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CAD/TQS®

Projeto Estrutural de Edifícios de


Concreto Armado, Protendido, Pré-Moldados
e Alvenaria Estrutural

Dimensionamento, Detalhamento e
Desenho

Versão 15.X
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SUMÁRIO I

CAD/TQS®
Dimensionamento, Detalhamento e Desenho
Sumário

1. DIMENSIONAMENTO, DETALHAMENTO E DESENHO .....................................


..................................... 1
1.1. Introdução......................................................................................................... 1
2. LAJES ................................................................
................................................................................................
......................................................................................
...................................................... 5
2.1. Introdução......................................................................................................... 5
2.1.1. Visão geral ........................................................................................................6
2.1.2. Documentação ................................................................................................ 10
2.2. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento ...................................... 10
2.2.1. Faixas de distribuição .................................................................................... 12
2.2.2. Inicialização de faixas .................................................................................... 15
2.2.3. Homogeneização ............................................................................................. 15
2.2.3.1. Momento limite p/ exclusão de negativos nos apoios..................................... 16
2.2.3.2. União lateral de faixas negativas .................................................................. 17
2.2.3.3. Agrupamentos de faixas contíguas: ............................................................... 18
2.2.3.4. Cálculo e detalhamento de armaduras: flexão .............................................. 20
2.2.3.5. Cálculo e detalhamento de armaduras: cisalhamento .................................. 22
2.2.3.6. Cálculo e detalhamento de armaduras: punção ............................................ 23
2.2.3.7. Lajes treliçadas............................................................................................... 25
2.2.4. Esforços de cálculo .......................................................................................... 26
2.3. Processamento ................................................................................................ 26
2.3.1. Processamento global ..................................................................................... 26
2.3.2. Processamento de um único pavimento......................................................... 27
2.3.2.1. Reinicialização das faixas de distribuição ..................................................... 27
2.3.2.2. Editor de esforços e armaduras ...................................................................... 28
2.3.2.3. Geração de desenhos ...................................................................................... 28
2.3.2.4. Desenhos de vigotas treliçadas ...................................................................... 28
2.4. Verificações do Dimensionamento e Detalhamento ..................................... 29
2.5. Avisos e Erros ................................................................................................. 30
2.6. Editor de Esforços e Armaduras.................................................................... 32
2.6.1.1. Calculadoras ................................................................................................... 33
2.6.1.2. Visualização de diagramas ............................................................................. 34
2.6.1.3. Homogeneização de faixas .............................................................................. 35
2.6.1.4. Verificação da laje........................................................................................... 39
2.6.1.5. Cálculo de armadura para faixas homogeneizadas ....................................... 40
2.6.1.6. Punção............................................................................................................. 40
2.6.2. Lajes treliçadas............................................................................................... 42
2.6.2.1. Procedimentos iniciais .................................................................................... 42
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II CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

2.6.2.2. Comandos do editor de esforços e armaduras................................................ 43


2.6.2.3. Cálculo de armaduras .................................................................................... 44
2.6.2.4. Análise das flechas ......................................................................................... 44
2.7. Edição Gráfica Genérica ................................................................................ 45
2.8. Plotagem ......................................................................................................... 46
3. VIGAS ................................................................
................................................................................................
.....................................................................................
.....................................................47
.....................47
3.1. Introdução....................................................................................................... 47
3.2. Visão Geral ..................................................................................................... 48
3.2.1. Documentação ................................................................................................ 53
3.3. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento ...................................... 53
3.3.1. Dimensionamento e detalhamento à flexão .................................................. 54
3.3.1.1. Redistribuição de M[-] e ductilidade .............................................................. 55
3.3.1.2. Limites para o momento negativo nos apoios extremos ................................ 55
3.3.1.3. Dimensionamento a flexão simples................................................................ 56
3.3.1.4. Tabelas para seleção de bitolas ...................................................................... 57
3.3.1.5. Espaçamentos entre barras longitudinais ..................................................... 58
3.3.2. Dimensionamento e detalhamento ao cisalhamento .................................... 58
3.3.2.1. Modelo de cálculo para força cortante e torção .............................................. 59
3.3.2.2. Espaçamentos desejados ................................................................................ 60
3.3.2.3. Espaçamentos padronizados .......................................................................... 60
3.3.2.4. Armadura transversal das vigas de compatibilização ................................... 61
3.3.3. Dimensionamento e detalhamento à torção .................................................. 62
3.3.3.1. Torção necessária ao equilíbrio ...................................................................... 62
3.3.3.2. Torção não necessária ao equilíbrio ............................................................... 62
3.3.3.3. Valor limite para dimensionar torção ............................................................ 63
3.3.4. Flexão composta normal (FCN) ..................................................................... 63
3.3.4.1. Força normal a ser desconsiderada................................................................ 64
3.3.4.2. Força normal elevada ..................................................................................... 64
3.3.4.3. Seção transversal considerada ....................................................................... 65
3.3.5. Furos em vigas................................................................................................ 66
3.3.5.1. Considerações gerais ...................................................................................... 66
3.3.5.2. Largura máxima dos furos ............................................................................. 67
3.3.5.3. Decomposição dos esforços nos banzos........................................................... 68
3.3.5.4. Dimensionamento das armaduras transversais ............................................ 69
3.3.5.5. .Geração de desenhos separados das armações dos furos ............................. 70
3.3.5.6. Entrada de dados: modelador estrutural ....................................................... 71
3.3.5.7. Processamento ................................................................................................ 72
3.4. Critérios de Desenho ...................................................................................... 73
3.4.1. Escala do esquema gráfico de vigas ............................................................... 74
3.4.2. Formato do esquema gráfico de vigas ............................................................ 74
3.4.3. Indicação de valores gráficos nos desenhos ................................................... 75
3.4.4. Desenho de armadura negativa acima do gabarito da viga.......................... 75
3.4.5. Posição de desenho de estribos na seção longitudinal .................................. 76
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SUMÁRIO III

3.4.6. Estribos em uma linha e/ou 2 linhas ............................................................. 76


3.5. Edição de Dados ............................................................................................. 77
3.6. Processamento ................................................................................................ 79
3.7. Verificações do Dimensionamento e Detalhamento ..................................... 83
3.7.1. Visualizador de mensagens de avisos e erros................................................ 83
3.7.2. Visualização de resultados (gráficos e alfanuméricos).................................. 84
3.7.2.1. Desenhos ......................................................................................................... 84
3.7.2.2. Consistência e ordenação ............................................................................... 85
3.7.2.3. Diagramas de solicitações .............................................................................. 85
3.7.2.4. Relatório geral ................................................................................................ 86
3.7.2.5. Esforços e armaduras ..................................................................................... 87
3.7.2.6. Processamento de esforços em vigas .............................................................. 87
3.7.2.7. Dimensionamento de vigas ao cisalhamento ................................................. 87
3.7.2.8. Dimensionamento de vigas à flexão positiva ................................................. 87
3.7.2.9. Dimensionamento de vigas à flexão negativa................................................ 88
3.7.2.10. Dimensionamento de vigas à flexão composta normal ................................ 88
3.7.2.11. Dimensionamento de furos em vigas ........................................................... 88
3.7.2.12. Outros relatórios........................................................................................... 88
3.8. Equivalência de Desenhos ............................................................................. 89
3.9. Editor Rápido de Armaduras......................................................................... 96
3.9.1. Tela do editor rápido de armaduras .............................................................. 98
3.9.1.1. Barras de Ferramentas .................................................................................. 98
3.9.1.2. Calculadora de FCN. ...................................................................................... 99
3.9.1.3. Furos ............................................................................................................. 100
3.9.2. Calculadora de furos .................................................................................... 102
3.10. Editor genérico de armaduras e geometria............................................... 105
3.11. Subprojetos ................................................................................................. 106
3.12. Plotagem ..................................................................................................... 108
4. PILARES ................................................................
................................................................................................
...............................................................................
............................................... 109
4.1. Introdução..................................................................................................... 109
4.1.1. Visão geral .................................................................................................... 110
4.1.2. Documentação .............................................................................................. 113
4.2. Critérios de Projeto ...................................................................................... 114
4.2.1. Índices de esbeltez limites ........................................................................... 115
4.2.1.1. Efeitos locais ................................................................................................. 116
4.2.1.2. Efeitos localizados ........................................................................................ 117
4.2.1.3. Fluência ........................................................................................................ 119
4.2.1.4. Comprimento equivalente ............................................................................ 119
4.2.2. Método Geral e Pilar Padrão acoplado a diagrama [N, M, 1/r] .................. 120
4.2.2.1. Número de divisões no trecho do pilar ......................................................... 120
4.2.2.2. Condições de vínculo no topo e na base........................................................ 120
4.2.2.3. Tipo de correção das rigidezes...................................................................... 121

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IV CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

4.2.2.4. Não linearidade geométrica ......................................................................... 121


4.2.2.5. Coeficientes de ponderação das ações .......................................................... 122
4.2.2.6. Fluência ........................................................................................................ 122
4.2.3. Métodos de dimensionamento de pilares..................................................... 122
4.2.3.1. Pilar Padrão com curvatura aproximada e rigidez kapa aproximada ........ 122
4.2.3.2. Pilar padrão acoplado a [N, M, 1/r] .............................................................. 124
4.2.3.3. Método Geral ................................................................................................ 126
4.2.3.4. Pilares-parede ............................................................................................... 128
4.2.4. Imperfeições locais e momento mínimo ....................................................... 128
4.2.5. Opções para a aplicação de M1d,min........................................................... 130
4.2.5.1. Lista de bitolas longitudinais para dimensionamento ................................ 131
4.2.5.2. Traspasse ...................................................................................................... 132
4.3. Critérios Desenho ......................................................................................... 133
4.3.1. Faixa adicional na intersecção com vigas.................................................... 134
4.3.2. Desenhar estribos "explodidos" agrupados.................................................. 135
4.3.3. Escrita do ângulo em planta ........................................................................ 136
4.4. Edição de Dados ........................................................................................... 137
4.4.1. Janelas de edição de dados........................................................................... 138
4.5. Processamento .............................................................................................. 140
4.5.1. Inicialização de projeto................................................................................. 141
4.5.2. Montagem de carregamentos e dimensionamento ...................................... 141
4.5.3. Resumo do detalhamento ............................................................................. 143
4.5.4. Desenho de armaduras................................................................................. 143
4.5.5. Relatório geral de pilares ............................................................................. 144
4.6. Mensagens de Avisos e Erros ...................................................................... 145
4.7. Análise de Resultados .................................................................................. 146
4.7.1.1. Resumo Detalhamento ................................................................................. 147
4.7.1.2. Montagem de Carregamentos ...................................................................... 148
4.8. Editor de Geometria, Esforços e Armaduras .............................................. 152
4.8.1. Verificar seção atual ..................................................................................... 154
4.8.2. Cálculo de efeitos de 2ª ordem em pilares ................................................... 155
4.8.2.1. Efeitos locais no pilar ................................................................................... 155
4.8.2.2. Efeitos localizados numa faixa retangular .................................................. 161
4.8.2.3. Efeitos localizados numa faixa com seção qualquer .................................... 162
4.8.2.4. Efeitos localizados em um pilar-parede em malha ...................................... 162
4.8.3. Otimização das armaduras em pilar-parede ............................................... 169
4.9. Editor Genérico de Geometria e Armaduras .............................................. 171
4.10. Pórtico Não-Linear Físico e Geométrico ................................................... 173
4.11. Plotagem ..................................................................................................... 176
5. FUNDAÇÕES ................................................................
................................................................................................
........................................................................
........................................ 177
5.1. Introdução..................................................................................................... 177
5.2. Visão ............................................................................................................. 177
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SUMÁRIO V

5.3. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento – Blocos ...................... 180


5.3.1. Método de dimensionamento dos blocos ...................................................... 181
5.3.2. Critérios de projeto para blocos ................................................................... 181
5.3.2.1. Tabelas de bitolas ......................................................................................... 183
5.3.2.2. Configurações de barras ............................................................................... 183
5.3.2.3. Coeficientes de dimensionamento ................................................................ 184
5.3.2.4. Detalhamento dos blocos .............................................................................. 185
5.4. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento – Sapatas Isoladas .... 188
5.4.1. Método de dimensionamento das sapatas isoladas..................................... 188
5.4.1.1. Critérios projeto para sapatas...................................................................... 188
5.4.1.2. Tabelas de bitolas ......................................................................................... 189
5.4.1.3. Coeficientes de cálculo .................................................................................. 190
5.4.1.4. Tensões no solo ............................................................................................. 191
5.4.1.5. Método de cálculo das armaduras principais .............................................. 192
5.4.1.6. Método de cálculo do momento fletor ........................................................... 192
5.4.1.7. Reforço nos cantos ........................................................................................ 194
5.5. Processar....................................................................................................... 194
5.5.1. Processamento de sapatas ........................................................................... 194
5.5.1.1. Processar pré-dimensionamento de sapatas................................................ 194
5.5.1.2. Processar dimensionamento de sapatas ...................................................... 195
5.5.1.3. Processar desenho de sapatas ...................................................................... 195
5.5.2. Processamento de blocos .............................................................................. 197
5.5.2.1. Processar dimensionamento de blocos ......................................................... 197
5.5.2.2. Processar desenho de blocos ......................................................................... 198
5.6. Verificação de Resultados ............................................................................ 203
5.6.1. Visualizar sapatas ........................................................................................ 203
5.6.1.1. Visualizar pré-dimensionamento de sapatas............................................... 204
5.6.1.2. Visualizar dimensionamento de sapatas ..................................................... 205
5.6.2. Visualizar blocos ........................................................................................... 206
5.6.2.1. Visualizar dimensionamento de blocos ........................................................ 206
5.7. Mensagem de Avisos e Erros ....................................................................... 208
5.8. Edição Gráfica .............................................................................................. 210
5.9. Equivalência de Fundações ......................................................................... 211
5.10. Plotagem ..................................................................................................... 211
6. ESTACAS – SISES ................................................................
................................................................................................
................................................................ 213
6.1. Introdução..................................................................................................... 213
6.2. Visão Geral ................................................................................................... 213
6.3. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento .................................... 217
6.3.1. Critérios gerais para dimensionamento ...................................................... 217
6.3.1.1. Critérios gerais para detalhamento ............................................................. 218
6.3.1.2. Tabelas de bitolas e tipo de aço .................................................................... 219
6.4. Processamento .............................................................................................. 220

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VI CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

6.5. Mensagens de Erros e Avisos ...................................................................... 220


6.6. Resultados Gráficos e Alfanuméricos .......................................................... 222
6.6.1. Resultados – dimensionamento / detalhamento ......................................... 222
6.6.2. Relatório de dimensionamento por estaca................................................... 222
6.6.3. Envoltória de armaduras por bloco.............................................................. 223

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DIMENSIONAMENTO, DETALHAMENTO E DESENHO 1

1. DIMENSIONAMENTO, DETALHAMENTO E
DESENHO
1.1. Introdução
Serão apresentadas neste manual, noções básicas e fundamentais para o
dimensionamento, detalhamento e desenho de vigas, pilares, lajes, sapatas, blocos de
fundação e estacas (interação solo-estrutura) no sistema CAD/TQS®. Todos os
elementos são constituídos pelo material concreto armado.
Esta etapa dos sistemas é de fundamental importância para que seja alcançada uma
adequada produtividade na elaboração dos projetos estruturais. Os principais dados de
entrada para os elementos acima referenciados, envolvendo informações geométricas e
de carregamentos, são fornecidos através do sistema Modelador Estrutural. O cálculo
completo dos esforços solicitantes é realizado pelos sistemas de grelha plana e pórtico
espacial conforme já descrito no manual de "Análise Estrutural".
De posse das informações geométricas e dos esforços solicitantes para todos os
elementos estruturais, obtêm-se os desenhos finais de engenharia através destas
etapas de dimensionamento, detalhamento e desenho.
Enquanto a análise estrutural de uma edificação e o dimensionamento de uma seção
transversal possuem soluções bem conhecidas, fazendo algumas ressalvas para certas
características de concreto armado, as etapas de detalhamento e desenho podem
diferir enormemente dependendo da experiência do engenheiro, práticas usuais de
representação na região, formação técnica dos usuários, etc. Neste ponto reside a
grande complexidade destas etapas. O sistema precisa conviver com inúmeras
situações e soluções particulares dependendo do usuário.
Exemplificando, em certas regiões do país as armaduras superiores das vigas são
representadas acima do gabarito, em outras regiões esta representação é realizada
abaixo do gabarito.

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2 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Conforme já citado, o dimensionamento no sistema CAD/TQS® é realizado com base


em uma série de informações armazenadas em arquivos que, necessariamente, já
devem ter sido processados em etapas anteriores. Resumidamente, as seguintes etapas
devem estar executadas:
■ Criação da base de dados do edifício;
■ Lançamento de todas as informações geométricas através do Modelador
Estrutural;
■ Lançamento das informações sobre carregamentos através do Modelador
Estrutural;
■ Definição dos critérios de projeto para a análise estrutural;
■ Geração dos modelos para análise estrutural (pórtico espacial e grelha);
■ Resolução dos modelos de pórtico espacial e grelha;
■ Análise de resultados com a respectiva validação do processamento;
■ Transferência de esforços para lajes, vigas, pilares, sapatas, blocos e estacas.
Estas etapas anteriores ao dimensionamento não serão tratadas neste manual. Para
maiores detalhes sobre estas etapas, basta consultar os demais manuais
correspondentes em meio físico ou digital, através do comando "Ajuda" que apresenta
os manuais dos sistemas de forma eletrônica.
Assume-se como pré-requisito para o entendimento deste manual, a leitura prévia dos
manuais emitidos em meio físico: "Visão Geral e Lançamento" e "Análise Estrutural".
Passando para as etapas de dimensionamento, detalhamento e desenho, é apresentado
abaixo os principais itens deste processo e válidos para cada elemento estrutural:
■ Visão geral sobre o objetivo e funcionamento de cada elemento estrutural;

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DIMENSIONAMENTO, DETALHAMENTO E DESENHO 3

■ Apresentação de alguns critérios de projeto, de uso mais comum e os mais


recentes em termos de implementação, em relação a outras versões;
■ Funcionamento geral da etapa de processamento;
■ Visualização de mensagens de "avisos e erros";
■ Principais relatórios e desenhos gerados;
■ Edição gráfica orientada a aplicação (são editores "inteligentes" de armaduras);
■ Edição gráfica genérica para os elementos estruturais;
■ Geração de plantas de desenho e plotagem.

A norma principal utilizada para o dimensionamento e detalhamento dos elementos


estruturais é a baseada na NBR 6118:2003 e o modelo estrutural de edifico
considerado é o IV, modelo integrado de pórtico espacial especialmente desenvolvido
no sistema CAD/TQS® para estruturas de concreto armado.

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4 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

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LAJES 5

2. LAJES
2.1. Introdução
Este manual descreve o processo de dimensionamento e detalhamento para lajes
maciças ou treliçadas, elaborados no sistema CAD/Lajes, modelados por grelha.
Os tipos de estruturas resolvidos pelo CAD/Lajes são: lajes convencionais, lajes lisas
de mesma espessura, lajes lisas com capitéis / vigas, lajes nervuradas (com ou sem
capitéis), lajes nervuradas com vigas faixas, lajes treliçadas, lajes protendidas, etc. As
lajes podem ser retangulares ou possuir um contorno poligonal qualquer.
Desenhos representativos de armaduras de lajes (positivas e negativas) são
apresentados abaixo:

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6 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Com os atuais recursos computacionais para resolução das lajes de um pavimento, o


cálculo das lajes por processos simplificados (ruptura, por exemplo) já não se faz mais
justificável, portanto, este processo não será aqui apresentado. Todos os conceitos aqui
descritos são baseados no modelo estrutural do edifício IV (modelo de pórtico espacial
integrado) e a norma de concreto armado NBR 6118:2003.
Todos os outros modelos e demais detalhes não abordados aqui podem ser consultados
no material disponível digitalmente junto com o sistema CAD/TQS® no item referente
a lajes. Aqui mostraremos apenas os principais itens a serem verificados antes,
durante e após o processamento para o dimensionamento e detalhamento das lajes de
um edifício baseados no modelo estrutural de grelha.
O manual correspondente as lajes protendidas é apresentado a parte juntamente com
o sistema voltado a tal finalidade.
O lançamento estrutural e o devido processamento para a obtenção dos esforços
solicitantes, que serão efetivamente utilizados no dimensionamento, detalhamento e
desenho, já devem ter sido realizados em etapas anteriores. Caso haja necessidade de
consulta a estas etapas anteriores (lançamento e processamento de esforços), basta
examinar os manuais "Visão Geral e Lançamento" e "Análise Estrutural" para o
conhecimento detalhado de cada etapa.

2.1.1. Visão geral


De forma resumida as etapas necessárias para se calcular as lajes no sistema
CAD/TQS®, na ordem, são:
■ Definir o modelo estrutural corretamente no Editor de Edifício:
■ Grelha de lajes planas;
■ Grelha de lajes nervuradas (para lajes treliçadas e nervuradas);
■ Lançá-las adequadamente dentro do Modelador Estrutural.
O CAD/Lajes permite três alternativas para cálculo de esforços solicitantes,
necessários para o dimensionamento e detalhamento:
■ Modelo de grelha plana;
■ Modelo de elementos finitos (não será tratado neste manual);
■ Modelo simplificado (não será tratado neste manual).
A discretização do pavimento de lajes, para efeitos de cálculo de solicitações,
dimensionamento, detalhamento e desenho pode ser realizada por dois modos:
■ Discretização da laje em modelo de grelha dentro do CAD/Formas, seguido do
cálculo de esforços solicitantes;
■ Discretização da laje em modelo de elementos finitos de placa e barras através
do CAD/Formas, seguido pelo cálculo de esforços solicitantes através do sistema
Mix® (não será abordado neste manual);

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LAJES 7

É importante ressaltar que os esforços solicitantes obtidos através da resolução por


grelha possuem as características:
■ Os esforços da grelha não dependem do pórtico espacial gerado, a grelha é
processada individualmente;
■ Quando são definidos diversos carregamentos para as grelhas planas (ELU), os
esforços transferidos para o CAD/Lajes já representa a envoltória final destes
carregamentos;
■ Como os esforços são os provenientes do modelo de grelha, cargas horizontais de
vento não afetam os resultados do CAD/Lajes. Caso seja do interesse analisar o
comportamento da laje para esforços horizontais, basta a definição de vigas
faixas no modelo estrutural do pavimento simulando as lajes.
■ Além dos esforços de flexão e cisalhamento, o CAD/Lajes também trata lajes
com esforços normais (tração ou compressão).
■ Exemplo de representação de uma laje discretizada por grelha plana:

■ Exemplo de representação de momentos fletores numa laje discretizada por


grelha:

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8 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Uma vez obtidos os esforços, o dimensionamento e detalhamento da laje poderão ser


feitos dentro do CAD/Lajes:
■ Através do Editor de Esforços e Armaduras, com esforços provenientes de
análise matricial ou processo simplificado;
■ Através do editor de armação genérica, que atua exclusivamente sobre o
desenho final de armaduras.
Através do Editor de Esforços e Armaduras, com esforços provenientes do modelo de
grelha. Portanto, o CAD/Lajes necessita, basicamente, dos seguintes arquivos para
processamento:
■ Arquivos LDF, WOD, RSX, GRE;
■ Arquivo de critérios de projeto (extensão ".INL").
No "Editor de Esforços e Armaduras" cabe ao engenheiro definir as faixas de
distribuição de armaduras homogêneas, que ao mesmo tempo sejam econômicas e de
fácil execução na obra.
Escolhidas estas faixas de distribuição de esforços, o detalhamento de armaduras é
automático dentro dos critérios fixados pelo engenheiro, sendo que as armaduras
geradas dentro do editor podem ser editadas antes do desenho final ser gravado.
O dimensionamento das lajes no CAD/Lajes é realizado para o Estado Limite Último
(ELU). As seguintes armaduras são calculadas, detalhadas e desenhadas:
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LAJES 9

■ Armadura inferior longitudinal à flexão (direções X e Y);


■ Armadura superior longitudinal à flexão (direções X e Y);
■ Armadura transversal ao cisalhamento;
■ Armadura de punção;
O cálculo de flechas e deformações das lajes, importante item no projeto estrutural, é
realizado para o Estado Limite de Serviço. Este procedimento
dimento está descrito no sistema
de grelha não-linear
linear física, ferramenta apropriada para a obtenção, com razoável grau
de precisão, destes valores de flechas.
No fluxograma abaixo representativo do processamento do CAD/Lajes, estão descritas
as principais etapas do dimensionamento, detalhamento e desenho das lajes de um
projeto/pavimento.

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10 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

2.1.2. Documentação
A documentação digital, fornecida junto com o sistema, é bastante detalhada
abrangendo todos os métodos e normas disponíveis no sistema.
Compõem a documentação do CAD/Lajes, manuais físicos (como este) e manuais na
forma digital. No menu "Ajuda" – "Manuais" do CAD/Lajes, os seguintes manuais
estão disponíveis para consulta / pesquisa:
■ Manual Teórico;
■ Manual de Lajes Treliçadas;
■ Manual de Critérios de Projeto;
■ Manual de Comandos e Funções;
■ Manual de Edição de Dados;
■ Manual de Editor de esforços e armaduras;
■ Manual de Lajes Protendidas;
■ Exemplos – Passo a Passo.

2.2. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento


Os principais critérios de projeto estão definidos no arquivo de critérios de projeto, que
fica armazenado na pasta do edifício com o nome PRJ-nnnn.INL, onde nnnn é o
número do projeto da planta de formas.
A inicialização de faixas e todo o detalhamento dependem diretamente dos critérios
definidos. O engenheiro deve conhecer os critérios disponíveis, e adaptá-los de projeto
para projeto.
O conhecimento e a adequada escolha dos critérios de projeto facilitarão a obtenção dos
desenhos gerados automaticamente pelo CAD/Lajes e os trabalhos de edição final das
armaduras da laje.
As alterações no arquivo de critérios são realizadas por uma opção do programa
gerenciador do sistema CAD/TQS®, dentro do CAD/Lajes, acionado através do
comando "CAD/Lajes" – "Editar" – "Critérios" – "Grelha/Elementos finitos" – "Projeto":

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LAJES 11

Os critérios são classificados em 9 categorias principais:


■ Critérios gerais:
gerais Identificação, coeficiente majorador esforços, cobrimentos;
■ Concreto:
Concreto fck, fctkinf, fctksup, coeficiente de minoração do concreto;
■ Aço:
Aço coeficiente de minoração do aço, tabela de bitolas;
■ Flexão:
Flexão parâmetros para dimensionamento/detalhamento a flexão;
■ Nervuradas:
Nervuradas parâmetros para dimensionamento/detalhamento de lajes
nervuradas;
■ Treliçadas:
Treliçadas parâmetros para dimensionamento/detalhamento de lajes
treliçadas;
■ Cisalhamento:
Cisalhamento parâmetros para dimensionamento/detalhamento ao
cisalhamento
■ Punção:
Punção parâmetros para dimensionamento/detalhamento a punção
■ Homogeneização:
Homogeneização parâmetros para homogeneização de faixas.
Estas abas acima apresentadas possuem critérios que:
■ Podem ser definidos pelo engenheiro de modo que fiquem registrados em
arquivos utilizados por todos os projetos criados. São critérios gerais válidos
para todo o escritório de projetos;
■ Precisam ser revistos frequentemente, dependendo das particularidades de
cada novo projeto.

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Todos os critérios estão disponíveis nos manuais digitais do sistema CAD/Lajes do


sistema CAD/TQS®. Aqui iremos abordar apenas alguns destes critérios, de modo a
apresentar ao usuário aqueles que precisam ser revistos sempre que se inicia um novo
projeto e que possam facilitar o trabalho final de dimensionamento.

2.2.1. Faixas de distribuição


O processamento de lajes pelo modelo de "Grelha de lajes planas" ou "Grelha de lajes
nervuradas" é o feito através da discretização da laje em um modelo de grelha plana,
com a geração de barras em duas direções principais, que terão seus esforços,
posteriormente, utilizadas no dimensionamento, detalhamento e desenho. Este
processo gera uma grande quantidade de barras para o conjunto de lajes de um
pavimento e, consequentemente, uma grande quantidade de valores de esforços
solicitantes.
Apesar de ser possível detalhar as lajes com base nestes esforços diferentes em cada
extremo das barras, isso poderia se tornar trabalhoso, ou mesmo impraticável, pois a
armação final, possivelmente, poderia se tornar antieconômica e de difícil execução.
Para otimizar o tratamento destas informações e para simplificar o detalhamento das
armaduras, é que foi criado o conceito de faixas de distribuição de armaduras.

.43/m B8 H16.1 Bc47 Hc4 1ø8

.33/m B8 H16.185 Bc47 Hc4 1ø6.3

1.07/m B8 H16.147 Bc47 Hc4 1ø8+2ø6.3


.53/m B8 H16.1 Bc47 Hc4 1ø8

Por este motivo, o CAD/Lajes permite que se criem faixas representativas desses
esforços calculados para cada barra de grelha. Essas faixas seriam, portanto, áreas
delimitadas por um retângulo, cujos esforços (flexão, cisalhamento, punção) para
cálculo seriam únicos, de largura e altura igual a da barra de grelha.
Outra vantagem em utilizar as "Faixas de distribuição de esforços" é que estas podem
ser igualadas, editadas, agrupadas, etc., no "Editor de esforços e armaduras", de modo
a facilitar e melhorar o detalhamento interativo da laje. Para cada faixa de
distribuição, unitária ou agrupada, será detalhada uma posição de ferro.
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LAJES 13

Isso faz com que uma laje, com incontáveis barras de grelhas, de formato qualquer,
com seus respectivos esforços, possa ser subdividida em faixas de distribuição
representativas desses esforços, tornando o projeto mais simples, econômico e prático,
inclusive para a execução na obra.
Veja o esquema abaixo. O processamento de grelhas gerou esforços em cada um dos
extremos das barras da laje discretizada. Esses esforços geram inúmeras barras de
armação para a laje, uma para cada faixa:

Mesmo sendo correto, isto pode se tornar impraticável na obra, com a geração de
muitos comprimentos diferentes e bitolas distintas para as barras de aço.
Porém, podemos unificar, através dos critérios de projeto próprios de cada engenheiro,
essa quantidade em uma única faixa utilizando, por exemplo, o maior esforço
encontrado na laje:

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Ou ao invés de se utilizar uma única faixa, podemos separar a laje em 3 faixas com 3
valores representativos, uma para cada faixa, otimizando a armação:

Após esta definição de faixas de esforços, o próprio editor refaz os cálculos para a
obtenção da armação das faixas. Após estas etapas, basta acionar o comando para
gerar os desenhos de armaduras (positivas, negativas, punção). Um exemplo do
funcionamento das faixas pode ser visto no manual visão geral e lançamento.
Os esforços utilizados na homogeneização podem ser definidos pelo usuário de 2
maneiras:

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■ Pela definição dos "Critérios de projeto", que serão utilizados durante o


processamento automático;
■ Pela edição dos esforços dentro do "Editor de esforços e armaduras".
Como se pode observar, uma opção tem influência, na criação das faixas, antes do
processamento (Critérios de projeto) e a outra (Editor de esforços e armaduras) é
aplicada no processamento já efetuado, através da intervenção direta do engenheiro.

2.2.2. Inicialização de faixas


Como mencionado acima, os critérios definidos no editor de "Critérios de projeto" vão
influenciar, principalmente, a criação das faixas antes do processamento. Com base na
sua experiência e no conhecimento desses critérios, o engenheiro pode fazer com que o
sistema gere, no processamento automático, faixas dentro de limites e tolerâncias que
ele determina. Essa adequada definição de critérios pode, inclusive, facilitar o seu
posterior trabalho dentro do "Editor de esforços e armaduras".
Isto é o que chamamos de Inicialização de faixas, ou seja, a criação de faixas de forma
automática pelo sistema, com base nos critérios de faixas definidos anteriormente no
editor de critérios. Com esta inicialização, as faixas anteriormente alteradas pelo
engenheiro, dentro do editor de esforços e armaduras, serão perdidas e inicializadas
novamente.
Já no do "Editor de esforços e armaduras" ele poderá intervir diretamente nas faixas,
fazendo um ajuste mais adequado destas, editando, alterando, eliminado, criando,
juntando, etc. faixas com base nos esforços das barras das grelhas e da sua
experiência.

2.2.3. Homogeneização
Nos critérios de projeto, você pode diminuir as faixas geradas durante a inicialização
de faixas, definindo previamente critérios de homogeneização. Temos três tipos de
homogeneização, que serão feitas de forma automática durante o processamento:
■ A junção de faixas contíguas, para grandes extensões de apoios com momento
negativo mínimo;
■ A união lateral de faixas, que une faixas quebradas de um mesmo alinhamento
em faixas únicas e maiores;
■ O agrupamento de faixas contíguas, que unifica faixas de alinhamentos
diferentes, dentro de certos limites de comprimento e de esforços.

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O "Editor de esforços e armaduras" irá detalhar as armaduras com base nas faixas de
distribuição. Se a faixa estiver sobre uma nervura, então será colocada uma posição de
ferro para cada nervura dentro da faixa (no caso de flexão); se for sobre uma área
maciça de concreto, então a armadura calculada por metro será distribuída dentro da
faixa.
Inicialmente são geradas faixas de distribuição independentes sobre cada alinhamento
de barras (diagrama) da laje, em cada direção. Dentro de um alinhamento, o valor de
momento para detalhamento é sempre o valor máximo que a faixa engloba.
O "Editor de esforços e armaduras", posteriormente, permitirá editar as faixas de
distribuição, alterar coordenadas e extensão, unir faixas contíguas, agrupar faixas
paralelas, dividir faixas e fixar valores de diagrama para detalhamento
Para que as faixas de distribuição sejam geradas de forma adequada à realidade do
projeto em andamento, o usuário deve verificar nesta aba "Homogeneização", dos
critérios do CAD/Lajes, os valores mais coerentes aos parâmetros disponibilizados.
Vejamos alguns destes parâmetros:

2.2.3.1. Momento limite p/ exclusão de negativos nos apoios


Como padrão, o programa de inicialização de faixas criará faixas de armadura
negativa nos apoios mesmo que não haja momento negativo. Estas faixas terão um
comprimento mínimo de desenho definido no arquivo de critérios de desenho, que é
acessado através do comando "Editar" – "Grelha/Elementos finitos" – "Critérios de
desenho" do CAD/Lajes.
A existência de faixas negativas nos apoios fará com que todo apoio de laje tenha
armadura negativa. Você pode suprimir as faixas de momento negativo no apoio, nas
regiões onde este momento não existir ou for muito pequeno. Para isso, defina no
arquivo de critérios o parâmetro de momento mínimo negativo, a fim de excluir faixas
negativas no apoio.

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O valor padrão para este momento é de 0.04 tfm/m (valor definido em módulo).
A seguir defina se as faixas negativas devem ser criadas nos apoios intermediários e
nos apoios de borda. Para eliminar as faixas de momento pequeno nos apoios de borda,
altere no menu "Flexão, Ancoragem de ferros, KL4 – Armadura negativa na borda".
Este critério deve ter o valor "Arma negativo apenas em apoios de lajes contíguas".
Para eliminar as faixas também dos apoios intermediários com momento negativo
baixo, faça neste mesmo menu, a variável "KL18 – Armadura negativa nos apoios"
valer "Arma apenas os apoios intermediários com engastamento"

2.2.3.2. União lateral de faixas negativas


Na união lateral, faixas geradas lado a lado sobre um mesmo alinhamento são 7
agrupadas:

-.33/m 1ø8 -.90/m 2ø8 -.90/m 2ø8

Em primeiro lugar, para que o editor una lateralmente faixas negativas, você
precisará ligar o critério:

As duas distâncias máximas definidas são calculadas conforme a figura:

Portanto, a união lateral das faixas acima será realizada se:


■ DIST ≤ DMáx1 (cm) ou
■ DIST/DTOT ≤ DMáx2
Sendo que os valores de DMáx1 e DMáx2 são definidos pelo usuário:

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2.2.3.3. Agrupamentos de faixas contíguas:


No agrupamento de faixas contíguas, faixas de alinhamentos diferentes, mas de
geometria e esforços próximos, são agrupados dependendo de valores de critérios de
projeto:
.27/m 1ø6.3

.35/m 1ø8

.43/m 1ø8
.41/m 1ø8

.43/m 1ø8

A junção de faixas contíguas é um caso particular do agrupamento acima, como


apresentado abaixo:

-.02/m -.02/m

-.02/m -.01/m -.09/m -.09/m

-.02/m -.01/m

-.09/m -.09/m

Você pode ligar ou desligar o agrupamento de faixas contíguas, separadamente para


faixas positivas e negativas.

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Para o agrupamento de faixas positivas, vale a seguinte regra:


■ Calcula-se o momento médio ponderado das faixas de uma laje (M);
■ Este momento médio ponderado não pode ser inferior a uma porcentagem do
momento máximo: M >%M1*Mmax;
■ Se uma faixa estiver acima da média ponderada mais desvio, isola-se a mesma:
Mfaixa > %M2*M  isola.
Os valores para %M1 e %M2 são definidos pelo usuário:

Para o agrupamento de faixas negativas, é feita em 2 etapas:


■ Homogeneização de comprimentos;
■ Homogeneização de momentos.
Para ambas as etapas valem as seguintes regras:
■ Calcula-se a média ponderada de todas as faixas (comprimento C e momento
médio M);
■ Esta média ponderada não pode ser inferior a uma porcentagem do máximo
comprimento Cmax e momento Mmax;
■ C>%C1*Cmax M>%M1*Mmax
■ Se uma faixa estiver acima da média ponderada mais desvio, isola-se a mesma:
■ Cfaixa>%C2*C  isola Mfaixa>%M2>M  isola
A regra acima é válida para os dois tipos de armaduras negativas:
■ Faixas de apoio (FA): faixas nos apoios das lajes;
■ Faixas no meio da laje (FM): faixas no meio da laje

Os parâmetros %C1, %C2, %M1, %M2 são definidos pelo usuário:

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Exemplo dessa homogeneização pode ser visto no manual visão geral e lançamento.

2.2.3.4. Cálculo e detalhamento de armaduras: flexão


Aqui o usuário pode definir os critérios para o dimensionamento a flexão.

Observe que nesta aba existem itens que definem tabelas de alojamento específicas
onde podemos fornecer as bitolas que serão utilizadas no dimensionamento e
detalhamento das lajes, tanto para a armadura positiva como negativa.
Com base nas informações de bitolas e espaçamentos definidos pelo engenheiro, o
programa irá alocar aquela que seja a mais econômica.
Estas tabelas estão na aba: "Flexão" – "Tabela de alojamento positivo" ou "Tabela de
alojamento negativo":

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Também nesta aba podemos definir a armadura mínima a ser utilizada no cálculo a
flexão através dos critérios definidos no item "Armadura Mínima" da aba "Flexão".

Nesta seção podemos definir:


■ A verificação de armadura mínima, se deve ser feita ou não;
■ Qual método utilizar, sendo o padrão o método da norma NBR 6118:2003;
■ Permite-se descontar ou não o cobrimento da altura da laje a ser utilizada no
cálculo;
■ Se a armadura mínima será calculada tendo como base uma área retangular
para a seção transversal ou deverá ser considerado uma seção T.
Outro grupo de critérios que merece ser destacada para que seja verificado antes do
processamento, são os critérios de ancoragem:

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As definições adequadas destes critérios possibilitarão a geração automática do


desenho da armadura de flexão o mais próximo do desejado pelo engenheiro.
Entretanto, é necessário realizar verificações e ajustes necessários, posteriormente, no
editor de esforços e armaduras.
Os critérios para o cálculo a flexão permitem, também, que o engenheiro defina se a
laje deve ou não ser calculada a Flexão Composta Normal.
Normal Pavimentos calculados com
protensão, efeito de temperatura, retração, elementos inclinados, pisos auxiliares,
lances e patamares de escadas são discretizados, por padrão, em grelhas espaciais com
6 graus de liberdade. São calculados esforços normais nas barras das lajes, e as
armaduras passivas são verificadas a flexão composta normal.
Esta verificação a flexão composta normal é mais demorada que a feita por flexão
simples. Cabe ao engenheiro a definição se a laje deve ou não ser dimensionada a
flexão composta normal.

2.2.3.5. Cálculo e detalhamento de armaduras: cisalhamento


Nesta seção o usuário pode definir os critérios para o dimensionamento a força
cortante.
O modelo de cálculo no dimensionamento ao cisalhamento pode ser feito pelo modelo I
ou modelo II, conforme os itens 17.4.2.2 e 17.4.2.3 respectivamente da NBR 6118:2003.

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Pode-se, também, definir o ângulo da biela de compressão para o cálculo da armadura


transversal, caso do modelo II selecionado, em relação ao eixo longitudinal do elemento
estrutural e a taxa percentual mínima de armadura de tração na seção considerada
(item 19.4.1 da NBR 6118:2003).

As definições adequadas destes critérios possibilitarão a geração automática do


desenho da armadura de cisalhamento o mais próximo do desejado pelo engenheiro.
Entretanto, é necessário realizar verificações e ajustes necessários, posteriormente, no
editor de esforços e armaduras.

2.2.3.6. Cálculo e detalhamento de armaduras: punção


O cálculo e detalhamento de armadura de punção têm uma série de simplificações,
devendo ser encarado como uma ferramenta de auxílio ao engenheiro, que obterá uma
estimativa do comportamento dos apoios e das armaduras necessárias. O engenheiro
deverá refinar o modelo e/ou completar o cálculo e detalhamento à punção conforme
julgar necessário.
Na região em torno dos pilares, nas chamadas "regiões críticas de punção", é verificada
a necessidade da colocação destas armaduras (dependendo dos critérios definidos), e
são geradas faixas de distribuição neste caso.
Os valores das forças cortantes para dimensionamento à punção são extraídos
diretamente das barras da grelha nas "regiões críticas de punção". Nenhuma outra
correção para estes valores de forças cortantes necessita ser realizada. Portanto, tanto
o tratamento de pilares centrais como o de pilares de canto são realizados por este
processo genérico. A precisão dos valores obtidos pode melhorar aumentando-se a
discretização de barras em torno do apoio.
Na região em torno dos pilares, nas chamadas "regiões críticas de punção", também é
verificada a necessidade da colocação destas armaduras (dependendo dos critérios
definidos), e são geradas faixas de distribuição neste caso.

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Secao critica

Os critérios que permitem refinar essa discretização são definidos na aba perímetros
críticos, conforme tela abaixo:

Um ponto importante a ressaltar é que a força de punção obtida no processamento de


uma grelha bem modelada tende a ser maior nas extremidades do pilar, não no centro,
como a teoria estabelece. Caso isto não aconteça é necessário refinar melhor o modelo
de grelha, simulando os apoios com dimensões reais, maior número de barras da
grelha chegando nos pilares, etc. Critérios de projeto estão disponíveis para a geração
do modelo de grelha com estas características como, por exemplo, a definição de barras
rígidas internas aos pilares.
Quando o editor de esforços encontra barras rígidas (definidas segundo convenção da
entrada gráfica de grelha), ele ignora os esforços nestas barras, achatando os
diagramas de momento fletor e força cortante. Com isto, os picos de momentos fletores
dentro do pilar são ignorados.
As armaduras serão geradas automaticamente conforme os critérios definidos nas
abas "Cálculo" e "Detalhamento" conforme mostrado abaixo:

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LAJES 25

As definições adequadas destes critérios possibilitarão a geração automática do


desenho da armadura de punção o mais próximo do desejado pelo engenheiro.
Entretanto, é necessário realizar verificações e ajustes necessários, posteriormente, no
editor de esforços e armaduras.

2.2.3.7. Lajes treliçadas


Todo o dimensionamento e detalhamento das lajes treliçadas são baseados em critérios
de projeto que devem ser previamente estudados e configurados. Para acessá-los, entre
na aba específica para isso, no editor de critérios de projeto:

Existe uma série de critérios que controlam alojamentos, ancoragem, materiais,


tabelas utilizadas, tolerâncias, identificação das vigotas, etc. A adequada definição
desses critérios permite a obtenção de resultados o mais próximo do desejado pelo
engenheiro, facilitando o seu trabalho, posteriormente, no editor de esforços e

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26 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

armaduras. Verifique cada um desses critérios nos manuais digitais disponíveis com o
sistema, para conhecer detalhes de cada um deles.

2.2.4. Esforços de cálculo


Os esforços a serem considerados no dimensionamento e detalhamento das lajes são
provenientes do processamento de análise matricial feitas pelo sistema de Grelha-TQS
do CAD/TQS®, cujo processamento deve ter sido feito, necessariamente, em uma etapa
anterior, como será visto no item "2.3 – Processamento".
Portanto são utilizados, no dimensionamento e detalhamento de lajes, todos os
esforços obtidos a partir desse processamento: momentos fletores, forças normais,
forças cortantes e momento de torção.
Um ponto importante a ser observado é a consideração dos momentos de torção nas
barras da grelha caso existem. O próprio CAD/Lajes transforma estes momentos de
torção em momentos fletores pela metodologia estabelecida por Wood&Armer Os
momentos de torção não podem ser desprezados durante o dimensionamento das lajes.
Maiores detalhes desse processamento de grelhas e obtenção desses esforços devem ser
feitos consultando-se o manual de Análise Estrutural.
Os esforços de cálculo são transferidos para o CAD/Lajes de 2 maneiras:
■ Durante o "Processamento global" ative em "Grelhas" o item "Transferência de
esforços para lajes".
■ Ou diretamente no sistema de Grelha-TQS, o que permite trabalhar o
dimensionamento e detalhamento em uma única laje, sem ter que fazer todo o
processamento global. Para isso acesse o comando "Grelha-TQS" – "Processar" –
"Esforços" – "Transferência de esforços" – "Grelha=>Cad/Lajes".

2.3. Processamento
Após a adequada definição dos critérios de projeto, faremos o processamento das lajes.
Isto pode ser feito de duas maneiras:
■ Processamento global de todas as lajes de todos os pavimentos do edifício;
■ Processamento das lajes de um único pavimento.

2.3.1. Processamento global


Para executar o processamento global, basta acionar o ícone correspondente no
gerenciador do sistema CAD/TQS®. O programa irá abrir uma janela com todas as
opções necessárias já definidas, conforme opções do usuário. Para realizar todas as
etapas necessárias para o correto dimensionamento e detalhamento das lajes selecione
a opção a seguir:

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LAJES 27

2.3.2. Processamento de um único pavimento


Para fazer o processamento das lajes de um único pavimento, no caso de nosso modelo
de grelha/elementos finitos, é necessário que anteriormente tenham sido executadas as
seguintes etapas de processamento, para a laje em análise:
■ CAD/FORMAS: "Processar" – "Extração gráfica de formas";
■ GRELHA/TQS: "Processar" – "Geração do Modelo";
■ Gerar Desenho de dados da grelha;
■ Extração do desenho de grelha/geração do arquivo p/ processamento;
■ Processar a grelha – análise matricial;
■ Transferir esforços resultantes para dimensionamento de lajes.
Após realizar os procedimentos acima, basta acionar no sistema CAD/Lajes, no mesmo
pavimento processado anteriormente, o comando "CAD/Lajes" – "Processar" –
"Grelha/Elementos finitos" e selecionar as opções necessárias para o processamento do
dimensionamento, detalhamento e desenho das lajes:

2.3.2.1. Reinicialização das faixas de distribuição


Etapa que gera as faixas de distribuição de esforços na laje. Com este comando as
faixas serão sempre regeradas e todas e quaisquer alterações feitas anteriormente
serão perdidas. É possível, caso já tenham sido feitas, anteriormente, alterações nas

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28 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

faixas no "Editor de esforços e armaduras", não regerar as faixas alteradas. Para que
isto tenha efeito estas faixas devem estar marcadas com esta opção (não regerar)
dentro do "Editor de esforços e armaduras" (e mesmo neste caso a armação terá que
ser recalculada).
Esta inicialização das faixas pode ser feita de duas maneiras:
■ No processamento global, quando é feita de forma automática para todas as
lajes do edifício;
■ No CAD/Lajes, para a criação das faixas das lajes de um pavimento apenas.
Todas as alterações anteriores serão perdidas (exceção feita conforme
comentário acima).
Após a execução deste comando, são geradas faixas para esforços de flexão,
cisalhamento e punção.

2.3.2.2. Editor de esforços e armaduras


Chama o "Editor de esforços a armaduras" para a laje corrente. Este é o principal
editor gráfico para o detalhamento e desenho das armaduras das lajes. Ele será visto
com mais detalhes no próximo item.

2.3.2.3. Geração de desenhos


Gera os três desenhos de armaduras do sistema:
■ Armaduras positivas (em duas direções);
■ Armaduras negativas (em duas direções);
■ Armaduras de punção.
Estes desenhos podem ser trabalhados, posteriormente, dentro da Edição gráfica
genérica do CAD/Lajes.

2.3.2.4. Desenhos de vigotas treliçadas


Gera os desenhos de lajes treliçadas, que são quatro:
■ Tabela de vigotas treliçadas (TREFAB.DWG);
■ Planta de fabricação de vigotas (TREFAB.DWG);
■ Tabela de ferros de vigotas e armaduras complementares (TREFER.DWG);
■ Tabela de enchimentos (TABENC.DWG).
Como a própria ordem dos itens sugere a geração de desenhos só deve ser realizada
após as verificações dos resultados obtidos e das devidas alterações no
dimensionamento das lajes através do "Editor de esforços e armaduras". Quando o
dimensionamento e o detalhamento das lajes já tiverem sido finalizados, dentro do
"Editor de esforços e armaduras", é possível, ainda chamar o "Editor Gráfico"

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LAJES 29

(comando "CAD/Lajes" – "Visualizar" – "Edição gráfica") para a introdução de algum


refinamento diretamente no desenho, preparando-o já para posterior plotagem.

2.4. Verificações do Dimensionamento e


Detalhamento
Após o processamento completo, o engenheiro pode fazer as verificações do
dimensionamento, detalhamento e desenho efetuado pelo sistema, com base nos
critérios de projeto definidos.
Esta verificação é feita a partir das mensagens de avisos e erros emitidas pelo sistema
e através de verificações no editor de esforços e armaduras. Neste editor é possível
fazer análises mais detalhadas e um refinamento do detalhamento, assunto do
próximo item. Observe que o sistema CAD/Lajes não possui relatórios alfa-numéricos,
mas apenas editores gráficos de desenhos onde o trabalho é realizado de forma gráfica
e interativa.
Os itens relativos ao processo simplificado e lajes protendidas não fazem parte deste
manual. Os demais itens serão apresentados nos próximos tópicos.
Deve-se, primeiro, visualizar as mensagens geradas pelo visualizador de "Avisos e
erros". Em seguida, fazer a devida análise, verificação e refinamento do detalhamento
no "Editor de esforços e armaduras". Por último, utilizar o editor gráfico genérico do
sistema, chamado pelo item "Edição Gráfica" para finalizar o detalhamento das lajes
bem como realizar o desenho de armaduras especiais que não são possíveis através do
sistema de forma automática. Esquematicamente temos:

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30 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

2.5. Avisos e Erros


O visualizador de mensagens de "Avisos e erros" deve ser consultado para que seja
verificada a possível ocorrência de anomalias graves no processamento, geralmente
dimensões insuficientes das lajes, e/ou avisos indicando problemas simples
encontrados no processamento de forma automática. É importante consultar estas
mensagens, pois o próprio relatório das anomalias detalha o problema ocorrido e
também apresenta possíveis soluções possíveis.
Vejamos alguns exemplos de mensagens emitidas por este sistema.
Mensagem do tipo "grave": "Lajes sem dimensionamento" – flexão negativa

Mensagem do tipo "médio": Bitola maior que h/10

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Mensagem do tipo "leve": Bordo livre e apoio

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32 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Verifique as mensagens do Visualizador de Avisos e Erros do

sistema CAD/TQS.

2.6. Editor de Esforços e Armaduras


Como já mencionado anteriormente, o cálculo automático das lajes, normalmente,
resulta numa grande variedade de esforços solicitantes e de armaduras denominadas
de "teóricas" para suportá-los. A princípio, é perfeitamente possível a distribuição das
armaduras automaticamente, sem nenhuma edição gráfica, mas isto torna as
armaduras antieconômicas e/ou pouco práticas para a execução na obra.
Portanto, o "Editor de esforços e armaduras" do sistema CAD/Lajes, tem por objetivo
propiciar o detalhamento semi-automático de lajes maciças, planas e nervuradas.
Com o "Editor de Esforços e armaduras", cabe ao engenheiro definir faixas de
distribuição de armaduras homogêneas mais adequadas, que ao mesmo tempo sejam
econômicas e de fácil execução na obra.
Escolhidas as faixas de distribuição de esforços, o detalhamento de armaduras é
automático dentro dos critérios fixados pelo engenheiro. As armaduras geradas dentro
do editor podem ser editadas pelo editor gráfico genérico antes do desenho final ser
gravado. Os desenhos de armaduras gerados por este editor seguem as convenções do
NGE, sendo compatíveis com o Editor de Armaduras Genéricas.
O "Editor de esforços e armaduras" do CAD/Lajes, dentre os recursos disponíveis,
permite:
■ Detalhamento de lajes nervuradas ou maciças;
■ Consideração de furos e capitéis;
■ Visualização de diagramas de momento fletor e força cortante resultante da
análise do modelo de lajes por processo de grelha, com controle de escala e da
faixa de valores visualizados;
■ Visualização de curvas de isomomentos fletores. Estas curvas podem funcionar
também como isoalojamento de armaduras;
■ Homogeneização de faixas de distribuição de momentos fletores positivos e
negativos, horizontais e verticais, de força cortante e punção;
■ Detalhamento automático de armaduras à flexão positiva e negativa,
cisalhamento e punção nas faixas homogeneizadas;
■ Estimativa de armadura de distribuição de ferros negativos;

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■ Definição de armadura de base positiva e negativa, com geração automática da


armadura complementar;
■ Edição das armaduras geradas;
■ Transferência de esforços a partir da análise por elementos finitos através do
sistema MIX ;
■ Detalhamento à flexão positiva e negativa de lajes calculadas por processo
simplificado.
O "Editor de esforços e armaduras" em lajes, assim como os demais sistemas
CAD/TQS, é apenas uma ferramenta auxiliar nas mãos de um engenheiro estrutural
que conhece o detalhamento de lajes.

O Editor de esforços e armaduras não toma decisões de


engenharia. O Engenheiro é responsável pela validação do
modelo e dos resultados. O Editor não tem como reconhecer
um modelo lançado incorretamente.

O editor trabalha sobre um modelo estrutural elaborado pelo engenheiro. É


responsabilidade do engenheiro, analisar e verificar este modelo com o máximo
cuidado, tanto do ponto de vista geométrico quanto de carregamentos e condições de
contorno.
Uma vez que os esforços usados para o efetivo detalhamento podem ser livremente
impostos, o engenheiro deve sempre verificar os esforços e as armaduras lançadas em
pontos importantes do modelo. O detalhamento gerado pelo editor é aproximado, por
isto é obrigatória à verificação e complementação dos detalhes de armaduras não
geradas automaticamente ou geradas de maneira simplificada, tais como armaduras
de punção e cisalhamento, de momento volvente e em regiões especiais como furos,
desníveis, maciços e balanços.

2.6.1.1. Calculadoras
O editor de esforços e armaduras disponibiliza três calculadoras, para serem utilizadas
dentro do editor, que auxiliam na verificação do dimensionamento e definição de faixas
de distribuição da laje. São elas:

■ Calculadora de seções – momentos:


momentos é possível obter a armadura necessária para
determinadas condições (inclusive a armadura dupla, quando necessário) ou o
momento máximo permitido, fornecidas, também, as demais características. É
muito útil na análise e verificação das faixas de distribuição de esforços.
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■ Calculadora de seções – cortante:


cortante esta calculadora fornece as forças cortantes
resistentes de cálculo Vrd1, Vrd2, Vrd3 definidas conforme o capítulo 17 da
NBR 6118:2003. O modelo de cálculo utilizado por esta calculadora pode ser o
modelo I ou o modelo II da citada norma, e deve que ser definido no arquivo de
critérios projeto.
■ Calculadora de seções – flexão composta normal: normal neste caso é necessário
fornecer o momento fletor atuante e a força normal atuante para que a
calculadora, com base nas demais informações geométricas da seção e dos
materiais utilizados, verifica se há equilíbrio da seção.
Com estas calculadoras é possível obter a armação e/ou esforços necessários, dadas as
demais informações, conforme as características de cada uma delas.

2.6.1.2. Visualização de diagramas


Os diagramas de esforços são uma importante ferramenta para posicionamento de
armaduras. Observando os diagramas, é possível decidir, por exemplo:
■ Se há necessidade de remodelagem da laje, quando valores localizados excedem
valores máximos tabelados e prescritos pela norma NBR 6118:2003;
■ Se há necessidade de aumento das dimensões do capitel, seja para cobrir
melhor os momentos negativos, seja para diminuir a necessidade de armadura
de cisalhamento;
■ Qual o melhor ponto para a quebra das faixas de momento positivo, de modo a
separar regiões com mais e menos armadura.
Os valores mostrados são sempre valores característicos, resultantes do cálculo de
esforços por grelha ou elementos finitos. Os valores de cálculo são gerados (mas não
são mostrados) através da multiplicação dos valores característicos pelos respectivos
coeficientes de ponderação de ações durante o detalhamento.
Podem ser visualizados diagramas de força cortante e de momento fletor, na direção
horizontal e vertical das lajes. A direção dos diagramas é controlada pelos comandos:

■ Visualizar diagramas: ativa a visualização dos diagramas na laje

■ Parâmetros de visualização de diagramas

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■ Visualizar isovalores: ativa a visualização dos isovalores

■ Parâmetros de visualização de isovalores

2.6.1.3. Homogeneização de faixas


As faixas de esforços geradas após sua inicialização devem, necessariamente, ser
verificadas e alteradas, se for o caso, pelo engenheiro, de modo a buscar o adequado
dimensionamento, com economia e facilidades para execução na obra.
Para isso, o editor de esforços e armaduras do CAD/Lajes oferece uma série de
recursos para a edição das faixas criadas pelo processo de inicialização. Vamos
mostrar alguns deles.
Vamos visualizar as faixas geradas pelo processo de inicialização. Ative os ícones da
barras de ferramentas:

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■ Barra de ferramentas de faixas: para disponibilizar as ferramentas pertinentes


a essa opção;
■ Visualizar faixas: para que sejam mostradas as faixas de distribuição de
esforças na laje;
■ Faixas de momentos positivos: para mostrar os momentos positivos;
■ Faixas/Esforços na direção principal;
■ Esforços por metro.
Assim teremos:

Esta faixa já é uma homogeneização das várias faixas de barras da laje, ou seja, das
faixas correspondentes a cada barra da grelha da laje. Elas foram homogeneizadas
nesta única faixa acima em virtude dos critérios adotados no arquivo de projetos, aba
homogeneização, agrupamento de faixas positivas:

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Observe as novas distribuições de faixas, para esta mesma laje, que seriam geradas
alterando-se o s critérios acima (já explicados no item 2.2.1.2):
■ Agrupa faixas positivas: Não

■ As faixas acima correspondem a cada uma das barras das grelhas, sem
nenhuma homogeneização prévia.
■ Agrupa faixas positivas: Sim / Mínimo para média ponderada: %M1=40 e
%M2=15

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■ Os valores %M1 e %M2 geraram novas faixas, agora discretizadas em 3 regiões


retangulares representativas dos esforços que ocorrem em cada uma das barras.
Para se obter os resultados acima apenas reinicialize as faixas, após alterar os valores
no arquivo de critérios de projeto (comando "CAD/Lajes" – "Processar" –
"Grelha/Elementos finitos" – "Reinicializarão das faixas de distribuição").
Vamos retornar a condição inicial, ou seja, de uma única faixa gerada no processo de
reinicializarão e vamos explodir essas faixas, obtendo as várias faixas correspondentes
a cada barra de grelha. O resultado obtido será o mesmo do item "Agrupa faixas
positivas: Não" mostrado acima.
As informações em cada uma dessas faixas são:

Ou seja:
■ 0.54tf.m /m: momento característico da faixa (por metro);
■ A2.56cm2/m: área de armadura necessária por metro;
■ B100: largura da faixa (cm);
■ H7.1: altura útil da laje (cm);
■ 8c/17.5: armadura selecionada para detalhamento (mm e cm).
Com base nas informações de esforços na faixa, o engenheiro pode, utilizando também
as calculadoras já apresentadas, fazer o trabalho de refinamento na distribuição das
faixas, objetivando, principalmente:
■ Obter faixas de esforços representativas dos esforços que ocorrem na laje;
■ Obter faixas que permitam armaduras econômicas;
■ Obter uma quantidade de faixas que tornem a armação exeqüível e adequada a
realidade da execução em obra.
Para homogeneizar as faixas, o engenheiro conta com uma série de itens
disponibilizados pelo editor de esforços e armaduras.

Habilitando a "Barra de ferramentas de faixas" as opções correspondentes ficarão


visíveis.

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Ative "Visualizar faixas" :

■ Igualar faixas: recurso que permite que várias faixas sejam igualadas
(homogeneizadas) em uma única faixa com um único valor de esforço para
cálculo, selecionado pelo engenheiro, seja ele de uma das faixas selecionadas
(basta clicar sobre ela), seja de outro valor qualquer digitado pelo engenheiro
(basta entrar com esse valor). As calculadoras disponíveis no editor podem
auxiliar nesta tarefa de definição dos valores. Podemos selecionar as faixas a
serem igualadas uma a uma.

■ Igualar por dois pontos: igual ao recurso de cima, mas onde podemos
selecionar várias de uma vez (o item de cima também permite essa seleção
simultânea, mas há necessidade de um <enter> antes da definição de cada
linha).

■ Explodir: recupera as várias faixas originais que constituem uma


faixa homogeneizada. Estas faixas recuperadas são as geradas pelo processo de
inicialização.

■ Média ponderada: iguala as faixas utilizando uma média ponderada


entre cada esforço e a largura de sua faixa correspondente na laje.
Além destes recursos acima, esta barra de ferramentas permite uma série de outros
recursos para: alterar a geometria das faixas; criar/eliminar faixas; alterar suas
características; que oferecem total controle ao engenheiro para a homogeneização das
faixas da laje.
Neste trabalho de homogeneização é preciso que o engenheiro obtenha faixas de
esforços dimensionáveis, econômicas e de adequada execução na obra. É importante
lembrar que as calculadoras mostradas acima podem ser bastante úteis neste
processo.

2.6.1.4. Verificação da laje


Se, por ventura, a laje que estiver sendo analisada "não passou" no dimensionamento,
ou estiver necessitando de armadura dupla, ou se tiver seção com armadura de
compressão, etc., ou seja, se não foi possível armá-la por algum motivo em função das
armaduras cadastradas e dos esforços obtidos, a laje será apresentada com contorno e
textos em vermelho. O engenheiro precisa rever o seu modelo, os esforços utilizados
nas faixas e os critérios adotados para a devida alteração. As calculadoras disponíveis
dentro do próprio editor podem ajudar nesta situação.

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2.6.1.5. Cálculo de armadura para faixas homogeneizadas


Após a homogeneização das faixas de esforços, é possível agora gerar as armaduras
destas faixas. O editor de esforços e armaduras do CAD/Lajes permite que sejam
geradas as armaduras tanto das faixas de uma maneira geral como apenas daquelas
que foram homogeneizadas, alteradas pelo engenheiro, conforme descrito no item
anterior.

Habilitando a "Barra de ferramentas de armaduras" as opções correspondentes


ficarão visíveis.

Ative "Visualizar armaduras" :

■ Calcular todas as armaduras: cria/regera todas as armaduras de


todas as faixas.

■ Recalcular faixas alteradas: regera as amaduras apenas para as


faixas editadas pelo engenheiro, ou seja, apenas das faixas que foram
modificadas.
Após o cálculo das armaduras é possível através dos demais recursos existentes no
"Editor de esforços e armaduras", trabalhar diretamente sobre os ferros gerados:
alterando pontas, cotagem, agrupamento de ferros, alterando posições, criando novos
ferros independentes dos obtidos no cálculo, etc. permitindo, assim, ao engenheiro uma
grande flexibilidade no detalhamento final de sua laje.

O trabalho de homogeneização de faixas de esforços;


dimensionamento, detalhamento e desenho descritos nos itens
anteriores são válidos para o dimensionamento e
detalhamento da laje para todos os tipos de esforços:
momentos fletores, forças cortantes, punção, cisalhamento,
devendo, portanto, serem feitos para cada um destes esforços e
em cada uma das direções da laje: principal e secundária.

2.6.1.6. Punção
O dimensionamento e detalhamento da punção também são feitos pelo sistema
CAD/Lajes. Para visualizar basta acionar o item "Verificação adicional de
cisalhamento" que fica disponível quando se aciona o item "Faixas de cisalhamento",
conforme os ícones abaixo, dentro do Editor de esforços e armaduras do CAD/Lajes:

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O cálculo da punção é realizado conforme o item 19.5 da NBR 6118:2003. Existem


diversos critérios que controlam esse cálculo, dimensionamento e desenho que ficam
armazenados no arquivo de critérios de projeto, aba punção, sendo possível definir
valores para:
■ Perímetro crítico: comprimentos máximos, concavidades, distância e quantidade
de perímetros críticos;
■ Cálculo de armaduras: majoradores, parâmetros para uso no cálculo das
armaduras de punção;
■ Detalhamento: tipo de armadura de punção a ser utilizado no detalhamento;
distribuição dessa armadura; espaçamentos e bitolas a serem utilizadas.
O sistema irá criar os perímetros críticos e verificar o dimensionamento a punção
nestes perímetros, conforme o item 19.5 da norma NBR 6118:2003, sendo que nos
perímetros que houver necessidade de se armar a punção, será indicado no desenho o
valor do As necessário e detalhada a armação. Observe o detalhe abaixo. A figura da
esquerda apresenta todas as faixas de punção, mostrando os perímetros e semi-
perímetros, a tensão de cisalhamento solicitante, a tensão de cisalhamento resistente
de cálculo e o "As" apenas onde foi necessária a armadura de punção (conforme o
detalhe da figura mais a direita, onde destacamos os 4 semi-perímetros que
necessitam de armadura de punção):

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42 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Nestes quatro semi-perímetros que necessitam de armadura, o programa coloca a


indicação do "As" necessário e, quando o engenheiro solicita a visualização da
armadura detalhada, ela é colocada nestes regiões, conforme a figura abaixo:

O detalhe da armação, que aparece no desenho em um hexágono com o número 1 em


seu interior, é um arquivo com extensão DWG, feito pelo usuário, é que é colocado no
desenho com o detalhe da armação de punção que deve ser feita. São de
responsabilidade do usuário a criação e inclusão desse detalhamento no desenho final.

2.6.2. Lajes treliçadas


Para o dimensionamento e detalhamento de lajes treliçadas o processo é exatamente o
mesmo que o apresentado nos itens anteriores. Existem pequenos detalhes que devem
ser levados em conta, antes do processamento para a correta consideração deste tipo
de laje. Os demais procedimentos em relação ao processamento global (ou de uma
única laje), faixas de distribuição de esforços, inicialização de faixas de esforços e
operações dentro do editor de esforços e armaduras, são as mesmas.
Toda a análise de esforços e flechas de uma laje treliçada é baseada no modelo de
grelha. Tanto em lajes unidirecionais, mas principalmente nas bidirecionais, esta
consideração é de extrema importância, pois se chega a resultados mais condizentes
com a realidade.
A geração do modelo da grelha é feita automaticamente pelo programa de acordo com
os dados da laje definidos no modelador estrutural.

2.6.2.1. Procedimentos iniciais


Para o cálculo, dimensionamento e desenho para este tipo de laje treliçada, deve-se
definir, em primeiro lugar, o modelo estrutural dessa laje, no "Editor de Edifício", como
sendo "Grelha de lajes nervuradas".

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LAJES 43

No "Modelador estrutural" é necessário, dentro de "Dados de Laje", definir a laje para


ser discretizada, os dados referentes à laje treliçada que será utilizada no projeto e
inserir as nervuras na laje:

Para maiores detalhes sobre o lançamento das lajes recorra ao manual Visão Geral &
Lançamento.
O processo de cálculo, a transferência de esforços do modelo de grelha (momentos,
normal, torção e cisalhamento), a inicialização destes esforços, homogeneização de
faixas e cálculo de armaduras é igual ao já apresentado anteriormente para as lajes
maciças.

2.6.2.2. Comandos do editor de esforços e armaduras


Dentro do editor de esforços e armaduras, há um ícone que ativa os recursos
específicos para este tipo de laje:

Barra de ferramentas de laje treliçadas;

■ Comando que permite alterar as treliças em cada faixa da laje. A escolha


inicial da armação treliçada detalhada nas faixas de uma laje é feita de acordo
com o critério de projeto "Altura da treliça em função da altura da laje".

■ Comando que permite impor armaduras complementares no interior da


sapata da vigota treliçada. A armadura complementar imposta pelo comando
mostrado anteriormente, será considerada obrigatoriamente dentro da vigota
treliçada.

Comandos para inserir, eliminar, distribuir e mover linhas de


escoramento. O comando "distribuir", realiza a distribuição automática das linhas de
escoramento de acordo com um espaçamento definido no arquivo de critérios. Os
demais comandos (inserir, mover, espelhar e apagar) correspondem as demais tarefas
comuns a um editor gráfico. As linhas de escoramento são obrigatoriamente
perpendiculares a direção principal da laje, ou seja, a direção na qual as vigotas

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44 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

treliçadas estão dispostas. A definição das linhas de escoramento é de


responsabilidade total do engenheiro. O programa não realiza nenhuma verificação
para validar o posicionamento das mesmas.

2.6.2.3. Cálculo de armaduras


A medida que a armação treliçada de uma faixa é alterada ou uma armadura
complementar é imposta, o cálculo das demais armaduras necessárias para resistir aos
esforços solicitantes é dinamicamente refeito e atualizado.
■ Quando não há armaduras complementares impostas nas faixas, as armaduras
adicionais calculadas pelo programa são alojadas dentro ou fora da sapata da
vigota treliçada de acordo com os critérios definidos no arquivo de critérios de
projeto;
■ Em faixas com armaduras complementares impostas, obrigatoriamente, as
armaduras adicionais calculadas pelo programa, são alojadas fora da sapata,
independente de como os critérios estiverem configurados.
A geração de todas as armaduras é baseada nas faixas de distribuição de esforços, e é
executada da mesma forma que nas lajes maciças, ou seja, clicando em:

Calcular todas as armaduras, da barra de ferramentas de armaduras .


Ao executar este comando, são geradas:
■ As vigotas treliçadas com as suas respectivas armaduras complementares (que
estão no interior da sapata);
■ As demais armaduras complementares (negativas, positivas e de cisalhamento)
que estão fora da sapata.
Para visualizar as vigotas treliçadas, acione o ícone

Visualizar vigotas treliçadas


Os demais comandos (visualizar faixas, armaduras, direções, momentos, normal,...)
tem o funcionamento igual ao já mostrado anteriormente para as lajes maciças.

2.6.2.4. Análise das flechas


É possível verificar as flechas das lajes treliçadas com uma maior exatidão, levando
em conta a fissuração do concreto e a parcela da deformação lenta.
Tal verificação, muito mais precisa que a análise elástica, deve ser obrigatoriamente
feita após o dimensionamento da laje, pois é necessário conhecer as armaduras
detalhadas durante o cálculo da grelha.

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LAJES 45

Neste processamento, o carregamento é aplicado nas lajes de forma incremental e a


não-linearidade física do concreto-armado é considerada fazendo-se sucessivas
correções nas inércias das barras.
Para maiores informações sobre a análise não-linear, consulte os manuais do sistema
Grelha-TQS, e os manuais digitais disponíveis para o CAD/Lajes.

2.7. Edição Gráfica Genérica


É um editor gráfico genérico, que deve ser utilizado sempre após o término das
verificações das lajes, para detalhar alguma característica do elemento mais
específica. Quando feito o processamento ou re-processamento da laje, seja de uma
única laje ou através do processamento global, e mesmo dentro do editor de esforços, os
detalhes aqui feitos serão perdidos. Portanto deve ser sempre utilizado após o término
das verificações e detalhamentos realizados pelo processamento e editor de esforços.

Assim, após o engenheiro ter terminado a sua verificação no "Editor de esforços e


armaduras", ele pode gerar os desenhos com detalhamento feito através dos comandos:
■ Geração de desenhos, que emite três desenhos: armação positiva, negativa e de
cisalhamento/punção de lajes
■ Geração de desenhos de vigotas treliçadas: emite os arquivos de desenho
relativos a estes elementos.
É possível, ainda editar esses desenhos pelo editor gráfico do TQS (EAGW/TQS) para
ajustes que forem necessários. Qualquer reprocessamento feito, que envolva a geração
de desenhos, irá eliminar estas últimas alterações. Portanto, recomenda-se que os
desenhos já editados sejam armazenados com outros nomes se for o caso. Este
comando é chamado através do comando do CAD/Lajes: "Visualizar" – "Edição
Gráfica".

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46 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

2.8. Plotagem
Após o completo processamento das lajes, análise de mensagens de erros e avisos,
edição "inteligente" dos esforços e armaduras e edição genérica das armaduras (caso
necessário), os desenhos estão prontos para serem emitidos e enviados ao cliente.
Antes da efetiva plotagem, é necessário realizar a edição de plantas, isto é, a locação
dos elementos estruturais das lajes nas pranchas de desenho e suas respectivas
quantificações de armaduras (tabela de ferros). O preenchimento de dados no
"carimbo" da planta também é necessário antes da emissão final do desenho. Todas
estas tarefas estão completamente descritas em capítulo a parte desta documentação,
item Plotagem. Os manuais de plotagem também podem ser acessados de forma
eletrônica através do comando "Ajuda" do Gerenciador TQS.

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VIGAS 47

3. VIGAS
3.1. Introdução
O sistema CAD/Vigas realiza o dimensionamento, detalhamento e desenho de um
conjunto de vigas do projeto, no Estado Limite Último (ELU), conforme a NBR
6118:2003. O material utilizado no sistema CAD/Vigas é o concreto armado.
Os esforços solicitantes considerados são aqueles provenientes do cálculo por pórtico
espacial, modelo IV. Este será o modelo estrutural, pórtico espacial, de referência
neste manual, apesar da possibilidade de se utilizar outros modelos estruturais para o
projeto. Para maiores informações, consulte os manuais disponíveis de forma
eletrônica através do menu "Ajuda" – "Manuais" do CAD/Vigas.
O sistema CAD/Vigas possibilita, também, a consideração de furos e o cálculo de vigas
à flexão composta normal (FCN) quando a solicitação de força normal está presente
como, por exemplo, nas vigas inclinadas.
O CAD/Vigas oferece recursos para o dimensionamento, detalhamento e desenho de
vigas considerando diversas situações de cálculo de forma automática:
■ Vigas com diversas seções transversais prismáticas (tipo R, T, C, L, I etc.,
constantes no vão);
■ Variação das dimensões da viga de vão para vão (largura e altura);
■ Vigas com variação de seção no meio do vão, variação não linear, também são
possíveis, mas o cálculo e o detalhamento são realizados de forma aproximada;
■ Consideração dos diversos carregamentos provenientes do cálculo do pórtico
espacial;
■ Solicitações: força normal, força cortante, momento fletor e momento de torção;
■ Detalhamento das armaduras longitudinais de flexão, superiores e inferiores;
■ Detalhamento das armaduras transversais com 2, 4 ou 6 ramos;
■ Detalhamento da armadura lateral;
■ Detalhamento das armaduras complementares: porta-estribos, arranques,
grampos de ancoragem, etc.;
■ Representação gráfica longitudinal e em cortes;
O desenho final típico a ser obtido após as fases de dimensionamento, detalhamento e
desenho é o representado abaixo:

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48 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

O lançamento estrutural e o devido processamento para a obtenção dos esforços, que


serão utilizados no dimensionamento, detalhamento e desenho, já devem ter sido
realizados em processamentos anteriores. Caso haja necessidade de consulta destas
etapas anteriores, devem ser acessados os manuais "Visão Geral e Lançamento" e
"Análise Estrutural".

3.2. Visão Geral


No fluxograma abaixo, representativo do processamento do CAD/Vigas, estão descritas
as principais etapas do dimensionamento, detalhamento e desenho das vigas de um
projeto/pavimento.

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VIGAS 49

CAD / VIGAS
INICIAR

EDITAR
.DAT
.TEV CRITÉRIOS DE Alterar:
Modelador .INS • Geometria, cargas;
PROJETO • Planta de formas;
Estrutural • Modelo Estrutural;
• Critérios de Projeto

PROCESSAR
Dimensionamento
Detalhamento
Desenho

Pórtico

ERROS?
Mensagens
Avisos / Erros

Não

Esforços VISUALIZAR
Validar todos resultados
Relatórios
Diagramas / Desenhos

ALTERAÇÕES ?

Não

EDITOR RÁPIDO
DE ARMADURAS

PLOTAGEM

FIM

A entrada de dados da geometria das vigas e seus respectivos carregamentos são


realizados, na grande maioria dos casos, no sistema Modelador Estrutural. Embora o
sistema CAD/Vigas possibilite que uma viga seja definida diretamente, juntamente
com suas cargas aplicadas, a grande produtividade é alcançada quando a estrutura é
definida globalmente no Modelador Estrutural. Entretanto, a entrada de dados de
vigas de forma individual se torna útil quando se deseja processar um conjunto de
vigas muito reduzido, de geometria simples, fora do contexto de um edifício.
O processamento do CAD/Vigas depende de três arquivos fundamentais:
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50 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ Arquivo de dados, extensão "DAT";


■ Arquivo de esforços, extensão "TEV";
■ Arquivo de critérios de projeto, extensão "INS".
Os dois primeiros são gerados pelo sistema CAD/TQS, em etapas que devem ser
realizadas antes do processamento das vigas de um determinado pavimento, através
do processamento global. Para processamento completo de todas as vigas de um
edifício, as seguintes opções devem estar ativadas no processamento global:

Nesta situação o sistema CAD/TQS® gerenciará e realizará todas as etapas


necessárias para o dimensionamento de todas as vigas de todos os pavimentos,
utilizando o arquivo de critérios "INS" que está armazenado na pasta principal do
projeto ou em cada pavimento. Portanto, alterações nos critérios de projeto devem ter
sido feitas antes deste processamento global.
O arquivo principal de dados das vigas (.DAT) é aquele que contém a geometria das
vigas (este arquivo também armazena cargas nas vigas, oriundas de cálculo por
processo simplificado, distribuição de cargas das lajes para as vigas). Os dados deste
arquivo são gravados, por pavimento, através do processamento do CAD/Formas
durante o processamento global. O arquivo de dados não é processado diretamente,
mas passa por uma fase de ordenação e consistência (validação) de dados. Quaisquer
anormalidades presentes nos dados das vigas são aqui apresentadas.
O arquivo de extensão TEV armazena todas as solicitações máximas e mínimas para
as vigas, provenientes do processamento do pórtico espacial. Solicitações consideradas:
momentos fletores, forças cortantes, forças normais e momentos de torção.
As etapas de dimensionamento, detalhamento e desenho são fortemente dependentes
destes critérios de projeto estabelecidos. Existe uma grande quantidade de critérios de
projeto disponíveis no CAD/Vigas que permitem ao engenheiro uma série de
considerações e flexibilidade para adaptar os seus projetos a realidade desejada. Estes
critérios de projeto evoluem acompanhando a evolução da norma NBR 6118:2003 e o
conhecimento técnico pertinente ao elemento vigas.
O arquivo de critérios de projeto (.INS) é adaptado pelo projetista apenas uma vez (no
fornecimento do sistema já está incluso um arquivo de critérios padrão), e modificado
eventualmente de projeto para projeto. Os arquivos de critérios são subdivididos em
dois grandes grupos: cálculo/detalhamento e desenho.

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VIGAS 51

O processamento envolve as etapas de análise de esforços, dimensionamento e


detalhamento à flexão simples, flexão composta normal, furos em vigas, cisalhamento,
torção e geração de relatórios e desenhos.
Os desenhos gerados são os correspondentes a todas as vigas de um projeto com as
armaduras detalhadas e os relatórios são os memoriais de cálculo, com resultados do
cálculo de esforços, detalhamento e esquemas de vigas.
A seguinte sequência de processamento é realizada pelo CAD/Vigas durante a etapa de
processamento: "Processar" – "Dimensionamento, Detalhamento e Desenho".
Em seguida será apresentada a janela abaixo:

Detalhando melhor, o processamento geral automático é composto por nove etapas


principais:
■ Ordenação e consistência de dados;
■ Cálculo dos esforços solicitantes;
■ Dimensionamento e detalhamento à força cortante e torção;
■ Dimensionamento e detalhamento ao momento fletor positivo;
■ Dimensionamento e detalhamento ao momento fletor negativo;
■ Dimensionamento à flexão composta normal;
■ Dimensionamento de furos (caso existam);
■ Geração de resultados alfanuméricos (relatórios);
■ Geração de desenhos.
Cada etapa acima gera relatórios e mensagens de avisos e erros. Tanto os relatórios
como as mensagens devem ser cuidadosamente examinadas para a validação dos
resultados obtidos.
Para a análise dos resultados do processamento, existem diversos relatórios que
procuram apresentar não só os relatórios finais obtidos, mas também relatórios
intermediários, oferecendo a devida transparência, rastreabilidade e confiabilidade
nos resultados finais. Por exemplo, relatórios parciais detalhados dos critérios de

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52 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

projeto utilizados, resultados do dimensionamento a flexão e cisalhamento são


bastante úteis para a validação do processamento efetuado.
Compõe também o sistema, o "editor rápido de armaduras", do CAD/Vigas, que
possibilita tanto a verificação instantânea dos resultados dos desenhos de armaduras
obtidos, o que inclui o acesso a calculadoras específicas desenvolvidas para este fim na
própria tela do editor, como a edição orientada, dirigida e "rápida" das armaduras.
Assim é possível adequar o desenho gerado automaticamente pelo CAD/Vigas às
condições reais do projeto. Todas as alterações de armaduras em desenhos são
automaticamente levadas para as tabelas de ferro. Isto permite ao engenheiro que
intervenha diretamente nos resultados gerados pelo sistema, através da manipulação
e verificação dos desenhos gerados.
Esses desenhos podem ainda ser mais refinados e detalhados, graficamente, através
do editor genérico de armaduras do sistema CAD/TQS®, especialmente em itens que
sejam particulares e específicos de um projeto e não feitos automaticamente (por
exemplo, uma aba de uma viga, seção variável linear num balanço, etc.). Este editor
gráfico oferece uma grande variedade de ferramentas para a manipulação de
desenhos.

Como última etapa, temos a emissão dos desenhos finais de engenharia, fase de
plotagem.
Todos os arquivos correspondentes a desenhos e relatórios alfanuméricos, assim como
os relatórios intermediários gerados durante o processo de processamento, são
armazenados na pasta "Pavimento" – "Título do pavimento" – "Vigas" do edifício em
análise.
A geração de tabela de ferros permite um posterior processamento com o uso do
programa GBar – programa de corte de barras, componente dos Sistemas Integrados
CAD/TQS.

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3.2.1. Documentação
Compõem a documentação do CAD/Vigas, manuais físicos e manuais na forma digital.
No menu "Ajuda" – "Manuais" do CAD/Vigas, os seguintes manuais estão disponíveis
para consulta / pesquisa:
■ Manual teórico;
■ Manual de edição rápida de armaduras;
■ Manual de comandos e funções;
■ Manual de critérios de projeto (cálculo e desenho);
■ Manual de edição de dados.

3.3. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento


O arquivo de critérios de projeto é o arquivo que contém informações para moldar os
resultados do sistema CAD/Vigas às necessidades de cada usuário. Embora o sistema
CAD/Vigas seja o mesmo para todos os usuários, os resultados diferem em função dos
critérios adotados. Esta é a grande razão da automação na geração dos desenhos. Para
editar o arquivo de critérios, execute o comando "CAD/Vigas" – "Editar" – "Critérios" –
"Projeto":

Este editor é composto por dez abas que organizam os critérios conforme a sua
aplicação. Não serão apresentados, aqui, todos os critérios existentes hoje no sistema
CAD/Vigas, que tornaria a documentação muito extensa. Muitos critérios são auto-

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54 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

explicativos e outros estão perfeitamente documentados no próprio sistema de edição


de critérios de projeto. Portanto, serão apresentados, apenas, alguns critérios mais
recentes ao sistema CAD/TQS® e os considerados mais pertinentes e que requerem
uma maior atenção pelo engenheiro, ao se executar um projeto. Todos os critérios
podem ser consultados nos manuais eletrônicos do CAD/Vigas, distribuídos
juntamente com o sistema CAD/TQS®.

Alguns critérios de projeto estão sendo aqui


apresentados no próprio sistema CAD/Vigas. Como o
processamento global já mencionado, é realizado a partir do
Gerenciador dos sistemas CAD/TQS®, todo o processamento
das vigas já será governado por estes critérios de projeto.
Portanto, esta edição deve ser realizada antes deste
processamento global inicial para que os resultados sejam os
desejados.

3.3.1. Dimensionamento e detalhamento à flexão


A seguir serão apresentados alguns critérios que controlam o dimensionamento e
detalhamento das vigas a flexão no sistema CAD/Vigas. Estes critérios se localizam na
aba "Flexão" do arquivo de critério de projetos, considerando a NBR 6118:2003 e
modelo estrutural do edifício como sendo o modelo IV.

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VIGAS 55

3.3.1.1. Redistribuição de M[-] e ductilidade


Em "Flexão" – "Esforços Solicitantes" – "Redistribuição de M[-] e Dutilidade"
encontramos um critério que permite a definição do valor mínimo para a posição
relativa da linha neutra na seção transversal. Variável importante quando se faz a
verificação da ductilidade da seção transversal.
Conforme o valor da plastificação imposta (redução induzida dos Momentos negativos),
para o atendimento aos requisitos da ductilidade, o valor de x/d calculado segundo a
NBR 6118:2003 torna-se muito reduzido ou até menor ou igual a zero impossibilitando
o dimensionamento a flexão.
Este valor de mínimo, aqui definido, é o adotado nestes casos extremos, sendo que o
sistema emite mensagem de aviso quando isso ocorre.

3.3.1.2. Limites para o momento negativo nos apoios extremos


No item da aba "Flexão" – "Esforços Solicitantes" – "Limite para desprezar M[-] em
apoios extremos", encontramos os valores limites para desprezar momentos negativos
nos apoios extremos. As vigas calculadas por modelo de pórtico espacial (por exemplo,
modelo IV, que é o modelo utilizado neste manual), podem possuir momentos fletores
negativos nos apoios (sem balanços) com valores reduzidos. Por ocasião do
dimensionamento estes momentos, embora pequenos, são considerados e a armadura
mínima é detalhada.

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Esta armadura mínima, conforme a NBR 6118:2003, aumentou em virtude do


momento mínimo a ser verificado e leva em consideração a seção T.
Por esta razão foi criado este valor limite para que estes momentos negativos, apenas
nos apoios extremos sem balanços, possam ser desprezados.
Aqui o engenheiro deve fornecer um valor limite, em porcentagem, que controlará o
cálculo deste momento mínimo limite:
Valor do Momento mínimo limite = %fornecida * Mk,min
Em que Mk,min é definido em 17.3.5.2.1 da NBR 6118: 0.8*W*fctk,sup / γc
Assim, se o momento negativo da viga for menor que o momento negativo limite
calculado acima, será desprezado. Nenhuma correção no valor do momento positivo do
vão é realizada.
Neste caso, apenas as armaduras construtivas ou impostas serão detalhadas
(conforme critérios K7: "momento negativos mínimo nos apoios extremos").

3.3.1.3. Dimensionamento a flexão simples


O critério "Dimensionamento a flexão simples" trata inúmeras questões sobre o cálculo
das armaduras, tais como, armaduras mínimas, armaduras que chegam aos extremos
dos vãos da viga, ancoragem em apoio extremo, distância do baricentro de armadura
de compressão à face, alojamento de barras na seção, valores limites para emissão de
mensagens de erros e avisos, etc.
A tela baixo apresenta a visualização destes itens.

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3.3.1.4. Tabelas para seleção de bitolas


O sistema CAD/Vigas disponibiliza em "Detalhamento" – "Tabelas de alojamento e
agrupamento de barras" critérios para a definição das barras que serão utilizadas, com
base no dimensionamento obtido, e as configurações que serão utilizadas, tanto para
as armaduras positivas como as negativas.

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Essas tabelas permitem que o engenheiro defina quais serão as bitolas e o número das
barras a serem utilizadas por faixa de largura. Além disso, é possível definir também
como estas barras serão agrupadas, o que gera uma economia considerável na
quantidade de posições de ferros do desenho final.

3.3.1.5. Espaçamentos entre barras longitudinais


Como o detalhamento da armadura da viga é gerado automaticamente (devendo o
engenheiro verificar e refinar as armaduras geradas de forma automática, pelo
editores que serão vistos mais adiante) é importante o engenheiro prestar atenção
para os espaçamentos que controlam essa geração e defini-los conforme suas
necessidades.
O programa permite que se definam valores mínimos de espaçamento para as
armaduras superiores e inferiores (sendo 2 o mínimo permitido, conforme a NBR 6118)
e os espaçamento adicionais que se façam necessários, como por exemplo, para a
passagem do mangote do vibrador. Tamanho do agregado também é solicitado para
que o programa também o verifique.

3.3.2. Dimensionamento e detalhamento ao cisalhamento


A seguir serão apresentados alguns critérios que controlam o dimensionamento e
detalhamento das vigas ao cisalhamento no sistema CAD/Vigas. Estes critérios se
localizam na aba "Cisalhamento/Torção" do arquivo de critério de projetos,
considerando a NBR 6118:2003 e o modelo estrutural do edifício como sendo o modelo
IV.

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3.3.2.1. Modelo de cálculo para força cortante e torção


No item "Dimensionamento" pode-se definir por qual modelo a seção transversal da
viga será dimensionada à força cortante, conforme a NBR 6118:2003, sendo válido
para todos os vãos e todas as vigas do projeto:
■ Modelo I conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118;
■ Modelo II conforme o item 17.4.2.3 da NBR 6118.
Para o modelo II é necessário definir o valor do ângulo da biela de compressão para o
dimensionamento à torção e à força cortante. Para o modelo I o valor do ângulo é
sempre de 45º.

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3.3.2.2. Espaçamentos desejados


No item "Detalhamento" – "Espaçamentos desejados" os espaçamentos desejados para
estribos são fornecidos para que o CAD/Vigas adote o par bitola-espaçamento mais
adequado ao detalhamento. O par bitola-espaçamento preferencial para o CAD/Vigas
será o par que possui o espaçamento que mais se aproxima do espaçamento aqui
definido.
Caso todas as 3 bitolas alternativas selecionadas tenham o mesmo espaçamento
(quando a viga possui, por exemplo, armadura muito pequena, espaçamento mínimo)
será escolhida a menor bitola de cisalhamento para obedecer ao critério econômico.
Definimos espaçamentos desejados para os trechos do vão. Estes trechos são
identificados por trechos centrais e trechos extremos do vão. Como os espaçamentos
desejados variam conforme a altura da viga, classificamos as vigas em 3 faixas de
altura para efeito de definição destes espaçamentos desejados.

3.3.2.3. Espaçamentos padronizados


No item "Detalhamento" – "Espaçamentos padronizados", após a escolha da bitolas e
espaçamento da armadura de cisalhamento, o espaçamento obtido é arredondado, a
favor da segurança, para o espaçamento inferior a ele mais próximo na tabela
fornecida de espaçamentos padronizados:

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VIGAS 61

3.3.2.4. Armadura transversal das vigas de compatibilização


Para as vigas declaradas como de compatibilização, no Modelador Estrutural (figura
abaixo), é realizada uma imposição de bitolas que são definidas neste item.

Viga definida como de compatibilização, pelo engenheiro responsável, no Modelador Estrutural.

As vigas definidas, pelo engenheiro, como sendo de compatibilização, no Modelador


Estrutural, não serão dimensionadas e detalhadas pelo sistema CAD/Vigas, sendo que
as armaduras aqui fornecidas são simplesmente desenhadas na representação gráfica
final.

Um exemplo típico de viga de compatibilização é o caso de uma viga de fechamento da


borda de um balanço, sem efeito estrutural. Ela está presente apenas para a
compatibilização de deslocamentos na borda do balanço.

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62 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

É de inteira responsabilidade do engenheiro a definição e o


fornecimento desta bitola e correspondente armadura.

3.3.3. Dimensionamento e detalhamento à torção


Conforme o item 17.5.1.2 da NBR 6118:2003, temos duas situações de projeto para o
dimensionamento e detalhamento da viga em relação aos esforços de torção. Para o
tratamento dessas situações é necessário que o engenheiro identifique, no Modelador
Estrutural, se a viga deve ser armada ou não a torção. Estes dois casos são tratados,
nos próximos itens, tanto no CAD/Vigas como a respectiva identificação no CAD/TQS®
(Modelador Estrutural).

3.3.3.1. Torção necessária ao equilíbrio


Sempre que a torção for necessária ao equilíbrio do elemento estrutural, deve existir
armadura destinada a resistir a estes esforços.

3.3.3.2. Torção não necessária ao equilíbrio


Quando a torção não for necessária ao equilíbrio, como descrito no item acima,
podemos tratar a torção na viga como dois casos distintos: desprezar totalmente ou
como sendo de compatibilidade. Para vigas chegando em outras vigas próximas dos
apoios, conforme item 17.5.1.2 da NBR 6118:2003, é possível desprezar a torção num
determinado vão da viga, desde que o elemento estrutural tenha a adequada
capacidade de adaptação plástica e que todos os outros esforços sejam calculados sem
considerar os efeitos por ela provocados.
Para o correto tratamento do dimensionamento e detalhamento destas vigas com
torção de compatibilidade no sistema CAD/Vigas, conforme este item da norma, é
necessário que o engenheiro defina a viga, explicitamente, conforme esta situação, no
Modelador Estrutural, como se segue:

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VIGAS 63

3.3.3.3. Valor limite para dimensionar torção


Existe a possibilidade de se definir um valor limite para se desprezar o
dimensionamento da seção transversal a torção, sendo este valor definido em
porcentagem e relativo ao valor do momento resistente de cálculo a torção (TRd2).

3.3.4. Flexão composta normal (FCN)


Nos elementos de vigas onde aparecem forças normais, necessárias ao equilíbrio da
estrutura, o dimensionamento deve ser feito por Flexão Composta Normal (FCN).
Estas situações podem ocorrer, por exemplo, em vigas inclinadas, sendo que desde a
versão 12, nos sistema CAD/TQS® essa verificação passou a ser obrigatória.
O dimensionamento à flexão composta normal (FCN) é realizado automaticamente
pelo sistema CAD/Vigas da seguinte forma:
■ Dimensiona-se a viga a flexão simples;
■ Com as armaduras previamente calculadas, verifica-se a FCN;
■ Se uma seção não passar, aumenta-se a bitola do porta-estribo;
■ Se continuar não passando, adiciona-se ou aumenta-se a armadura lateral;
■ Se continuar não passando, desenha-se a tarja: "Impossível Dimensionar".

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64 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

No item "Dimensionamento a Flexão Composta Normal", que fica na aba "Flexão" do


arquivo de critérios do CAD/Vigas, temos alguns critérios que controlam esse
dimensionamento. Todos estes critérios devem ser validados pelo engenheiro.

3.3.4.1. Força normal a ser desconsiderada


Um importante critério a ser considerado é o valor da força normal para
dimensionamento. Este critério define um valor mínimo para desprezar o
dimensionamento à FCN. Abaixo deste valor, a força normal solicitante (tração ou
compressão) na viga será desprezada no dimensionamento à flexão composta normal.
Seu valor é expresso como uma porcentagem da resistência à tração inferior do
concreto, sendo que se o valor definido for 0 (zero), será considerado um valor de 5%.

3.3.4.2. Força normal elevada


No resumo geral do relatório de dimensionamento a flexão composta normal, é
realizada uma classificação das vigas de acordo com a sua força normal solicitante, de
tal maneira que seja possível identificar as vigas com força normal de tração ou
compressão elevada.
O engenheiro define quais os valores limites que permitirão essa identificação. Esta
informação é importante, pois em um projeto com pavimentos complexos é possível
identificar quais as vigas que possuem força normal elevada e que merecem um
tratamento especial.
Portanto, os valores abaixo servem apenas para definir quando uma força normal de
tração ou compressão pode ser considerada elevada.

Quando estes valores são definidos como 0 (zero), são adotados 50% e 10%
respectivamente.
Os resultados dessa definição são visualizados no relatório de "Dimensionamento de
vigas à flexão composta normal", acessado através do comando "CAD/Vigas" –
"Visualizar" – "Relatórios" – "Esforços e armaduras" – "Dimensionamento de vigas à
flexão composta normal":

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VIGAS 65

3.3.4.3. Seção transversal considerada


Na verificação do dimensionamento à flexão composta normal, pode ser considerada
uma seção transversal retangular ou T.
Se for T é necessário especificar a armadura da laje paralela a viga a ser considerada
na mesa colaborante.

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3.3.5. Furos em vigas

3.3.5.1. Considerações gerais


O CAD/Vigas dimensiona, detalha e desenha, de forma automática, armações em furos
que atravessam a viga na direção da sua largura. Os furos podem ser definidos nas
vigas tanto no Modelador Estrutural como no editor rápido de armaduras. É
aconselhável fazer a entrada de dados via "Modelador Estrutural" por ser mais fácil, e
também porque a planta de fôrmas com os furos fica automaticamente definida. O
editor rápido de armaduras é mais indicado para pequenos ajustes, mas também pode
ser utilizada.
Furos na direção da altura e canalizações embutidas, bem como aberturas não são
consideradas. Os formatos de furos aceitos pelo sistema são os retangulares e os
circulares. Os furos devem ter pequenas dimensões em relação ao tamanho da viga.
São dimensionadas, detalhadas e desenhadas as armaduras longitudinais sob e sobre
os furos, bem como armaduras transversais nos banzos (superior e inferior) e nas
laterais do furo.
Na região dos furos, é considerada a hipótese da seção plana, admitindo-se o equilíbrio
de esforços entre os banzos superiores e inferiores, sendo que os esforços são
decompostos entre estes banzos.
Furos não compatíveis com este tratamento, como por exemplo, furos de grandes
dimensões, devem ser analisados através de outro modelo estrutural mais adequado.
Nenhuma alteração na modelagem estrutural das regiões dos furos é realizada, isto é,
os modelos de pórtico espacial e grelhas não são alterados em função dos furos e
nenhuma verificação quanto à deformabilidade é realizada nas regiões dos furos.
Os esforços utilizados para o dimensionamento das armaduras são os provenientes das
envoltórias transferidas para o CAD/Vigas (arquivo TEV). São verificadas 4 condições
de carregamento:
■ Força normal mínima e momento mínimo;
■ Força normal mínima e momento máximo;
■ Força normal máxima e momento mínimo;
■ Força normal máxima e momento máximo.
Os esforços de torção não são considerados no dimensionamento dos furos. Casos em
que este esforço seja considerável devem ser verificados manualmente.
Para o dimensionamento dos furos, temos as seguintes considerações a serem feitas,
sobre o dimensionamento, adotado pelo CAD/Vigas:
■ O dimensionamento das armaduras longitudinais é feito sob a atuação de uma
Flexão Composta Normal (A);

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■ O dimensionamento das armaduras transversais


sversais nos banzos é feito de acordo
com o modelo I da NBR 6118:2003 (B);
■ O dimensionamento das armaduras transversais nas laterais do furo é feito
considerando apenas as mesmas como armaduras de suspensão (C).

Para o dimensionamento e detalhamento dos furos são necessárias a devida


verificação e definição dos critérios de projeto, na aba "Furos
Furos", no editor de critérios do
CAD/Vigas, como mostrados a seguir.

3.3.5.2. Largura máxima dos furos


No dimensionamento dos furos é considerada a hipótese da seção plana. Portanto,
Po as
dimensões dos furos devem ser limitadas.
Furos com largura na direção longitudinal da viga acima do limite definido neste
critério serão dimensionados, porém uma tarja será impressa no desenho. O limite é
definido em função da altura "H" da viga.

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Largura

3.3.5.3. Decomposição dos esforços nos banzos


Para acessar os critérios que controlam a decomposição dos esforços, entre na aba
"Furos" e click em "Dimensionamento das armaduras longitudinais".
Para o dimensionamento das seções com furos, será admitida a hipótese da seção
plana, A torção não é considerada de forma automática sendo que os esforços serão
decompostos no banzo superior e inferior da seção.

O momento fletor é decomposto em duas forças, de tração e compressão. Essa


decomposição pode ser feita de duas formas:
■ Entre eixos (segundo proposta de Leonhardt);
■ Entre as resultantes no aço e no concreto (segundo proposto por Sussekind).
Ou seja, podem ser realizadas tomando-se o braço de alavanca entre os eixos dos
banzos ou através da distância entre a força de compressão no concreto (0.4*x, sendo
"x" a profundidade da linha neutra) e o centro de gravidade das armaduras
tracionadas.

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A força cortante é decomposta em 2 forças. Isto pode ser feito de 2 formas: com parcela
definidas ou de acordo com as rigidezes, o que gera momentos nos banzos.
A força normal é decomposta em 2 forças, de acordo com as áreas das seções de cada
banzo.
O momento de torção não está sendo considerado de forma automática. A tipologia dos
estribos dos furos é definida de acordo com a armadura transversal definida durante o
dimensionamento a torção.
Ainda é possível que o engenheiro considere ou não a mesa colaborante no banzo
comprimido.

Neste mesmo item é possível encontrar alguns critérios que controlam o detalhamento
dos furos, podendo o engenheiro:
■ Definir uma faixa de bitolas que serão usadas no detalhamento;
■ Igualar as armaduras dos banzos, utilizando a maior entre elas nos;
■ Definir o método para o comprimento de cálculo da ancoragem e um
multiplicador para a decalagem do diagrama.

3.3.5.4. Dimensionamento das armaduras transversais

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A distribuição da força cortante pode ser feita de 2 maneiras:


Através da atribuição de parcela fixas da cortante para os banzos comprimidos e
tracionados.

Para o dimensionamento dos estribos posicionados nas laterais, o engenheiro pode


definir a parcela do valor da força cortante que será utilizada, o comprimento dos
ferros (fixo ou em função da altura da viga), espaçamentos, se serão usados ou não os
estribos existentes no vão da viga.

É possível, ainda, definir as dimensões mínimas para o detalhamento de estribos:

3.3.5.5. .Geração de desenhos separados das armações dos furos

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VIGAS 71

Durante o detalhamento e desenho das armaduras, seja pelo processo automático ou


pelo editor rápido de armaduras, é possível habilitar a geração de um desenho,
separado do desenho da viga, somente com as armações dos furos.

Outra opção para o desenho de furos é a possibilidade de se cotar a distância do furo ao


apoio, sendo esta cota feita a esquerda na representação em elevação do mesmo,
conforme detalhe abaixo:

3.3.5.6. Entrada de dados: modelador estrutural


Como mencionado anteriormente, toda a entrada de dados dos furos pode ser realizada
de duas formas:
■ No Modelador Estrutural;
■ No editor rápido de armaduras do CAD/Vigas.
É aconselhável utilizar a opção do Modelador Estrutural por ser mais fácil, e também
porque a planta de fôrmas com os furos já fica automaticamente definida. A opção pelo
editor rápido do CAD/Vigas é mais indicada para pequenos ajustes.
Modelador Estrutural
Estrutural
Todo o lançamento de furos no Modelador Estrutural é realizado por 2 novos comandos
existentes na barra de ferramentas de vigas.

■ Inserir furo;
■ Dados de furo em viga.

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72 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Na janela de dados de furos, é necessário configurar o tipo de furo (retangular ou


circular),
rcular), seu título, suas dimensões, bem como a distância de sua face superior em
relação ao topo da viga.

Todos os comandos gerais, tais como: apagar, mover, copiar, espelhar, etc. funcionam
normalmente na edição dos furos.

A representação de um furo no Modelador Estrutural é mostrada a seguir.

3.3.5.7. Processamento
Todo o cálculo, dimensionamento, detalhamento e desenho dos furos em vigas são
realizados pelo CAD/Vigas, e é feito de forma automática tanto durante o
processamento global para todos os pavimentos
os do edifício como no processamento
local em um pavimento específico.

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Durante o processamento global ou local (dentro do CAD/Vigas), é possível observar


uma mensagem relativa ao dimensionamento dos furos, após a verificação da flexão
composta normal.

3.4. Critérios de Desenho


Critérios específicos para o desenho de vigas podem ser acessados através do link
"Editar" – "Critérios de desenho".

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Como se pode observar da figura acima, existe uma grande quantidade de critérios
disponíveis, permitindo a manipulação de diversos itens pelo engenheiro,
possibilitando com que cada projeto seja totalmente personalizado e tenha
características próprias.
Assim, é possível alterar escalas, cortes, níveis, estribos, armaduras longitudinais,
seção, dentre outros. Vejamos alguns critérios disponíveis na aba "Esquema gráfico",
apenas como exemplo.

3.4.1. Escala do esquema gráfico de vigas


No item "Esquema gráfico" – "K77 – Escala do esquema gráfico de vigas", pode-se
definir como a escala gráfica das vigas será apresentada entre 2 maneiras possíveis:
K77=0: Escala desenho fixa, calculada a partir dos valores máximos
absolutos de momentos e cortantes definidos nesta seção de dados;
K77=1: Escala de desenho variável. Os diagramas de uma viga ocupam o
maior espaço possível da área disponível de desenho.

3.4.2. Formato do esquema gráfico de vigas


No item "Esquema Gráfico" – "K78 – Formato do esquema gráfico de vigas", pode-se
definir como os diagramas de momento fletor, momento de torção e cortante serão
desenhados: juntos ou separados:
K78=0: Diagramas de momento e cortante desenhado separadamente;
K78=1: Diagramas de momento e cortante sobrepostos;

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3.4.3. Indicação de valores gráficos nos desenhos


Na aba "Esquema Gráfico" – "K83 – Indicação de valores mo esquema gráfico de vigas"
pode-se definir a indicação de valores da escala gráfica das vigas, que pode ser
apresentado de 2 maneiras possíveis:
K83=0: Pontos de máximos e mínimos são indicados no diagrama;
K83=1: Máximos e mínimos não são indicados. Em vez disto, réguas laterais
indicam o valor dos diagramas.

3.4.4. Desenho de armadura negativa acima do gabarito da


viga
Na aba "Armadura longitudinal" pode-se definir a posição da armadura negativa no
desenho da viga:
K42=0: A armadura negativa é desenhada abaixo do gabarito da viga juntamente com
o desenho da armadura positiva;
K42=1: A armadura negativa é desenhada acima do gabarito da viga mantendo o
desenho da armadura positiva abaixo da viga.

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3.4.5. Posição de desenho de estribos na seção longitudinal


Por default os estribos são desenhados acima da posição longitudinal. Na aba
"Estribos" temos o critério K82 que permite passar este desenho para baixo.
K82=0: Estribos desenhados acima da seção longitudinal;
K82=1: Estribos desenhados abaixo da seção longitudinal;

3.4.6. Estribos em uma linha e/ou 2 linhas


Ainda na aba "Estribos", pode-se definir como os estribos serão cotados:
K32=0: É o critério padrão de cotagem de estribo;
K32=1: As faixas de estribo passam a ser cotadas, e os estribos perderão o número de
posição. Os pilares também passarão a ser cotados.

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Os critérios de desenho possuem uma breve explicação


junto ao comando, o que facilita o entendimento e dispensa a
consulta a manuais em sua grande maioria. Onde se fizer
necessário, o engenheiro pode consultar os critérios existentes
nos manuais eletrônico do sistema através do comando de
busca de um título.

3.5. Edição de Dados


Está disponível no CAD/Vigas um programa de digitação de dados (edição de dados de
vigas) onde é possível alterar os dados gravados originalmente pelo CAD/Formas.
Devida atenção deve ser dada a essa alteração, pois ela é feita localmente dentro do
CAD/Vigas, alterando a coerência da ligação entre elementos presentes no modelo
global do projeto. Estas alterações nos dados das vigas servem apenas para pequenas
modificações, seguidas de verificações para, por exemplo, estudar o pré-
dimensionamento de uma viga importante, impor uma bitola numa seção etc. Após
esta análise preliminar deve ser feita a devida alteração no projeto geral do edifício,
dentro do Modelador Estrutural, e novo processamento global. Outra aplicação dessa
edição de dados é a possibilidade de verificações nos dados geométricos das vigas, isto
é, como a geometria das vigas foi efetivamente transferida, pois se tem a
representação gráfica imediata na tela.
Este programa possui um ambiente gráfico (composto por diversos desenhos, tabelas,
janelas de auxílio, etc.), permitindo assim, uma enorme agilidade na introdução,
eliminação ou alteração de qualquer dado de uma viga.
Este programa é acionado através do comando "CAD/Vigas" – "Editar" – "Dados de
vigas":

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78 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Ao iniciar esse programa, os arquivos nnnn.DAT são carregados automaticamente,


caso já existam no "Edifício" – "Vigas" ou na pasta atual.
O programa de edição de dados é apresentado pela composição de janelas dispostas de
maneira que possibilitam a visualização de todos os dados de somente uma viga por
vez, conforme mostra a figura acima.
Como se pode observar na figura anterior, o ambiente principal do programa é
composto por três janelas: jan. Elevação, jan. Cargas e jan. de Edição de dados. Em
cada uma destas janelas, são mostrados os dados de uma viga. Para selecionar uma
viga de um determinado projeto, basta clicar na caixa de lista localizada na barra de
ferramentas superior.
Na janela Elevação, é desenhada a geometria dos vãos e apoios da viga, e as suas
respectivas cotas. Através desta janela, você poderá selecionar um vão ou apoio, e
atualizar os seus dados na jan. de Edição.
Na janela Cargas, são desenhadas todas as cargas existentes nos vãos da viga. Através
desta janela, você poderá selecionar uma carga, e atualizar os seus dados na jan. de
Edição.
Na janela de Edição, existem três guias: vãos, apoios e cargas. Cada uma delas é
constituída de uma tabela, na qual você poderá editar facilmente seus dados. A
alteração de qualquer dado atualizará automaticamente todos os desenhos de modo
que você veja graficamente o que está alterando.
Maiores detalhes poderão ser obtidos no menu "Ajuda" – "Manuais" do CAD/Vigas.

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3.6. Processamento
A etapa principal do CAD/Vigas é esta etapa de processamento. É nesta fase que todos
os cálculos referentes ao dimensionamento, detalhamento, desenho, relatórios, etc.,
são realizados.
O processamento pode ser feito de maneira denominada global (processamento global),
em que o sistema CAD/TQS se incumbe de gerenciar as etapas necessárias para o
projeto das vigas. Para o processamento completo de todas as vigas de um edifício
(todos os pavimentos), as seguintes opções devem estar ativadas no processamento
global, comando do "Gerenciador" dos sistemas CAD/TQS:

Caso necessário, pode-se não realizar o dimensionamento, detalhamento e desenho de


vigas como acima descrito, optando-se por fazer o processamento das vigas pavimento
a pavimento. Para isso, após o processamento global, o engenheiro seleciona a pasta
"Vigas" do pavimento que queira dimensionar e selecionar as opções correspondentes,
em "CAD/Vigas" – "Processar" – "Dimensionamento, Detalhamento e Desenho":

Os comandos acima permitem que se faça o processamento individual para cada etapa
do processo do projeto de vigas. Uma série de programas para cálculo das solicitações,
dimensionamento, detalhamento e desenho das vigas são acionados nestas opções. A
etapa de desenho de vigas pode ser realizada para todo o projeto ou apenas para
algumas vigas (subprojeto).
A opção de cálculo de esforços está presente no menu acima para o processamento de
vigas que não fazem parte do modelo de pórtico espacial (processo simplificado, por
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80 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

exemplo). Caso o modelo estrutural seja o modelo IV, caso mais frequente, o cálculo de
esforços é ignorado e eles são lidos diretamente do arquivo .TEV a partir do pórtico
espacial. Neste caso, os esforços recebidos já possuem as considerações dos efeitos de 2ª
ordem global.
Os esforços transferidos do pórtico espacial são representados por envoltórias de
máximos e mínimos. Os seguintes esforços são transferidos:
■ Momento fletor;
■ Força cortante;
■ Força normal;
■ Momento de torção.
A etapa de dimensionamento e detalhamento é segmentada em diversas outras
conforme as solicitações:
■ Cisalhamento e torção;
■ Flexão positiva;
■ Flexão negativa;
■ Flexão composta normal;
■ Furos;
■ Emissão de relatório geral.
Para cada uma destas etapas um relatório específico, intermediário, é emitido
permitindo ao engenheiro acompanhar todo o processo de dimensionamento e
detalhamento.
Alguns detalhes técnicos sobre esta etapa de dimensionamento / detalhamento a flexão
merecem ser ressaltados:
■ Armaduras calculadas para flexão simples, composta normal, armadura
simples e dupla;
■ Armaduras negativas são calculadas a esquerda e a direita do vão (armaduras
principais) e no meio do vão (porta-estribo);
■ Num mesmo apoio, o par bitola/número de barras pode ser igual à esquerda e à
direita ou, diferentes, caso de vigas com variação de seção de um vão ao outro;
■ Armaduras dos balanços são estendidas até o seu extremo;
■ Armaduras positivas consideram o momento fletor máximo no vão e as
armaduras de compressão à esquerda e à direita do vão;
■ Armadura lateral é detalhada vão a vão, quando necessária; e levada em
consideração do dimensionamento à flexão composta normal;
■ Nos balanços também são dimensionados os momentos fletores positivos, caso
existam;

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■ Extensa gama de critérios disponíveis para ancoragem das armaduras nos


extremos dos vãos;
■ Armaduras longitudinais (superiores, inferiores e lateral) já contemplam as
necessidades de armaduras dimensionadas à torção;
■ Detalhamento de armaduras complementares quando a viga muda de largura
de um vão ao outro;
■ Alojamento das barras na seção transversal em camadas e cálculo do As
necessário considerando o correto baricentro das armaduras;
■ Diversas possibilidades para cálculo das armaduras mínimas, visando aspectos
econômicos e técnicos.
Alguns detalhes técnicos sobre esta etapa de dimensionamento / detalhamento ao
cisalhamento/torção merecem ser ressaltados:
■ Os estribos podem possuir 2, 4 ou 6 ramos;
■ Armaduras de cisalhamento e torção são calculadas e adicionadas
convenientemente para 2, 4 ou 6 ramos;
■ Armadura de suspensão é determinada e detalhada;
■ Determinação de armaduras para "tirantes" em vigas que se apóiam em outras
vigas, abaixo da face inferior;
■ Extensa coleção de critérios de projeto para seleção do trio
bitola/espaçamento/número de ramos está disponível visando à otimização do
consumo de armaduras;
■ Tratamento da capacidade de adaptação plástica a torção conforme prescrições
da NBR 6118:2003;
Alguns detalhes técnicos sobre esta etapa de desenho merecem ser ressaltados:
■ Identificação do título das vigas, suas dimensões transversais, tipo de seção,
número de repetições, etc.;
■ O gabarito da viga é representado com todos os elementos estruturais que
"chegam" na viga em questão (pilares de apoio, vigas que cruzam pilares de
transição etc.);
■ Desenho de cortes, em diversas seções das vigas, contendo as armaduras
transversais e longitudinais identificadas;
■ Desenho das armaduras longitudinais superior, inferior e lateral, com indicação
de camadas, comprimentos, bitola, número de ferros, etc.
■ Possibilidade de desenho das armaduras longitudinais superiores acima do
gabarito da viga;

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■ Identificação das armaduras transversais ao longo da extensão dos vãos


contendo o número de ferros, espaçamento, número de ramos, extensão do
trecho, etc.;
■ Desenho de ferros em forma de "grampos" de ancoragem para apoios extremos e
balanços.

Todas as vezes que este processamento sequencial for acionado com o item "Desenho
de vigas", todos os desenhos das vigas serão regravados. Portanto, esta etapa completa
de processamento deve preceder às etapas de edição de armaduras (edição rápida e
genérica). Esquematicamente temos:

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VIGAS 83

3.7. Verificações do Dimensionamento e


Detalhamento

3.7.1. Visualizador de mensagens de avisos e erros


O visualizador de mensagens de "Avisos e erros" deve ser consultado para que se
verifique a possível ocorrência de anormalidades durante o processamento, através das
mensagens de aviso emitidas pelo sistema. Além das mensagens de erros e avisos, são
também emitidas informações sobre como o usuário deve proceder para sanar as
anormalidades encontradas. É possível nesse visualizador identificar a viga e tramo e
obter uma breve descrição do problema e possível solução.
Vejamos alguns exemplos gerados por este visualizador:
Aviso com classificação do tipo "grave": "Problema no comprimento do primeiro
balanço"

Aviso com classificação do tipo "médio": "Torção em furos em vigas"

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Sempre verifique as mensagens do visualizador de "Avisos e

Erros" do sistema CAD/TQS.

3.7.2. Visualização de resultados (gráficos e alfanuméricos)


Para a análise dos resultados do processamento, existem diversos relatórios que
procuram apresentar não só os relatórios finais obtidos, mas também relatórios
intermediários, oferecendo a devida transparência, rastreabilidade e confiabilidade
nos resultados finais. Por exemplo, relatórios parciais detalhados dos critérios de
projeto utilizados, resultados do dimensionamento a flexão e cisalhamento são
bastante úteis para a validação do processamento efetuado.
Todos os resultados gerados no cálculo das vigas pelo CAD/Vigas podem ser
visualizados em relatórios de dimensionamentos específicos ou em arquivos de
desenho, gráficos, através dos links existentes no sistema CAD/Vigas, menu
"Visualizar". Através deste menu é possível visualizar desenhos e listagens geradas
pelo programa:

3.7.2.1. Desenhos
A sequência de comandos "Visualizar" – "Editor Gráfico", aciona o programa de edição
gráfica de desenhos de armação, que permite visualizar e editar os desenhos de
armação do CAD/Vigas.
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Os desenhos de vigas podem ser livremente editados. Podem-se acrescentar novos


ferros, alterar ferros, acrescentar detalhes especiais da viga de seção variável, etc.
Estas edições de armaduras e detalhes na geometria das vigas devem ser realizadas,
obrigatoriamente, após a edição "rápida" de armaduras. Como a edição rápida de
armaduras gera novamente o desenho da viga, a partir do cálculo e modificações
realizadas, todo o trabalho da edição genérica pode ser perdido caso esta regra de
precedência não seja obedecida.
É importante ressaltar que estas modificações são realizadas sob inteira
responsabilidade do usuário como se fosse uma alteração realizada na prancheta de
desenho; os cálculos realizados previamente não são automaticamente alterados.

3.7.2.2. Consistência e ordenação


O arquivo gerado a partir do processamento do comando "CAD/Vigas" – "Processar" –
"Dimensionar, Detalhar e Desenhar" – "Consistência e ordenação", é uma listagem que
pode ser visualizada através do programa de edição de textos "EDITW", a partir da
sequência de comandos: "Visualizar" – "Relatórios" – "Consistência e ordenação".

3.7.2.3. Diagramas de solicitações


Obtido através da sequência de comandos "Visualizar" – "Diagramas de solicitações",
este aciona o visualizador dos esquemas gráficos das vigas juntamente com os
diagramas de força cortante, momento fletor e de torção.
Veja a seguir a tela de programa de visualização do Esquema Gráfico de vigas, onde
você poderá visualizar interativamente os esquemas na tela através dos comandos de
edição gráfica e de alguns comandos que também estarão descritos na tela a seguir:

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3.7.2.4. Relatório geral


O arquivo gerado a partir do processamento da opção "Armaduras / Relatório geral /
Base de dados de desenho", do comando "Dimensionamento, Detalhamento e
Desenho", do menu Processar, é a listagem "RELGER.LST". Esta listagem poderá ser
visualizada e/ou editada através do programa de edição de textos "EDITW", a partir da
sequência de comandos: "Visualizar" – "Relatório Geral".
É o relatório alfanumérico mais importante do CAD/Vigas e onde são encontrados
todos os resumos do dimensionamento e detalhamento realizados. É a base para a
memória de cálculo do CAD/Vigas.
Abaixo apresentamos uma visão geral do relatório geral, destacando a legenda e um
resultado de viga:

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3.7.2.5. Esforços e armaduras


A partir do comando "Visualizar" – "Relatórios" – "Esforços e armaduras", é possível
visualizar os relatórios de processamento de esforços em vigas, dimensionamento de
vigas ao cisalhamento, à flexão positiva, à flexão negativa, à torção, à flexão composta
normal e furos em vigas.

3.7.2.6. Processamento de esforços em vigas


Acessível através do comando "Visualizar" – "Relatórios" – "Esforços e armaduras" –
"Processamento de esforços em vigas". No caso mais comum e geral, os esforços nas
vigas são provenientes do modelo de pórtico espacial. Este relatório mostra quais são
estes esforços que vieram do pórtico espacial.

3.7.2.7. Dimensionamento de vigas ao cisalhamento


Acessível através do comando "Visualizar" – "Relatórios" – "Esforços e armaduras" –
"Dimensionamento de vigas ao cisalhamento". Geralmente, este arquivo não precisa
ser examinado, pois, o resumo do detalhamento está presente no Relatório Geral. Esta
listagem é importante quando ocorre alguma anormalidade no processamento, neste
caso é possível verificar em qual viga o problema ocorreu (por exemplo, a paralisação
de um processamento). Também devem ser consultados os resultados de "mensagens
de erros e avisos".

3.7.2.8. Dimensionamento de vigas à flexão positiva


Acessível através do comando "Visualizar" – "Relatórios" – "Esforços e armaduras" –
"Dimensionamento de vigas à flexão positiva". Geralmente este arquivo não precisa
ser examinado, pois, o resumo do detalhamento está presente no Relatório Geral. Esta
listagem é importante quando ocorre alguma anormalidade no processamento, neste
caso é possível verificar em qual viga este problema ocorreu (por exemplo, a

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paralisação de um processamento). Também devem ser consultados os resultados de


"mensagens de erros e avisos".

3.7.2.9. Dimensionamento de vigas à flexão negativa


Acessível através do comando "Visualizar" – "Relatórios" – "Esforços e armaduras" –
"Dimensionamento de vigas à Flexão Negativa". Geralmente este arquivo não precisa
ser examinado, pois, o resumo do detalhamento está presente no Relatório Geral. Esta
listagem é importante quando ocorre alguma anormalidade no processamento. Neste
caso é possível verificar em qual viga este problema ocorreu (por exemplo, a
paralisação de um processamento). Também devem ser consultados os resultados de
"mensagens de erros e avisos".

3.7.2.10. Dimensionamento de vigas à flexão composta normal


O arquivo gerado a partir do processamento de armaduras é uma listagem
VFLEXCM.HTM, que poderá ser visualizada a partir do comando "Visualizar" –
"Relatórios" – "Esforços e armaduras" – "Dimensionamento de vigas à Flexão composta
normal".

3.7.2.11. Dimensionamento de furos em vigas


O arquivo gerado a partir do processamento do dimensionamento de furos é uma
listagem VDIMFURO.HTM que poderá ser visualizada a partir do comando
"Visualizar" – "Relatórios" – "Esforços e armaduras" – "Dimensionamento de furos em
vigas".

3.7.2.12. Outros relatórios


Em "Visualizar" – "Relatórios" – "Outros relatórios" são possíveis acessar outros 3
relatórios: pré-dimensionamento de vigas, mensagens e avisos; Somatória de cargas –
reações de apoio; Envoltória de solicitações p/ vigas com cargas diferentes e mesma
geometria.

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3.8. Equivalência de Desenhos


É possível, no CAD/Vigas, igualar vigas semelhantes para, por exemplo, facilitar o
trabalho de edição de vigas, reduzir o número de desenhos emitidos em papel e
simplificar o processo de corte e dobra de armaduras.
Essa equivalência de vigas é feita em editor próprio, acessado através do comando
"CAD/Vigas" – "Editar" – "Equivalência de vigas":

Para usar a equivalência é importante estar atento à simbologia que aparece no


desenho, que pode ser acessada pelo link "Equivalência [?]" conforme mostrado abaixo:

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Fazer a equivalência entre 2 vigas é uma tarefa extremamente fácil. Basta selecionar
a viga que será a base, do lado esquerdo da tela, e os elementos que serão igualados,
no lado direito. Por exemplo, vamos igualar a vigas V1 e V2, sendo a viga base a V2:

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(1) Selecione a viga base;


(2) Selecione a viga que será igualada;
(3) Clique em "<-- Fazer 1 equiv.".

Pronto. No nosso exemplo, agora a viga V1 é equivalente a V2. Observe que a legenda
do nome do desenho é alterada e a tarja "Elemento
Elemento IGUALADO
IGUALADO" é colocada sobre a
viga igualada.

Destacando, abaixo, os ícones do lado direto e esquerdo superior da tela acima, para a
viga base e a igualada, temos:
Viga Base Viga igualada

Desfazer 1 equiv.
Para desfazer a operação acima, basta clicar "Desfazer equiv.-->".
Se por acaso a viga base tiver armação menor do que a viga que estiver sendo
igualada, mensagem de aviso será emitida:

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Para igualar várias vigas tendo uma única viga como base, basta usar o comando
"Múltiplos..." e a seguinte tela se abrirá:

Aqui é possível:
Selecionar as vigas que serão comparadas e/ou igualadas;
Comparar as vigas. Neste caso será apresentado qual dentre as vigas selecionadas
possui a maior armação:

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Iguala todas as vigas selecionadas tendo como base a viga de maior armação.

Se entre as vigas selecionadas alguma for diferente, uma mensagem será emitida no
momento da seleção e o programa não permitirá a sua seleção:

O comando "Desfazer Grupo -->" é útil quando, após igualarmos alguns grupos de
vigas, desejamos desfazer uma destas equivalências. Por exemplo, após igualarmos
V1=V4 e V2=V3:

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Vamos eliminar apenas a equivalência de V1=V4. Para isso selecionamos o ícone V1 do


lado esquerdo da tela (viga base):

E acionamos o botão "Desfazer Grupo -->". Observe, na figura abaixo, que as vigas V1
e V4, do nosso exemplo, não são mais equivalentes.

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O comando "Desfazer Tudo ==>" tem funcionamento similar, porém, elimina todas as
equivalências feitas.
Para alterar o multiplicador base de pisos das vigas (repetições de ocorrência da viga)
acionamos os comandos:

■ Altera a repetição da viga base selecionada (lado esquerdo da tela);

■ Altera a repetição de todas as vigas bases.


Para verificar a alteração feita, basta confirmar o número de repetição da viga que é
colocado logo abaixo do título, do lado esquerdo superior, conforme destacado abaixo,
onde foi dado um "zoom" na viga para melhor visualização:

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Podemos, ainda, neste editor:


■ Editar um novo nome para vigas ("Editar");
■ Comparar 2 vigas ("Compara 2").

3.9. Editor Rápido de Armaduras


Compõe também o sistema CAD/Vigas o editor rápido de armaduras, acessado através
do comando "CAD/Vigas" – "Visualizar" – "Edição rápido de esforços e armaduras", que
possibilita tanto a verificação instantânea dos resultados dos desenhos de armaduras
obtidos, o que inclui o acesso a calculadoras específicas desenvolvidas para este fim na
própria tela do editor, como a edição orientada, dirigida e "rápida" das armaduras.
Assim é possível adequar o desenho gerado automaticamente pelo CAD/Vigas às
condições reais do projeto. Isto permite ao engenheiro que intervenha diretamente nos
resultados obtidos pelo sistema, através da manipulação e verificação dos desenhos
gerados.
Temos duas opções para alteração dos desenhos finais de vigas: através da alteração
direta dos desenhos, via Editor Gráfico Genérico, ou através do programa de edição
específico para tratar armaduras, denominado Editor Rápido de Armaduras. As

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alterações deverão ser efetuadas depois da realização de todo o cálculo de esforços,


dimensionamento, detalhamento e desenho. As diferenças principais entre as duas
opções são:
■ A edição rápida de armaduras permite a alteração rápida dos dados
padronizados das vigas, tais como títulos, armaduras e dimensões, com geração
e atualização instantânea dos resumos e cortes. O desenho pode ser visualizado
durante a edição, mas não deve receber outras alterações gráficas genéricas,
pois toda vez que é feita alguma alteração o desenho é novamente regerado.
Toda e qualquer alteração em armaduras, cortes, títulos etc., que possa ser feita
pelo editor rápido de armaduras, é mais rápida e produtiva. As alterações no
editor rápido de armaduras devem preceder às alteração do editor genérico de
armaduras.
■ A edição gráfica genérica, através do editor de concreto armado do CAD/Vigas
permite uma alteração não tão rápida do desenho de vigas, mas quaisquer
modificações não padrões podem ser feitas, incluindo o detalhamento de dentes,
furos, arranques, armaduras especiais, notas e outros detalhes de desenho.
■ Esquematicamente temos:

O comando "CAD/Vigas" – "Visualizar" – "Editor Rápido de armaduras" acessa o


Editor Rápido de Armaduras.
A Edição Rápida de Armaduras do CAD/Vigas é uma ferramenta que permite verificar
o dimensionamento das vigas aos esforços solicitantes e, também, alterar detalhes de
armaduras, que não são obtidos de maneira automática. Os produtos finais do editor
são desenhos de vigas modificados conforme as necessidades do projetista, prontos
para plotagem.
Resumidamente, os recursos disponíveis são:

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■ Edição de vigas processadas pelo CAD/Vigas;


■ Alteração e criação de ferros de flexão – disposição, quantidades, bitolas,
comprimentos, cotas etc.;
■ Alteração e criação de armadura lateral, estribos e grampos;
■ Cálculo da área de armadura transversal em seção retangular;
■ Cálculo da área de armadura em seção retangular e T a partir do valor de
momento fletor ou vice-versa;
■ Visualização dos diagramas de momentos fletores, cisalhamento e torção junto
do desenho de armação de vigas;
■ Alteração de dados como título da viga, apoios, título de apoios, vãos,
comprimento de ancoragem etc.

3.9.1. Tela do editor rápido de armaduras

3.9.1.1. Barras de Ferramentas


As barras de ferramentas são um modo rápido de acionar comandos sem ter que
decorar aceleradores de teclado. No módulo básico elas consistem somente de botões

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com ícones, mas podem conter também caixas de texto e de lista nos aplicativos que
usam o editor.

Para descobrir o significado de cada ícone do editor, basta parar o cursor cerca de um
segundo sobre o ícone, para que uma pequena janela se abra com o nome do comando
associado ao botão.
São inúmeros recursos que devem ser verificados pelo engenheiro, tais como:
visualizar diagramas, edição da geometria de vigas, edição de vãos, edição de ferros,
agrupar / eliminar armaduras etc.
As funções disponíveis neste editor podem ser vistas em detalhes nos manuais
eletrônico do CAD/Vigas que acompanham o sistema CAD/TQS®.
Neste manual serão destacadas apenas a calculadora de Flexão Composta Normal e as
ferramentas relativas a furos.

3.9.1.2. Calculadora de FCN.


Pelo comando "Geral" – "Calculadora Flexão Composta Normal" é possível o cálculo da
armadura necessária a partir de dados da seção transversal, do concreto e do aço.

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Basta entrar com os dados necessários:


■ Seção;
■ Materiais;
■ Esforços.
E acionar o botão "Verificação" ou "Armadura necessária", conforme a situação
desejada. O resultado é mostrado instantaneamente na própria tela da calculadora.

3.9.1.3. Furos
No editor rápido de armaduras do sistema CAD/Vigas, foram adicionados diversos
novos comandos que permitem o lançamento e a edição completa dos furos em viga.
Estes comandos podem ser acessados no menu superior "Furos" ou numa barra de
ferramentas específica, mostrada a seguir.

■ Editar Furo;
■ Inserir Furo;
■ Apagar Furo;
■ Mover Furo;

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■ Editar armaduras de furo;


■ Calculadora de Furos.
Assim que um furo é criado ou movido, todas as armaduras (longitudinais e
transversais) são automaticamente dimensionadas, detalhadas e redesenhadas. As
faixas de estribos, bem como as armaduras laterais (caso existam), são também
acertadas.
O comando de edição permite a alteração de qualquer dado de um furo existente.

O comando de edição de armações permite a alteração de qualquer dado de armadura,


inclusive a definição de dobras.

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3.9.2. Calculadora de furos


Uma calculadora genérica de armaduras em furo em viga foi desenvolvida e pode ser
acessada dentro do editor rápido de armaduras do CAD/Vigas ou diretamente no
gerenciador do sistema CAD/TQS, como mostrado abaixo:
Pelo gerenciador do CAD/TQS:

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Calculadores de dimensionamento

Ou dentro do Editor rápido de armaduras, clicando no ícone:

Calculadora de furos

O funcionamento desta calculadora é bastante simples e intuitivo. Apenas é necessário


definir os dados da seção, os esforços de cálculo, as armaduras principais existentes na
seção, a posição do furo e os critérios de cálculo, e depois, acionar o botão "Calcular".
Os esforços são então decompostos nos banzos e as armaduras necessárias
automaticamente calculadas. É mostrada também a posição da linha neutra na seção
transversal, de tal forma a auxiliar no correto posicionamento do furo.

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3.10. Editor genérico de armaduras e geometria


Os desenhos já editados pelo editor rápido podem ainda ser mais refinados e
detalhados, graficamente, através do editor genérico de armaduras do sistema
CAD/TQS®. Esta aplicação é necessária para itens que sejam particulares e específicos
de um projeto e não produzidos automaticamente (por exemplo, uma aba de uma viga,
seção variável linear num balanço, etc.). Este editor gráfico oferece uma grande
variedade de ferramentas para a manipulação de desenhos.

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Vale ressaltar que a edição rápida de armaduras deve preceder à edição genérica das
vigas pelos motivos já expostos.
Outra situação operacional bastante comum que pode ocorrer e trazer consequências
indesejáveis é a execução do Processamento geral depois de realizada a edição de
desenhos (tanto a edição dita rápida como a genérica). Neste caso, os desenhos podem
estar praticamente prontos para emissão, mas um comando de Processar geral pode
substituir todos os desenhos já realizados por outros oriundos do processamento
automático. Quando necessário o novo processamento geral por quaisquer motivos
(uma pequena alteração em uma viga secundária, por exemplo), deve-se duplicar o
edifício de tal modo que os desenhos já editados não sejam substituídos.
Esquematicamente temos:

3.11. Subprojetos
Quando for necessário realizar uma operação com algumas vigas apenas e não todas
de as vigas de um projeto, o comando de "Subprojeto" deve ser acionado.
Para acionar esta opção basta executar a sequência de comandos "Editar" –
"Subprojeto de vigas":
Será então inicializada a definição do subprojeto apresentando a janela "Abrir" onde
deverá ser definido o nome do novo subprojeto, ou então selecionado o nome de um
subprojeto existente.

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Em seguida será apresentará a janela "Subprojeto de vigas".

Selecione um subconjunto de vigas clicando com o mouse no quadrado ao lado dos


títulos das vigas. Em seguida clique no botão "OK", finalizando a seleção
A criação de um subprojeto é muito usada para casos como:
■ Emissão de desenhos em impressora para apenas algumas vigas selecionadas;
■ Emissão de novos desenhos a partir da alteração de alguns critérios de projeto;

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108 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ Imposição de bitolas de armaduras previamente definidas no arquivo de dados;


■ Etc.
O subprojeto será processado seguindo os critérios de projeto de desenho do projeto ao
qual ele pertence.

3.12. Plotagem
Após o completo processamento das vigas, análise de mensagens de erros e avisos,
análise dos relatórios emitidos, edição "inteligente" de armaduras, edição genérica da
geometria e armaduras (caso necessário), os desenhos estão pronto para serem
emitidos e enviados ao cliente. Antes da efetiva plotagem, é necessário realizar a
edição de plantas, isto é, a locação dos elementos estruturais de vigas nas pranchas de
desenho e suas respectivas quantificações de armaduras (tabela de ferros). O
preenchimento de dados no "carimbo" da planta também é necessário antes da emissão
final do desenho. Todas estas tarefas estão completamente descritas em capítulo a
parte desta documentação, item Plotagem. Os manuais de plotagem também podem
ser acessados de forma eletrônica através do comando "Ajuda" do Gerenciador TQS.

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PILARES 109

4. PILARES
4.1. Introdução
Este manual descreve o processo de dimensionamento, detalhamento e desenho de
pilares de concreto armado, realizado pelo sistema CAD/Pilar, empregando a NBR
6118:2003 e tendo o modelo estrutural do edifício definido como sendo o modelo IV,
modelo integrado de pórtico espacial.
Portanto apenas os itens e situações de projeto pertinentes a estas situações acima
serão aqui considerados, devendo o usuário procurar nos manuais digitais do sistema
TQS® os itens relativos aos demais modelos e normas.
Os carregamentos utilizados para o dimensionamento são aqueles definidos para o
ELU (Estado Limite Último).
O desenho final obtido a partir das fases de dimensionamento, detalhamento e
desenho é representado abaixo:

O CAD/Pilar oferece recursos para o dimensionamento, detalhamento e desenho de


pilares considerando diversas situações de cálculo de forma automática:
■ Pilares com seção transversal retangular, circular ou seção de qualquer
formato;
■ Consideração dos diversos carregamentos provenientes do cálculo do pórtico
espacial;
■ Lances com pé-direito simples, duplo e triplo em qualquer direção;
■ fck’s diferentes por lance de um mesmo pilar;
■ Tratamento de pilares convencionais, tirantes, compatibilização, etc.;
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110 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ Cálculo a flexão composta oblíqua (FCO);


■ Determinação dos efeitos locais de 2ª ordem pelos três métodos aproximados
preconizados no item 15.8.3.3 da NBR 6118:2003:
■ Determinação dos efeitos locais de 2ª ordem pelo Método Geral conforme item
15.8.3.2 da NBR 6118:2003:
■ Determinação dos efeitos localizados de 2ª ordem em pilares-parede (seção
retangular e genérica) conforme o item 15.9 da NBR 6118:2003;
■ Determinação dos efeitos localizados de 2ª ordem, para pilares parede, por uma
modelagem com malha;
■ Consideração da fluência (item 15.8.4 da NBR 6118:2003);
■ Consideração das imperfeições locais e momento mínimo (itens 11.3.3.4.2 e
11.3.3.4.3, respectivamente, da NBR 6118:2003);
■ Etc.
O CAD/Pilar é um sistema que trata uma enorme quantidade de informações,
centenas de combinações de carregamentos, centenas de pilares num mesmo projeto e
dezenas de lances. O projeto de pilares de uma edificação de concreto armado possui,
intrinsecamente, uma complexidade inevitável. A abrangência do sistema é necessária
devido ao propósito geral do CAD/Pilar, que é o de resolver casos de edificações
elevadas, de grandes dimensões e complexas, conforme prescrições da NBR 6118:2003.
O lançamento estrutural e o devido processamento para a obtenção dos esforços, que
serão utilizados no dimensionamento, detalhamento e desenho, já devem ter sido
realizados em processamentos anteriores. Caso haja necessidade de consulta destas
etapas anteriores, devem ser acessados os manuais "Visão Geral e Lançamento" e
"Análise Estrutural".

4.1.1. Visão geral


No fluxograma abaixo representativo do processamento do CAD/Pilar, estão descritas
as principais etapas do dimensionamento, detalhamento e desenho dos pilares / lances.

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PILARES 111

A entrada de dados da geometria dos pilares e seus respectivos carregamentos são


realizados, na grande maioria dos casos, no sistema "Modelador Estrutural". Embora o
sistema CAD/Pilar permite que um pilar seja definido diretamente, juntamente com
suas cargas aplicadas (tarefa muito trabalhosa), a grande produtividade é alcançada
quando se define a estrutura globalmente no Modelador Estrutural.
O CAD/Pilar utiliza informações geradas pelas etapas de lançamento e processamento
global do edifício, que são gravadas em arquivos específicos que ficam na pasta "Pilar"
do projeto. Os principais arquivos necessários ao processamento dos pilares são:
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112 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ Arquivo "DAT": contêm, basicamente, informações sobre a geometria do pilar,


locação e seus respectivos travamentos;
■ Arquivo "TEP": contém os esforços obtidos, lance a lance, por carregamento, a
partir do cálculo do pórtico espacial;
■ Arquivo "INS": arquivo com os critérios de projeto definidos pelo engenheiro;
■ Arquivo "SEC": arquivo com informações geométricas sobre pilares com seções
quaisquer.
Uma etapa importante, antes da realização do processamento completo dos pilares /
lances, é a adequação dos critérios de projeto. O CAD/Pilar possui centenas de critérios
de projeto e desenho que devem ser ajustados para que o resultado final mais se
aproxime do necessário e desejado.
O processamento completo é composto pelas seguintes etapas:
■ Inicialização do projeto com a leitura da geometria do pilar e das condições de
carregamento que serão efetivamente utilizadas;
■ Montagem dos carregamentos para o efetivo dimensionamento;
■ Calculo das armaduras longitudinais necessárias para todas as bitolas
definidas;
■ Calculo das armaduras transversais necessárias para todos os lances do pilar;
■ Seleção da configuração de armadura mais econômica para cada lance de pilar;
■ Emissão de relatórios com o resumo do detalhamento;
■ Realização do detalhamento final e do desenho para cada pilar/lance.
Para a análise dos resultados do processamento, existem diversos relatórios que
procuram apresentar não só os relatórios finais obtidos, mas também relatórios
intermediários, oferecendo a devida transparência, rastreabilidade e confiabilidade
nos resultados finais. Por exemplo, relatórios parciais detalhados dos critérios de
projeto utilizados, resultados dos carregamentos finais para dimensionamento, a
flexão composta oblíqua são bastante úteis para a validação do processamento
efetuado.
Compõe também o sistema, o "editor rápido de armaduras", também denominado de
"editor de geometria, esforços e armaduras" do CAD/Pilar, que possibilita tanto a
verificação instantânea dos resultados dos desenhos de armaduras obtidos, o que
inclui o acesso a calculadoras específicas desenvolvidas para este fim na própria tela
do editor, como a edição orientada, dirigida das armaduras. Assim é possível adequar o
desenho gerado automaticamente pelo CAD/Pilar às condições reais do projeto. Isto
permite ao engenheiro que intervenha diretamente nos resultados gerados pelo
sistema, através da manipulação e verificação dos desenhos gerados.
Esses desenhos podem ainda ser mais detalhados, graficamente, através do editor
genérico de armaduras do sistema CAD/TQS®, especialmente em itens que sejam
particulares e específicos de um pilar/lance e não tratados automaticamente (por

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PILARES 113

exemplo, um consolo num pilar, detalhes particulares de uma viga que chega no pilar,
etc.). Este editor gráfico oferece uma grande variedade de ferramentas para a
manipulação de desenhos.

Como última etapa, temos a emissão dos desenhos finais de engenharia, fase de
plotagem.
Todos os arquivos correspondentes a desenhos e relatórios alfanuméricos, assim como
os relatórios intermediários gerados durante o processamento, são armazenados na
pasta "Pilar" do edifício em análise.
A geração de tabela de ferros permite um posterior processamento com o uso do
programa GBar – programa de corte de barras, componente dos Sistemas Integrados
CAD/TQS.

4.1.2. Documentação
A documentação digital, fornecida junto com o sistema, é bastante detalhada
abrangendo todos os métodos e normas disponíveis no sistema.

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114 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Compõem a documentação do CAD/Pilar, manuais físicos (como este) e manuais na


forma digital. No menu "Ajuda" – "Manuais" do CAD/Pilar, os seguintes manuais estão
disponíveis para consulta / pesquisa:
■ Manual Teórico;
■ Manual de Comandos e funções;
■ Manual de Edição de dados;
■ Manual de Editor de geometria, esforços e armaduras;

4.2. Critérios de Projeto


O arquivo de critérios de projeto é o arquivo que contém informações para moldar os
resultados do sistema CAD/Pilar às necessidades de cada usuário. Embora o sistema
CAD/Pilar seja o mesmo para todos os usuários, os resultados diferem em função dos
critérios adotados. Esta é a grande razão da automação na geração dos desenhos a
partir da geometria e solicitações calculadas. A seqüência de comandos "Editar" –
"Critérios de projeto" aciona o programa que permite a edição deste arquivo.
Os critérios de projeto para os pilares são inicializados e gravados na pasta "Pilar" do
projeto a partir da pasta "\TQSW\Suporte", e são acessados através do comando
"CAD/Pilar" – "Editar" – "Critérios de projeto":

CAD/Pilar

■ Critérios gerais:
gerais Identificação, cobrimento, diâmetro do agregado, fck’s;
■ Dimensionamento de armaduras:
armaduras Processo de dimensionamento, coeficiente de
minoração dos materiais e majoração das cargas, porcentagem limite de

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PILARES 115

armaduras, índice de esbeltez, consideração de excentricidades, efeito de 2ª


ordem, dimensionamento iterativo da seção;
■ Carregamentos:
Carregamentos Considerações sobre excentricidades, peso próprio, fatores de
redução de cargas, notas sobre transferência de esforços do programa Pórtico-
TQS;
■ Armadura longitudinal:
longitudinal Parâmetros para dimensionamento/detalhamento da
armadura longitudinal;
■ Armadura transversal:
transversal Parâmetros para dimensionamento/detalhamento da
armadura transversal;
■ Alojamento de armadura em seção retangular
retangular:
etangular Critérios para alojamento das
armaduras na seção transversal de pilares retangulares (espaçamentos de
armaduras, tipos de estribos, grampos etc.).
Abaixo serão apresentados alguns critérios de projeto do CAD/Pilar. Para consultar
todos os critérios em detalhes o engenheiro deve acessar os manuais digitais
disponibilizados no sistema. Pesquisa por palavras-chave também estão disponíveis de
forma eletrônica através do comando "Ajuda" – "Manuais" do CAD/Pilar.

4.2.1. Índices de esbeltez limites


Os esforços calculados pelo pórtico espacial e que são transferidos para o CAD/Pilar já
consideram a análise global de 2ª ordem, que ocorrem no topo e na base do pilar. O
CAD/Pilar irá considerar, quando necessário e dependente dos critérios definidos, os
efeitos locais ou localizados de 2ª ordem que podem ocorrer ao longo de um lance do
pilar, bem como a fluência.
Os critérios que governam essa análise, no CAD/Pilar, são os valores definidos para os
índices de esbeltez limites, que são definidos dentro do editor de critérios de pilares.
Os valores padronizados são os indicados pela norma NBR 6118:2003. Através desses
valores, o CAD/Pilar irá verificar a necessidade, ou não, da consideração dos efeitos
locais de 2ª ordem em cada um dos lances de cada pilar e, quando necessário, por qual
método eles serão calculados.
O CAD/Pilar adota um diagrama esquemático, apresentado abaixo, para a definição
desses limites de esbeltez baseados em prescrições da NBR-6118:2003:

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116 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

4.2.1.1. Efeitos locais


O cálculo dos efeitos locais é feito conforme a norma NBR-6118:2003, através dos 4
métodos de determinação (itens de norma: 15.8.3.2, 15.8.3.3.2, 15.8.3.3.3 e 15.8.3.3.4).
Os valores padronizados também são estabelecidos conforme prescrições de norma.
Eventuais alterações realizadas nestes limites serão de inteira responsabilidade do
engenheiro.

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PILARES 117

■ λ : lambda do lance do pilar, conforme item 15.8.2;


■ λ1: valor do índice de esbeltez limite calculado conforme o item 15.8.2;
■ λ < λ1: não são considerados os efeitos locais de 2ª ordem.
■ λ ≥ λ1 : os efeitos locais de 2ª ordem são considerados conforme o valor λ:
■ λ1 ≤ λ ≤ λlim2: os efeitos de 2ª ordem local são obtidos por um dos métodos
aproximados: pilar padrão com curvatura aproximada (15.8.3.3.2) ou pilar
padrão com rigidez κ aproximada (15.8.3.3.3). A utilização de um método ou
outro é definido através de um critério específico, fornecido pelo usuário, como
será visto mais adiante. No CAD/Pilar o valor pré-estabelecido de λlim2 é 90.
■ λlim2 ≤ λ ≤ λlim3: os efeitos de 2ª ordem local são obtidos pelo método
aproximados do pilar padrão acoplado a diagrama [N, M, 1/r] (15.8.3.3.4). No
CAD/Pilar o valor pré-estabelecido de λlim3 é 140.
■ λlim3 ≤ λ ≤ 200: os efeitos de 2ª ordem local são obtidos sempre pelo Método
Geral (15.8.3.2);
■ Pilares com valor de λ > 200 não são calculados, conforme preconiza o item
15.8.1. O valor de 200 é fixo e não pode ser alterado.

4.2.1.2. Efeitos localizados


Nos pilares-parede, simples ou compostos, onde a esbeltez de cada lâmina que o
constitui for menor que 90 (e maior que 35), deve ser adotado o procedimento
aproximado de cálculo, processado de forma automática pelo CAD/Pilar, conforme o
item 15.9 da NBR 6118:2003.
No CAD/Pilar, alguns limites de λ governam o cálculo dos efeitos localizados em
pilares-parede, sendo de responsabilidade do engenheiro as alterações efetuadas.
Estes limites são:

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118 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ λi: lambda de cada lâmina do pilar parede, conforme item 15.9.2;


■ λpar1 é adotado, quando não definido, o valor correspondente a 35;
■ λpar2 é adotado, quando não definido, o valor correspondente a 140;
■ λi < λpar1: não são considerados os efeitos localizados de 2ª ordem;
■ λi ≥ λpar1: os efeitos localizados de 2ª ordem são considerados conforme o item
15.9:
■ λpar1 ≤ λi ≤ λpar2: os efeitos localizados de 2ª ordem são obtidos pelo método do
pilar-padrão acoplado a diagrama de [N, M, 1/r]. No CAD/Pilar o valor
padronizado de 90 pode ser alterado;
■ λpar2 ≤ λi ≤ 200: os efeitos localizados de 2ª ordem são obtidos pelo Método
Geral. Para valores de λ acima de 200 o cálculo não é efetuado.
Observação importante:
importante a NBR 6118:2003 recomenda que o λi não ultrapasse o limite
de 90. O programa do CAD/Pilar, porém, considera os efeitos localizados para pilares-
parede com λi maior que 90 (e menor que 200).
Nestes casos será considerado o processo de pilar padrão acoplado a diagrama [N, M,
1/r] para 90 < λi < 140. Para 140 < λi < 200 será considerado o Método Geral. Acima de
200 o cálculo não é realizado.
Para pilares com λi > 90, uma tarja indicativa, como mostrada na figura abaixo, é
colocada sobre o desenho do pilar, devendo o engenheiro responsável fazer a devida
verificação e análise destes pilares.

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4.2.1.3. Fluência
Neste item é definido o valor máximo de λ para se desprezar os efeitos da fluência do
concreto, conforme o item 15.8.4 da NBR 6118:2003. Os efeitos da fluência do concreto
só são considerados para os métodos do pilar-padrão
padrão acoplado a diagramas [N, M, 1/r]
e Método Geral. Para valores iguais a zero para λflu o programa assume 90.

4.2.1.4. Comprimento equivalente


O critério K131 permite que o usuário determine por qual método o comprimento
equivalente "LE" de uma lance de pilar será calculado.

■ Se entre eixos das vigas;


■ Se conforme o item 15.6 da NBR 6118:2003.

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4.2.2. Método Geral e Pilar Padrão acoplado a diagrama [N, M,


1/r]
Na verificação dos efeitos locais de 2ª ordem pelo Método Geral, o trecho do pilar em
análise é extraído de forma adequada do modelo global (pórtico espacial do edifício) e
discretizado em diversos elementos.
A não linearidade física (NLF) é considerada através da relação momento-curvatura. A
não linearidade geométrica (NLG) é analisada através de um processo iterativo de
convergência.
Nesta tela é possível alterar alguns desses critérios. É necessário que se tenha o
devido conhecimento dos métodos para estas alterações, caso contrário é indicado que
sejam mantidos os valores padronizados do sistema.
Esta tela é chamada pelo link: "Critérios de projeto" – "Dim. de armaduras" – "Efeitos
de 2ª ordem" – "Método Geral e pilar padrão acoplado a diagramas [N, M, 1/r"].

4.2.2.1. Número de divisões no trecho do pilar


Nas verificações dos efeitos locais de 2ª ordem pelo Método Geral, é fundamental que o
trecho do pilar em análise seja convenientemente discretizado, para que tanto a
linearidade física como a geométrica sejam corretamente consideradas.

4.2.2.2. Condições de vínculo no topo e na base


Nas verificações dos efeitos de 2ª ordem pelo Método Geral, diversas condições de
vínculo podem ser consideradas no topo e na base do trecho do pilar em análise. A
primeira opção "Molas" é a mais precisa, pois retrata exatamente as condições globais
existentes no pórtico espacial do edifício, porém torna o processo de verificação mais
lento.

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4.2.2.3. Tipo de correção das rigidezes


Nas verificações dos efeitos de 2ª ordem pelo Método Geral, o efeito da não linearidade
física é considerado através da construção da relação momento curvatura. Durante a
análise, podem ser considerados dois tipos de correções das rigidezes: reta ou curva,
conforme a figura abaixo:

4.2.2.4. Não linearidade geométrica


No Método Geral, a não linearidade geométrica é tratada através de sucessivas
iterações feitas até a obtenção de uma posição final de equilíbrio. Este processo
iterativo é controlado por critérios de convergência definidos abaixo:

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4.2.2.5. Coeficientes de ponderação das ações


No Método Geral, há três critérios de ponderação das ações que podem ser
configurados pelo engenheiro responsável, como mostrado abaixo:

4.2.2.6. Fluência
Os efeitos da fluência são calculados para a combinação "COMBFLU" existente no
Pórtico Espacial, e somente para pilares com λ > λflu.

4.2.3. Métodos de dimensionamento de pilares

4.2.3.1. Pilar Padrão com curvatura aproximada e rigidez kapa aproximada


O dimensionamento, no CAD/Pilar, pelos métodos do pilar padrão com curvatura
aproximada e rigidez k aproxima são realizadas em conformidade com norma NBR
6118:2003. O processo utilizado no sistema, que depende dos critérios adotados pode
ser resumido conforme o fluxograma abaixo:

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λ < λ1 λ1 < λ < λ lim2 (90)


Efeitos Locais
de 2ª ordem
podem ser Pilar Padrão
desprezados. Curvatura Aproximada Rigidez κ aproximada
Item 15.8.2 15.8.3.3.2 15.8.3.3.3
e2  f(curvatura aproximada) κ  f(Mdtot, H,ν
ν , Nd)
e2  f(κ
κ aproximada)
Direções “x” e “y”
Direções “x” e “y”
Flexão Composta Oblíqua
Flexão Composta Oblíqua

Senóide Senóide
aproximada aproximada
N.L.G

0.005 Md tot
N.L.F

1/r = --------------- κ = 32 ( 1 + 5 --------------- )ν


h(νν +0,5) h.Nd

Fluência
15.8.4

Topo/Base ½ Lance

e1 > e1min
ei
MÍNIMO
MO MEN TO
11.3.3.4.3

e1 > e1min
e1 > e1min (K132 Ativado)
ei

Topo/Base ½ Lance
Falta de retilinidade
GEO MÉTRICA

Desaprumo
IMPERFE IÇÃO
11.3.3.4.2

e1 = ei + e ImpGeom

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Os critérios a seguir permitem que o usuário escolha, para pilares de seção retangular
e de seção qualquer o método pelo qual serão considerados os efeitos locais de 2ª ordem
quando o lance do pilar tiver λ > λlim1 e λ ≤ λlim2 conforme valores definidos para estes
limites no arquivo de critérios:
■ Método do pilar padrão com curvatura aproximada (item 15.8.3.3.2 da NBR
6118:2003);
■ Método do pilar padrão com rigidez κ aproximada (item 15.8.3.3.3 da NBR
6118:2003).

O método da curvatura aproximada e o método da rigidez κ aproximada consideram a


não-linearidade geométrica de forma aproximada, supondo que a deformação da barra
seja senoidal.
Para a não-linearidade física o método da curvatura aproximada, o CAD/Pilar
considera uma expressão para a curvatura na seção crítica conforme o item 15.8.3.3.2
da NBR 6118:2003.
Já para o método da rigidez κ aproximada a não linearidade física é considerada, no
CAD/Pilar, por uma expressão conforme o item 15.8.3.3.3 da NBR 6118:2003.
O método utilizado será exibido no relatório "Resumo do detalhamento" como
apresentado abaixo:

4.2.3.2. Pilar padrão acoplado a [N, M, 1/r]

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Esse método é empregado apenas para pilares com λ > λlim2 e λ ≤ λlim3. O CAD/Pilar
realiza o processamento por este método conforme o fluxograma abaixo, em
conformidade com a NBR 6118:2003:

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126 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

A não-linearidade geométrica também admite que a deformação seja senoidal e a não-


linearidade física é considerada por meio da obtenção da rigidez no diagrama [N, M,
1/r] proposto pela NBR 6118:2003, item 15.8.3.3.4.

Embora tenha o mesmo nome da rigidez adimensional calculada no método com


rigidez κ aproximada, essa rigidez κ obtida pelo diagrama (rigidez acoplada ao
diagrama [N, M, 1/r]) é mais precisa.
Duas observações muito importantes com relação ao método do pilar-padrão acoplado
ao diagrama [N, M, 1/r]:
■ Trata-se de um método que, na prática, somente é viável com o uso de um
computador;
■ É necessário que a armadura existente no lance do pilar seja previamente
conhecida, pois não há diagrama [N, M, 1/r] sem armadura definida, ou seja, o
processo de dimensionamento é realizado por um processo iterativo de
verificações.

4.2.3.3. Método Geral


O Método Geral é definido na NBR 6118:2003, item 15.8.3.2, apenas para λ> 140 (no
CAD/Pilar definido como λlim3). Veja abaixo o fluxo do funcionamento do CAD/Pilar
para este método:

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PILARES 127

Na citada norma este método é definido por apenas uma única frase:
"Consiste na análise não-linear de 2a. ordem efetuada com discretização adequada da
barra, consideração da relação momento-curvatura real em cada seção, e consideração
da não-linearidade geométrica de maneira não aproximada."

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Dessa frase, podemos extrair as seguintes informações principais:


■ Discretização adequada;
■ Relação Momento-Curvatura;
■ NLG não aproximada.
Nesta verificação dos efeitos locais de 2ª ordem pelo Método Geral no CAD/Pilar, o
trecho do pilar em análise é extraído de forma completa do modelo global (pórtico
espacial do edifício) e discretizado em diversos elementos. A não-linearidade física é
considerada através da construção da relação momento curvatura. A não-linearidade
geométrica é analisada através de processo iterativo. É necessário o conhecimento
prévio das armaduras já detalhadas para a montagem do diagrama de [N, M, 1/r].
Este Método Geral é de extrema utilidade em pilares com elevado índice de esbeltez.
Como o lance do pilar em estudo é extraído do modelo de pórtico espacial, ele já
contempla, caso necessário, as vinculações nos extremos do lance através de vínculos
elásticos. Estes vínculos são extraídos diretamente do modelo de pórtico espacial.
Portanto, neste caso, não necessariamente é adotada a hipótese conservadora de
articulações nos extremos do lance.
Por ser um processo iterativo, com a resolução de um pórtico espacial, inúmeras vezes
não é um processo de cálculo rápido e imediato.

4.2.3.4. Pilares-parede
Como citado na NBR 6118:2003 item 15.9, para que os pilares-parede possam ser
incluídos como elementos lineares no conjunto resistente da estrutura, deve-se
garantir que eles tenham sua forma mantida plana por travamentos adequados nos
diversos pavimentos e que os efeitos de 2ª ordem localizados sejam convenientemente
avaliados.
Os efeitos localizados de 2ª ordem devem ser considerados através da decomposição
das lâminas do pilar-parede em faixas verticais, que são analisadas como pilares
isolados. Os métodos de cálculo empregados em cada umas das faixas, no CAD/Pilar, é
do diagrama acoplado a [N, M, 1/r] ou o Método Geral, dependendo do λ limite
adotado.
O CAD/Pilar faz também a verificação dos efeitos locais em pilares-paredes, além dos
efeitos localizados, utilizando para isso o método do pilar-padrão aproximado
(curvatura ou rigidez κ). O usuário tem, porém, a possibilidade de optar pela não
verificação desses efeitos locais através dos critérios de projeto, sendo que no valor
padronizado do sistema a opção é pela verificação conjunta desses efeitos.

4.2.4. Imperfeições locais e momento mínimo


Para consideração das imperfeições geométricas locais nos pilares o usuário pode
escolher entre os 2 métodos descritos na NBR 6118:2003 (itens 11.3.3.4.2 e 11.3.3.4.3)
e disponíveis no sistema CAD/Pilar.

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PILARES 129

O sistema permite que, na análise local ou localizada quando esta é realizada


exclusivamente pelo método do pilar-padrão acoplado a diagramas [N, M, 1/r], o
usuário possa optar pela verificação conjunta pelos métodos acima: Imperfeição
Geométrica + Momento mínimo de 1ª ordem, conforme critério a seguir:

Para cálculo das imperfeições geométricas locais através do momento mínimo de 1ª


ordem (e apenas para este caso) pode ser considerado um valor especial para a
porcentagem mínima de armadura no pilar/lance, conforme critério abaixo:

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Isto permite que seja usado o valor, por exemplo, de 1% (conforme a norma ACI 318)
ou outro valor a critério do usuário ao invés do valor de 0.4% da NBR 6118:2003.
Esta opção de aumento da armadura mínima para 1% é interessante para o caso em
que os cálculos do pilar são feitos pelo Método Geral. Nesta situação, o programa
CAD/Pilar sempre considera o valor da imperfeição geométrica local através do
momento mínimo, independentemente do critério selecionado para as imperfeições
geométricas locais, conforme descrito acima.

4.2.5. Opções para a aplicação de M1d,min


O K132 é um critério que permite ao usuário alterar a forma dos diagramas de
momentos, a favor da segurança, ao se considerar os momentos mínimos no diagrama
de esforços originais.
O CAD/Pilar faz essa consideração para aplicação de M1d,min através da opção A do
critério K132, apresentado abaixo. A opção B apenas mantém os diagramas originais,
não levando em conta essa proposta.

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PILARES 131

Como se pode observar, as situações I, IV e VI são equivalentes para a opção A e opção


B, não se alterando a forma do diagrama original.
Nos casos II, III e V o momento mínimo é considerado no diagrama original, alterando
a forma destes, conforme se pode observar nos diagramas acima, na opção A.
MA e MB são os momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Considera-se para MA o
maior momento com valor absoluto ao longo do pilar. Já MB terá sinal positivo, se
tracionar a mesma face que MA e negativo, em caso contrário.

4.2.5.1. Lista de bitolas longitudinais para dimensionamento


O dimensionamento de uma seção transversal do pilar é realizado por um processo
indireto. Este processo consiste na verificação da adequação da seção transversal do
pilar (geometria e armaduras) aos esforços externos solicitantes. Como a definição da
geometria e os esforços solicitantes são alimentados automaticamente a partir do

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Modelador Estrutural, basta fornecer as possíveis locações das armaduras


(alojamentos) na seção transversal e as bitolas possíveis para armação. A lista de
bitolas é fornecida como abaixo ("Critérios de projeto" – "Arm.
Arm. Longitudinal"
Longitudinal – "Lista
de bitolas"):

A verificação do alojamento é feita na seção transversal para todas as bitolas


configuradas neste critério. O engenheiro deve, portanto, incluir apenas as bitolas que
efetivamente
te possam apresentar uma configuração como solução para o lance de pilar
em estudo. Bitolas que não forem utilizadas
zadas no projeto real e que estiverem aqui
definidas apenas irão onerar o tempo de processamento do sistema CAD/Pilar.

4.2.5.2. Traspasse
Este critério determina
termina o valor do comprimento do traspasse, em função da bitola ou
em função do valor da resistência do concreto e do aço (fck) conforme descrito no item
9.4.2.5 da NBR 6118:2003. Veja a imagem abaixo, acessada pelo link "Critérios de
projeto" – "Arm. Longitudinal" – "Transpasse e alternância" – "K69 – Comprimento de
transpasse":

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O valor do comprimento de traspasse, em função da bitola, multiplicará a bitola pelo


valor fornecido no item "Comprimento de traspasse e patinhas", que também se
encontra no item "Critérios de projeto" – "Arm. Longitudinal" – "Comprimento e
traspasse de "patinhas", onde deverá ser definido um valor para cada bitola.

4.3. Critérios Desenho


Os critérios referentes ao desenho da seção transversal do pilar como nomenclaturas,
escalas, identificação do pavimento, identificação dos grampos, posicionamento do
desenho, escrita dos grampos, etc., são definidos em arquivo próprio, de uso local pelo
CAD/Pilar. Para acessar estes critérios, basta entrar no menu "Editar" – "Critérios de
desenho" – "Critérios gerais" do CAD/Pilar.
Aqui iremos apresentar apenas alguns dos vários critérios atualmente existentes. Para
maiores detalhes sobre os demais critérios, consultar o "Manual de Critérios de
Projeto", disponíveis digitalmente junto com o sistema CAD/Pilar.
Os critérios possuem uma breve explicação, o que facilita o entendimento e dispensam
a consulta aos manuais em sua grande maioria.

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4.3.1. Faixa adicional na


a intersecção com vigas
Este critério é responsável por substituir os estribos fechados por grampos nesta nova
faixa no topo dos pilares onde ocorre uma intersecção com vigas.
Para acessá-lo, utilize o comando "Editar" – "Critérios
Critérios de desenho
desenho" – "Critérios gerais"
– "'Estribos/Grampos" – "Faixa
Faixa adicional na região de intersecção de vigas
vigas".

O detalhamento do topo do pilar com o critério "Faixa Faixa adicional na região de


intersecção com vigas = Sim" acarreta a substituição do estribo por grampos. O valor
padronizado é igual a "Não".
Veja a figura abaixo, onde um mesmo pilar é detalhado com as 2 opções:

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Faixa Adicional: Não Faixa Adicional: Sim

A distribuição dos grampos possui o comprimento igual à altura da viga que faz a
intersecção com o topo do pilar.

4.3.2. Desenhar estribos "explodidos" agrupados


Os estribos podem ser representados agrupados ou dispostos lado a lado, conforme a
figura abaixo:

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4.3.3. Escrita do ângulo em planta


É possível apresentar ou não o valor do ângulo do pilar com relação aos eixos
principais,
incipais, em planta, através do critério abaixo que fica na aba "Seç. Transversal":

Pode-se,
se, também, definir como a identificação do pavimento será representada no
desenho pilar/lance: se no piso ou no teto, através do critério K52 na aba "Planta de
pilares":

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PILARES 137

4.4. Edição de Dados


O editor de "Dados de Pilares" possibilita a verificação e alteração de alguns dos dados
dos pilares de um projeto, que são gravados no arquivo de dados "nnnn.DAT" gerado
no processamento global.. Este arquivo está armazenado na pasta "Pilar" do projeto.
Este editor possui características visuais que facilitam o trabalho de verificação e
digitação dos dados de pilares, possuindo um ambiente visual extremamente prático e
auto-explicativo.
O arquivo de dados "nnnn.DAT" de pilares é o principal arquivo utilizado pelo sistema
CAD/Pilar, contendo dados como os títulos da obra e do cliente, os nomes dos pisos,
geometria, locações em relação à forma, etc.
Este editor de dados é bastante útil para uma verificação rápida e visual das
informações
mações básicas dos dados dos pilares, provenientes do lançamento gráfico no
Modelador Estrutural.
Através dessa verificação é possível observar e corrigir eventuais incoerências no
lançamento original dos dados do pilares realizados no Modelador Estrutural.
Estrutura É
recomendável a verificação destes dados quando for encontrada alguma anormalidade
durante o processamento dos pilares.
Outra condição de uso bastante comum deste editor é a realização de pequenas
alterações nos dados geométricos dos pilares diretamente
te e o seu re-processamento.
re

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Um caso típico de alteração neste editor de dados é a atribuição de coeficientes de


correção para o cálculo da altura efetiva do lance visando o cálculo dos efeitos de 2ª
ordem locais. Em alguns casos particulares, o valor extraído automaticamente pelo
"Modelador Estrutural" não é coerente com o desejado pelo engenheiro.
Deve-se, entretanto, tomar bastante cuidado com este tipo de alteração, pois o pilar
alterado aqui perde a compatibilidade com as demais informações vindas do modelo
gerado pelo processamento global, retratando uma situação singular de modelo
estrutural. Deve-se ter, portanto, um perfeito entendimento dessa relação com o
modelo global antes de se realizar estas alterações e posterior processamento no
CAD/Pilar. Quando possível, é mais indicado fazer as alterações no Modelador
Estrutural e realizar, novamente, o processamento global antes de se processar os
pilares.
Os esforços provenientes do processamento do Pórtico Espacial que são utilizados para
dimensionamento e detalhamento pelo CAD/Pilar no modelo IV, são gravados no
arquivo "FORnnnn.TEP" na pasta do "Pilar". Portanto este arquivo não é atualizado
com as alterações feitas neste editor. As cargas aproximadas que são apresentadas no
editor de dados não são as efetivamente utilizadas no cálculo, mas originárias de
cálculo por processo simplificado. Maiores detalhes sobre os demais modelos e origens
dos esforços destes podem ser verificadas nos manuais distribuídos de forma eletrônica
com o sistema CAD/TQS.

4.4.1. Janelas de edição de dados


O programa de Edição de Dados apresenta uma composição de janelas dispostas de
maneira a possibilitar a visualização de alguns dos dados de cada pilar de um projeto.
Estes dados são gravados no arquivo "nnnn.DAT", e foram gerados pelo lançamento
destes no Modelador Estrutural e pelo processamento global realizados anteriormente.
Para selecionar um pilar de um determinado projeto, basta clicar na caixa de lista,
localizada na janela "Edição". Conforme ilustração a seguir.

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PILARES 139

• Na Janela Seção,
Seção, é desenhada a geometria da seção em planta, o carregamento (MX
e MY) incidente no topo do lance. Não é o carregamento utilizado no dimensionamento
do pilar como já explicado anteriormente. Os eixos globais e locais são apresentados
juntos com seção do pilar.
• Na Janela Planta é mostrada a representação em planta da locação dos pilares do
projeto. Para selecionar um pilar e tornar seus dados atuais nas demais janelas, basta
clicar com o mouse próximo ao título deste pilar.
• Na Janela Lance é mostrado
ostrado um esquema de todos os lances do projeto, definidos no
editor d edifício e uma linha de cotas que indica o lance inicial e o lance final do pilar
selecionado. Um clique com o mouse na região de um dos lances indicados torna os
dados deste lance atuais na Janela Espacial.
• Na Janela Espacial é mostrado um esquema em 3D do lance do pilar, indicando a
altura das de vigas associadas em "x" e "y",, rebaixos definidos, pé
pé-direito, pé-direito
duplo, dados de geometria, etc. Alguns dados existentes nesta aba ab não são
considerados no modelo IV e pela norma NBR6118:2003, a saber: cargas no lance,
propagação de momentos externos e vento, etc.
• Na janela de Edição estão disponíveis os principais dados para verificação e alteração
deste editor. A janela de edição permite o acesso rápido aos dados dos pilares de um
projeto, possibilita a verificação e a alteração pontual de algumas características de
um pilar de um projeto já existente.
Se forem feitas alterações nos dados de algum dos pilares de um projeto, será
necessário fazer o re-processamento geral, no CAD/Pilar, desde o início, pois as
alterações feitas neste editor se refletem em todos os demais resultados.

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4.5. Processamento
A etapa principal do CAD/Pilar é esta etapa de processamento. É nesta fase que todos
os cálculos referentes ao dimensionamento, detalhamento, desenho, relatórios, etc.,
são realizados.
O processamento pode ser feito de maneira denominada global (processamento global),
em que o sistema CAD/TQS se incumbe de gerenciar as etapas necessárias para o
projeto dos pilares. Para o processamento completo de todos os pilares de um edifício
(incluindo todos os lances), as seguintes opções devem estar ativadas no
processamento global, comando do "Gerenciador":

Caso necessário, pode-se não realizar o dimensionamento, detalhamento e desenho dos


pilares como acima descrito, optando-se por fazer o processamento dos pilares
interativamente no sistema CAD/Pilar. Para isso, após o processamento global, basta o
engenheiro acionar a pasta "Pilares" do edifício em estudo e selecionar as opções
correspondentes, em "CAD/Pilar" – "Processar" – "Dimensionar, Detalharo e
Desenhar", como mostrado abaixo,:

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Os comandos acima permitem que se faça o processamento individual para cada etapa
do processo do projeto de pilares. Uma série de programas para acesso e cálculo das
solicitações, dimensionamento, detalhamento e desenho dos pilares são acionados
nestas opções. Estes programas podem ser executados todos de uma vez ou
individualmente. A etapa de desenho de armaduras pode ser realizada para todo o
projeto ou apenas para alguns pilares (subprojeto). Também um conjunto de lances
pode ser escolhido para desenho.
Nos itens seguintes serão detalhadas as diversas fases do processamento dos pilares.

4.5.1. Inicialização de projeto


O item "Inicialização de projeto" irá realizar uma verificação extensa da consistência
nos dados fornecidos dos pilares. Mensagens de anormalidades encontradas serão
emitidas na área de mensagens na parte inferior da tela do gerenciador
Será gerado uma listagem com o nome INICIA.LST. Este arquivo pode ser visualizado
ou impresso através das opções disponíveis no menu "Visualizar".
Nesta inicialização pode-se, também, fazer a geração dos desenhos de locação dos
pilares no piso, que poderão ser visualizados e/ou editados.

4.5.2. Montagem de carregamentos e dimensionamento


Após a leitura do arquivo de dados, arquivo de critérios e esforços provenientes do
pórtico espacial, o CAD/Pilar passa a executar uma série de programas para
determinação dos esforços finais de cálculo, esforços que serão efetivamente utilizados
no dimensionamento, detalhamento e geração dos desenhos de armação.

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Esta etapa do CAD/Pilar é uma das mais importantes do sistema. É nesta etapa que
são calculados os efeitos de segunda ordem locais de cada lance/pilar. As seguintes
situações de cálculo são consideradas:
■ Consideração das imperfeições locais e/ou momento mínimo (itens 11.3.3.4.2 e
11.3.3.4.3, respectivamente, da NBR 6118:2003) em cada direção;
■ Determinação dos efeitos locais de 2ª ordem pelos três métodos aproximados
preconizados no item 15.8.3.3 da NBR 6118:2003:
■ Método do pilar-padrão com curvatura aproximada (item 15.8.3.3.2);
■ Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada (item 15.8.3.3.3);
■ Método do pilar-padrão acoplado a diagramas [N, M, 1/r] (item 15.8.3.3.4);
■ Determinação dos efeitos locais de 2ª ordem pelo Método Geral conforme item
15.8.3.2 da NBR 6118:2003:
■ Determinação dos efeitos localizados de 2ª ordem em pilares-parede (seção
retangular e genérica) conforme o item 15.9 da NBR 6118:2003;
■ Determinação dos efeitos localizados de 2ª ordem, para pilares parede, por uma
modelagem com malha;
■ Consideração da fluência (item 15.8.4 da NBR 6118:2003);
Os efeitos de segunda ordem são determinados para as duas direções principais do
pilar. Portanto, temos, no caso geral, esforços para dimensionamento no topo, na base
e no meio do lance de cada pilar. Estes esforços finais de dimensionamento são
realizados para todos os carregamentos gerados no pórtico espacial para o ELU
(Estado Limite Último). Consequentemente, para cada lance de pilar poderemos ter,
facilmente, cerca de centenas de casos de dimensionamento.
Também nesta etapa são criadas todas as configurações possíveis de locação de
armaduras longitudinais na seção transversal do pilar. Esta locação de barras está
fortemente dependente de parâmetros contidos nos critérios de projeto, por exemplo,
bitolas a serem empregadas, espaçamento mínimo e máximo, cobrimentos,
porcentagens mínimas e máximas de armadura na seção, etc.
Para todos os esforços finais de cálculo e configurações das armaduras das seções
transversais montadas para cada bitola disponível, o CAD/Pilar faz o
dimensionamento propriamente dito.
Este dimensionamento é realizado a flexão composta oblíqua de forma indireta. Para
cada esforço de cálculo, adota-se uma configuração de armaduras e faz-se a verificação
se ela atende ao dimensionamento. Caso contrário, adota-se outra configuração, com
maior área, de armaduras.
Ao final do processo, teremos quais configurações de armaduras, para diversas bitolas
disponíveis, que passam. Finalmente, resta apenas a seleção de quais configurações
serão as efetivamente adotadas para geração final do detalhamento e desenho dos
pilares.

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PILARES 143

Esta seleção de configurações é governada por critérios de projeto, é o que o CAD/Pilar


denomina de seleção de bitolas e "suavização" de armaduras.
O comando "Montagem de carregamentos e Dimensionamento de armaduras" emite,
também, relatórios com os resultados dos esforços de cálculo, métodos para cálculo de
2ª ordem empregados, etc. Eles poderão ser visualizados e/ou editadas através do
menu "Visualizar".

4.5.3. Resumo do detalhamento


O item "Resumo do detalhamento" gera relatórios com o resultado através de listagens
que poderão ser visualizados e/ou editadas através do menu "Visualizar". É uma
condensação otimizada de todas as operações de cálculo realizadas.

4.5.4. Desenho de armaduras


O item "Desenho de armaduras" gera desenhos de armação dos pilares. Os desenhos
podem ser realizados lance-a-lance ou para todos os lances de um determinado pilar.
Estes desenhos, geralmente, contemplam:
■ Pilares retangulares, L, T, U, etc.;
■ Pilares com forma da seção transversal qualquer;
■ Identificação do título do pilar / lance e sua escala;
■ Representação de ferros longitudinais e transversais;
■ Ferros longitudinais podem ter a região de emenda de um lance ao outro
defasada;
■ Estribos fechados ou abertos (grandes dimensões);
■ Grampos de travamento entre barras;
■ Três regiões para espaçamento de estribos: na região do traspasse, na região
aonde a viga chega no pilar e nas demais regiões do lance.
■ Ajuste da escala para cada pilar/lance em função do retângulo para desenho.

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4.5.5. Relatório geral de pilares


A execução do comando "Relatório geral de pilares", irá gerar uma listagem com o
nome LISPIL.LST, que poderá ser visualizada e/ou editada através do menu
"Visualizar". Esta listagem é interessante, pois ela possibilita a visualização de todas
as configurações de armaduras que "passam" num determinado pilar / lance e,
também, quais os carregamentos que foram efetivamente dominantes no
dimensionamento.
Caso você esteja processando os pilares fora da seção edifício, a partir da sequência de
comandos "Processar" – "Relatório Geral de pilares", o CAD/Pilar irá solicitar o
número do projeto através da janela "Número do projeto".

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4.6. Mensagens de Avisos e Erros


Após o processamento dos pilares, é extremamente recomendável que se faça a
verificação das mensagens de avisos e possíveis erros que são apresentadas pelo
visualizador de "Avisos e erros" do gerenciador do sistema CAD/TQS.
Avisos importantes, tais como: armaduras excessivas, métodos utilizados, limites
excedidos, dimensões mínimas, pilares que não conseguiram ser dimensionados, entre
outros, já podem ser verificados de maneira bastante simples e rápida.
Veja abaixo alguns exemplos de mensagens emitidas pelo Sistema.
Exemplo de mensagem com classificação "Médio": Dimensão da seção transversal do
pilar menor que a mínima.

Exemplo de mensagem com classificação "Grave": Lambda do pilar parede maior que
lambda limite.

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Verifique as mensagens do Visualizador de Avisos e Erros do

sistema CAD/TQS.

4.7. Análise de Resultados


Os resultados do processamento devem ser sempre verificados pelo engenheiro
responsável pelo projeto, para a correta validação do dimensionamento e detalhamento
dos pilares.
Para isso, o sistema CAD/Pilar gera arquivos com resultados alfanuméricos para cada
uma das várias etapas do processamento, sendo que nestes relatórios são apresentados
não só os resultados finais produzidos pelo sistema, mas também as várias
informações pertinentes aos cálculos intermediários realizados e os métodos
efetivamente utilizados.
Portanto, desde as informações que são transferidas ao sistema, passando pelos
cálculos internos realizados com base nas informações e metodologias definidas pelo

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PILARES 147

engenheiro, até a apresentação


resentação dos resultados finais, o sistema procura sempre
oferecer o máximo de transparência, permitindo a rastreabilidade entre os resultados
finais e os dados que os originaram. Isto também é válido para projetos de vulto,
complexos e com grande diversidade de carregamentos.
Dentre os diversos relatórios emitidos pelo sistema, pelo menos dois devem ser
devidamente consultados e analisados pelo engenheiro:
Resumo do Detalhamento:
Detalhamento: Relatório de resultados obtidos do processamento,
resumido, com detalhes do dimensionamento e detalhamento e armaduras obtidas. Ele
permite que o engenheiro faça uma verificação rápida, expedita, gerencial e precisa
dos principais resultados obtidos;
Carregamento: Relatório onde são obtidos os carregamentos finais que
Montagem de Carregamento:
serão utilizados no dimensionamento, métodos que foram aplicados para obtenção dos
efeitos de 2ª ordem, excentricidades geométricas adotadas e informações sobre os
cálculos intermediários realizados pelo sistema. Trata-se
se de um relatório bastante
extenso, por isso é recomendado que ele seja analisado e verificado apenas para os
pilares que o engenheiro julgue como sendo mais importantes. Pilares importantes
podem ser facilmente identificados, numa análise preliminar, através do relatório
"Resumo do detalhamento",, por exemplo, pilares que estão com taxas elevadas de
armaduras, pilares com dimensões insuficientes, pilares com índice de esbeltez
elevado, etc.
As informações sobre o detalhamento da seção do pilar poderão ainda ser verificadas
nos desenhos que serão,
rão, também, gerados pelo sistema, através do "Editor de esforços
e armaduras" que será visto mais adiante.

4.7.1.1. Resumo Detalhamento


Para visualizar este relatório, utilize a seqüência "CAD/Pilar
CAD/Pilar" – "Visualizar" –
"Relatórios" – "Resumo do detalhamento".. Através deste relatório o engenheiro pode
ter uma noção dos resultados do dimensionamento obtidos, dos métodos utilizados e
alguns parâmetros para a verificação das condições de trabalho (taxas de compressão,
etc.) em que se encontram os pilares do projeto.

Neste relatório é possível verificar, para cada pilar/lance, dados sobre a dimensão da
sua seção transversal, o dimensionamento efetivamente obtido pelo sistema, se o lance
está na condição de pé-direito
direito duplo, estribos utilizados, fck, cobrimentos, tensão,
lambda, força normal adimensional, etc. O método de cálculo utilizado para os efeitos
locais e para os efeitos localizados, quando aplicáveis também são apresentados.
Descrição de algumas variáveis apresentadas no relatório:
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148 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

-A "Tensão de cálculo" (T) é uma estimativa simplificada da tensão atuante nos pilares
(kgf/cm2) feita apenas para força normal da combinação 1 (cargas permanentes e
acidentais).
-"Lbd" é o maior índice de esbeltez obtido para o lance considerado, calculado de acordo
com o item 15.8.2 NBR 6118:2003.
-"Ni" é a força normal adimensional (ν), sendo que a tensão utilizada no cálculo é a já
definida acima.
- "2OrdM" informa se no cálculo do pilar/lance foram considerados os efeitos de 2ª
ordem, locais ou localizados, quando aplicáveis. É também informado por qual dos
vários métodos, aproximados ou exatos, preconizados pelos itens 15.8.3 e 15.9.3 da
NBR 6118:2003, este cálculo foi realizado.

4.7.1.2. Montagem de Carregamentos


O relatório "Montagem de Carregamentos" pode ser acessado em "CAD/Pilar" –
"Visualizar" – "Relatórios" – "Montagem de Carregamentos". Neste item serão
apresentados os principais dados de entrada e as variáveis calculadas para a obtenção
dos carregamentos finais atuantes num determinado lance, de acordo com as
prescrições da NBR 6118:2003.
Este relatório é bastante útil para a verificação das etapas intermediárias do
dimensionamento de um pilar. Os casos de carregamentos provenientes do pórtico
espacial não podem ser utilizados diretamente no dimensionamento do pilar. Eles não
contemplam os efeitos de segunda ordem locais (em cada direção), momentos mínimos,
excentricidades geométricas locais, fatores de majoração de esforços e fatores
multiplicadores para pilares com dimensões menores que valores especificados na
Norma. Outra finalidade deste relatório é a apresentação da envoltória de esforços
que, efetivamente, serão utilizadas no dimensionamento.
Este relatório é extenso. Imagine para um edifício com 50 pilares, 30 lances por pilar e
80 carregamentos para dimensionamento. Como devemos considerar o estudo do pilar
em duas direções, x e y, teremos, no mínimo, o seguinte número de linhas: 50 * 30 * 80
* 2 = 240.000 linhas. Portanto, este relatório não deve ser impresso em meio físico, ele
deve ser utilizado apenas como consulta a um determinado pilar/lance para
esclarecimentos de dúvidas sobre quais os esforços solicitantes estão sendo utilizados
no dimensionamento.
Exemplo deste relatório com um pilar /lance e apenas uma combinação de
carregamento:

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PILARES 149

Os "Esf
Esforços
Esforços característicos"
característicos" são os esforços globais transferidos do pórtico espacial e
armazenados no arquivo "PRJ-nnnn.TEP".. Nestes esforços já são considerados os
efeitos globais de segunda ordem, segundo o método γz ou P-∆ ∆ adotado.

O "Visualizador de pórtico",, disponível no sistema "Pórtico-


TQS",, não mostra os resultados de esforços com a consideração
dos efeitos de 2ª ordem global. Deve-se levar em consideração
essa informação quando se comparar os esforços entre este
relatório e o visualizador. Consulte o relatório "Poralf.lst
Poralf.lst", em
"Pórtico-TQS" – "Visualizar" – "Parâmetros
Parâmetros de estabilidade
global" para mais detalhes sobre os multiplicadores
considerados para os efeitos globais de 2ª ordem.

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150 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Em "Esforços
Esforços iniciais de cálculo",
cálculo , primeiramente os esforços globais acima são girados
para o sistema de eixos locais do pilar (eixos principais de inércia), obtendo-se
obtendo assim,
os esforços característicos iniciais
is de cálculo no topo e na base de cada pilar.
A obtenção do esforço no meio do lance, entre o topo e a base do pilar, é feita conforme
o item 15.8.2 da NBR 6118:2003. O valor do αb calculado é apresentado nesta seção,
para cada direção, e fica posicionado a frente do maior momento, entre o topo e a base,
sendo que o produto entre estes 2 valores originará o momento inicial de 1ª ordem a
ser considerado.
O valor de momento mínimo, calculado conforme o item 11.3.3.4.3 da NBR 6118:2003,
também é apresentado nesta
esta parte do relatório, para cada direção.

No cálculo do valor de αb é preciso estar atento ao critério


"K132",, pois este altera os momentos entre o topo e a base, ao
se fazer uma consideração de momento mínimo, para
determinados casos. Este critério é explicado em detalhes no
item de "Critérios de projeto" do CAD/Pilar. Uma mensagem
de aviso é mostrada no final de cada lance, quando o critério
está sendo considerado.

Em "Valores
Valores obtidos na determinação dos carregamentos",
carregamentos , as direções locais "x" e "y"
do pilar são separadas havendo, portanto, um grupo de informações iguais e
representativas de cada uma das direções.

As combinações que haviam sido obtidas no trecho anterior do relatório para topo,
meio e base são agora representadas pelas suas excentricidades
icidades de 1ª ordem, não mais
pelos momentos, e ficam verticalmente posicionadas para representar a posição de
topo, meio e base, sendo, ainda, numeradas sequencialmente
ncialmente na coluna "CARR." para
permitir a sua identificação. Nas colunas podemos ver:
■ CARR.: numeração sequencial
ncial do novo caso de carregamento considerando o
topo, meio e base;
■ COMB: numeração sequencialncial representativa dos casos de carregamentos que
foram transferidos para o CAD/Pilar do Pórtico Espacial;

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PILARES 151

■ e.Inic, e.Mmin, e.1.: excentricidades relativas aos momentos de 1ª ordem,


momento mínimo e momento inicial de 1ª ordem final, obtidas a partir dos
momentos calculados na etapa anterior do relatório;
■ e.2.: excentricidade de 2ª ordem obtidas pelos métodos do pilar-padrão com
curvatura aproximada ou rigidez κ aproximada, conforme critérios e valor
limite de lambda. Quando os efeitos de segunda ordem forem calculados pelo
método do pilar padrão acoplado a diagrama de [N, M, 1/r] ou Método Geral, a
coluna será preenchida com "**";
■ e.Tot: excentricidade total, considerando as excentricidades de 1ª e 2ª ordem
anteriores;
■ le: comprimento equivalente para cálculo de efeitos de 2ª. ordem, calculado
entre eixos de vigas ou conforme o item 15.6 da NBR 6118:2003. As alturas de
vigas, rebaixos, balanços e pés-direitos duplos são considerados neste cálculo;
■ lambda1 e lambda: valor do lambda limite para a consideração dos efeitos locais
de 2ª ordem e o valor do lambda real do lance do pilar;
■ gamaN: valor do majorador de esforços γn para pilares com dimensões menores
que 19cm. Quando ocorre esta situação, é apresentado o valor utilizado nesta
coluna. Os esforços finais já estão majorados por este coeficiente;
■ Nd: valor da força normal de cálculo que está sendo utilizada, já com todos os
majoradores aplicados;
■ C.M20rd: informa o método utilizado no cálculo dos efeitos de 2ª ordem local,
aproximado ou exato, para o pilar e caso de carregamento corrente. Se não foi
necessário o cálculo desse esforço, conforme critérios e lambdas, o campo fica
preenchi com "- – - -".

A consulta a "Legenda" existente no início do relatório tem


uma descrição dos campos e siglas utilizadas. Consulte quando
tiver dúvidas.

Em "Carregamentos
Carregamentos de esforços finais de cálculo antes da envoltória"
envoltória são apresentados
todos os esforços (forças normais e momentos fletores), para cada caso de
carregamento, obtidos após os cálculos da etapa anterior, para as 2 direções.
Já em "Carregamentos
Carregamentos de esforços
esforços finais de cál
cálculo para dimensionamento após a
envoltória" são apresentados os esforços que serão efetivamente utilizados no
envoltória
dimensionamento da seção do pilar, após a determinação da envoltória de esforços
para todos os demais carregamentos.

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152 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Os carregamentos acima serão os efetivamente utilizados


no dimensionamento da seção, caso o pilar seja dimensionado
pelos métodos aproximados: Pilar Padrão com Curvatura
Aproximada ou Pilar Padrão com Rigidez κ Aproximada. Os
outros métodos (exatos) requerem que a armadura já esteja
definida para o cálculo da rigidez real do lance através dos
diagramas [N, M, 1/r], por isso, os esforços finais de 2ª. ordem
são obtidos através de processo iterativo de convergência de
posições equilíbrio. A verificação desses valores de
carregamentos deverá ser feita no "Editor de esforços e
armaduras" do CAD/Pilar, como será explicado adiante.

Na parte final deste relatório, são mostrados alguns dos critérios definidos pelo
engenheiro, no editor de critérios de projeto do CAD/Pilar. Eles permitem que faça
uma verificação de alguns dos critérios que estão sendo utilizados em cada pilar/lance.
Uma mensagem também é emitida para o critério que governa a adoção de momentos
mínimos no pilar.
Existem outros relatórios com informações tanto das etapas intermediárias de cálculo,
como com os resultados finais do dimensionamento. Para estes, recomendamos a
leitura dos manuais disponibilizados de forma eletrônica, através do menu "Ajuda" do
Gerenciador.

4.8. Editor de Geometria, Esforços e Armaduras


O "Editor de esforços e armaduras" do sistema CAD/Pilar é uma ferramenta poderosa
que permite tanto verificar o dimensionamento realizado de forma automática, como
dimensionar e/ou fazer novas fazer simulações nos pilares, alterando detalhes de
armaduras, configurações, esforços, materiais, geometria, etc. São gerados também,
neste editor, gráficos com curvas de interação [ N, M ] para análise da capacidade
resistente de uma seção. Todos esses desenhos podem ser salvos para posterior
análise, impressão, ou mesmo, para documentação.
Diversos comandos estão disponíveis neste editor para alterar a seção, armaduras,
esforços etc. Para maiores detalhes sobre estes comandos complementares basta
examinar a documentação fornecida digitalmente.
Temos duas opções para alteração dos desenhos finais de pilares: através da alteração
direta dos desenhos, via editor gráfico genérico, ou através deste programa específico
de edição rápida para tratar armaduras, denominado edição de geometria, esforços e
armaduras. As alterações nestes editores deverão ser efetuadas depois da realização
de todo o cálculo de esforços, dimensionamento, detalhamento e desenho. As diferenças
principais entre as duas opções são:

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PILARES 153

■ A edição rápida de armaduras, através do "Editor esforços e armaduras"


permite a alteração rápida dos dados padronizados dos pilares, tais como
títulos, armaduras e dimensões, com geração e atualização instantânea dos
resumos, cortes, etc. O desenho pode ser visualizado durante a edição rápida,
mas não deve receber outras alterações gráficas genéricas antes do término
desta edição, pois toda vez que é feita alguma alteração o desenho é novamente
regerado. As alterações realizadas no editor rápido de armaduras devem
preceder à alteração do editor genérico de armaduras.
■ A edição gráfica geral, através do editor genérico de concreto armado do
CAD/Pilar permite uma alteração não tão rápida do desenho dos pilares, mas
quaisquer modificações não padrões podem ser feitas, incluindo o detalhamento
de consolos, dentes, furos, etc.
■ Esquematicamente temos:

Neste editor são disponibilizados também, todos os métodos de cálculo de pilares


preconizados pela NBR 6118:2003, tanto os métodos aproximados como os exatos. Para
ter acesso a cada método, comandos específicos estão disponíveis no menu superior
deste editor, representados por ícones com o símbolo de exclamação (!). Veja a imagem
e nomenclatura abaixo.

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Verificar seção atual

Calcular efeitos de 2ª. ordem locais no pilar

Calcular efeitos de 2ª. ordem localizados numa faixa retangular

Calcular efeitos de 2ª. ordem localizados de numa faixa com geomet


geometria qualquer

Calcular efeitos de 2ª ordem em um pilar parede com malha

Todos os métodos aqui apresentados estão implementados


conforme o preconizado pela norma NBR 6118:2003, em seu
capítulo 15

4.8.1. Verificar seção atual


O ícone verifica se a seção transversal que está apresentada na tela, tanto para
um pilar de seção retangular como para um pilar com seção qualquer, "passa" no
dimensionamento à flexão composta obliqua (FCO), qual carregamento é o mais
crítico, o As existente e o necessário, materiais utilizados, etc.
Os esforços solicitantes considerados nesta verificação são aqueles mostrados no
relatório "Montagem de Carregamentos",, onde os efeitos locais de 2ª ordem já estão
considerados para os métodos do pilar padrão com curvatura
vatura aproximada ou rigidez κ
aproximada. Veja o item "Carregamentos" abaixo.
Nesta opção o engenheiro pode, de forma iterativa e gráfica, alterar a seção, materiais,
carregamentos, armaduras, etc.,, de modo a obter uma nova situação para verificação e
dimensionamento.
ensionamento. Esta opção também pode ser utilizada para um pré- pré
dimensionamento e para verificação de pilares já existentes.
Carregamentos
A sequência de comandos "Cálculo" – "CarregamentosCarregamentos" apresenta a janela
"Carregamentos de cálculo" como mostrado abaixo.. Nesta janela estão presentes todos
os casos de carregamentos que serão verificados na seção pelo comando "Verificar a
seção atual".. Os efeitos locais de 2ª ordem locais, os esforços que ocorrem no topo, base
e no meio do lance, estão aqui considerados para ra cada condição de carregamento e

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PILARES 155

tiveram origem no processamento da montagem de carregamentos. São os esforços já


de "cálculo" da seção.
Estes valores de carregamentos não são utilizados para os métodos de pilar-padrão
pilar
acoplado ao diagrama, Método Geral e efeitos localizados. Estes métodos dependem da
montagem do diagrama [N, M, 1/r], ], calculados em função da geometria e das
armaduras, e dos carregamentos originais provenientes do pórtico espacial. Neste
caso, os esforços são verificados em várias seções ao
o longo do pilar, e não em uma seção
no meio do lance.

O entendimento dos comentários acima é importante no


momento do uso destas verificações. Devido às
particularidades de cada método, é importante entender a
origem dos esforços, como são obtidos e comoo são considerados
em cada uma destas verificações.

Os métodos do pilar acoplado a diagrama [N, M, 1/r], Método Geral, efeitos localizados
serão mostrados, com mais detalhes, em itens seguintes.
O engenheiro pode alterar os valores de carregamentos de cálculo
cál aqui apresentados,
mas deve ter ciência que o valor definido já deve estar considerando os possíveis
efeitos locais de 2ª ordem locais e para situações de "cálculo", pois serão os
efetivamente utilizados no dimensionamento. É altamente recomendável utilizar os
carregamentos gerados automaticamente pelo sistema.

4.8.2. Cálculo de efeitos de 2ª ordem em pilares

4.8.2.1. Efeitos locais no pilar

O ícone verifica o pilar utilizando um dos dois métodos:

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■ Pilar Padrão acoplado a diagramas [N, M, 1/r];


■ Método Geral.
O método utilizado depende do lambda limite definido nos editor de critérios de projeto
para os pilares.
Ao acionar este ícone, nova tela será aberta, com os resultados dessa verificação. Neste
caso, os efeitos de 2ª. ordem locais não foram calculados no item "Processamento" –
"Montagem de Carregamentos". O relatório, neste caso, apresenta a indicação de "***"
para o método de cálculo de 2ª. ordem.
Os esforços finais de 2ª ordem considerados nestes 2 processos, mais exatos, são
obtidos diretamente do cálculo de um pórtico espacial correspondente a discretização
de um lance de pilar. Os carregamentos considerados têm sua origem diretamente a
partir do pórtico espacial global. Para este cálculo é necessário que a armadura esteja
previamente definida para a montagem do diagrama [N, M, 1/r] e obtenção da rigidez
mais aproximada da seção. Ao final deste processamento, resultados são apresentados
conforme a tela abaixo:

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Na parte superior da tela são apresentadas as opções de cálculo e informações do


lance. Nas 3 telas principais são mostrados os valores de deslocamentos, esforços,
rigidezes e de verificação em 3 situações:
■ 1ª ordem + 2ª ordem global;
■ 2ª ordem local;
■ 1ª + 2ª ordem (global e local).
Os recursos disponíveis podem ser acessados pelo menu principal deste editor, como
mostrado abaixo:

Nesta barra de ferramentas, temos recursos que permitem verificar o caso de


carregamento atual, se a seção passou ou não, parâmetros de visualização e de
diagramas, informações sobre os dados utilizados, selecionar os esforços,
deslocamentos e rigidezes obtidos. Vejamos alguns destes recursos.
O ícone "Dados gerais" apresenta uma tela com informações gerais do cálculo
realizado, tais como: nome e lance do pilar, os lambdas nas duas direções, o método de
cálculo utilizado, dados para fluência, se esta foi considerada ou não:

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158 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

O ícone "Modelo" apresenta a localização da barra do pilar no modelo de pórtico e o


comprimento considerado, que influirá, por exemplo, no cálculo do "LE" que será
utilizado no cálculo do índice de esbeltez lambda:

O ícone "Convergência" mostra a situação do pilar, se passou ou não, para o caso de


carregamento atual:

O item "Não Linearidade Física" mostra, graficamente, a reta [M, 1/r] da qual se
obteve a rigidez secante adimensional κ em cada uma das duas direções consideradas,
além da força normal e armadura presentes:

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PILARES 159

Para examinar o gráfico completo da correlação [N, M, 1/r], basta clicar em


"Calculadora", e acionar "Montar diagrama" na aba "Diagrama [N, M, 1/r]":

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160 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Nesta calculadora é possível fazer a verificação e edição dos dados de uma seção
transversal, alterando a geometria da seção, a locação das armaduras utilizadas,
bitolas e materiais utilizados, num simples click no comando:

É possível, ainda, visualizar as novas curvas de interação N, Mx, My e N, M:

Também é possível visualizar, graficamente, os resultados obtidos (deslocamentos,


força normal, força cortante, momentos, rigidezes, envoltórias) através do acionamento
dos ícones abaixo:

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PILARES 161

Outro recurso interessante, disponível neste editor, é a possibilidade de se realizar os


cálculos dos efeitos locais de 2ª ordem através de qualquer um dos métodos
preconizados pela NBR 6118:2003. Veja os itens do menu "Recalcular":
■ Método Geral;
■ Pilar padrão acoplado a diagramas [N, M, 1/r];
■ Pilar padrão com rigidez κ aproximada;
■ Pilar padrão com 1/r aproximada.

Salienta-se mais uma vez, que os esforços utilizados para os


métodos do pilar padrão com curvatura aproximada e pilar
padrão com rigidez κ aproximada são os montados no relatório
"Montagem de Carregamentos", onde os efeitos de 2ª ordem
local já estão considerados. Nos métodos do pilar padrão
acoplado ao diagrama, Método Geral e Efeitos localizados, que
requerem a montagem do diagrama [N, M, 1/r], os esforços são
obtidos no momento do processamento, considerando-se a
armadura real que está presente na seção.

4.8.2.2. Efeitos localizados numa faixa retangular


Efeitos localizados somente são aplicados em pilares-parede conforme definição da

NBR 6118:2003, item15.9. O ícone verifica os efeitos localizados em uma faixa


retangular da seção transversal de um pilar parede. Para o cálculo destes efeitos, será
necessário dar um click no interior de uma das faixas, já previamente assinaladas, que
compõe a lâmina (toda a seção retangular apresentada) do pilar parede.

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162 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Para visualizar as faixas de um pilar parede, acione o ícone

."Visualizar faixas de pilar parede".. As faixas montadas


automaticamente serão apresentadas, permitindo a sua
seleção pelo engenheiro. Deixando este ícone e acionado, ao
selecionar cada lance de cada pilar, será possível identificar se
o mesmo foi considerado como pilar parede ou não, devido a
apresentação gráfica destas faixas.

A verificação dos efeitos localizados pode ser realizada por um dos métodos abaixo,
abai
dependendo do lambda limite definido nos arquivos de critérios:
■ Pilar Padrão acoplado a diagramas [N, M, 1/r]
■ Método Geral

4.8.2.3. Efeitos localizados numa faixa com seção qualquer

O ícone realiza uma verificação como descrito no item acima, mas ao invés de
selecionar uma faixa retangular, o usuário pode escolher uma faixa com uma
geometria qualquer, não apenas retangular. A região da faixa com formato qualquer é
definida interativamente, através de uma poligonal de pontos conforme a figura
abaixo:

4.8.2.4. Efeitos localizados em um pilar-parede


parede em malha
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PILARES 163

O ícone calcula os efeitos localizados de 2ª ordem através de um método mais


refinado, que envolve a discretização do pilar em uma malha de barras, horizontais e
verticais. Na análise dos efeitos localizados descrita anteriormente, e feita conforme o
item 15.9.3 da NBR 6118:2003, as faixas são consideradas de forma isolada. Neste
método (em malha), elas são ligadas por barras transversais, como será descrito a
seguir.
Modelagem
Este método de discretizar as paredes do pilar por meio de um modelo espacial
composto por uma malha tridimensional de barras foi implementado na versão 13 do
sistema CAD/Pilar. A figura

Nessa nova modelagem, cada faixa é simulada por um alinhamento de elementos


verticais que são interligados entre si por barras transversais. A faixa não é mais
analisada de forma isolada.
Os efeitos de 2ª ordem (locais e localizados) são calculados pelo Método Geral. A rigidez
de cada faixa é extraída a partir da linearização dos diagramas [N, M, 1/r], de acordo
com a armadura existente e a força normal decomposta. A não-linearidade geométrica
é considerada por meio de um processo iterativo que busca a configuração final de
equilíbrio.
Esse novo modelo possibilita uma análise mais refinada e realista de todos os esforços
solicitantes no pilar-parede (esforços longitudinais e transversais), e que, em
consequência, permite uma otimização do dimensionamento das armaduras
longitudinais e transversais no mesmo.

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Comando:
O comando "Cálculo" – "Calcular efeitos de 2ª ordem em um pilar parede com malha"
malha
pode ser executado interativamente também dentro do "Editor
Editor de geometria, esforços e
armaduras do CAD/Pilar":

Assim que o comando é executado, a seguinte janela é aberta:

Na janela gráfica, é possível visualizar,


ar, em planta, a lâmina de um pilar parede
discretizado em faixas, bem como a vinculação entre as mesmas.

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PILARES 165

Definição da faixa:
Na aba "Faixas" que fica na lateral direita da janela, existem comandos para
adicionar, remover e mover faixas. O botão "Reinicializar todas as faixas" reconfigura
as faixas padrões definidas automaticamente pelo sistema.
A faixa atual pode ser selecionada com o clique do mouse sobre a janela gráfica. A
seleção é mostrada graficamente, conforme mostra a figura a seguir.

A faixa atual é definida por uma incidência de pontos, cujas coordenadas são
mostradas e podem ser editadas na tabela que fica na aba lateral. As dimensões da
faixa também são visualizadas graficamente.

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166 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

A edição dos pontos também pode ser feita clicando-se diretamente nos pontos da faixa
atual sobre a janela gráfica.
É importante lembrar que nem sempre as faixas definidas automaticamente pelo
sistema, principalmente em pilares de seção não-retangular, ficam exatamente de
acordo com o esperado. Às vezes, é necessária a intervenção do Engenheiro.

Definição das vinculações


Na aba "Vinculações" que fica na lateral direita da janela, existem comandos para
adicionar e remover vinculações entre as faixas. O botão "Redefinição automática"
procura configurar a vinculação entre as faixas automaticamente, mas em certos
casos, é necessária a intervenção do Engenheiro.
A vinculação atual pode ser selecionada com o clique do mouse sobre a janela gráfica.
A seleção é mostrada graficamente, conforme mostra a figura a seguir:

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PILARES 167

Definição
Definição de critérios:
Na aba "Critérios" que fica na lateral direita da janela, é possível definir divisores de
rigidez à torção e flexão das barras transversais.

Geração do modelo e cálculo:


Uma vez definidas as faixas e as vinculações entre elas, acione o botão "OK". O
sistema automaticamente gerará um modelo tridimensional, e analisará o pilar-parede
para cada uma das combinações transferidas para envoltória do CAD/Pilar.
Cada faixa do pilar parede será discretizada por um alinhamento de barras verticais.
As vinculações transversais serão simuladas por meio de barras horizontais
interligando as faixas.

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168 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Conforme já comentado anteriormente, para cada combinação, será utilizado o Método


Geral para analisar o pilar parede.
Análise dos resultados:
Assim que todos os cálculos forem executados um visualizador gráfico de resultados
será automaticamente aberto. Trata-sese praticamente do mesmo visualizador utilizado
para análise de efeitos de 2ª ordem já disponível no sistema, mas com algumas
adaptações para tornar a análise de resultados, por este método, mais eficiente. Não
serão apresentadas aqui novamente, pois já o foram no item de "Efeitos locais", sendo
que serão apresentados apenas alguns itens, para ara melhor visualização de como o
cálculo por malha é efetuado e apresentado.
Deslocamentos:
Para visualizar graficamente a malha deformada e os deslocamentos nodais, execute o
comando: "Visualizar"  "Deslocamentos".

Esforços:
Para visualizar graficamente a distribuição do esforço normal nas barras, bem como as
forças decompostas em cada faixa, execute o comando: "Visualizar
Visualizar"  "Forças Fx".

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PILARES 169

A visualização das forças cortantes nas barras é feita por meio dos diagramas "Fy" e
"Fz". Já, do momento de torção, pelo diagrama "Mx".
Para visualizar graficamente a distribuição dos momentos fletores nas barras, execute
os comandos: menu "Visualizar"  "Momentos My" e menu "Visualizar"  "Momentos
Mz".
É importante lembrar que estes momentos contemplam os esforços de 1ª ordem e 2ª
ordem (globais, locais e localizados).
Para visualizar os esforços nas barras transversais que, por padrão, vêm desativadas,
é necessário primeiramente configurar os parâmetros de visualização (menu "Exibir"
 "Parâmetros de visualização").
Os momentos fletores nas barras transversais são melhores visualizados em planta,
conforme é mostrado a seguir em um pilar parede com formato "U".

Rigidezes:
Para visualizar graficamente as rigidezes secantes adotadas nas faixas, execute os
comandos: menu "Visualizar"  "Rigidez EIy" e menu "Visualizar"  "Rigidez EIz".

4.8.3. Otimização das armaduras em pilar-parede


O CAD/Pilar, com base nas informações definidas no arquivo de critérios, tais como:
espaçamentos, bitolas, porcentagens máximas e mínimas, realiza automaticamente a
montagem das configurações de armaduras para o dimensionamento e detalhamento
da seção de um pilar/lance. Estas armaduras são dispostas uniformemente ao longo

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das bordas da seção, com espaçamento equidistante, portanto, não são concentradas
nos extremos.
Os efeitos localizados, conforme o item 15.9.3 da NBR 6118:2003, decompõe a lâmina
dos pilares em faixas e estas são verificadas individualmente. Na grande maioria dos
casos, as faixas extremas serão mais críticas ao dimensionamento do que as faixas
intermediárias.
Durante o processo de dimensionamento do pilar/lance, é selecionada uma
configuração de armaduras para atender as faixas mais críticas, justamente as faixas
extremas. Como a disposição de armaduras é constante ao longo da face do pilar, as
faixas centrais ficam, quase sempre, com armaduras adicionais além das necessárias.
Isto ocorre no processo automático de dimensionamento de pilares-parede, pois o
CAD/Pilar não possui critérios de projeto para dimensionar e detalhar pilares-parede
com espaçamentos distintos por faixa calculada.
Como os estribos de pilar parede são definidos em função dessa armadura longitudinal
por face (item 18.5 da NBR 6118:2003) temos aqui mais um fator a contribuir para que
a armadura final seja maior do que a realmente necessária.
O "Editor de esforços e armaduras" do CAD/Pilar, porém, permite que essas faixas
sejam facilmente recalculadas, possibilitando assim, reduzir as armaduras das faixas
centrais.

Para cada redução de armaduras realizada, é necessário acionar o comando de


novamente e verificar se o pilar "passa". Os estribos também são recalculados após
esta otimização.
Portanto, o "Editor de esforços e armaduras" é um poderoso recurso para o projeto de
pilares permitindo o cálculo das faixas de pilares-parede conforme prescrito pela
norma NBR 6118:2003, tanto para faixas retangulares como para as de geometria
qualquer, inclusive com a otimização de armaduras para as faixas centrais e estribos.
Exemplo:

Para o recálculo dos estribos necessários, após cada otimização das armaduras nas
faixas centrais, é necessário acionar o ícone "Verificar estribos em pilar parede"
conforme apresentado abaixo. Se a armadura de estribos existente não for a necessária
ou for excessiva, basta realizar as alterações destes estribos e refazer a verificação

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PILARES 171

4.9. Editor Genérico de Geometria e Armaduras


rmaduras
O "Editor gráfico genérico de geometria e armaduras" do sistema CAD/Pilar é uma
ferramenta que permite quaisquer alterações nos desenhos de pilares para adequação
a eventuais necessidades como, por exemplo, a introdução de um "consolo" no pilar.
Este editor é acionado através dos comandos "Visualizar"" – "Editor Gráfico". O
funcionamento deste editor é o mesmo de uma prancheta eletrônica. Regras devem
ser seguidas para que as armaduras, eventualmente introduzidas, possam ser
extraídas convenientemente para as tabelas de ferro.
Temos duas opções para alteração ção dos desenhos finais de pilares: através da alteração
direta dos desenhos, via editor gráfico genérico, ou através deste programa específico
de edição rápida para tratar armaduras, denominado edição de geometria, esforços e
armaduras. As alterações nestes tes editores deverão ser efetuadas depois da realização
de todo o cálculo de esforços, dimensionamento, detalhamento e desenho. As diferenças
principais entre as duas opções são:
■ A edição rápida de armaduras, através do editor de geometria, esforços e
armaduras que permite a alteração rápida dos dados padronizados dos pilares,
tais como títulos, armaduras e dimensões, com geração e atualização
instantânea dos resumos, cortes, etc. O desenho pode ser visualizado durante a
edição rápida, mas não deve receber outras alterações gráficas genéricas antes
do término desta edição, pois toda vez que é feita alguma alteração o desenho é
novamente regerado. As alterações realizadas no editor rápido de armaduras
devem preceder à alteração do editor genérico de armadura
armaduras.

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172 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ A edição gráfica geral, através do editor genérico de concreto armado do


CAD/Pilar permite uma alteração não tão rápida do desenho dos pilares, mas
quaisquer modificações não padrões podem ser feitas, incluindo o detalhamento
de consolos, dentes, furos, etc.
■ Esquematicamente temos:

Outra situação operacional bastante comum que pode ocorrer e trazer consequências
indesejáveis é a execução do Processamento geral depois de realizada a edição de
desenhos (tanto a edição dita rápida como a genérica). Neste caso, os desenhos podem
estar praticamente prontos para emissão, mas um comando de Processar geral pode
substituir todos os desenhos já realizados por outros oriundos do processamento
automático. Quando necessário o novo processamento geral por quaisquer motivos
(uma pequena alteração em um pilar de periferia, por exemplo), deve-se duplicar o
edifício de tal modo que os desenhos já editados não sejam substituídos.
Esquematicamente temos:

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PILARES 173

4.10. Pórtico Não-Linear Físico e Geométrico


O cálculo de pilares de concreto armado é, sem sombra de dúvidas, um dos temas mais
interessantes e desafiantes de toda Engenharia de Estruturas; e que exige do
Engenheiro muito conhecimento, responsabilidade e precisão.
Ao longo deste capítulo, foram apresentados os inúmeros recursos presentes no
sistema CAD/TQS® para análise de pilares. Pôde-se, então, observar que os mesmos
podem ser calculados por diferentes metodologias, desde as mais simples (processos
aproximados) até as mais sofisticadas (Método Geral).
Contudo, é importante perceber que, seja qualquer o processo utilizado, várias
aproximações foram consideradas na análise dos pilares, de tal forma a viabilizar o
dimensionamento dos mesmos durante a elaboração de um projeto estrutural. Eis
alguns exemplos:
■ A rigidez dos pilares no modelo global usado para obtenção dos esforços iniciais
foi considerada de forma aproximada: 0,8.EIc ou 0,7.EIc.
■ As vinculações nos extremos do lance na análise local foram consideradas de
forma muito simplista: bi-articulado ou engastado na base.
■ As imperfeições geométricas locais foram tratadas por formulações
aproximadas: M1d,mín ou θ1.
Diante desse atual estágio da Engenharia, a partir da versão 14, foi disponibilizado
um novo tipo de modelagem no sistema CAD/TQS®, denominado "Pórtico Não-linear
Físico e Geométrico", que "supera" os paradigmas descritos acima, mas que
principalmente possibilita que o Engenheiro verifique e otimize o dimensionamento
dos pilares de um edifício de concreto armado com extrema precisão.
Esse modelo inovador é apresentado com detalhes no capítulo "Pórtico não-linear físico
e geométrico" do manual "3 – Análise Estrutural".
Resumidamente, suas principais características são:
■ A estrutura é globalmente modelada por um pórtico espacial, sendo que cada
lance de pilar é discretizado por várias barras, permitindo uma melhor análise
dos efeitos das não-linearidades física e geométrica.
■ Por se tratar essencialmente de um processo de verificação, todas as armações
dos pilares necessitam ser previamente dimensionadas e detalhadas.
■ A não-linearidade física nos pilares é considerada por meio da obtenção de
rigidezes à flexão EI, calculadas a partir das relações [N, M, 1/r] em cada trecho
do pilar, levando-se em consideração a flexão oblíqua (rigidezes acopladas).

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174 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ A não-linearidade geométrica é considerada por meio de uma análise não-linear


na qual a posição de equilíbrio da estrutura é calculada iterativamente (P-∆).
■ Devido à discretização adotada no modelo, os efeitos globais e locais de 2ª ordem
são calculados de forma conjunta e concomitante.
■ As vinculações nos extremos de cada lance de pilar no cálculo dos efeitos locais
de 2ª ordem são consideradas de forma mais realista.

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PILARES 175

■ As imperfeições geométricas globais e locais são impostas no modelo através da


alteração direta da geometria da estrutura.
■ O efeito da fluência ou deformação lenta do concreto é considerado por meio de
uma correção nas deformações em cada seção do pilar.

■ Ao final do processamento, é possível fazer a análise no ELU de forma 100%


gráfica e interativa.

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176 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

4.11. Plotagem
Após o completo processamento dos pilares, análise de mensagens de erros e avisos,
análise dos relatórios emitidos, edição "inteligente" de armaduras, edição genérica da
geometria e armaduras (caso necessário), os desenhos estão pronto para serem
emitidos e enviados ao cliente. Antes da efetiva plotagem, é necessário realizar a
edição de plantas, isto é, a locação dos elementos estruturais de pilares nas pranchas
de desenho e suas respectivas quantificações de armaduras (tabela de ferros).
Preenchimento de dados no "carimbo" da planta também é necessário antes da
emissão final do desenho. Todas estas tarefas estão completamente descritas em
capítulo a parte desta documentação, item Plotagem. Os manuais de plotagem
também podem ser acessados de forma eletrônica através do menu "Ajuda" do
Gerenciador TQS.

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FUNDAÇÕES 177

5. FUNDAÇÕES
5.1. Introdução
Esta parte do manual descreve o processo de dimensionamento, detalhamento e
desenho para elementos de fundação, feitos através do CAD/Fundações. Atualmente, o
CAD/TQS® permite o dimensionamento, detalhamento e desenho automático de
sapatas isoladas e blocos sobre estacas. Para outros tipos de elementos de fundação, é
necessário elaborar o projeto de forma semi-automática, com o auxílio dos esforços de
cálculo e das calculadoras do sistema CAD/TQS®.
Para o dimensionamento destes elementos são utilizadas duas teorias: biela-tirante ou
flexão simples. Os blocos são tratados e dimensionados como blocos rígidos.
Os esforços solicitantes atuantes nas sapatas e blocos são: força normal, momentos
fletores em duas direções, forças horizontais em duas direções. Diversos
carregamentos são tratados simultaneamente.
As sapatas são dimensionadas como sendo rígidas ou flexíveis, Quando flexíveis o
cálculo é realizado para uma seção trapezoidal a flexão simples. Também o cálculo a
punção e ao cisalhamento são realizados, verificações de tombamento e
escorregamento.
Para os blocos é realizado o dimensionamento das armaduras pela teoria das bielas e
armaduras de fendilhamento. Tensões de compressão nas bielas são verificadas.
Uma opção presente no sistema de sapatas é o pré-dimensionamento. A partir das
solicitações nas fundações (diversos carregamentos), o sistema realiza
automaticamente, de forma simplificada, o pré-dimensionamento das dimensões da
sapata para atendimento às condições de projeto.
Todos os detalhes não abordados diretamente aqui neste manual podem ser
consultados no material disponível digitalmente junto com o sistema CAD/TQS® no
item referente a Fundações. Aqui mostraremos apenas alguns dos principais itens a
serem verificados antes, durante e após o processamento para o dimensionamento,
detalhamento e desenho das fundações de um edifício.
O lançamento e o devido processamento para a obtenção dos esforços, que serão
utilizados no dimensionamento, detalhamento e desenho, já devem ter sido realizados
anteriormente através do "Modelador Estrutural". Caso haja necessidade de consulta
destas etapas anteriores, ver os manuais "Visão Geral e Lançamento" e "Análise
Estrutural".

5.2. Visão
De forma resumida, as etapas necessárias para o dimensionamento, detalhamento e
desenho dos elementos de fundação no sistema CAD/TQS® são:

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178 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

■ Lançamento da geometria dos elementos de fundação no Modelador Estrutural;


■ Processar os esforços do pórtico espacial;
Uma vez obtidos os esforços do pórtico espacial, o dimensionamento e detalhamento da
fundação poderá ser feito de forma automática.
Existe também a opção da criação e processamento de elementos de fundação
independentes do edifício em analise. Esta opção pode ser utilizada para os pré-
dimensionamentos de elementos isolados.
O CAD/Fundações necessita, basicamente, dos seguintes arquivos para seu
processamento:
■ Arquivo de dados de geometria e esforços (extensão .DAT);
■ Arquivo de critérios de projeto (extensão .INP para sapata e para blocos).
Com base nestes arquivos, o CAD/Fundações faz o dimensionamento, detalhamento e
desenhos das sapatas e blocos automaticamente.
Todos os dados referentes ao projeto de sapatas e blocos ficam armazenadas na pasta
do "Edifício" – "Fundações".
Resumidamente temos:

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FUNDAÇÕES 179

A existência de um editor gráfico para edição das armaduras permite ao engenheiro


definir ou alterar o detalhamento gerado automaticamente pelo CAD/TQS. Nele
existem ferramentas específicas para este tipo de edição.
Abaixo é apresentado o fluxograma com as etapas de descritas acima, e que são
utilizadas no CAD/Fundações:

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180 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

O sistema SISEs, voltado à interação solo-estrutura, não faz a


transferência de esforços, diretamente, para o CAD/Fundações.
Quando a interação solo-estrutura é realizada, pelo SISEs, um
novo modelo de pórtico é gerado, agora considerando também a
infra-estrutura e a presença do solo em que se apóia a
estrutura. Após o processamento deste novo modelo completo
através do pórtico espacial, as novas solicitações na base dos
pilares é que serão considerados e transferidos para o
CAD/Fundações. Ou seja, os esforços transferidos para o
CAD/Fundações são sempre originários do Pórtico Espacial.

5.3. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento


– Blocos
Como já foi demonstrado no manual "Visão Geral e Lançamento", a definição dos
blocos sobre estacas e sapatas isoladas pode ser feita facilmente dentro do Modelador
Estrutural.
Ainda no Modelador Estrutural, existe a opção de determinação de geometria de
tubulões, mas, para este elemento, não é feito nenhum tipo de dimensionamento ou
detalhamento. De fato, a definição da geometria dos tubulões só é utilizada para a
transferência para o SISES (Sistema de Interação Solo – Estrutura).

Após a obtenção de esforços e antes do processamento do dimensionamento dos


elementos de fundação, é necessário que sejam definidos quais os critérios de projeto
que serão utilizados para o cálculo. Esta é uma etapa muito importante do sistema,
uma vez que, se feito com o devido conhecimento e de forma adequada, a edição e
adaptação dos critérios de cálculo podem gerar detalhamentos de armaduras e

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FUNDAÇÕES 181

desenhos muito próximos aos desejados pelo engenheiro, facilitando os trabalhos de


edições posteriores e re-trabalhos desnecessários.

5.3.1. Método de dimensionamento dos blocos


O sistema efetua o dimensionamento da armadura necessária e realiza o
detalhamento e desenho de plantas de armação para blocos de uma a doze estacas.
Dependendo do número de estacas, os blocos podem ser retangulares, pentagonais e
hexagonais.
O método das bielas, utilizado no dimensionamento dos blocos, admite como modelo
resistente, no interior dos blocos de concreto, uma treliça espacial (ou plana no caso,
nos casos de blocos de uma ou duas estacas), onde as barras comprimidas são
resistidas pelo concreto e as barras tracionadas pela armadura de aço.
A geometria adotada é baseada na proposta de Blévot, que é simples e tem apoio
experimental.

Qd

= = = =

Vd Vd

Para maiores informações sobre o dimensionamento dos blocos, acesse os manuais


eletrônicos do CAD/Fundações.

5.3.2. Critérios de projeto para blocos


Os principais critérios de projeto estão definidos no arquivo de Critérios de Projeto que
fica gravado na pasta "FUNDAC" do edifício com o nome "PRJ-nnnn.INB", onde nnnn
é o número do projeto da planta de formas.
Para alterações no arquivo de critérios acesse o CAD/Fundações e utilize o comando
"Editar" – "Critérios" – "Blocos":

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CAD/Fundação

Os critérios de blocos sobre estacas são classificados em 5 categorias:


Concreto: Identificação, fck do concreto e minorador de resistência do concreto;
■ Concreto
■ Aço:
Aço minorador de resistência do aço e tabelas de alojamentos de armaduras;
■ Critérios de cálculo e detalhamento:
detalhamento cobrimento, tipo de detalhamento,
coeficientes de cálculo, valores mínimos de armaduras, etc.;
■ Dimensões limites (estacas):
(estacas) valores de verificação de geometria dos blocos;
■ Desenho:
Desenho escalas de desenho.
Todas as abas apresentadas acima possuem critérios que:
■ Podem ser "calibrados" de modo que o programa utilize valores que o
engenheiro costuma utilizar em seus projetos;
■ Precisam ser revistos sempre, a cada novo projeto.
Todos os critérios estão disponíveis nos manuais digitais do sistema CAD/Fundações
do sistema CAD/TQS®. Aqui iremos abordar apenas alguns destes critérios, de modo a
apresentar ao usuário, aqueles que precisam ser revistos sempre que se inicia um novo
projeto e que possam facilitar o trabalho final de dimensionamento.

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FUNDAÇÕES 183

Dentre todos os critérios presentes neste arquivo de critérios, devemos ter grande
atenção aos seguintes itens: as tabelas configuração de bitolas e aos critérios de cálculo
e detalhamento.

5.3.2.1. Tabelas de bitolas


As bitolas que serão utilizadas no detalhamento dos blocos são definidas nestas
tabelas. São nestas tabelas, também, que são determinados os valores de raio de
dobramento que será utilizado no detalhamento.

O raio de dobra para cada bitola, como podemos observar na figura acima, equivalem
ao raio do pino de dobra.

5.3.2.2. Configurações de barras


Após o cálculo das áreas de armaduras necessárias para cada posição, o programa
escolhe quais bitolas e espaçamentos irão definir este detalhamento. As opções de
quais bitola/espaçamento serão utilizadas no detalhamento são listadas através dos
botões "Configuração de barras" – "Armadura principal/secundária" da aba "Aço".
Apenas as bitolas existentes na "Tabela de bitolas" é que podem ser utilizadas.
Esta configuração pode ser feita para as armaduras principais e para as armaduras
secundárias, de modo que o engenheiro possa configurar o detalhamento da maneira
que desejar.

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O CAD/Fundações utiliza estas tabelas para o detalhamento, sendo adotada a


configuração com área de armadura igual ou superior à armadura necessária obtida no
cálculo.
Se o engenheiro sentir necessidade de eliminar uma das linhas, basta digitar o valor
"0" (zero) como a bitola da linha. O comando "Ordenar" é utilizado para rearranjar as
linhas de acordo com as áreas de armaduras de cada opção.

5.3.2.3. Coeficientes de dimensionamento


Para o dimensionamento de blocos sobre estacas, a NBR 6118:2003 prescreve que o
valor das solicitações de cálculo destes elementos devam ser majorados por um
coeficiente adicional γn, conforme a norma "Ações e segurança nas estruturas –
Procedimento, NBR 8681 2003", conforme o item 22.1 da NBR 6118:2003. A definição
do valor deste majorador é feito através do botão "Coeficientes" da pasta "Critérios de
cálculo e detalhamento":

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5.3.2.4. Detalhamento dos blocos


O detalhamento padrão feito pelo CAD/Fundações pode ser alterado de acordo com o
critério do engenheiro. Para cada opção de formato de bloco (1 estaca, 2 estacas, etc.)
são apresentados os critérios específicos de detalhamento. Para acessar este critério
clique no botão "Detalhamento de acordo com o número de estacas".

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Por exemplo, para blocos apoiados em 1 estaca teremos os seguintes critérios de


edição:

Como principal elemento que deve ser observado no detalhamento de blocos sobre 1
estaca, existe a escolha do tipo de armadura de fendilhamento que será utilizada no
detalhamento. Observe acima que existem três opções possíveis, cabendo ao
engenheiro definir aquela que atenda melhor a realidade do seu projeto.
Para blocos sobre mais de uma estaca, as opções de edição são diferentes, por exemplo,
para quatro estacas, temos:

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FUNDAÇÕES 187

Como podemos observar, além da determinação do tipo de armadura que deverá ser
utilizada para cada posição (principal, de suspensão e de pele) também se deve
determinar qual a porcentagem mínima que será utilizada no detalhamento, com base
no valor da área necessária para a armadura principal.
Ainda dentro da janela de edição de critérios é possível acessar um exemplo de
detalhamento padrão, onde são indicadas quais as armaduras são as principais, quais
são as laterais etc., para cada tipo de bloco:

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Com isso passamos pelos principais critérios existentes para blocos sobre estacas. Para
maiores informações sobre os critérios que não foram citados neste manual, acesse os
manuais eletrônicos do CAD/Fundações.

5.4. Critérios para Dimensionamento e Detalhamento


– Sapatas Isoladas

5.4.1. Método de dimensionamento das sapatas isoladas


No procedimento para o dimensionamento e detalhamento de sapatas isoladas admite-
se o comportamento elástico do solo e sua estabilidade assegurada pelas forças
elásticas que o solo lhe transmite através da superfície de apoio, resultando daí, uma
distribuição plana de tensões na superfície de apoio da sapata devido às reações do
solo.
Para o dimensionamento das sapatas são feitas as seguintes verificações:
■ Verificação ao deslizamento;
■ Verificação da aderência das armaduras;
■ Verificação à força cortante;
■ Punção.
Para maiores detalhes sobre estas verificações acesse os manuais eletrônicos do
CAD/Fundações.
Para a obtenção da armadura principal das sapatas pode-se optar por dois métodos:
cálculo à flexão como seção trapezoidal ou como bloco rígido. Esta opção é tomada para
todas as sapatas de um projeto, devendo, o engenheiro atentar se o modelo de cálculo é
realmente válido para todos os elementos de fundação.

5.4.1.1. Critérios projeto para sapatas


Os principais critérios de projeto estão definidos no arquivo de Critérios de Projeto que
fica gravado na pasta "FUNDAC" do edifício com o nome "PRJ-nnnn.INP", onde nnnn
é o número do projeto da planta de formas.
Para alterações no arquivo de critérios acesse o CAD/Fundações e utilize o comando
"Editar" – "Critérios" – "Sapatas":

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FUNDAÇÕES 189

CAD/Fundação

Os critérios para sapatas são classificados em 5 categorias:


Concreto: identificação, fck do concreto e minorador de resistência do concreto;
■ Concreto
■ Aço:
Aço minorador de resistência do aço e tabelas de alojamentos de armaduras;
■ Critérios de cálculo e detalhamento:
detalhamento modelo de cálculo, coeficientes de cálculo,
valores mínimos de armaduras, tensões no solo, etc.;
■ Detalhamento:
Detalhamento cobrimentos, espaçamentos, etc.;
■ Desenho:
Desenho escalas de desenho, tamanho de letras, etc.
Todas as abas apresentadas acima possuem critérios que:
■ Podem ser "calibrados" de modo que o programa utilize valores que o
engenheiro costuma utilizar em seus projetos;
■ Precisam ser revistos sempre, a cada novo projeto.
Todos os critérios estão disponíveis nos manuais digitais do CAD/Fundações do
sistema CAD/TQS®. Aqui iremos abordar apenas alguns destes critérios, de modo a
apresentar ao usuário, aqueles que precisam ser revistos sempre que se inicia um novo
projeto e que possam facilitar o trabalho final de dimensionamento.

5.4.1.2. Tabelas de bitolas


As bitolas que podem ser utilizadas no detalhamento das sapatas são definidas nestas
tabelas. É nelas que são determinados os valores de raio de dobramento que serão
utilizados no detalhamento.

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5.4.1.3. Coeficientes de cálculo

Todos os coeficientes utilizados no cálculo das sapatas são definidos na pasta


"Critérios de cálculo":
■ Coeficiente de majoração de esforços: prescrito pela NBR 6118:2003;
■ Coeficiente de atrito: utilizado na verificação ao deslizamento;
■ Porcentagem mínima de área comprimida: verificação em que o engenheiro é
avisado das combinações em que isto ocorre.
Os coeficientes de segurança utilizados são editados através do botão "Coeficientes de
segurança" da pasta "Critérios de cálculo", onde podemos definir os coeficientes de
seguranças ao tombamento e ao deslizamento, como na imagem abaixo:

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FUNDAÇÕES 191

5.4.1.4. Tensões no solo


As tensões máximas admissíveis do solo são informadas através do botão "Tensões no
solo". Para todas as sapatas são feitas as verificações de tensão média máxima e
tensão máxima no solo:

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192 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Tensão média

Tensão máxima

5.4.1.5. Método de cálculo das armaduras principais


Como foi apontado anteriormente, o dimensionamento das armaduras das sapatas
pode ser feito através do cálculo de flexão simples ou da teoria de bloco rígido.
Para o cálculo de flexão simples, o programa adota uma seção trapezoidal de cálculo,
verificando o estado limite último desta.

5.4.1.6. Método de cálculo do momento fletor


O esforço de momento fletor utilizado para o cálculo da armadura principal pode ser
obtido através de três métodos:
■ Método convencional;

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FUNDAÇÕES 193

■ Método dos consolos trapezoidais;

■ Método da projeção de tensões do pilar no solo.

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194 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Observe que para esta última opção é necessário definir um ângulo de projeção β das
tensões.

5.4.1.7. Reforço nos cantos


Para ferros de bitola acima de 16 mm, devido ao diâmetro de dobramento, pode ocorrer
de a extremidade da sapata ficar "desprotegida", sem nenhuma armadura.

Região desprotegida

Através de um critério de desenho é possível determinar uma armadura especial para


combater este tipo de problema que pode ocorrer em sapatas. Este critério é acessado
através da pasta "Detalhamento":

5.5. Processar
No menu processar está os comandos para processamento de esforços,
dimensionamento, geração dos desenhos de armação dos blocos e sapatas, emissão de
relatórios, e verificação da estabilidade local dos blocos e sapatas.

5.5.1. Processamento de sapatas


Nos subitens abaixo estão explicados os três processamentos existentes no menu
"Processar" – "Sapatas".

5.5.1.1. Processar pré-dimensionamento de sapatas


O comando "CAD/Fundações" – "Processar" – "Sapatas" – "Pré-dimensionamento" irá
realizar um pré-dimensionamento baseado nos dados das sapatas que foram definidos
no programa de Edição de Dados de Sapatas.

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FUNDAÇÕES 195

Mensagens de anormalidades encontradas serão emitidas na área de mensagens na


parte inferior da tela do gerenciador
Será gerado uma listagem com o nome PRESAP.LST. Este arquivo pode ser
visualizado ou impresso através das opções disponíveis no menu "Visualizar".
Para correção dos problemas detectados, é necessário voltar à opção de digitação, para
correção das anormalidades, e processar novamente esta etapa até que todas as
mensagens desapareçam.

5.5.1.2. Processar dimensionamento de sapatas


O comando "CAD/Fundações" – "Processar" – "Sapatas" – "Dimensionamento" irá
realizar um pré-dimensionamento e um dimensionamento, baseados nos dados das
sapatas que foram definidos no programa de Edição de Dados de Sapatas.
Mensagens de anormalidades encontradas serão emitidas na área de mensagens na
parte inferior da tela do gerenciador
Será gerado uma listagem com o nome DIMSAP.LST. Este arquivo pode ser
visualizado ou impresso através das opções disponíveis no menu "Visualizar".
Para correção dos problemas detectados, é necessário voltar à opção de digitação, para
correção das anormalidades, e processar novamente esta etapa até que todas as
mensagens desapareçam.

5.5.1.3. Processar desenho de sapatas


O comando "CAD/Fundações" – "Processar" – "Sapatas" – "Desenho" irá gerar os
arquivos de desenho de blocos no formato. DWG. Esses desenhos serão gerados
baseados no arquivo DP (mais informações sobre arquivo DP nos manuais digitais).
Mensagens de anormalidades encontradas serão emitidas na área de mensagens na
parte inferior da tela do gerenciador.
Abaixo são apresentados alguns exemplos de detalhamento de sapatas com diferentes
situações de cálculo e critérios de detalhamento.
A partir deles é possível observar como o programa faz o detalhamento automático.

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FUNDAÇÕES 197

5.5.2. Processamento de blocos


Nos subitens abaixo estão explicados os dois processamentos existentes no menu
"Processar" – "Blocos".

5.5.2.1. Processar dimensionamento de blocos


O comando "CAD/Fundações" – "Processar" – "Blocos" – "Dimensionamento" irá
realizar o dimensionamento, baseados nos dados de blocos que foram definidos no
programa de Edição de Dados de Blocos.
Mensagens de anormalidades encontradas serão emitidas na área de mensagens na
parte inferior da tela do gerenciador.
Será gerado uma listagem com o nome BLOCO.LST. Este arquivo pode ser visualizado
ou impresso através das opções disponíveis no menu "Visualizar".

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Para correção dos problemas detectados, é necessário voltar à opção de digitação, para
correção das anormalidades, e processar novamente esta etapa até que todas as
mensagens desapareçam.

5.5.2.2. Processar desenho de blocos


O comando "CAD/Fundações" – "Processar" – "Blocos" – "Desenho" irá gerar os
arquivos de desenho de blocos no formato. DWG. Esses desenhos serão gerados
baseados no arquivo. DP (mais informações sobre arquivo DP nos manuais digitais).
Mensagens de anormalidades encontradas serão emitidas na área de mensagens na
parte inferior da tela do gerenciador.
Abaixo são apresentados alguns exemplos de detalhamento de blocos com diferentes
critérios de detalhamento. A partir deles é possível observar como o programa faz o
detalhamento automático:
■ Bloco sobre 2 estacas:
■ Armadura principal: distribuída uniformemente, gancho de 90°;
■ Armadura lateral: fechada.

B.2
(Esc 1:20)
armadura lateral
B

12 P2 C/15
174
5 P1 C/12.5
5 P4 C/12.5

54

A A
60

180 3 P3 ø8.0 C=472


B

Corte B - B
Corte A - A
60 20 estribos
3 P3 C/20

53
50
55

47
5

12 P2 ø5.0 C=212
100 30
5 P4 ø6.3 C=189
porta-estribo
8

173
24

R=8
173
5 P1 ø20.0 C=231
armadura principal

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■ Bloco sobre 2 estacas:


■ Armadura principal: distribuída uniformemente, gancho de 90°;
■ Armadura lateral: aberta.

B.2
(Esc 1:20)
B armadura lateral

12 P2 C/15
5 P1 C/12.5
5 P4 C/12.5

A A

180 60 2X3 P3 ø8 C=472


B

Corte B - B
Corte A - A
60 20 estribos
2X3 P3 C/20

53

50
55

47
5

12 P2 ø5.0 C=212
100 30
5 P4 ø6.3 C=189
8

173 porta-estribo
24

R=8
173
5 P1 ø20.0 C=231
armadura principal

■ Bloco sobre 3 estacas:


■ Armadura principal: concentrada sobre estacas, dobra de 90°;
■ Armadura lateral: perimetral;
■ Armadura de suspensão: em U.

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200 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

B.3
(Esc 1:20)

B
12 P3 C/15 armadura lateral
11 P2 C/15

26
A 160 A R=32
43

100
143 5 P4 ø5.0 C=527
185
B

Corte A - A Corte B - B
40 30
5 P4 C/15

75
80

5
100 21.7 86.6 30

armadura de suspensao
71

VAR
11 P2 ø5.0 C= 266.V
72
65

157 VAR
3X6 P1 ø12.5 C=287 12 P3 ø5.0 C= 249.V
armadura principal

■ Bloco sobre 3 estacas:


■ Armadura principal: concentrada perimetralmente;
■ Armadura lateral: perimetral;
■ Armadura de suspensão: em U.

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FUNDAÇÕES 201

B.3
(Esc 1:20)

B
12 P3 C/15
11 P2 C/15

r)
95

na
er
160

lt
(A
A A R=30.5
43 100

3 P1 ø20.0 C= 541.V
143
185 armadura principal
B

Corte A - A Corte B - B
40 30
5 P4 C/15

75
80

5
100
21.7 86.6 30
71

armadura de suspensao

VAR
11 P2 ø5.0 C= 266.V

armadura lateral
26

armadura de suspensao
72

R=32

100 VAR
5 P4 ø5.0 C=527 12 P3 ø5.0 C= 249.V

■ Bloco sobre 4 estacas:


■ Armadura principal: distribuída uniformemente, dobra de 90°;
■ Armadura lateral: perimetral;
■ Armadura de suspensão: não há.

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202 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

B.4
(Esc 1:20)

B
armadura lateral

9 P2 C/20
10 P1 C/15

52

52
150 R=27
A A
120
6 P3 ø10.0 C=642
180
B

Corte A - A Corte B - B
160 15
6 P3 C/15

6 P3 C/15

85
90

120 60 30
armadura principal
65

70

R=15 R=12
172 142
10 P1 ø20.0 C=320 9 P2 ø16.0 C=296

■ Bloco sobre 4 estacas:


■ Armadura principal: distribuída uniformemente, gancho de 90°;
■ Armadura lateral: estribos;
■ Armadura de suspensão: em U.

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FUNDAÇÕES 203

B.4
(Esc 1:20)

B
12 P4 C/15
174
10 P3 C/15

144
150
armadura lateral
em estribos

A A

180 7 P5 ø5.0 C=648


B

Corte A - A Corte B - B
160 15
7 P5 C/12.5

7 P5 C/12.5

85
90

5
120 60 30

armadura de suspensao
82
81

173 143
10 P3 ø6.3 C=335 12 P4 ø5.0 C=307
17

15

R=4 173 143


2X5 P1 ø16.0 C=211 2X6 P2 ø16.0 C=173
armadura principal

5.6. Verificação de Resultados


Todas as listagens geradas pelo sistema são visualizadas através do comando
"CAD/Fundações" – "Visualizar".
Aqui é possível acessar e verificar todos os relatórios emitidos pelo CAD/Fundação,
tanto os relatórios alfa-numéricos como os desenhos de detalhamento de armação,
gerados para cada bloco e sapata.

5.6.1. Visualizar sapatas


Serão descritos abaixo os comandos para a visualização do pré-dimensionamento e
dimensionamento de sapatas.
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5.6.1.1. Visualizar pré-dimensionamento de sapatas


O comando "CAD/Fundações" – "Visualizar" – "Sapatas" – "Pré-dimensionamento", nos
permitirá a visualização do arquivo PRESAP.LST que contém as principais
informações do pré-dimensionamento realizado.

Aqui temos informações sobre a geometria da sapata, pilar, volume, tensões do solo,
carregamentos considerados e carregamento mais desfavorável.
Ainda, na etapa final do relatório, é informado os dados dos materiais aço e concreto
utilizados e critérios de dimensionamento e detalhamento.

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5.6.1.2. Visualizar dimensionamento de sapatas


O comando "CAD/Fundações" – "Visualizar" – "Sapatas" – "Dimensionamento", nos
permitirá a visualização do arquivo DIMSAP.LST, LST que, além das principais
informações do pré-dimensionamento realizado descrito no item anterior, detalha as
informações referentes ao dimensionamento realizado.

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Aqui, além das informações da etapa de pré-dimensionamento, apresenta as


informações das tensões de cisalhamento, esforços, bitolas e áreas adotadas no
dimensionamento e mensagem.

5.6.2. Visualizar blocos


Serão descritos abaixo os comandos para a visualização do detalhamento e critérios de
blocos.

5.6.2.1. Visualizar dimensionamento de blocos


O comando "CAD/Fundações" – "Visualizar" – "Blocos" – "Dimensionamento", nos
permitirá a visualização do arquivo BLOCO.LST com detalhes das informações
referentes ao dimensionamento realizado. Aqui temos informações sobre a geometria
do bloco, pilar, volume, tensões do solo, carregamentos considerados e carregamento
mais desfavorável.

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Ainda, na etapa final do relatório, são informados os dados dos materiais aço e
concreto utilizados e critérios de dimensionamento e detalhamento.

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5.7. Mensagem de Avisos e Erros


O comando "Edifício" – "Resumo estrutural" – "Avisos e erros", nos permitirá a
visualização dos erros gerados no processamento, sendo estes classificados em "Leve-
Aviso", "Médio" e "Grave-Importante".
Vejamos algumas mensagens de avisos geradas pelo sistema:

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210 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

5.8. Edição Gráfica


O comando "CAD/Fundações" – "Visualizar" – "Editor Gráfico", aciona o programa de
edição gráfica de desenhos de armação, que permite visualizar e editar os desenhos do
CAD/Fundações:
Os desenhos de armação dos blocos e sapatas serão gerados segundo a convenção
"nnnnBxxx.DWG" e "nnnnSxxx.DWG". Neste caso, temos:
■ nnnn é o número do projeto;
■ B é usado para blocos;
■ S é usado para sapatas;
■ xxx é o número da sapata ou do bloco.
Já dentro do editor gráfico de desenhos de armação, você deverá selecionar o desenho
da sapata ou bloco que deseja editar ou visualizar.
É importante ressaltar que estas modificações são realizadas sob inteira
responsabilidade do projetista, como se fosse uma alteração na prancheta de desenho;
os cálculos previamente realizados não são alterados.
Explicações detalhadas sobre como utilizar o editor gráfico de armação encontram-se
descritas no manual "CAD/AGC & DP – Manual do Editor de Armação Genérica de
Concreto Armado". Após a realização das correções gráficas, os blocos e sapatas podem
ser emitidos novamente em impressora para verificação da exatidão das alterações.

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FUNDAÇÕES 211

5.9. Equivalência de Fundações


Através do comando "CAD/Fundações" – "Editar" – "Sapatas" – "Equivalência de
desenhos" ou "CAD/Fundações" – "Editar" – "Blocos" – "Equivalência de desenhos" é
possível, no CAD/Fundações, fazer a equivalência de elementos de fundações.

Observe que a tela é a mesma da equivalência de vigas e os comandos e forma de


fazer/desfazer as equivalências são exatamente iguais às já apresentadas no item de
equivalência de vigas, motivo pelo qual não será aqui detalhado novamente, devendo
os detalhes desta tela ser vistos no item de equivalência de vigas.

5.10. Plotagem
Após o completo processamento das vigas, análise de mensagens de erros e avisos,
análise dos relatórios emitidos, edição "inteligente" de armaduras, edição genérica da
geometria e armaduras (caso necessário), os desenhos estão pronto para serem
emitidos e enviados ao cliente. Antes da efetiva plotagem, é necessário realizar a
edição de plantas, isto é, a locação dos elementos estruturais de fundações nas
pranchas de desenho e suas respectivas quantificações de armaduras (tabela de
ferros). Preenchimento de dados no "carimbo" da planta também é necessário antes da
emissão final do desenho. Todas estas tarefas estão completamente descritas em
capítulo a parte desta documentação, item Plotagem. Os manuais de plotagem
também podem ser acessados de forma eletrônica através do menu "Ajuda" do
gerenciador TQS.

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ESTACAS – SISES 213

6. ESTACAS – SISES
6.1. Introdução
O SISEs (Sistema de Interação Solo – Estrutura) tem o propósito de auxiliar os
engenheiros, geotécnico e estrutural, na elaboração dos projetos de fundações e da
estrutura propriamente dita (superestrutura).
O principal objetivo do SISEs, nesta versão inicial, é a determinação dos esforços
solicitantes (forças normais, momentos fletores, forças cortantes e momentos de
torção) em todos os pontos da estrutura e dos elementos de fundação com maior
precisão e exatidão, considerando o efeito da presença do solo para suportar a
fundação.
Não será apresentado neste manual o funcionamento global do sistema SISEs. Serão
abordados apenas os itens mais diretamente envolvidos no dimensionamento e
detalhamento das estacas. Desenhos finais de engenharia contendo o desenho das
estacas com respectiva armação ainda não estão sendo realizados. Os blocos de
coroamento das estacas, assim como sapatas, devem ser dimensionados no sistema
CAD/Fundações, após a realização da interação solo-estrutura.
Para o conhecimento de todo o funcionamento do SISEs, detalhadamente, devem ser
acessados os manuais eletrônico do SISEs no menu "Ajuda".
A aplicabilidade do SISEs está vinculada aos elementos de fundações superficiais e
profundas.

6.2. Visão Geral


O SISEs determina os esforços solicitantes ao longo de todo o fuste da estaca, para
todos os carregamentos do ELU (Estado Limite Último) considerando a interação solo
estrutura, utilizando métodos previamente estipulados no arquivo de critérios e dados
de sondagem. Os carregamentos que serão utilizados no SISEs são aqueles definidos
na superestrutura através do Modelador Estrutural.
Esquematicamente temos:

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214 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

A técnica de incorporação da estrutura e dos elementos de fundação num único modelo


simplifica a resolução do problema de interação solo-estrutura. No SISEs, como toda
a estrutura e a fundação participam de um mesmo modelo estrutural a solução final
considerando a presença do solo é alcançada de forma prática e objetiva.
Desta forma, as bases dos pilares não são mais automaticamente engastadas e/ou
articuladas. A vinculação da base dos pilares será proporcional à rigidez do seu
elemento de fundação, os recalques verticais e as rotações nos blocos influenciam as
reações de apoio e as solicitações no pilares do edifício.
De forma geral, o funcionamento do sistema SISEs, obedece ao seguinte roteiro:
■ No SISEs é realizada a importação de todo o modelo estrutural da
superestrutura;
■ São fornecidas no SISEs as informações técnicas que caracterizam o solo,
sondagens, locação, cotas, nível d’água etc.;
■ São fornecidas no SISEs as informações correspondentes aos blocos de
fundação, tipo de estaca, número e locação de cada estaca, comprimento
aproximado, etc.;

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ESTACAS – SISES 215

■ O SISEs calcula os vínculos elásticos (molas) representativas do solo ao longo do


fuste da estaca (metro a metro), conforme os métodos selecionados pelo usuário
e das sondagens;
■ O novo modelo do pórtico espacial, considerando a superestrutura e todas as
estacas, é gerado e resolvido;
■ São obtidos os diagramas de esforços solicitantes para cada um dos casos de
carregamentos ao longo de toda a estaca, metro a metro;
■ a partir de um único modelo discretizado de pórtico espacial com a Super-
Estrutura + Infra-Estrutura agregadas;
■ A partir dos critérios de projeto fornecidos, é realizado o dimensionamento de
todas as estacas (em cada metro) a flexão composta normal ou oblíqua para
cada caso de carregamento. Envoltória das armaduras por estaca é obtida;
■ O comprimento das armaduras é obtido pela verificação das tensões de
compressão atuantes de cada caso de carregamento em relação a um valor de
referência definido pelo usuário;
O fluxograma abaixo representa as etapas acima descritas:

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216 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

O detalhamento das estacas é apresentado, atualmente, apenas em relatórios


alfanuméricos.
Como resultados finais são gerados diagramas de solicitações ao longo de cada estaca,
deslocamentos ocorridos nas estacas ao longo de todo o fuste e relatórios contendo as
armaduras calculadas no dimensionamento e as escolhidas para o detalhamento. Estes
resultados poder ser acessados no comando "SISEs" – "Visualizar" – "Resultados
Gráficos ou Alfanuméricos".

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ESTACAS – SISES 217

6.3. Critérios para Dimensionamento


imensionamento e Detalhamento
Critérios de projeto são informações armazenadas digitalmente em arquivos
previamente estabelecidos e que representam, de certa forma, os procedimentos que
norteiam a elaboração dos projetos usuais de cada empresa. Portanto, a correta
definição deste arquivo de critérios é de fundamental importância para que resultados
sejam aqueles mais próximos dos desejados pelo projetista. Estes critérios, comuns a
diversos projetos, representam o conhecimento técnico da empresa projetista. Uma vez
definidos,, os critérios ficam válidos para todos os projetos podendo, entretanto, ser
alterados caso a caso.
No SISEs, como pré-requisito
requisito do processamento, é necessária a definição dos critérios
envolvendo os materiais, métodos de cálculo, tabelas representativas dde grandezas do
solo, critérios para capacidade de carga, coeficientes de ponderação para tensões,
apresentação de resultados, etc.. Os critérios de um projeto são acessados e editados
através do menu "Editar" – "Critérios de Projeto".
Para o dimensionamento e detalhamento das estacas,, o engenheiro deve definir
valores para 3 (três) grupos de informações no arquivo de critérios, como abaixo
descrito.

6.3.1. Critérios gerais para dimensionamento


O dimensionamento das estacas a flexão composta normal ormal ou oblíqua, utiliza
informações de tensões limites, capacidade de carga, materiais, coeficientes
majoradores e minoradores de materiais e esforços, definidos em função do tipo da
estaca. A estaca é dimensionada como elemento estrutural com ponderado ponderadores
diferentes para cada tipo de estaca em função da modalidade de execução. Estes
critérios estão disponibilizados no editor de critérios, sendo acessado através das
opções "Editar" – "Critérios de projeto" – "Capacidade
Capacidade de Carga"
Carga – "Estacas" –
"Tensões/Cargas/ Gama f/Gama s/Gama c",, como abaixo representado:

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3 - Fax: (011) 3083-2798
218 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Tensão Nominal
Nominal:
inal Tensão nominal de trabalho da estaca. Quando a tensão devida a
força normal do caso 1 (apenas carga vertical), no topo da estaca, ultrapassar este
valor, uma mensagem de aviso é emitida pelo programa de "Avisos e Erros" do
gerenciador do CAD/TQS®;
Capacidade de Carga
Carga: É a capacidade de carga máxima da estaca. Idem ao item acima,
mas para a força normal da carga vertical de todos os carregamentos;
Tensão Limite:
Limite: Representa a tensão limite para desprezar a armadura calculada. É o
valor de tensão acima da qual há a necessidade de armação. Todos os casos de
carregamentos são verificados em cada cota da estaca.
Compressão
Compressão:
ão: Definição se a estaca pode ser tratada ou não como tendo apenas
compressão uniforme. É fornecido em porcentagem;
ELU fck:
fck fck utilizado no dimensionamento. Se não for definido é assumido o valor da
aba "Materiais" – "fck – Resistência característica a tensão".
ELU Gamaf, Gamas, Gamac:
Gamac coeficientes majorador de esforços, minorador do aço e do
concreto para cada tipo estaca.

6.3.1.1. Critérios gerais para detalhamento


O detalhamento das estacas também utiliza informações definidas pelo engenheiro no
arquivo de critérios. Elas permitem controlar o detalhamento das estacas como
elemento estrutural. Estes critérios estão disponibilizados no editor de critérios, sendo
acessado através das opções "Editar" – "Critérios de projeto" – "Elementos de
fundação" – "Detalhamento de armaduras – ESTACAS":

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ESTACAS – SISES 219

Os principais itens que devem ser definidos são: cobrimento, armaduras longitudinais
impostas e arranque, conforme especificado abaixo.
Cobrimento:
Cobrimento: É possível definir o cobrimento que será utilizado para o
dimensionamento para cada tipo de estaca. Se não for definido o programa assume o
valor de 2,5 cm.
Armadura imposta longitudinal:
longitudinal: O engenheiro pode impor uma determinada
armadura independentes daquela calculada pelo sistema SISEs. Neste caso o
programa emitirá uma mensagem avisando se a armadura imposta é ou não suficiente
para a estaca. Para utilizar a armadura calculada pelo sistema, basta deixar esses 3
campos zerados (Ø, nº Barras, Compr. Total).
Arranque:
Arranque: O comprimento do "arranque" das armaduras é definido neste campo.
Comprimento de ancoragem
ancoragem "lb"
lb": A ancoragem "lb" é calculada de acordo com a NBR
6118:2003. Este valor de ancoragem é adicionado ao valor do comprimento calculado
ao longo do fuste da estada e somado ao valor do arranque, compondo assim o
comprimento total da armadura. A ancoragem é sempre calculada quando for
necessária a armação da estaca.

6.3.1.2. Tabelas de bitolas e tipo de aço


As bitolas e tipo de aço a serem utilizados no detalhamento final das estacas são
definidos na tela abaixo. Após o sistema calcular o As necessário, é feita uma pesquisa
da configuração de armaduras mais econômica utilizando as bitolas de aço aqui
definidas.

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220 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

6.4. Processamento
Para realizar o processamento completo do SISEs basta clicar em "Processar" –
"Geração do Modelo Fundação + Estrutura" e selecionar todos os itens como mostrados
abaixo:

6.5. Mensagens de Erros e Avisos


Após a etapa de processamento do SISEs, é fortemente recomendado que se faça a
verificação das mensagens de avisos e erros do sistema que são apresentadas pelo
visualizador de "Avisos e erros" do gerenciador do sistema CAD/TQS®. Estas
mensagens de erros e avisos apresentam quaisquer anomalias e/ou recomendações
técnicas ocorridas durante o processamento.
Vejamos alguns exemplos de mensagens emitidas pelo sistema.
Mensagem no tipo grave: tensão limite para armação.

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ESTACAS – SISES 221

Mensagem no tipo grave: capacidade admissível ultrapassada.

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222 CAD/TQS - Manual IV – Dimensionamento, Detalhamento e Desenho

Verifique as mensagens do Visualizador de Avisos e Erros do

sistema CAD/TQS.

6.6. Resultados Gráficos e Alfanuméricos


Após o processamento geral do SISEs, inúmeros relatórios e gráficos são gerados para
que o engenheiro possa realizar uma verificação visual, análise técnica detalhada e
validação dos resultados. Além dos resultados finais apresentados, uma série de outras
informações intermediárias também são gravadas para que todo o processo de cálculo
de solicitações, dimensionamento e detalhamento seja validado.
Para acessar estes resultados, basta clicar nos comandos: "Visualizar" – "Resultados
Gráficos e Alfanuméricos" – ‘"Dimens.

6.6.1. Resultados – dimensionamento / detalhamento


Para visualizar os resultados do dimensionamento, basta clicar nos comandos:
"Visualizar" – "Resultados Gráficos e Alfanuméricos" – "Dimens. Armaduras CRV/H
Min" ou "Dimens. Armaduras CRV/H Máx", conforme os resultados a serem
analisados sejam derivados da solução estrutural global com vínculos elásticos
minorados ou majorados.
Este relatório é dividido em duas partes. Na primeira parte são apresentados os
valores do dimensionamento e detalhamento realizados para cada estaca de cada bloco
e ao longo de todo o fuste, metro a metro. Na segunda parte são apresentados os
valores do dimensionamento das estacas otimizadas por bloco, sempre considerando as
armaduras e comprimentos mais críticos, mesmo que sejam em estacas diferentes para
o mesmo bloco. Abaixo, são apresentadas com maiores detalhes cada uma destas
partes do relatório.

6.6.2. Relatório de dimensionamento por estaca


A primeira parte do relatório apresenta a armadura para cada uma das estacas de
cada um dos blocos:

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ESTACAS – SISES 223

Nos dados acima é possível verificar, para cada estaca, os dados sobre a dimensão da
seção transversal, o dimensionamento efetivamente realizado pelo sistema ("As"
necessário), a armadura efetivamente determinada pelas bitolas selecionadas, taxa de
armaduras, comprimentos calculados e observações gerais.
Se for imposta alguma armadura no arquivo de critérios para este tipo de estaca, é
emitido um aviso no campo "OBS": "As Imposto", caso esta armadura imposta seja
maior que a necessária. Caso contrário, a mensagem impressa no campo "OBS" indica
a insuficiência de armadura: "AsImpInsuf". Outras informações estão descritas na
legenda existente no início do relatório.

6.6.3. Envoltória de armaduras por bloco


Após o dimensionamento das estacas de um mesmo bloco o programa
automaticamente já faz a uniformização das armaduras para cada bloco, ou seja,
considera a armadura e o comprimento mais crítico dentre as estacas de um mesmo
bloco.

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Anotações

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