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UFRA

Curso: Engenharia de Pesca


Disciplina: Engenharia Aplicada à Pesca
Aula: 05
Título: Projeto de redes de emalhar
Autor: Prof. Ivan Furtado Júnior
Email: juniorivan@hotmail.com, ivan.furtado@ufra.edu.br

Apresentação
Nesta aula apresentaremos algumas informações sobre a atividade pesqueira, seletividade,
panagens e o projeto de redes de emalhar.

Objetivos
 Aprender sobre a pesca em geral, noções de seletividade das artes de pesca e definições sobre
panagens e redes de emalhar.
 Aprender sobre os procedimentos para se projetar e confeccionar uma rede-de-emalhar,
comumente usada nos rios, estuários, mar territorial e zona econômica exclusiva do Brasil.

2.1 Introdução
A pesca é uma das mais antigas atividades humanas. Registros dessa prática remontam a
milhares de anos. Os produtos obtidos da mesma desempenham um papel importante na dieta humana
como fonte de proteínas animais, minerais e ácidos graxos essenciais, entre outros.
A vastidão do oceano e da sua biodiversidade, deu lugar, durante muito tempo, a crença de
que o mar teria uma oferta ilimitada de recursos, capaz de sustentar a população humana
indefinidamente. Nada parecia alertar para a necessidade de métodos de pesca racionais, ou sobre as
consequências ambientais graves que podem levar pesca sem limites.
A melhoria dos navios de pesca e técnicas de navegação determinou um crescimento explosivo
da pesca dos anos 50. Porém, o oceano não é inesgotável e seus recursos infinitos. Assim que foi
atingida a plena utilização ou exploração desses recursos, o crescimento começou a declinar a
estagnar na década de 90.
De acordo com estimativas feitas pela FAO no início dos anos noventa, cerca de 75% dos
principais grupos de peixes comerciais estavam perto da captura máxima sustentável, sobre
explorados ou esgotados.
Embora o futuro dos recursos aquáticos vivos como fonte de alimentos dependa da paralização
de práticas predatórias, hoje, milhões de organismos permanecem literalmente dizimados por
aparelhos de pesca cada vez mais sofisticados, envenenados com toneladas de resíduos urbanos e
industriais ou seriamente afetados como resultado da perturbação do fundo do mar.
Em todo o mundo a consciência da gravidade destes problemas, determinou uma crescente
orientação para o aumento da seletividade das artes de pesca, melhoramento da qualidade das capturas
e otimização do seu aproveitamento e utilização. Esta tendência aponta para uma melhor gestão dos
recursos da pesca, que, aliás, coincide com as exigências do mercado atual.
Em nível nacional, as normas referentes a esta exploração estão a cargo da gestão conjunta
dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Meio Ambiente.

2.2 Seletividade das artes de pesca


No processo de captura de organismos aquáticos, o homem ao longo tempo, vem
experimentando e aperfeiçoando os mais diversos tipos de aparelhos de pesca. Existe uma variedade
muito grande de artes de pesca (de captura) que tem sua eficiência medida pelo poder de pesca que
estas exercem sobre as populações de organismos aquáticos que se deseja capturar.
O anzol, por exemplo: pode ser definido como uma arte seletiva, em relação ao tamanho da
espécie e ou do espécime, isto porque, existem diferentes tamanhos de peixes, que podem ser mais
facilmente capturados por determinados tamanhos de anzol. Já em se tratando de uma rede-de-
emalhar (malhadeira, rede-de-espera, rede de deriva, caçoeira, galão, etc.) esta apesar de poder usar
diversos tamanhos de malha para diferentes espécies, já não é tão seletiva quanto o anzol, pois, além
de capturar os indivíduos normalmente pelo corpo, na altura do seu perímetro máximo ou pelo
opérculo, pode também capturar outros indivíduos de diferentes tamanhos, por emaranhamento
através dos dentes maxilares ou outras proeminências do corpo, sem necessariamente penetrar na
malha. A arte de pesca menos seletiva é a rede-de-arrasto e nenhuma seletividade apresenta a rede-
de-cerco.
A rede-de-emalhar é uma arte passiva pela própria denominação, captura os indivíduos como
já foi mencionado acima, ou seja, por emalhamento ou emaranhamento, sem, entretanto, causar
ferimentos, traumatismos ou quaisquer outros danos físicos.

2.2.1 Seletividade da rede de emalhar


O estudo da seletividade da rede-de-emalhar foi iniciado por Baranov (1914) e as atuais
investigações ainda se baseiam em dois postulados: (a) um peixe é capturado quando entra na malha
até além do opérculo, mas não pode atravessá-la. (b) as curvas de seletividade para diferentes
tamanhos de malha são congruentes, isto é, têm a mesma forma e altura.
A seletividade é definida como a probabilidade relativa de se capturar peixes com uma
determinada amplitude de comprimento por uma arte de pesca em particular, em uma situação na qual
todos os peixes têm a mesma chance de irem de encontro à rede e serem capturados (REGIER, 1969).
Segundo Hamley (1975) a curva de seletividade tem a forma da curva normal, atingindo
valores nulos em ambos os lados do valor máximo. Essa curva é semelhante na forma para todos os
tamanhos de malha, deslocando-se para a direita para malhas progressivamente maiores.
Conforme Pope et al. (1975) a curva de seletividade é descrita por sua moda (comprimento
do peixe capturado na posição de máxima eficiência), largura (amplitude de seleção), altura (relativa
eficiência na qual uma determinada malha captura o peixe de máximo comprimento de seleção) e
forma (determinado por características da rede e do próprio peixe). Várias características importantes
da rede de emalhar influenciam a seletividade, dentre elas o tamanho e forma da malha, coeficiente
de entralhamento, tipo, diâmetro e idade do fio, elasticidade da malha, visibilidade, cor e tempo de
imersão da rede.
Com relação a cor da panagem e a eficiência da rede na captura não parece haver uma
uniformidade nos resultados obtidos, variando conforme os autores. Todavia filmagens de capturas
feitas com redes de diferentes cores em águas de variadas tonalidades de turbidez e iluminação
mostraram que o contraste da panagem é importante com relação a sua visibilidade. Uma rede que
opera na superfície durante o dia, dependendo da penetração da luz solar, poderá ser mais eficiente
com cor púrpura, laranja, verde ou azul. Pela mesma razão a que opera no fundo ou durante a noite,
deverá ser escura, a fim de se tornar imperceptível às espécies.
Kawamura (1972) cita que além dos fatores acima referidos, as dimensões do corpo do peixe
afetam a seletividade da rede de emalhar, principalmente nas relações entre comprimento - perímetro
- peso.
A seletividade de uma rede de emalhar depende tanto da probabilidade de que o peixe encontre
a rede como da probabilidade de que o peixe seja capturado e retido por esta (REGIER, 1975;
HAMLEY, 1975). Os fatores que afetam qualquer uma destas probabilidades irá afetar a seletividade
da rede. A probabilidade de encontro à rede é diretamente proporcional à distância percorrida pelo
peixe durante o período de captura. Postula-se que a distância percorrida é proporcional a velocidade
de natação de rotina (MAGNUSON, 1978).

2.3 Definições sobre rede de emalhar


Basicamente, as redes de emalhar são redes retangulares onde a parte superior, o cabo da
tralha, possui flutuadores, enquanto o cabo inferior possui pesos. As redes de emalhar (de deriva ou
fixas) frequentemente são compostas por diversas panagens com diferentes tamanhos de malha. Os
panos das redes geralmente permanecem verticais na água como se fossem uma barreira (Figura xxx).
Redes de emalhar de deriva - são redes que uma vez lançadas, pendem na vertical e derivam
livremente na água em função dos ventos, correntes marinhas ou marés. Comumente se formam
andanas para constituir uma barreira, que pode alcançar vários quilômetros. É um método de pesca
muito predatório aos mamíferos aquáticos
Redes de emalhar fixas
Panagem ou pano é o conjunto dos fios com ou sem nós, formando uma peça articulada onde
o peixe é confinado. Toda panagem de rede é constituída de malhas que, por sua vez, são compostas
de “pernas ou lados da malha” e “nós”.
Além das panagens fabricadas sem nós, temos panagens confeccionadas com diferentes tipos
de nós:
Nó japonês - é plano, com pequeno grau de abrasão, fácil de desfazer, a quantidade de fio
necessária para fazer um nó é menor do que para o nó inglês, o peso da panagem para um mesmo tipo
e tamanho de rede é menor do que com o nó inglês e é mais resistente no sentido vertical.
Nó inglês - é tridimensional, com maior grau de abrasão, bem firme e difícil de desfazer, a
quantidade de fio necessário para fazer um nó é maior do que para o nó japonês, o peso da panagem
para um mesmo tipo e tamanho de rede é maior do que com o nó japonês e é mais resistente no sentido
horizontal.
A panagem sem nó comparada com a panagem com nó para um mesmo tipo e tamanho de
rede, apresenta menor peso, maior resistência, maior exatidão no tamanho da malha, a parte que
corresponde ao nó é plana, apresenta menor grau de abrasão, menor resistência contra a pressão da
água, a parte danificada aumenta facilmente de tamanho e maior tempo é necessário para remendá-
la, embora a capacidade de fabricação seja maior.
Malha é a forma resultante da união dos fios do pano, geralmente tem a forma de um losango,
mas podem ter outras formas, como hexágono ou octógono.
Uma rede-de-emalhar captura os peixes pelas brânquias e funciona como segue: o fio dos
panos é muito delgado e os peixes ou não o vêem, ou a rede está disposta de maneira que os atrapalha.
As malhas da rede estão completam abertas. Quando um peixe se aproxima delas, mete a cabeça em
uma das malhas (Figura 2.3a).

Se um peixe é demasiado pequeno em relação à malha, a atravessará e escapará. Se for


demasiado grande, pode romper a rede e escapar, porém, se é de tamanho adequado, mete a cabeça
na malha, não pode atravessá-la e tão pouco pode escapar (Figura 2.3a).

Figura 2.3a: Rede de emalhar funcionando como uma barreira ao deslocamento do peixe
Fonte: .
Acesso em: 16/06/2016.

Quando o peixe tenta sacar a cabeça da malha, o fio fino penetra na pele e se engancha nas
aberturas branquiais e nos opérculos. O peixe permanece na rede até que o pescador o retire (Figura
1c). Outros peixes ficam envoltos nas malhas.
As redes-de-emalhar podem se dispor no fundo, redes de fundo (Figura 2a), ficar suspensas
entre o fundo e a superfície, redes de meia água (Figura 2b) ou flutuar na subsuperfície, redes de
superfície (Figura 2c); podem fundear-se em um lugar com âncoras (Figura 2a e 2b) ou derivar com
a corrente (Figura 2c).
Figura 2.3b: Rede de emalhar funcionando como uma barreira ao deslocamento do peixe
Fonte: .
Acesso em: 16/06/2016.

A figura 3 ilustra as diversas partes de uma rede-de-emalhar. A rede pode ser confeccionada
de muitos e diversos materiais. Temos que escolher os mais apropriados para as espécies que se deseja
capturar e o lugar onde se vai pescar.
Para confeccionar a rede-de-emalhar necessita-se de: panos de redes (Figura 3a), cabos
(Figura 3b), flutuadores para a tralha de bóias (Figura 3c), lastre para a tralha de pesos (Figura 3d) e
muito fio para costurar tudo (Figura 3e). Para fixar a arte são necessárias âncoras ou fateixas (Figura
3f), bóias (Figura 3g) e cabos para âncoras (Figura 3h). Também se necessita de agulhas de redeiro
(Figura 3i), um canivete ou faca bem afiada (Figura 3j) e postes ou árvores para suspender a rede
enquanto se trabalha nela (Figura 3k). Deverá dispor de um lugar de trabalho e reunir todos os
materiais antes de começar.
O redeiro pode economizar dinheiro fazendo os flutuadores e os pesos (Figura 4), que deverão
ser redondos e lisos para que não se enganchem na rede.
As bóias ou flutuadores podem ser de poliestireno, PVC, cortiça, madeira, vidro, plástico,
alumínio, poliestireno etc. As de poliestireno são as mais usadas atualmente. Há vários tipos (ocas,
cheias, ou de células fechadas) e modelos (esféricas, ovais, cilíndricas). Entre os requisitos
necessários a uma bóia temos: grande força de flutuação, grande resistência a ruptura e abrasão,
impermeável, fácil utilização, amplo suprimento no mercado e baixo custo. Os melhores flutuadores
são os que tem forma de anel e os esféricos.
Os pesos podem ser confeccionados de diversos materiais tais como: chumbo, ferro, cimento,
porcelana, napa com areia etc. Existem duas características principais necessárias ao material que irá
constituir a tralha de pesos: grande força de submersão, ou seja, peso específico alto e ser de fácil
manuseio de modo a não se tornar um obstáculo ao trabalho. Por exemplo, os chumbos e as anilhas
são mais apropriados que as correntes e as pedras.
O tamanho das malhas da rede tem que ser de acordo com o tamanho dos peixes que se deseja
capturar. Para determinar qual é o melhor tamanho, tome um peixe da espécie que se quer pescar, de
preferência de tamanho igual ou maior que o de primeira maturação sexual e meça seu perímetro
máximo. Para pescar esses peixes é necessária uma malha que seja, em geral, de 20 a 25% menor que
o perímetro máximo do corpo do peixe (Figura 5).
O diâmetro do fio pode ser determinado enrolando um pedaço do fio em um lápis de modo
que os fios fiquem muito juntos e depois medir a largura dos 10 fios. Exemplo: O diâmetro do fio
deverá ser de 0,7 milímetros. A largura de 10 voltas medirá 7 milímetros (Figura 6).
O tamanho da malha pode ser determinado estirando uma malha e medindo o comprimento
do centro de um nó ao centro do nó oposto, ou pode-se medir o comprimento de 10 malhas estiradas
completamente. Exemplo: Se o comprimento de 10 malhas estiradas for 1,40 metros, então o
comprimento de uma malha estirada será aproximadamente 14 centímetros (Figura 7).
A malha pode ainda ser medida entre nós sendo a distância que vai do centro de um nó ao
centro do nó adjacente.
A altura ou profundidade de uma rede é a sua dimensão no sentido vertical de trabalho. Está
dimensão pode ser indicada principalmente por número de malhas ou em metros. Na região Norte,
são usadas braças que em média correspondem a 1,65 metros. O comprimento do pano ou panagem
é a sua dimensão no sentido horizontal e pode ser indicado em número de malhas, metros ou braças.
As ourelas são os bordos limites do pano, onde se entralham os cabos e demais componentes
conhecidos como tralhas. Estes pontos de junção do pano com as tralhas são os mais afetados pelos
choques e forças de tração exercidos, razão pela qual há necessidade de um reforço nesta região com
algumas fileiras de malhas de fios 2 a 3 vezes mais resistentes do que aquele usado no corpo da rede
ou então com algumas fileiras de malhas duplas, o que vem a caracterizar a ourela. Podem ser:
Simples – feitas com o mesmo fio da panagem;
Reforçada – feita com fio mais grosso que o da rede e do mesmo material;
Dupla – feita com dois fios iguais ao da panagem;
De malha dupla – a malha toda é feita com 2 fios iguais ao da panagem.
Tralhas são cabos costurados geralmente na parte superior e inferior da panagem. As redes de
emalhar podem também apresentar tralhas verticais que são costuradas nos extremos: anterior e
posterior. Ao já termos conhecimento do tamanho da rede entralhada é necessário que acrescentemos
a essa medida aproximadamente 2 metros para o comprimento do cabo que iremos utilizar. Esta sobra
permitirá, com maior facilidade, a união da rede aos cabos da bóia de sinalização (bulandeira) e aos
de fixação (fateixa).
A tralha de bóias é um conjunto de bóias dispostas ao longo de um cabo (tralha) na parte
superior da panagem e destina-se a manter o aparelho de pesca na forma correta quando submerso.
Além de considerar a resistência dos cabos, custo e facilidade de aquisição, os cabos a serem
utilizados na tralha de bóias devem ter densidade menor que a da água para auxiliar no poder de
flutuação das bóias.
A tralha de pesos ou de chumbos atua no sentido inverso à tralha de bóias e destina-se também
a dar a forma certa à rede submersa. Além de considerar a resistência dos cabos, custo e facilidade de
aquisição, os cabos a serem utilizados na tralha de chumbadas devem ter densidade maior que a da
água para auxiliar no poder de submersão das chumbadas.
No caso da rede-de-emalhar de fundo a força descendente que exercem os pesos deve ser de
três a cinco vezes a força ascendente dos flutuadores. Isto significa que para cada bóia na tralha de
flutuadores tem que haver um peso de três a cinco vezes maior do que é capaz de elevar o flutuador
(1/3 a 1/5). No caso da rede-de-emalhar de superfície a força ascendente dos flutuadores deve ser
duas a cinco vezes a força descendente dos pesos (2/1 a 5/1), já para as redes-de-emalhar de meia
água a força descendente que exercem os pesos deve ser de uma e meia a três vezes (2/3 a 1/3) a força
ascendente dos flutuadores (Figura 8).
Arcalas ou encalas são os fios de união da panagem com as tralhas. Um fator básico a ser
considerado na escolha do fio para a arcala é a resistência. Se a rede a ser entralhada for de fibras
sintéticas deve-se usar para as arcalas fios com fibras sintéticas. Isto facilitará o processo de
conservação da rede, pois, se colocarmos em redes de fibras sintéticas, fios com fibras naturais como
arcalas, teríamos que, quando houvesse necessidade, deixar essas arcalas ao sol para secar, perdendo
conseqüentemente a rede boa parte de sua resistência.
O fio para entralhar a rede deve ser do mesmo diâmetro que o do pano ou um pouco mais
grosso. O fio para sujeitar os pesos caso estes sejam amarrados na tralha de chumbadas deve ser de
fibra natural (algodão ou sisal) porque, ao se perder uma rede, o fio que sujeita os pesos apodrece e
se rompe depois de algum tempo e a rede não servirá para capturar peixes. Se o fio não apodrecer, a
rede seguirá pescando inutilmente.
Coeficiente de entralhamento. Ao se unir a panagem com as tralhas é necessário observar-se
o coeficiente de entralhamento (ou de armação) do pano que se vai entralhar, para que tenhamos uma
rede em que as malhas tenham a abertura desejada. Esse coeficiente é determinado pela matação ou
quebra da panagem.
4. CÁLCULOS
Exemplo:
Elabore o projeto de uma rede de emalhar com os 20 detalhes indispensáveis para a construção
da arte de pesca, considerando que a arte de pesca deve capturar uma espécie de peixe bentônica (não
é plano) que em tamanho de primeira maturação sexual apresenta perímetro máximo igual a 250 mm.
Materiais disponíveis para confecção:
Tralha de bóias cabo PE diâmetro 10mm, densidade 0,95 kg/dm3
Tralha de chumbadas cabo PES diâmetro 10mm, densidade 1,38 kg/dm3
Panagem fio PA 210/24, densidade 1,14 kg/dm3
Entralhe fio PA 210/36, densidade 1,14 kg/dm3
Bóias de stirpor ovais peso 15 g e flutuabilidade 110 g
Pesos de chumbo, densidade 11,34 kg/dm3
Considere também: coeficiente de entralhamento horizontal 67%; duas malhas por arcala;
comprimento da arcala igual a 1,5 vezes o comprimento da malha estirada.
Com base no projeto elaborado responda as seguintes questões:
Quanto pesa a arte de pesca completa no ar?
Qual o peso total da arte de pesca na água do mar?

1 Cálculo do perímetro da malha (Pm)


Pm = Px – 20% x Px = Px – 0,20 x Px
a
Pm = Px – 25% x Px = Px – 0,25 x Px
Onde: Px = perímetro do peixe = 250 mm
Pm = 250 – (20% x 250) = 200
Pm = 250 – (25% x 250) = 187,5

2 Cálculo do comprimento médio da malha esticada (nó a nó opostos) (Cm)


Cm = (Pm + Pm) / 4
Cm = (200 + 187,5) / 4 = 96,875 (arredondando = 97 mm)

3 Cálculo da relação poder de flutuabilidade (Pf) / poder de submersão (Ps)


Peixe bentônico implica em Rede de fundo
Pf/Ps = 1/3
a
Pf/Ps = 1/5 (valor determinado pelo projetista)

4 Cálculo do comprimento do pano da rede (Lp)


Lp = Cm x Nh
Onde: Cm = comprimento da malha esticada (nó a nó opostos) = 97 mm
Nh = número de malhas na horizontal = 2000 (valor determinado pelo projetista)
Lp = 97 x 2000 = 194000 mm
Lp = 194 m

5 Comprimento da rede armada (Lr)


Lr = Cm x Nh x U1
Onde: Cm = comprimento da malha esticada (nó a nó opostos) = 97 mm = 0,097 m
Nh = número de malhas na horizontal = 2000 (valor determinado pelo projetista)
U1 = coeficiente de entralhamento horizontal = 67% = 0,67 (valor determinado pelo projetista)
Lr = 0,097 x 2000 x 0,67
Lr = 129,98 m (arredondando = 130 m)

6 Cálculo do número de bóias (Nb)


Nb = (Lr/Db)+1
Onde: Lr = comprimento da rede armada = 130 m
Db = distância entre as bóias = 50 cm = 0,5 m(valor determinado pelo projetista de acordo com as
características técnicas das bóias a serem utilizadas)
Nb = (130 / 0,5) + 1
Nb = 261

7 Cálculo do poder de flutuação das bóias (empuxo) (Pf)


Pf = Nb x F
Onde: Nb = número de bóias = 261
F = flutuabilidade da bóia = 110 g = 0,110 kg
Pf = 261 x 0,110
Pf = 28,71 kg

8 Cálculo do peso das bóias (Pb)


Pb = Nb x Mb
Onde: Nb = número de bóias = 261
Mb = massa das bóias = 15 g = 0,015 kg
Pb = 261 x 0,015
Pb = 3,915 kg

9 Cálculo do peso das chumbadas ou poder de submersão (Ps)


Pf/Ps = 1/5
Ps = 5 x Pf
Ps = 5 x 28,71
Ps = 143,55 kg

10 Cálculo do peso de cada chumbada (Psc)


Para que a rede arme corretamente, o número de pesos (Np) deve ser equivalente ao número de
bóias (Nb)
Np = Nb = 261
Psc/Np = 143,55/261 = 0,55 kg = 550 g

11 Cálculo do comprimento de fio base ou primário na horizontal (Cp)


Cp = Cm x Nh
Onde: Cm = comprimento da malha esticada de nó a nó opostos = 97 mm = 0,097 m
Nh = número de malhas na horizontal = 2000 (valor determinado pelo projetista)
Cp = 0,097 x 2000
Cp = 194 m
12 Cálculo do fio necessário para construção da panagem sem nó (Qb)
Qb = Nv x Nm x Cp
Onde: Nv = número de malhas na vertical = 50 (valor determinado pelo projetista)
Nm = número de fios por malha = 2 (valor determinado pelo projetista de acordo com o formato da
malha: losango)
Cp = comprimento do fio base ou primário na horizontal = 194 m
Qb = 50 x 2 x 194
Qb = 19400 m

13 Cálculo do fator de correção (Fc) para os nós


Dados de entrada:
Características do fio: diâmetro
Fio torcido de poliamida (P.A 100%), Denier 210/24, Diâmetro = 0,85 mm, 1600 m/kg (Tabela 1)
Cm = comprimento da malha esticada de nó a nó opostos = 97 mm
Fc = valor tabelado ou média para valores aproximados (Tabela 2)
Fc = (1,15+1,20+1,12+1,16)/4 = 1,1575
Fator de correção para o nó duplo = 1,1575

14 Cálculo da quantidade de fio com nó (Qn)


Qn = Qb x Fc
Onde: Qb = quantidade de fio sem nó = 19400 m
Fc = fator de correção = 1,1575
Qn = 19400 x 1,1575
Qn = 22455,5 m

15 Cálculo do peso da panagem (Pp)


Pp = Pm x Qn
Onde: Pm = peso por metro - valor tabelado = 1600 m/kg
Dados de entrada:
Características do fio: título, diâmetro, etc
Fio torcido de poliamida (P.A 100%), Denier 210/24, Diâmetro = 0,85 mm, 1600 m/kg (Tabela 1)
Qn = quantidade de fio com nó = 22504 m
Pp = 1/1600 x 22455,5
Pp = 14,035 kg
Ou
1600 m ----------- 1 kg
22455,5 m -------- x, sendo x = 14,035 kg

16 Cálculo do comprimento do cabo da tralha horizontal (Ct)


Ct = Nh x Cm x U1 + 4
Onde: Nh = número de malhas na horizontal = 2000 (valor determinado pelo projetista)
Cm = comprimento da malha esticada de nó a nó opostos = 97 mm
U1 = coeficiente de entralhe horizontal = 0,67 (valor determinado pelo projetista)
4 = comprimento do cabo em metros usado para amarrar bóia-bandeira, âncora, garatéia ou fateixa.
2 m de cada lado.
Ct = (2000 x 0,097 x 0,67) + 4
Ct = 133,98 m (arredondando = 134 m)

17 Cálculo do peso da tralha de bóias (Pt)


Pt = Pm x Ct x Nt
Onde: PM = peso por metro - valor tabelado = 4,7 kg/100 m
Dados de entrada:
Características do fio: título, diâmetro
Cabo torcido de polietileno (PE 100%), Diâmetro = 10 mm; 4,7 kg/100m (Tabela 3)
Ct = comprimento do cabo da tralha horizontal = 134 m
Nt = número de tralhas de bóias = 1
Pt = 4,7/100 x 134 x 1
Pt = 6,298 kg
Ou
100 m --------- 4,7 kg
134 m -------- x, sendo x = 6,298 kg

18 Cálculo do peso da tralha de pesos (Pt)


Pt = Pm x Ct x Nt
Onde: PM = peso por metro - valor tabelado = 8,1 kg/100 m
Dados de entrada:
Características do fio: título, diâmetro
Cabo torcido de polipropileno (PES 100%), Diâmetro = 10 mm, 8,1 kg/100m (Tabela 3)
Ct = comprimento do cabo da tralha horizontal = 134 m
Nt = número de tralhas de pesos = 1
Pt = 8,1/100 x 134 x 1
Pt = 10,854 kg
Ou
100 m --------- 8,1 kg
134 m --------- x, sendo x = 10,854 kg

19 Cálculo da distância entre os nós da(s) arcala(s) ou encala(s) (Da)


U1 = Da/(Na x Cm)
Da = U1 x Na x Cm
Onde: U1 = coeficiente de entralhe horizontal
Na = número de malhas por arcala(s) = 2 (valor determinado pelo projetista)
Cm = comprimento da malha esticada de nó a nó opostos = 97 mm
Da = 0,67 x 2 x 97
Da = 129,98 mm (arredondando = 130 mm)

20 Cálculo do número de arcalas (Na)


Na = Lr/Da
Onde: Lr = comprimento da rede armada = 130 m
Da = distância entre os nós da(s) arcala(s) ou encala(s) = 130 mm = 0,13 m
Na = 130 / 0,13 = 1000 arcalas

21 Cálculo do comprimento da arcala (Ca)


Ca = 1,5 x Cm
Onde: 1,5 (valor determinado pelo projetista)
Cm = comprimento da malha esticada (nó a nó opostos) = 97 mm
Ca = 1,5 x 97 = 145,5 mm

22 Cálculo do fator de correção (Fc) para os nós


Dados de entrada:
Características do fio: diâmetro
Fio torcido de poliamida (P.A 100%), Denier 210/36, Diâmetro = 1,16 mm, 1060 m/kg (Tabela 1)
Ca = comprimento da arcala = 145,5 mm (na coluna malha estirada)
Fc = valor tabelado ou média para valores aproximados (Tabela 2)
Fc = (1,11+1,17+1,10+1,15)/4 = 1,1325
Fator de correção para o nó duplo = 1,1325

23 Cálculo do comprimento do fio de entralhe (Ce)


Ce = Na x Ca x Fc
Onde: Na = número de arcalas = 1000
Ca = comprimento da arcala = 145,5 mm = 0,1455 m
Fc = fator de correção = 1,1325
Ce = 1000 x 0,1455 x 1,1325
Ce = 164,77875 m (arredondando 164,8 m)

24 Cálculo do peso do fio de entralhe (Pe)


Pe = Pm x Ce x Nt
Onde: PM = peso por metro - valor tabelado 1060 m/kg
Dados de entrada:
Características do fio: título, diâmetro
Fio torcido de poliamida (P.A 100%), Denier 210/36, Diâmetro = 1,16 mm, 1060 m/kg (Tabela 1)
Ce = comprimento do fio de entralhe = 164,8 m
Nt = número de tralhas = 2 (1 de bóias + 1 de pesos)
Pe = 1/1060 x 164,8 x 2
Pp = 0,3109 kg
Ou
1060 m --------- 1 kg
329,6 m -------- x, sendo x = 0,3109 kg (arredondando = 0,311 kg)

25 Cálculo do peso total da arte de pesca no ar


PT = Pp + Pt + Pe + Pb + Ps
Onde: Pp = peso da panagem = 14,035 kg
Pt = peso das tralhas = (6,298 + 10,854) kg
Pe = peso do fio de entralhe = 0,311 kg
Pb = peso das bóias = 3,915 kg
Ps = peso das chumbadas = 143,550 kg
PT = 14,035 + 6,298 + 10,854 + 0,311 + 3,915 + 143,550
PT = 178,963 kg (arredondando = 179 kg)

26 Cálculo do peso da arte de pesca na água


A = B/D (D – 1,000) água doce

A = B/D (D – 1,025) água do mar

A = peso na água de cada componente da arte


B = peso no ar de cada componente da arte
D = peso específico de cada material componente da arte (densidade) kg/dm3
AT = somatório de todos os pesos

Ppa = 14,035 x (1,14 – 1,025)/1,14 = 1,4158 kg


Pta1 = 6,298 x (0,95 – 1,025)/0,95 = -0,4972 kg
Pta2 = 10,854 x (1,38 – 1,025)/1,38 = 2,7922 kg
Pea = 0,311 x (1,14 – 1,025)/1,14 = 0,0314 kg
Pba = Pf + Pb = - 28,71 + 3,915 = – 24,795 kg
Psa = 143,550 x (11,34 – 1,025)/ 11,34 = 130,5748 kg
AT = 109,522 kg

5 CUSTOS
Panagem
Flutuadores
Chumbadas
Tralha das bóias
Tralha dos pesos
Fio para entralhamento
Bóia de sinalização
Bulandeira
Fateixa, etc...
Total dos custos _____________ R$

6 ENGENHARIA

Em primeiro lugar, deve-se por o cabo que será usado para embeber água e estirar para
desenrolá-lo (Figura 9). Isto se faz facilmente com um destorcedor. Depois os pedaços para as tralhas:
superior e inferior são medidos, com um a dois metros a mais para junção dos panos nos extremos.
O corte dos panos da rede deve ser em linha reta (corte normal ou corte transversal) através
das malhas (Figura 10). Em seguida os panos são armados nas tralhas: superior e inferior. Esta é uma
parte muito importante na construção da arte, porque a maneira em que se armam os panos nas tralhas
determina a forma de todas as malhas da rede. As laçadas que conectam o pano e a tralha têm que
estar exatamente a mesma distância, para que todas malhas tenham a mesma forma (Figura 11). Deve-
se medir e proceder com cuidado ao começar.
Coloca-se uma parte das tralhas (de flutuadores e pesos) bem esticada entre dois postes ou
árvores. Podem-se empregar flutuadores com orifícios ou não, colocados eqüidistantes na tralha.
Existem diversas maneiras de fazer isto, porém cada malha da ourela da rede deve estar ligada às
tralhas.
Prende-se o fio na tralha com um nó triplo na marca que inicial. Passa-se o fio pela primeira
malha no extremo do pano e prende-se o fio a tralha a uma distância determinada pelo coeficiente de
entralhamento calculado. Essas marcas eqüidistantes são feitas previamente com um pedaço de
madeira (gabarito). Ao ser concluída a primeira parte do entralhamento, estica-se outra parte das
tralhas e continua-se com o mesmo procedimento até o final da panagem (Figuras 12, 13 e 14).
Dependendo do coeficiente de entralhamento, podem-se armar redes-de-emalhar prendendo-se mais
de uma malha em cada arcala (Figura 15).
O último passo na armação consiste em por um pedaço de cabo vertical entralhado em cada
extremo da arte (Figura 16).
A maneira de ligar os pesos na tralha de pesos depende do material empregado (chumbo, ferro
ou pedras) e do tipo de fundo onde se vai pescar. Em fundos lisos e arenosos, pesos de lâminas de
chumbo podem enrolar-se diretamente na tralha, golpeando-as com um martelo. Da mesma forma, os
pedaços curtos de barras de ferro ou correntes podem ligar-se diretamente na tralha. As pedras podem
atar-se com pedaços de fio grosso (Figura 17).

7. BIBLIOGRAFIA

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ROSMAN, I., S. MAUGERI. La pesca con redes de enmalle caladas en el fondo. FAO Colección
Capacitación, Roma. 1980. n. 3. 38 p.
Tabela 1
n° do fio Σ RTEX m/kg resistência diâmetro
210 den=23tex deniers g/1000m à captura (kg) aprox. (mm)
210/3 840 75 13500 4,5 0,30
4 840 100 10000 6,0 0,33
6 1260 165 6450 9,0 0,40
9 1890 250 4250 19,5 0,50
12 2520 333 3150 19,8 0,60
15 3150 465 2500 22,5 0,65
18 3780 500 2100 27,5 0,73
21 4410 580 1800 33,0 0,80
24 5040 666 1600 37,0 0,85
27 5670 750 1420 39,0 0,92
30 6300 830 1250 48,0 1,05
33 6930 915 1150 51,5 1,13
36 7560 1000 1060 53,0 1,16
39 8190 1080 980 59,0 1,20
42 8820 1165 910 63,0 1,27
45 9450 1250 850 66,0 1,33
48 10080 1333 790 75,0 1,37
60 12600 1666 630 93,5 1,43
72 15120 2000 530 106,0 1,60
96 20160 2666 400 146,0 1,90
108 22600 3000 360 159,0 2,00
120 26460 3333 310 178,0 2,20
144 30240 4000 260 204,0 2,40
156 32760 4333 238 213,0 2,50
168 34020 4666 225 238,0 2,60
192 40320 5333 200 262,0 2,80
216 45360 6000 180 295,0 2,85
240 50400 6666 155 327,0 2,95
264 55440 7333 130 360,0 3,10
360 75600 10000 100 490,0 3,80

Tabela 2
Malha estriada Diâmetro do fio (mm)
(mm) 0,25 0,50 0,75 1,00 1,50 2,00 3,00
20 1,20 1,40 1,60 1,80 - - -
30 1,13 1,27 1,40 1,53 1,80 2,07 -
40 1,10 1,20 1,30 1,40 1,60 1,80 -
50 1,08 1,16 1,24 1,32 1,48 1,64 1,96
60 1,07 1,13 1,20 1,27 1,40 1,53 1,80
80 1,05 1,10 1,15 1,20 1,30 1,40 1,60
100 1,04 1,08 1,12 1,16 1,24 1,32 1,48
120 1,03 1,07 1,10 1,13 1,20 1,27 1,40
140 1,03 1,06 1,09 1,11 1,17 1,23 1,34
160 1,02 1,05 1,07 1,10 1,15 1,20 1,30
200 1,02 1,04 1,06 1,08 1,12 1,16 1,24

Tabela 3 PESO DOS CABOS DE FIBRAS SINTÉTICAS


Diâmetro PA PES PP PE
mm kg/ 100m kg/ 100m kg/ 100m kg/ 100m
4 1,1 1,46 * *
6 2,4 3,0 1,7 1,7
8 4,2 5,1 3,0 3,0
10 5,6 8,1 4,5 4,7
12 9,4 11,6 6,5 5,7
14 12,8 15,7 9,0 9,1
16 16,6 20,5 11,5 12,0
18 21,0 26,0 14,8 15,0
20 26,0 32,0 18,0 18,6
22 31,5 38,4 22,0 22,5
24 37,5 46,0 26,0 27,0
26 44,0 53,7 30,5 31,5
28 51,0 63,0 35,5 36,5
30 58,5 71,9 40,5 42,0
32 66,5 82,0 96,0 47,6
36 89,0 104,0 58,5 60,0
40 104,0 128,0 72,0 74,5
44 126,0 155,0 88,0 *
48 150,0 185,0 104,0 *
52 175,0 215,0 122,0 *
56 203,0 251,0 142,0 *
60 233,0 288,0 163,0 *
Figura 3

Figura 4
Figura 5

Figura 6
Figura 7

Figura 8
Figura 9

Figura 10
Figura 11

Figura 12
Figura 13

Figura 14
Figura 15

Figura 16
Figura 17

PROJETO DE REDE DE EMALHAR

Legenda:
1. Material da bóia
2. Peso da bóia
3. Flutuabilidade da bóia
4. Material do cabo: tipo
5. Diâmetro do cabo
6. Resistência do cabo
7. Número de malhas na altura
8. Número de malhas no comprimento
9. Material da panagem: tipo; diâmetro; resistência.
10. Tamanho da malha esticada (nó a nó opostos)
11. Distância entre as bóias
12. Material dos pesos
13. Massa dos pesos (chumbadas)
14. Material do cabo: tipo
15. Diâmetro do cabo
16. Resistência do cabo
17. Distância entre os pesos (chumbadas)
18. Coeficiente de entralhamento
19. Número de bóias
20. Número de pesos (chumbadas)

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