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PESCA NO BRASIL

• O grande potencial da atividade pesqueira no Brasil é


favorecido por uma variada gama de ambientes interiores e
costeiros,entre estuarios, represas, baías, açudes e enseadas.
• A pesca em águas marinhas é atividade comercial praticada ao
longo de toda a costa, apresentando-se como atividade
econômica relevante.
• Tanto na costa como em águas interiores, a pesca é
predominantemente de características artesanais e os artefatos
utilizados incluem vários tipos de redes, linhas e armadilhas.
PESCA NO BRASIL
• Existe uma grande diversidade de apetrechos de pesca que são
utilizados, cada aparelho tem características e técnicas
específicas, direcionadas a áreas de atuação e espécies-alvo
diferentes.
• Pode-se observar muitas diferenças entre as 5 regiões do Brasil
relacionadas aos aspectos da pesca. Cada uma dessas regiões
utiliza apetrechos e técnicas distintas, devido à disponibilidade
e cultura de cada local.
TÉCNICAS DE PESCA UTILIZADAS NA REGIÃO
NORTE
REGIÃO AMAZÔNICA

• Alta diversidade de espécies explorada


• Pescarias artesanais, de médio e grande porte
• Predomina a pesca de subsistência, caracterizada por grupos
familiares, pequenas vilas e outras estruturas sociais de
pequeno porte.
• Caracteriza-se pela diversidade de apetrechos utilizados e
distintas modalidades de pesca:
• anzóis, rede de espera, tarrafa, barcos de madeira simples,
canoas, puçá entre outros.
REGIÃO AMAZÔNICA

PIRAÍBA
• Pesca comercial = pesca artesanal, destinada ao
abastecimento dos principais centros urbanos regionais,
utilizando-se barcos mais modernos.
• Pesca do bagre - caráter industrial, realizada por barcos com
casco de aço, comprimento entre 17 e 27 metros, tonelagem
líquida entre 10 e 105 toneladas e potência de motor entre 165
e 565 HP . A pesca é de arrasto de parelha sem portas
PESCA DA PIRAMUTABA
ARRASTO DE PARELHA SEM PORTAS
REGIÃO AMAZÔNICA
• Pesca de espécies ornamentais
• Cacuri: Armadilha cilíndrica, com uma abertura lateral, que permite
apenas a entrada de peixes pequenos. Construída em tela de nylon
com armação de ferro e madeira.
• Puçá: Espécie de peneira grande assentada em armação de madeira
ou ferro, usada para dar lances em locais onde exista abundância de
peixes ornamentais.
• Rapixés: Puçá artesanal, com dimensões variáveis.
• Rede de cerco: Rede de pequenas dimensões com malhas estreitas,
usadas para efetuar cerco a locais que abrigam grandes quantidades
de peixes ornamentais.
CACURI
RAPIXÉ
PARÁ
• Mais comum de pesca - redes (malhadeiras ou tarrafas)
• A prática de pesca com espinhel ou tiradeira vem em segundo
lugar
• Os currais também assume destaque
• Em menor proporção surge a pesca com puçá, matapi e a
captura de caranguejos e outras espécies dos manguezais
MATAPI
CAPTURA DE CARANGUEJOS
PARÁ
• Métodos artesanais variados - necessidade de que a
atividade seja desenvolvida ao longo do ano todo em
decorrência do caráter sazonal de disponibilidade das
espécies capturadas e da necessidade de regularidade.
• Pesca artesanal na região - caracteriza-se por ser
desenvolvida com regularidade, sendo que 90% dos
pescadores desenvolvem a atividade o ano todo.
PARÁ
• Pesca de espinhel - linha, normalmente de nylon, com uma série de anzóis
dispostos ao longo de sua extensão.
• Pesca de rede - bastante diversificada, dependendo da espécie e local:
malhadeiras (redes fixas), tarrafas (redes de lance, que dependendo do
tamanho das malhas podem ser chamadas de caçoeira, caiqueira ou
receber outras denominações dependendo da espécie a ser capturada)
• Pesca com curral – menos praticada, mas em determinados períodos do
ano garante o abastecimento e a renda para muitas famílias. São
estruturados com peças de madeira, ligadas por cipós e fixadas em áreas
próximos às margens que permitem o aprisionamento das espécies para
posterior despesca por ocasião da baixa da maré.
ESPINHEL COM ISCA NATURAL
MALHADEIRA
MALHADEIRA
CAÇOEIRA
ARMADILHAS MÓVEIS
ARMADILHAS FIXAS
REGIÃO NORDESTE
RIO GRANDE DO NORTE
LINHAS

• Todos os tipos de embarcações existentes no Estado


empregam este aparelho de pesca. O nylon utilizado é do tipo
monofilamento, com espessura variando de 0,3 a 2,0 mm,
possuindo um ou mais anzóis na extremidade da linha. Os
anzóis utilizados para captura de pequenos peixes, tais como,
garapau, biquara, mariquita, etc,.
LINHAS
• Linha de corso: utilizada na pesca de superfície, sendo constituída por
linha de nylon monofilamento 0,8 - 1,2 mm. A embarcação é mantida a uma
velocidade constante entre 3 e 5 nós. As embarcações comumente utilizam
uma ou duas linhas, entretanto, pode-se introduzir o corrico múltiplo que
permite o emprego de até 10 linhas.
LINHAS
• Linha de fundo: nylon monofilamento (0,5 - 2,0 mm), de
comprimento variável, condicionada à profundidade em que
será utilizada.
• Linha principal ou de profundidade onde prendem-se 2 ou 3
anzóis. Na extremidade da linha principal é fixado um peso,
denominado “chumbada”. A embarcação permanece ancorada
ou à deriva
Pesca com arpão
REDE DE EMALHAR (CAÇOEIA, REDE DE
ESPERA, REDE BOIEIRA, SERREIRA)
• Redes que ficam verticalmente na coluna d’água, onde o peixe
é emalhado, podendo ser de deriva, que opera ao sabor das
correntes, ou fixa pôr meio de fateixas.
• A fateixa é uma espécie de âncora artesanal usada por
jangadas e canoas de pescadores - construída com três
estacas de madeira na vertical e três na horizontal, formando
ganchos. No meio é colocado uma pedra grande e pesada, para
que a fateixa afunde, ancorando a embarcação. Muito usado no
nordeste Brasileiro
CAÇOEIRA
FATEIXA
REDES
• Jereré: construído a partir de três pequenas varas dispostas em
forma de triângulo isósceles (os dois lados maiores com cerca
de 70 cm de comprimento) que armam debilmente uma rede de
malha fina de nylon multifilamento.
• Utilizada, principalmente, pelas embarcações a vela. As
pescarias, na sua maioria, são de “ir e vir”, não utilizam gelo na
conservação do pescado.
REDES
• Arrastão de praia (tresmalho): é confeccionada com
panagens de nylon de poliamida multifilamento ou de nylon
monofilamento e o tamanho da malha diminui das mangas para
o saco, de cerca de 70 mm até 30 mm.
• Utiliza-se uma rede com aproximadamente 150 a 200 metros
de comprimento pôr 3 metros de altura.
• Este tipo de rede é utilizada, geralmente, em águas pouco
profundas, sendo recolhida a partir da praia.
ARRASTO DE PRAIA
REDES
• Rede de agulha: utilizada por embarcações motorizadas e
veleiras. É um tipo de rede de cerco. As operações de pesca
são realizadas na superfície, a rede possui aproximadamente
150 metros de comprimento.
• Ao detectar o cardume, a catraia, pequena embarcação
conduzida para esse tipo de pescaria, é jogada no mar com
uma das extremidades do cabo da rede enquanto a
embarcação realiza o cerco.
• Após o fechamento, a rede é recolhida manualmente e o peixe
transferido para o barco através de puçá. Empregam-se 4
pescadores nesse tipo de pescaria.
CATRAIA

Retirada com puçá


REDES
• Arrasto de porta: tracionada por uma embarcação entre 8 e 10
metros de comprimento.
• A abertura dessas redes é realizada por duas portas, bem como, as
embarcações utilizam-se de um tangone, de aproximadamente 8
metros de comprimento, localizado sobre o convés da embarcação
que também tem a função de abrir as redes.
• Visa a captura do camarão, entretanto, várias espécies de peixes
(fauna acompanhante) são capturadas e, na sua maioria, não são
aproveitadas pela tripulação. Pescarias realizadas diariamente, saem
por volta das 04:00 horas e retornam as 14:00 e realizam, em média,
três arrastos/dia.

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