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Terça-feira, 1 de Julho de 2008 I SÉRIE- Número 26

,
BOLEl1M DA REPUBUCA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

SUPLEMENTO
IMPFIENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE urbanos e a promoção da coesão nacional e segurança das
populações, ao abrigo do disposto no artigo 30 da referida
AVISO Lei n.· 1912007, de 18 de Julho, o Conselho de Ministros decreta:
A matéria a publicar no «Boletim da República» Artigo 1. É aprovado o Regulamento da Lei de Ordenamento
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, do Território, em anexo, que é parte integrante do presente Decreto.
uma por cada assunto, donde conste, além das índi- Art, 2. Compete aos Ministros para a Coordenação da Acção
cações necessárias para esse efeito, o averbamento Ambiental, das Finanças e da Justiça definir os procedimentos
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no adequados aos processos de expropriação nos termos da Lei de
«Boletim da República». Ordenamento do Thrritório, do disposto no presente Decreto e
demais legislação aplicável.
••••••••••••••••••••••••••••••••
Art, 3. O presente Decreto entra em vigor noventa dias após a
SUMÁRIO sua publicação.

Conselho de Ministros: Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 13 de Maio de


200!.
Decreto n.· 2312008: Publique-se.
Aprova o Regulamento da Lei de Ordenamento do Território. A Primeira-Ministra, LutsaDias Diogo.
Decrete. n. ·24 12008:

Aprova o Regulamento Sobre a Gestão das Substâncias que Regulamento da Lei de Ordenamento
Destroem a Camada de Ozono.
do Território
neeretc n.-2512008:
cAPITULO I
A prova o Regulamento para o Controlo de Espécies Exóticas Disposições gerais
Invasivas.
DecreteI n.- 2612008: ARTIGOl
(Dellnlções)
Autoriza a sociedade Promotora de Ensino. Pesquisa e
Desenvolvimento. sociedade por quotas de responsabilidade Para os efeitos do presente Regulamento, entende-se por:
limitada, a criar o Instituto Superior de Tecnologias e Gestão. a) Comunidade local: agrupamento de famílias ou
abreviadarnente designada por ISTEG. indivíduos, vivendo numa circunscrição territorial de
••• 0 •••••••••••••••••••••••••••
nível de localidade ou inferior, que visa a salvaguarda
de interesses comuns através da protecção de áreas
CONSELHO DE MINISTROS habitacionais, áreas agrícolas, sejam cultivadas ou em
pousio, florestas, locais de importância cultural,
Decreto n.' 2312008 pastagens, fontes de água e áreas de expansão;
b) Desenvolvimento sustentável: desenvolvimento baseado
de 1 de Julho numa gestão ambiental que satisfaz as necessidades
A Lei n." 19/2007. de 18 de Julho, procedeu ao enquadramento da geração presente sem comprometer o equilíbrio do
jurídico da Politica do Ordenamento do Território da República ambiente e a possibilidade das gerações futuras
de Moçambique e estabeleceu as bases legais do regime dos satisfazerem também as suas necessidades;
instrumentos de ordenamento do território nacional. c) Instromentos de ordenamento territorial: elaborações
Tornando-se necessário estabelecer medidas e procedimentos reguladoras e normativas do uso do espaço nacional.
regulamentares que assegurem a ocupação e utilização racional urbano ou rural, vinculativos para as entidades púbicas
e sustentável dos recursos naturais, a valorização dos diversos e para os cidadãos, conforme o seu âmbito e
potenciais de cada região, das infra-estruturas, dos sistemas operacionalizados segundo o sistema de gestão
territorial;
- ..._---------
214--(22) /SÉR/E - NÚMERO 26

d) Ordenamente territorial: conjunto de princípios, 2. Constituem' instrumentos de ordenamento territorial a níve


directivas e regras que visam garantir a organização nacional:
do espaço 'nacional através de um processo dinâmico. a) Plano Nacional de Desenvolvimento Territoriai (PNDT)
contfnuo, f I e x I v e I e participativo na busca do
que é o instrumento que define e estabelece ai
equilíbrio entre o homem, o meio flsico e os recursos
naturais, com vista à promoção do desenvolvimento perspectivas e as directrizes gerais que devem oriental
sustentável; o uso de todo o território nacional e.as prioridades dai
e) Planeamento territorial: processo de elaboração dos intervenções à escala nacional;
planos que definem as formas espaciais da relação das b) Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT)
pessoas com o seu meio flsico e biológico, que são os instrumentos que estabelecem 01
regulamentando os seus direitos e formas de uso e parâmetros e as condições de uso das zonas, COIl
ocupação do espaço flsico; continuidade espacial, ecológica, económica t
f) Plano de ordenamento territorial: documento interprovincial.
estratégico, informativo e normativo, que tem como 3. Constituem instrumentos de ordenamento territorial ao nlve
objectivo essencial a produção de espaços ou parcelas .provincíal, os Plànos Provinciais de Desenvolvimento 'Ierritorla
territoriais socialmente úteis, estabelecido com base
(PPDT) de âmbito provincial e interprovincial, que estabelecem I
nos princlpios e nas directivas do ordenamento do
território; estrutura de organização espacial do território de uma ou ma i:
províncias, e definem as orientações, medidas e as acçõe
g) Sistema de gestão territorial: quadro geral do âmbito
d,as intervenções no território, operacíonallzado necessárias ao desenvolvimento territorial, assim como o:
através elos instrumentas de gestão territorial, prineípios e critérios específlcos para a ocupação e utllizaç!o dI
hierarquizado aos nívels nacional, provincial, distrital solo nas diferentes áreas, de acordo com 'as estratégias, norma
e municipal; e directrizes estabelecidas ao nlvel nacional.
h) Solo rural: parte do território nacional exterior aos 4. Constituem instrumentos de ordenamento territorial ao nlve
petimetros dos municíplos, cidades, vilas e das distrital, o Plano Distrital (te Uso da Terra. (PDUT), que são o
povoações, legalmente instituída; instrumentos de âmbito distrital e ínterdístrital, que estabelecen
I) Solo urbano: toda a' área compreendida dentro do a estrutura da organização espacial do território de um ou rnai
perímetro dos municípios, vilas e das povoações, sedes distritos, com base na ídentlflcação de áreas para os uso
de postos administrativos e Iooalidades, legalmente preferenciais e definem as normas e regras a observar na ocupaçã
institufdas; e uso do solo e a utillzação dos seus recursos naturais.
j) Território: realidade espacial sobre a qual se exercem as
5. Constituem instrumentos de ordenamento territorial ao níve
interacções sociais e as do Homem com o meio ambiente
autárquico:
e que tem a sua extensão definida pelas fronteiras do
pafs; a) Plano de Estrutura Urbana (PEU) - é o instrumento qu
k) Bens tangi veis: colheitas. imóveis e benfeltcrias estabelece a organização espacial da totalidade d.
efectuadas na área expropriada; território do município e autarquia de povoação, o
I) Bens Intangivels: vias de comunicação e acessibilidade parâmetros e as normas para a sua utilização, tendo en
aos meios de transporte; conta a ocupação actual, as infra-estruturas e o
m) Ruptura da coesão social: aumento da distância do equipamentos sociais existentes e a implantar e a su
novo locai· de reassentamento de estruturas sociais e integração na estrutura espacial regional;
do núcleo familiar habitual. cemitérios familiares. b) Plano Geral de Urbanização (POU) - é o Instrumento qu
plantas medicinais.
estabelece a estrutura e qualifica o-solo urbano na su
ARTIGO 2 totalidade, tendo em consideração o equilíbrio entr
(ObJecto) os diversos usos e funções urbanas. define as rede
de transporte, comunicações, energia e saneamento, '
O presente Regulamento tem como objecto estabelecer o
os equipamentos sociais, com especial atenção às zona
regime jurldico dos instrumentos de ordenamento territorial.
de ocupação espontânea como base' sócio - espacis
ARTIGO 3 para a elaboração do plano;
(Amblto) c) Plano Parcial de Urbanização (PPU) - é o instrumento qu
O presente Regulamento aplica-se a todo o território nacional estabelece a estrutura e -qualíflca o solo urbam
e para efeitos de ordenamento do território; regula as relações parcialmente, tendo em consideração o equilíbrio entr,
entre os diversos níveis-da Administração Pública, e desta com os diversos usos e funções urbanas, define as rede
os demais sujeitos públicos e privados, representantes dos de transporte, comunicações, energia e saneamento, I
diferentes interesses económicos, sociais e culturais. Incluindo os equipamentos sociais. com especial atenção às zona
as comunidades locais. de ocupação espontânea como base' sócio - espacía
para a elaboração do plano;
ARTIoo4
d) Plano de Pormenor (PP) - é o instrumento que define con
(NIvela d. InterveÍlçlo a Inlllrumantoa da ord.namanto
terrltorlel) . pormenor a tipologia de ocupação de qualquer ãre
I. O ordenamento tenitorial compreende os seguintes nlveis específica do centro urbano, estabelecendo;
de intervenção no território, nomeadamente: concepção do espaço urbano. dispondo sobre uso
do solo e condições gerais de edificações, o traçad,
a) Nacional;
das vias de circulação, as, caracterlsticas das redes di
b) Provincial;
-lnfra-estruturas e serviços. quer para novas áreas 01
c) Distrital; para áreas existentes, caracterizando as fachadas do:
á) autárQuico. edifícios e arranjos dos espaços livres.
I DE JUUlO DE 2008 214--(23)

ÁR11oo5 ARTIoo?
(Instrumentos de carácter geral) (Hierarquização e complemantarldade)

Constituem instrumentos de carácter geral os se~uintes: 1. Os instrumentos de ordenamento territorial obedecem a uma
a) Qualificação dos Solos - é o instrumento informativo-e hierarquização vertical, nomeadamente, nacional, provincial,
distrital e autárquico, como garantia da compatibilização das
indicativo da utilização preferencial dos terrenos em
intervenções sobre o território.
função da' sua aptidão natural ou da actividade
dominante que neles se exerça, ou possa ser exercida, 2.A elaboração de qualquer dos instrumentos de ordenamento
territorial previsto no presente Regulamento, não depende da
para seu mais correcto uso e aproveitamento e garantia
existência de instrumento hierarquicamente superior; todavia, é
da sustentabilidade ambiental;
obrigatória a elaboração dos instrumentos de ordenamento
b) Classificação dos Solos - é o instrumento que determina territorial de nível distrital e autárquico.
o regime político - admínistrativo de cada parcela do
território em duas categorias fundamentais, a de solo ÁR11oo8

urbano e a de solo rural; (Prazos para Inlclo, elaboração e conclusão dos Instrumentos
de ordenamento territorial)
c) Cadastro Nacional de Terras - é o instrumento vinculativo
e .indicativo dos titulares dos direitos de uso e I. Os instrumentos de ordenamento territorial devem ser
iniciados, elaborados e conclufdos à medida que forem reunidas
aproveitamento da terra, da local ização geográfica, da
as condições técnicas, cientificas, humanas, económicas e sociais
forma, das regras e dos prazos para sua utilização e
necessárias.
dos usos ou da vocação preferencial para a utilização,
2, O prazo máximo para dar início da elaboração dos Planos
protecção e conservação dos solos;
Distritais de Uso da Terra e dos Planos de Estrutura Urbana é de
d) Inventários ambientais, sociais e económicos - são os dois anos a contar da data dç publicação do presente
instrumentos informativos a elaborar pelos vários Regulamento.
órgãos sectoriais através da recolha e tratamento de
dados ambientais, sociais e económicos; ÁR11oo9

e) Zoneamento - é o instrumento de carácter informativo e (Participação pública)

indicativo elaborado com base na qualificação dos I. A participação pública dos cidadãos, comunidades locais e
solos, existência de recursos naturais e na ocupação pessoas colectivas, públicas e privadas, é garantida ao longo de
humana, que qualifica e divide o território em áreas todo o processo de elaboração, execução, alteração e revisão
vocacionadas preferencialmente para determinadas dos instrumentos de ordenamento territorial.
actividades de carácter económico, social e ambiental; 2. A participação pública inclui a consulta e a audiência pública
j) Mapa Geológico - é o instrumento informativo e indicativo e compreende:
do potencial geológico mineiro; a) Pedidos de esclarecimento;

g) Cadastro Mineiro - é o instrumento informativo e b) Formulação de sugestões e recomendações;


vinculativo no atias cadastral geral, c) Iritervenções em reuniões públicas;
d) A solicitação dá realização de audiências públicas.
CAPÍTULO" 3. A consulta pública deve ser realizada recorrendo-se a
Generalidades sobre o Processo de Elaboração reuniões descentralizadas, segundo a natureza dos assuntos,
dos Instrumentos de Ordenamento Territorial para análise das dimensões locais das estratégias de
desenvolvimento territorial, e reuniões de coordenação a nível
ÁR11G06
nacional, para compatibilização das estratégias e avaliação da
(Processo de elaboração dos Instrumentos de ordenamento sua adequação à evolução da realidade.
territorial)
4. Devem Ser realizadas audiências públicas, com periodicidade
1. O processo de elaboração de um instrumento de definida segundo a natureza de cada instrumento de ordenamento
ordenamento territorial deve obedecer, no mínimo, às seguintes
do território, devidamente publicitadas através dos principais
fases:
meios de comunicação social, dirigidas a todos os cidadãos ou
a) Formulação de objectivos gerais e específicos; mediante outros meios de comunicação que se mostrem
h) Inventário da situação existente no âmbito geográfico do adequados, para que estes possam exprimir livremente a sua
território onde é aplicável o referido instrumento; opinião e tecer considerações, sugestões ou recomendações em
c) Análise e diagnóstico dos dados recolhidos na fase do relações a quaisquer propostas que tenham sido ou venham a
inventário; ser tomadas .
•~ Elaboração e avaliação de alternativas; S. As conclusões e recomendações das consultas e audiências
e) Decisão sobre quais as alternativas aplicáveis; públicas mencionadas no presente artigo, devem ser reduzidas a
J) Monitorização da implementação das disposições actas, que devem ser incorporadas ao processo do instrumento
constantes no instrumento de ordenamento territorial; em elaboração.
g) Revisão sistemática das disposições do instrumento de . 6. A aceitação ou recusa das conclusões e recomendações
ordenamento territorial. das actas referidas no número anterior devem ser justificadas,
2. Na elaboração dos instrumentos de ordenamento territorial mediante parecer do órgão que superintende a actividade de
devem colaborar as instituições responsáveis por quaisquer ordenamento do território, após informe da comissão encarregada
• _ 1 '., • •
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ARTIGO 10 2.A proposta acima referida deve indicar entre outros aspectos
(Inform09io) todas as sugestões ou recomendações' incluídas no documente
como resultado do processo de participação pública.
I. Durante o perfodo de elaboração dos instrumentos de
3. Os pareceres acima indicados incidem, entre outro'
ordenamento territorial. toda a documentação relevante
aspectos. sobre a conformidade com as disposições legais I
relacionada COIl) estes. deve ser facultada para consulta pelos regulamentares vigentes e a articulação e coerência da proposn
interessados. podendo estes. enquanto decorrer o período com os objectivos. princípios e regras aplicáveis no território err
determinado para a participação pública, solicitar. oralmente ou causa, definidos por quaisquer outros instrumentos dI
por escrito, esclarecimentos sobre a documentação facultada e ordenamento territorial aplicáveis.
sobre os objectivos a prosseguir com os planos em questão. 4. O prazo para a emissão do referido parecer é de quarenta e
2. De modo a incentivar e a permitir a participação pública, no cinco dias üteis, contados a partir da data de recepção da proposta
processo de ordenamento territorial devem. as entIdades pelo órgão que superintende a actividade do ordenamento de
responsáveis pela sua elaboração. divulgar os príncipaís aspectos territ6rio.
do plano em questão. através dos meios de informação adequados ARrIGO 12
a cada contexto e facultar toda a documentação relevante para (Aprova9io)
consulta pelos interessados.
I.Ap6s a emissão do parecer de conformidade à luz do artigc
3. As partes afectadas ou interessadas. incluindo as
anteríor, o instrumento de ordenamento territorial é submetido i
comunidades locais. têm direito à informação. sobre os conteúdos
aprovação nos termos do artigo 13 da Lei do Ordenamento de
dos instrumentos de ordenamento territorial, o que pressupõe o 'Ierrit6rio.
exercício do direito de:
2. A proposta referida no número anterior deve se
a) consultar o respectivo processo; obrigatoriamente acompanhada por uma c6pia dos parecere:
b) obter c6pias e certidões de peças documentais, no todo eventualmente solicitados e da acta resultante do processo de
ou em parte, dos referidos instrumentos: participação publica.
c) obter informações e esclarecimentos sobre o conteúdo, 3. A aprovação de qualquer dos instrumentos de ordenamentc
sentido e consequências dos instrumentos referidos. territorial. elaborado 1\0 abrigo do presente Regulamento, nãc
4. Os õrgãos de Administração Pública têm o dever de depende da prévia existência de instrumento meratquícamenn
responder na integra aos pedidos de esclarecimento referidos no superior.
número anterior, pela forma que lhe forem endereçados. bem como ARTIGO 13
de ponderar e tomar posição sobre as observações. sugestões e (Fíollflc~9io)
recomendações apresentadas durante o processo de participação
pública. no prazo de vinte dias contados a partir da data da I. Ap6s aprovação, o órgão responsável pela sua elaboraçãc
solicitação. deve, no prazo de trinta dias. submeter os ínstrumentos dr
. ordenamento territorlal de nívelprovinclal, distrital e autárquice
5. É obrigatória a divulgação. através de todos os meios que à ratificação nos termos do artigo 13 da Lei do Ordenamentodr
se revelarem necessários. dos seguintes aspectos: Território.
a) A decisão de desencadear o processo de elaboração, 2. O õrgão com competência para ratificar os instrumentos d.
alteração ou revisão. identificando os objectivos a ordenamento territorial deve proceder à sua ratificação no praze
prosseguir; de noventa dias úteis contados a partir da data de depósito de
b) A decísão referida na aUnea anterior. deve ser comunícada mesmo para o efeito.
à entidade que superintende a área' do ordenamento 3. A ratificação poderá ser total ou parcial, e exprime o grau di
do territõrío para seu devido acompanhamento; reconhecimento da sua conformidade com as disposições legal,
c) A conclusão da fase de elaboração. alteração ou revisão. e regulamentares vigentes. assim como com' quaisquer outro,
incluindo o teor dos elementos a submeter a discussão instrumentos de ordenamento territorial eficazes.
pública; 4. A ratificação assume a forma de despacho ou resolução
á) A abertura e a duração da fase de consulta pública e conforme a forma que a )ei estabelece para que o õrgã;
respectivas conclusões; responsável emita a sua decisão.
e) Os mecanismos de execução utilizados no âmbito dos 5. O não pronunciamento do 6rgãQ com poder para ratifica
instrumentos de ordenamento territorial. dentro do prazo estipulado no n," 2 do presente artigo implica I
6. No caso de falta de observância ou de manifesta recusa do ratificação tácita do instrumento de ordenamento em questão.
dever de informar. poderá qualquer lesado recorrer aos
mecanismos e procedimentos contenciosos previstos na lei, com CAPiTULO III
vista a obter a informação desejada. Regime Jurrdlco doa Inltrumentoa de Ordenamento
7. As entidades responsáveis pela etanoraçao e pelo registo Territorial de Nlvel Naolonal
dos instrumentos de ordenamento territorial devem criar e manter
actualizado um sisteipa que garante o exercício do direito à SECÇÃo I
informação. designadamente com recurso a meios informáticos. Goneralldadea
ARI'Ioo 11 ARTIGO 14
(Por""er de conformidade) (Ordenamenlo larrllorlo' ao nlval neclonol)
I. Concluído O processo de elaboração dos instrumentos de A nível nacional. são definidas as regras gerais da estratégí.
ordenamento territorial pela comissão criada para o efeito. a do ordenamento terrítorial, as normas e as directrizes para ai
proposta dai resultante é enviada ao õrgão que superintende a acções de ordenamento provincial. distrital e autárquico, I
actividade do ordenamento do territ6rio para emissão do parecer compatibilizam-se as políticas sectoriais de desenvolvimento de
J DEJULHODE2008 214-(25)

ARTIGO 15 b) Os objectivos a atingir;


(Instrumentos) c) As prioridadesde intervenção;
Constituem instrumentos de ordenamento territorial a nível tl) Os prazos a serem observados para a sua execução.
nacional os seguintes:
AI01G020
a) Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial (PNDT);
(Elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial)
b) Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT).
I. O processo de elaboração do Plano Nacional de
ARTIGO 16 Desenvolvimento Territorial inicia-se com a publicação de
{Reletórlo do estado do erdenamenn do território} resolução do Conselho de Ministros determinando a sua
elaboração.
1. O órgão que supenntende a actividade do ordenamento do
2. A resolução deve conter, nomeadamente:
território deve, no último ano do respectivo mandato, apresentar
ao Conselho de Ministros um relatório sobre o estado de a) Os princípios de ordem político-administrativapelos quais
implementação dos instrumentos de Ordenamento Territorial e se deve orientar o Plano Nacional de Desenvolvimento
Territorial;
as perspectivas de evolução dos mesmos a curto e médio prazos.
b) A metodologia a adoptar para a coordenação e
2. O relatório referido no número anterior deve ser
compatibilização dos diversos interesses sectoriais e
circunstanciado e analítico, fazendo-se dele constar das peças
regionais;
escritas" peças gráficas que ilustrem a materialização espacial'
das estratégias de ordenamento do território. c) A composição da comissão a ser formada para a sua
elaboração;
3. O informe deve ser prestado no primeiro semestre do ano
tl) As atribuições conferidas aos órgãos responsáveis pela
referido no n." 1 do presente artigo para permitir ao Governo o
sua elaboração;
cumprimento do disposto na alínea a) do artigo 25, da Lei do
Ordenamento Territorial. e) Os prazos para a sua elaboração.

ARTIGO 17 SECÇÃO III


{Competência} Planos EspecIais de Ordenamento do Território
O Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial e os Planos
ARTIGO 21
Especiais de Ordenamento Territorial são elaborados por iniciativa
(Oblectlvos doa Planos Especlaia de Ordenamento
do Conselho de Ministros, sob coordenação do órgão que
do Território)
superintende a actividade do ordenamento do' território e
submetidos à aprovação da Assembleia da República. Constituem objectivos dos Planos Especiais de Ordenamento
do Território:
SECÇÃO II a) Estabelecer os parâmetros e as condições de utilização
dos sistemas naturais e de zonas com características
Plano Nacional de Deeenvetvtmentc Territorial
especificas e diferenciadas, ou com continuidades
espaciais supra provinciais. definidas pelas suas
ARTIGO 18
características ecológicas ou por parâmetros de
(ObJectlvoR do Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial) natureza económica, de desenvolvimento social ou
Constituem objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento ainda como resultado 'de calamidades naturais que
Territorial: requeiram e justifiquem intervenções de ordenamento
a nível nacional;
a) Definir a vocação dos grandes sistemas naturais para
b) Definir a natureza e os limites das intervenções dos órgãos
sua potencial utilização como recurso para beneficio
da população, estabelecendo-se-lhe os limites e locais nas zonas e nas situações geográficas, ou
parâmetros de sustentabilidade e atribuindo a económicas, onde haja, ou possa haver influências
responsabilidade pelo controle dessa utilização aos mútuas, temporárias ou permanentes.
diversos níveis da Administração lPúbl ica; ARTIGO 22
b) Garantir o desenvolvimento integrado e integral do pais (Conteúdo)
com a progressiva eliminação das assimetrias regionais;
Constituem elementos integrantes dos Planos Especiais de
c) Estabelecer a ordem de prioridades para o planeamento e Ordenamento do Território os seguintes:
materialização das malhas principais das infra-
a) Os parâmetros de utilização dos sistemas naturais e de
-estruturas de transportes e comunicações, de energia,
zonas com caracterfsticas especificas e diferenciadas,
de obras hidráulicas que afectem territórios 'lnter-
ou com continuidade espacial inter-provincial;
-provinciais e de obras marítimas de âmbito e
,significado nacional e internacional; b) As condições de utilização dos recursos naturais
existentes nessas zonas;
d) Definir o conjunto de princípios que devem orientar a'
elaboração dos instrumentos de ordenamento territorial, c) As responsabilidades institucionais para a sua
os níveis e formas de controlo e monitoria. implementação.
ARTIGO 23
ARTIGO 19
(Elaboração doa Planoa Eapeclala de Ordenamento do
(Conteúdo) Território)
Constituem elementos integrantes do Plano Nacional de 1. Os Planos Especiais de Ordenamento do Território são
Desenvolvimento Territorial os seguintes: elaborados por iniciativa do Conselho de Minisiros sob a
a) As estratégias, directrizes, e normas gerais que devem coordenação do órgão que superintende a actividade de
. . . . .••.••A •.••.•" .•.•..•.••.•.••.••.
A •..•• h._;tA •.~•..•
214-(26) I SÉRIE"- N(JM.ERO 2~

2. Na resolução do Conselho de Ministros que determinar b) A estrutura da rede' urbana, das infra-estruturas •
a elaboração do Plano Especial de Ordenamento do Território equipamentos, no território da província, assegurandr
devem constar, nomeadamente: asai vaguarlla e a valorização das ãreas de interess
a) Os objectivos do Plano Especial de Ordenamento do produtivo agrário e florestal, das zonas de açtividad.
Território e a sua justificação em função do interesse mineira e de interesse geológico, das zonas húmidas I
público; dos mangais, a preservação das qualidades ambientai,
b) A indicação 'do órgão governamental competente para e estéticas da costa marltima e das zonas, ribeirinha
dirigir a sua elaboração; dos rios e
lagos e das áreas de valor patrímonia
c} Os limites geqgráficos da zona abrangida pelo instrumento declaradas, ou que venham a,ser declaradas;
de ordenamento com discriminação das administrações c) Os elementos de articulação inter-provincíal para i
distritais e autarquias afectadas; Implantação dos grandes investimentos de carãcte
ti} A composição da comissão a ser formada para a sua regional;
elalíoração. d) Os limites e as relações de complementaridade da
autarquias locais com o território envolvente.
CAPfTUL9 IV
All'no028
Regime Jurldlco d08 In8trUllUtnt08 de Ordenamento
Terrltorlel de Nível Provincial (Conteúdo)
Constituem elementos, integrantes do Plano Pro vinci a
ARTloo24 de Desenvolvimento Territorial:
(Ordenemento territorial ao nlvel provincial)
a) A caracterização bioffsica, geográfica e polftíco
A nlvel provincial, são definidas as estratégias de -administrativa da província;
ordenamento territorial da província, integrando-ás com b) A caracterização demográfica e a ocupação humana di
as estratégias nacionais de desenvolvimento econõmtco e social, território da provlncia;
e estabelecem-se as directrizes para o ordenamento distrital e c) As actividades económicas, sociais e culturais, n:
autárquico. províncía, e a sua dinâmica de crescimento;
ti} A caracterização~gefàl da paisagem e a defUliçilo geográfico
Al\'noo25
<las zonas florestais, faunístícas, geológico-mineiras
Ilnltrumento.) agrícolas e ccsteiras;
Constitui instrumento, de ordenamento territorial a nlvel e) A identificação das zonas de .protecção ambiental e da
provincial o Plano Provincial de Desenvolvimento Territorial. áreas de importância ecológica;
fJ A definição da rede de estradas e a distribuição do
ARTIGO 26 equipamentos económicos e sociais;
(Competlnela) g) A definição das formas de ocupação territorial
l. O Plano Provlrrcial de Desenvolvimento Territorial explicitando os sistemas e as articulações entre as rede
é elaborado por ínlclarlva do Governo Provlnclal, sob infra-estruturais e de relação entre 'os grande
coordenação do órgão que superintende a actividade do equipamentos económicos e sociais existentes m
ordenamento do território a nível provincial, ouvidas as província: .
autarquias localse os 'governos distritais da respectiva províncla, h) -As estratégias de desenvolvimento, necessárias i
e aprovados pela respectiva Assembleia Provincial. eliminação das assimetrias socioeconõmícas-e a<
2. O Plano Provincial de Desenvolvimento Territorial está sujeito completamento edesenvolvlmenio das infra-estrutura:
a ratificação pelo Conselho de Ministros; no prazo estabelecido e dos equipamentos de âmbito provincial;
no artigo ~3do presente Regulamento. i) A atribuição das responsabilidades pela materializaçã(
das estratégias de desenvolvimento daquelas infrll'
All'noo 27 -estruturas e equipamentos;
(ObJectlvol doe Plenoe ProvIncial. de Doeenvolvlmento J) A indicação das necessidades financeiras e das fontes di
TerritorIal) financiamento para as acções' de desenvolviment<
I.Os Planos Provinciais de Desenvolvimento Territorial têm projectadas;
os' seguintes objectivos: k) Cartas e esquemas gráficos que traduzam o seu conteúdo
a) Estabelecer a coerência, a ordem de complementaridade e
ARTloo29
a sustentabilidade ambiental na,utilização das diversas
parcelas do território da províncía, assegurando a IElabora9io do Plano ,Provincial de D•• envolvlmento
'territorIal)
conrinuldade das redes e sistemas infr.'estruturais ao
nível regional; O processo de elaboraçRo do Plano Provinclal dt
b) Esta~lec~ ~ rnaterlallzar as pollticas!le eliminação de Desenvolvimento Territorial inicia-se com a publicação de
assímetnas no desenvolvimento territorial, no âmbito despacho-do Governador da Provlnc;a, no qual devem constar:
da províncla; a) Os prlncíplos de ordem polftleo-administrlltiva pelos quai!
c) Definir os princlpios e os modelos da organização do se deve orientar o Plano Provincial de Desenvolvimentt
território de cada provlncia. Territorial;
2,.Amateriallzação do objectivo referido na alfnea c) do nümero b) A metodologia II adoptar pera a .coordenação e
anterior pr~supõe a definição dos seguintes aspectos: compatibilização dos lIiversos interesses sectoríaís r
<l)As estratégias e as bases' dapolltica de preservação e provinciais:
vaJorb:.açãó. da qualidade ambiental', no contexto c) A composíçao da comissão a ser formada para' a SUl
I DEJULHODE2008 214-{27)

d) As atribuições a serem conferidas aos órgãos ARIloo34


responsáveis pela sua elaboração: (Conteúdo)
e) Os prazos para a sua elaboração. Constituem elementos integrantes do Plano Distrital de Uso
da Terra os seguintes:
CAPÍTULO V
a) A definição das formas de ocupação do solo;
Regime Juridlco dos Instrumentos de Ordenamento b) Os princfpios e-regras de ordenamento do território na
Territorial de Nivel Distrital respectiva área de jurisdição;
c) A caracterização biofísica, geológica; geográfica e político-
ARIlG030
-administrativa do distrito; ,
(Objecto do sistema de ordenamento 1territorial ao nfvel
distrltsJ) ti) A caracterização demográfica e a estrutura da ocupação
humana dei território do distrito;
A nível distrital, são elaborados os planos de ordenamento e) A descrição das actividades económicas, sociais e
territorial da área do distrito' e os projectos para a sua culturais, no distrito. e a sua dinâmica de creseimento;
implementação, reflectindo as necessidades e aspirações das j) A caracterização particularizada da paisagem e a definição
comunidades locais, integrando-os com as políticas nacionais e geográfica detalhada das zonas florestais, agrícolas e
de acordo com as directrizes de âmbito nacional e provincial. costeiras;
g) A identificação das zonas de protecção ambiental e, no
ARIlG031 geral, das áreas de importância ecológica;
(Instrumentos) h) A descrição do potencial florestal e faunístico da
Constitui instrumento de ordenamento territorial a nível província e a sua localização no território;
distrital o Plano Distrital de Uso da Terra. i) A definição da rede das infra-estruturas, a distribuição e
localização dos equipamentos sociais e colectivos;
ARflG032 j) A determinação das estratégias de desenvolvimento
(Competência) tendentes à eliminação das assimerrias socio-
1. O Plano Distrital de Uso da Terra é elaborado por iniciativa -económicas e desenvolvimento das infra-estruturas e
dos equipamentos do distrito;
do Administrador Distrital, sob coordenação do órgão que
k) A atribuição das responsabilidades pela materialização
superintende a actividade do ordenamento do território a nível
das estratégias de desenvolvimento das i-nfra-
distrital, e aprovados pelo Governo Distrital.
-estruturas e dos equipamentos;
2. Após a aprovação pelo Governo Distrital, o Plano Distrital I) As necessidades financeiras para as acções de
de Uso da Terra deve ser enviado ao Governador da respectiva desenvolvimento projectadas;
Província, para ratificação. m) As cartas e esquemas gráficos que traduzam o seu
3. O Plano Distrital de Uso da Terra está sujeito a ratificação conteúdo.
pelo Governador Provincial, no prazo estabelecido no artigo 13
ARIloo35
do presente Regulamento.
(Elaboração do Plano Distrital de Uso da Terra)
ARrloo33. O processo de elaboração do Plano Distrital de Uso da Terra
(Objectivos do Plano Distrital de Uso da Terra) inicia-se com a publicação do despacho do Administrador do
Distrito, no qual devem constar: -
I.O Plano Distrital de Uso da Terra tem os seguintes objectivos:
a) às termos de referência;
a) Materializar as estratégias do desenvolvimento territorial, 'b) A metodologia a adoptar para a coordenação e
estabelecidas pelos Planos Provinciais de compatibilização dos diversos interesses sectoriais
Desenvolvimento Territorial, na área do distrito, distritais, bem como com as autarquias existentes no
particularizando em pormenor os princípios e os distrito;
modelos, definidos a nível provincial, para o c) A composição da comissão a ser formada para a sua
estabelecimento e desenvolvimento das redes de infra- elaboração;
-estruturas e dos equipamentos; d) As atribuições a serem conferidas aos órgãos
b) Definir os princípios e os modelos da organização do responsáveis pela sua elaboração;
território de cada distrito. e) Os prazos para a sua elaboração.

2. A materialização do objectivo referido na alíneab) do número ARrloo36


anterior pressupõe a definição dos seguintes aspectos: (Audiência pública)
a) As estratégias e as bases da política de preservação e I. Q processo de elaboração, implementação e revisão do Plano
valorização da qualidade ambiental, no contexto Distrital de Uso da Terra deve incluir a realização de pelo menos
geográfico do distrito, de acordo com as directivas duas audiências públicas, publicitadas nos principais meios de
gerais definidas a nível provincial; comunicação social existentes no Distrito.
b) A estrutura da distribuição dos assentamentos humanos, 2. A divulgação deste processo, pelos meios que se mostrem
das infra-estruturas e equipamentos, no território do adequados para garantir a participação pública, com vista a
distrito; recolher observações, sugestões ou recomendações em relação
à proposta do referido instrumento de ordenamento territorial,
c) Os parâmetros que devem reger a relação territorial dos constitui garantia do direito à informação por parte dos cidadãos,
municínios com o território envolvente. em particular das pessoas afectadas ou interessadas.
214-{28) ISÉR1E-NOMER02,

CÂplTULO VI 3. Entre a data da afixação dos editais e publicação de


Regime Juridlco do. Instrumentos de Ordenemerito
anúncios e da realização da audição deve ser respeitado "!li praz
Territorial de Nlvel Autárquico
intercalar mínimo de quinze dias e máximo de trinta dias,
4. Por cada sessão, o órgão executivo da autarquia local de,
SBCÇÃo I mandar lavrar uma acta que. nos cinco dias subsequentes. de,
Oeneralldade. ficar à disposição dos participantes interessados para apreciação
complemento e assinatura.
AA'noo37
(ObJ.clo 'do .I""me de ordenamenlo lerrltorlal ao nlvel SBCÇÃO 1/
aulérquloo)
Plano da eatrulura Urbana
A nível autãrqulco, são estabelecidos programas, planos e
projectos de desenvolvimento e o regime de \ISO do solo urbano AR'n0042
de acordo com 'as leis vigentes. (Oblaetlvoa do Plano da &alrulu,.. Urbana)
AR'noo38 i. O Plano de Estrutura Urbana tem os seguintes objecüvo:
(Inalrumenlo.) a) Estabelecer os principias de sustenlabilidade ambiente
a rede principal de acessos de ligação das dívers,
C\lnstituem instrumentos de ordenamento territorial a nível autarquias iocais e dentro de cada autarquia local.
autárquico os seguintes: ordem de priorillades para o desenvolvimento urban,
a) Planos de Estrutura Urbana; e os parâmetros gerais que devem orientar a ocupaçll
b) Plános Gerais de Urbanização; do território autárquico;
c) Planos Parciais de Urbanização; b) Eliminar das assimétrias sociais e dos privi,légios I
á) Planos de Pormenor. escolha dos locais para a distribuição das redes c
infra-estrutura, de serviços e dos equipamentc
Aimoo39 sociais;
(Competlnola) c) Definir os princlpios e os modelos de ordenamento d
I. Os instrumentos de ordenamenlo territorial a nível autárquico território autárquico,
do elaborados por iniciativa do Presidente da Autarquia e 2.A materialização do objeclivo referido na aUneac) do ndmel
aprovados pela respectiva Assembleia Autárquica. anterior pressupõe a definição dos seguintes aspectos:
2. Após a aprovação pela Assembleia Autárquica, os a) A estrutura primária das redes de acessibilidade denti
instrumentos indicados no número anterior devem ser enviados do território autárquico e as suas ligações com a mall
ao Ministro da Administração Bstatal, para ratificação tulei~r, no distrital, provincial e nacional;
prazo previsto no artigo 13 do presente Regulamento, b) Os grandes sistemas de controlo do escorrimento,
águas superficiais, li os princípios que devem goverm
AR'l1OO40 a execução progresslva desses sistemas;
(Elabora910 do. Inalrumentoa de ordenamento larrllorlal c) Os sistemas de tratamento de resíduos sólidos e as zom
a n'val aullrquloo)
para a sua recepção e processamento:
O processo de elaboração dos instrumentos de ordenamento d) Os princlpios da' construção e da localização de
territoriai a nível autárquico lnlcla- se com' a publicação do cemitérios na área urbana;
despacho do Presidente da Autarquia. no qual devem constar:
e) A rede de centros de actividades estruturante
a) Os termos de referência; multifuncionals e a sua distribuição nó territ6ri
b) A metodologia a adoptar para, a coordenação e autárquico;
çompatibllização dos diversos interesses sectoriais j) Os princípios gerais e os parâmetros de utilizaçãodo espa~
autárquicos. bem como, com o Distrito limítrofe da público;
au,arquia: g) Os princípios gerais a que deve obedecer ii círculaçê
c) A composição da comissão a ser formada para a sua dos meios públicos e privados de trlfnsport
elaboração; automóvel. e a criação progressiva de zone
d) As atribuições a serem conferidas aos órgãos pedonalizadas mis Areai de actividades tercíérlas
responsáveis pela sua elaboração; residenciais: ' '
e) Os prazos para a sua elaboração. AR'n0043
AR'n0041 (Contaúdo)
(Aucll6nola,pllblfóa), Constituem elementos integranle~ do Plano de Estrutul
Urbana os seguintes:
1. Durante o processo de elaboração dos instrumentos de
ordenamento territorial de nível autárquico. devem ser realizadas, a) A definição das formas. regras e normas de ocupação d
pelo menos, duas audiências públicas, uma no principio do solo;
processo e outra antes da conclusão do mesmo. b) Os principias e re,gras de ordenamento do território n
sua área de abrangência geográfICa;
, 2.A audição dos interessados é precedida da afixação ae editais c) A caracterínfão bioffsica, g~ot6cnica, geográfica
nos lugares de estilo e da publicação e difusllo de anúnllioa em estrutura ecológica do território autárqúico;
dois jornais e estações de rãdio de maior circulação ou escuta, d) A caracterização demogrAfica e a estrutura da ocupaçã
sendo um de 1mbito nacional e outrolmbito local. ' humAnA nn t~",hllr.J';n rllI Alltal'nll;g.
--------------,._---
I DE JlJUfO DE 2008 214--(29)

e;' A descrição das actividades económicas, sociais e AKfIG045


culturais, na autarquia, e a sua dinâmica de crescimento; (Conteúdo)
f> A caracterização particularizada da paisagem e a definição Constituem elementos integrantes do Plano Geral de
geográfica detalhada das zonas destinadas à Urbanização elou do Plano Parcial de Urbanização os seguintes:
implantação de actividades industriais poluentes e, ou a) O Regulamento do Plano;
incompatíveis com outras funções e usos do espaço
b) A planta ou as plantas e todas as representações gráficas
urbano; e cartográficas necessárias à perfeita identificação,
g) A identificação das zonas de protecção ambiental e, no dentro da área urbana, de todos os elementos físicos
geral, das áreas de importância ecol6gica; cuja definição quantitativa e qualitativa sejam
h; A definição da rede de estradas e a distribuição dos indispensáveis à perfeita compreensão e materialização
dos Planos;
equipamentos;
c) O programa de execução das intervenções autárquicas
i) As necessidades financeiras e para as acções de
previstas no Plano Geral de Urbanização ou no Plano
desenvolvimento projectadas;
Parcial de Urbanização, e a identificação e quantificação
j) Cartas e esquemas gráficos que traduzam o seu conteúdo. dos meios financeiros necessários.

SECÇÃO III SEcçÃO IV


Planos Gerais elou Parciais de Urbanização Plano de Pormenor

AKfIG044 ARTIGO 46
(Oblectlvos dos Planos Gerais elou Parcl"ls de Urbanização) (Oblectlvos do Plano de Pormenor)
Constituem objectivos do Plano Geral de Urbanização elou Constituem objectivos do Plano de Pormenor:
do Plano Parcial de Urbanização: a) A definição dos limites exactos da área de intervenção:
a) A materialização dos princípios e parâmetros definidos b) Os valores naturais a preservar e a desenvolver;
pelos Planos de Estrutura Urbana, abrangendo escalas c) Os valores patrimoniais e históricos a proteger;
e domínios territoriais diversos;
á).A situação legal de cada parcela ocupada ou livre de
b) A evolução demográficada população da autarquia local ocupação;
e os modelos de ocupação do ,espaço urbano e) A integração das redes viárias e de serviços na malha
correspondentes; urbana geral;
c) As reservas de espaço para uso público; f> O desenho urbano com o tratamento altimétrico do terreno,
á) A dimensão e o esquema geométrico da subdivisão do a definição das vias de circulação motorizada e pedonal,
solo urbano para os diversos usos; os estacionamentos, a forma e o tratamento, dos
e) As áreas com valores paisagísticos excepcionais, ou que espaços públicos, os alinhamentos das construções,
façam parte do património cultural a conservar, e os a localização dos equipamentos públicos e de interesse
princípios a observar para o planeamento das áreas colectivo, as envolventes volumétricas dos edifícios a
adjacentes cujo desenvolvimento possa afectar a construir, as zonas verdes a preservar ou a criar;
conservação daqueles valores; g) Os índices de ocupação da superfície e os parâmetros
fJ As zonas urbanas a reqúaliflcar, dentro do princípio do urbanísticos a respeitar com a definição das densidades
a obter, número de pisos e cérceas;
respeito pela ocupação existente e da sua progressiva
integração no tecido urbano planificado com infra- h) Os edifícios e outras estruturas a conservar e a demolir;
-estru~as e serviços urbanos essenciais; i) As expropriações a executar;
g) A estrutura viária geral e local, incluindo os princípios de j) A estratégia de execução do Plano de Pormenor para a sua
separação de sistemas de tráfego, onde e como área de aplicação.
aplicáveis;
ARTIGO 47
h) A localização das vias férreas, linhas de alta tensão, (Con,teúdo)
aquedutos, sistemas de drenagem de águas superficiais
e de águas usadas e de todo e qualquer outro sistema Constituem elementos integrantes do Plano de Pormenor os
seguintes:
ou infra-estrutura .para uso público e interesse
colectivo; a) Relatório que fundamenta a solução urbana adoptada e
i) A estrutura e os princípios específicos a usar para a explicita a observância das regras estabelecidas pelos
Planos Gerais elou Parciais de Urbanização para a sua
progressiva pedonalização do tecido urbano nos
área de intervenção;
centros de actividade rnultifuncional e nas zonas
residenciais; b) A definição das regras e normas de ocupação do solo;
c) Planta de implantaçãoda área do Plano de Pormenor;
j) A definição das unidades espaciais que podem ou devem
ser objecto de planos parciais de urbanização ou de ti) Plantas, perfis e secções e todos os outros desenhos de
pormenor; pormenor. com todas as indicações gréficas e escritas
necessárias à perfeita compreensão das intenções do
k) Os indicadores quantitativos e qualitativos e os
plano e suficientemente pormenorizadas, em todos os
parâmetros urbanísticos a utilizar para cada uma das
aspectos técnicos e dimensionais, para evitar qualquer
carecorlas de esnaco urbano. ",",h~n••:rI""'Q n •• ~ •••• int- ••.rnr ••.t •••.•;;;o.
- ---------------------
I SÉRIE - NOMERO 26
214-(30)
e) ,Programa das acções necessárias à execução do plano, h) A carta da jurisdição administrativa sobre cada parcele
estimativas orçamentais e plano de financiamento para dos terrenos;
úua materialização. i) Todos os elementos definidores de caracterfsticas úÍ)ieat
que justifiquem a sua:qualificação e que não estejan
CAPfTuLO VII considerados nas aUneas a) a h) deste artigo.
Regime Jurfdlco d081n8trumentos de Cl\réoter Gerei ARuooSO
(Compet6nola)
sECÇÃo I
Quallfloaçio iloa 8010. A qualificação dos soles é elaborada.por iniciativa do 6rgli<
que superintende a actividade de ordenamento do território I
ARTIoo48 aprovado pelo Conselho de Ministros.
(Obleo11vos !la Quallfloaçlio doa solos)
SllCçAo II
I. Constitui objectivo da qualifiéaçiio dos solos determinar a
Cla•• lflcav60 do •• 010.
extensão e os limites-das parcelas do território com regimes de
uso específico ouqueimponham restrições a mitras actividades ÂR'!looSI
que não .as especificamente previstas, a classificar como zonas (ObJectiVO' da' CI••• lfloaçlio doa Solos)
de protecção, designadamente: -
a) Parques nacionais, reservas nacionais. coutadas e I. Constituem objectivos da classificação dos solos:
fazendas de bravio; a) Garantir o uso e aproveitamento correcto'<losterrenos'
b) Zonas de-uso e valor histórico-cultural; assegurar a preservação da es\l'utura ecológica de
c) Áreas de programas comunitários de protecção ou territõrio garantindo a sua sustentabilidadé ambiental
conservação da natureza; b) Identificar. dellmitar e determinar as parcelas do territ6ri,
ti) Zona ~steira, zonas húmidas e zonas inundáveis; nacional Quesejam objecto de preservação ambiental
e) Zonas de,.protecção parcial; de preservação do património cultural de 'carácte
f) Zonas de protecção arqueológica; histórico. monumental ou paisagístico. ede reserv
g) Património cultural classificado, incluindo monumentos. para o estabelecimento de redes nacionais di
,conjuntos, sítios ou lugares. elementos naturais; acessibilidade, de infra-estruturas e de equipamento
. '
h) Areãs de reserva para actividades mineiras, gasodutos e militares;
'l'Íleodutos, instalações eléctricas, portos e caminhos- c) Determinar o regime político - administrativodo territ6ril
-de-ferro; em solo urbano e solo rural,
i) Zonas de cenário único ou paisagens; 2. A categorização dos solos mencionada na altnea c) do.n."
)1 Árvores e acidentes naturais de interesse público; do 'presente artigo, determina a extensão e 'limites geográfico
k) Zonas de reserva do Estado; das parcelas do território sujeitas ao respectivo regime.
Í) Zonas de aquacultura;
A!<'noo52
m),Zonasde usé militar.
(Cont.údo)
2. A qualificação dos solos deve ser sempre considerada e
respeitada no momento da elaboração de qualquer dos outros Constituem elementos integrantes.da classificação dos solo
instrumentos de ordenamento do território, os seguintes:
AI<l'Ioo49 a) A localização geográfica dos terrenos a classificar definid
(Cont.údo) pelos seus vértices;
Constituem elementos Integrantes da quallficaçiio dos solos b) A extensão e a superflcie dos terrenos a classifica
os seguintes: expressa em hectares;
a) A localização dos terrenos a qualificar definida pelas c) O regime administrativo de cada parcela dos terrenos,
coordenadas geográficas dos seus vértices; classificar;
a
b) A extensão e superffcíedos terrenos a qualificar expressa ti) A ocupação humana expressa pela sua densidade er
em hectares; unidades não superiores ao quilómetro quadrado num
c) Amorfologia dos terrenos a qualificar expressamente pela malha referenciada geograficamente;
sua orografia, pedologia, geologia, hidrologia; e) O cadastro de oada parcela dos terrenos a classificar con
ti) A descrição da sua cobertura vegetal;
referencia à natureza <laocupação, dos direitos de us
e) O inventârio <lasespécies anímats mais significativas com e aproveitamento da terra 'concedidos a privados par
, especial referência a espécies em vias de extinção; exploração agrária. industrial,comercial ou outra e par
f) O cadastro das terras com direito de uso e aproveitamento uso residenCial;
de terra (DUA'!') atribuldo, das terras com direito~ de
f) Acarta geogmfica'da&infra-estruturasviárias,classificada
ocupação comunitária, dos termos baldios e das
reservas do estado; segundo a sua importância; a implantação d.
g) O resumo histórico da ocupação humana com especial instalações de captação, transporte e distribuiçã.
de água; a implantação de unidades geradoras d,
refer~nc.i,\ a as~e,ctos culturais e religiosos com . " ... . .
I QEJULHODE2008 214-(31)

transformadoras; a Iocafização dos grandes SECÇÃO IV


equipamentos e infra-estruturas eletransportes, saúde, Inventários Ambientais, Sociais e Económicos
educação, indústria, culturais e religiosos, desportivos,
e outros relevantes; AR11G058

g) O resumo histórico da ocupação humana dos terrenos a (Oblectlvos dos Inventários Ambientais, Sociais
classificar e da sua inter-relação com os povos e E,conómlcos)
limítrofes; Constituem objectivos dos inventários ambientais, sociais e
h) O resultado das consultas às comunidades residentes económicos:
nos terrenos a classificar quanto à aceitação das
alterações administrativas decorrentes de uma nova a) Estabelecer as bases quantitativas e qualitativas,
classificação. necessárias, à elaboração dos instrumentos do
ordenamento territorial a todos os níveis;
AR110053
b) Tornar compreensível a dinâmica dá evolução dos
(Competência)
fenómenos ambientais. sociais e económicos no
A classificação dos solos é elaborada por iniciativa do Governo território nacional para possibilitar a elaboração de
e submetida à aprovação da Assembleia da República. cenários de' evolução e dos prognósticos
indispensáveis à formulação de estratégias de
SECÇÃO III
desenvolvimento socioeconómico do país, que tenham
Cadastro Nacional de Terras em conta a preservação e sustentabilidade dos recursos
naturais concretizadas em acções de planeamento;
AR110054
(Objectivos do Cadastro Nacional de Terras) c) Servir como base de dados ao estabelecimento de
projectos de investimento públicos ou pri vados,
Constituem objectivos do Cadastro Nacional de Terras: nacionais ou estrangeiros.
a~Qualificar, em termos económicos, os dados dos titulares
AR110059
dos direitos de uso e aproveitamento da terra, bem
como a localização geográfica, a forma, as regras e os (Competência)
prazos de utilização e os usos e ou a vocação A responsabilidade pela elaboração, actualização e divulgação
preferenciaJ para a utilização, protecção e conservação dos inventários ambientais, sociais e económicos é sectorial,
dos solos; devendo tais instrumentos ser disponibilizados para consulta
b) Permitir a fundamentação do ordenamento do território e através do órgão que superintende a-actividade de ordenamento
a distribuição dos recursos do país. do território.

AR110055 SEcçÃO V
(Conteúdo)
Zoneamento
O Cadastro Nacional de Terras estabelece:
AR11G060
a) As cartas topográficas que descrevem a paisagem em
(Objectivo do Zoneamento)
mapas, a diversas escalas, onde estão registadas as
Concessões'e as ocupações de terras para os diversos Constitui 'objectivo do zoneamento salvaguardar as
usos, incluindo o cadastro mineiro; qualídades ecológicas e ambientais das diversas regiões do
b) Uma base de dados' mais vasta que integra todas as território nacional definindo limites à sua ocupação humana,
informações de ordem física, administrativa, social, exploração económica e qualquer outra forma de utilização por
económica e cultural que têm expressão geográfica. forma a impedir a sua degradação ambiental e a fomentar o seu
uso. sustentável.
AR11G056
AR11G06/
(Competência)
(Conteúdo)
lo A responsabilidade pela elaboração, actualização e
divulgação do Cadastro Nacional de Terras é do órgão central Constituem elementos integrantes do zoneamento os
que superintende o sector da terra, funcionando junto aos seguintes:
serviços de cadastro. a) A definição' e localização geográfica e a caracterização
2. A responsabilidade pela elaboração, actualização e ambiental das áreas a considerar para zoneamento;
divulgação do cadastro urbano é da Autarquia Local ou b) A.caracterização das formas de ocupação dos terrenos
Administração Distrital, conforme os casos, que devem manter dentro das áreas a considerar para zoneamento,
permanentemente actualizado o cadastro onde se transcreve a incluindo os direitos estabelecidos por DUAT, ou
evolução. da distribuição e do uso da terra urbana. outros;
c) Ao caracterização das qualidades naturais estabelecidas
AR11G057
como únicas da área a considerar; •
(Direito de acesao ao cadastro)
d) A caracterização das relações de interdependêncianatural,
Todos os cidadãos têm o direito de acesso às informações Infra-estrutural, administrativa, económica, ou outras,
contidas no Cadastro Nacional de Terras, nos limites definidos da área a considerar, com a região onde se insere;
por lei, e) A história da ocupação humana,da área a considerar.
21+-(32) ISÉRIE-NÚMER02t

AR110062 significativa das, perspectivas de 'desenvolvimento econ6~ico ,


(Competinola) social, por um lado, ou'da realidade ambiental que determlncu
sua elaboração. por, outro lado. quando a sua execução poss
I. A responsabilidade pela elaboração. actualização e pôr em causa a prossecução de relevante interesse público.
divulgação do zoneámento compete ao órgão responsável por
cada instrumento de ordenamento territorial. consoante o nlvel 2. A resolução ou deliberação que determinar a suspensã:
deve ser devidamente fundamentada, conter o prazo e a Incidênci
de intervenção, devendo tal instrumento ser disponibilizado para territorial da suspensão e indicar, em termos expressos, a
consulta através do órgão que superintende a actividade de disposições suspensas.
ordenamento do território.
3. A resolução Ou deliberação deve ser publicada no Boletln
2. Ao õrgão que superintende a actividade doorêenarnento da Repl1blica e devidamente publicitada através dos meios d,
territorial compete a compatibilização e harmonizaçllo dos diversos comunicação social.
interesses sectoriais.
4. A suspensão dos instrumentos de ordenamento terríloris
CAPITULO VIIl segue. com as devidas adaptações. os. procedimento
estabelecidos no presente Regulamento para a sua elaboraçãc
Altera9io, Revido e Suspendo doa Instrumentos aprovação, ratificaçlo e publicação.
de Ordenemento Territorial
CAPITULO IX
ARTIoo63
(Alte'a910) Defesa doslnstrumentoa de Ordenamento 'rerrltorlal
I. A alteração dos instrumentos de ordenamento territorial s6 ARTIoo;>66
pode ser feita como consequência dos seguintes factores: (Oarantl •• dQ. partlculare.)
II) Aprovação e entrada em vigor de leis que contlituam com
Os particulares gozam, no âmbito dos instrumentos d
PS respectivas disposições ou que estabeleçam ordenamento ambiental, das garantias gerais previstas n
qualquer tipo de restrição ou servidão de utilidade legislação do processo administrativo contencioso e nll8Norma
pública; Gerais do Funcionamento da Administração Pübllct
b) Situações manifestamente excepcíonals, corno calamidade nomeadamente:
pública, alteração substancia! das condições jurídico- II) Do direito de acção' popular;
-administrativas, econõmlcas, sociais. culturais e b) Do direito de petição, queixa e reclamação perante
ambientais que fundamentaram a elaboração destes. autoridade administrativa;
2. Os Planos Distritais de Uso da Terra e os Planos de Estrutura c) Do direito de apresentação de queixa ao Ministéri
Urbana, só podem ser objecto de alteraç~o uma vez decorridos Público;
cinco anos após a respectiva entrada em vigor. á) Do direito de apresentação de queixa ao Provedor d
3. A alteração dos Instrumentos de ordenamento territorial Justiça;
segue, com as devidas adaptações, os procedimentos e) De outros direitos previstos na lei.
estabelecidos no presente Regulamento pára a sua elaboração.
aprovação, ratificação e publicação. ARTIoo67
(Aotillo do Mlnleiérlo Público)
ARTIoo64
(Flevl.lo)
A defesa dos instrumentos .de ordenamento territorial. ser
prejuízo dos direitos dos lesados, designadamente quanto
I. A revisão dos instrumentos de ordenamento territoríaísõ propositura de acções de impugnação previstas na lei, está pr
pode ocorrer em Caso de necessidade de adequação dos mesmos lei atrlbuída ao Ministério Público. o órgão a quem compete
ãevolução das condlçõeajurfdicas, administrativas. económicas. defesa da legalidade. no reforço dajustiça aos cidadãos e demai
sociais, culturais, demogrãficas e ambientais que determinaram a entidades.
respectiva elaboração. desde que decorridos cínco anos após a
entrada em vigor dos mesmos. CAPITULO X
2. Não obstante o dlspostono número anterior, a revisão pode Exproprla9io para Efeitos! de Ordenamento
ainda ser efectuada em casos de suspensão dos Instrumentos de Terrltorlel
ordenamento territorlal e da necessidade da sua adequação à
prossecução dos-interesses públicos que a determinarem .. ÀJmoo68
3. Os Planos Distritais de Uso da Terra e os Planos de Estrutura (Exproprle\>lopor Int.' ••••• nec ••• I\lids ou utilidade
, pública)
Urbana silo obrigatoriamente revistos uma vez decorrido o prazo
de dez anos após a sua entrada em vigor ou após a sua última I. Observando escrupulosamente o preceituado na lei,
revisão. Administração Pública pode intervir na çsfera jurldica do
cidadãos através da expropriação de imóveis de propriedad
4. A revisão dos instrumentos de ordenamento territorial segue, ' privada quando isso se.revele indi~pens~vel à prossecução do
com as devidas adaptações, os procedimentos estabelecidos no Interesses colectivos previstos nos instrumentos de ordenament
presente Regulamento para a sua elaboraçllo. aprovação, territorial. .
ratificação e publicação. 2. A exproprlação para efeito~ de ordenamento territorial'
ARTIGO 65 considerada efectuada por interesse público, quando tiver com
(Suspenelo)
objectivo final a salvaguarda, de um. interesse comum d
comunidade, podendo ser declarada nos casos seguintes:
I. A suspensão, total ou parcial. dos instrumentos de II) Aquisiçllo de áreas para a implaillllção de ínfra-estrutura
ordenamento territorial é determinada quando Se verifiquem económioas ou ~ociai~ com grande impacto sÓCif
• __ • .fI ! '. ~ .• " I.. • I, ••
J DE Jl/UfO DE 2008 214-(33)

b)Preservação dos solos, de cursos e mananciais de águas, c) Modalidades e prazos para o pagamento das
e de áreas ricas em termos de biodiversidade ou de indemnizações devidas;
infra-estruturas de interesse público ou militares. d) Prazo para tomada de posse dos bens expropriados pela
3. A expropriação para efeitos de ordenamento territorial é entidade expropriante;
considerada efectuada por necessidade pública, quando tiver e) Prazo pari que o expropriado possa contestar os termos
como objectivo final, propiciar que aAdministração Pública possa da indemnização e entrega do bem se não concordar
atender situações de emergência, originadas por ocorrência ou com a proposta do expropriante,
possibiJidade de desastres ou calamidades naturais ou similares. 4. Nos casos em que o expropriado usar do direito constante
4. A expropriação, pari efeitos de ordenamento territorial. é da alínea e) do n.· 3 do presente artigo, o processo é dirimido
considerada efectuada por utilidade pública, quando tiver como por aplicação, com as necessárias adaptações, do disposto nos
objectivo final a prossecução de finalidades próprias da n.'" 3, 4 e 5 do artigo 13 da Lei n." 3/93, de 24 de Junho.
Administração Pública, enquanto provedora da segurança do
Estado, manutenção da ordem pública e satisfação das ARIlG072
necessidades de toda a sociedade. (Remoção de lldlflcaçõe.)

ARIlG069
A remoção 'de edificaçõesnas áreas que constituem objecto
de um instrumento de ordenamento territorial só poderá ser
(Declaração de intereaae, neceaaldade ou utilidade pública)
autorizada, mediante observância do disposto no artigo seguinte.
J. A expropriação é sempre precedida de declaração pública quando:
do interesse. necessidade ou utilidade pública da área a
a) Seja necessária para a execução de um plano de pormenor;
expropriar, na qual são indicados os fundamentos que motivam a
expropriação. b) Tais edifícios careçam dos requisitos de segurança e
salubridade indispensáveis ao fim a que se destinam e
2. A declaração indicada no número anterior é emitida pelo
a respectiva beneficiação ou reparação seja técnica ou
Governo. sob proposta dos órgãos competentes para aprovar os
economicamente inviável.
instrumentos de ordenamento territorial nos termos deste
Regulamento. e deve ser publicada em Boletim da República. CAPITULO XI
3. O pedido de declaração de interesse. necessidade ou
Eficácia, Publicidade e Monitorização
utilidade pública. a ser apresentado pelo órgão responsável pela
elaboração do instrumento de ordenamento territorial em causa, ARTIGO 73
deve ser acompanhado das provas documentais e das certidões
(Publlcaçio no Bolerlm da República)
legais relativas ao património a expropriar.
4. A entidade requerida poderá determinar. sempre que se 1. A eficácia dos instrumentos de ordenamento territorial
mostre necessário. a juntada de outros documentos tidos como depende da respectiva publicação em Boletim da República.
necessários eJou a prestação de esclarecimentos considerados 2. Para além das resoluções da Assembleia da República
impresC'Ín~íveis para a tomada de decisão. relativas ao Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial ou
aos Planos Especiais de Ordenamento do Território. são
ARTIGO 70
publicados em, Boletim da República:
(Indemnização pela Expropriação)
a) A resolução do Conselho de Ministros que aprovar a
I. A expropriação por interesse, necessidade ou utilidade Classificação dos Solos;
pública dá sempre lugar ao pagamento de uma jnsta b) A resolução do Conselho de Ministros que ratificar os
indemnização, nos termos da lei. Planos Provinciais de Desenvolvimento Territorial;
2. A justa indemnização deve ser efectuada previamente à c) O despacho do Governador Provincial que ratificar os
transferência da propriedade ou posse dos bens a expropriar. Planos Distritais de Uso da Terra;
3. Por justa indemnização entende-se aquela que cobre não só d) O despacho do Governador Provincial que ratificar os
O valor real e actual dos bens expropriados. ii data do pagamento, Planos de Estrutura Urbana; os Planos Gerais e Parciais
como também os danos emergentes e os lucros cessantes do
de Urbanização; e os Planos de Pormenor;
proprietário, decorrentes do despojamento do seu património.
e) A ratificação do acto da Assembleia Provincial que
ARIlG07l determinar a suspensão total ou parcial de Planos
(Proceaao expropriatórlo) Provinciais de Desenvolvimento Territorial;

I. O processo expropriat6rio inicia-se com a notificação do


fJ A ratificaçãodo acto do Governo Distrital que determinar
titular de direitos sobre o bem a expropriar, pela entidade que a suspensão total ou parcial de Planos Distritals de
propôs 'i expropriação, da sua intenção de o expropriar do bem Uso da Terra;
em causa. g) A ratificação da deliberação da Assembleia Autárquica
2. O Estado tem preferência nas transmissões a título oneroso que determinar a suspensão total ou parcial de Planos
de edifícios situados nas áreas de planos com execução de Estrutura Urbana; Planos Gerais e Parciais de
programada. Urbanização; ou Planos de Pormenor.
3. O documento notificatório deve conter:
ARTIGO 74
a) Cópia da publicação da declaração que deu competência
(Outro. melo. de publlcldada)
para promoção da expropriação (no caso de
concessionárias e entidades da Administração 1»,0 Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial, os Planos
indirecta), com planta ou descrição dos bens e suas Especiais de Ordenamento do Territõrio, a Classificação dos Solos
conformações; e os Planos Provinciais de Desenvolvimento Territorial publicados
h) Pronosta cios termos de cálculo da indemnizacão: nos termos do artigo anterior devem ainda ser objecto de
214-(34) I SÉRIE - NOMERO 26

divulgação obrigatória nos meios de comunicação social, CAPiTULO XII


designadamente. num jornal diário e num semanário de FlscaUzaçio, Infracções e 88nções
abrangência nacional.
2. Os Planos Distritais de Uso da Terra. os Planos de Estrutura ARnG077
Urbana; os Planos Gerais e Parciais de Urbanização e os Planos (FI80allza9110)
de Pormenor devem ser objecto de divulgação nós jornais de I. Compete ao órgão que superintende o ordenamento de
âmbito local. se existirem. bem como num jornal de abrangência território. fiscalizar o cumprimento do disposto nõ presente
nacional e afixados nos lugares de, estilo das administrações de Regulamento, visando monítorar, disciplinar e orientar as
distrito e das autarquias. conforme os casos. actividades de ordenamentq territorial. constatar aI<infracções e
AATIG075 proceder ao levantamento dos autos de noticia. sem prejuízo da!
competências e atribuições especificas dos outros órgãos e
(Regl8to e oon8ulte)
instituições do Estado.
I. O órgão que superintende a actividade do ordenamento do 2. Compete aos governos distritais e aos órgãos executivos
território deve proceder ao reglsio de todos os instrumentos de -das autarquias. no que se refere aos instrumentos de
ordenamento territorial, incluindo as suas alterações e revisões. ordenamento territorial ao nlvel dlstrítat e autãrquico.
bem assim as suspensões que venham a ocorrer. respectivamente, fiscalizar o cumprimento do disposto nc
2,.Os órgãos de Administração Pública de Distrito devem criar presente Regulamento.
e manter um sistema que assegure a consulta. por partes de todos 3. Compete às entidades que tutelam as áreas de domínic
os eventuais interessados, dos instrumentos de' ordenamento público e as zonas de protecção parcial fiscalizar o cumprimente
territorial com incidência sobre o território distrital. do disposto nos instrumentos de ordenamento territorial em
relação a tais áreas. de modo a obstar que estas sejam ocupadas
3. As autarquias locais devem criar e manter um sistema que e utilizadas em prejuízo do fim para o qual foram estabelecidas.
assegure a consulta, por partes de todos os eventuais 4. No exercício das suas funções, os agentes de fiscalizaçãe
interessados, dos Instrumentos de ordenamento territorial com das entidades acima referidas devem apresentar-se devidamente
incidência sobre o território autárquico. identificados;
4. Para os efeitos referidos no n.· 1 do presente artigo, devem 5. Sempre que necessário. os agentes de fiscalizaçãO poderr
os órgãos responsáveis pela 'elaboração de Instrumentos de recorrer ao auxílio da autoridade mais próxima e às autoridade!
ordenamento territorial enviar. em duplicado, ao órgão que policiais para garantir o pleno exercício das suas funções.
superintende a actividade do ordenamento do território. no prazo
ARnoo78
de trinta dias. cópia autenticada da acta da sessão que aprovou
(Auto de notlola)
o instrumento. acompanhada de todos os seus elementos
fundamentais. I. Ao constatarem ou tomarem conhecimento da prática de
uma infracção, os serviços de fiscalização devem levantar um
ARTIGO76 auto de noticia, lavrado em triplicado. que deve conter:
(Baae de dadoa. oontalldo. lormato e oompetênola
de ordenamento) a) A identificação dos factos que constituem a infracção.
sua descrição e as respectivas provas;
.1.A fim de facilitar a execução da polltlca de ordenamento do
território, deve ser criada uma base de dados naclonal e
b) A identificação dos infractores e' outros agentes da
infracção;
centralizada. onde se encontrem disponíveis todas as
informações de ordem geográfica e econõmíco-soclal, incluindo c) A identificação de testemunhas, se as houver;
as informações fisiográficas e morfológicas. sobre todos os ti) Os instrumentos de ordenamento territorial violados, com
sistemas infra-estrutura is. equipamentos sociais. cadastro e alusão expressa às disposições concretas infligidas;
implantação geográfica e quantitativa dos dados dos e) O nome. assinaturae qualidade do autuante.
recenseamentos populacionais e socioeconómicos.
2. O autuante, no momento do levantamento'do auto de notícia,
2. Devem ser criados neves quadros informativos. deve notificar do facto o infractor. com indicação da norma
assegurando-se a sua disponibilidade. tal seja a cobertura vegetal infringida, sua penalidade e outras consequências. caso existam.
diferenciando os tipos de vegetação. as terras cultivadas, as
zonas ecol6gicas e climáticas, as zonas com caractertstlcas 3. Pode ser levantado um único auto de noticia por diferente!
'ambientais especificas. as densidades populacionais, as redes infracções cometidas na mesma ocasião ou relacionadas umas
de comunicação, e outras. com as outras, embora sejam' diversos os agentes.
3. A base de dados de que trata o presente artigo deve estár 4. Os autos de noticia levantados nos termos do mlmero
disponível em forma dç Sistema de Informação Geográfico (S.I.O) anterior fazem fé em qualquer fase do processo. até prova em
em suporte rlgido. ou digitalizada. e através da Internet. contrário, quanto aos factos presenciados pela autoridade ou
4. Cabe ao, órgão que superintende a actividade do agente de fiscalização que os mandou levantar ou levantou.
ordenamento do território organizar e manter actualizada a base ARnG079
de dados. responsabilizando-se pela sua monitorização através
(Principio geral 80bre Inlr.096e. e 8.n968.)
do acompanhamento, recolha e tratamento de informação de
carácter estatístlco, ambiental, técnico e cientifico relevante. na As violações das disposições dós instrumentos de
construção de um sistema nacional de informação sobre o ordenamento territorial são passiveis de responsabilização
territõrío, articulando-se aos níveís nacional. provincial, distrital administrativa, civil, disciplinar e-penal, consoante o tipo de
e autárquico. infracção, nos termos da legislação aplicável.
I DEJULHODE2008 214-{35)

ARTIGO80 ARJ1G084
(Cnmpatlbllldade com o pressuposto de validade dos (Não pagamento voluntário da multa)
Instrumentos de ordenamento territorial)
Não tendo sido efectuado qualquer pagamento voluntário da
I. A compatibilidade entre os diversos instrumentos de multa no prazo fixado neste Regulamento. as entidades referidas
ordenamento territorial é condição da respectiva validade. no artigo 77 devem enviar os autos de notícia. no prazo de dez
2. São nulos os planos elaborados e aprovados em violação dias. após o termo do prazo estabelecido no artigo anterior devem
de qualquer instrumento de ordenamento territorial com o qual remeter os autos ao Juízo Privativo de Execução Fiscal para a
devessem ser compatíveis. cobrança coerciva.

ARTIGO81 ARJ1G085
(De8tlno dos valores cobrados)
(ComJ:18tlbllldade com o pressuposto de validade dos actos)
, I. Os valores resultantes da cobrança das taxas têm o seguinte
I. A compatibilidade dos actos praticados em relação aos destino:
instrumentos de ordenamento territorial em vigor é condição da
a) 60% para o Orçamento do Estado;
respectiva validade.
b) 20 % para o FUNAB;
2'. São nulos os actos praticados em violação de qualquer
c) 20 % para o órgão que superintende a actividade do
instrumento de ordenamento territorial em vigor.
ordenamento do território a nível distrital ou autárquico.
ARTIGO82 tratando-se de planos deste nível. conforme, os casos.
(Responsebllldade administrativa) .2. Os valores resultantes do pagamento de multas têm o
seguinte destino:
I.Sem prejuízo das demais sanções fixadas por lei. as infracções
a) 40% para o Orçamento do Estado;
ao presente Regulamento são punidas da seguinte forma:
b) 40% para o órgão que superintende a actividade do
a) Não dar início à elaboração ou revisão dos instrumentos ordenamento do território a nível distrital ou autârquico,
de ordenamento territorial dentro dos prazos definidos tratando-se de planos deste nível. conforme os casos;
no presente Regulamento. punida com uma pena de c) 20% para o FUNAB.
50 000. OOMT(cinquenta mil meticais);
3. O Ministro que superintende a Coordenação da Acção
b) São punidos com uma pena que varia de 30 000.00 MT Ambiental estabeleeerá, por despacho. o montante dos valores
oo
(trinta mil meticais) a I 000.00 MT (cem mil meticais). resultantes do pagamento de taxas e multas. a consignar ao
os especialistas. técnicos méd ios e superiores que FUNAB para o reforço dos serviços de inspecção ambiental.
participem na elaboração de instrumentos de
ordenamento territorial sem prévio registo como ARJ1G086
consultores. nos termos do presente Regulamento; (Embargo)
c) O licenciamento de actividades contra o disposto nos I. Sem prejuízo da multa aplicável. pode ser determinado o
instrumentos de ordenamento territorial, punida com embargo de obras, trabalhos e quaisquer actividades realizadas
uma pena de 500 000,00 MT (quinhentos mil meticais); com manifesta violação dos instrumentos de ordenamento
territorial.
d) A realização de obras e a utilização de edificações contra
o conteúdo dos instrumento s de ordena- 2. São competentes para embargar o órgão que superintende
mento territorial. punida com urna pena que varia de a actividade do ordenamento do território. o Administrador do
50.000.00 MT (cinquenta mil meticais) a 500.000.00 MT Distrito e o órgão executivo da Autarquia. sempre que estejam
(quinhentos mil meticais); em causa. instrumentos de ordenamento territorial.
e) A utilização do solo contra o conteúdo dos instrumentos
ARJ1G087
de ordenamento terrltorial, punida com uma pena
(Demolição de obras contrárias a Instrumentol
que varia de 50 000.00 MT (cinquenta mil meticais)' de ordenamento territorial)
a 500000.00 MT (quinhentos mil meticais);
.I. Sem prejuízo da multa aplicável. pode ser determinada a
fJ Permissão de ocupação e utilização das áreas de domínio demolição de obras que violem instrumentos. de ordenamento
público em prejuízo do fim para os quais foram territorial, em especial de nível distrital ou autárquico.
estabelecidas. punida com uma pena de 500 000.00 MT 2. As despesas com a demolição correm por conta do dono
(quinhentos mil meticais). das obras a demolir e. sempre que não forem pagas
2. Compete aos Ministros que superintendem as áreas de voluntariamente no prazo de quinze dias a contar da notificação
Finanças e Coordenação da Acção Ambiental. através de diploma para o efeito. são cobradas coercivamente, servindo de título
ministerial conjunto. proceder à actualização dos valores das executivo a certidão passada pelos serviços competentes. onde
taxas e multas previstas no presente Regulamento. conste. para além de outros aspectos. a identificação do dono da
obra e o montante em dívida.
ARJ1G083 3. As obras de demolição referidas no presente artigo não
(Pagamento voluntário da multa) carecem de licença.
I. O auto de notícia passado por infracção a qualquer das 4. São competentes para ordenar a demolição as entidades
normas constantes no presente Regulamento deve ser remetido. referidas no n.· 2 do artigo anterior.
no prezo de quarenta e oito horas, à entidade competente para o AlmG088
processo de transgressão e aplicação da respectiva multa. para (Desobediência)
efeitos de pagamento voluntário da multa.
O prosseguimento dos trabalhos que tenham sido embargados
2. O prazo para efeito de pagamento voluntário da multa é de ao abrigo do artigo 86 do presente Regulamento. constitui crime
Quinze dias. contados a partir do momento da notificação. de desobediência aualificada. nos termos do Cõdiao Penal.
214--{36) ISÉR1E-NÚMER026
CAPfTtlLO XIlI Decreto n.· 2412008
Disposições tlnsls e transitórias de 1 de Julho

ARTIOO89 ALei n.· 20/97. de I de Outubro, Lei do Ambiente. estabelece


(Regleto de consultores) as bases gerais do regime de protecção do .arnblente, proibindo
nomeadamente. o lançamento para atmosfera, de quaisquer
I. O órgão que superintende a actividade de ordenamento do substâncias tóxicas ou poluidoras. a produção e o depósito nc
territóriocriaráum sistemade registoem ordenamentodo território. solo. e atribuindo ao Governo a responsabilidade de assegurai
2. Só podem participar na elaboração de instrumentos de que sejam tomadas medidas para a protecção da camada de ozono
ordenamento territorial em Moçambique os especialistas, técnicos Moçambique ratificou a Convenção de Vienasobre a Protecçãc
médios e superiores que estejam registados como consultores. da Camada do Ozono e o Protocolo de Montreal sobre a:
nos termos do presente Regulamento. Substâncias que destroem' a Camada do Ozono. através dt
Resolução n,? 8/93, de 8 de Dezembro. no quadro da necessidade
3. O registo deve ser efectuado na Direcção Nacional de de adopção de medídas.legíslatívas e administrativas apropnada:
Planeamento e Ordenamento Territorial e pode ser feito na de controlo. limitação, redução ou prevenção das actividade
qualidade de consultor individual. sociedade de consultoria ou humanas. sempre que se verifique que essas actividades têm oi
consórcio de sociedades de consultaria. poderão vir a ter efeitos nocivos resultantes de modificaçõet
efectivas ou possíveis da camada do ozono.
4. As sociedades nllo domiciliadas em Moçambique que
desejem trabalhar na elaboração de instrumentos de ordenamento Nestes termos. ao abrigo do disposto no artigo 33 di
Lei n.· 20/97, de Ide Outubro; o Conselho de Ministros decreta
territorial somente o podem fazer em regime de subcontratação,
associação ou de consórcio com consultores registados. devendo Artigo I. É aprovado o Regulamento sobre 'a Gestão da:
apresentar documento comprovativo do tipo de contratação. os Substâncias que Destroem a Camada de Ozono e respectivo:
anexos, com os quais é parte integrante do presente Decreto.
curricula vitarum e os certificados de habilitações dos técnicos.
Art, 2.Compete ao Ministro para a Coordenação da Acçlle
5. A emissllo do certificado acima referido deve ser requerida ambiental aprovar as normas que se mostrem necessárias par:
pelos interessados nos seguintes termos: assegurar a aplicação do Regulamento. ,
a) Nome, nacionalidade, profissão, local de trabalho e Art. 3. O presente Decreto entra em vigor noventa dias. apõ:
residência habitual; a sua publicação.
b) Certificado de qualificações académicas ou técnicas; Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos I~de Mail
de 2008.
c) turriculum vitae demonstrativo das experiências e
Publique-se.
conhecimentos;
A Primeira-Ministra. Lutsa Dias Diogo.
ti) Número de contribuinte;
e) No caso de sociedade. número de matrícula. registo
comercial e número de contribuinte.
Regulamento sobre a Gestão das
6. Recebido opedído, a entidade que superintende actividade SubstAncias que Destroem a Camada
de ordenamento do território deve emitir o respectivo certificado de Ozono
de, registo.
7. Em caso de düvídas reserva-se do direito de exigir CAPÍTULOI
comprovação das informações fornecidas pelos interessados .. Dlspoel911es geraIs
8. Para efeitos de registo de consultores são cobradas as ARTIOO
I
seguintes taxas: Deflnlv6 ••
a) Registo de consultores individuais - 10000,00 MT; Para efeitos do presente Regulamento. entende-se por:
b) Registo de empresas de consultaria - 30 000.00 MT.
a) Bagagem - os bens pessoais que o viajante transporu
ARll0090 consigo nas suas deslocações;
(Velldede dos Instrumentos existentes) b) Camada de ozono - a concentração de moléculasde OZ011<

I. É fixado em dois anos. contados da data de entrada em atmosférico que se localiza acima da camada limiu
vigor do presente regulamento. o praz,? para que as entidades planetária;
responsãveís pela elaboração dos instrumentos de ordenamento c) Centro de reciclagem - a unidade que executa I
territorial ao abrigo deste regulamento iniciem o processo de regeneração e ou puríflcação ou deposição final da:
'revisão para a sua adequação ao sistema de ordenamento substâncias controladas recolhidas de acordo com a:
territorial estabelecido pela Lei do Ordenamento do Território e suas características;
pelo presente Regulamento. ti) Efeitos negativos - as alterações verificadas no amblenu
físico ou bíota, incluindo alterações.clímãücas, coo
2.' Todos os instrumentos de ordenamento territorial efeitos nocivos significativos na saúde ou nl
actualmente existentes COntinuam em vigor até à respectiva composição, recuperação e produtivldade -dor
adequação ao sistema de ordenamento territorial estabelecido ecossistemas naturais ou construidos nas matéria:
na Lei do Ordenamentodo Territórioe pelo presente Regulamento. úteis ao homem;

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