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Licenciatura em Engenharia Termotécnica

Electrónica Analógica

3° Ano

Tirístor de controle de fase SCR

Discentes: Docente:

TUNE, Celso Cândido Engo. MUTEMBA, Igídio

MUSSA, Jaime Bento

Nhantumbo, Mahomed Sheldon

Songo, Abril de 2019


Tirístor de controle de fase SCR

Trabalho de investigação apresentado


à Cadeira de Electrónica Analógica,
leccionada no Curso de Licenciatura
em Engenharia Termotécnica, no
Instituto Superior Politécnico do
Songo, 3ºAno, como requisito parcial
de avaliação.

Discentes: Docente:

TUNE, Celso Cândido Engo. MUTEMBA, Igídio

MUSSA, Jaime Bento

Nhantumbo, Mahomed Sheldon

Songo, Abril de 2019


Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4

2. Objectivo Geral................................................................................................................... 4

2.1. Objectivos Específicos .................................................................................................... 4

3. O rectificador controlado de silício SCR ............................................................................ 5

3.1. Curva característica ......................................................................................................... 5

3.2. Principais parâmetros: ..................................................................................................... 5

3.3. Disparo ............................................................................................................................ 6

3.3.1. Tipos de disparo .......................................................................................................... 6

3.3.1.1. Disparo por sobretensão .......................................................................................... 6

3.3.1.2. Disparo por variação de tensão ................................................................................ 7

3.4. Métodos de comutação ou de bloqueio ........................................................................... 8

3.4.1. Comutação natural....................................................................................................... 8

3.4.2. Comutação forçada ...................................................................................................... 9

4. SCR CONTROLANDO AC ............................................................................................. 10

5. Aplicações ..................................................................................................................... 12

6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 13

7. Bibliografia ....................................................................................................................... 14
1. INTRODUÇÃO

Tirístores são dispositivos semicondutores que operam como chaves, normalmente em dois
estados: corte e condução. Eles são utilizados para controlar grandes quantidades de
potência em sistemas CA e CC. Mas no presente trabalho falar-se-a dos Tirístores de controle
de fase SCR no qual são uns dos dispositivos de potência mais utilizados que funcionam
como um diodo com uma porta adicional para controle do início de condução, onde opera em
baixas frequências.

2. Objectivo Geral

 Estudar os Tirístor de controle de fase SCR

2.1. Objectivos Específicos

 Definir os Tirístor SCR


 Identificar os tipos de disparo;
 Falar do SCR controlado AC e as devidas aplicações.

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3. O rectificador controlado de silício SCR

O SCR é um dispositivo semicondutor de quatro camadas, de estrutura PNPN, com três


junções PN contendo três terminais: ânodo, cátodo e gatilho.

Figura 1. Símbolo

3.1. Curva característica

Figura 2. Curva característica

3.2. Principais parâmetros:

: Tensão de disparo direto


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: Máxima corrente RMS de condução.


: Máxima corrente de surto.


: Máxima corrente de porta.


: Máxima tensão na porta.


: Corrente de ânodo de sustentação.


: Corrente mínima de ânodo para início de condução.

: Queda mínima de tensão na condução.


: Resistência interna na condução.

3.3. Disparo

O SCR, tal como um díodo, só conduz corrente no sentido do ânodo para o cátodo, mas
apenas quando lhe aplicamos um sinal de tensão no terminal chamado gatilho, este método de
disparo é o mais utilizado para se disparar o SCR. Mas existem outras formas de disparo,
normalmente indesejado e em alguns casos podem destruir o componente.

3.3.1. Tipos de disparo

3.3.1.1. Disparo por sobretensão

Quando o SCR está polarizado directamente e aumenta-se a tensão , e estão


polarizados directamente, mas está reversamente polarizado. Com o aumento de , os
portadores são acelerados na junção , podendo atingir uma energia tão grande que
provocarão o fenómeno avalanche. Esse fenómeno faz com que muitos electrões choquem-se
e saiam das orbitas dos átomos da rede. Estando disponíveis para a condução, esses electrões
permitem que a corrente de ânodo cresça. Aumentando a corrente de ânodo, estabelece-se a
realimentação entre os terminais, mantendo o SCR disparado. Este tipo de disparo é chamado
de Tensão de Breakover ( ).

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3.3.1.2. Disparo por variação de tensão

Para que um capacitor armazene carga eléctrica é necessário haver uma variação de
tensão(∆v) no capacitor em um intervalo de tempo (∆t), é necessário que circule ainda uma
corrente I pelo capacitor, quando estas variações são muito pequenas a expressão que
relaciona estas grandezas é apresentada abaixo.

Em um SCR polarizado directamente, está reversamente polarizado. Nesta junção, existe


carga armazenada: iões positivos de um lado e íões negativos do outro. Isto é como um
capacitor carregado. Assim não havendo pulso no gatilho, fechando-se S1 a capacitância de
J2 fará com que circule uma corrente de gatilho

Como esta variação é muito grande, a corrente resultante será muito grande. Essa corrente
poderá ser suficiente para estabelecer o processo de realimentação, fazendo com que o
componente entre em condução.

Figura 3. Acionamento de gatilho por capacitância de J2.

Esse disparo, normalmente indesejado, pode ser evitado pela acção de um circuito de
protecção chamado snubber, esse circuito é formado por um resistor em série com um
capacitor, colocados em paralelo com o SCR.

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Figura 4. Snubber

3.4. Métodos de comutação ou de bloqueio

Os métodos de comutação ou de bloqueio de um SCR, significa cortar a corrente que ele


conduz e impedir que ele retorne a condução. A comutação estará completa, quando a
corrente no sentido directo for anulado e a reaplicação de tensão directa, entre os terminais
cátodo e ânodo, não provocarem o retorno do estado de condução.

3.4.1. Comutação natural

Ocorre quando se reduz a corrente de ânodo a um valor abaixo de , chamada corrente de


manutenção (holding current), o SCR é bloqueado. Com S2 aberto mesmo com S1 fechado, o
SCR está bloqueado, pois não há corrente no gatilho. Fechando S2, pelo R circula uma
corrente de gatilho, que é suficiente para disparar o SCR. Abrindo então S1 a corrente na
lâmpada anula-se e o SCR bloqueia. Como ilustra a figura abaixo.

Outro modo de obter a comutação natural seria trocar a fonte de tensão continua por uma
tensão alternada porem o SCR conduziria somente no semi-ciclo positivo, não havendo fluxo
de corrente no semi-ciclo negativo.

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Figura 5. Comutação natural

3.4.2. Comutação forçada

Muito usual em circuitos CC, a técnica consiste em desviar a corrente por um caminho de
menor impedância, a corrente que passa pelo SCR irá cair abaixo de , provocando o
bloqueio. Como podemos ver no circuito abaixo.

Figura 6. Comutação forçada

Com todas as chaves abertas, o SCR está bloqueado e a lâmpada está apagada. Fechando-se a
Ch1, o circuito da lâmpada e do SCR estará energizado. Como não há corrente no gatilho, o
SCR continuará bloqueado a lâmpada apagada.

Quando Ch2 fechar, circulara pelo resistor uma corrente suficiente para alimentar o gatilho
do SCR, que disparará e acenderá a lâmpada. Com a lâmpada acesa, Ch2 pode ser novamente
aberta, sem que o SCR bloqueie e a lâmpada se apague.

Agora fechando Ch3, naturalmente a lâmpada não se apagará, pois a chave curto-circuitará o
SCR ficando a lâmpada alimentada directamente pela tensão da fonte. Como o SCR real não

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é um curto-circuito, toda a corrente da lâmpada ira passar por Ch3 e a corrente do SCR cairá
à zero, o SCR então irá bloquear.

Com o SCR bloqueado, abrindo-se a chave S3, a lâmpada apagara. Assim, só será outra vez
acesa se S2, for novamente fechada, provocando a corrente de gatilho no SCR.

4. SCR CONTROLANDO AC

Figura 7. Controle de fase.

Se mantivermos o SCR disparado (basta para isso comutar Sw1), somente os semi-ciclos
positivos são conduzidos e aparecerão na carga.

No entanto, podemos aplicar um pulso de tensão no gate de tal forma a fazê-lo conduzir
apenas por alguns instantes.

Figura 8. Disparo por pulso de tensão no gate.

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Observa-se que em virtude dos pulsos de disparo, o SCR começou a conduzir depois de
iniciado o semi-ciclo positivo da tensão da rede. Durante o semi-ciclo negativo o SCR não
conduz.

Com isto a tensão na carga reduz a pouco mais da metade do semi-ciclo positivo. Pode-se
com isto reduzir a potência desenvolvida na carga.

O SCR pode ser usado também para operar com um dispositivo de controle, que permite
controlar a potência desenvolvida na carga.

Figura 9. Disparo por pulso de tensão no gate por um capacitor.

A tensão de disparo do SCR é alcançada em função do tempo de carga do capacitor C através


do resistor R.

Se a tensão for alcançada logo no início do semi-ciclo, o SCR dispara e conduz praticamente
todo o semi-ciclo para a carga, que então recebe a potência máxima.

Se o valor de R for grande, a constante de tempo aumentará e a tensão de disparo só é


alcançada no final do semi-ciclo, que corresponde a uma potência menor ou mínima.

Por outro lado, se mantivermos o SCR com seu gate continuamente polarizado por meio de
uma fonte externa, o SCR irá disparar logo, por volta de 2V entre o ânodo e cátodo, fazendo
com que na carga apareça apenas os semi-ciclos positivos.

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A figura a seguir mostra a condição de disparo no final do semi-ciclo, onde a potência
desenvolvida na carga é mínima.

Figura 10. Potência desenvolvida na carga é mínima.

A figura a seguir mostra a condição de disparo no início do semi-ciclo, onde a potência


desenvolvida na carga é máxima.

Figura 11. Potência desenvolvida na carga é máxima.

5. Aplicações
 Fontes de tensão reguladas.
 Controle de motores.

 Conversores de frequência.

 Controle de iluminação e de aquecedores.
 Conversão de alta potência em sistemas CC e CA.

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6. CONCLUSÃO

O rectificador controlado de silício (SCR) é um tipo de tristor, que constitui um dos mais
importantes componentes nas aplicações que envolvem o controle de cargas de potencia de altos
valores a partir da rede de energia. Este dispositivo funciona como um interruptor que é
electricamente accionado.

Nos Tirístores de controle de fase SCR constatou-se que modificando-se o ângulo de disparo
do semi-ciclo (início, meio ou fim), controla-se a potência desenvolvida na carga.

O SCR actua como uma espécie de relê electrónico, ligando e desligando uma carga a partir
de pequenas correntes; é o caso específico do circuito controlador AC visto anteriormente,
onde, mantendo a polarização de gate fixa e aplicando-se AC à entrada, na carga estarão
presentes somente os semi-ciclos positivos.

Lembrar que, com polarização de gate externa, o SCR começará a conduzir quando entre
ânodo e cátodo tivermos uma tensão de aproximadamente 2 volts.

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7. Bibliografia

CATHEY, J. J. (1994). Dispositivos e circuitos electrónicos (Vol. (coleção Schaum)). São


Paulo: Makron Books.

COELHO, R. M. (2015). Modelagem de Tranzistores de Filmes Finos Organico com Modelo


de Fonte Virtual.

RODRIGUES, Isac Zilli. Electronica Industrial

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