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Especialidades e Classes

O Blog do Desbravador

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domingo, 13 de março de 2016

Nós e amarras
Nós e Amarras

As respostas aqui encontradas são meramente sugestivas. Busque sempre a orientação


do seu Instrutor de Especialidades e Classes.

1. Definir os seguintes termos:


a) Seio (laçada) - É a parte central de uma corda. Corda dobrada sobre si própria, sem,
no entanto, se cruzar; corresponde ao meio de uma parte da corda.
b) Ponta Corrediça (Vivo) - É a ponta com a qual formamos o nó.
c) Nó superior - Nó principal dado no momento em que se realiza a amarra.
d) Alça de Azelha (Laçada com nó) - Um nó simples que forma a alça. Usado como
complemento para amarrações; para formar uma alça; isolar uma falha no cabo e
ancoragem. Uma vez acochado fica difícil desatar. Pode ser feito pelo meio ou pelo
extremo do cabo.

e) Volta (Laço) - Quando a corda envolve completamente um objeto voltando a estar


próxima de si mesma. Observação: Os laços não são para brincar de forca. Muitos
acidentes já aconteceram com crianças que pensavam que podia desatá-los a
tempo. Mesmo Frouxos esses nós são extremamente perigosos, especialmente
envolta do pescoço, não se arisque!
f) Curva (Dobra) - Formação paralela da corda, aplicada a qualquer parte dela.
g) Amarra - Utilizada para fazer móveis de acampamento com madeiras e cordas.
- Nós utilizados para iniciar amarras
Nó Volta do Fiel – Utilizado para fazer a maioria das amarras. Ex: Amarra quadrada,
Amarra contínua simples e dupla, e Amarra paralela.
Nó Volta da Ribeira – Utilizado para iniciar a amarra diagonal.
h) União de cordas - Junção de cordas através de dobras, e não das pontas (fixa ou
vivo).
i) Chicote (ponta de trabalho) - Parte da corda que é utilizada no manuseio para fazer
o nó. São os extremos livres de uma corda.

2. Conhecer os cuidados para a conservação de cordas.


Desenrolar a corda com cuidado antes do uso
Se a corda molhar, deixe secar na sombra
Não marque a corda com canetas comuns
Evite transportar sua corda do lado de fora da mochila
Não pise na corda
Jamais guarde a sua corda com nós caso não seja necessário, para não
danificar a sua corda pelo "vício" inapropriado de suas fibras;
Evite realizar rapéis rápidos para não acelerar o desgaste da corda e
superaquecer o descensor, que poderá derreter os tecidos.
Em atividades aquáticas, cuidado redobrado com as arestas cortantes, pois a
corda molhada perde resistência e torna-se muito mais sensível à abrasão
neste estado.
Após cada utilização, vistorie visualmente e manualmente toda a extensão de
sua corda em busca de possíveis deformações, desfiados ou cortes. Na
dúvida, jogue fora a corda.
Você pode limpar a sua corda com um pano úmido. Caso seja realmente
necessário, lave-a com água fria, de preferência sem cloro. Se a sujeira
estiver muito impregnada (muita terra, areia), deixe de molho por umas duas
horas em água aquecida a no máximo 30ºC. Depois, esfregue levemente a
corda entre si, com sabão neutro e auxílio de uma escova sintética de cerdas
macias.
Evite esfregar ou jatear água para não introduzir minúsculas partículas
minerais no interior da corda, incapazes de realizar estragos a olho nu, mas
que poderão romper os delgados filamentos de poliamida da alma,
diminuindo parcialmente as suas capacidades de absorção de energia e a
sua resistência à ruptura.

3. Descrever as diferenças entre corda estática e dinâmica. Listar, pelo menos,


três usos para cada uma.
Cordas Estáticas - São cordas com elasticidade inferior a 5%. A sua alma
não é retorcida. A Corda Estática é recomendada para as mais diversas
atividades verticais, seja na área esportiva ou profissional (rapel, resgate,
segurança industrial). As Cordas estáticas são especialmente úteis em
situações em que a elasticidade (efeito iô-iô) é perigosa e são recomendadas
para todas as situações em que o risco de impacto não existe.
Cordas Dinâmicas - São cordas com elasticidade superior a 5%, as quais se
alongam muito quando sob tensão, sendo, normalmente, utilizadas para as
atividades de escalada e de segurança, devido à sua característica de
absorver choques em caso de quedas (evitando prejuízos ao escalador).
Possuem a alma retorcida. Elas apresentam o chamado efeito “iôiô”, por
causa de sua capacidade de alongar-se e encolher no caso de uma queda;
são cordas adequadas para os serviços de segurança nas atividades de
salvamento.

4. Identificar os tipos de cordas a seguir. Faça um relatório descrevendo os pontos


negativos e positivos para o uso de cada uma:

a) Poliéster - A fibra de poliéster é mais conhecida pelo nome comercial Terylene e


Dacron. Trançada, a corda de poliéster é de fácil manuseio e usada na grande maioria
dos cabos náuticos de uma embarcação. A corda torcida de três pernas em poliéster é
forte, resistente ao atrito e muito utilizada em aplicações pesadas.Tem como
características: grande resistência e excelente compatibilidade com outras fibras. É
uma corda estática.

b) Sisal - O sisal (Agave sisalana , família Agavaceae) é uma planta utilizada para fins
comerciais. O sisal é uma planta originária do México. O A. sisalana é cultivado em
regiões semiáridas. No Brasil, os principais produtores são os estados da Paraíba e
da Bahia, neste último, especialmente na região sisaleira, onde está localizado o maior
polo produtor e industrial do sisal do mundo. Do sisal, utiliza-se principalmente
a fibra das folhas que, após o beneficiamento, é destinada majoritariamente à indústria
de cordoaria (cordas, cordéis, fios, tapetes etc.). Os principais produtos são
os fios biodegradáveis utilizados em artesanato; no enfardamento de forragens; cordas
de várias utilidades, inclusive navais; torcidos, terminais e cordéis. O sisal também é
utilizado na produção de estofos; pasta para indústria de celulose; tapetes decorativos;
remédios; biofertilizantes; ração animal; adubo orgânico e sacarias. As fibras podem ser
utilizadas também na indústria automobilística, substituindo a fibra de
vidro. Características: áspera, usada em construção civil e, pelos desbravadores, para
fazer pioneirias (movéis dentre outros).

c) Nylon - O nylon é um nome genérico para a família das poliamidas, sintetizado


pelo químico chamado Wallace Hume Carothers em 1935. Foi a primeira fibra
têxtil sintética produzida. Dos fios desse polímero fabricam-se o velcro e os tecidos
usados em meias femininas, roupas íntimas, maiôs, biquínis, bermudas, shorts e outras
roupas desportivas .O nylon consiste, também, no mais conhecido representante de
uma categoria de materiais chamados poliamidas, que apresentam ótima resistência ao
desgaste e ao tracionamento. Esta última propriedade é facilmente percebida quando
tentamos arrebentar com as mãos uma linha de pesca fabricada com nylon. O nylon, se
descartado em locais indevidos, pode ser forte impacte no meio ambiente, pois seu
tempo de degradação é de cerca de 400 anos. Deve ser recolhido para
reciclagem. Características: corda resistente e maleável, com filamentos longos; se
degrada em contato com o sol.

d) Polipropileno - A corda de polipropileno multifilado é o substituto mais econômico


para outros sintéticos e fibras naturais. Possui pouca resistência à abrasão, assim, deve
ser protegida contra o atrito. Cordas de polipropileno podem ser trabalhadas e
entrelaçadas com relativa facilidade, uma vez que apresentam um bom tato. Uma das
vantagens das cordas em polipropileno é a flutuabilidade, ideal para lançamento de
boias de salvamento e para esquiar. É aconselhável desfazer-se de cordas de
polipropileno que apresentem cores desbotadas, uma vez que estas são muito sensíveis
aos raios ultra-violeta. Tome cuidado em não confundi-lo com o poliéster, material muito
superior.
Características: resistente a agentes químicos, elasticidade, não retêm água e algumas
podem flutuar.

5. Quais são algumas vantagens e desvantagens da corda sintética?

São cordas delicadas e merecem cuidados especiais, em função de seu custo. Devem
ser lavadas sempre que em contato com lama ou rocha úmida, para que as pequenas
partículas abrasivas não machuquem sua estrutura. São sensíveis a ação do sol, que
resseca a fibra e desbota sua coloração. Recomendável variar o ponto do nó ou da
fixação distribuindo o esforço, para que não haja ruptura das fibras aloucadas na parte
superior do nó.

6. Segundo a Bíblia, qual o tipo de corda estática é mais resistente? Citar livro,
capitulo e versículo.

E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não
se quebra tão depressa. Eclesiastes 4:12

7. Faça o seguinte em uma corda:


a) Nó costura singela ou costura curta (Splice)
b) Nó Costura de alça (eye splice)
c) Finalizar a extremidade de uma corda com uma Pinha de Rosa dupla, falcaça ou Nó
Mathew Walker.
d) Pinha Singela
e) Nó de porco -

8. A partir de materiais encontrados na natureza, ou com barbante, fazer duas


cordas com, pelo menos, 2 metros cada:
a) Uma de 3 fios - Segue exemplo: (Lembre-se de utilizar materiais encontrados na
natureza para realizar esse requisito)

b) Uma com trançado triplo - Segue exemplo: (Lembre-se de utilizar materiais


encontrados na natureza para realizar esse requisito)

9. Descrever, pelo menos, 3 plantas que podem fornecer material para a confecção
de uma corda.

Algodão - O algodão é uma fibra comumente branca ou esbranquiçada,


obtida dos frutos de algumas espécies do gênero Gossypium hirsutum,
Família Malvaceae.
Cairo - A fibra de coco, também chamada Coir ou Cairo provém do coqueiro
comum (Cocos nucifera). É a única fibra de fruta que é usada,
comercialmente, em grande volume.
Juta - A juta (Corchorus capsularis) é uma fibra têxtil vegetal que provém da
Família Tilioideae.
Outras plantas como Coqueiro e Algodoeiro também fornecem materiais
necessários para a confecção de cordas.

10. Fazer de memória, pelo menos, 20 dos nós abaixo, falando ao avaliador o
nome, para que serve e suas limitações. Fazer um relatório descrevendo cada um,
citando para que serve e situações em que deve ser usado:

a) Nó Fateixa -

b) Nó Lais de Guia (Nó Bolina)


c) Lais de Guia Duplo

d) Nó Quadrado

e) Nó Cego
f) Nó de Carrasco (Nó de Forca)

g) Nó Borboleta

h) Nó de Espia (Nó ordinário ou nó de ajuste ou calabrote dobrado)


i) Nó Constritor (Nó de Contração ou volta do fiel duplo)
j) Nó de Espia Duplo
l) Nó Oito
m) Nó de Pescador

n) Nó de Pescador Duplo
o) Volta do Caçador (nó de Hunter)
p) Nó Volta do Gato (nó Pata de Gato)

q) Nó Torto (Nó cego ou Nó Esquerdo)

r) Volta do Fiel
s) Nó Prussik

t) Lais de Guia de Correr (Lais de Guia Corrediço)

u) Cadeira de Bombeiro (catau de marinheiro)

v) Catau

x) Nó de Escota
z) Nó Direito

aa) Nó Cirurgião
ab) Volta da Ribeira

ac) Meio-nó superior (Nó Único para Empate)

ad) Nó Alceado

ae) Nó Volta Paradora

af) Nó de Frade
ag) Nó Encapeladura (nó de algema)

ah) Nó UIAA (Nó meia volta do fiel)

11. Fazer corretamente as seguintes amarras:

a) Amarra quadrada
b) Amarra diagonal
c) Amarra paralela ou redonda
d) Amarra contínua simples
e) Amarra contínua dupla

12. Fazer um quadro com, pelo menos, 25 nos.

Para o quadro de nós você irá precisar de 20 metros de corda (em média), a base do
quadro ( pode ser papelão, isopor, maderite), tecido para forrar o quadro (pode ser feltro,
veludo), cola quente ou cola de silicone, tesoura e muita criatividade para dispor os nós.

Dicas:
Faça individualmente, assim você aprenderá mais
Busque sempre auxílio do seu instrutor
Pesquise bastante na internet sobre os nós escolhidos
Cuidado ao utilizar objetos cortantes como anzol, tesoura, canivete.
Tenha a atenção redobrada ao queimar a ponta da corda com o fogo, para que você não
se queime também. Peça a ajuda de um adulto.

Segue um exemplo do quadro do nós elaborado por mim para o meu clube de
desbravadores.
Priscilla Wagemacker às 17:13

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