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Biomecânica na ponta dos pés e cabeça para baixo

Na maior parte do nosso corpo, predominam alavancas interpotentes que são


alavancas de velocidade. A função desse tipo de alavanca é gerar velocidade, e o
ser humano em si é uma máquina de velocidade. Porém também temos em nosso
corpo alavancas inter-resistentes, e um exemplo é o pé, onde a resistência do peso
do nosso corpo está entre o ponto fixo da ponta do pé, e a potência do tríceps
Sural(panturrilha), caracterizando assim uma alavanca de força.

Tem-se representado um ponto fixo(apoio)= PF e tem a resistência entre o ponto fixo


e a força F. A distância entre o ponto fixo e a resistência, é chamado braço de
resistência, e a distância do ponto fixo até o ponto onde a força está sendo aplicada
se chama braço potente. Aqui também pode-se aplicar as condições de equilíbrio,
onde a somatória de torque é igual a zero para ficar parado, e deve ser maior que
zero para haver o movimento
Na biomecânica, e principalmente quando falamos dessa alavanca inter-resistente
do pé, é comumente falado sobre a vantagem mecânica, que vai ser de quem
estiver mais distante do eixo, e é calculada da seguinte maneira:
Vantagem mecânica= Braço de força/ Braço de resistência
Ou seja, o braço de força é proporcional a vantagem mecânica, já o braço de
resistência é inversamente proporcional vantagem mecânica.
Levando isso em consideração, temos a conclusão que quanto mais distante estiver,
maior vai ser a vantagem mecânica, e quanto mais próximo do eixo estiver, menor a
vantagem
Quando ficamos de cabeça para baixo, a alavanca do nosso pé passa a ser uma
alavanca de primeira classe ou interfixa, onde tem o eixo centralizado, e o braço de
força e o de resistência nas extremidades, na qual o braço de força e o de
resistência podem variar dependendo do ponto de inserção do músculo e do
posicionamento da força resistente
- Andando

Quando estamos andando, o pé produz em conjunto com o solo, uma força de atrito
denominada pela equação Fat=µ.N, onde µ(mi) é o coeficiente de atrito entre o
corpo e a superfície que ele se encontra.
Antes de tudo, devemos entender como uma pessoa utiliza a força de atrito em seu
benefício para caminhar. Devemos considerar então um pé em contato com o solo
com atrito, e nós (pessoas) quando desejamos caminhar, empurramos o solo para
trás. Quando empurramos o solo para trás, essa força produzida no solo é uma força
de natureza de contato produzindo um atrito.
Essa força de atrito no solo, é uma ação = Fat(ação), e eu consigo usar aqui a 3° lei
de Newton, onde diz que para toda ação exige uma reação, então para a ação
executada no solo eu tenho uma reação executada no pé, no momento que essa
força de atrito funciona como motora Fat(reação), ou seja, ela contribui para o
movimento. A força de atrito nesse caso se apresenta na mesma direção e sentido
do movimento, e é graças a essa força que conseguimos caminhar

Da para usar o mesmo raciocínio com uma pessoa subindo um plano inclinado

Na hora que a pessoa tenta caminhar, ela empurra a rampa para trás, produzindo
uma força paralela a rampa, e essa força é de natureza de contato, e ela é uma

ação= Fat
Para toda ação produzida na rampa, há uma reação produzida em um corpo
diferente, afinal ação e reação agem obrigatoriamente em corpos diferentes, então
se a ação foi produzida na rampa para trás, a reação é produzida nos pés para
frente, ou para cima da rampa, ou no sentido do movimento

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