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Profa.

Elizabeth Sara Lewis

Citações, Referências e Plágio


Plágio acontece por uma variedade de razões. Às vezes é feita de
maneira involuntária, por não ter aprendido ainda como citar
corretamente. Outras vezes é realizada de maneira proposital, por
falta de confiança e medo de errar, por simples preguiça etc. Aqui
vamos discutir como fazer citações e referências, para evitar tais
problemas.

Começamos com uma lista dos tipos mais frequentes de plágio,


problemas de citação e escrita não aceitável. Nas próximas páginas,
há exemplos concretos de cada tipo e uma explicação de como citar
corretamente.

1. Usar algumas palavras ou frases de outro autor sem aspas


e sem referência é plágio, mesmo se são poucas palavras e
mesmo se você modificar um pouco a frase (e.g. trocando
algumas palavras por sinônimos, mudando a ordem da frase etc.).
Isso inclui textos em páginas web.

2. Mesmo se você parafrasear uma frase em vez de copiá-la


palavra por palavra, é necessário incluir uma referência.

3. Uma resposta que é quase inteiramente composta das


palavras de outra pessoa, mesmo quando contém as
citações e referências apropriadas, não conta como uma
resposta sua (e.g. respostas que são bricolagens de frases de
um autor ou de autores diferentes). Citações diretas e paráfrase
devem ser usadas para apoiar suas ideias, não para compor a
resposta inteira.

Em todos os casos acima, incluir uma lista de referências


(bibliografia) ao final do seu trabalho não é suficiente. É necessário
incluir referências entre parênteses indicando a fonte das citações,
paráfrases e outras informações. Copiar frases da internet também é
plágio.
Profa. Elizabeth Sara Lewis

Textos originais usados nos exemplos:

Texto A (de L. L. Marcotulio, publicado em 2008, excerto de p. 64):

Texto B (de A. E. de Aguiar, publicado em 2007, excerto de p. 31)


Profa. Elizabeth Sara Lewis

1. Usar algumas palavras ou frases de outro autor sem aspas


e sem referência é plágio, mesmo se são poucas palavras e
mesmo se você modificar um pouco a frase (e.g. trocando
algumas palavras por sinônimos, mudando a ordem da frase
etc.). Isso inclui textos em páginas web. Por exemplo:

plágio (palavra por palavra, sem referência): Na teoria de polidez de


Brown e Levinson, a face positiva consiste na própria imagem e
personalidade, desejada pelos interactantes, e está relacionada ao
desejo de aprovação perante a sociedade.

citação correta: Na teoria de polidez de Brown e Levinson, “a face


positiva consiste na própria imagem e personalidade, desejada pelos
interactantes” e está relacionada ao desejo de “aprovação perante a
sociedade” (MARCOTULIO, 2008, p. 64).

2. Mesmo se você parafrasear uma frase em vez de copiá-la


palavra por palavra, é necessário incluir uma referência.

plágio (paráfrase sem referência): Na teoria de polidez de Brown e


Levinson, a face positiva de uma pessoa é sua própria imagem e
personalidade e está relacionada ao desejo de ser aprovado pela
sociedade.

citação correta: Na teoria de polidez de Brown e Levinson, a face


positiva de uma pessoa é sua própria imagem e personalidade e está
relacionada ao desejo de ser aprovado pela sociedade (MARCOTULIO,
2008). [sem aspas, já que é paráfrase, mas com uma referência
indicando a fonte da frase parafraseada]

3. Uma resposta ou ensaio que é quase inteiramente


composto das palavras de outra pessoa, mesmo quando
contém as citações e referências apropriadas, não conta como
uma resposta sua (e.g. respostas que são bricolagens de frases de
um autor ou de autores diferentes). Citações diretas e paráfrase
devem ser usadas para apoiar suas ideias, não para compor a
resposta inteira.
Profa. Elizabeth Sara Lewis

plágio (palavra por palavra, sem referências): A face positiva consiste


na própria imagem e personalidade, desejada pelos interactantes;
corresponde à fachada social, à nossa própria imagem valorizante
que tentamos apresentar aos outros e que necessita de aprovação e
reconhecimento. A face negativa, por outro lado, está relacionada ao
território, à preservação pessoal e ao direito de não sofrer incômodo.
Refere-se ao desejo de não imposição, ou à reserva de território
pessoal (nosso corpo, nossa intimidade), o que inclui nossos pontos
fortes ou fracos. Em outras palavras, para a face negativa estão em
jogo, assim, a liberdade de ação e a liberdade de não sofrer
imposição, enquanto a face positiva é a maneira pela qual um
indivíduo quer ser visto e aceito socialmente.

resposta sem plágio, mas ainda não aceitável (bricolagem de


citações): "A face positiva consiste na própria imagem e
personalidade, desejada pelos interactantes" (MARCOTULIO, 2008, p.
64); "correspond[e] à fachada social, à nossa própria imagem
valorizante que tentamos apresentar aos outros e que necessita de
aprovação e reconhecimento" (AGUIAR, 2007, p. 31). A face negativa,
por outro lado, "está relacionada ao território, à preservação pessoal
e ao direito de não sofrer perturbação" (MARCOTULIO, 2008, p. 64).
Refere-se "ao desejo de não imposição, ou à reserva de território
pessoal (nosso corpo, nossa intimidade), o que inclui nossos pontos
fortes ou fracos" (AGUIAR, 2007, p. 31). Em outras palavras, para a
face negativa "[e]stão em jogo, assim, a liberdade de ação e a
liberdade de não sofrer imposição", enquanto a face positiva "é a
maneira pela qual um indivíduo quer ser visto e aceito socialmente"
(MARCOTULIO, 2008, p. 64).

resposta aceitável e sem plágio: Na teoria de polidez de Brown e


Levinson, os autores propõem dois tipos de face: a positiva e a
negativa. A primeira é a imagem que uma pessoa tem de si mesma.
De acordo com Aguiar (2007) queremos que esta imagem seja
aprovada e reconhecida por outras pessoas. A face negativa, por
outro lado, está relacionada com nosso desejo de não sermos
perturbados (MARCOTULIO, 2008). Em outras palavras, a face positiva
é como queremos ser vistos por outras pessoas e a face negativa é
nosso desejo de independência.

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