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Cinética Linear

Felipe P Carpes
felipecarpes@unipampa.edu.br

Biomecânica - Felipe Carpes – https://sites.google.com/site/biomecunipampa


Forças
associadas ao
movimento

CINÉTICA

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Objetivos da aula

Definir força e discutir as suas características


Diferenciar força de contato e força de não contato
Definir as leis de Newton
Discutir diferentes tipos de força e como elas afetam o movimento humano

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Massa

Inércia

Força peso

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Força
Qualquer interação, de impulso ou tração, entre dois
objetos, que faça com que um objeto acelere positiva ou
negativamente

É grandeza vetorial, logo


direção
sentido
magnitude

ponto de aplicação
linha de ação
ângulo de aplicação

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Leis do movimento
1ª Lei

Lei na inércia – vídeo 1

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1ª Lei

Lei na inércia

Um corpo em repouso, tende a permanecer em repouso a menos que


seja compelido a mudar seu estado pela ação de uma força externa

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Leis do movimento
2ª Lei

Lei da aceleração

Uma força aplicada a um corpo provoca uma aceleração deste


corpo, com uma magnitude proporcional a ela, na sua direção e
inversamente proporcional à massa do corpo.

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A partir da definição da 2ª lei do movimento, chegamos ao
conceito de momento linear

F = m⋅a
∆v
F = m⋅
∆t
A variação do momento é
m⋅v proporcional à força impressa, e tem
F= a direção desta força
t
M = m⋅v

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Leis do movimento
3ª Lei

Lei da ação e reação

Quando um corpo
exerce uma força sobre
outro, este segundo
corpo exerce uma força
de reação que é igual
em magnitude e em
sentido oposto à do
primeiro corpo.

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Tipos de força

As forças que atuam no corpo humano são classificadas por Winter (1990)
como:

- Forças gravitacionais: forças que atuam no corpo humano, atraindo-o


com uma magnitude de massa corporal combinada a aceleração da
gravidade, como por exemplo, a força peso;

- Forças musculares e de ligamentos: forças geradas por contrações


musculares e impostas às articulações e ligamentos;

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Tipos de força

G ⋅ m1 ⋅ m2
F= Lei da gravitação dos corpos

r2
G = 6.67.10-11N.m2/kg2

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Tipos de força

Força de reação do solo (FRS)

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Medidas de força de reação do solo
Plataforma de Forças de Cunningham e Brown, 1952

Fz, Fx, Fy Mz

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FRS = desempenho

Saltador reduz a velocidade


horizontal e cria uma
velocidade vertical dirigida
para cima

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1, taxa de aceitação de peso;
2, primeiro pico de força; I = Fmédia·Δt
3, força no médio apoio;
4, segundo pico de força;
I = (m.v)2 – (m.v)1
5, impulso

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Força ântero-posterior

Tempo
25 50 75 100 normalizado

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Flexão dorsal

Flexão plantar

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Further research work is required to assess the changes in gait pattern that the
Kangoo Jumps may produce, energy efficiency of jogging in the Kangoo Jumps,
and the efficacy of using them in the rehabilitiation setting.
http://www.kangoohealth.com/doc1700.htm
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Comportamento mecânico dos
corpos em contato

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Atrito

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Força de atrito

Princípios do atrito:

1) O atrito age paralelamente às superfícies em contato e na direção oposta à


da força que produz ou tende a produzir movimento.

2) O atrito depende da natureza dos materiais em contato e do seu grau de


polimento.

3) O atrito cinético é menor que o atrito estático.

4) O atrito cinético é praticamente independente da velocidade.

5) O atrito independe, praticamente, da área de contato.

6) O atrito é diretamente proporcional à força de uma superfície contra a


outra.

7) A força de atrito independe da área e da superfície dos objetos.

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Desempenho Lesão

Desempenho
medido

? Risco de lesão
sem contato

Tração
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O aumento na tração do solado do tênis aumentou
significativamente os momentos sobre o tornozelo e
joelho durante a mudança de direção. Mesmo que a
tração tenha diferido, o desempenho foi o mesmo.
Assim, a tração teve efeito apenas sobre o risco de
lesão.

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Impacto

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Impacto
Colisão entre dois corpos
Intervalo de tempo pequeno (30 a 50 ms) m.v
Comportamento após o impacto:
depende de:
momento linear
natureza do impacto

IMPACTO PERFEITAMENTE ELÁSTICO → a velocidade


relativa dos dois corpos após o impacto é a mesma que sua
velocidade relativa antes dele

IMPACTO PERFEITAMENTE PLÁSTICO → pelo menos um


dos corpos se deforma, não recuperando sua forma original,
e os corpos não se separam

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Impacto
Coeficiente de restituição para dois corpos em movimento

v1 − v2 (velocidade relativa após o impacto)


e=
u1 − u 2 (velocidade relativa antes do impacto)

e = 1 : impacto perfeitamente elástico


e > 1 : impacto plástico

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Impacto
Coeficiente de restituição para um corpo movimento e outro estacionário

hf hf = altura final
e=
hi hi = altura inicial

e = 1 : impacto perfeitamente elástico


e > 1 : impacto plástico

Bolas esportivas
Quadras
Pisos

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Aerodinâmica

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Resistência dos fluidos

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Força elástica

F = k ⋅ ∆s

Exemplos:

Trampolim
Componentes passivos do músculo esquelético
Tendões e ligamentos

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Pressão

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Momento de inércia

Resistência a aceleração angular

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Momento de inércia

Dependerá:
da massa
da distribuição da massa (raio de giração)

Cada partícula fornece alguma resistência à mudança no movimento


angular. Essa resistência é igual á massa da partícula vezes o quadrado
da distância da partícula ao eixo de rotação.

I = mr2
I = Σmiri2
Unidade: kg.m2
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Momento de inércia

Na cinética linear a massa era o mais importante


No momento de inércia, a distribuição da massa é mais
significativa que a própria massa

Para uma mesma massa, quanto mais afastada do eixo de


rotação ela estiver distribuída/concentrada maior será o
momento de inércia

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I = mr2

r1
r1
r2
r3

r2

r3

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Dependendo do eixo em torno do qual um objeto
gira, seu momento de inércia varia, apesar da
massa ser a mesma.
O momento de inércia sempre é relativo a um eixo
de rotação.

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O momento de inércia é
calculado para cada segmento

O somatório dos momentos de


inércia corresponde ao momento
de inércia do corpo

Para o cálculo do momento de


inércia empregamos os
conceitos de:

Força
Inércia
Centro de massa
Torque
Alavancas
...

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Momento angular

É possível manipular os momentos de inércia do corpo humano


pela alteração no momento angular

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Momento angular

“quantidade de movimento angular de um corpo”


Depende do momento de inércia e velocidade angular

H=I.ω

H = m . k2 . ω

Unidade: kg.m2/s

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Momento angular

Durante um salto, o momento angular é conservado, pois a única


força agindo sobre o corpo é a força peso, que age no CM

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Conservação do momento angular

Durante o salto (na ginástica por exemplo) as variações no


momento de inércia são proporcionais as variações da velocidade

As mudanças no momento de inércia são obtidas com a


manipulação dos segmentos

-Salto carpado
- santo estendido

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Queda do gato

É mais fácil realizar rotação no eixo

transverso, pois é onde se tem menor

distribuição de massa

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Transferência do momento angular

O momento angular total para um sistema permanece constante na


ausência de torques externos

H1 = H2
(m . k2 . ω)1 = (m . k2 . ω)2

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Análogos angulares das leis do
movimento - Newton

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Lei da inércia
Um corpo em rotação continuará em estado de movimento angular
uniforme a menos que seja influenciado por um torque externo

Lei da aceleração angular


Um torque externo produzirá uma aceleração angular de um corpo
que é proporcional ao torque, na direção do torque, e inversamente
proporcional ao momento de inércia do corpo

Lei da ação e reação


Para cada torque exercido sobre outro corpo, há um torque igual e
oposto exercido pelo segundo corpo sobre o primeiro.

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Referências
HALL SJ. Biomecânica básica. 4ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009

HAMILL J; KNUTZEN KM. Bases biomecânicas do movimento humano. 2ª edição, Manole,


2008

ENOKA RM. Bases neuromecânicas da cinesiologia. 2ª edição, São Paulo: Manole, 2000

WINTER DA. Biomechanics and motor control of human movement. Wiley: NY, 1990

LESS SJ; HIDLER. Biomechanics of overground vs treadmill walking in healthy individuals.


Journal of Applied Physiology 104:747-755, 2008

SMITH N et al. Ground reaction force measurement when running in soccer boots and soccer
training shoes in a natural turf surface. Sports Engineering 7:159-167, 2004

CARPES FP et al. Effects of workload on seat pressure while cycling with two different
saddles. Journal of Sexual Medicine 6:2728-2735, 2009

CARPES FP et al. Bicycle saddle pressure: effects of trunk position and saddle design on
healthy subjects. Urologia Internationalis 82:8-11. 2009

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