, geômetra e engenheiro ao mesmo tempo que filósofo, comerciante e estadistas. O
mesmo podemos dizer de muitas figuras importantes de todas as tendência da filosofia antiga.
Salvo na medicina, a especialização, compartimentação e profissionalismo tão comuns agora na
ciência, o mesmo que a divisão e inclusive o antagonismo entre os filósofos e os homens de ciência,
eram desconhecidos nos tempo da Grécia e Roma. As ciência cresceram amparadas e controladas
pela filosofia, até que na época burguesa se separaram do tronco materno e seguiram seu caminho
por conta própria.
Razão da separação entre filosofia e ciência
Uma das razões principais desta separação entre Filosofia e ciência foi que depois da
Antiguidade a religião, e sua correspondente filosofia idealista, entraram em oposição cada vez mais
franca e direta com os métodos e conclusões das ciências naturais, entorpecendo seu
desenvolvimento. Isto não significa que os idealistas tenham sempre exercido uma influencia adversa
sobre o progresso científico. Embora as premissas e conclusões básicas do idealismo sejam
totalmente anficientíficas, ela não impediu que os filósofos idealistas clássicos, desde Sócrates até
Hegel, tenham aportado significativas contribuições a um ou outro ramo da ciência.
Relação materialismo e ciência
Porém a relação entre materialismo e ciência tem sido mais consistentes e orgânicas. O
materialismo nasceu junto com os primeiros êxitos do método científico e desde então ambos
permanecem estreitamente ligados. Tem-se influenciado mutuamente. O desenvolvimento das
ciências impulsionou o progresso do materialismo, enquanto que os métodos e ideias desse
ajudaram o avanço da ciência.
No terreno da filosofia só a tendência materialista pode ser considerada completamente
cientifica, quer dizer, enraizada numa verdadeira compreensão da realidade e em seu
desenvolvimento. Por outro lado, a filosofia materialista não pode ir muito além do nível de
desenvolvimento da ciência, pois reflete as limitações desta.107
Desaparecimento do materialismo
108(...) O estancamento das ciências que se produziu do séc. II a.C., paralelo à decadência da
sociedade ocidental, levou ao desalento e prolonga desaparição do pensamento materialista na
Europa. Por outro lado, o surgimento das ciência no século XV e XVI estimulou as ideias materialistas.
Relação entre materialismo e ciência
Desde a antiguidade até agora vem marchando ombro a ombro. No terreno da filosofia só a
tendência materialista pode se considerada completamente científica, quer dizer, enraizada em uma
verdadeira compreensão da realidade e de seu desenvolvimento.
A ciência depende tanto do materialismo que a proporciona uma base teórica e um método
corretos, como o materialismo depende da ciência, que a aporta conhecimento verificados pela
prática. Cada avanço decisivo dado pela sociedade no conhecimento de seu meio enriqueceu o
conteúdo e elevou a forma da concepção materialista.
O atomismo e o materialismo
A teoria atomista foi o ponto culminante do pensamento cientifico do mundo grego. 108
Com ele culmina o movimento de especulação racional sobre a natureza do universo começado
por Tales.108

A BASE FOSÓFICA DO ATOMISMO


109 Desde seu aparecimento até sua desaparição, aos finais (do séc. v) do séc. II a.C. , a história
da esocla atomista abarca ao redor de sete séculos. Leucipo e Demócrito eram nativos da jônia.
Leucipo nasceu em mileto e Demócrito em Abdera.
Características dos milésios
Os primeiros estudiosos da natureza remontavam a origem das coisas a quatro elementos:
terra, fogo, água e ar, e consideravam um deles como a fonte substancial de todos os demais. Isto
perdurou até o séc. VIII, com Lavoisieu que demostrou a existência do oxigênio. Hoje temos mais de
100 elementos básicos que compõem todas as coisas. Estes quatro estados fundamentais da matéria
se transformavam um no outro e constituíam a realidade substancial das demais manifestações da
108 matéria.
Problemas novos colocados pelas contribuições dos milésios
Como podia uma mesma coisa aparecer como tantas coisas diferentes ou transforma se nessas
coisas diferentes? Essas e muitas questões similares surgem do desenvolvimento da cosmologia
milesia colocam ante os filósofos uma série de problemas novos que exigem solução. Formularam
esses problemas nos seguintes termos: qual é a relação entre o uno e o múltiplo, o permanente e o
cambiante, a identidade e a diferença.
Nascimento do problema sobre o conhecimento
Conhecemos a realidade e a verdade com a razão ou com os sentidos? Esta nova tendência
coincidiu com um cambio que afetou o eixo da atividade filosófica. Da Ásia menor às colônias gregas
da Itália.
Mudanças nas tendências filosóficas para o idealismo, tendência oposta a dos milésimos:pita
Quem personifica essa mudança é Pitágoras. Influenciado pela matemática e religião, os
pitagóricos se orientaram numa direção distinta dos milésios. Não descreviam o universo em função
de determinados processos naturais ou físicas. Foram os primeiros a reconhecer a importante
função que poderiam ter os números no conhecimento das coisas, e foram tão longe que fizeram dos
números a substância fundamental do universo. Para eles a física era idêntica as matemáticas.
Esta lei geral, tomada em si mesma, foi imensamente frutífera na historia da ciência. No entanto
deslumbrados pelo conhecimento de que em tudo que os rodeava podiam perceber relações
matemáticas, os pitagóricos exageraram enormemente a força dos números. E sua aritmética esta
estritamente relacionada com a geometria. 110
111 Os pitagóricos realizaram outro avanço importante em seu pensamento, insistiam que essas
relações matemáticas que constituíam o universo só podiam ser compreendidas e percebidas
realmente através dos processos de raciocínio. Sua teoria do universo e do conhecimento punha o
procedimento lógico e os resultados do pensamento abstrato por cima do estudo dos processos e
estados fiscos, como refração, tensão, e as técnicas e observação direta dos sentidos, que
constituíam o fundo do pensamento jônico.
Parmênides e o aprofundamento do idealismo pitagórico
Parmênides de Eleia, fundador de outra escola italiana, levou até as últimas consequências essa
tendência ao pensamento abstrato e a exaltação da razão pura.
Problemas centrais de parmênides
Os pensadores gregos já haviam concebido três ideias gerais fundamentais ao a alisar a
realidade: Ser, não Ser e via a Ser. Parmênides tratou de esclarecer o conteúdo e a inter-relação
entre esses três aspectos da realidade. O eixo de sua investigação era a natureza do ser e seu modo
de concebê-lo. Este declarava q o ser é, e q nada não é, e que nunca os opostos podiam encontrar se.
O eixo de sua investigação focava-se na natureza do Ser o o modo de concebê-lo. Heráclito havia
concluído que tudo mudava. Este sentido da natureza mutável das coisas, de que o todo se punha de
pernas pra cima e se transformava em algo diferente do que foi uma vez, perseguia a mente e a
imaginação dos gregos. O expresso muito explicitamente Heródoto, o primeiro historiador, que
viveu na mesma época. Observou: “Pois muitos estados que uma vez foram grandes e voltaram a ser
pequenos, e aqueles que em minha época eram grandes haviam sido pequenos anteriormente.”.
Sócrates disse: “No que toca aos filósofos, todos exceto Parmênides, e junto com eles os
poetas, todos dirão que nada é, pois as coisas estão constantemente transformando-se.” Exceto
Parmênides. Este declarava que tudo é, e que nada não é, e que nunca os opostos podiam
encontrar-se. O que lhe induzia a negar tão categoricamente o que os demais afirmavam? Que
argumentos utilizava para justificar sua posição oposta?
Parmênides se preocupava com a maneira contraditórias das coisas, evidenciada na mudança, e
a aplicação do principio de contradição a mudança mesmo. O princípio de contradição, entendido de
maneira forma e aplicado estaticamente111-112 diz que cada coisa deve ser ela mesmo e não outra,
e não pode ser uma e outra coisa ao mesmo tempo. Deve escolher entre elas. Parmênides tomou
com absoluta seriedade esse principio.
A essência mesmo do devir e da mudança reside em que expressa a transição do que é ao que
não é. Mas Parmênides não podia conciliar a coexistência do que é com o que não é. Tudo,
raciocinava, é e não é. O que é é, e o q não é não tem nenhuma realidade. É certamente é assim que
se aplica estritamente a regra formal da contradição. Portanto, a existência do que é é
absolutamente real e de nenhuma maneira pode contaminar-se com seu oposto excluído, o não ser.
Portanto, concluía, toda mudança, movimento e expressão de diversidade é irreal, uma ilusão dos
sentidos, e somente o Ser é verdadeiramente real.
Parmênides tinha a crença de que somente andando pelo cominho do pensamento lógico se
chegava a verdade perfeita. Em consequência se agarrava firmemente a lei da contradição e não se
separava dos resultados lógicos de sua aplicação estrita. Não podia admitir que uma coisa, que é o
mesmo que dizer todas as coisas, podiam ser e não ser ao mesmo tempo. A lei de contradição, tal
como ele a compreendia, concebia e invocava, proibia essa conclusão. Mas a mudança, pela qual
uma coisa passa do que é ao que não é. Mas a mudança, pela qual uma passa do que é ao que não é,
não pode ser reconhecida se não se aceita a presencia simultânea do Ser e do Não ser, e a
transformação de um em outro através do processo de devir.
Parmênides resolvia o problema negando a realidade da mudança, o devir e o não Ser.
Considerava esses estados como erros de opinião, confusões e ilusões dos sentidos: afirmava que
somente o Ser imutável, imóvel e uniforme era real e podia ser verdadeiramente conhecido.
Em síntese, Parmênides planteó duas posições que exerceram grande influência sobre o curso
posterior do pensamento grego. A primeira, que o pensamento lógico puro é o único caminho para a
verdade e o conhecimento da realidade, o que implica depreciar as impressões sensoriais e a
atividade prática. A outra é sua identificação da realidade com o perfeito, imutável, sem origem.
Influencia eleata no atomistas
A escola dos eleatas ajudou a imprimir essa combinação no pensamento grego; encontramo-la
não somente na base do idealismo 112-113 clássico, mas também na concepção atomista da unidade
do ser.
Início da teoria materialista do conhecimento: Empédocles e Anaxágoras.
O próximo grande pensador da Grécia ocidental, Empédocles, da Sicília, defendeu a validez das
evidências dos sentidos, atacada e rechaçada pelos pitagóricos e eleatas. Contudo aconselhava e
praticava uma utilização mais cuidadosa e crítica do testemunho provindo da percepção sensorial.
era mais critico com a percepção sensorial. Fez comprovações experimentais, demonstrando que o
ar, embora invisível, tem massa, pode ocupar um lugar no espaço e exerce uma força. Assinalou a
diferença entre o ar e o espaço vazio.
A importância teórica desse descobrimento reside na comprovação experimental de que a
matéria pode existir em estado muito refinado e produzir determinados efeitos, embora seja
demasiadamente sutil e pequena para que a vejamos ou observemos diretamente através dos
sentidos.
Anaxágoras, da escola jônica, fez experimentos demonstrando que há processos físicos que
estão num nível mais baixo ou mais além do nível da percepção direta. (...) Desses experimentos,
Anaxágoras extraiu a conclusão de que os sentidos não são juízes da realidade totalmente precisos,
embora suas percepções não sejam totalmente errôneas. A evidencia que nossos sentidos nos
proporcionam devem ser utilizadas para se chegar à verdade, para aprender o invisível, como no
caso da mudança gradual de cor, devemos apoiarmos no visível.
Teoria física de Anaxágoras superou empédocles
A teoria física de Anaxágoras superou a de Empédocles em outro aspecto. Este se aderia à
concepção dos quatro elementos como primeiros princípios. Anaxágoras planteava um quadro mais
completo da natureza da matéria. Afirmava que os primeiros princípios, que ele chamava de
semente, existiam em número e variedade infinitos, e que cada uma dessas partículas infinitamente
pequenas, indestrutíveis e imutáveis, encerravam em si mesmas as qualidades de tudo mais. 113
Estas foram umas das principais correntes filosóficas apos os milésios que constituíram o fundo
ideológico do atomismo.
113

AS CONCEPÇÕES DOS ATOMISTAS

Origens do atomistas nos seus predecessores


Os atomistas se propunham levar em conta as contribuições e críticas de seus predecessores
filosóficos e prover soluções aos problemas e dificuldades iniciados por eles. Os milésios buscaram a
fonte substancial de todas as coisas nos quatro elementos ou na matéria inanimada de Anaximandro.
Porem não podiam explicar satisfatoriamente a totalidade através de um elemento simples.
Heráclito havia defendido a posição do devir absoluto e cambio universal de todas as coisas
através da unidade, tensão e luta dos opostos e afirmava que sua estabilidade era transitória. A
lógica dos eleatas, pelo contrário, sustentava que o único real era o Ser, as coisas eram
essencialmente fixas e imóveis, a mudança era uma ilusão dos sentidos.
Empédocles e Anaxágoras trataram, por essas vias, de resgatar a realidade da mudança, do
movimento e da variação, anatemizados pelos eleatas.
Tentativa de síntese dos predecessores
Sustentavam que os primeiros princípios eram múltiplos, de quantidade e qualidade infinita.
Atribuíam a criação e destruição das coisas à reunião e separação desses elementos.
Teoria do conhecimento dos atomistas
Finalmente, demonstraram que, através da inferência baseada na observação, o homem podia
descobrir processos da natureza reais e efetivos, embora não completa e diretamente perceptíveis
pelos sentidos. 115
Síntese dos predecessores e superação. Teoria dos atomistas
Partindo dessas posições e controvérsias, os criadores do atomismo, Leucipo e Demócrito,
postulam dois tipos de existência essencial: o cheio e o não cheio, o algo e o nada, o átomo e o vazio.
Um equivaleria ao Ser e o outro ao não ser. Portanto, em oposição aos eleatas, os atomistas
afirmavam a existência do não Ser como espaço vazio e não cheio. E faziam derivar a mudança e a
variação da interação entre o átomo e o vazio. Os átomos eram elementos inumeráveis e sempre em
movimento e a transformação e mudança das coisas eram incessantes.
Influências de Heráclito e Parmênides e dos seus predecessores
Portanto, através da especial união do que é com o que não é, os atomistas reconciliavam as
posições contraditórias de Heráclito, que sustentava que tudo flui, e de Parmênides que afirmava
que nada muda. A relação dos átomos com o vazio explicava tanto a permanência como a mudança,
o movimento e o repouso, a identidade e a diferença. Nada mudava neles, mas sua interação
incessante originava todas as mudanças, combinações e diferenças das coisas.
O átomo de Leucipo e Demócrito se compunha de elementos tomados das ideais básicas de
seus predecessores. Era similar a substância primária simples dos milésios e a noção pitagórica de
que os números são o que constituem as coisas. O átomo era incriável e imutável com o Ser de
Parmênides, embora múltiplo e sempre sujeito a combinações como os quatro elementos de
Empédocles e as sementes de Anaxágoras. A matéria concreta está formada por esses grânulos ou
partículas.
Teoria do conhecimento o atomistas
Os átomos eram incriados, diferenciando-se entre si por sua forma e tamanho, mas eram tão
pequenos que sempre escapavam à observação sensorial. Assim foi imaginado o átomo quando a
humanidade lhe concebeu pela primeira vez. 116
Teoria cosmológica dos atomistas
Como se formou o cosmo segundo os atomistas? Uma quantidade de átomos de formas
diferentes se separaram da massa do infinito e se espalharam pelo espaço vazio, chocando se por
acidente. Confundiram se redemoiando em círculos. Os similares aderiram se entre si, os mais leves
escaparam e os demais se juntaram todos. Assim foi criados e destruídos nosso mundo e todos os
corpos, e um punhado de outros mundos. 117 Esse processo cósmico não tem fim. Tudo nasce e
morre pelo choque, coagulação e dissolução dos átomos que se movem no vazio. As diferentes
qualidade e aparências das coisas se devem as diversas combinações de átomos que as constituem,
da mesma forma que as letras do alfabeto se agrupam em distintas ordens. 117
Teoria do conhecimento dos materialistas atomistas
Com suas teorias os atomistas trataram de satisfazer tanto as exigências dos sentidos como as
da razão. Sua afirmação de que todo objeto particular está formado de átomos supera em muito as
observações imediatas dos sentidos. Apoia-se na dedução de que os objetos e mudanças
diretamente perceptíveis estão causados por movimentos e elementos materiais ocultos. Explicam
os fenômenos visíveis dizendo que a estrutura da matéria estava formada por grãos moleculares que
escapam a possibilidade da observação direta.
Limites das teorias dos atomistas
No entanto, há, com segurança, uma distância colossal entre as ideais dos atomistas sobre a
estrutura da matéria e a utilização da força atômica. É a distância que separa uma especulação
teórica de uma prova experimental.118 Seus erros foram também afirmar que átomos mais pesados
caem mais rapidamente, e sua crença na homogeneidade e imutabilidade dos elementos físicos
fundamentais.
Contribuições dos atomistas
Mas seus modos de operar foram os mais inteligentes devido as informações e técnicas que
dispunham.
Teoria atomista do conhecimento/ Princípio materialismo histórico
Também eram deterministas estritos e diziam que tudo tem uma causa e nada vem ou se
produz do nada; tudo tem seus antecedentes materiais, dos quais depende sua existência. Estes
princípios são condições indispensáveis para a investigação científica da natureza. O método
científico se apoia em rechaçar o puro acidente, a teologia, as causas finais, ou o principio inteligente
como explicação dos acontecimentos naturais. 119
Dá exemplo de como as práticas da magia e da interferência divina no mundo se chocam com os
da ciência. PRINCIPIO
Contribuições e limites dos atomistas
Os atomistas rechaçaram o método animista, os idealistas buscam alguma razão teleológica
para a existência do movimento. Para os atomistas o movimento não tinha causa primária, tinha
sempre existido. Seu determinismo era válido, porém unilateral, pois o acidente é um traço da
realidade tão fundamental quanto a necessidade. O mundo não foi criado por ninguém, surgiu por
causa do curso fortuito dos átomos. 120
Os atomistas foram os primeiros a iniciar uma teoria do universo estritamente mecânica,
diferente de físicos contemporâneos que apelavam para deus como o impulsionador dos átomos,
como Anaxágoras que introduziu a mente neste sentido.
Características do atomismo de demócrito
Mas Demócrito não era mecanicista no sentido moderno do termo, foi um materialista dialético
primitivo, que via a realidade como um fluir homogêneo e sem fim de coisas que nascem, passam e
dão origem a outras coisas. A matemática e a física de seu tempo eram demasiadamente imaturas
para servir de base a uma concepção mecanicista moderna, do sec. XVII e XVIII.
121
Teoria materialista do conhecimento em Demócrito
Demócrito não tentava negar o rol básico que cumprem os sentidos no conhecimento, todos os
sentidos são arautos da verdade, dizia Epicuro. Mas eles não são tão poderosos. Conduzem a um
conhecimento mais profundo da realidade que depende da percepção. O pensamento não é
absolutamente diferente da se sensação, ele é um movimento posterior, mais complexo e sutil, das
mesmas imagens recebidas do exterior refletidas no individuo. Os dois modos diferentes do
conhecimento se baseiam em dois grandes níveis distintos da realidade. Os sentidos refletem com
mais ou menos precisão o que aparece na superfície das coisas e tomam forma em imagens que
atravessam o ar. Este conhecimento das coisas é correto e confiável até onde alcança. Mas a verdade
esta profundamente enterrada. Em Demócrito, o conhecimento verdadeiramente genuíno é o dos
átomos e do vazio, que atuam por debaixo da superfícies da aparência e a gera. Sendo esses fatores
da natureza demasiamente minúsculos para serem percebidos pelos grossos sentidos. A razão infere
sua existência e atividade. Os átomos e o vazio são os únicos objetos autênticos do conhecimento
cientifico, já que só eles têm existência imutável. Demócrito disse que as diversas qualidade das
coisas, percebidas pelos 122 sentidos e produtos do movimento e combinações de átomos, são
verdadeiras só por convenção. Isto não significa que as qualidade sensoriais não tenham uma
referencia objetiva ou causas materiais, mas sim que são comuns a todas as pessoas que as
experimentam. 122
Os atomistas não negam totalmente a percepção, como faziam os eleatas. Sustentam que as
cores, gostos e sons, cheiros e sensações táteis eram tanto característica dos objetos como efeito de
suas ações sobre os sentidos.
Demócrito queria relacionar as causas objetivas naturais com as respostas dos sentidos e a
sensação com a capacidade generalizadora da razão. Diferentemente dos lógicos eleatas e platônicos
que estigmatizaram como ilusórias as qualidades sensoriais e, portanto, ficaram suspendidos no ar.
Já que a única evidência de tua existência real a obtém de nós, dizem os sentidos, nossa caída
por obra tua significa sua caída. Os atomistas, portanto, trataram de diferenciar, em nossa percepção
sensorial do mundo externo e na formação do nosso conhecimento desse mundo, os componentes
objetivos dos subjetivos, sem estabelecer entre eles uma separação absoluta. Este intento não era
viável.
Restringiram o conhecimento aos atos simples e imutáveis no vazio, considerando inferior o
conhecimento dos corpos compostos e sempre cambiantes. Dessa maneira Demócrito assinala a
diferença entre a manifestação externa das coisas e sua realidade interna, entre aparência e
essência. Contudo não via claramente a relação entre a realidade natural subjacente e a aparência,
como daquela surge esta, nem explicava como o conhecimento das qualidades das coisas adquiridas
por intermédio dos sentidos da lugar ao conhecimento válido dos átomos e do vazio.
Esta brecha entre átomo e vazio e as qualidades sensíveis, entre a existência permanente e a
que está em eterna mudança não foi superada por nenhum materialista da antiguidade e constituiu
um dos problemas mais escabrosos com que se enfrentaram posteriormente os filósofos
mecanicistas.
A psicologia dos atomistas foi um de seus pontos mais débeis. Explicavam que o corpo se
compõe de átomos brutos e a alma e a mente de átomos refinados, suaves, redondos. 123
Os deuses que não cumpriam uma função essencial em seu sistema, estavam formados por
átomos superfinos. Estas ideias elementares testemunham sua intensão de dar uma explicação
materialista totalizadora dos fenômenos, desde os corpos celestiais, até a vida, a sensação a mente e
os deuses. Porém também atestam seu escasso conhecimento de fisiologia e sociologia. Apesar de
atraírem Epicuro e Lucrécio, o atomismo não foi uma escola destacada na antiguidade. 124

Princípio materialismo histórico: ideias dominates/ predomínio dos idealistas


A razão de Demócrito não ser tão prestigiado como os idealistas Platão, Aristóteles e seus
discípulos é que estes satisfaziam as necessidades da aristocracia escravista de Atenas em muito
maior medida que o método e as perspectivas dos atomistas. E desde então se ajustam muito mais
aos interesses das classes dominantes do Ocidente.
Predomínio dos idealistas na história da filosofia
A história da filosofia a escrevem e ensinam homens muito influenciados pela sociologia e as
concepções religiosas e idealistas das classes privilegiadas. Estes estudiosos sempre tenderam a
atribuir muito mais mérito aos idealistas clássicos do que às especulações de seus adversários
materialistas. Isso afetou adversamente a reputação de Demócrito.
Características do materialismo de Demócrito em oposição ao idealismo, legado de Demócrito
Não se valorizou devidamente sua obra por ter sido um materialista tão intransigente.
Demócrito não atribuiu à natureza nenhuma atividade consciente e rechaçou as espúrias causas
sobrenaturais, espirituais e finais que viciavam as especulações dos idealistas. Explicava a formação e
as transformações do universo, a origem da vida, a sensação, a civilização, a moral e o pensamento,
inclusive a existência dos deuses e dos demônios, por causas puramente naturais produzidas pelo
movimento dos átomos no espaço vazio. Analisava tudo com o mesmo método, desde a caída
original dos átomos através do espaço até as percepções, pensamentos e conduta das pessoas que o
rodeavam. Este método estrito, que relaciona os processos e fenômenos físicos 125 orgânicos,
sociais, históricos e sociológicos, de uma maneira coerente é o protótipo de todos os sistemas
materialistas posteriores.
Demócrito foi uma das principais cabeças cientificas da civilização greco-romana.
PENSADORES
Platão Aristóteles e seus discípulos eram idealistas. 125
Francis bacon é o pai do materialismo inglês. 125

A MEDICINA E A HISTÓRIA NA GRÉCIA

Materialismo na arte
Fala sobre o materialismo na arte que se manifesta como naturalismo na escultura e como
questionamento aos deuses na tragédia, como em Eurípides.
Origens da medicina e da arte
Tanto a medicina como a historia foram produtos de um poderoso movimento social e
ideológico que voltou as mentes dos homens da superstição para o naturalismo e do despotismo e
oligarquia à democracia.
Características da medicina grega
Os médicos se localizaram junto com os filósofos, sobretudo os materialistas, desligando a arte
da medicina da magia e da religião. 128

Os médicos gregos ilustrados deixaram de lado os encantamentos e rituais dos bruxos e se


dedicaram a observar e analisar cuidadosa e racionalmente a enfermidades do corpo e as
perturbações da mente. Alcmeon descobriu que o cérebro, não o coração, era a sede da sensação e
do pensamento. Também foi o primeiro a fazer dissecações.
Hipócrates provinha de uma ilha jônica 130 131 deixou de lado os demônios e explicou as
enfermidades de modo puramente natural.
Teoria materialista do conhecimento na medicina
Um tratado de medicina se destaca como exposição claríssima dos princípios do empirismo
racional, quer dizer, da habilidade produto da experiência elevada ao nível de método científico
orientado. O autor afirma que só se pode alcançar um conhecimento claro da natureza do homem
através da medicina. (...) 131-132 O estudo da medicina, portanto, não devia partir de pressupostos
arbitrários derivados da especulação filosófica, e menos ainda recorrer aos deuses. “A natureza do
corpo é o ponto de partida do raciocínio médico e fundamento da prática da medicina.”
Os médicos hipocráticos da Jônia criticavam e condenavam seus rivais do Ocidente por tratar de
deduzir as regras da prática médica de conceitos cosmológicos a priori e de conceitos abstratos sobre
a natureza das coisas. “Na prática médica não se deve recorrer, em primeiro lugar, a teorização
plausível, senão à experiência combinada com o raciocínio. Uma teoria verdadeira é uma recordação
esquematizada de coisas captadas através da percepção sensorial. Pois a percepção sensorial, que é
o primeiro que recebe a experiência e quem transmite ao intelecto as coisas aprendidas por ela,
tenha imagens claras; o intelecto, ao receber essas coisas muitas vezes, toma nota da ocasião, o
momento e o modo, as acumula e as recorda. Agora veja, aprovo a teorização quando ela se
fundamenta no incidente e deduz suas com conclusões dos fenômenos.... Porém se não parte de
uma impressão clara, senão de uma ficção plausível frequentemente provoca uma situação dolorosa
e cheia de dificuldades. Todos que atuam dessa maneira se perdem numa caminho sem saída.” A
prática medica é experiência combinada com o raciocínio. Esse era o método empírico adotado pela
escola hipocrática.
Os especialistas hipocráticos tinham um conceito muito mais estrito e concreto do método
científico. Levavam em conta ante tudo as qualidades especificas dos fenômenos que estudavam e
punham a prova continuamente suas conclusões por meio da observação posterior dos processos.
132-133
Fundiram o empirismo e o racionalismo, a observação aguda e a análise reflexiva em uma
unidade harmônica. Toda a informação provida pelos sentidos e acumuladas pela experiência devia
ser submetida ao pensamento crítico, segundo regras derivadas de casos similares. 133
Por sua dedicação a homens e escravos os hipocráticos estão entre os membros mais
destacados do humanismo materialista que o mundo já conheceu.
O pensamento materialista estendido à história e problemas da natureza.
O pensamento materialista, originalmente aplicado pelos filósofos ao mundo físico, logo se
estendeu a história da humanidade e posteriormente aos problemas da natureza. 134
Materialismo na história
O método histórico de Tucídides também deixou os deuses de lado para explicar os fenômenos
e foi o mais materialista de todos os historiadores antigos. 136
Teoria do conhecimento materialista na história
Ao iniciar um método de análise dos problemas dos homens que se desliga dos controles
sobrenaturais e busca localizar toda ação humana através da perspectiva da causalidade material,
Tucídides abriu caminho ao estudo científico dos problemas sociais que muitos séculos depois
dariam nascimento ao materialismo histórico. Hipócrates, Demócrito e Tucídides foram
contemporâneos, séc. V. Os princípios metodológicos de Tucídides eram muitos similares aos da
escola hipocrática.
Características do método materialista na história
O filósofo atomista, o médico e o historiador estavam muito influenciados pelas tradições
materialistas dos naturalistas jônicos e refletiram, em seus caminhos específicos as tendências
materialistas do séc. V. Desterraram todas as formas do sobrenatural e buscaram causas materiais
para explicar os fenômenos que estudavam no mundo físico, a vida humana e sua própria civilização.
Para eles a fortuna já não era uma deusa que interferiria na ordem cósmica e dirigia o
transcorrer dos assuntos humanos; a casualidade era só o elemento incalculável da vida, que estava
governada pela necessidade e era suscetível de explicação racional.

Teoria do conhecimento em Demócrito


Demócrito disse: “A casualidade é um ídolo que os homens inventaram para justificar sua
incapacidade mental. De fato, a casualidade frequentemente entra em conflito com o conhecimento.
Com respeito a maior parte dos problemas, uma mente inteligente pode exercer com êxito a
previsão.”
Eles compartilhavam sua crença natural na existência de leis naturais e na ação inteligente,
sobre as quais se baseia a perspectiva materialista.
139

OS SOFISTAS

Sobre o objetivo do livro


Como este trabalho está dedicado ao tema do materialismo, a discussão do idealismo e sua
evolução se limitam a como ele afetou o desenvolvimento de sua antítese.
Triunfo do idealismo na Grécia
Embora a tendência materialista tenha se cristalizado antes, a perspectiva idealista alcançou
uma posição privilegiada na Grécia. Foi a escola de pensamento decisiva e triunfante. O idealismo se
transformou na ideologia dominante porque se apoiou em condições sociais profundamente
assentadas em forças de classe muito poderosas, como a tradição, a religião, as exigências da
aristocracia escravista, o baixo nível de cultura plebeia, conspiraram para orientar a teoria por
caminhos idealistas e apartá-la do materialismo.
A escola idealista produziu alguns dos representantes do pensamento humanos mais brilhantes.
Mescla de materialismo e idealismo na antiguidade.
Do século VI ao IV, as duas correntes filosóficas principais em luta não se contrapunham de
maneira muito marcada. Encontravam-se, mesclavam-se, confundiam-se, ora marchando juntas, ora
por caminhos distintos. 141 142
Origem e desenvolvimento do materialismo
A corrente materialista se alimentava com o desenvolvimento das artes, técnicas, a difusão da
economia monetária, luta de classes relacionadas com as revoluções democráticas e a critica a
religião.
Características e origens do idealismo
O idealismo tinha a ver com a reacomodamento da religião, os novos descobrimentos
matemáticos, os cultos místicos, e as concepções morais e legais da política da aristocracia
escravista. 142
Mescla de idealismo e materialismo na antiguidade
Quando analisamos as proposições de cada um dos filósofos, quase todos eles, se mesclam em
diferentes proporções as duas correntes de pensamento. Tales, todavia, concebeu em termos divinos
o principio da vida, o movimento e a dinâmica. Por outro lado, Platão, o idealista sem par,
demonstrou, ao projetar sua sociedade ideal na República, ser um estudioso agudo das constituições
e da vida politica das principais cidades gregas, atribuindo parcialmente as transformações políticas
às mudanças na distribuição de riqueza e propriedade.
Mais ainda, existem marcadas diferenças entre os filósofos que se reivindicam idealistas. Como
Aristóteles que se distanciava do idealismo conforme progredia seu pensamento.

Oposição entre materialismo e idealismo e mescla na antiguidade


Isto não significa que seja impossível ou desnecessário diferenciar uma corrente da outra. Os
gregos mesmos eram muito conscientes da oposição existente entre ambas perspectivas. A oposição
essencial das diversas escolas estava determinada por qual tendência era predominante e qual era a
secundaria no conjunto de suas ideais.
Origens do idealismo e suas características/ critérios p o idealismo
Os pitagóricos e os eleatas, por exemplo, estavam definitivamente entre os percussores do
idealismo, porque suas principais doutrinas, que o universo está essencialmente constituído de
números e que o lógico é o real, eram antimaterialistas. É certo que o mundo tem propriedades
matemáticas, também é certo que a realidade é lógica e que o logico é real. Mas a conclusão dos
pitagóricos e eleatas de que a essência da realidade é matemática e lógica, não material, é a antítese
do materialismo.
Origens do materialismo e suas características/ critérios para o materialismo
Da mesma maneira, os naturalistas milesios e os atomistas 142 143 devem ser localizados no
campo materialista, apesar do resto de conceitos religiosos e outras incoerência de suas proposições,
porque seus métodos e doutrinas se baseavam fundamentalmente na realidade material, seja nos
estados da matéria, um dos quatro elementos ou os átomos e o vazio. Estes são os critérios para
localizarmos os pensadores. 143

ANAXAGORAS

Características do materialismo
Os primeiros materialistas davam por certo que o movimento é inerente à natureza, portanto,
não tinham motivo para fazer aparecer um motor original das coisas, como 143 como uma mente.
(Anaxágoras era idealista apesar de ter traços materialistas). 143 144
Mistura de idealismo e materialismo em anaxágoras
Anaxágoras era um vínculo vivo entre os naturalistas milésimos e os idealistas clássicos de
Atenas. E também foi acusado de impiedade e expulso de Atenas por dizer que o sol era uma rocha
quente e a lua tinha terra. Por outro lado, os idealistas encabeçados por Sócrates, levaram muito a
serio o principio do Nous, a inteligência, e o aplicaram consequentemente elevando-o ao primeiro
plano, enquanto para Anaxágoras isso era secundário.

OS SOFISTAS

Origens da sofística
Protágoras, o principal sofista, também tinha vínculos entre materialistas e idealistas. Foi
discípulo de Demócrito, contemporâneo de Anaxágoras e amigo de Péricles. Os sofistas apareceram
no apogeu do movimento democrático que transferiu o poder das aristocracias latifundiárias às
classes comerciais e manufatureiras. Sendo que a doutrina dos atomistas e dos sofistas foram o
produto de sua madurês.
144-145
Os sofistas trataram de responder as exigências das classes educadas de uma nova exigência
intelectual nessa época turbulenta de guerras entre cidades-estados, revoluções oligárquicas e
contrarrevoluções democráticas quando tudo era instável e de tudo se duvidava.
Idealistas depreciaram a sofística
Estes homens foram desacreditados pela história posterior, injustiça começada pelos
conservadores de sua época e perpetuadas pelos seguidores dos idealistas clássicos.
Características da sofística
Os sofistas influenciaram muito a cultura do séc. V, abrindo as portas ao conhecimento
monopolizado pela aristocracia a setores mais amplos da população. Com sua atitude submetiam a
um exame critico todos os mitos, dogmas e superstições. Eles eram especialistas em historia e
politica.
146-147
Método científico dos sofistas
Os métodos dos sofistas e Sócrates e os diálogos de Platão traziam a luz aspectos positivos e
negativos de argumentos opostos, são inconcebíveis debaixo de um despotismo oriental sem
atividade mercantil, sem um conjunto de cidadãos livres, enérgicos e independentes. Davam-se em
um meio onde bens, dinheiro e ideais se intercambiavam e os conflitos de classe eram abertos e
acalorados. 147 148
Contribuições dos sofistas
Adiantaram muitos elementos da ciência e da lógica, criadas pelas figuras mais destacadas do
idealismo grego. 148
Protágoras foi um dos representantes mais notáveis do subjetivismo e do relativismo na Grécia
Antiga. Atuando como um dissolvente das estruturas politicas e da ortodoxia religiosa. 149
Contribuições da sofistica
Trasímaco chegou à conclusão de que as leis do Estado foram uma criação dos mais fracos para
não serem esmagados pelos mais fortes, deixando claro que e a força que sustenta a sociedade de
classes. Os idealistas não podiam perdoar aos sofistas mais francos que retiraram a folha de parreira
da realidade do poder em seus regimes comerciais escravistas.
Origens das leis na religião
Crítias, em seu Sísifo, é igualmente iconoclasta: Dizia: uma vez que se colocou a sociedade
debaixo do domínio da lei, alguém persuadiu aos mortais a crer na existência de uma raça de deuses,
para submetê-los ao temor e mantê-los dentro dos marcos legalmente estabelecidos.
Contribuições da sofística
Os sofistas desenvolveram uma marcada tendência materialista ao destacarem que as condições
histórico-sociais fazem o homem serem o que são.
Teoria do conhecimento na sofística
O único aporte significativo sobre a natureza do mundo físico que fizeram os sofistas proveio de
Antístenes, discípulo de Górgias e Pródico. Foi o primeiro pensador grego que identificou
explicitamente o ser com o corpo material. Afirmava que só existem os indivíduos, e que o único real
são as coisas corpóreas, que se podem tocar. As qualidades dos objetos percebidos pelos sentidos
são irreais separadas das substâncias que as contém. 150
Sua teoria do conhecimento era a antítese da dos idealistas que abstraíram das coisas suas
qualidades transformando as em entidades com existência independente. Se diz que Antístenes
afirmou: “Oh Platão, vejo o cavalo, mas não a cavalidade.”
Conceito de matéria
Esta concepção da matéria como substância extensa e persistente não se difundiu muito na
antiguidade, embora posteriormente a tomaram os estoicos. No entanto, esse conceito de matéria
apenas previsto por Antístenes, se transformaria na chave do mecanicismo naturalista predominante
na época burguesa.
Característica dos sofistas
Os sofistas partiam de uma crítica incessante com seu método 151 método dialético.
Apropriação do método sofista pelos idealistas e seu uso contra os sofistas
Os idealistas clássicos se apropriaram dos procedimentos lógicos descobertos pelos sofistas e
fizeram deles uma arma de sua sistemática ofensiva contra seu relativismo, individualismo, ceticismo
e subjetivismo. Contra os sofistas, Sócrates dizia que o justo e o legal são as mesmas coisas, Platão
que deus é a medida de todas as coisas e reservava a arte de governar aos melhores, diferente dos
sofistas, que era acessível a qualquer pessoa racional. Contestaram a influencia liberalizadora dos
sofistas com o estabelecimento de norma absolutas e invariáveis na filosofia, na lógica, ética e
politica, a fim de reestabelecer os valores as proposições e valores da oligarquia, cujo domínio punha
em perigo os movimentos democráticos triunfantes. 151

ATENAS E A REVOLUÇÃO SOCRÁTICA

ATENAS E A REVOLUCÃO SOCRÁTICA

Deram ao pensamento idealista continuidade que abarcou quase um século. Não pode se
entender o desenvolvimento do idealismo independente da evolução de Atenas no século V e IV. Já
que os idealistas clássicos são os representantes supremos de sua cultura. 153

A VIDA EM ATENAS

O modo de propriedade e produção escravista penetrava todos os aspectos e recônditos da vida


em Atenas e estampou uma pegada indelével nas ideias de seus intelectuais. Politicamente ela era
uma Democracia escravista. 156
Origens do método socrático
SOCRATES: O método socrático é uma extensão e refinamento das inovações trazidas pelos
sofistas. Os sofistas e Sócrates foram os responsáveis pela mudança do eixo da filosofia da
investigação da natureza para a conduta do homem, no seu aspecto objetivo da realidade ao
subjetivo. Foi o fundador reconhecido do idealismo. Sócrates foi o maquinista que conduziu o trem
da filosofia pelos trilhos do idealismo, caminho fundamental pelo qual até então se desliza.
A este caminho decisivo com justiça se tem chamado de revolução socrática. A divisão da
filosofia em pré-socrática, socrática e pós-aristotélico, feita através do ponto de vista dos idealistas é
muito injusta para com os atomistas. Isso reflete o fato que desde então no pensamento grego
predominou o idealismo e o materialismo ficou relegado. 158 159 A revolução socrática foi um
produto convulsivo das lutas entre democracia e oligarquia.
O caráter das ideias de Sócrates é ambíguo e esta responde às principais classes da Grécia.

A REVOLUCAO SOCRÁTICA

Qual era a natureza da revolução que Sócrates início na filosofia grega?


Divisão materialista das esferas da realidade
Para propósitos de análise se pode dividir a realidade em três esferas distintas, embora
materialmente relacionadas: o mundo exterior, ou a natureza, a sociedade humana e a mente. Nas
diferentes fases de seu desenvolvimento a filosofia centrou sua atenção em um ou outro desses
setores.
Limite dos milésios
Os milésios se dedicaram quase exclusivamente aos processos da natureza; no entanto, não
diferenciavam claramente entre os vários aspectos da realidade nem analisaram a sociedade e o
desenvolvimento do pensamento.
Objetivos e problemas dos pré-socráticos e seus limites
Até meados do século V, o objetivo do pensamento filosófico era explicar o que é a realidade
subjacente, e o que é o ser verdadeiro do universo visível. Deixava-se aos poetas e legisladores a
reflexão sobre a conduta, a filosofia não a considerava um objeto próprio.
159 160
Inovações dos sofistas e Sócrates, do período socrático
Com os sofistas e Sócrates se chegou a um nível mais avançado. Diferenciavam a sociedade da
natureza e começaram a analisar de maneira cientifica as relações sociais e a conduta humana.
Causas histórico-sociais das inovações
Apesar da depreciação da investigação da natureza e Sócrates chegar a conclusões idealistas, foi
um avanço para a filosofia. Isso expressava a profunda necessidade que sentiam as forças em conflito
nas principais cidades-estado de encontrar respostas a uma série de impostergáveis problemas
morais, políticos e teóricos. Sócrates estendeu o alcance do pensamento racional à vida social, dando
à filosofia um objetivo estritamente político e combinando o pensamento crítico á prática social. 160
161
Característica do pensamento jônico em oposição à Sócrates e os sofistas
Os filósofos jónicos iam das leis naturais ao homem. Sócrates ia do pensamento humano e da
atividade social á natureza. Explica-se o mundo a partir do homem, não o homem a partir das leis
universais da natureza.
Características teológica idealista de sócrates
É uma concepção da realidade abertamente teológica já que vê em toda parte a evidência do
proposito inteligente e do trabalho da divindade. O universo está animado de um propósito e o guia
a razão. Este propósito específico e racional está conformado segundo as perspectivas e posição
social dos aristocratas atenienses.
Contribuições de sócrates
Além dessa concepção idealista do cosmos Sócrates criou uma doutrina racional da moralidade
e uma teoria do conhecimento sistemática. Declarou que uma vida não examinada não merecia ser
vivida. Em consequência começou a submeter a conduta humana e as instituições sociais a mais
rigorosa critica da razão.
Teoria do conhecimento socrática ligada a sua ética
A teoria ética de Sócrates está relacionada com sua teoria do 161 162 conhecimento. O
conhecimento não é só um meio para comportar-se corretamente; constitui a essência mesmo da
moralidade. A virtude é conhecimento. Ninguém faz o mal conscientemente ou voluntariamente. Os
homens tomam caminhos equivocados porque não conhecem o que é o bem nem o que e o mal.
Desse modo Sócrates faz toda sua filosofia depender do conhecimento verdadeiro, que só pode ser
adquirido através da critica às ideais predominantes. A moral depende da lógica.
IMPORTANTE: Obs: a filosofia é a negação do senso comum, ideias dominantes, os naturalistas
negaram as ideais dominantes sobre a natureza, os mitos, Sócrates as ideias morais domines.
Há uma grande distancia entre essa concepção e a moral consuetudinária da Grécia Antiga, a
dos israelistas, que se apoiam na origem divina dos dez mandamentos, interpretada por sacerdotes e
profetas. Embora aristocrata por essência, Sócrates conseguiu localizar a moral sobre bases
racionais. Sócrates tinha um método particular de pensamento.
Teoria do conhecimento socrática
Partia do suposto de que há dois tipos de conhecimentos: as opiniões comuns, não submetidas
a exame, da gente comum; e os conceitos metódicos, conscientes, verdadeiros da mentalidade
filosófica, que descobriam o bem em tudo. Sócrates utiliza esse recurso para separar o conhecimento
falso do verdadeiro e chegar ao conhecimento real através do exame critico dos fundamentos de
nossas crenças.
Diferenças entre os fisiólogos e sócrates
Os fisiólogos da jônia tentaram encontrar a verdade investigando a natureza e o caráter das
coisas mesmas.
O método de conhecimento socrático
Sócrates tomou uma direção diferente. Em vez de investigar diretamente os fatos, examinou as
afirmações das gentes e as teorias ou fundamentos que as sustentavam. Começava com um a
proposição presumível ou provisoriamente verdadeira. Considerava-a uma hipótese inicial que
levaria, através da contradição, a uma verdade final ou evidente em si mesma.
Tomando essa proposição inicial procedia a deduzir suas consequências lógicas. No transcurso
da discussão surgiam outros aspectos da situação até que se enfrentavam pontos de vista opostos.
Este método dialético de provocar opiniões contrárias sobre a mesma questão perseguia o propósito
de extrair as consequências de cada uma delas para descobrir qual é a verdadeira. O resultado desse
debate, diálogo ou desenvolvimento multifacetado das ideais seria o conhecimento genuíno, oposto
a simples opinião. 162-163
Diferentemente de alguns sofistas e céticos, Sócrates não duvidava da possibilidade de alcançar
o conhecimento certo e a verdade das coisas.
Seu método dialético ia depurando as contradições. O desenvolvimento da ideai seria o
conhecimento genuíno, oposto a simples opinião. 163
Contrariamente aos sofistas que punham o acento na relatividade da moral, dos valores, das
leis, etc, Sócrates utilizava seu método para distinguir o necessário, o permanente e o universal, do
contingente, transitório e individual nas ideais.
Tratava de consegui-lo através de um processo de generalização, que acaba na definição do
objeto considerado. Esta definição seria a forma verdadeira ou a causa real de seu ser. Algo belo, por
exemplo, é uma manifestação da forma da Beleza.
Teoria do conhecimento socrática
As ideais absolutas o formas eternas do ser eram inatas. Conhecer é recordar.
Sócrates e suas contribuições ao idealismo
A teoria socrática do conhecimento constitui a antessala de uma completamente idealista de
uma realidade superior ao mundo material, que a humanidade conhecer por meio dos sentidos.
No Fédon apresentou dois conceitos que passaram a fazer parte do idealismo filosófico desde
então. Trata-se da doutrina da imortalidade e divindade da alma e da teoria da existência autônoma
das formas de ser ideal. Essas ideias-chaves se apoiam uma na outra. A crença na imortalidade da
alma esta apoiada na teoria das formas ideais, igualmente eternas; a teoria das formas ideais
depende da atividade da alma independente do corpo. Sócrates criou a concepção da alma que é a
essência do idealismo e o cristianismo e que, com outro nome, tem dominado desde então a teologia
europeia e a filosofia idealista. 163 164
Origens do idealismo de Sócrates e seu conceito de alma
Sócrates deu uma nova roupagem as antigas ideais do selvagismo e da caída da alma pitagórica.
Para ele a alma era a fonte e a sede tanto do conhecimento como da bondade. Foi o primeiro a
racionalizar o conceito de alma e fazer dela esse elemento humano que contém o conhecimento e a
ignorância e permite distinguir a virtude do vício. Secularizou a alma ao identifica-la com a
consciência e ao caráter cotidiano, ao mesmo tempo espiritualizou o conhecimento e a conduta ao
identificar estas formas da atividade humana com uma entidade divina. A função desse constituinte
divino da humanidade é conhecer; que dizer, captar a essência das coisas nas Formas e, sobretudo,
conhecer o bem e o mal. Portanto governo os atos dos homens para que este se conduza bem na
Terra e ganhe a benção eterna.
O dualismo radical de Sócrates
Essa doutrina implica uma divisão radical da realidade e de cada individuo entre a alma e o
corpo. A alma e só espirito, divina, imperecível e pode existir independente do corpo. O corpo esta
contaminado pela matéria, confundido pelos apetites e emoções que impede o acesso ao
conhecimento real. O corpo visível é afim ao mundo visível dos mutáveis fenômenos físicos,
enquanto que a alma se relaciona com o invisível reino preexistente das formas imutáveis e divinas.
164 165
O que distingue Sócrates e Platão é o método com o qual habilitaram e resgataram essas antigas
crenças, baseando se na razão e no raciocínio crítico.
Contribuições de Sócrates à filosofia
Podemos sintetizar então as contribuições de Sócrates à filosofia:
Por uma parte, estabeleceu as bases da ciência e da logica. Aristóteles lhe atribui a introdução
do raciocínio indutivo e a definição universal. Foi o primeiro a tratar cientificamente os problemas
morais e a íntima unidade existente entre a teoria crítica e a prática social. Por outra parte, se
separou da investigação objetiva da natureza e deu uma interpretação teleológica do mundo. Deu
novas forças a religião com sua concepção de alma imortal que habita temporariamente sua morada
de baixo.
Como idealistas e materialistas explicam a história
Explicava a história humana como um desdobramento da divina providência, não como o
autodesenvolvimento da humanidade através de sua luta pela sobrevivência contra as condições
dadas. Desenvolveu a teoria das ideias eternas e as Formas absolutas estão por cima das
manifestações da matéria e são independentes delas.
Heranças de Sócrates ao idealismo
Oposição entre idealismo e materialismo
Todas essas doutrinas foram incorporadas ao idealismo filosófico que dominou o pensamento
europeu durante 2400 anos e hoje é o adversário irreconciliável do materialismo. 165

BIBLIOGRAFIA

Greek thought and the origens of scientific espirit. Prof Robin 159 160

PENSADORES
Sócrates era idealista 160

PLATÃO E ARISTÓTELES

Com o pensamento de Platao e aristoteles o pensamento grego alcancou o cume de seu


desenvolvimento e se conformou nos moldes.classicoes q se transmitiram atraves dos seculos e
afetaram a filosofia até a época.atual.
Pq.estes.eminentes idealistas exerceram uma influencia tao perduravel sobre o curso da
filosofia grega e posterior aos gregos.
O ideismo apareceu como uma concepcao de mundo coerente em uma sociedade onde as
relacoes de mudanca surgiam da producao escravista. Porem o idealismo refletia em muito melhor
medida o sistema escravista q a superestrutura das relacoes de intercambio mercantil. Era a
expressao ideologica da aristocracia escravista em sua batalha defensiva contra as.tendencias
democratizantes das forcas mercantis e plebeias das cidades estado gregas. Os idealistas.foram os
primeiros ideologos da sociedsde.dividia em classes e das diversas.formas de governo no.mundo
ocidental. Isso se ve claramentr na defesa q fazem da escravidao como sistema q segue a ordem
natural., pela sua tomada d epartido pelo sistema de castas contra a democrcia, e pela aristocrqcia
contra as reclamacoes e ataques do povo. 167 168
É muito últil conhecer esses pensadores gregos, sobretudo para retificar esse comodo
preconceito de muitos racionalistas de q todas mentes esclarecidas e educadas necessariamente hao
de chegar as mesmas conclusoes gerais ao q toca aos problemas sociais. Gracas as revokucoes
democratico.burguesas, hj resulta um lugar comum afirmar , sempre no terreno da teoria, q todos os
homens sao naturalmente iguais e deveriam estar irmanados numa.sociexade humana universal.
Porem. esta ideias eram totalmente ajenas a ewtes ideologos da aristocracia nas cidade estados
gregas. As seus olhos os homens eram totalmente desiguais e estavam divididos em classes por
nafureza. Cada um ocupa seu lugar apropriado na hierarquia do corpo.civil.
Os idealistad aperfeicoaram sua filosofia em resposta ao predicamento historico das classes
proprietarias gregas, dos terratenentes prestamistas e dos escravistas, até finais do sec V. Durante
décadas as lutas de classe atormentarsm as cidades gregas. A oligarquia e a democracia se
alternavam na supremacia.
Os.idealistas elegeram defender areacao oligarquica contras as forcas democrsticas.
168 169
Como os patricios aos quais eles se dirigiam so poderiam perder com os acontecimentods por
vir, tratando se de um.movimento popular dentro de duas cidades, ou da conquista militar por um
potencia extrangeira, estes filosofos tendiam a exaltar a imobilidade por sobre a mudanca e
estabelecer limites.instranponiveis ao lrocesso histórico.
Uma das tarefas essenciais dos idealista foi reabilitar a concepcao religiosa, q por muitas
razoes.havia caido em descredito.
Embora nao negassem a existencia dos deuses, ate demócrito.se.viu obrigado a justificar a
difundida crenca.neles, embora disesse que nao sabia como eram,,, a critica.dos materialistas, dos
sofistas e outros racionalistas haviam desacreditado consideravelmente o politeismo arcaico nas
classes.educadas.
A missao especifica.dos filosofos era renivar a religiao p os aristocratas educados.
Portanto os gregos, criadores da filosofia, o materialismo e a ciencia 169 170
tambem inventaram a teologia q pode.ser definida.com a arte de proporcionar argumentos
racionais em apoio a crencas religiosas. A teologia é um ramo da apologetica peculiar das civilizacoes
comerciais. A religiao primitica nao.busca justificacao na razao; recién necessita faze lo quando seus
fundamentos se vem sacudidos e seus dogmas e crencas poem se na tela.do juizo pelos elementos
esclarecidos da revolucao irbana.
Fala da importancia da religiao p a politica de.classe aristocrstica. Os.idaistas aceitam abertata e
ingrnuamentr o valor da religiao.
170 171
Na passagem da republica de lmatao.se expoe amplamente a relacao entre as fabulas.religiosas
e as tecnicas de dominacao de classe. Deve se induzir os cidadaos a crerem nas nobres mentiras de q
deus criou as diferencas de classes, de q essas se originam em diferencas inatas q vem desde a
criacao do homem e q se isso

e se isso nao for.cumprido se alterara a ordem.divina das.coisas.


171 172
Os idealistas gregos completaram a tarefa de racionalizar a obsoleta religiao reemplazando a
mitologia pela teologia, embora nem.socrates e platao descartassem toamente os mitos.
Sempre.q.tropecavam em.alguma dificuldade na exposicao de seu idealismo apelavam aks mitos.p
ocultar a falta de argumentos e conhecimentos positivos.
Os filosofos idaistas transformaram a substancia da religiao e a revestiram de nova aparencia.
Aplicaram novas.tecnicas logicas e dialeticas, em si mesmas de incalculavel valor, á restauracao das
supersticoes.religiosas questionadas.
Em aristototeles o divino é o imortal, o imutavel. Como o motor imovel, q e deus.
172 173
O maior servico q.os idealistas prestaram a religiao e p as classes dominantes é ter feito o
sobrenatural mais aceitavel p a mente criti a assinalando razoes logicas p.sua existencia e supostas a
tividades.
Como representantes filosoficos da aristocracia grega, os idealistas elaboraram suas concepcoes
caracteristicas em oposicao.direta e consciente ás ideias das vizes mais inclinadas ao materialismo.
Dá exemplos.
173 174

George Thompson: Studies in anciante greek society


Na leis, platao denuncia os materialistas como ateus q socavam a religiao e subvertiam a ordem
moral existente e fomentam a luta.civil. da exemplom
174 175
A.força é o direito, dizem os.jovens. Platao criticando o relativismo e afirmando o justo nas leis.
Dialogo as leis.
175 176
O idaismo de aristoteles é mais lronunciado na sua concepcao do q e a natureza.
Os lrimeiros materiamistas deram exlkicacoes coerentes das origens e funcoes dos
.fenomenos.naturais e do comeco e do devir da sociedade. Demonstraram uma incrivel intuicao ,
tendo em conta a época, na analise dos aspectos essenciais destas duas esferas de realidade.
Porem os materialistas eram debeis e vuneraveis quando se tratava de exllicar os fenomenos
,invisiveis porem importantissjmos, proprios dos processos mentais.
Os idealistae, por.sua vez, se revelaram sexcepcionalmente capazes nesse campo da ciencia. Os
ideistas foram experts na analise.dos lrocessos mentais e mestre no manejo de conceitos gerais.
Expuseram e clarificaram os problenas do conhecimento. Enquanto os materiamistas aportaram os
lroblemas do ser e do devir. Os grandes.idaistas, desde pitagoras are Platao, rechacavam as
premissaa do materiamismo primitivo porque, entre outras.razoes, este nao analizavam nem
apreciavam corretamente a capacidade.criadora do raciocinio humano, sobretudo no campo da
matematica. 177

AS CONQUISTAS DOS IDEALISTAS

Origens da filosofia
Uma das condições para o surgimento da filosofia foi a existência de um povo ocioso aliviado do
trabalho pelos escravos e que podia dispor de tempo e dos meios necessários para a discussão e a
investigação teórica. A teoria de Platão de que os governantes deviam ser filósofos e os filósofos
governantes de sua república ideal, a concepção aristotélica de Deus como pensamento que se
pensa a si mesmo, são projeções desse estado de coisas.
Origem do idealismo na aristocracia classes improdutivas
Porém a mesma situação que assinalava o trabalho de produção material aos escravos e as
tarefas de teorizar e governar a uma aristocracia que necessitava justificar sua existência imprimiu
seu selo sobre o curso e resultado de toda uma linha de raciocínio.
Idealismo dualismo e teologia
Os idealistas introduziram divisões incisivas na realidade. Exaltavam a razão pura por cima da
prática, a mente sobre os sentidos e apetites, a alma sobre o corpo e Deus acima do homem. Sua
ciência estava a serviço da teologia e ambas a serviço dos fins políticos e interesses materiais dos
escravistas.
Escravismo e sua influencia no idealismo
A estrutura do pensamento escravista grego correspondia essencialmente a estrutura
hierárquica do sistema escravista. 179 180 E se reflete na sua compreensão da natureza, da
sociedade, e do individuo. Na ética e na politica.
Dualismo idealista
A mente e a matéria se opõem como o amo e o escravo. A desordem é inerente a matéria e
qualquer regularidade ou beleza na natureza é produto da mente que impõe a ordem e elevar essa
oposição a categoria de princípio. Ao exaltar um se degrada o outro.
180 181
Características das classes ociosas dominantes
Esse desdém pelas atividades manuais combinado com a superestimação das funções
puramente intelectuais divorciadas de sua aplicação prática tem sido uma característica da visão
teórica das classes dominantes ate nossos dias.
A matéria e o escravo são igualmente inferiores e servis.
Origens do idealismo
As mesmas motivações sociais ocultas levaram os idealistas a exaltar o raciocínio por sobre a
evidência sensorial, a separar teoria da pratica.
O vemos, por exemplo, na afirmação de que a filosofia não possui ou não deve possuir vínculo
algum com a politica e que não é de incumbência ou de utilidade para as massas trabalhadoras.181
182
Materialistas características
Os velhos filósofos físicos haviam buscado a permanência das coisas na matéria ou num dos
elementos materiais. Heráclito havia assinalado que todas as coisas estavam em movimento e
submetidas a mudanças constantes por forças opostas que atuam dentro delas. Os sofistas haviam
posto o acento na flutuação e no convencionalismo dos costumes sociais, instituições politicas e os
códigos morais.
Origens do idealismo contra o materialismo e a sofística
Platão desenvolveu sua teoria das ideias eternas em franca oposição a todas essas tendências,
oferecendo as como solução aos problemas que estas tinham apresentado.
As formas não estão sujeitas a nenhuma contradição interna. São eternamente idênticas a si
mesmas, imóveis, uniformes, são gerais e incorruptíveis. São totalmente independente do fluir das
coisas e intrinsicamente fixas e estáveis.
182 183
Teoria do conhecimento materialista
Como materialistas sabemos que não há ouro verdadeiro fora da substancia metálica que é a
realidade material. Na realidade, além da existência física desse metal e de sua elaboração como
moedas, existe em nossa mente um conceito geral de ouro. Porém essa ideia do ouro, ou a definição
cientifica formal do áureo, não e mais do que uma abstração do ouro verdadeiro. Não é uma forma
eterna mais real que todas as expressões de existência objetiva do dito metal que deram lugar a essa
generalização conceitual.
A percepção sensorial nos mostra as coisas em suas contradições, unidade e multiplicidade,
húmido e seco, frio e quente. 183 184
Principais falhas do idealismo
Uma das falhas dos idealistas é que eles interpretaram suas pautas absolutas de acordo com a
perspectiva da aristocracia ateniense, seu conteúdo concreto derivava dos interesses fundamentais
dessa classe dominante. 184 185 Outra falha do idealismo é seu incurável dualismo que o percorre
de ponta a ponta. Seus termos opostos jamais entram em contato na realidade. Existe um abismo
insondável entre os fenômenos imperecíveis e as Formas intemporais; entre corpo e alma, entre
teoria e prática; entre Deus e o homem; entre amo e escravo.
Dualismo
Estas devem permanecer rigorosamente a parte porque pertencem a reinos totalmente
separados. Mesclá-los ou confundi-los é fruto da ignorância, fonte de desordem e causa de anarquia.
Dois mundos essencialmente distintos se enfrentam sem ponte que os una. Esse dualismo impossível
de se erradicar é característico da concepção de mundo das classes dominantes que para proteger e
perpetuar sua posição privilegiada erigem barreiras intransponíveis ao seu redor.
Essa cisão em opostos nos mais elevados níveis da teoria refletia a divisão intransponível dentro
da sociedade escravista. 185 186
Teoria materialista do conhecimento
O idealismo distorce as verdadeiras relações entre a realidade material e o reflexo que temos
das mesmas na mente. O mundo objetivo que existe fora de nós e a realidade primária e as ideias
são reflexos multiformes derivados de diversos aspectos das mesmas em nossa mente.
Problemas centrais do materialismo jônico
Os materialistas se perguntavam. De onde vêm as coisas e do que são feitas?
186 187
Características do idealismo
Para todos os idealistas, desde Sócrates ate Aristóteles, o pensamento, a razão, a ideia geral, a
Forma, eram o fator predominante e primário na gênesis e explicação da natureza do real. As
próprias formações materiais não eram senão receptáculo para as ideais reveladas pela razão e
deviam em ultima instância seus traços, funções e poderes ao Raciocinador ou Razão suprema, que
era divino. Tal é a essência do idealismo.
Contribuições dos idealistas
Os titãs do idealismo da antiguidade e dos começos da burguesia aportaram muitos elementos
valiosos ao avanço do conhecimento, que tem sido incorporados ao tesouro permanente do
pensamento filosófico.
AS CONTRIBUIÇÕES DO IDEALISMO GREGO À FILOSOFIA

Explicação do racionalismo
Os grandes filósofos idealistas eram racionalistas, tanto em seus métodos com em sua prática.
Existe uma diferença entre o idealismo e o racionalismo. O racionalismo exige que tudo possua 187
188 uma causa suficiente e que cada conceito se submeta a uma prova de uma crítica razoável.
Neste sentido o racionalismo transcende ao idealismo e se incorpora também ao método de
qualquer filosofia materialista madura. Os idealistas clássicos exigiam que tudo se justificasse à luz do
raciocínio metódico. Não dependiam da tradição, revelação, intuição, mística nem de função
irracional alguma para o descobrimento e demonstração de todo o real. O espírito de seu
racionalismo se expressa no aforismo de Sócrates: uma vida não analisada não merece ser vivida.
Os idealistas racionalizaram a religião e justificaram ideologicamente os interesses da oligarquia
escravista. Mas fizeram muito mais que isso.
Legado dos idealistas
Criaram as bases teóricas de diversos ramos do conhecimento: economia, política, matemática,
moral, estética, lógica, economia, biologia, etc.
Origens do idealismo e características extravagantes
A origem histórica do idealismo foi a sociedade de classes, .... e a minoria favorecida dedicada
ao estudo cientifico e teórico pode ser presa fácil da ilusão de que a ideias são independentes das
coisas. O idealismo eleva essa suposta primazia da teoria sobre a prática e da razão pura sobre a
experiência sensorial a categoria de principio reitor do universo. Porem o idealismo não é
simplesmente o resultado da divisão do trabalho numa sociedade produtora de mercadorias. É a
superação mesmo do processo de conhecimento ou, melhor dito, seu abuso inconsciente.
Teoria materialista do conhecimento
O instrumento do conhecimento é o conceito. Os conceitos são generalizações feitas com base
nas experiências das coisas e se chega a eles por um processo de abstração. Possuem um caráter
dual. Enquanto os conceitos refletem ou formulam traços de seu 188 189 objeto, o fazem de maneira
parcial. Os conceitos mais corretos e acabados não podem evitar de distorcer em certa medida a
realidade posto que expressam o conteúdo e os vínculos das coisas só de forma relativa e
aproximada, não absoluta e total.
Origem do dualismo idealista
O idealismo desvincula os produtos da abstração das verdadeiras coisas que representam.
Princípio materialista
A razão é produto da natureza e da sociedade.
Características do idealismo
Os gregos tomaram um aspecto da experiência humana, a ideológica, e a levaram longe demais.
Exageraram em demasia o poder do pensamento no desenvolvimento do universo, da história, da
sociedade e da vida da humanidade.
Características especiais do idealismo
Porem esse concentrar se na mente induziu os grandes idealistas a prestar atenção especial aos
processos mentais e a estudar seus traços particulares muito de perto. São os responsáveis por
muitos descobrimentos científicos brilhantes relativos as formas e leis de pensamento. 189 190
Esse foi um dos serviços históricos que preto o idealismo. Ao impulsionar o pensamento muito
além dos seus limites materiais possíveis os idealistas ajudaram a descobrir o poder e definir o
campo e propriedades essenciais da inteligência.
Os idealistas se aferraram a muitas noções exageradas sobre os processos mentais. Os gregos
não foram os primeiros a raciocinar, mas foram os primeiros a raciocinar sobre o raciocínio, em tratar
de descobrir as leis que regem os processos mentais, em formular e sistematizar as formas de
pensamento. Foram os inventores da lógica, a ciência dos processos mentais.
Herança dos idealistas
Sócrates inventou a definição e a indução. Platão foi quem pela primeira vez tentou definir as
categorias do pensamento, tal como ser, a quantidade, a qualidade e a relação. Quis descobrir o que
é o juízo, o que é a validade e a relação entre o geral e o particular.
Princípio dialética: Características de dialética platônica
Embora a utilizasse para apontar suas conclusões de que as ideias são eternas e superiores a
realidade material a teoria platônica das ideias apuntaba a aplicar um método crítico à realidade
para fazê-la inteligível a inteligência. Por exemplo, em Parmênides, Platão toma pares de ideias
correlativas tal como o uno e o múltiplo, ser e não ser, identidade e diferença, movimento e repouso,
geração e degeneração, para tratar de desentranhar suas conclusões lógicas, quando se as analisa
dialeticamente. Primeiro examina cada elemento do par a respeito de si mesmo, logo em relação a
seu oposto, e logo o oposto em si mesmo. Daí deriva duas posições e oito consequências para cada
ideia.
Este método dialético, corrigido e muito ampliado, transformou-se em ponto de partida e base
da lógica dialética de Hegel. Esta, por sua vez, com uma base materialista e com interpretação e
aplicação históricas, se com verteu em parte indispensável do materialismo dialético. Assim os
resultado válidos das investigações lógicas dos idealistas são parte do legado recolhido pelo
materialismo moderno.

Fala sobre o método dialético de Platão Hegel e marx. 191 192


I
dealistas estetica e pedagogia
192 q93

187 Pensadores idealistas: Agostinho, Plotino, Leibnez, Berkley, Hegel,

A FILOSOFIA DE EPICURO

A linha da filosofia materialista, iniciada pelos jônicos e desenvolvida no atomismo de Leucipo e


Demócrito, foi aperfeiçoada por Epicuro e sua escola, séc. IV.
Características do materialismo epicurista
Os epicúreos, como tantos materialistas, não criam na vida antes do nascimento nem depois da
morte. 195 196 nem na imortalidade da alma nem na onipotência de um deus benévolo e justo. Não
era, no entanto, ateus. Diziam que os deuses existem, porém nos espaços entre os mundos, e não se
preocupavam dos assuntos humanos. Porém não crer na influência da divindade em nosso mundo
bastou para taxá-lo de ateus.
Origem do materialismo epicurista
Epicuro baseou sua filosofia no atomismo de Leucipo e Demócrito. Porém chegou ao
materialismo atomista depois que este havia sido submetido às criticas dos idealistas clássicos e se
viu a revisar as posições atomistas à luz das ditas críticas e em concomitância com as mudanças que
se sucederam na vida grega durante sua carreira.
Revisão do atomismo
Sua reconstrução do atomismo parte de aceitar suas posições essenciais, que e codificada em
doze princípios elementares.
1 a matéria é incriada
2 a metéria é indestrutível
3 o universo consiste em corpos sólidos e vazio
4 os corpos sólidos são simples ou compostos
5 o numero de átomos é infinito
6 a extensão do vazio e infinita
7 os átomos estão sempre em movimento
8 a velocidade do movimento atômico e uniforme
9 o movimento e linear no espaço
10 os átomos são capazes de desviar se lentamente em qualquer ponto do tempo ou do espaço
11 três qualidades caracterizam os átomos, peso, forma e tamanho
12 a quantidade de formas distinta não é infinita, senão simplesmente inumerável
Diferenças entre Epicuro e Demócrito
A diferença de Epicuro e Demócrito, é que Demócrito não deixou espaço para o azar na
cosmologia, nem para o acidente na sociologia, nem para a escolha moral. 196 197 o que era um
teoria rigidamente determinista.
197 198

Características do materialismo epicurista


Os epicureos trataram de liberar os homens da dominação dos deuses e o temor aos mesmos e
lutavam para eliminar a interferência arbitrária das forças sobrenaturais na natureza e sociedade.
Buscam erradicar as superstições das mentes dos homens e debilitar a religião como instrumento
para submetimento das massas ao domínio aristocrático. Isto ganhou o ódio dos camadas idealistas
das oligarquias e dos defensores tradicionais das associações religiosas.
Como exponente do materialismo, Epicuro era inimigo declarado do idealismo 198 199
Não há teleologia em Epicuro, como em Platão.
Em vez de controlar a cidade, seu foco era o controle da vida interior, devia virar as costas tanto
para a democracia quanto para a oligarquia.
199 200 seu objetivo era a busca do prazer, definido como a ausência de dor.
Para os epicuristas a alma não é divina nem imortal. 200 201. Ela é de natureza corpórea
constituída de átomos lisos. As capacidades ativas do corpo se limitam as sensações, enquanto a
alma possui memória, experiência e razão e a alma participa das sensações através do corpo. Dizia
que não existia ideais universais de justiça, eram históricas.
201 202
202 203
O poema de Lucrécio sobre a natureza das coisas marca o cume do pensamento materialista na
sua primeira fase de evolução.

O MATERIALISMO NA CIVILIZACAO ROMANA

Origem do materialismo romano


Ele chega através de Epicuro e eles o tomam e aplicam as suas causas.
206 207
Epicuro influenciou Lucrécio
O poema atacava quase todas as posições importantes dos estoicos
Para Voltaire a superstição religiosa e o inimigo púbico numero 1.
Fala sobre o repúdio desde tales aos deuses.
207
Dá exemplos de como os romanos usavam a religião para enganar o povo
206 207
207 208
Como materialista e racionalista consciente que opõem a ciência à religião.
208 209
Visão materialista da natureza
O materialista vê a natureza não um mecanismo morto, senão a fonte eterna e inacabável de
toda a criação.
Influência do materialismo na modernidade
Essa concepção da natureza como fonte de criatividade, elemento essencial em uma concepção
materialista acabada, reaparecerá no renascimento do materialismo, o séc. XVI com Giordano bruno.
Características do materialismo
Lucrécio sabia que o verdadeiro conhecimento dos fenômenos naturais ajuda a combater a
superstição como os horrores que as crianças temem no escuro.
209 210
Características e limites do atomismo
Se pode dizer que a teoria atômica dos antigos materialistas não foi mais do que uma conjectura
afortunada, desprovida de uma base científica em suas atividades ou pensamento, porém que
resultou ser uma antecipação da realidade. É certo que a especulação desempenhou um papel tão
importante como a observação na formação da teoria atômica e que frequentemente a especulação
tomou rumos completamente equivocados. Porém o que deve ser explicado não são os desacertos
inevitáveis dos atomistas, senão seus acertos.

Características e limites do materialismo de Lucrécio


O estudo do poema de Lucrécio demonstra claramente que as posições dos atomistas derivam
do exame minucioso e crítico dos processos naturais. Das manifestações externas da natureza que
caiu sob sua observação, deduziram as funções internas dos elementos atômicos.
Este método e suas conclusões, embora se achem em um nível muito mais rudimentar do
avanço cientifico e social, não diferem 210 111 fundamentalmente dos procedimentos que utiliza a
ciência moderna para descobrir e explicar um fenômeno. É certo que Lucrécio não efetuou
experimentos de laboratório, com controle dos resultados e verificação dos mesmos através da
mudança de fatores; estes métodos mais precisos apareceram numa etapa muito posterior da
investigação cientifica. Porém dentro dos limites das técnicas científicas da época deu interpretações
de fenômenos naturais razoáveis e verificáveis.
Lucrécio expôs muitas ideais frutíferas que apontaram os rumos da ciência moderna: a matéria
composta de pequenas partículas invisíveis 211 212, em átomos que se deslocam em movimentos
infinitamente breves e velozes, de vastas extensões de tempo e espaço, de leis que regem todo o
cosmo, das infinitas diversidades das coisas.
Lucrécio diz que a religião surgiu para atormentar os homens com o terror para que os homens
creiam erroneamente que os deuses que eles criam dominam e dirigem o universo.
A teoria dos gregos e romanos sobre o desenvolvimento da sociedade alcança seu ponto
culminante em Lucrécio, Sintetizando os métodos e ensinamentos dos materialistas em torno desse
problema.
213 214
Suas ideais foram a luz brilhante do materialismo antigo, cuja estrela está por se por e inspirara
o renascimento do materialismo no séc. XVI.
214 215
Com Lucrécio, o materialismo antigo culmina numa magnifica afirmação de si mesmo, em uma
reinvindicação de sua força e validez frente à religião, o idealismo estoico e o ceticismo.
Luciano fez poemas satíricos sobre a religião. 215
216
Luciano ataca as superstições religiosas, 217 satiriza os deuses e os falsos profetas.
Foi o último representante do resto do materialismo romano.

PENSADORES
Estóicos eram idealistas 207
O ECLIPSE DO MATERIALISMO

Recapitulação do conteúdo do livro/ rezanha


Terminamos assim de passar revista a história do materialismo no mundo grego-romano, desde
o séc. VI a.C até o séc. II d.C.
Foi esta a primeira etapa da história do materialismo, sua primavera, sua juventude.
Vimos como a Filosofia se originou nos centros comerciais da jônia no séc. VI a.C. como ruptura
materialista com as tradições religiosas. Como esse materialismo primitivo alcançou seu cume
teórico nas intuições dialéticas de Heráclito; se enredou nas contradições insolúveis dos pitagóricos e
eleatas; recuperou terreno e se renovou num nível superior no atomismo de Leucipo e Demócrito;
com os sofistas e Sócrates a filosofia se dividiu em duas perspectivas cada vez mais divergentes e
conflitivas e dali em diante seguiu pelos caminhos opostos do materialismo e do idealismo; que se
cruzaram e atuaram um sobre o outro. Como o materialismo sobreviveu à crítica dos idealistas
clássicos e se reconstitui nas doutrinas de Epicuro, que encontraram sua expressão mais bela e
acabada na épica de Lucrécio e, finalmente, tanto a filosofia como a tendência materialista se
dissolveram no ceticismo burlesco de Luciano, que previu seu eclipse na antiguidade.
Conquistas do pensamento materialista na sua primeira fase de desenvolvimento
O que obteve o pensamento materialista nessa sua primeira fase de desenvolvimento?
1-Na física, o conhecimento da natureza, os materialistas antigos explicaram o universo como
realidade de existência independente e em constante processo de mudança. 221 222 Que funciona
de acordo com suas próprias leis e com uma estrutura atômica da matéria.
Teoria materialista do conhecimento
2-Na lógica, na teoria do conhecimento, consideraram as sensações como fator primário para se
conhecer o mundo exterior. "Os sentidos são arautos da verdade" (Epicuro). O racíocino que conduz
ao conhecimento cientifico depende dos materiais acessíveis em primeiro termo pela experiência
sensorial.
3-Na sociologia, a ciência que estuda a sociedade, consideraram a história como obra do homem
que imita a natureza, utilizando seus meios e seus arbítrios para satisfazer suas necessidades
materiais e desenvolver a civilização, melhorando suas próprias capacidades.
4-Na ética, na teoria moral, expuseram um concepção relativista e laica da conduta moral e de
suas pautas cambiantes. Criaram as bases de um humanismo racional como guia para a boa vida
sobre a terra.
Limites do materialismo antigo
Todas essas teorias possuíam incoerências profundas e grandes lacunas devido ao estado
imaturo da sociedade e da ciência. As ideais dos materialistas primitivos eram simplistas, não
elaboradas e torpes, como são todos os esforços iniciais. Porém foram sumamente criativas e
essencialmente corretas. Sentaram as bases sobre as quais foram construídas todo o pensamento
materialista posterior.
Características sociais do materialismo
O avanço da filosofia e de sua expressão materialista estava ligado ao desenvolvimento e
desintegração da civilização greco-romana e suas classes.
Materialismo e idealismo misturado nos filósofos
Em todos os filósofos antigos havia elementos do idealismo e de materialismo.
Origem social do idealismo
Porém a tendência idealista, como reconstrução racionalizada da religião e instrumento
ideológico da dominação patrícia correspondem a perspectiva mundial, necessidades politicas e
características sócio-psicológicas das aristocracias urbanas, escravistas e ricos proprietários
terratenentes da Grécia e Roma. No entanto, o pensamento geral dessas classes dominante esteve
influenciada, positiva ou negativamente, pela cultura urbana e pelos interesses, ideias e movimentos
dos manufatureiros, mercadores, prestamistas, navegantes e artesão. Estas forças sociais opostas se
interpenetravam. Isso se refletia não só em algumas doutrinas positivas dos idealistas, mas também
no fato que tiveram que adotar a forma racional e 222 223 os métodos lógicos da filosofia para
expressar suas necessidades de classe, em lugar das mitologias dos cultos locais, que serviam
adequadamente a velhas monarquias.
Origem social do materialismo
A tendência materialista, diferentemente, era a concepção característica de forças
historicamente novas e socialmente dinâmicas nas cidades-estado gregas originadas e mantidas por
seu interesse amplo no comércio, na indústria, nos bancos e no governo: comerciantes, fabricantes,
navegantes, juntos com consideráveis números de artesãos, mineiros e trabalhadores marítimos. Por
sua vez, seu pensamento se via submetido às pressões e influências exercidas desde cima pelos
aristocratas e desde baixo pelos campesinos, soldados, plebeus, estrangeiros, libertos e ainda
escravos descontentes nas cidades estados.
Nem o materialismo nem o idealismo eram das classes plebeias e escravos
Origem da filosofia
Nenhuma dessas tendências filosóficas eram concepções do mundo características das classes
plebeias nem dos escravos produtores da riqueza. Em toda a antiguidade a filosofia foi privilégio e
produto das classes superiores cultas que possuíam o ócio, a oportunidade e o incentivo para
teorizar a cerca dos problemas sobre a natureza, da sociedade e da mente humana. Durante toda a
sociedade de classes e, sobretudo, nessa etapa da mesma, a teoria não tem sido uma atividade do
conjunto do povo, mas de um pequeno setor do mesmo. As massas produtoras careciam das
condições mais elementares para a vida intectual: ou deviam se alimentar intelectualmente das
velhas religiões ou dos novos cultos e mistérios.
No entanto, as classes populares não ocupavam o mesmo nível em sua localização social nem
em sua situação de vida, trabalho ou civil e portanto não eram iguais em sua atividade, ideais nem
perspectivas gerais. Se as massas das classes inferiores se alimentavam da magia, da religião e do
senso comum, os mais esclarecidos das cidades e barcos?, na medida em que tinham uma ampla
visão do mundo, tendiam aos pensadores empíricos, materialistas e naturalistas e os escoravam
poderosamente. Eles e seus dirigentes políticos buscaram seus vocalizadores ideológicos entre os
representantes radicalizados das classes superiores 223 224 que possuíam os meios e os arbítrios
para o trabalho especulativo e científico. Os plebeus democráticos não desenvolveram uma ideologia
e um ponto de vista de classe próprios em termos filosóficos; compartilharam suas ideais mais
esclarecidas com estratos mais favorecidos, desde o naturalistas jônicos, passando pelos atomistas,
até Luciano.
Esta situação anômala, que uma classe cumpre as funções ideológicas da outra surge da
natureza própria do estado escravista que prente os plebeus entre uma classe servil e uma
aristocracia plutocrática. Em tais situações os plebeus não podiam achar uma forma de criar uma
ideologia secular própria, como não podiam fazê-los os escravos. Ao mesmo tempo, nem as classes
mercantis nem as classes terratenentes podiam fazer avançar a filosofia, seja pelo caminho do
idealismo seja pelos do materialismo. A filosofia se ia a pique no meio dessas contradições sociais.
A sociedade escravista colapsou e levou a filosofia e a ciência juntas. Depois de Lucrécio a
continuidade foi quebrada. Galeno e Ptolomeu também na ciência do séc. II.
225 226
Colapso do idealismo na idade média
Na Idade Média, o dogma cristão da caída do homem e sua redenção pela graça de deus e de
seu filho unigênito suplantou a doutrina materialista grega do surgimento do homem por meio da
natureza e de seu próprio esforço coletivo, exposta por Lucrécio de maneira mais acabada.
Volta do materialismo na modernidade
Eram necessárias condições históricas radicalmente distintas e uma tecnologia e um arco social
muito mais avançado para que o materialismo pudesse voltar ao Ocidente de seu exílio e por se
novamente de pé. Isso demoraria mais de mil e trezentos anos.
Mas depois na modernidade o materialismo veio fazer aportes no pensamento científico, no
avanço da vida social e no esclarecimento da modernidade.

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