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PDCA Editora
5S Office
Como maximizar a
produtividade no ambiente
administrativo
Haroldo Ribeiro
PDCA Editora
2
Copyright 2015 by PDCA Editora
Rua Afonso Pena, 229 – Santa Paula
CEP 09541-400 – São Caetano do Sul – SP – Brazil
Telefone: 11-42271761
Site: www.pdca.com.br
E-mail: pdca@terra.com.br
ISBN 978-85-63402-14-1
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Depósito Legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto n° 1.825, de 20 de dezembro de
1907.
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qualquer meio, sem autorização prévia do autor. O Código Penal Brasileiro determina no
artigo 184 pena e sanções a infratores por violação de direitos autorais.
Ribeiro, Haroldo
5S Office – Como maximizar a produtividade no ambiente administrativo
/Haroldo Ribeiro. São Caetano do Sul: PDCA Editora, 2015
ISBN 978-85-63402-14-1
1. Administração de empresas 2. Ambiente de trabalho – Administração
3. Controle de qualidade 4. Manutenção Industrial – Administração I. Título
3
Sobre o Autor
Diretor da PDCA - Consultoria em Qualidade e Consultor especializado
no Japão.
Administrador de empresas e Engenheiro Mecânico, Pós-Graduado em
Manutenção Mecânica.
Criador da “Certificação 5S” em 1996.
Professor de Pós-Graduação da FEI - Faculdade de Engenharia Industrial,
São Paulo, desde 2003.
Engenheiro e Auditor da Qualidade Certificado pela ASQ – Estados
Unidos, desde 1991.
É criador dos maiores portais do mundo de 5S e TPM (desde 1996).
Um dos primeiros examinadores do Prêmio Nacional da Qualidade (1994 e
1997).
Tem passado a metodologia de implantação do 5S e TPM para várias
empresas do Brasil, países latino-americanos (Argentina, Chile, Bolívia,
Equador, Colômbia, Costa Rica e México), Índia e Europa desde 1995.
Tem artigos publicados no Japão e em várias revistas brasileiras.
Proferiu palestras e treinamentos de 5S e TPM para mais de 48 mil
pessoas desde 1990.
4
SUMÁRIO
Introdução 06
ETAPA 1 - Conheça e reconheça o 5S como uma metodologia de simples 12
entendimento e aplicação adequada para maximizar a produtividade nos
ambientes administrativos.
1.Conheça a origem do 5S 13
2.Saiba o que significa cada “S” 13
3.Quais os fundamentos do 5S? 14
4.Por que a sequência dos “S”? 20
ETAPA 2 - Reconheça os problemas que comprometem a produtividade nos 22
ambientes administrativos e tenha o desejo para maximizá-la.
1.Por que a sua empresa necessita implantar o 5S em Áreas Administrativas? 23
2.O que a empresa ganha com o 5S em áreas administrativas? 23
3.O que as Lideranças ganham com o 5S em Áreas Administrativas? 24
4.O que as pessoas ganham com o 5S em Áreas Administrativas? 25
5.Quais os principais ganhos em cada um dos 5S nas áreas administrativas? 25
6.Exemplos de resultados do 5S em algumas empresas 25
ETAPA 3 - Elabore um plano de implantação que tenha como fundamento 29
trazer benefícios para as pessoas e para a empresa.
Quais as preocupações iniciais? 32
Fase 1 – Sensibilize as Pessoas Estratégicas 42
Fase 2 – Estruture a equipe de implantação do 5S 43
Fase 3 – Planeje as etapas do Plano de Implantação até o Lançamento do 5S 48
Fase 4 – Garanta um excelente lançamento do 5S 52
ETAPA 4 - Consolide os três primeiros “S” no ambiente administrativo. 59
Como se comporta a maioria das empresas após o lançamento do 5S? 60
Sistematize a prática dos três primeiros “S” (SEIRI, SEITON e SEISO) 66
Quais as atividades promocionais de 5S mais usadas pelas empresas? 73
Como desenvolver sistemática de reconhecimento que realmente motive as pessoas 77
ETAPA 5 - Consolide o 5S no ambiente administrativo e no ambiente 83
eletrônico
1. Fase 6 – Planeje adequadamente a implementação dos 2 últimos “S” 84
2. Fase 7 – Implemente os 2 últimos “S” 95
3. Fase 8 – Garanta a prática contínua do 5S 97
4. Fase 9 – Como Certificar as áreas e/ou a empresa em 5S 98
ETAPA 6 - Implante o 5S na função administrativa, transformando 100
escritórios em “Fábricas de Informações”.
Sistematize a implantação do 5S na Função Administrativa 101
Adeque os conceitos de cada “S” para a Função Administrativa 102
Conclusão 106
Anexos 129
Anexo 1 - Critérios de Avaliação do 5S - Ambientes Administrativos 130
Anexo 2 – Formulário para Avaliação do 5S - Ambientes Administrativos 135
Anexo 3 - Exemplo de Check-list de 3S - Ambientes Administrativos 136
Anexo 4 - Critérios de Avaliação do 5S - Funções Administrativas 139
Anexo 5 – Formulário para avaliação do 5S na Função Administrativa 144
Anexo 6 - Exemplo de Padrão de Limpeza - Escritórios 145
Anexo 7 - Exemplo de Procedimento para Descarte 146
Anexo 8 - Exemplo de Manual do 5S 148
Anexo 9 - Exemplos de Procedimento para Estruturação de Arquivos Eletrônicos 173
Anexo 10 – Exemplos de Padrões de 5S em Ambientes Administrativos 176
Anexo 11 – Exemplos de Itens para a implementação e verificação de 5S 183
Referências 185
5
Introdução
Ir para casa no final do expediente com o sentimento de que conseguiu fazer tudo o
que era necessário, com a qualidade que gostaria de fazer e com um nível de stress
normal possivelmente é um desejo de todas as pessoas que trabalham em ambientes
administrativos, independente do nível de hierarquia ou do setor da empresa. É
geral o nível de insatisfação dos bons profissionais com os próprios resultados e
com aqueles obtidos pela sua equipe. A necessidade de otimizar o tempo,
melhorar a eficiência das atividades e reduzir o stress para cumprir
adequadamente as rotinas é um desejo comum de quem trabalha em escritórios.
Este livro se propõe a apresentar um método simples e devidamente
experimentado desde 1990, quando conheci o programa 5S, com o objetivo de
maximizar a produtividade em ambientes administrativos.
Quando em 1990 tive o primeiro contato com o 5S, a minha primeira impressão foi
a mesma que tenho verificado na maioria dos profissionais de áreas administrativas
que conheci desde que iniciei meus trabalhos de consultoria, em 1995. Uma visão
mecânica e limitada de atividades de ordem e limpeza.
6
A seguir apresento as principais distorções de entendimento do 5S que percebo nas
pessoas com quem tenho contato nas empresas:
7
As dicas que apresento neste livro promovem ganhos para empresa e para as
pessoas com a prática do 5S em seus escritórios. A prática do 5S nos computadores
será abordada em outro momento.
No SEISO as pessoas que trabalham em escritórios acreditam que nada têm a fazer
neste “S”, já que normalmente nestes ambientes não há fontes de sujeira e a
limpeza normalmente é feita por uma empresa terceirizada. Apesar desta
justificativa sem em parte verdadeira, nada impede que alguns problemas sejam
atacados, tais como: resíduos provocados pelas pessoas no uso dos espaços
coletivos (banheiro, copa, copiadora e impressora compartilhada); falta de um
tapete na entrada das salas; poeira que se acumula nos interiores de gavetas,
armários e em locais de difícil acesso (atrás de armários e de equipamentos de
escritórios).
8
No SHITSUKE várias atitudes são trabalhadas, tais como: pontualidade em
reuniões e treinamentos, cumprimento de prazo, uso adequado dos meios de
comunicação (corpo-a-corpo, telefone e correio eletrônico), postura respeitosa com
relação aos outros colegas (cumprimento, espírito de equipe, respeito às
individualidades, temperatura do ar-condicionado, tom de voz, etc.).
Se você que está lendo este livro não reconhece que os ambientes administrativos
atendem aos níveis de produtividade necessários, está dispensado de continuar a
leitura.
9
Etapa 4 – Consolide os três primeiros “S” no ambiente administrativo.
É importante que a implantação seja iniciada por atividade simples, concretas e que
promovam resultados impactantes e motivantes, proporcionados pelo descarte do
desnecessário, organização do que é necessário e a manutenção da limpeza nos
ambientes individuais e coletivos.
10
A tabela a seguir apresenta a ampliação do 5S do ambiente para o 5S da função
administrativa.
5S do Ambiente 5S da Função
Uso racional dos recursos. Execução do que é realmente
necessário.
Organização dos recursos. Planejamento adequado das
atividades.
Cuidado com a limpeza. Revisão permanentemente da
rotina de trabalho.
Padronização dos níveis de estoque e consumo, Definição dos padrões de
de ordem e de limpeza. trabalho e dos prazos de
Definição de rotinas para manutenção da ordem entrega.
e da limpeza.
Definição de regras de convivência.
Cuidado com a higiene e saúde no ambiente de
trabalho.
Cumprimento rigoroso das normas, regras e Cumprimento de
procedimentos sem necessidade de cobrança. procedimentos e prazos sem
cobranças.
Vamos lá?
Haroldo Ribeiro
www.pdca.com.br
www.harib5s.blogspot.com
pdca@terra.com.br
11
ETAPA 1
Conheça e reconheça o 5S como a metodologia de simples
entendimento e aplicação para maximizar a produtividade nos
ambientes administrativos.
12
1. Conheça a origem do 5S
Não há uma convergência de informações sobre a real origem do 5S. Alguns autores citam que foi
criado pelo saudoso Dr. Kaoru Ishikawa, Engenheiro Químico japonês e principal pregador dos
conceitos de qualidade total naquele país. Esta referência deve-se ao fato ter sido o Professor
Ishikawa o responsável pela criação do CCQ - Círculo de Controle da Qualidade, cujo princípio
era popularizar os conceitos de estatística aplicada à qualidade, através de grupos de trabalhos
compostos por funcionários de níveis operacionais. Porém, não existe nenhuma citação nos seus
próprios livros sobre esta suposta referência.
O que se sabe é que o 5S foi criado no Japão com o objetivo de possibilitar um ambiente de
trabalho adequado para uma maior produtividade. Isto ocorreu no início da década de 50,
momento em que o Japão tentava se reerguer da derrota sofrida na Segunda Grande Guerra e as
indústrias japonesas necessitavam colocar no mercado, produtos com preço e qualidade capazes
de competir com a Europa e com os Estados Unidos.
Após se transformar numa grande potência econômica, na década de 80, o Japão passou a ser foco
de pesquisas por empresas de outros países, desejando conhecer as ferramentas gerenciais
utilizadas para justificar os seus grandes ganhos de produtividade (Qualidade Total, Sistema de
Produção Just-In-Time ou Lean Manufacturing; Manutenção Produtiva Total – TPM; Círculos de
Controle de Qualidade – CCQ; o princípio de melhoria contínua – KAIZEN). Porém, a maioria
das empresas japonesas é unânime em afirmar que o 5S é a base física e comportamental para o
sucesso destas ferramentas gerenciais. Desta forma, o 5S passou a ser adotado por várias empresas
do mundo.
13
3.Quais os Fundamentos do 5S?
O princípio de implantação do 5S pode ser mais bem entendido através do Diagrama de Hersey,
reconhecido psicólogo norte-americano pela sua abordagem sobre comportamento das pessoas
dentro das empresas. Hersey explica duas formas que promovem mudanças comportamentais no
indivíduo. A Figura 1 apresenta as mudanças decorrentes de uma prática participativa, onde
através do conhecimento da informação, as pessoas podem mudar as suas atitudes, depois mudam
o seu comportamento pessoal e, por último, elas poderão promover uma mudança no
comportamento coletivo. A Figura 2 apresenta as alterações oriundas de uma iniciativa
direcionada, onde através de uma decisão tomada por uma liderança, há uma mudança do
comportamento coletivo. Caso esta decisão permaneça por um tempo, há uma mudança no
comportamento individual e posteriormente na atitude, até que o conhecimento seja internalizado.
Vale a pena diferenciar comportamento de atitude. Comportamento é a ação e atitude é a
conscientização. O comportamento é o resultado de uma influência do meio. A atitude é o
resultado de uma influência da consciência. O comportamento pode se transformar em uma
atitude quando a ação é repetida várias vezes. A atitude pode se transformar em comportamento
quando há uma coerência entre conhecimento e necessidade. Alguns exemplos podem elucidar a
questão.
14
Comportamento Coletivo
Comportamento Individual
Atitudes
Conhecimento
Comportamento Coletivo
Comportamento Individual
Atitudes
Conhecimento
Figura 2 – Ciclo da Ação (Induzido)
15
O Cinto de Segurança
Embora haja um consenso sobre os benefícios da utilização do cinto de segurança pelo motorista e
pelos passageiros de um automóvel, há aqueles que, após tomar conhecimento das vantagens,
passa a usá-lo, independente de uma fiscalização. Há outros que só usam o equipamento quando
sentem o risco de serem multados. Através de uma boa campanha que envolva toda a sociedade e
penalize os infratores, observa-se a mudança de comportamento coletivo. Caso esta campanha
perdure, unindo conscientização e punição, é possível que as pessoas passem a usar o cinto, não
mais pela fiscalização, mas pela conscientização.
Conclusão: As pessoas que usavam o cinto anteriormente, a partir do conhecimento, reviram suas
atitudes e mudaram seus comportamentos. As pessoas que não usavam, tiveram que mudar seu
comportamento por uma necessidade (livrar-se da punição), mas com a frequência de uso e com
mais informações, mudaram a sua atitude, ou seja, passaram a usar o cinto através da mudança de
conhecimento.
O trem e o Metrô
É comum nos países onde há uma carência na educação comportamental uma diferença no
comportamento das pessoas quando utilizam o trem urbano e quando utilizam o Metrô, embora
sejam as mesmas. Normalmente sujam o trem e mantêm o metrô limpo. Por que isto ocorre? A
resposta é simples. Enquanto os funcionários do metrô fiscalizam a venda clandestina de
alimentos e mantêm a estação e os vagões sempre limpos e bem conservados, e nem sempre
ocorre o mesmo com o trem. Diferenças de comportamento como esta ocorrem entre feiras livres
e hipermercados; entre banheiros de terminais de ônibus e de aeroportos; entre estádios de futebol
e teatros. Ou seja, o ambiente físico influencia o comportamento coletivo.
Não há um exemplo mais adequado para explicar a adequação do ser vivo ao ambiente que uma
experiência com macacos feita por psicólogos comportamentalistas. Eles colocaram 5 macacos
dentro de uma sala, cada um com um porte físico diferente do outro. Quando perceberam que os
animais estavam famintos, colocaram um pouco de comida em um local onde somente um deles,
por vez, poderia acessá-la. Não foi surpresa nenhuma ver que o macaco mais forte é quem se
alimentou da pouca comida existente. Porém, no momento que o macaco tocou a comida, os
demais receberam um banho de água gelada. O que ocorreu após a experiência se repetir algumas
vezes? Isto mesmo, os demais macacos, sabendo que seriam castigados no momento que um deles
se beneficiasse com o alimento, uniram-se e impediram o acesso de qualquer um deles. A
experiência não terminou aí. Quando já havia uma acomodação com relação à comida pelos
macacos, mesmo famintos, os cientistas trocaram um deles por outro. Como o novo inquilino não
conhecia as regras, foi impedido de acessar à comida, mesmo faminto. A Experiência se repetiu
até que todos os macacos tivessem sido revezados. Naquele momento os cientistas perceberam
que, mesmo desconhecendo os efeitos do acesso à comida (o banho de água gelada), os macacos
tinham adquirido o hábito de não fazê-lo. Conclusão: O ambiente tem uma forte influência sobre
o comportamento. Exemplos como este temos os costumes que adquirimos, dependendo do
ambiente onde vivemos.
16
A partir de uma abordagem comportamentalista, fica mais fácil explicar a sistemática de
implantação do 5S:
Reconhecimento do problema
Problema é a diferença entre o que se tem e o que se deseja. É uma questão relativa e não
absoluta, uma vez que a percepção do que se tem e a expectativa do que se deseja ter dependem
da referência que as pessoas conhecem e das necessidades que elas precisam atendê-las. Dentro de
uma Organização, o reconhecimento do problema pode ocorrer por iniciativa de algumas pessoas
ou por iniciativa de seus acionistas, clientes, fornecedores ou órgãos fiscalizadores que
representam a sociedade. Desperdício, desordem, sujeira, poluição, acidentes, defeitos,
indisciplina, desunião, pouco comprometimento, quebra frequente de equipamentos e/ou
dificuldade para a implementação de outras melhorias, são realidades de várias Organizações e
que demoram a serem reconhecidas. São problemas causados, muitas vezes, por deficiência no
comportamento das pessoas, de todos os níveis e de todas as áreas. São problemas que parecem
pequenos quando isolados ou mal analisados, mas que geram um grande custo quando somados e
associados a outros. São problemas que ocorrem a toda hora, a cada minuto e que não são
percebidos por lideranças que se limitam a, de seus escritórios, analisarem dados e a realizarem
reuniões, sem ter um contato mais íntimo com os locais onde os problemas acontecem (chamados
no Japão de “gemba”). Desta forma, o primeiro momento da implantação do 5S é o
reconhecimento e a inquietação com os problemas cujas causas são deficiências comportamentais
e cujas consequências muitas vezes são drásticas.
Apesar de mais de meio século desde a sua criação no Japão e de chegar ao ocidente desde a
década de 80 o 5S ainda não é conhecido pela grande maioria das Organizações. Mesmo que
algumas delas estejam incomodadas com os problemas oriundos de aspectos comportamentais,
não sabem que existe uma solução sistemática, simples, barata e devidamente experimentada para
solucioná-los, que é o 5S.
17
relâmpago e massificado dos colaboradores para depois se realizar o dia do descarte e da faxina.
Experiências incompletas são aquelas onde o estágio de implantação ainda é embrionário, cujo
valor investido com a parte promocional se reverteu, por enquanto, em alguns materiais
descartados. Uma distorção dos conceitos mais frequentemente cometida por muita gente que
acredita conhecer o 5S é limitá-lo à parte dos 3 primeiros “S”. Esta questão é melhor abordada no
decorrer deste livro.
Segundo: Reconheça o 5S
18
aderem inicialmente ao 5S são aquelas que já praticam estes conceitos de forma natural, em
função da educação recebida ao longo de sua vida. Em um segundo momento aderem ao 5S
aquelas pessoas que experimentaram uma boa educação, mas que, em função da influência de
alguns ambientes, relaxaram na prática de alguns aspectos. Porém, a implantação do 5S na
empresa possibilita que estas pessoas façam um “resgate” daquilo que estava adormecido em suas
memórias. A dificuldade maior é conquistar a adesão daqueles que efetivamente não vivenciaram
alguns comportamentos alinhados com o 5S. E isto, independe do nível sócio econômico,
acadêmico ou hierárquico. São estas pessoas as resistentes ao 5S. Somente assistindo as melhorias
geradas no ambiente de trabalho, é que algumas se convencem e internalizam o 5S.
Por uma questão de desconhecimento sobre o 5S, muitas pessoas, inclusive da alta cúpula das
empresas, confundem o 5S com programas de ordem e limpeza. A tabela 1 resume estas
diferenças.
Esta confusão de conceitos tem levado algumas empresas a se limitarem em atividades de ordem e
limpeza (como sinônimo de faxina), porém muito mais preocupadas com a forma (resultado
estético), do que com os conceitos educacionais (resultado funcional).
O SEIRI, que no sentido japonês, significa a utilização racional de recursos para evitar
desperdícios, passou a ser tratado como uma atividade estanque de descarte do desnecessário,
mesmo assim sem muito critério.
19
O SEITON, cujo objetivo é tornar o acesso aos recursos mais rápido e seguro, é tratado apenas
com pintura e demarcação de piso e uma poluição de identificações, muitas vezes sem a mínima
funcionalidade.
O SEISO, que tem por finalidade aproveitar a atividade de limpeza para agregar valor ao
ambiente, atacando fontes de sujeira, locais de difícil acesso para limpar, operar, visualizar,
reparar, repor, etc., é tratado, na prática, como uma simples faxina, tornado pessoas qualificadas
em puros faxineiros e parando algumas atividades produtivas à custo de uma limpeza apenas
estética.
Caso não ocorra um melhor entendimento destes conceitos, principalmente por parte das
lideranças, os resultados que poderiam advir do 5S ficariam bastante limitados aos resultados
advindos de programas de ordem e limpeza, nos ambientes onde as pessoas vivem ou trabalham, e
o inverso nos ambientes onde as pessoas apenas circulam. É recomendável que no inicio de
implantação do 5S em uma empresa, sejam desenvolvidas atividades de “ordem e limpeza” nos
ambientes frequentados por pessoas de diversas áreas, tais como: vestiários, refeitórios,
pavimentações, estacionamentos, etc. À medida que o 5S fosse se desenvolvendo nos ambientes
de trabalho, as atividades de “ordem e limpeza”, natural e gradativamente, seriam reduzidas nestes
ambientes coletivos.
1º S - SEIRI – A classificação dos recursos existentes no ambiente, separando o que fica e o que
sai, desperta as pessoas para uma análise crítica do seu ambiente e para o rompimento de
paradigmas sobre posse de objetos obsoletos. A cultura de que “um dia eu vou precisar” forma na
pessoa uma postura conservadora, de individualismo, de acomodação e não estimula a capacidade
de planejamento. Esta postura gera um alto custo para a empresa e para a pessoa. Pode-se até
imaginar que a guarda de objetos obsoletos dificulta a circulação e renovação de “energias” no
ambiente.
Como os dois próximos “S” tratam de ordenação e limpeza, não seria inteligente estarmos
organizando e limpando recursos obsoletos.
20
cumprimento, sem que antes as pessoas tenham a predisposição para manterem limpos os seus
ambientes.
4º S - SEIKETSU – A preocupação pela saúde visa aumentar a autoestima para que as pessoas
tenham maior amor próprio. O estabelecimento de padrões e de regras de cumprimentos rompe o
paradigma de que a convivência pacífica não ocorre sem tirar a individualidade das pessoas.
Como o último “S” tratam de autodisciplina, não seria inteligente exigir respeito ao coletivo se as
pessoas não demonstram respeito por si próprias, descuidando de sua saúde. Tampouco não seria
inteligente cobrar autodisciplina se as pessoas desconhecem normas e procedimentos e não
participam do estabelecimento de regras de convivência.
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ETAPA 2
Reconheça os problemas que comprometem a produtividade nos
ambientes administrativos e busque maximizá-la.
22
A leitura e aplicação das dicas este livro só fazem sentido caso o leitor reconheça que o nível de
produtividade atual nos ambientes administrativos apresenta um bom potencial de melhoria,
principalmente otimizando o tempo e fazendo os trabalhos com a qualidade necessária e com o
mínimo de stress.
Tentarei responder possíveis questionamentos que você leitor pode estar fazendo, ou até mesmo
provocar uma reflexão para as seguintes questões:
23
energia, materiais de limpeza e redução de frequência de limpeza da empresa
contratada.
Descartando adequadamente os resíduos há uma maior consciência ambiental
Definindo regras de convivência há uma melhoria do relacionamento
Havendo ambientes ergonômicos e as pessoas cuidando da higiene pessoal há uma
tendência de menor fadiga e menor possibilidade de absenteísmo por questões de
saúde
Havendo pontualidade em reuniões, há uma melhor otimização de tempo
Os prazos sendo cumprimento há menor stress, inclusive com clientes externos
Com o respeito mútuo, independente do nível hierárquico há um melhor relacionamento
Com o cumprimento voluntário ao que é acordado, incluindo às regras de convivência há
menor necessidade de cobrança e menor sobrecarga de e-mails.
Esta questão é importante, pois se a liderança não perceber ganhos tratará o 5S apenas como uma
atividade adicional, dissociado de sua rotina e de seus resultados.
Uma visão limitada que normalmente percebo nos líderes de equipes administrativas das
empresas que dou consultoria na fase inicial do programa são:
• “5S só é aplicável em ambientes operacionais devido às fontes de sujeira e aspectos de
segurança”
• “Minha equipe não tem tempo prá fazer o 5S”
• “O que interessa prá meu chefe são os resultados”
• “Vou indicar o estagiário prá ser o Facilitador do 5S”
• “Pessoal, vamos fazer o 5S porque amanhã tem auditoria”
24
• “Vou aumentar a produtividade com as melhorias das condições de trabalho devido à
redução do stress, menor desgaste físico e maior autoestima.”
Uma vez ampliada a visão, as lideranças devem persuadir a sua equipe a praticar o 5S, não porque
ele está cobrando, mas porque cada um se beneficiará dos resultados direta e indiretamente.
As pessoas que trabalham em áreas administrativas têm uma visão limitada do 5S, pensando da
seguinte forma:
• “Tenho coisa mais importante prá fazer que o 5S”
• “Eu gosto de trabalhar do meu jeito”
• “Eu vou ter que demarcar a minha mesa? Eu não posso ter mais de uma caneta?”
• “Lá vem o chato daquele auditor...”
• “O auditor vai abrir a minha gaveta e o meu armário?”
• “Graças a Deus não fui auditado(a)!”
Apenas para efeito didático, os principais ganhos do 5S nos ambientes administrativos são:
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SEISO - Fazendo da limpeza uma aliada:
Não sujando o posto de trabalho e os locais de uso coletivo
Eliminando possíveis fontes de sujeira
Limpando os pontos onde acumula sujeira onde não é viável a limpeza por Terceiros
Inspecionando sujeira acumulada em locais de difícil acesso visual e físico
Aproveitando a limpeza de armários e gavetas para eliminar recursos e documentos
obsoletos, para ordenar o que fica e para verificar possíveis problemas de conservação
Destinando adequadamente os resíduos.
Resultados Gerais
• 13610 Homens-hora economizadas em um ano. Isto significa 1700 dias de uma só pessoa
ou 170 dias de 10 pessoas
• 30% de documentos físicos descartados
• 30% de documentos enviados para arquivo morto
• 20% dos materiais de apoio descartados
• 15 armários liberados
• 30% de arquivos eletrônicos deletados
• Redução de 30% no número de e-mails enviados
• Redução de 20% no número de documentos impressos
• Redução de 80% das reuniões que iniciam com atraso
• Redução de 80% das pessoas chegam atrasadas em reuniões e treinamentos
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RH - Desenvolvimento de Pessoal
• 40% das solicitações da Sede Geral eram solicitadas sem a devida antecedência
• 30 a 40% das solicitações de emergência de outras áreas não se justificavam
Jurídico
• Informações para os clientes internos eram passadas com 4 dias a mais que após o 5S
• 70% dos contratos chegavam com os serviços já executados
Tesouraria e Contas a Pagar
• A qualidade dos serviços da área foi melhorada
• Eram feitos pagamento de juros por atrasos devido a desordem de outras áreas
Gestão Financeira
• 20% dos relatórios não apresentavam a qualidade desejada pela própria área
• 100% dos relatórios fechavam com atraso por problemas da Contabilidade. Isto provocava
um retardo de 12 horas a cada mês
RH
• Antes existiam 20% dos erros na Folha de Pagamento por desorganização de outras áreas
• 80% das vezes os documentos tinham dificuldade de serem localizados para fiscalização
obrigando a pedir prazo além do normal
• A empresa já havia sido multada por não localizar documento solicitado pela Fiscalização
e já houve processo trabalhista perdido por não reunir documentos
Diretoria
• Por falta de autodisciplina dos Diretores para iniciar reuniões havia um atrasos de até 1
hora
• 100% das reuniões começavam com atrasos. Apenas 10% eram por falha dos convidados
• 60% das vezes eram agendados compromissos em parte dos horários reservados para
outros
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• 3 Andares esvaziados na Av. Paulista - São Paulo (13 empresas do Grupo foram
transferidas para os lugares esvaziados)
Montadora de Caminhões – 700 pessoas
• Descarte de 8600 itens
• Disponibilização de 1000 m2 de área
• Descarte de 4000 arquivos virtuais
28
Etapa 3
Elabore um plano de implantação que tenha como fundamento trazer
benefícios para as pessoas e para a empresa.
29
A proposta de implantação do 5S apresentada neste do livro pode ser adotada por qualquer
empresa. A Figura 3 ilustra a metodologia sugerida para a implantação do 5S no ambiente
administrativo, resultante de um conjunto de atividades: artigos, matérias e livros de diversos
autores e de diversos países (Japão, Europa, Estados Unidos e América do Sul); experiências de
diversas empresas localizadas em diversos países e regiões; experiências de vários consultores do
tema e profissionais que coordenam o 5S nas respectivas empresas e, por fim, a experiência
acumulada desde os finais dos anos 80.
Nas etapas 3 a 5 serão apresentadas todas as informações necessárias para levar uma empresa à
excelência do 5S em ambientes administrativo. Na etapa 6 é apresentada a metodologia para
estender o 5S para a Função Administrativa.
Fase 5
Consolidação dos 3 primeiros S? Prática Sistemática
dos 3 primeiros “S
Planejamento para Lançamento do
os 2 últimos “S” 5S
Ações de Elaboração
Melhorias de Planos
de Ação
Após consolidação do 5S
Implementação Certificação 5S
dos 2 últimos S
30
Há três possibilidades para a utilização das informações contidas neste livro:
Primeira: A implantação do programa em uma empresa tipicamente administrativa
Segunda: A implantação do 5S em ambientes administrativos independentes de uma
empresa que já tem o programa 5S em suas instalações operacionais
Terceira: A implantação do 5S em ambientes administrativos dentro das instalações da
empresa que já tem o programa 5S.
As informações deste livro são úteis para a primeira possibilidade já que ela exige um
detalhamento maior. Cabe ao leitor filtrar, das informações contidas, aquelas pertinentes para as
segunda e terceira possibilidades.
É bom ressaltar que a metodologia de implantação do 5S apresentada neste livro não foi criada
por mim. Mas, pela conclusão dos pontos comuns de metodologia bem sucedidas dentre todas as
tentativas, tais como:
Esta metodologia tem se mostrado com baixa eficiência na prática dos dois últimos “S”, já que é
difícil exigir que as pessoas valorizem o abstrato (4º e 5º S) quando ainda convivem com
problemas concretos significativos (3 primeiros “S”).
Com a experiência já obtida com o 5S é perda de tempo e de recursos limitar a prática á áreas ou
unidades Piloto. empresa competitiva não tem tempo a perder fazendo testes cujos resultados já
são previstos.
O 5S é um processo educacional. Todas as áreas e níveis da empresa são carentes de sua prática.
Deixar áreas de apoio fora do 5S é imaginar que as perdas e os problemas comportamentais são
características somente das áreas operacionais.
Por se tratar de um processo educacional o 5S deve ser implantado no sentido “top-down”, onde
os condutores do programa no dia a dia são os líderes imediatos, inclusive a partir do próprio
exemplo.
31
f) Implantar o 5S com o foco apenas em auditorias
Esta tem sido uma das práticas mais comuns. Muito se investe em auditorias e pouco se investe
em capacitações e reciclagem, principalmente para as Lideranças. À princípio seriam elas as que
mais deveriam receber treinamentos de 5S (e não os auditores).
A metodologia apresentada neste livro visa o atingimento de níveis de excelência mundial. Logo,
uma empresa que vise resultados pífios e estéticos com o 5S devem adotar metodologias com
resultados de curto prazo e de embelezamento. A experiência tem demonstrado que iniciativas
para a sua implementação desvinculada da estratégia da empresa, não produzem resultados
sólidos à médio e longo prazos. A implantação do 5S deve passar, obrigatoriamente, por uma
decisão estratégica, a qual é impossível de ocorrer sem que seja através do alto escalão.
As informações contidas nesta etapa visam formar um espírito crítico do alto escalão para que seja
tomada uma decisão fundamentada, inclusive sobre o seu papel e do médio escalão nas diversas
etapas de implantação.
5S e o Número 1
Sempre que são discutidos os fatores que levam várias empresas a fracassarem na implantação e
manutenção do 5S, a falta de comprometimento das lideranças aparece na maioria deles. Porém,
se estas pessoas são as que buscam resultados de alta performance para a empresa e a contribuição
que o 5S dá para estes indicadores é incontestável, por que as lideranças são as principais
“suspeitas” pelo fracasso do 5S? O que fazer, portanto, para comprometê-las visando o sucesso do
5S?
32
A tabela 2 apresenta uma estatística levantada entre 1995 e 2015 entre empresas de médio e
grande portes no Brasil (90% da amostra), Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia, Equador,
Costa Rica, Bolívia e México, na implantação do 5S.
33
Informações Principais resultados estatísticos Comentários
Resultados 95% - Não calculam efeitos do 5S nos *As empresas informaram que
resultados de indicadores de performance* é alto o nível de complexidade
para isolar os efeitos do 5S das
outras ferramentas gerenciais.
As empresas que informaram
que fazem o cálculo (5%), não
precisaram a fórmula
A maioria informou que,
apesar de não fazer o cálculo,
reconhecem os efeitos
Premiação • 80% - Não há No cruzamento de
• 15% - Associada ao PPR informações não há inter-
(Premiação Por Resultados), PLR relação entre a existência de
(Premiação por Lucro e Premiação e o Sucesso do 5S
Resultado), PA (Plano de Ação)
• 5% - Outros
Reconhecimento • 50% - Não há nada sistematizado *Outros (ranking)
• 30% - Feito a cada ciclo de • 1º Feito no final do ano
avaliação ou auditoria • 2º Feito por destaque
• 20% - Outros* pessoal
• 3º Associado
diretamente a outros
indicadores
comportamentais
(Absenteísmo, Atos
Inseguros, Sugestões
dadas ou
implementadas, etc.)
Tabela 2 – Alguns dados estatísticos sobre o 5S em algumas empresas amostradas
Fonte: PDCA – Consultoria em Qualidade
Inicialmente é bom analisar de que forma as lideranças da empresa são envolvidas para a
implantação do 5S. Normalmente o nível de informação e a estratégia utilizada são inadequados.
O que realmente é o 5S? Qual a metodologia de implantação? Qual a relação de seus benefícios
com os indicadores de performance? Qual o papel de cada nível de liderança para a condução do
5S em seus vários estágios? As respostas à estas questões não são devidamente apresentadas no
inicio e até mesmo ao logo da implantação. Desta forma, fica injustamente sob responsabilidade
do Comitê e dos Auditores de 5S a incumbência de conduzir o 5S nos ambientes de trabalho.
Delegar responsabilidades para estruturas paralelas à estrutura orgânica da empresa tem sido a
“armadilha” dos diversos processos participativos.
34
A tabela 3 apresenta de maneira resumida a visão da maioria das lideranças e a visão que seria a
recomendada.
35
O papel da liderança na condução do 5S depende do nível hierárquico que cada uma ocupa. À
medida que baixamos o nível de hierarquia o tempo dedicado é maior e as atividades passam de
um nível de verificação para um nível de controle. A tabela 4 apresenta as principais atividades
36
com seus pares; e outras condutas incompatíveis com o papel de líder, ainda são situações
corriqueiras e que merecem ser autocontroladas sob o risco de perda de credibilidade.
Para concluir, as lideranças têm que entender que já não há mais tempo para ficarem
“reimplantando” o 5S. Como todas as mudanças necessárias para a sobrevivência da empresa
passam obrigatoriamente por transformações culturais, e o 5S é o método mais eficiente e
reconhecido para que isto ocorra nos ambientes de trabalho, as frequentes retomadas de 5S
desgastam e frustram as pessoas que são convidadas repetitivamente para treinamentos, palestras,
Dia da Grande Limpeza e Descarte, etc. Se tem que se implantar o 5S que se implante
definitivamente e que seja dada pelas Lideranças a prioridade que merece, pois os resultados
efetivos só ocorrerão com a continuidade de propósito a médio e longo prazos (3 a 6 anos).
Em uma empresa que o 5S não tem gestor ou todos se dizem gestores, na fase de implantação, o
resultado tem sido o mesmo: O 5S não se desenvolve. Evidentemente, a escolha de um dono para
o 5S não garante o seu sucesso caso não haja a liderança efetiva do número 1.
É importante que o 5S tenha um dono (uma pessoa ou um comitê), responsável pela sua
coordenação na empresa. A necessidade de uma dedicação integral depende de cada empresa. Na
grande maioria, não existe uma dedicação “full-time” deste profissional para o 5S e não existe
uma relação direta sobre o sucesso ou o fracasso com este nível de dedicação. Pode ser que a
empresa tenha um Gestor de 5S
37
Frequência Gestor Principais vantagens Principais desvantagens
1º. Pessoa • Dedica tempo suficiente ao 5S Todos ficam aguardando iniciativas do
estrategicamente • O acompanhamento por parte da responsável
selecionada direção fica mais fácil (sistema Maior probabilidade de rejeição prática
centralizado) (embora haja concordância na teoria)
2º. Qualidade, Gestão • Vincula o 5S à Gestão da Qualidade Quando a empresa ainda não tem o
Estratégica, Lean Total ou ao Sistema de Gestão Órgão da Qualidade, Gestão Estratégica
adotado pela empresa e Lean
3º. Comitê • Envolve pessoas de vários processos • Dificuldade de compatibilizar
interdepartamental da empresa, descentralizando a horários de reunião
sistemática • Em geral, apenas alguns se
comprometem efetivamente
• Alguns componentes envolvem-se
totalmente com a rotina, não
dedicando tempo à promoção do 5S
4º. Recursos Humanos • Enfatiza o homem • Tende a teorizar muito o assunto
• Possui profissionais especializados • Nem sempre as ações do Órgão
em seres humanos (psicólogo, conseguem comprometimento
assistente social, Segurança e efetivo de outros órgãos
Saúde)
• Possibilita aperfeiçoamento da
política de Recursos Humanos
Tabela 5 - Formas mais frequentes de definição do responsável pelo 5S
A experiência tem demonstrado a importância de escolha da pessoa correta como gestora do 5S,
independe de qual órgão está alocada, contanto que tenha autonomia.
Apesar do treinamento do 5S falar sobre os conceitos do 5S, na prática as pessoas ainda entendem
o 5S como atividades de ordem e limpeza (housekeeping). O maior entendimento ocorrerá quando
a empresa trabalhar de forma sistemática na prática de todos os cincos “S”. Isto acontecerá após a
consolidação dos três primeiros “S”. É uma pena que a grande maioria das empresas que
implantam o 5S não chega neste estágio, ora porque a implantação é má feita, ora porque as
melhorias ocorridas nos aspectos físicos são vistas pela liderança como suficientes, apesar da
prática dos dois últimos “S” ser imprescindível para a manutenção dos três primeiros, além de
elevar o ambiente e o comportamento das pessoas à um nível de excelência. A tendência de a
sociedade ocidental valorizar o que é fenótipo, ou seja, o que é externalizado, dificulta a
valorização do genótipo, ou seja, aquilo que está internalizado, e que muitas vezes é o “belo”.
Desta forma, há uma maior motivação na prática dos três primeiros “S” porque os resultados são
expostos e concretos, porém tendem a ser temporários. Enquanto não há o mesmo nível de
motivação nos dois últimos “S” porque são mais abstratos e discretos, porém tendem a ser
perenes e de maior agregação de valor. É um problema que é solucionado com a postura
visionária de verdadeiros de líderes e experiência do gestor de 5S, algumas vezes orientados por
uma consultoria experiente.
38
Como tratar as pessoas que resistem à prática do 5S
Resistir à mudança é uma lei universal. Mudar permanentemente também é. Estas duas forças
antagônicas são necessárias para o equilíbrio do universo. Mudar significa sair de uma zona de
conforto, onde os resultados são previsíveis, para uma zona onde os resultados são imprevisíveis.
Esta transição provoca o medo como mecanismo natural de defesa da espécie25.
Uma forma de vencer a resistência à mudança (medo) é planejar adequadamente formas de atacar
as variáveis que contribuem para sua existência. As principais são:
Comunicação Deficiente
Boa parte das propostas de mudanças na empresa fracassa a partir de uma deficiência no processo
de comunicação. Três elementos dentro da comunicação devem ser devidamente trabalhados:
a) Conteúdo da informação
Muitas vezes, uma determinada informação tem um grande valor e consistência, mas a forma
como é passada é ineficaz. Com relação ao 5S, deve ser utilizada uma ou mais estratégia que
desperte o interesse das pessoas pelo tema. Para tanto, pode ser usado um material e uma
linguagem diferente, dependendo do perfil do grupo e momento de implantação.
Uma estratégia que promove a participação das pessoas na construção do processo de mudança,
através de seu desdobramento, tem sido a mais efetiva. Para as pessoas de áreas administrativas
tentar utilizar uma metodologia mais descontraída e com uso de mensagens eletrônicas.
c) Credibilidade
Muitas vezes o domínio do conteúdo e uma boa estratégia vão por água abaixo, quando a pessoa
responsável pela comunicação não tem o perfil adequado e/ou não transmite credibilidade. No
primeiro caso, é fundamental que a pessoa que comunica tenha habilidade e didática. Isto se torna
importante à medida que aumenta o número e diminui o nível hierárquico de participantes de um
treinamento e palestra. A escolha de multiplicadores, e sua posterior capacitação, é fundamental
para garantir a eficácia da transmissão do conteúdo através de uma boa estratégia.
39
O treinamento em sala de aula é necessário, mas não suficiente para comprometer os participantes
à prática do 5S, por mais eficiente que ele seja. Deve-se tomar os seguintes cuidados no
planejamento do processo de treinamento:
Quanto mais baixo o nível cultural do público treinado, maiores são as aspirações voltadas para o
atendimento das necessidades básicas (fisiológicas e segurança). Neste caso, deve-se dar maior
ênfase aos benefícios pessoais que cada um vai ter com o 5S (melhoria das condições de trabalho,
possibilidade de utilizar os conceitos para educação dos filhos, etc.).
Desses argumentos poderão ser derivados vários outros que, quando utilizados de forma honesta e
sincera, são suficientes para criar um ambiente propício à aceitação do 5S.
O gestor de um processo de mudança deve entender que, enquanto ele trata aquilo como um fim,
dedicando tempo intensivo no estudo do tema, as demais pessoas tendem a encarar a proposta de
mudança apenas como mais uma atividade, dedicando uma pequena parcela de tempo ao seu
aprofundamento. Com o avanço da tecnologia, principalmente da informática, as pessoas
precisam se adaptar cada vez mais rápido com as mudanças, porém deve se reconhecer as
limitações individuais e as dificuldades de se conseguir sinergia das ações dentro da empresa,
ainda mais quando há altas variabilidades de níveis educacionais e condições socioeconômicas
entre os colaboradores.
Em se tratando de 5S, é comum perceber que a instalação que melhora rápido, piora rápido. O
processo de mudança requer um tempo suficiente para que haja a sua devida maturação, até que se
torne naturalmente praticado pelas pessoas. A própria prática do 5S faz com que as pessoas
inicialmente resistentes, tornem-se adeptas e suas defensoras. É necessário ter perseverança.
40
Como tratar as pessoas que, apesar de todas as providências, continuam
resistentes ao 5S
No item anterior foram apresentados os fatores que devem ser trabalhados para reduzir a
resistência à mudança. Porém, caso algumas pessoas se mantenham resistentes à prática do 5S,
analisar o seu comportamento em outro local de trabalho, junto à outra equipe. Se após tal medida
a adesão ao 5S ainda não for coerente em relação aos demais colegas, pode-se avaliar o seu
desempenho profissional visando fortalecer uma possível decisão mais rigorosa, para que apenas a
não prática do 5S sirva como argumento para tal decisão. Normalmente, uma pessoa que continua
resistindo à prática do 5S apesar de todas as providências, também é uma pessoa que tende a
resistir aos outros processos de mudanças. Desta forma, decisões mais drásticas que por acaso
venham a ser tomadas com estes profissionais, não estão ligadas diretamente ao 5S. O assunto
pode ser discutido com a própria equipe, para deixar claro quais os motivos reais que levariam a
empresa tomar tal decisão.
Como fazer com que as pessoas conciliem o 5S com o trabalho do dia a dia
Quando uma empresa está implantando o 5S, as pessoas costumam questionar se vão ter tempo
para colocar em prática os conceitos, uma vez que já se encontram “afogadas” na rotina.
Em avaliações de 5S, o avaliado também costuma apresentar a desculpa de falta de tempo para
justificar a tímida evolução do ambiente.
É bom ressaltar que se alguém espera desenvolver o 5S quando tiver tempo, esqueça. Pois, se isto
ocorrer, alguma coisa está errada. Deve ser prevista parte do tempo para a prática do 5S, da
mesma forma que acontece com outras atividades. Todo tempo dedicado ao 5S tem retorno
garantido.
À medida que as pessoas praticam o 5S sobra mais tempo para outras atividades, pois boa parte
do tempo que se perde é em função de um ambiente desorganizado, desarrumado, sujo e de
indisciplina.
O plano de ação do 5S, elaborado pelas instalações da empresa, deve prever as respectivas
atividades, definindo o que fazer, quando fazer, quem fazer, como fazer, onde fazer e porque
fazer. Em casos extremos, pode-se programar horas extras. Porém, é bom lembrar que as
atividades de manutenção do 5S já são incorporadas pela atividade fim do processo. Isto significa
que, ao longo do tempo o 5S estará embutido na tarefa.
41
Fases 1 A 4
A princípio, não há necessidade de nenhum programa oficial para a prática da essência do 5S.
Inclusive, pessoas que exercem algum poder de liderança junto à equipe, podem difundir os seus
conceitos, e implementá-los sem que haja uma oficialização da atividade. Muitas empresas
costumam, desta forma, introduzir o 5S em seus ambientes, em trabalhos localizados.
Evidentemente, a eficiência da prática é comprometida pela própria limitação de poderes e de
autonomia dos participantes, haja vista que, sendo a empresa um conjunto de atividades
interdependentes, certamente o desenvolvimento do 5S por uma equipe é influenciado, positiva ou
negativamente, por outras equipes. Por isto recomendamos que a implantação do 5S em uma
empresa seja sempre feita de maneira oficial, ou seja, a partir da decisão do número 1.
Vamos detalhar cada uma das quatro primeiras fases de implantação do 5S em ambientes
administrativos.
Lançamento do 5S
(Dia D)
Fase 4
42
A estratégia mais comum para a sensibilização de pessoas estratégicas (alta e média gerências e
assessores) é a apresentação feita por um profissional que tenha experiência na implantação do
5S. Normalmente isto é feito em forma de palestra com duração média de 2. O conteúdo da
apresentação pode conter os seguintes tópicos:
Fundamentos do 5S
Benefícios do 5S
5S como base para as melhorias (Qualidade, Produtividade, Custos, etc.).
Resultados de outras empresas (ou de áreas operacionais da empresa, se for o caso)
Modelo básico de implantação
Causas de sucesso e fracasso
Papel das lideranças.
O objetivo desta apresentação é formar uma massa crítica sobre o tema. Após a apresentação a
alta direção poderá pedir às demais pessoas as suas considerações sobre o tema e a sua
adequabilidade ao momento da empresa. Se necessário, poderão ser programadas visitas em uma
ou mais empresa que tenha o processo de implantação amadurecido, para facilitar a tomada de
decisão. Caso venha ser de se implantar, a alta direção deve definir gestor do 5S e o prazo para o
seu início (Lançamento).
Um cuidado que a empresa deve ter é com relação ao sindicato dos trabalhadores. Apesar do 5S
ser um conjunto de atividades educacionais que promovem melhorias significativas no ambiente
de trabalho, algumas correntes sindicais podem se opor à sua implantação (por ignorância sobre o
assunto ou por questões políticas). É mais uma questão a ser conduzida entre a empresa e o
sindicato da categoria. Gradativamente a postura atual dos sindicatos perante o 5S tem sido de
grande aceitação. As críticas que normalmente são feitas recaem sobre a forma como a empresa
adota o 5S, e não sobre os conceitos.
Uma vez tomada a decisão de implantação pelo alto escalão e escolhido o gestor, é formado o
Comitê de 5S (a partir daqui, entende-se que o gestor é um integrante do comitê de 5S). Em
micros e pequenas empresas a formação de um comitê pode ser dispensada. Em grandes
empresas, principalmente aquelas que têm unidades descentralizadas fisicamente, e por vezes são
autônomas, poderá haver necessidade de uma estrutura local, formada por um coordenador ou
facilitador e um subcomitê ou comitê local.
1.1.1.Composição do Comitê de 5S
O Comitê de Implantação é formado por pessoas escolhidas pelo gestor e/ou sugerida pelas
lideranças. Normalmente é um comitê interdepartamental, mas que não obrigatoriamente deve ter
pessoas de todos os departamentos. A média de participantes do comitê varia entre 6 e 8. Não há
uma regra específica para a seleção dos componentes do comitê, uma vez que o nível hierárquico
não tem uma vinculação prática com os resultados. Há casos em que o comitê é composto pela
43
alta gerência, porém observa-se que estes profissionais não têm perfil nem motivação para se
aprofundar nos mecanismos promocionais do 5S.
Atividades de Padronização: São aquelas que visam garantir a uniformidade dos recursos de
apoio às atividades promocionais, bem como dos itens que serão padronizados ao longo do tempo.
Exemplos:
a) Definição do significado de cada S
b) Definição dos materiais de treinamentos – Não só os materiais dos participantes, mas
também dos instrutores;
c) Definição de literatura para consulta – Gradativamente montar uma mini biblioteca do 5S,
com livros e filmes para todos os níveis;
d) Definição dos Critérios de Avaliação – Estes critérios serão utilizados nas auditorias e até
mesmo em autoavaliações;
e) Definição de regras para a Certificação – Caso a empresa opte em certificar as áreas de
acordo com o seu avanço;
f) Elaboração de regulamentos para o sistema de reconhecimento – Principalmente a partir
do segundo ciclo de auditorias;
g) Elaboração de regulamentos para definição de modelos – O objetivo é oferecer um padrão
visual de ordem e de limpeza para itens com possibilidade de multiplicação;
h) Criação de padrões para Identificações, Sinalizações, Pintura de pisos, móveis e outros
itens onde existam similaridades – Estes padrões visam facilitar a implementação de
identificações, sinalizações e pintura e evitam custos posteriores com mudanças destes
itens;
i) Criação de formulários utilizados ao longo da implantação do 5S (Fotos de antes e depois;
Padrões de Ordenação através de fotos; Boletins de 5S, etc.);
j) Padronização e viabilização de recursos utilizados por toda a empresa, quando não houver
área nem profissional competente (móveis, lixeiras, placas sinalizadoras, identidade
visual, etc.).
44
As pessoas que serão responsáveis por estas atividades devem ter características preponderantes
de normatização e engenharia.
Pode ser elaborado um Manual do 5S para ser consultado por responsáveis pelas áreas e pelos
auditores. O Anexo 7 apresenta um exemplo de Manual do 5S de uma empresa de grande porte.
Atividades de Controle: São aquelas que visam o monitoramento dos custos e dos resultados do
5S ao longo do tempo. Exemplos:
a) Avaliação do Percentual de pessoal treinado – Acompanhar o nível de participação das
pessoas com o objetivo de tomar providências (incentivar a participação, programar
repescagens);
b) Coordenação das auditorias – Escala dos auditores e acompanhamento das auditorias;
c) Elaboração de regulamentos para o descarte de materiais – Este procedimento garantirá o
descarte bem feito e deve estar pronto antes dos treinamentos (ver exemplo no anexo 6);
d) Mapeamento das áreas e respectivos responsáveis – O objetivo é criar uma relação direta
de comprometimento entre as pessoas e cada espaço físico da empresa;
e) Listar os locais de trabalho de cada área mapeada com o objetivo de garantir que todos os
locais serão visitados pelos auditores;
f) Criação de planilhas para registro dos resultados das auditorias – Inclusive desenvolvendo
planilhas e banco de dados eletrônicos;
g) Avaliação qualitativa e quantitativa das auditorias – Prever esta avaliação a cada ciclo de
auditorias;
h) Avaliação e Monitoramento das Metas de 5S – Prever esta avaliação até 15 dias após cada
ciclo de auditorias;
i) Apuração de Volume descartado, Otimização de áreas e Ganhos tangíveis – Prever o
levantamento pelos auditores durante as auditorias;
j) Apuração de ganhos intangíveis – Prever o levantamento pelos auditores bem como a
realização de pesquisas junto aos colaboradores;
As pessoas que serão responsáveis por estas atividades devem ter características preponderantes
de controle.
Cada atividade citada como exemplo será discutida adiante, no momento adequado.
1.1.2.Capacitação do Comitê de 5S
Participação em Curso de 5S
Cursos abertos são aqueles anunciados em jornais, revistas ou mala direta por consultorias ou
empresas especializadas em promoção de eventos. A vantagem destes cursos é poder conhecer o
instrutor e os demais participantes. O conhecimento do instrutor pode propiciar uma posterior
contratação. O contato com os participantes pode favorecer visitas e trocas de experiências. Os
cursos abertos têm algumas desvantagens: normalmente se limitam a apresentar conceitos do 5S;
45
os participantes são de empresas diferentes (características, porte e evolução do 5S); os
participantes têm níveis diferentes de conhecimento e responsabilidade sobre o 5S, o que
geralmente dificulta a abordagem do instrutor; para uma quantidade acima de 5 participantes,
poderá se tornar mais caro que os cursos fechados (in-company).
Cursos fechados são aqueles destinados para participantes de uma mesma empresa, podendo ser
realizados fora ou dentro da empresa (neste último caso, denominado In-Company). As vantagens
destes cursos são: Poder formatá-lo para as necessidades reais da empresa; o custo per capita para
mais de 5 participantes tende a ser mais barato que os cursos abertos; Possibilita uma maior
discussão sobre a metodologia de implantação. As desvantagens são: mais caro quando os
participantes são em número inferior a 5; Não possibilita troca de conhecimento com participantes
de outras empresas; Caso o instrutor tenha pouca experiência prática, poderá comprometer a
implantação, pois tenderá a apresentar exemplos genéricos e não tirará dúvidas específicas
relacionadas ao negócio da empresa contratante.
Em ambos os cursos deve ser avaliado o perfil do instrutor (ver adiante o perfil adequado para o
instrutor/consultor em 5S)
Uma leitura minuciosa de uma ou mais publicação sobre o tema é fundamental. Quanto mais
fontes de pesquisa melhor. É bom tomar cuidado com literaturas muito básica ou muito complexa
sobre o tema. Alguns livros existentes no mercado apresentam as seguintes características:
Portanto, o leitor deverá ser bastante seletivo não só na leitura do livro, mas também na escolha da
estratégia proposta pelo autor.
46
Apoio de Consultoria
Numa fase de aprendizagem em 5S, o gestor ou comitê pode definir a contratação de uma
consultoria externa. A vantagem da contratação é utilizar a experiência já presenciada e/ou
vivenciada pelo consultor. As atividades normalmente delegadas para uma consultoria são:
Momento de Decisão
Palestras de Sensibilização para as lideranças
Realização de um diagnóstico da empresa, relacionado ao 5S
Sugestão de perfil do gestor e dos participantes do comitê
Momento de Estruturação
Capacitação do Gestor e do Comitê
Sugestão de empresas a serem visitadas
Apresentação de exemplos de implantação
Apoio na elaboração do Plano de Implantação
Diagnóstico ou auditoria para ter uma referência tangível antes do Lançamento do 5S
Momento de Disseminação
Capacitação de Facilitadores/Multiplicadores
Capacitação de colaboradores
Momento de Lançamento
Apoio no planejamento do Dia de Lançamento
Diagnóstico ou auditoria para ter uma referência tangível logo após o Dia de Lançamento
do 5S
Momento de Implantação
Discussão dos critérios de avaliação e reconhecimento
Capacitação de Auditores
Indicação de software de acompanhamento
Visitas de acompanhamento
Avaliação de resultados
Auditoria dos 3 primeiros “S” e/ou para efeito de premiação
Momento de Manutenção
Definição da consolidação dos 3 primeiros “S”
Nova sensibilização das lideranças para os 2 últimos “S”
Reciclagem do Gestor, Comitê, Facilitadores e Colaboradores com ênfase nos 2 últimos
“S”
Sugestões para campanhas de saúde; regras de convivência, padronização, controles
visuais e “Poka-yoke” e a manutenção dos 3 primeiros “S”
47
Momento de Consolidação
Visitas de acompanhamento
Auditoria de Certificação e/ou para efeito de premiação.
Na conclusão deste livro você encontra um guia para facilitar o planejamento da implantação do
5S nas suas diversas fases.
Caso a empresa já tenha um nome do programa e os significados de cada “S”, é importante mantê-
los para as áreas administrativas. Pode parecer algo desnecessário, mas a escolha do nome do
processo a ser implantado e o significado de cada “S”, tem uma importância muito grande. Com
relação ao nome do processo, são diversos dados por algumas empresas. Exemplos: “5S”;
“Programa 5S”; “Programa SOL”; “SOL Plus”;“ALO”; “ALO 5S”; “Programa Casa Limpa”;
“Housekeeping”; “5S – Housekeeping”, “5S Brilhante”, etc. Com relação aos significados de cada
“S”, são aqueles relacionados na Etapa 2.
Em função das experiências de várias empresas e dos consultores especialistas, cabe a empresa
definir de que forma implementará cada S.
Tem havido uma interpretação errônea em relação a sequencia da aplicação do 5S. É comum
algumas pessoas questionarem em quais do “S” a empresa ou um determinado ambiente de
trabalho se encontra.
Na verdade, os três “S” iniciais (SEIRI, SEITON e SEISO) são praticados simultaneamente em um
ambiente de trabalho. A sequencia destas atividades (um “S” de cada vez), só ocorre quando são
praticadas em um pequeno compartimento (gaveta, armário, caixa de ferramentas, pasta, bolsa,
etc.), onde são retirados os materiais e descartado o que não precisa retornar ao compartimento
(SEIRI); feita uma limpeza, com postura de inspeção (SEISO) no compartimento e no recurso que
ficar, e definida uma forma ordenada (SEITON) para o acesso e a reposição. Por questões práticas,
fica inviável desenvolver estas atividades em sequencia nos vários compartimentos
simultaneamente, exceto quando os mesmos forem em pequena quantidade ou haja um efetivo de
pessoal que possibilite fazê-las rapidamente, sem causar transtornos.
É importante que a ansiedade por fazer o descarte rapidamente não comprometa a sua eficácia,
trazendo como consequência o descarte do necessário e/ou guarda do desnecessário.
Posteriormente será abordada esta questão.
48
Os dois últimos “S” são relacionados com a atitude e os valores da pessoas, os quais são
desenvolvidos pela prática frequente dos três primeiros. Isto significa que da eficácia do SEIRI,
SEITON e SEISO depende a eficácia do SEIKETSU e do SHITSUKE.
Ao longo do livro será abordada com maior propriedade a sistemática sugerida, que é a
consolidação dos três primeiros “S”, para depois se trabalhar sistematicamente nos dois últimos.
Criar um maior comprometimento dos líderes, uma vez que os resultados do 5S poderão
ser estratificados por área;
Dimensionar o treinamento dos facilitadores/multiplicadores e dos auditores;
Facilitar a implementação de uma sistemática de reconhecimento.
Não há um critério uniforme para este mapeamento. A recomendação é que seja feito, na medida
do possível, de acordo com a própria hierarquia da empresa, ou seja, cada área mapeada, tem um
responsável que oficialmente, dentro do organograma, responde pela área.
Uma estratificação muito grande facilita a detecção de áreas problemáticas, mas aumenta
sobremaneira a atividade de avaliação. Nada impede que as áreas façam subdivisões para efeito de
autoavaliação. Isto será comentado na Fase 5.
O Comitê do 5S, com o apoio de uma planta-baixa das instalações da empresa, deve apresentar
uma sugestão do mapeamento para os líderes visando chegar-se a um consenso. É importante que
nenhum espaço físico da empresa seja deixado de fora, sob o risco de não evoluir ao longo do
tempo. Também devem ser evitados mapeamentos com mais de um responsável, pois neste caso a
área tende a não ter uma boa evolução.
Para evitar algum tipo de transtorno é importante que o Comitê solicite autorização da Direção.
Após isto, o Comitê deve providenciar os recursos necessários (equipamento e profissional
49
responsável). No caso da utilização de profissionais externos, deve ser previsto um acompanhante
que tenha certa autoridade dentro da empresa, para evitar algum tipo de resistência.
É bom lembrar que seja evitado o registro de aspectos negativos onde aparecem os responsáveis
ou usuário daqueles ambientes, uma vez que este fato poderia causar um mau entendimento
quanto aos reais objetivos do 5S.
Para filmagens poderão ser feitas entrevistas com os colaboradores relatando as suas percepções
da situação atual e as suas expectativas com relação à transformação proposta com a implantação
do 5S.
O Comitê deve definir de que forma serão realizados os treinamentos, bem como elaborar ou
analisar os materiais apropriados para cada tipo (líderes, multiplicadores, funcionários, auditores).
No caso de contratação de instrutores e compras de materiais externos (slides, apostilas, filmes,
livros, cartilhas, cartazes, banners, faixas, etc.), verificar se as denominações do processo e do
significado de cada “S” estão compatíveis com o definido pela empresa.
50
A tabela 6 abaixo sugere o tempo dedicado a cada tópico relacionado ao 5S de acordo com o
perfil dos participantes:
A sequência sugerida para a realização de cada treinamento, bem como as suas peculiaridades,
serão apresentadas no decorrer das etapas de implantação.
Após o planejamento das atividades citadas, a empresa estará pronta para proceder aos
treinamentos introdutórios.
Os treinamentos ocorrerão de acordo com o que foi definido na etapa 7. Lembrando que deverá
ser dada uma ênfase aos três primeiros “S”, haja vista que os dois últimos serão sistematizados
posteriormente.
Caso o treinamento dos colaboradores venha a ser realizado pelo multiplicador o Comitê deve
atentar para as seguintes situações:
51
a) O multiplicador treina pessoas de diversas áreas
Vantagens:
Possibilidade de otimizar o espaço da sala de treinamento;
Há uma maior seriedade para o treinamento.
Desvantagens:
É baixo o número de participantes por treinamento;
Há uma tendência das pessoas programarem e não comparecerem ao treinamento;
Nem sempre o instrutor consegue “falar a linguagem” dos participantes;
Os exemplos dados pelo multiplicador tendem a ser genéricos.
Planeje o Lançamento do 5S
O “Lançamento do 5S” tem recebido várias denominações: Dia da Grande Limpeza, Dia da
Limpeza Inicial, Dia do SEIRI, Dia do Descarte, Dia D, Dia S, etc.
Este evento é de fundamental importância para o início do 5S, devido aos seguintes fatores:
Por se tratar de um evento que poderá mobilizar toda a empresa, pode ser formada uma equipe
específica para planejar e coordenar o evento, inclusive com pessoas que não obrigatoriamente
fazem parte do Comitê de 5S.
52
O lançamento do 5S pode ocorrer em um só dia por toda a empresa, ou pode ocorrer em dias
alternados. As maiores vantagens e desvantagens do primeiro caso são as seguintes:
Vantagens
Redução de custos promocionais (faixas, cartazes, brindes, camisetas, concursos, despesas
com palestrantes, grupos de teatro, filmagem, etc.);
Evita solicitação de serviços por clientes internos, incluindo atendimento telefônico;
Mobilização de toda a empresa, promovendo uma maior sinergia.
Desvantagens
Dificuldade maior de planejamento, principalmente para conciliar os interesses das
diversas áreas;
Dificuldade para os processos de apoio que são altamente solicitados no dia (Segurança do
Trabalho; Segurança Patrimonial, Serviços Gerais, Almoxarifado, Documentação Técnica,
manutenção, Informática, etc.);
Atendimento precário aos clientes externos imediatos;
Maior concentração de recursos materiais, onerando os custos de execução (vassouras,
baldes, mangueiras, caminhões, transportadores de carga, escadas, máquinas de lavagem
sob pressão, etc.).
Os concursos mais comuns são os de frases, mascotes e/ou logomarca do 5S. Caso a o Comitê
opte por um concurso, deve elaborar e divulgar o regulamento do concurso (pode ser feito durante
os treinamentos introdutórios de 5S), coletar e analisar as sugestões, escolher as melhores (deve
ser formada uma comissão específica), divulgar os resultados, realizar evento de premiação e
veicular as vencedoras em cartazes, banners, camisetas, cartilhas, adesivos, etc.
53
A programação de todas estas atividades depende da cultura da empresa e de seus colaboradores;
da facilidade em fazê-las acontecer e dos recursos financeiros disponíveis.
Todos devem participar do Lançamento do 5S, inclusive todo o esforço deve ser feito para
viabilizar a presença das pessoas que trabalham de turno (que não trabalha no horário
administrativo naquele dia).
Este momento deve ser amplamente divulgado por toda a empresa, através de meios de
comunicação, como jornais internos, quadro de avisos, circulares, etc. O importante é criar um
clima em torno do lançamento.
Os líderes ou o responsável pela área fazem uma inspeção criteriosa no dia anterior ao do descarte
definitivo, verificando se o critério utilizado pela equipe está adequado.
Se a pontuação obtida na fase do SEIRI não for a máxima e, durante um determinado período, a
área de descarte daquela instalação não sofre alterações, significa que as atividades de descarte
estão suspensas ou o critério de avaliação não está adequado.
É importante instalar áreas de descarte em locais de circulação, para chamar a atenção das pessoas
e incomodar os usuários do ambiente de trabalho. Não pode ser um ambiente escuro, úmido ou
mal preservado. Devem ser tomados os cuidados também com locais sem cobertura, uma vez que
a chuva e o sol podem provocar danos em alguns materiais descartados.
Enquanto o material estiver na área de descarte, outros órgãos da empresa podem mostrar
interesse em aproveitá-lo.
No dia (da semana ou do mês) previsto para o descarte definitivo de materiais daquela área, os
órgãos interessados assumem a responsabilidade sobre os respectivos materiais.
A área de descarte tem um efeito de estimular o descarte de materiais, principalmente nas pessoas
que resistem ou relaxam em descartar aquilo que não é utilizado. Desta forma, a tendência é o
envolvimento de todos produzindo um efeito sinergético na empresa.
54
A tabela 7 sugere de que forma as pessoas podem definir o destino dos recursos existentes no
local de trabalho.
Recursos Providências
Necessário e uso frequente Manter o mais próximo possível
Necessário e com pouca frequência de uso Manter em lugar que outros possam usar
Necessário, porém precisa recuperação Avaliar custo/benefício, recuperando-o ou
desfazendo-se
Desnecessário, porém útil para outros Negociar ou disponibilizar
Desnecessário, porém útil para outros fins Adaptar ou dar outro destino
Desnecessário e inútil Expor ou descartar
Tabela 7 – Recomendações de destino dos recursos existentes no local de trabalho
Por questões de logística, a empresa pode ter áreas de descarte descentralizadas, facilitando o
processo.
Várias empresas confundem áreas de descarte com área de sucata, contabilizando a sucata como
um resultado de 5S. Esta interpretação errônea provoca distorções quando se apuram os efeitos
promovidos pela prática do 5S. Enquanto a área de sucata serve para a colocação de restos de
materiais oriundos do processo produtivo, a área de descarte contém, temporariamente, materiais
que estavam indevidamente guardados em determinado ambiente (descartados em decorrência do
5S).
Outro erro cometido pelas empresas é não manter áreas de descarte após o dia do lançamento do
5S, acreditando que o processo de descarte acaba naquele dia.
É importante manter permanentemente áreas de descarte, até que o SEIRI esteja consolidado
(pode-se considerar o SEIRI consolidado se durante três avaliações consecutivas, o padrão for
igual ou superior a 90%). A retirada dos materiais das áreas de descarte pode ocorrer logo após o
“dia de lançamento do 5S”. Podem ser estabelecidos um dia e horário da semana para colocação e
retirada de materiais das áreas de descarte, evitando-se ociosidade dos responsáveis por estas
áreas.
55
Podem ser estabelecidos os seguintes prazos para a permanência de materiais na área de descarte:
Até 1 semana após o dia de Lançamento – Materiais só poderão ser reaproveitados pelo
próprio setor/departamento gerência.
Entre 1 semana e 1 mês após o lançamento – Materiais poderão ser reaproveitados por
outras áreas. Nos casos de haver mais de uma área descarte, o material restante poderá ser
enviado para uma área de descarte central.
Após 1 mês – Materiais sairão da área de descarte para uma destinação final. Neste caso
deve ser indicado um responsável para fazer o diligenciamento (retorno para o
almoxarifado, recuperação, doação, leilão, sucateamento, lixo, etc.).
Em algumas empresas que estão implantando o 5S, as pessoas costumam tratar a área de descarte
(e também o almoxarifado), como uma área de “transferência de problemas”, ou seja, as pessoas
que descartam materiais acreditam que a sua responsabilidade vai até o momento do descarte,
transferindo para outros o destino do material. Para evitar esta postura, pode ser criado o sistema
de etiquetagem, inclusive com cores padronizadas, onde a pessoa que está descartando identifica-
se e recomenda o destino final do item descartado. O responsável pela área de descarte pode
pedir-lhe apoio no momento do envio para o destino final. Este procedimento deve ser
apresentado no treinamento das equipes.
Uma forma de evitar-se este problema é definir, antecipadamente, na área de descarte, onde tais
materiais serão descartados. Por exemplo: papel a ser utilizado como rascunho; material que
ficará em uma instalação central da empresa (documentação técnica, almoxarifado, arquivo morto,
etc.); material que irá para outros órgãos; material a ser recuperado; material a ser alienado;
material a ser utilizado para outros fins, etc.
A metodologia de estimar-se um valor para cada objeto descartado tem sido uma ferramenta
adotada para levantar-se uma parcela dos resultados tangíveis (numéricos) obtidos com o 5S. À
medida que os materiais são descartados recebem um valor estimado (de acordo com sua vida
útil). Caso sejam posteriormente aproveitados, o valor é computado como um ganho do 5S. Em
um determinado período totaliza-se o valor economizado pela empresa. Mesmo sujeita a uma
margem de erro, esta sistemática apresenta uma boa dimensão dos ganhos com o 5S, servindo
56
como elemento de convencimento para a sua promoção contínua. É bom ressaltar que esta
mensuração não tem efeito contábil.
Outra forma de mensurar o volume descartado é classificar os materiais por grupo. Por exemplo:
O procedimento deve deixar claro que a responsabilidade da pessoa que está descartando só
termina no momento do destino final do material descartado. Um exemplo disto é o apoio que o
almoxarifado deve receber dos outros processos que usam os itens estocados ou para lá enviam o
material descartado.
Uma vez treinadas todas as pessoas, a empresa está pronta para o Lançamento do 5S. O Comitê
deve garantir que todos os preparativos previstos na fase de planejamento estão providenciados,
bem como verificar se as pessoas estão descartando os recursos desnecessários aos seus locais de
trabalho, evitando que a atividade de descarte ocorra somente no dia do lançamento.
O Lançamento do 5S tem uma característica mais motivacional do que técnica, porém convém
lembrar que as atividades práticas que deveriam ocorrer no Lançamento seriam a conclusão do
descarte e a limpeza feita com a postura de inspeção. Como as pessoas costumam deixar para
fazer o descarte neste dia (principalmente quando ainda não existem áreas de descarte), a
atividade de limpeza parece mais uma faxina, perdendo-se a oportunidade de inspecionar as fontes
da sujeira e relacioná-las para posterior análise. Os pontos de difícil acesso para limpeza não são
também relacionados, consequentemente com o tempo a sujeira irá acumular-se nestes mesmos
pontos.
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar problemas neste dia:
Todas as pessoas devem saber o que vão fazer ao longo deste dia. Todos os líderes
imediatos devem coordenar as atividades de 5S como outra qualquer. Nos casos de
57
necessidade na continuação dos serviços, pode ser feito um revezamento entre as pessoas,
de modo que todos participem das atividades de limpeza neste dia;
Os líderes e sua equipe devem ficar atentos para os aspectos de segurança e liderança, uma
vez que algumas pessoas podem executar a limpeza em locais de difícil acesso e fora de
sua rotina ou se comportar como se naquele dia não houvesse uma liderança oficial.
Cuidados com acidentes de trabalho, principalmente na limpeza de instalações elétricas, de
equipamentos rotativos, de máquinas operatrizes, de pisos escorregadios, de quedas de
materiais, de poeira nos olhos e quando as pessoas subirem em escadas ou cadeiras. Na
lavagem de pisos, deve ser tomada a providência de desenergizar os equipamentos. Uma
preleção neste dia poderá evitar este tipo de problema.
No final do dia pode ser realizado um evento de fechamento, com a participação da direção, de
convidados de outras empresas e unidades e de pessoas envolvidas com a sistemática de
promoção do 5S e dos colaboradores. Se a empresa achar mais motivante promover um churrasco,
poderá fazer no final de semana seguinte ao dia.
Devem ser previstos os treinamentos para as pessoas que faltaram por algum motivo, inclusive as
que estavam de férias. Também deve ser prevista a abordagem de conceitos do 5S em programas
de integração de novos colaboradores e de parceiros que venham a prestar serviços efetivos.
58
Etapa 4
Fase 5 – Consolide os três primeiros “S” no ambiente administrativo.
59
Nesta etapa será discutida a fase 5 que envolve a estratégica para a prática dos 3 primeiros “S”,
desde o Lançamento até a sua Consolidação.
Fase 5
Prática Sistemática
dos 3 primeiros “S
Lançamento do
5S
Definição Fase 4
de Metas
e Reconhe-
Auditorias
cimento
Ações de Elaboração
Melhorias de Planos
de Ação
O tempo de prática dos três primeiros “S”, do dia de treinamento até o dia de lançamento do 5S,
não é suficiente para que as pessoas internalizem os bons hábitos. Com a prática do 5S, não se
deseja apenas mudar o ambiente de trabalho nem o comportamento das pessoas. Pretende-se
mudar as atitudes e até os seus valores. Isto só é possível com uma frequência muito grande de um
novo comportamento.
60
O Gráfico 1 apresenta o comportamento do desenvolvimento de 5S nas empresas que não têm um
plano efetivo de implantação, limitando-se a mobilizar os seus colaboradores para o descarte, à
ordem e à limpeza, acreditando que o Dia de Lançamento é suficiente para formar uma nova
cultura.
Melhorias
Dia do Lançamento
Novo Lançamento
Descartar, Organizar e
LImpar
Treinamentos
Tempo
Gráfico 1. Evolução do padrão de 5S em empresas com implantação deficiente do 5S
61
O Gráfico 2 apresenta o comportamento do desenvolvimento de 5S nas empresas que, não têm a
auditorias como ferramenta de retroalimentação, utilizando os resultados apenas para efeito de
divulgação e premiação em finais de ano. Às vezes também preocupadas em promover uma
competição interna.
Melhorias
Auditorias
Lançamento
Treinamentos
Tempo
Gráfico 2 – Evolução da mobilização para o 5S em empresas com auditorias deficientes do 5S
62
h) Onde já havia um padrão elevado antes do programa 5S, mesmo com uma implantação
deficiente, há uma melhora, pois as pessoas já tinham um padrão comportamental elevado.
Dia do Lançamento
Auditorias dos 3
primeiros “S”
até a
consolidação
Tempo
Gráfico 3. Evolução do padrão de 5S em empresas com implantação sólida dos 3 primeiros “S”
Melhorias
3 Primeiros “S”
Manutenção da Ordem e da
Limpeza
2 Últimos “S”
Auditorias dos
“5S” nas áreas
com os 3
Implantação de padrões,
primeiros “S”
atividades de saúde e prática de consolidados
bons hábitos
Tempo
Gráfico 4. Evolução do padrão de 5S em empresas com implantação sólida do 5S
63
Em relação aos gráficos 3 e 4, podemos tirar as seguintes conclusões
a) Até o Lançamento do 5S o comportamento das empresas que têm sucesso em relação às que
fracassam é idêntico. Isto significa que não é possível se prever o sucesso ou o fracasso do 5S
apenas pelo sucesso das etapas de estruturação, treinamento, descarte e lançamento;
b) O descarte de materiais iniciou-se paralelamente ao treinamento, intensificando-se, junto com a
limpeza, no “dia de lançamento do 5S” (“grande limpeza”);
c) Após a “grande limpeza” há uma tendência de queda do padrão alcançado, principalmente
porque o processo de descarte que continua após este dia, provoca certa desorganização
(devido a necessidade de demonstrar que as instalações estão bem organizadas no final do dia
da “grande limpeza", muita gente esconde o que é posteriormente descartado);
d) Um fenômeno que também ocorre em empresas que implementam o 5S de maneira bem
estruturada, é o aumento do rigor nas avaliações, resultado natural da maior visão crítica que as
pessoas passam a ter com a prática do 5S. É comum se observar que, apesar de algumas
instalações terem melhorado durante um período, o resultado da avaliação não está diretamente
proporcional ao avanço físico. Este fato deve ser encarado como natural, tomando-se apenas o
cuidado de não haver desestímulo por parte das equipes de trabalho;
e) Uma implementação sólida do 5S garante a melhoria contínua, fruto dos processos de
avaliação e promoção.
O modelo proposto neste livro é consolidar a prática dos três primeiros “S” (SEIRI, SEITON e
SEISO), para depois serem sistematizadas e aplicadas as ações dos dois últimos (SEIKETSU e
SHITSUKE). A explicação para isto decorre de dois fatores:
a) É difícil exigir uma mudança efetiva de atitudes das pessoas, sem que elas tenham
vivenciado uma mudança de comportamento, eliminando os problemas básicos de seus
ambientes de trabalho, como a convivência com recursos obsoletos, inadequados,
improvisados, excessivos, mal conservados, desordenados e sujos;
64
O Gráfico 5 apresenta o nível de esforço de uma equipe de trabalho de acordo com o padrão de 5S
que a sua instalação se encontra.
40%
20%
O estágio embrionário é quando a área se encontra em um padrão de até 50%. Nesta fase, os
problemas são puramente de ordem cultural, o qual, para melhorá-lo é necessário apenas de uma
indução coletiva, ou seja, um forte elemento de marketing que provoque um movimento coletivo
à base mais do entusiasmo do que da consciência das pessoas.
O estágio convencional está entre um padrão de 50% e 70%. Neste intervalo, há necessidade de se
resolver problemas básicos de conservação e de se tomar providências quanto à ordenação e
limpeza do setor a partir de uma consciência individual, ou seja, nesta fase muitas melhorias são
feitas a partir de uma mudança de comportamento individual.
O estágio de consolidação está entre 71% e 90%. É nesta fase em que a prática do 5S tende a se
consolidar, mas não consegue avançar dentro do próprio intervalo se não houver a manutenção de
auditorias, de elementos promocionais e o ataque a problemas mais crônicos, os seja, aqueles que
não se consegue resolver enquanto não se eliminar a sua causa raiz.
O estágio de excelência está acima de 90% (não se deve considerar excelência como sinônimo de
perfeição). Para se chegar neste estágio há necessidade de uma consciência coletiva maior, pois a
falta de comprometimento de uma pessoa poderá fazer o padrão cair. Para se chegar neste estágio
é imprescindível a busca de referências em outras áreas, unidades e empresas. É bom lembrar que
deve haver a introdução contínua de elementos promocionais para evitar que as pessoas se
acomodem e com muita facilidade saiam deste intervalo.
65
Sistematize a prática dos três primeiros “S” (SEIRI. SEITON,
SEISO)
É bom esclarecer que o fato da metodologia proposta neste livro sugerir a prática sistemática dos
três primeiros “S”, a empresa não pode deixar de priorizar as atividades que compõem os dois
últimos já praticadas pelos seus colaboradores e órgãos especializados, como elaboração e
cumprimentos de normas, preocupação com a higiene, a saúde a pontualidade, manuseio
adequado de documentos eletrônicos, etc. Posteriormente, após a consolidação dos três primeiros
“S”, possíveis atividades que já existam serão tratadas de maneira mais sistemática dentro do
escopo do 5S, podendo ser melhoradas, uma vez que serão avaliadas dentro da metodologia do
5S.
Seguem algumas dicas de como praticar cada um dos três primeiros “S”:
1. Marcar um dia e horário para que as pessoas possam fazer a classificação dos materiais
(“Dia D");
2. Separar o necessário do desnecessário, o que está em excesso ou sem condição de uso.
Para saber se o recurso é usado adequadamente ou está em excesso comparar a utilização
com outra pessoa que realiza tarefa similar ou consultar o responsável pela área;
3. Destinar adequadamente aquilo que é inútil ou em excesso. Na dúvida, discutir com a
equipe e com a Liderança para evitar descartar o que é útil;
4. Manter em locais de uso coletivo, aquilo que é usado de vez em quando;
5. Colocar próximo ao local de trabalho o que é utilizado com frequência;
6. Tentar eliminar bancadas fechadas. Quando inviável, colocar portas transparentes;
7. Eliminar armários pessoais de postos de trabalhos operacionais;
8. Romper a cultura das pessoas guardarem recursos sem previsão imediata de uso em
gavetas, bancadas, caixas de ferramentas, armários e outros compartimentos fechados.
9. Fazer inspeções periódicas para detecção de problemas de conservação em sua fase
precoce. Usar o momento da utilização dos recursos e da limpeza da área para a inspeção;
10. Garantir que nenhum problema verificado causa uma condição insegura ou comprometa a
qualidade do produto. Se isto ocorrer, isolar e sinalizar a área até que uma ação efetiva;
11. Discutir com as lideranças as situações que dependem de uma decisão superior;
12. Planejar com a equipe de Manutenção os problemas de conservação;
13. Utilizar os procedimentos da empresa para eliminar os problemas de conservação de
acordo com a prioridade;
14. Manter controle sobre as pendências evitando que as solicitações sejam esquecidas;
15. Evitar solicitar um grande volume de pedidos em vésperas de auditorias.
66
Como praticar o SEITON
67
7. Definir uma frequência para cada tipo e lugar da sujeira acumulada de acordo com o nível
de exigência do ambiente (ver anexo 6);
8. Providenciar os recursos adequados para cumprir a sistemática de limpeza (equipamentos,
material de limpeza, dispositivos, pessoal qualificado e tempo das pessoas do próprio
ambiente);
9. Garantir que a limpeza é feita com qualidade e na frequência definida.
10. Definir e distribuir coletores de acordo com o tipo, a frequência e o volume de cada tipo de
resíduo gerado no ambiente. Se necessário, demarcar cada local;
11. Definir uma frequência adequada de retirada dos resíduos descartados nos coletores;
12. Em caso de coleta seletiva, padronizar as cores de acordo com cada tipo de resíduo,
identificar o coletor e o local em que deve ser mantido. Especificar em cada coletor os
tipos de resíduos que mais geram dúvidas para o usuário.
13. Se há informação sobre que tipo de resíduo deve ser descartado em cada coletor e se as
pessoas estão descartando os resíduos de maneira adequada.
Inicie as auditorias de 3S
No máximo 15 dias após o Lançamento do 5S devem ser iniciadas as auditorias internas dos três
primeiros “S" de todos os locais de trabalho, de acordo com o mapeamento que foi feito.
O processo de auditoria é a ferramenta que mobiliza esforços das equipes para a evolução em 5S.
A figura 7 apresenta o ciclo de melhoria contínua, a partir das auditorias dos três primeiros “S”.
Definição
Auditorias de Metas
Individuais
Ações de Elaboração
Melhorias de Planos
de Ação
Figura 7 - Ciclo de melhoria contínua, a partir das auditorias dos três primeiros “S”.
68
Este processo é geralmente composto do seguinte:
Defina as Metas
Há empresas que dizem estar implantando o 5S ou processo semelhante, quando na verdade estão
implantando um programa de ordem e limpeza. O 5S, além de envolver as cinco atividades
educacionais, é implantado com metas, tanto para algumas etapas, como para o próprio padrão de
cada S. Como disse o pensador Sêneca: “quando você não sabe para que porto quer ir, qualquer
vento lhe será favorável". Estabelecer metas desafiantes é um fator fundamental para motivar as
pessoas a caminharem em sua direção.
69
Portanto, deve-se definir a que pontuação dos três primeiros S (ou de cada S) se deseja chegar a
um determinado momento (que é o da próxima auditoria) e, até lá, verificar em determinados
períodos (através de autoavaliações), se a evolução apresentada tende a alcançar a meta, fazendo-
se as devidas correções de rumo. Estas metas podem ser globais (de toda a empresa) ou
específicas (de cada instalação), observando-se as devidas correlações entre as mesmas.
Após receberem os relatórios das auditorias, cada responsável pela área analisa os registros feitos
pelo auditor, discutindo com a sua equipe aquilo que depende apenas do comportamento da
própria equipe, o que depende de outras áreas de apoio, principalmente os problemas de
conservação, e o que depende de desembolso. Com base nesta análise, o responsável estimará
uma meta numérica para a próxima auditoria, de acordo com o período definido pelo Comitê.
Caso seja necessário, o responsável poderá discutir sobre o assunto com o seu líder imediato com
o objetivo de ambos se comprometerem com os resultados.
A tabela 13 apresenta uma sugestão para metas a partir da implantação e dos resultados das
auditorias anteriores.
Se uma análise apontar notas muito conservadoras e muito otimistas, o responsável pela área
auditada pode ser consultado para que seja definida a meta. Para as mais conservadoras, pode ser
consultado o líder do responsável pela área auditada buscando comprometê-lo na decisão,
principalmente quando a sistemática de reconhecimento prevê o atingimento de metas como um
dos elementos de destaque.
70
A tabela 14 apresenta exemplos de ações para cada tipo de problema:
71
Tipo de problema Ação sugerida
Falha na sistemática de Planejar a solução de acordo com as características do
limpeza ambiente, consultando os colaboradores e a equipe da limpeza.
Dependendo da solução proposta, verificar possíveis impactos
nas relações sindicais. Se envolver desembolso de recursos
financeiros, fazer orçamento e apresentá-lo à Liderança para
aprovação.
Problemas estruturais na Planejar a solução consultando os colaboradores e a equipe da
coleta de resíduos limpeza.
Se envolver desembolso de recursos financeiros, fazer
orçamento e apresentá-lo à Liderança para aprovação.
Problemas comportamentais Usar os diálogos para discutir o problema. Se necessário,
na coleta seletiva de resíduos introduzir inspeções nas trocas de turno.
Se o problema for claramente provocado por pessoas estranhas
à área, usar sinalizações educativas nos pontos de maior
problema e pedir aos colaboradores abordar os causadores do
problema no momento da verificação.
Se o problema for em toda a empresa, o Comitê do 5S deve
fazer uma campanha junto com a área responsável pela
limpeza e Meio Ambiente.
Tabela 14 – Exemplo de soluções para cada tipo de problema dos 3 primeiros “S” verificado nas
auditorias
Faça as Melhorias
A Figura 8 mostra que as ações de melhorias resultantes das auditorias são praticadas dentro de
um outro ciclo girado no dia-a-dia, através de reuniões relâmpagos, definição de responsáveis por
cada pendência ou sublocais e autoavaliações. São estas atividades que garantem a melhoria do
ambiente a partir da distribuição de responsabilidades para todos os componentes da equipe de
trabalho.
72
Ações dos Locais de Trabalho Ações da Empresa
Figura 8 – Desdobramento do ciclo de melhoria contínua do 5S da empresa para cada local de trabalho.
As melhorias feitas nesta fase são baseadas nas práticas dos 3 primeiros “S” resumidas na etapa 1.
Tal como foi feita para a empresa como um todo, o responsável pela área pode estratificá-la ainda
mais visando distribuir responsabilidade para todos. No início, dizer que todos vão fazer os 3S é o
mesmo que dizer que ninguém vai fazê-lo. Para que os 3S sejam algo feito como responsabilidade
individual, é importante se medir a evolução e o comprometimento de cada um. A estratificação
da área possibilitará uma posterior autoavaliação feita por uma equipe interna e a devida tratativa
para os seus resultados.
Para evitar injustiças, podem ser previstos rodízios, de forma que algumas pessoas não se
sacrifiquem mais que outras respondendo por áreas que têm uma característica mais desfavorável
para a manutenção da ordem e da limpeza.
Entre 15 dias e um mês após o Lançamento do 5S devem ser iniciadas as auditorias. Para tanto
deve ser planejado e realizado um treinamento específico de 5S para todos os líderes e os
responsáveis pelas áreas auditadas sobre o tratamento a ser dado antes, durante e após as
auditorias, tais como:
73
Antes da auditoria
Entendimento dos objetivos da auditoria
Compreensão dos critérios de avaliação
Período das auditorias
Relação dos postos auditáveis
Disponibilidade para acompanhar a auditoria
Disponibilidade para auditorias em locais fechados ou de acesso restrito
Verificação da situação das pendências que estão sob responsabilidade das chefias ou
áreas especializadas
Informação da auditoria à equipe
Durante a auditoria
Acompanhamento da auditoria
Acesso aos locais fechados ou de acesso restrito
Após a auditoria
Elaborar o plano de ação, definindo ações e responsáveis. Separar os problemas
observados em três grupos: (1) Problemas que dependem de recursos financeiros
compatíveis com o orçamento atual; (2) Problemas que dependem de recursos financeiros
incompatíveis com o orçamento atual; (3) Problemas comportamentais. Para o item 1,
programar com a chefia ou área especializada. Para o item 2, levantar orçamento e
verificar quando poderá ser executado. Para o item 3, verificar se é um problema local ou
de toda a empresa. No primeiro caso, envolver a equipe para a solução. No segundo caso,
além de envolver a equipe, buscar apoio do Comitê de 5S ou de uma área especializada
(Segurança, Qualidade, Recursos Humanos, Meio Ambiente, etc.)
Definição de metas para a próxima auditoria de acordo com o plano de ação
Delegação de responsabilidade com cada componente da equipe
Acompanhamento das pendências
Autoavaliação
A área pode utilizar o seu auditor de 3S para fazer autoavaliações, de acordo com a estratificação
feita, a qual não terá valor oficial para a empresa. Para se realizar estas autoavaliações devem ser
usados os critérios de avaliação da auditoria, ou pode ser criada uma metodologia específica da
área ou até mesmo um simples levantamento de problemas. Dependendo da eficácia, frequência e
condução destas autoavaliações, a área tem tudo para se sair bem na auditoria. O anexo 3
apresenta um exemplo de check-list usado para autoavaliações.
3S de 5 minutos
São atividades, com frequência elevada, desenvolvidas por cada líder junto à sua equipe
discutindo pontos fortes e pontos de melhoria detectados no dia anterior. É um evento
participativo, porém deve-se delimitar o tempo para que a discussão não se prolongue. Os casos
que merecem uma discussão mais aprofundada devem ser tratados à parte. Caso já exista algum
tipo de “reunião relâmpago” para se discutir aspectos de segurança e produção, os 3S podem ser
inseridos neste tipo de evento, evitando-se criar um outro.
74
Formação de um Comitê Local de 5S
O responsável pela área também poderá formar um comitê local do 5S liderado pelo facilitador,
principalmente quando há um número muito grande de pessoas, inviabilizando formação de
decisões com toda a equipe. Este comitê local poderá, a pedido do responsável pela área, ter um
treinamento complementar de 5S (com ênfase nos 3S), para poder fomentar a sua prática junto aos
colegas. Nos casos de empresas que tenham a cultura de formação de grupos de trabalhos, força-
tarefa, círculos de qualidade, pequenos grupos ou atividades similares para solução de problemas,
as atividades de 3S devem ser inseridas. Lembrando que a maioria dos problemas de 3S é de
ordem comportamental. Aqueles que exigem avaliações técnicas mais aprofundadas ou maiores
investimentos normalmente estão contemplados em outras ferramentas gerenciais (Segurança,
CIPA, Normas ISO, TPM, Just-In-Time, CCQ, Seis Sigma, Lean Manufacturing, etc.). Como
algumas destas ferramentas oferecem prêmios de acordo com a importância de cada melhoria, as
empresas não costumam inserir nas premiações as melhorias de 3S.
Modelos de 5S
Padrões descritivos de ordem e limpeza, por mais que se aperfeiçoem, jamais conseguem sair da
abstração e ter um entendimento comum. Para suprir este problema não existe uma forma melhor
do que fazer com que as coisas definidas sejam compreendidas visualmente.
O desenvolvimento de área, ambientes, equipamentos e outros itens que sirvam como um modelo
para o 5S, é de fundamental importância para se aprender e se mostrar como, em sua extensão, o
5S deve ser executado, e qual é o padrão desejado.
Ser representativo – É importante que os modelos possam servir como referências para outros
elementos relativamente similares, pois do contrário perdem o efeito de replicação, haja vista que
as pessoas têm dificuldade em adequar algo que é muito diferente para a sua realidade. Quando na
empresa existir elementos únicos, tais como laboratório, almoxarifado, vestiário, refeitório,
ferramentaria, portaria, auditório, etc., podem ser definidos como modelo uma parte deste
ambiente, a qual internamente poderá ser utilizada como referência de replicação.
Ser desafiante – É interessante a escolha de um modelo que tenha um estado inicial ou uma
situação crônica problemática, pois a sua transformação permitirá uma comparação futura,
deixando um exemplo do que o 5S é capaz.
Custo da transformação deve ser compatível – Soluções criativas e bem discutidas devem ser
buscadas para a obtenção dos modelos. É muito fácil solucionar problemas sem levar em conta o
custo envolvido. As atividades desenvolvidas para os modelos devem ser compatíveis com todos
os outros itens similares.
75
Ser melhorado continuamente – Não se pode esperar que o modelo seja a perfeição ou o limite
máximo do 5S. Logo, para declarar um ambiente, área, equipamento ou item, como um modelo,
não é exigível que o mesmo seja perfeito, embora se o busque o máximo rigor. À medida que se
pratica o 5S, novos paradigmas de ordem e de limpeza vão surgindo, obrigando à uma melhoria
contínua a partir do modelo.
Em ambos os casos deve ser constituída uma comissão avaliadora que pode composta pelo gestor,
componentes do comitê, auditores e até mesmo a alta direção.
76
Como desenvolver sistemática de Reconhecimento que realmente
motive as pessoas
O reconhecimento é o alimento para o homem satisfazer as suas necessidades egoísticas. As
auditorias de 5S devem servir também de ferramenta para o reconhecimento das equipes e
respectivos líderes. A experiência de várias empresas aponta para os seguintes requisitos a serem
observados ao se discutir a sistemática de reconhecimento:
77
Objeto de Características Vantagens Desvantagens
reconhecimento
Dinheiro Valor à ser distribuído Possibilita um foco maior na Normalmente cria a
com a equipe dependendo prática do 5S cultura de se fazer
exclusivamente do melhorias em vésperas de
resultado do 5S auditorias
Valor à ser distribuído • Relaciona o 5S com ⇒ Normalmente os
para a equipe dependendo outros aspectos representantes
do resultado do 5S (há um importantes (segurança, sindicais não aceitam
peso) e de outros qualidade, custos, este critérios pois o
indicadores (normalmente produtividade, etc.) prêmio não é
pago como Participação • Cada equipe depende uniforme para todos
nos Lucros e Resultados) apenas de seus próprios os profissionais
esforços ⇒ As equipes tornam-se
egoístas, deixando de
ajudar as demais e
não zelando pelas
áreas que não estão
sob a sua
responsabilidade.
Valor à ser distribuído • Relaciona o 5S com Os profissionais não
para toda a empresa outros aspectos sentem um vínculo entre
dependendo do resultado importantes (segurança, esforço e recompensa.
do 5S e de outros qualidade, custos,
indicadores (normalmente produtividade, etc.)
pago como Participação • As equipes se tornam
nos Lucros e Resultados) mais solidárias, pois os
resultados negativos de
umas podem causar
prejuízos à outras.
• Há uma boa adesão dos
órgãos sindicais
Bens de Consumo, Oferecidos à equipe em • Possibilita um foco • Inviável para grandes
Brindes, Viagens função dos resultados do maior na prática do 5S equipes (neste caso
5S • Não cria um espírito há necessidade de se
mercantilista sortear)
• Às vezes não são
motivantes em
função do valor e do
nível das pessoas
beneficiadas
Simbólico (troféus, Oferecidos à equipe em • Possibilita um foco Quando não há outra
selos, certificados, função dos resultados do maior na prática do 5S sistemática de
bottons, placas, etc.) 5S • Não cria um espírito reconhecimento
mercantilista financeiro a empresa
• Identifica a área e equipe passa a ser vista como
de acordo com os “exploradora” das
resultados pessoas.
Tabela 9 - Vantagens e desvantagens percebidas pelas empresas de acordo com o objeto do reconhecimento
78
A recomendação é se utilizar uma mescla dos objetos de reconhecimento citados acima, de acordo
com as características, a situação financeira e o nível de evolução do 5S da empresa, se possível
fazendo com que haja um vínculo direto entre o esforço da equipe e o reconhecimento. Para criar
maior solidariedade entre as áreas, bem como promover o uso adequado das áreas coletivas, pode
ser dado um peso para o resultado da própria área (0,8 a 0,9) e um peso para áreas coletivas
(banheiros, vestiários, pavimentos, estacionamentos, salas de reuniões, auditórios, etc.) e/ou o
resultado geral de toda a empresa (0,1 a 0,2). Exemplo: se uma área obteve um resultado de 80% e
a área coletiva ou geral obteve 60%, o resultado final da área seria: 80% x 0,9 (resultado da área e
peso da área, respectivamente) mais 60% x 0,1 (resultado da área coletiva ou do resultado geral e
peso da área coletiva, respectivamente). O resultado final da área seria 78%.
Com relação às estratégias para tornar o objeto de reconhecimento desejado, as mais utilizadas
são apresentadas na tabela 10, incluindo as vantagens e desvantagens.
79
Estratégia de Características Vantagens Desvantagens
reconhecimento
De acordo com a São reconhecidas as • É possível se As áreas com características
classificação da área equipes que obtiverem as identificar áreas que adversas levarão
maiores pontuações, sirvam de referência desvantagens sobre as que
independente das • Promove uma têm características favoráveis
características das áreas competição entre as à ordem e à limpeza.
áreas
São reconhecidas as • É possível se Nos primeiros ciclos de
equipes que obtiverem as identificar áreas que reconhecimento as áreas que
maiores pontuações, de sirvam de referência já estão com um bom padrão
acordo com as • Promove uma de 5S levarão vantagens sem
características das áreas competição mais muito esforço.
justa entre áreas de
características
diferentes
De acordo com a São reconhecidas as Motiva as áreas que • Matematicamente são
evolução equipes que mais estão com um padrão beneficiadas as áreas
evoluíram desde o início mais baixo com padrão mais baixo,
das auditorias ou entre a pois, em termos
auditoria atual e a percentuais, quanto mais
anterior alta a nota, menor é o
potencial de aumento
• Na prática também são
beneficiadas as áreas
com padrão mais baixo,
pois quanto menor a nota
menor será o esforço
para percentualmente
evoluir
• Seria uma injustiça para
as áreas que desde o
início se comprometem
na prática do 5S
De acordo com o São reconhecidas as A equipe só depende • Não cria uma competição
atingimento da meta equipes que atingirem as dela própria para ser sadia entre as áreas
metas específicas reconhecida • Não são identificadas
áreas que sirvam de
referência
• São beneficiadas as
equipes que são
conservadoras no
estabelecimento das
metas
• São prejudicadas as
equipes que são mais
ousadas no
estabelecimento das
metas
Tabela 10 - Estratégias para tornar o objeto de reconhecimento desejado
80
A recomendação é se utilizar uma mescla das estratégias acima, obedecendo aos seguintes
critérios.
c) De acordo com a classificação da área – Crie categorias de área de acordo com o
grau de dificuldade provocada pelo processo. Exemplo: áreas com alto grau de
fontes de sujeira; áreas com baixo grau de fontes de sujeira; escritórios especiais
(alta e média gerência); escritórios comuns; ambientes de uso coletivo (vestiários,
banheiros, refeitórios, etc.); áreas a céu aberto; áreas específicas (laboratórios,
bibliotecas, salas de aula, almoxarifados, depósitos, arquivo inativo, etc.). Para as
áreas melhores classificadas podem ser entregues troféu, bens de consumo ou
viagens. Em caso de troféu, este pode ser definitivo ou permanecer na área
enquanto mantém a classificação. Pode ser prevista a situação da posse definitiva
do troféu se a área mantiver a primeira colocação por três vezes consecutivas. Para
áreas que estão muito a frente das demais, convém conceituá-las como “hors
concours”, evitando que concorra com as demais.
d) De acordo com a evolução – Crie uma forma diferenciada para reconhecer a área
que mais avançou desde a primeira auditoria. Pode ser desenvolvido um troféu
diferenciado ou dado um brinde para os componentes da área. É normal que este
critério não seja utilizado a cada ciclo de auditoria.
e) De acordo com o atingimento da meta – Normalmente as áreas que atingem a meta
e/ou que atingem uma nota classificatória, recebem selos, certificados ou prêmio
em dinheiro (neste último caso, o mais comum é como participação nos
resultados). Algumas classificações são feitas pelas empresas a depender do padrão
atingido. Exemplos: Vermelha ou 1 estrela: até 50%; Amarela ou 2 estrelas: entre
51 e 70%; Verde ou 3 estrelas: entre 71 e 90%; Azul ou 4 estrelas: entre 91 e 95%;
Ouro ou 5 estrelas: entre 96 e 100%. Outras utilizam selos para três estágios
diferentes de 5S: Entre 80 e 90% - Selo Bronze; entre 91 e 95% - Selo Prata; entre
95% e 100% - Selo Ouro.
⇒ Evite divulgar abertamente os resultados das duas primeiras auditorias e evite
implementar a sistemática de reconhecimento antes do segundo ciclo de auditorias. Ou
seja, faça a divulgação da sistemática juntamente com a divulgação dos resultados gerais do
segundo ciclo e o evento de reconhecimento junto com os resultados do terceiro ciclo. Esta
recomendação é feita por vários motivos:
a) Nas duas primeiras auditorias os critérios de avaliação ainda estão sendo testados a fim de
conseguir extrair o padrão real de 5S (ou 3S) dos ambientes de trabalho;
b) Nas duas primeiras auditorias os auditores ainda estão aprendendo a fazer auditorias
(interpretação adequada dos conceitos e dos critérios de avaliação; desenvolvimento da
capacidade crítica de observação; calibração entre as notas dos diversos auditores, etc.).
c) Nas duas primeiras auditorias os auditados ainda estão aprendendo a fazer o 5S e a conhecer
os critérios de avaliação;
d) Nas duas primeiras auditorias os auditados não têm parâmetro do que podem avançar no
tempo de acordo com as dificuldades;
e) Nas duas primeiras auditorias os auditados estão experimentando a prática do 5S. Uma
possível preocupação com o reconhecimento poderá tirar o foco da prática.
⇒ Faça uma boa divulgação da sistemática de reconhecimento. Utilize as ferramentas de
divulgação existentes na empresa como através de avisos em jornais ou quadros, cartazes e até
faixas. Envolva as lideranças para que estes façam uma divulgação “corpo-a-corpo” com a sua
equipe.
81
⇒ Planeje um evento para a divulgação dos vencedores e a entrega do objeto de
reconhecimento. Este evento deve ser marcado com antecedência para garantir a presença de
pessoas estratégicas da empresa. A divulgação poderá ocorrer antes ou durante o evento. Em
médias empresas, é usual aproveitar o horário do almoço para fazer a entrega, contando com a
participação voluntária de níveis hierárquicos menores, e participação obrigatória das
lideranças. Em grandes empresas é usual a entrega em um local mais reservado (sala de
reunião, sala de treinamento, auditórios, etc.), com a participação das lideranças e de um ou
mais representante das áreas que serão reconhecidas. A entrega das premiações deve ser
registrada com fotos e/ou filmagens para posterior divulgação.
⇒ Planeje e faça uma pesquisa para avaliar a eficiência da sistemática de reconhecimento.
Esta pesquisa pode ser feita por amostragem, através de um formulário de simples
preenchimento, distribuído antes da divulgação do sistema de reconhecimento e após a
divulgação dos vencedores.
⇒ Evite usar a sistemática de amostragem a cada ciclo de auditoria. Ou seja, audite todas as
áreas a cada ciclo de auditoria. Lembre-se que o maior objetivo das auditorias não é
determinar o padrão numérico que a empresa se encontra, e sim apresentar a cada área os seus
pontos fortes e as suas oportunidades de melhorias. A recomendação é que todos os espaços
físicos pertencentes à empresa sejam auditados, mesmo aqueles utilizados por empresas
contratadas. Algumas empresas optam por sortear poucas áreas que serão auditadas a cada
ciclo. Esta estratégia não é recomendada para as fases iniciais de implantação, pois com
possíveis diferenças significativas entre as áreas, a simples apuração de notas não agrega
valor. Os registros feitos nas áreas amostradas certamente não servirão para as demais áreas
não auditadas, criando uma imagem de auditoria como um “julgamento”. A utilização de
amostragem só é recomendada nos casos de níveis de 5S muito próximos entre as áreas e para
avaliação de metas corporativas usadas para premiações por participação nos resultados.
Um problema que várias empresas têm enfrentado com relação ao reconhecimento é como
proceder com os terceirizados (empresas e pessoal contratado), os quais contribuem positiva ou
negativamente para os resultados do 5S, e que não são contemplados pela sistemática que envolve
premiação em dinheiro, devido à limitações de contratos trabalhistas. Se o reconhecimento não
envolve remuneração, nada impede que a sistemática seja extensiva para os terceirizados. Quando
o reconhecimento se limita à remuneração variável, a sugestão é criar uma premiação extra,
convertendo um valor financeiro em um determinado bem (mesmo que seja sorteado); em uma
festa de confraternização; em uma viagem ou por algo que os funcionários das empresas
contratadas decidirem. Esta proposta deve ser discutida previamente, inclusive envolvendo
responsáveis pela(s) contratada(s).
82
ETAPA 5
Consolide o 5S no ambiente administrativo e no ambiente eletrônico.
83
A Consolidação dos 3 primeiros “S” demonstra que as áreas e a empresa possuem condições
infraestruturais para a prática de todos os 5S e que as pessoas já têm uma referência clara do
padrão exigido para a prática dos 3 primeiros “S”:
Não obrigatoriamente as pessoas, em todos os níveis, têm a cultura para praticá-los no dia a dia.
Para tal devem ser implementados de maneira sistemática os 2 últimos “S” no ambiente
administrativo, bem como os conceitos do 5S no ambiente eletrônico.
Fase 5
Consolidação dos 3 primeiros S? Prática Sistemática
dos 3 primeiros “S
Planejamento para
os 2 últimos “S”
Fase 6 Definição
de Metas
e Reconhe-
Auditorias
cimento
Ações de Elaboração
Melhorias de Planos
de Ação
Lembrando que a metodologia proposta neste livro sugere a implementação dos dois últimos S do
ambiente administrativo e a implantação do 5S no ambiente eletrônico, após a consolidação dos
três primeiros, e isto ocorre quando uma instalação mantém uma média igual ou superior a 90%
84
por três avaliações consecutivas. Caso a empresa desejar utilizar um critério idêntico ou diferente
deste, deve divulgá-lo com todas as áreas. Pode também estabelecer um período do ano para que
novas áreas adentrem na implementação de todos os “S”, otimizando os treinamentos e facilitando
a definição de metas que podem estar associadas a sistemas de remuneração variável (PLR, PPR,
PL, etc.).
A adoção do padrão de 90% como referência para a implementação dos demais “S”, tolerando-se
uma margem de 10 pontos percentuais, deve-se aos seguintes fatores:
a) Os critérios de avaliação, por melhores que sejam, podem não extrair com precisão, o real
padrão da área auditada;
b) Os auditores, por mais capacitados e experientes que sejam, podem não ser precisos na
auditoria;
c) As auditorias são feitas utilizando-se inconscientemente amostragem, prevendo-se uma
margem de erro;
d) As áreas ao serem auditadas podem fazer pequenas melhorias motivadas apenas pela auditoria;
e) Os auditados podem influenciar nos resultados da auditoria de acordo com a sua visão crítica da
área, apresentando uma postura mais resistente ou mais liberal.
Afora estes problemas, deve ser dada uma tolerância para pequenas pendências sob
responsabilidade da empresa e outras sob responsabilidade da equipe. Um nível de rigor elevado
para a empresa (recursos financeiros) ou para as pessoas (aspectos comportamentais) pode gerar
uma tensão capaz de levar o 5S ao descrédito por parte de ambos ou de uma das partes. Sob o
ponto de vista da empresa, em uma relação “Custo x Benefício”, as melhorias necessárias podem
ser consideradas inviável. Sob o ponto de vista das pessoas, a cobrança rigorosa com “Tolerância
Zero”, pode gerar um “stress” elevado fazendo com que as pessoas vejam o 5S como algo chato,
burocrático e que torna as pessoas infelizes nos postos de trabalho.
Outra questão importante a observar é que, se a pontuação das auditorias estiver ocorrendo por
conta de grandes melhorias feitas em vésperas de auditorias (ordem, limpeza e conservação), sem
que haja uma ação efetiva dos diversos níveis hierárquicos, provavelmente ela está
supervalorizada, não refletindo o real padrão de 3S. Neste caso a implementação dos dois últimos
“S” pode ser suspensa, mesmo que esta descoberta ocorra durante as auditorias. Apesar dos dois
últimos “S” contribuírem para a melhoria dos três primeiros, eles não são eficazes para tal
correção. Não basta a autodisciplina das pessoas para garantir que todos os aspectos dos três
primeiros “S” sejam trabalhados e todas as possíveis pendências sejam expostas e resolvidas. Se
assim fosse o nome do Programa não seria 5S.
A Tabela 11 apresenta as diversas situações que ocorrem nas empresas no gerenciamento do 5S:
85
Situação no gerenciamento do 5S Consequências mais frequentes
Implementam todos os “S”simultaneamente Dificuldade de auditar o Seiketsu e o Shitsuke,
pelos seguintes motivos:
a. A auditoria de 3S serve como um
treinamento para o auditor, uma
vez que é mais fácil se detectar
problemas físicos (3S);
b. Há muitas deficiências dos 3S à
serem detectadas, consumindo
muito tempo do auditor;
c. Com a prática e as auditorias de
3S, os auditados ficam mais
abertos, facilitando as auditorias
dos últimos “S”, quando os
auditores dependem bem mais de
suas informações;
d. É difícil se avaliar a atitude das
pessoas que trabalham em um
ambiente fisicamente
desfavorável, quando ainda não
estão conscientes e incomodadas
com tal situação.
Auditam e certificam um “S” de cada vez Perde-se um certo tempo, uma vez que a prática
dos 3S ocorrem simultaneamente nas
instalações.
Estão com um padrão de 3S elevado, mas não a) Causa uma certa desmotivação, fazendo
implementam os dois últimos “S” o 5S parecer um Programa de Ordem e
Limpeza. A tendência é o padrão dos 3S
cair com o tempo;
b) Deixa de receber outros benefícios do
5S, que é a preocupação com a
manutenção, com a higiene, a saúde e a
autodisciplina, repercutindo em
benefícios para outras ferramentas
gerenciais.
Auditam o 5S, mas não tem sistemática para a Não há evolução contínua no padrão dos dois
sua prática últimos “S”, ou seja, o investimento de tempo
em auditoria do 5S não tem retorno.
Aguardam todas as instalações consolidarem os Causa uma certa desmotivação para as
3S para só depois implementar e auditar o 5S instalações que já consolidaram os 3S. A
tendência é o padrão dos 3S destas instalações
cair com o tempo.
Os auditores não sabem ou não se sentem Gera um certo impasse para ambas as partes
habilitados para auditar os dois últimos “S” (auditor e auditado).
Tabela 11 - Situações que ocorrem nas empresas no gerenciamento do 5S
86
No momento que o Comitê do 5S verificar uma tendência de algumas instalações atingirem o
padrão de 90%, deve começar a planejar a prática sistemática dos dois últimos, obedecendo quase
a mesma sequencia utilizada para a implementação dos três primeiros.
Sobre o 5S do ambiente eletrônico também é recomendável que seja feita de maneira sistemática
após a grande maioria dos problemas físicos estiver solucionada. Lembrando que, quando o 5S foi
criado no Japão no final de década de 50 não existiam computadores pessoais. Por conta disto, a
prática de seus conceitos ficou limitada às coisas físicas e comportamentais. Apesar de algumas
empresas pregarem a prática do 5S nos computadores, existe pouca ou nenhuma sistemática para
tal; há pouca continuidade na abordagem e os resultados têm sido pífios e incapazes de formar
uma cultura. Desta forma, resta a pergunta: Como fazer o 5S nos computadores?
À medida que avançamos no tempo, o ser humano convive e depende cada vez mais dos meios
eletrônicos. No entanto, poucas empresas e pessoas adequam a prática de 5S aos seus
computadores. A consequência é o acúmulo desenfreado de memória dos computadores e
servidores e a própria perda de tempo na localização de um arquivo. Algumas iniciativas têm sido
criadas pelas áreas de Tecnologia e Informação (IT), como a limitação de memória da caixa de
correios eletrônicos e a exclusão de arquivos não manuseados há um certo tempo. O problema é a
necessidade da flexibilização para diversas situações que estas regras não se enquadram. Além do
mais, a prática do 5S nos computadores não pode se limitar apenas à eliminação de arquivos
obsoletos, mas deve se estender à organização dos arquivos. Para estas duas vantagens, a prática
dependerá mais uma vez de uma mudança comportamental e não apenas de regras oriundas de um
determinado departamento.
Para que uma pessoa ou empresa tenha sucesso na prática do 5S nos computadores, deve
primeiramente entender o mecanismo da mudança comportamental proposta pela metodologia do
5S. A iniciação do 5S pelos 3 primeiros “S” é devida ao fato de que a internalização de um novo
hábito se torna mais fácil quando as pessoas utilizam o máximo de seus sentidos naturais após
receberem determinadas informações. O processo de separar as coisas materiais necessárias das
desnecessárias, ordenar as coisas materiais de acordo com suas características e frequência de uso
e manter a limpeza material no dia-a-dia, leva as pessoas a “concretizarem” na sua mente uma
nova prática de uma maneira mais rápida e mais perene. Ou seja, a transformação das atitudes
ocorre inicialmente em um nível fora de abstrações. A partir da consolidação destes 3 primeiros
“S”, as pessoas estão preparadas para “trabalhar” aspectos mais abstratos. Daí porque os dois
últimos “S” só conseguem sucesso efetivo após as pessoas já praticarem com naturalidade os 3
primeiros (ter apenas o necessário, um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar e manter o
ambiente limpo no dia-a-dia). É em conjunto ou mesmo após a consolidação destes 2 últimos “S”
que há uma probabilidade maior de sucesso na aplicação do 5S nos computadores. Isto significa
que, quando pessoas e empresas precipitam esta implantação, dificilmente terão sucesso em sua
continuidade. A solução, portanto, é: (1) Consolidar os 3 primeiros “S”, (2) Implantar e
Consolidar os 2 últimos “S” para depois, e somente depois, (3) Implantar o 5S nos computadores.
Tentativas diferentes desta sequencia só terão sucesso para um número limitadíssimo de pessoas
ou por um período muito curto de tempo, muitas vezes sustentados por determinações da área de
Tecnologia e Informação.
87
Planeje as atividades que deverão ser implementadas
É lamentável a falta de visão das lideranças, e até mesmo do Gestor, com relação a prática efetiva
do 5S. Isto porque não costumam dedicar tempo ou recursos à medida que as áreas consolidam os
3 primeiros “S”. Não atentam para o fato que a prática dos 3 primeiros é necessária para favorecer
a mudança de comportamento das pessoas e dos aspectos físicos do ambiente de trabalho. Porém,
é com a prática de todos os 5S que ocorre a verdadeira transformação de atitudes e até de valores
das pessoas, sem contar que o investimento financeiro é bem menor. A tabela 12 apresenta uma
comparação entre as fases de implantação do 5S:
88
Aspectos Fase 1 Fase 2 Comentários
Prática dos 3S Prática do 4º e do 5º S
Itens que Normalmente são comuns para Cada ambiente de A empresa define
serão toda a empresa, evidentemente trabalho pode itens genéricos e
trabalhados obedecendo as características do desenvolver os itens recomenda que os
em cada “S” ambiente de trabalho que serão trabalhados e ambientes definam
auditados em função de itens específicos
suas carências, tanto
que prejudicam a
equipe como as que
prejudicam áreas de
interface
Auditorias Mais frequente (bimestrais ou Menos frequente À medida que as áreas
trimestrais) e concentradas (são (semestrais) e diluídas consolidam os 3S, o
auditadas todas as áreas a cada (as áreas com os 3S tempo dedicado às
ciclo de auditorias) consolidados podem ser auditorias cai em até
auditadas sem fazer 50% (com a redução
parte de um ciclo de da frequência).
auditorias)
Custos das Maiores custos com reforma, Possíveis custos com O potencial de ganho
Melhorias recondicionamento, alterações melhorias de aspectos das áreas com os 3S
de layout, aquisição de recursos ergonômicos, consolidados está nos
de apoio, tintas, sinalizações, padronizações e aspectos atitudinais.
identificações, melhorias, etc. campanhas
relacionadas à saúde.
Impactos das Fisicamente mais impactantes. Fisicamente menos As melhorias com a
melhorias Talvez seja este o principal impactantes. prática do 4º e do 5º
motivo de uma motivação das “S” são percebidas
pessoas para a prática apenas durante o
dos 3S. relacionamento entre
as pessoas, nos
pequenos gestos e pela
própria pessoa que o
pratica, a partir de
revisão dos seu modo
de vida, dentro e fora
da empresa.
Tabela 12 - Comparação entre as fases de implantação do 5S
89
Exemplos de itens genéricos definidos pela empresa e itens específicos definidos por cada
ambiente de trabalho estão na tabela 13:
90
Itens Genéricos do Shitsuke Itens Específicos do Shitsuke
Atitude das Pessoas Área 1 – Evitar falar alto
Área 2 – Apresentar sugestões de melhorias do
5S
Área 3 – Botar papel na impressora no
momento que faltar
Área 4 – Não pichar portas ou paredes
Área 5 – Não sujar outras áreas
Área 6 – Tratar as pessoas com cordialidade
Área 7 – Demonstrar espírito de equipe
Autodisciplina na Guarda de Documentos Área 1 – Autodisciplina na Denominação e
Eletrônicos empresa de arquivos compartilhados de Rede
Área 2 – Autodisciplina na Utilização da Caixa
de entrada do Correio Eletrônico e dos
arquivos que estão na Rede
Área 3 – Autodisciplina na Extinção de
Arquivos duplicados, obsoletos e com
denominação confusa
Tabela 13 – Exemplo de itens genéricos e específicos trabalhados e auditados durante a implantação dos dois últimos
“S”
O Comitê deve definir de que forma serão realizados os treinamentos que abordarão todos os 5S,
com ênfase nos dois últimos. O material didático pode ser o mesmo que foi utilizado na fase
inicial (é recomendável uma revisão) ou outro diferente. Normalmente é desenvolvido um novo
material promocional para esta nova fase (banners, cartazes, etc.). Lembrando que a promoção e o
treinamento ocorrem nas áreas que consolidam os três primeiros “S”, e não necessitam ser em
salas de aula (podem ser usadas salas de reuniões da própria área ou outro local que ofereça
conforto e esteja livre de ruídos).
91
A tabela 14 sugere o tempo dedicado a cada tópico relacionado ao 5S de acordo com o perfil dos
participantes:
O Comitê pode também planejar uma forma de sinalizar as áreas que já estão na fase de
implantação de todos os “S”. Isto pode ser feito com banner, placa, Certificado de 3S, Selos e até
mesmo com “bottons” utilizados pela equipe que pertence à área. A entrega e/ou afixação destes
itens deve ser feita em um evento com a participação de pessoas estratégicas e convidados de área
afins.
No caso da implantação sistemática para o ambiente eletrônico devem ser planejadas as seguintes
atividades:
92
c)5S em todas as pastas da rede
d)5S também nos correios eletrônicos
e)5S também nos documentos de trabalho na CPU.
Da mesma forma que foi feito um dia D para a Limpeza e o descarte das coisas materiais
obsoletas na implantação do 5S, programa-se o 5S do computador elegendo um dia para a
empresa ou cada departamento fazer uma “Limpeza” em seus computadores. Esta atividade
consiste em excluir arquivos obsoletos; gravar em mídia arquivos de fotos e apresentações
“pesadas”; renomear arquivos e diretórios que estão com denominações confusas; ordenar
arquivos em no máximo 3 níveis de diretórios. Estas atividades se estendem à caixa de correio
eletrônico. Para tanto, algumas dicas:
• Além de liderar todo o processo de comunicação, a área de Tecnologia e Informação faz
um backup de todos os arquivos de rede para evitar perdas irreparáveis e “fotografa” a
memória ocupada por cada departamento antes do Dia D;
• Cada departamento elege “facilitadores” para fazer a “limpeza” dos diretórios
compartilhados (uso exclusivo do departamento) e do diretório do departamento que está
no Drive “Público” (consultado por toda a empresa).
• Após a “limpeza” dos diretórios compartilhados e do público, a prioridade é para aqueles
de uso exclusivo de cada pessoa. Isto inclui a caixa de correio a qual normalmente é
indevidamente entendida como sendo um espaço de “Uso Pessoal”. Isto porque os
usuários, pelo fato de acessarem com uma senha, acreditam que a empresa não deve
monitorar as mensagens ali presentes. Eles esquecem que grande parte deste conteúdo
refere-se à sua rotina. Logo, devem estar devidamente ordenadas para que sejam
localizadas facilmente por possíveis substitutos. Da mesma forma que as pessoas
costumam ter gavetas e até armários para a guarda de objetos pessoais, elas podem criar
uma subpasta na sua caixa de correio eletrônico para o arquivamento de documentos
puramente pessoais.
93
O Gestor do 5S, em conjunto com a área de Tecnologia e Informação, deve definir a amplitude
divulgar de maneira gradual e com ilustrações, regras e dicas para a otimização do uso da Rede,
tais como:
• O acesso aos arquivos virtuais deve obedecer a mesma lógica que os arquivos físicos.
• Verificar se os arquivos úteis estão salvos com denominações facilmente compreensíveis e
se estão guardados nos diretório apropriados.
• Dar um tratamento adequado para os anexos recebidos e enviados: denominação mais
“familiar” para anexos recebidos e que necessitam ser arquivados fora da caixa de correio;
não arquivar em dois lugares, criar um link para que o destinatário da mensagem possa
acessar a outro documento sem necessidade de anexá-lo.
• Se necessário, defina um padrão de denominação para todos os arquivos e diretórios
compartilhados.
• Procurar salvar fotos e apresentações “pesadas” em mídia.
• Criar regras para e estabelecer um período para análises dos arquivos guardados buscando
eliminar os desnecessários, esvaziar a lixeira e não repassar "correntes".
• Esvaziar as pastas de itens excluídos, limpar periodicamente a pasta de itens enviados,
retirar da caixa de entrada arquivos obsoletos e aqueles que podem ser arquivados em
outras pastas, na rede ou na CPU.
• Não enviar cópias desnecessariamente, apenas para “se cobrir” ou “mostrar trabalho” para
os chefes.
• Evitar deixar para o dia seguinte a resposta para as mensagens recebidas. Dar um destino
efetivo no primeiro contato com o e-mail. Lembrar que aquele é o momento mais
adequado para você tratá-lo.
• Criticar sempre que receber e-mails desnecessários e carregados de figuras em que nada
acrescentam.
À medida que as instalações consolidem os três primeiros “S”, passam a ser avaliadas também
nos dois últimos. Para manter a evolução da implantação, a média dos 3S destas instalações
compõem a média da empresa juntamente com as demais instalações que ainda não consolidaram.
Podem ser criados gráficos, em separado, para demonstrar a evolução de cada um dos dois
últimos “S”e para a média do 5S.
O comitê deve definir os itens de avaliação dos dois últimos “S”, e posteriormente discutir com
cada área quais sub-itens serão trabalhados e auditados pelas áreas. O anexo 1 apresenta um
exemplo de itens de avaliação normalmente utilizados para a auditoria do 5S.
94
Fase 7 – Implemente os 2 últimos “S”
Na fase 7 são implementadas as ações planejadas na fase 6.
C o n s o lid a ç ã o d o s 3 p r im e i r o s S ?
P la n e ja m e n t o p a r a
o s 2 ú lt im o s “ S ”
Fase 6
Im p le m e n t a ç ã o
d o s 2 ú lt im o s S
Fase 7
Seguem algumas dicas de como praticar cada dos dois últimos “S”:
95
16. Elaborar e instalar Padrões Fotográficos de Ordem e Limpeza nos ambientes de uso
coletivo onde as demarcações do piso e as identificações de lugares de guarda são
inviáveis ou inadequadas (ver anexo 10);
17. Estimular, registrar, analisar e implantar sugestões de melhorias para o 5S;
18. Definir amplitude de aplicação do 5S no ambiente eletrônico: Rede, CPU, arquivos
compartilhados, arquivos individuais, correio eletrônico.
19. Definir padrões de ordem dos arquivos eletrônicos: Quantidade de subpastas, pastas e
documentos em diferentes níveis, nomeação impessoal, itemização, formato de
nomeações, responsáveis pelos arquivos compartilhados, etc. (ver exemplo no anexo 9).
20. Definir prazo e responsáveis pela limpeza de arquivos obsoletos.
O anexo 11 apresenta uma lista de itens a implementar e a verificara para cada “S”.
96
Fase 8 – Garanta a prática contínua do 5S
Na fase 8 ocorrem as práticas de todos os 5 “S”, obedecendo ao mesmo princípio da melhoria
contínua.
Definição
de Metas
e Reconhe-
Auditorias
cimento
Ações de Elaboração
Melhorias de Planos
de Ação
Implementação
dos 2 últimos S
Fase 7 Fase 8
“Prática Sistemática
de todos os “S”
97
Fase 9 – Como Certificar as áreas e/ou a empresa em 5S
A fase 9 é a fase conclusiva da implantação do 5S na empresa.
Definição
de Metas
e Reconhe-
Auditorias
cimento
Ações de Elaboração
Melhorias de Planos
de Ação
Após consolidação do 5S
Certificação 5S
Fase 8 Fase 9
“Prática Sistemática
de todos os “S”
Os critérios utilizados para uma instalação se certificar devem ser exigentes, mas factíveis e
normalmente compreendem:
a) Manutenção do padrão de 3S em 90% ou mais, por três avaliações consecutivas, com períodos
entre 2 e 6 meses entre as avaliações (condição para a candidatura);
b) Obtenção de um padrão igual ou superior a 90% em cada um dos 5S.
Embora algumas empresas criem a Certificação por “S”, inclusive algumas vinculam a
certificação de “S” à do “S” anterior, para os 3 primeiros “S” isto não faz sentido uma vez que,
98
apesar de haver uma forte relação entre eles, não há uma interdependência. Por exemplo, pode
haver uma área organizada e limpa (2º e 3º “S”), com recursos em excesso, obsoletos,
inadequados e com problemas de conservação (sem o 1º “S”). Como também pode existir uma
área limpa (3º “S”), mas desorganizada (sem o 2º “S”).
As auditorias de certificação podem ser feitas com entidades externas ou por auditores de outras
unidades. É recomendável que a certificação não seja concedida por auditores da mesma unidade,
mesmo que não tenham vínculos com a instalação candidata, como forma de valorizar a conquista
e tornar o processo o mais formal possível.
Para mais informações sobre este estágio sugiro consultar o livro de minha autoria “A
Certificação 5S” ou solicitar um orçamento à nossa consultoria (pdca@terra.com.br).
99
ETAPA 6
Implante o 5S na função administrativa, transformando escritórios em
“Fábricas de Informações”.
100
Após a consolidação do 5S as áreas administrativas têm agora uma condição propícia para a
implantação sistemática dos conceitos na função administrativa. O objetivo é implantar conceitos
que dependem apenas de uma simples mudança de postura. Para conceitos mais avançados na
melhoria dos processos que envolvem “engenharia do valor”, recomendo o estudo e aplicação de
técnicas de “Lean Office” ou “TPM Office”.
A implantação do 5S na função pode ser feita aplicando os conceitos de cada “S” no piloto e
depois replicada a experiência gradativamente para outras áreas.
101
Adeque os conceitos de cada “S” para a Função Administrativa
Cada empresa pode buscar a adequação que mais agregue valor para a situação atual, evitando que
haja superposição com ações oriundas de outras ferramentas gerenciais já consolidadas na
empresa. Segue exemplo de adequação dos conceitos de cada “S” para a Função Administrativa.
SEIRI
Elimine atividades ou informações desnecessárias aos olhos de quem faz ou de quem recebe
(clientes)
Tendo como base as necessidades reais dos processos posteriores, levante e elimine:
1. As atividades desnecessárias, redundantes, improvisadas (sem o devido planejamento)
2. As atividades geradas pelos retrabalhos
3. As atividades que costumam gerar desperdício de tempo por qualquer motivo
4. As atividades que deveriam ser feitas, mas não são por qualquer motivo.
Realize atividades necessárias pendentes
Crie uma lista, na agenda física ou eletrônica, de todas as pendências, definindo as
prioridades (A, B e C) e os prazos. Se necessário discuta com clientes internos, seu líder e
sua equipe. Para as situações em que a lista não é prática, ordene as pendências em pastas
usando os mesmos critérios.
Desenvolva a polivalência
Baseado no histórico, desenvolva e execute um plano de polivalência para possíveis
ausências, saída ou "job-rotation" (previstas e imprevistas).
Melhore a sinergia entre pessoas, processos e áreas
Levante as reclamações sistemáticas e/ou críticas com a equipe, processos posteriores e
anteriores, seu líder
Faça uma curva A, B, C para as reclamações levantadas
Faça e execute um plano para atuar na causa raiz das reclamações levantadas, de acordo
com a prioridade (A, B, C)
Verifique a eficácia das ações com cada um dos agentes anteriores. Se necessário, tome as
devidas providências.
SEITON
Melhore o nível de conhecimento das pessoas na definição das prioridades, stakeholders,
indicadores, metas dos processos, das áreas e das pessoas
Garanta que cada colaborador participe da definição das prioridades, stakeholders,
indicadores e metas dos processos.
Melhore a gestão do cumprimento dos objetivos (metas e prazos de atividades, planos de
ação, follow-up, projetos, etc.)
Faça um monitoramento eficaz das metas e prazos de cada indicador
Faça um follow-up e planos de ações atualizados para todos os desvios
Acompanhe devidamente os projetos de melhorias.
Tenha mais clareza na definição da relevância das atividades, informações, reports,
interfaces, etc.
Garanta que cada colaborador participe da definição da relevância das atividades,
informações, reports, interfaces, etc.
Acorde o nível de serviço: Padrão de conexão que formaliza a relação cliente-fornecedor
entre dois fatores: (1) Que atenda no prazo; (2) Com qualidade e no padrão.
102
Discuta com seus clientes internos os padrões desejados (qualidade, formato, meio de
comunicação, etc.) para cada atividade e os prazos.
SEISO
Analise periodicamente a relevância, eficiência e eficácia dos processos internos aos olhos
dos stakeholders
Defina e execute uma frequência e metodologia para fazer uma análise crítica da
relevância, eficiência e eficácia dos processos internos aos olhos dos stakeholders
Busque a participação das pessoas do processo nesta análise crítica
Garanta que cada colaborador participe das análises críticas dos processos internos e das
interfaces.
Revise periodicamente os procedimentos.
Defina e execute uma frequência para revisão periódica dos procedimentos e das rotinas
da área. Lembre-se que os processos internos e externos podem mudar (nada é estático).
Elimine a burocracia desnecessária e a falta de objetividade
Analise se os documentos gerados atualmente são os estritamente necessários
Verifique a real necessidade de arquivar cada tipo de documento. Para o que é necessário,
defina uma temporalidade e método de eliminação.
SEIKETSU
Defina os procedimentos necessários
Baseado nas reais necessidades e no que há atualmente, elabore uma lista de
procedimentos para as atividades consideradas críticas ou complexas. Defina prazos e
responsáveis pela elaboração.
Elabore e revise os procedimentos
Garanta procedimentos adequados para todas as atividades consideradas críticas ou
complexas
Verifique possíveis impactos dos procedimentos na rotina das pessoas e possíveis
necessidades de recursos
Planeje soluções para os possíveis impactos (Hh, Custos, etc.).
Treine os usuários e envolvidos nos procedimentos
Faça uma Matriz de Treinamento para cada procedimento e seus respectivos usuários,
definindo prioridades
Faça um plano de treinamento de acordo com a Matriz de Treinamento, definindo
responsáveis, metodologia, recursos e prazos
Execute o treinamento de acordo com o plano.
Disponibilize os procedimentos atualizados para todos os usuários e envolvidos
Garanta normas e procedimentos estejam atualizados e disponibilizados para fácil acesso
para os respectivos usuários
Verifique se os procedimentos realmente estão sendo usados e se são adequados sob a
ótica dos usuários e dos processos posteriores.
SHITSUKE
Cumpra os procedimentos sem necessidade de cobranças
Faça uma análise crítica e nominal dos colaboradores que cumprem com rigor e de
maneira autônoma os procedimentos e normas previstos. Se necessário consulte as pessoas
de processos anteriores, posteriores, da própria área.
103
Cumpra os prazos acordados sem necessidade de cobranças
Registre todos os prazos não cumpridos que geraram problemas para outras pessoas e
processos
Faça uma estratificação sobre as causas e os efeitos dos atrasos
Trate adequadamente os desvios sistemáticos e críticos.
Faça ajuste sobre atividades que prejudicam outros processos e vice-versa (cumprimento
de prazos, qualidade, comunicação, etc.).
Tenha um plano flexível e eficaz para realizar possíveis ajustes de acordo com a urgência
ou situações imprevistas, como o objetivo de minimizar efeitos negativos.
Busque a proatividade para propor melhorias
Incentive todas as pessoas da equipe a propor ou fazer melhorias em seus processos
Solicite as pessoas para levantar resultados tangíveis para as sugestões implementadas.
Resumo
Em resumo, seguem as 10 Regras de Ouro para fazer do seu Escritório uma “Fábrica de
Informações”:
1. Identifique para que (objetivo) e para quem (processo seguinte) você realiza cada uma de
suas atividades de rotina, iniciando por aquelas que mais consomem o seu tempo.
2. Verifique com o processo seguinte quais as necessidades dele (como ele precisaria ser
atendido) e de que forma você está atendendo atualmente, levando em consideração os
seguintes aspectos: qualidade, meio de informação e prazo.
3. Planeje uma forma de atendê-lo atuando nas causas que atualmente dificultam o
atendimento. Exemplo:
Falta de recursos – Providencie os recursos adequados. Se necessário, discuta com o seu
líder;
Falta de conhecimento ou habilidade – Planeje uma forma de corrigir esta deficiência
com auto-aprendizagem, com outros colegas e, se necessário, participando de um curso
específico;
Deficiência de outras áreas ou pessoas – Comporte-se como um cliente interno,
apresentando às outras áreas e/ou pessoas as suas necessidades (qualidade, meio de
informação e prazo).
Falta de tempo – Desconfie do tempo que você perde por não praticar o 5S ou por ser
afetado por pessoas que não o pratica. Lembre-se que o somatório de pequenas perdas
poder representar uma grande perda no final do dia, da semana e do mês. Esteja seguro de
que você está realmente sobrecarregado antes de argumentar para o seu líder.
104
Procure simplificar ao máximo o seu dia-a-dia, evitando acumular pendências e sendo
eficaz na comunicação, utilizando o meio mais apropriado (contato pessoal, contato
telefônico, documento físico e documento virtual).
Seja eficaz nas reuniões. Seja seletivo, verificando a necessidade real da reunião, da sua
participação, da duração e das informações necessárias. Resista a comparecer a reuniões
marcadas em cima da hora. Seja pontual e cobre pontualidade no início e no final. Critique
a cultura de se marcar um horário para se começar em outro e de se estender a reunião
além do horário previsto.
Seja cordial, mas objetivo, nas consultas e nos contatos. Não permita que as pessoas
roubem, com muita facilidade, um de seus recursos mais preciosos: o tempo.
A sua mente obedece ao seu hábito. Acostume-se a dimensionar o seu tempo para 80% do
horário de trabalho. Estabeleça compromissos em horários de saída do trabalho (curso,
esporte, encontros sociais, etc.).
Dedique parte de seu tempo para atividades estratégicas e de melhorias.
Dedique parte de seu tempo para atividades de descontração (cafezinho, almoço,
confraternização no trabalho, etc.).
Evite levar trabalho para casa.
105
CONCLUSÃO
106
Conclusão
107
108
Exemplo de Plano de Implantação do 5S em ambientes e funções administrativas
Estruturação da Implantação do 5S
# Atividade Detalhes Responsável
1 Escolher o Gestor do 5S Definido pela Direção da empresa Número 1
Apoiar o Gestor na escolha da Consultar o Gestor
2 Número 1
Consultoria (se for o caso)
Viabilizar a participação de pessoas Falar com as lideranças das pessoas indicadas pelo Gestor
indicadas pelo Gestor de 5S para
3 Número 1
compor o Comitê de 5S e/ou equipe de
Multiplicadores (se for o caso)
Viabilizar a participação de pessoas Fazer um convite pessoal para demonstrar a importância do 5S e
indicadas pelo Gestor de 5S para o critério que foi utilizado para a escolha Gerentes e Chefes de
4
compor o Comitê de 5S e/ou equipe de Setores
Multiplicadores (se for o caso)
Falar com o Gestor do 5S e depois com o seu chefe
5 Participar do Comitê de Implantação demonstrando interesse em participar do Comitê ou até mesmo Encarregados, Mestres ou
ser um Auditor de 5S Líderes de Equipe
109
Estruturação da Implantação do 5S (continuação)
# Atividade Detalhes Responsável
7.1. Consultoria
Analisar e aprovar orçamento para as 7.2. Treinamentos
7 Número 1
atividades promocionais do 5S
7.3. Material promocional: Camisas, Banneres, Cartilhas, etc.
8.1. Criar Manual do 5S para divulgação dos Conceitos,
Padronizar Manual e Critérios de Significados, Metodologia, Padrões de Identificação e
8
Sinalização. Gestor e Comitê de 5S
Avaliação do 5S
8.2 Definir Critérios de Avaliação para os 3 primeiros “S”
9.1. Fazer registros fotográficos das áreas antes da implantação
9.2. Tentar estimar padrão atual de 3S ou de 5S da empresa e até
de cada área
9.3, Definir forma de contabilizar ganhos e avanços do 5S
9.4. Estratificar a empresas em áreas para facilitar as auditorias
9 Planejar Controle das Atividades do 5S e definir os respectivos responsáveis Gestor e Comitê de 5S
9.5. Levantar e controlar custos das atividades promocionais,
principalmente do Lançamento do 5S
9.6. Verificar percentual de pessoal treinado, comparar com a
meta e tomar as ações necessárias para corrigir os desvios
110
Lançamento do 5S
# Atividade Detalhes Responsável
Garantir que a data agendada terá adesão de todos (é normal
Participar da Palestra ou Capacitação de alguns líderes marcarem compromissos paralelos à data
10 Número 1
5S para pessoas estratégicas agendada para a Capacitação)
Validar o plano de implantação Verificar se a agenda não choca com outros programas
11 elaborado pelo Gestor ou Comitê, concorrentes Número 1
inclusive o evento de Lançamento
Receber treinamento de 5S para poder Não se limitar a conhecer os conceitos e o material a ser
multiplicar os conceitos (Multiplicador) utilizado para os treinamentos. Consultar literatura e sites Multiplicadores ou
12
e apoiar as áreas no dia-a-dia relacionados ao tema Facilitadores de 5S
(Facilitador)
* Dominar bem o conteúdo dos slides
Preparar a apresentação do 5S para os * Conhecer o público alvo para adotar uma linguagem adequada Multiplicadores ou
13
colegas (Multiplicador) * Ser pontual no inicio e no final Facilitadores de 5S
Realizar treinamentos de acordo com o * Ser pontual no inicio e no final dos treinamentos
Multiplicadores ou
14 programa estabelecido pelo Gestor ou * Registrar os principais comentários dos participantes e relatar
para o gestor Facilitadores de 5S
Comitê de 5S (Multiplicador)
Tentar participar da Palestra ou Capacitação de 5S antes de sua
Participar da Palestra ou Capacitação de equipe para ter uma visão crítica e motivar a sua equipe para Encarregados, Mestres ou
15
5S participar dos demais treinamentos previstos Líderes de Equipe
111
Lançamento do 5S (continuação)
# Atividade Detalhes Responsável
Bloquear a agenda para a data e horário marcado pelo Gestor do
Participar da Palestra ou Capacitação de 5S Gerentes e Chefes de
18
5S para pessoas estratégicas Setores
Monitorar o nível de participação de sua Garantir a participação de toda a equipe, incluindo os Terceiros Gerentes e Chefes de
19
equipe no treinamento de 5S residentes Setores
Garantir a participação de toda a equipe, incluindo os Terceiros
Monitorar o nível de participação de sua residentes Supervisores ou Líderes de
20
equipe no treinamento de 5S Equipe
112
Lançamento do 5S (continuação)
# Atividade Detalhes Responsável
24.1 Discutir uma programação para garantir que toda a sua
equipe terá um nível de participação.
24.2. Fazer os preparativos para o descarte dos materiais inúteis
Participar ativamente no Dia de
de sua área Supervisores ou Líderes de
24 Lançamento do 5S (atividades
24.3. Garantir a adesão das pessoas para as atividades de Equipe
promocionais e atividades práticas).
descarte, limpeza e organização.
24.4. Garantir que os recursos descartados não serão mais
utilizados
* Colocar em prática as ações recomendadas pelo Gestor ou
Apoiar a área no Lançamento do 5S Comitê Multiplicadores ou
25
(Facilitador) * Incentivar os colegas a participarem ativamente do Facilitadores de 5S
Lançamento do 5S
113
Após o Lançamento do 5S
# Atividade Detalhes Responsável
26.1. Verificar com a equipe as pendências que ficaram após o
Concluir as atividades de Descarte, Dia do Lançamento Supervisores ou Líderes de
26
Organização e Limpeza 26.2. Garantir que as pendências maiores sejam eliminadas em Equipe
um prazo de 15 dias
Apoiar a equipe na conclusão das Verificar com a equipe as pendências que ficaram após o Dia do
Multiplicadores ou
27 atividades de descarte, limpeza e Lançamento
Facilitadores de 5S
organização (Facilitador)
Apurar volume descartado, Otimização de áreas e Ganhos
Apurar Volume Descartado tangíveis – Prever o levantamento pelos auditores durante as Gestor e Comitê de 5S
auditorias
Monitorar e viabilizar a destinação dos Garantir agilidade e responsabilidade na destinação. Evitar que a
28 materiais descartados pelas áreas no Dia área dos materiais descartados no evento de Lançamento seja Número 1
de Lançamento do 5S permanente ou fique esquecida
114
Durante a Implantação
# Atividade Detalhes Responsável
29.1 Criar planilha eletrônica para geração de relatórios das
auditorias de 3S e elaboração de planos de ação
29.2. Coordenar as auditorias de 3S
29 Planejar Auditorias 29.3. Avaliar a qualidade das auditorias e validar as notas Gestor e Comitê de 5S
29.4. Avaliar a evolução das áreas, comparando com metas
29.5. Apurar ganhos tangíveis – Quando possível através de
informações geradas pelas áreas auditadas
30.1. Divulgar Registros e Resultados – De acordo com as
auditorias
30.2. Realizar evento de premiações – Programa e execução do
30 Planejar Divulgação evento Gestor e Comitê de 5S
30.3. Estimular as reuniões relâmpagos – Incentivo para as
lideranças realizarem reuniões informais e frequentes com a sua
equipe no próprio local de trabalho
31.1. Elaborar regulamentos para o sistema de reconhecimento –
Principalmente a partir do segundo ciclo de auditorias
31.2. Criar formulários utilizados ao longo da implantação do
5S (Fotos de antes e depois; Padrões de Ordenação através de
31 Definir parâmetros para o 5S fotos; Boletins de 5S, etc.) Gestor e Comitê de 5S
31.3. Criar padrões e viabilizar os recursos utilizados por toda a
empresa, quando não houver área nem profissional competente
(móveis, lixeiras, placas sinalizadoras, identidade visual, etc.)
31.4. Definir regras para consolidação dos 3S e dos 5S
Viabilizar a participação de pessoas Falar com as lideranças das pessoas indicadas pelo Gestor
32 indicadas pelo Gestor de 5S para Número 1
compor a equipe de Auditores de 5S
115
Durante a Implantação (continuação)
# Atividade Detalhes Responsável
Viabilizar a participação de pessoas Fazer um convite pessoal para demonstrar a importância do 5S e
Gerentes e Chefes de
33 indicadas pelo Gestor de 5S para o critério que foi utilizado para a escolha
Setores
compor a equipe de Auditores de 5S
34.1. Aprovar e divulgar agenda das auditorias
Aprovar e viabilizar junto à sua equipe
34 34.2. Verificar se 100% das áreas estão contempladas e se o Número 1
as auditorias internas de 5S
agrupamento de espaços para cada área auditada está adequado
35.1. Divulgar agenda das auditorias
Selecionar a pessoa de sua equipe que Gerentes e Chefes de
35 35.2. Verificar se 100% dos espaços estão contemplados nas
acompanha as auditorias de sua área Setores
auditorias e se o agrupamento está adequado
Acompanhar as auditorias de sua área * Conhecer a agenda da Auditoria Multiplicadores ou
36
(Facilitador) * Reservar tempo para acompanhar pessoalmente a auditoria Facilitadores de 5S
Analisar os relatórios das auditorias de Verificar se as pontuações das áreas representam o nível do dia- Gerentes e Chefes de
37
5S a-dia (visitar áreas com pontuações inflacionadas) Setores
* Procurar conhecer os critérios de avaliação. Se possível,
consulte o auditor de sua área* Verificar se a pontuação da área
Analisar os resultados das auditorias de está de acordo com as evidências e com os critérios de Multiplicadores ou
38
5S (Facilitador) avaliação* Tirar dúvidas com o auditor em caso de discordância Facilitadores de 5S
116
Durante a Implantação (continuação)
# Atividade Detalhes Responsável
Apoiar o responsável pela área na Apresentar ao responsável pela área ações de acordo com as
Multiplicadores ou
40 elaboração do plano de ação das prioridades para os problemas que mais influenciaram a
pontuação nas auditorias Facilitadores de 5S
auditorias (Facilitador)
41.1. Dar um prazo de 1 a 2 dias para o recebimento dos planos
de ação
Solicitar e analisar os planos de ação 41.2. Verificar quais são as pendências que dependem da sua
Gerentes e Chefes de
41 das auditorias elaborados por cada ação direta
Setores
responsável de área 41.3. Levar para o número 1 possíveis pendências que
dependem de recursos financeiros que não estão sob sua
autonomia
42.1 Dar um prazo de 3 a 5 dias para o recebimento dos planos
Solicitar e analisar os planos de ação de ação
42 das auditorias elaborados por cada
42.2. Verificar quais são as pendências que dependem da ação Número 1
responsável de área direta do Número 1
Lembrar que o 5S não se desenvolve apenas com atividades
Participar de eventos de 5S: Entrega de técnicas. Devem ser desenvolvidas permanentemente atividades
43 prêmios, aniversário do 5S, reunião com promocionais. Número 1
consultoria (se for o caso), etc.
Vincular metas a prêmio de Caso a empresa tenha política de Remuneração Variável, definir
reconhecimento de acordo com a cultura peso do 5S e metodologia de avaliação
44 Número 1
da empresa e/ou sugestão do Gestor de
5S
Realizar Diálogos com seus colegas Caso já tenha Diálogos de Segurança, incluir tópicos de 5S
Multiplicadores ou
45 para os problemas comportamentais
Facilitadores de 5S
(Facilitador)
117
Durante a Implantação (continuação)
# Atividade Detalhes Responsável
Ter a iniciativa para realizar treinamentos periódicos para os
Realizar palestras de 5S para novos novos integrantes da equipe. Verificar com o Gestor se será feito Multiplicadores ou
46
funcionários e novos parceiros por área ou em toda a empresa Facilitadores de 5S
118
Durante a Implantação (continuação)
# Atividade Detalhes Responsável
52.1 Subdividir a área definindo e divulgando responsáveis por cada
uma
52.2. Fazer inspeções em cada subárea para verificar o nível de 5S.
52 Definir Responsabilidades Se necessário, criar uma check-list para cada subárea com critérios Supervisores ou Líderes de
simples de pontuação Equipe
52.3. Fazer rodízios para garantir a participação de todos e evitar
“vista viciada”
Definir frequência de limpeza para todos os locais de difícil acesso
* Verificar se as pessoas estão cumprindo a sistemática de limpeza
Apoiar a equipe a praticar os 3 * Exigir uma postura individual da equipe para altos níveis de prática Supervisores ou Líderes de
53 dos 3 primeiro “S”
primeiros “S” no dia-a-dia Equipe
* Eliminar e/ou redimensionar compartimentos individuais que
acumulam recursos que poderiam ser compartilhados
119
Planejamento para Implantação dos 2 últimos "S" no ambiente administrativo e no ambiente eletrônico
# Atividade Detalhes Responsável
56.1. Planejar as auditorias para as áreas com os 3S
consolidados
Controlar as atividades dos dois últimos
56 56.2. Criar planilha para auditorias completas de todos os “S” Gestor e Comitê de 5S
"S"
56.3. Medir a evolução do 5S mantendo o histórico de evolução
dos 3S
Validar as atividades dos dois últimos Avaliar as atividades propostas pelo Gestor e Comitê, propor Número 1, Gerentes e
57
"S" melhorias e validá-las Chefes de Setores
58.1. Elaborar e divulgar as regras de convivência da empresa
de maneira criativa para não parecer uma “Norma”
58.2. Desenvolver campanhas relacionadas à saúde, higiene e
Divulgar as atividades para as áreas autodisciplina
58.3. Realizar treinamento complementar para Gerentes, Chefes, Gestor e Comitê de 5S
58
com os 3S consolidados
Auditores e Multiplicadores ou Facilitadores de 5S
58.4.Programar o Dia D dos computadores para incentivar a
prática do 5S nos meios eletrônicos
59.1. Receber treinamento do Gestor
Treinar Supervisores Líderes e Multiplicadores ou
59 59.2. Programar os treinamentos com as pessoas das respectivas
Colaboradores nos 2 últimos "S" Facilitadores de 5S
áreas
60.1. Consultar o Comitê do 5S para conhecer os padrões
Adequar identificações, sinalizações e Supervisores ou Líderes de
60 60.2. Fazer um plano para adequação aos padrões. Se necessário
pinturas aos padrões da empresa Equipe
levantar verba
Apoiar as áreas na padronização das identificações e
61 Apoiar a Padronização sinalizações. Se necessário, buscar verba para a instituição de Gestor e Comitê de 5S
padrões úteis à todas as áreas
120
Planejamento para Implantação dos 2 últimos "S" no ambiente administrativo e no ambiente eletrônico
# Atividade Detalhes Responsável
62.1. Consultar equipe e profissional da área de saúde do
trabalho para conhecer os problemas que afetam a saúde das
pessoas no ambiente de trabalho
Garantir um ambiente de trabalho com Supervisores ou Líderes de
62 62.2. Fazer um plano para eliminar a causa dos problemas ou
higiene saúde Equipe
desenvolver procedimentos para a convivência adequada com os
riscos
62.3. Implementar as melhorias
63.1. Fazer Autoavaliações sistematicamente
63.2. Fazer e executar plano de ação para eliminação dos
problemas de 5S
63.3. Definir responsáveis para cada subárea
Planejar ações para manter e melhorar o 63.4. Realizar reuniões relâmpagos sobre 5S, Segurança e Meio Supervisores ou Líderes de
63
5S no dia-a-dia Ambiente Equipe
63.5. Divulgar os resultados das autoavaliações e auditorias
63.6. Divulgar as boas práticas e fotos do Antes e do Depois
63.7. Discutir as regras de convivência
64.1. Fazer o Dia D do computador, eliminando os arquivos
obsoletos e reorganizando os arquivos atuais Supervisores ou Líderes de
64 Implantar o 5S nos computadores
64.2. Definir uma frequência de limpeza dos arquivos Equipe
eletrônicos
121
Planejamento para Implantação dos 2 últimos "S" no ambiente administrativo e no ambiente eletrônico
# Atividade Detalhes Responsável
* Ser rigoroso na cobrança da manutenção da ordem e da
limpeza
Supervisores ou Líderes de
65 Garantir da prática do 5S no dia-a-dia * Tratar individualmente as reincidências
Equipe
* Tratar coletivamente os problemas das áreas e dos recursos de
uso coletivo
* Ser rigoroso na cobrança da pontualidade
* Ser rigoroso na cobrança do cumprimento de normas e
Garantir a disciplina nos diversos Supervisores ou Líderes de
66 procedimentos
fundamentos Equipe
* Ser rigoroso na cobrança do cumprimento de regras de
convivência
Planejar as auditorias para as áreas diferenciadas: (1) áreas que
Planejar auditorias diferenciadas de ainda não tem os 3S consolidados; (2) áreas que já têm os 3S
67 Gestor e Comitê de 5S
acordo com o estágio de cada área consolidados; (3) áreas que têm os 5S consolidados
68.1 Acompanhar auditorias
Supervisores ou Líderes de
Equipe
122
70.1. Identificar áreas com os 5S consolidados
Reconhecer áreas com os 5S
70
consolidados 70.2. Realizar evento de reconhecimento das áreas com os 5S Gestor e Comitê de 5S
consolidados
123
Implantação do 5S da Função Administrativa
# Atividade Detalhes Responsável
* Definir amplitude da aplicação (evitar usar o 5S para
problemas mais complexos que envolva engenharia do valor)
* Definir ferramentas para a solução de problemas (PDCA)
* Desenvolver material de treinamento Gestor de 5S e Consultoria
71 Definir parâmetros para a implantação:
* Definir critérios de avaliação (se for o caso)
* Verificar de que forma serão apurados os resultados.
Apoiar equipe piloto na aplicação dos Agendar reuniões e participar dos projetos
75 conceitos Gestor de 5S
124
Aproveitar experiência adquirida no Piloto e revisar materiais de
treinamento e de avaliação
78 Planejar replicação para outros setores Gestor de 5S
Fazer cronograma de implantação nos demais setores
125
126
127
Conheça e adquira os produtos do Consultor
Haroldo Ribeiro
5S e TPM
Diagnósticos, cursos, palestras e consultorias presenciais
5S
Cursos, Webinários e consultorias à distância
E e-books
Auditorias de Certificação 3S e 5S
TPM
Diagnóstico da Manutenção (antes da implantação)
Diagnóstico do TPM (após a implantação)
www.pdca.com.br
128
ANEXOS
129
130
131
132
133
134
Anexo 2 - Formulário de Avaliação de 5S - PDCA Consultoria em Qualidade -
Revisão 13
AVALIAÇÃO 5S Data
Área:
Auditor(es): Duração
Acompanhante(s):
SEIRI
1.1. Utilização dos recursos existentes nos locais abertos
1.2. Utilização dos recursos existentes nos compartimentos fechados
1.3. Estado de conservação de instalações e recursos
1.4. Controle dos problemas de conservação
SEIRI
SEITON
2.1. Identificações e Sinalizações
2.2. Definição e Adequação de locais para a guarda de recursos (não inclui layout)
2.3. Ordem dos recursos (não inclui layout)
2.4. Layout
SEITON
SEISO
3.1. Nível de limpeza (sujeira provocada por falha das pessoas)
3.2. Controle das Fontes de Sujeira (caso existam)
3.3. Sistemática de limpeza
3.4. Coletores de resíduos sólidos
SEISO
SEIKETSU
4.1. Padronizações
4.2. Higiene e Saúde
4.3. Rotinas e Sistemática para manutenção do 5S
4.4. Estruturação dos documentos eletrônicos (quando houver)
SEIKETSU
SHITSUKE
5.1. Autodisciplina na prática do 5S
5.2. Autodisciplina no cumprimento de regras, normas e procedimentos de trabalho
5.3. Pró-atividade para melhorias do 5S
5.4. Autodisciplina na manutenção da estrutura de arquivos eletrônicos (só aplicável 6
meses após a implementação do item 4.4)
SHITSUKE
MÉDIA 3S
MÉDIA 4 e 5 S
MÉDIA 5S
Há
Registros da Avaliação Item Significante Há Plano Reincidente
riscos
Total
Peso
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
Anexo 7 - Exemplo de Procedimento para Descarte
1-Objetivo deste procedimento: Evitar desperdiçar aquilo que poderia ser útil para
outros, valorizando assim o patrimônio da empresa.
OBSERVAÇÃO: Não deve ser enviado para essa área o material que já é
normalmente descartado dos ambientes de trabalho. Ex.: lixo, sucata, resto de
refeições.
146
A tabela a seguir mostra alguns tipos de materiais encontrados nos ambientes,
com as respectivas providências para o momento de descarte.
MATERIAL PROVIDÊNCIAS
Necessário e de uso frequente Mantê-lo o mais próximo possível do
usuário
Necessário e de uso esporádico Mantê-lo em instalações centrais que
permitam uma otimização do uso
Necessário, porém precisa de recuperação Negociá-lo em função do custo/benefício
e da disponibilidade financeira
Desnecessário, porém útil para outras Negociá-lo ou oferecê-lo a interessados
pessoas ou órgãos
Desnecessário, porém útil para outros fins Adaptá-lo, ou aliená-lo.
Desnecessário e inútil Expor o material, durante um período
definido, para possíveis interessados;
Descartá-lo definitivamente
ETIQUETA
DE IDENTIFICAÇÃO
DE MATERIAL
DESCRIÇÃO: Projetor de Perfil
CLASSIFICAÇÃO: Material para Alienação
ÁREA ORIGEM: Anexos ENTRADA: 26 / 04 / 00
RESPONS.P/DESCARTE: Otani / Geovane
QUANTIDADE: 02 unid. PESO: 150,0 kg
147
Anexo 8 – Exemplo de Manual do 5S
MANUAL DO PROGRAMA 5S
148
OBJETIVO DO MANUAL
SIGINIFICADO DO 5S
Seiri - Utilização
É saber utilizar sem desperdiçar. As atividades relacionadas ao SEIRI são:
Manter no ambiente apenas o necessário e na quantidade adequada ao uso;
Utilizar os recursos adequados e de maneira adequada;
Manter recursos e instalações em boas condições de conservação;
Manter o controle para todos os problemas de conservação.
Seiton - Ordenação
É saber organizar para facilitar o acesso e a reposição. As atividades relacionadas ao SEITON são:
Definir lugar adequado para cada recurso;
Identificar recursos, ambientes e locais de guarda para facilitar o acesso, a reposição e tornar o
ambiente mais seguro;
Manter os recursos nos lugares definidos;
Garantir um layout seguro e produtivo.
149
Seiso - Limpeza
É manter o ambiente limpo. As atividades relacionadas ao SEISO são:
Eliminar as fontes de sujeira;
Conter adequadamente a sujeira provocada pelo processo que não é possível eliminar a fonte;
Definir uma frequência adequada de limpeza para toda a sujeira que se acumula em todos os
locais do ambiente, inclusive os de difícil acesso;
Ter coletores adequados, conservados e bem distribuídos (se a empresa tem coleta seletiva
acrescentar: “identificados de acordo com o tipo de resíduo”);
Não sujar o ambiente de trabalho e cumprir a sistemática de limpeza (se a empresa tem coleta
seletiva acrescentar: “descartar os resíduos nos coletores apropriados”);
Aproveitar a limpeza para inspecionar os recursos e as instalações, mantendo o ambiente
conservado, limpo e ordenado no dia a dia.
Shitsuke - Autodisciplina
É cumprir rigorosamente o que está definido sem necessidade de cobrança ou monitoramento. As
atividades relacionadas ao SHITSUKE são:
Manter os 3 primeiros “S” no dia a dia;
Cumprir as normas da empresa;
Cumprir as rotinas de trabalho;
Ser pontual e cumprir os prazos estabelecidos;
Cumprir as regras de convivência;
Manter os arquivos eletrônicos “limpos” e ordenados.
ESTRUTURAÇÃO
150
O anexo 1 apresenta a relação do Comitê, Multiplicadores e Auditores de 5S
RESPONSABILIDADES
Da Diretoria/Gerência
Definir o Coordenador do 5S;
Discutir a carga de trabalho prevista para o Coordenador do 5S;
Apoiar o Coordenador do 5S na escolha dos Multiplicadores, Auditores e Consultoria (se for o
caso);
Garantir a participação de sua equipe imediata na sensibilização e/ou treinamento de 5S;
Analisar, aprovar e acompanhar o plano de implantação do 5S;
Prover recursos para as atividades promocionais do 5S;
Garantir os recursos para os problemas infraestruturais que prejudicam o avanço do 5S;
Estabelecer metas de 5S com a sua equipe imediata;
Garantir a continuidade do 5S ao longo do tempo.
151
Do coordenador do 5S
Liderar o comitê do Programa 5S;
Liderar o grupo de multiplicadores do Programa 5S;
Coordenar as auditorias de 5S;
Divulgar os resultados das auditorias;
Ser o elo entre o comitê e o corpo gerencial da fábrica;
Acompanhar as ações estratégicas pendentes.
Do comitê
Definir os rumos sobre a implementação do programa 5S;
Executar as atividades relacionadas à implementação do programa 5S.
Dos multiplicadores
Realizar treinamentos em 5S, quando necessário;
Apoiar a equipe e a liderança de sua área na prática do 5S;
Discutir os resultados da auditoria com a equipe;
Divulgar permanentemente as informações relativas ao 5S;
Acompanhar as auditorias de sua área;
Discutir os problemas comportamentais mais frequentes.
Dos auditores
Planejar a execução de suas respectivas auditorias de 5S;
Auditar as áreas conforme critérios estabelecidos pela auditoria;
Entregar o relatório da auditoria de acordo com as recomendações do Coordenador do 5S;
Realizar autoavaliações em sua área;
Apoiar a equipe e o líder da área a elaborar e monitorar o plano de ação para as pendências das
auditorias e das autoavaliações.
Dos líderes (gerentes, supervisores, chefes, encarregados, Mestres, responsáveis por áreas,
etc.)
Disponibilizar a sua equipe para os treinamentos de 5S;
Acompanhar as auditorias de sua área;
Elaborar e divulgar o plano de ação de 5S;
Executar as ações planejadas;
Fornecer recursos para a equipe praticar o 5S, inclusive tempo;
Discutir com a sua equipe os problemas de 5S do dia a dia;
Solicitar apoio ao Coordenador, Multiplicador e Auditor de 5S, quando necessário.
152
Dos colaboradores
Cumprir as regras estabelecidas pelo Programa 5S;
Apresentar sugestões de melhorias para o 5S da área;
Orientar outros colegas para a prática do 5S, inclusive os terceiros/parceiros;
Praticar os cinco sensos, as normas, regras e procedimentos sem necessidade de cobrança.
153
METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DO 5S
A Figura 6 ilustra a metodologia para a implantação do 5S na empresa. Os detalhes das atividades estão
no material de treinamento.
Ações de Plano de
Ações sistemáticas de Melhorias Ação Certificação
saúde, padronização e
autodisciplina Consolidação do5S?
154
INFORMAÇÕES SOBRE AUDITORIAS
• As auditorias serão planejadas pelo Coordenador do 5S e realizadas por duplas de auditores
capacitados pela Consultoria em datas e horas consensadas entre o Coordenador de 5S e
Supervisores. Devem ser informadas se as auditorias serão de 3S ou de 5S.
• A frequência mínima das auditorias é bimestral.
• Os relatórios e notas devem ser analisados pelo Coordenador antes de sua divulgação.
• Os planos de ação devem ser elaborados pelos Supervisores no máximo 15 dias após o
recebimento dos relatórios e enviados para o Coordenador de 5S. Deve ser utilizado o formulário
padronizado de Plano de Ação.
• As áreas devem atender aos padrões da empresa disponibilizados na Intranet.
• As auditorias só serão realizadas com o representante da área auditada.
• Após discussão entre auditores e auditado, a posição final sobre o problema e sua criticidade será
do auditado, exceto quando houver alguma suspeita sobre riscos. Neste caso cabe ao auditado
consultar o especialista em Segurança para chegar a uma posição final.
• As notas deverão ser apresentadas ao auditado após a visita em data e horário acordados entre
as partes. A posição final das notas, após possíveis discordâncias, será de atribuição dos
auditores.
• Quando não houver possibilidade de demarcar locais de guarda, devem ser elaborados e afixados
os “Padrões de Ordem” para facilitar a reposição em formulário padronizado e em pontos de fácil
visualização para os espaços de uso comum, onde os usuários costumam ou podem deixá-los em
desacordo com o definido pelos responsáveis destas áreas.
• Serão exigidas identificações em pisos ou paredes para as demarcações de guarda de recursos
sempre que houver histórico de utilização inadequada destes locais.
• Todos os armários serão auditados, mesmo que contenham materiais de uso pessoal, exceto de
vestiários.
• As autoavaliações de 5S devem ser feitas entre as auditorias usando um ou mais dos exemplos
disponibilizados na Intranet. A responsabilidade das autoavaliações é do Supervisor, porém
podem ser realizadas verificações adicionais também pelos Auditores de 5S da própria área.
• Os problemas verificados nas autoavaliações devem ser incluídos nos Planos de Ação das áreas.
155
• A frequência mínima das autoavaliações deve ser de acordo com a tabela a seguir, levando-se
em consideração as médias obtidas na auditoria anterior:
RECONHECIMENTO:
Exemplo:
156
NOTA 1: Em caso de empate entre áreas, em relação à maior nota e melhor
evolução, o prêmio ficará com a área de tiver a maior média baseada nas notas
de todas as auditorias.
TREINAMENTO
Treinamentos para o Comitê de 5S e Auditores serão realizados pela Consultoria.
Treinamentos de outros funcionários são de responsabilidade do Coordenador do 5S juntamente
com os Multiplicadores de 5S. É de competência de Supervisores definirem os Multiplicadores de
5S.
Todos os novos funcionários devem receber treinamento de 5S no máximo 3 meses após a sua
admissão, além de ter conhecido o tema durante a Integração.
157
PADRONIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÕES
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Postos de trabalho
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Placa de Aço ou PVC na cor azul (mesma tonalidade da logomarca da empresa) com escrita na cor
branca fonte Arial.
A placa poderá ser de PVC ou de chapa de metal e o tamanho poderá variar de acordo com a
necessidade.
158
Portas de acesso e placas de sinalização de ambientes
Deve ser utilizado o modelo constante no Plano de Identidade Visual da empresa (consultar a área de
Marketing).
Pastas A/Z
XXXXXXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXXXXXXX
XXXXXXXXX
159
Pastas suspensas
Não há um padrão definido para identificação de pastas suspensas. Porém elas deverão ser uniformes
dentro de cada sub-setor.
Bancadas
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Mesas de trabalho
Não há um padrão definido para identificação de mesas de trabalho. Porém elas deverão ser uniformes
dentro de cada sub-setor.
Chaveiros
Não há um padrão definido para identificação de chaveiros. Porém eles deverão ser uniformes dentro de
cada sub-setor.
160
Caixas de arquivos
XXXXXXXXXXXXX
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Temporalidade: MM/AAAA
161
DEMARCAÇÕES
Demais demarcações
Áreas Operacionais
•Demarcação de local de guarda no piso
Fica a critério de cada área decidir se as demarcações serão pintadas ou marcadas com fitas.
162
Coleta seletiva
Fica a critério de cada setor decidir se as demarcações serão pintadas ou marcadas com fitas e o
tamanho é livre, de acordo com a necessidade.
OBS.: Para os coletores que não estiverem exatamente sobre o piso não haverá necessidade de
demarcação, porém as cores deverão ser as mesmas que estão descritas acima. Para os lugares onde
são inviáveis as demarcações, as identificações poderão ser feitas através de adesivos na parede ou
através do padrão de ordem do ambiente.
163
FORMULÁRIOS
Plano de Ação de 5S
164
Campo “Mês/Ano da Auditoria”: Colocar o mês e ano da auditoria em que foi levantado o desvio;
Campo “Setor”: Colocar o setor onde há o desvio e não o setor do responsável pela execução do desvio;
Campo “Ação”: Colocar a ação que será feita para eliminar/minimizar o desvio;
165
Sistemática de limpeza
166
Check-list de limpeza
OBS.: A necessidade ou não do uso do formulário é definida pelo setor. Porém ele deve estar afixado em
local de fácil acesso em todos os ambientes coletivos que necessitem de um alto nível de higiene
(Banheiros, Vestiários, Copas, Cozinha, Salas de Reunião, Salas de Treinamento, etc.)
167
Padrão de ordem de ambiente
Nome do Ambiente
168
Regras de convivência
Regra Monitoramento
Não manter sobre as mesas documentos que Pedido imediato de redução e paga bala ou chocolate
ultrapassem a altura das divisórias para quem detectar o problema
Não largar nenhum material sobre armários O Material será recolhido e entregue ao gerente da
área
Deixar as mesas livres de documentos no final do A mesa que contiver documentos não será feita a
expediente ou durante ausência prolongada limpeza
Não deixar materiais embaixo da mesa O local será fotografado e a fotografia ficará no
quadro de avisos
Manter o quadro “onde estou” atualizado Paga bala ou chocolate para quem detectar o
problema
Largar documentos na impressora ou copiador Material será recolhido e entregue à Secretária
Não afixar papel diretamente na parede Documento será removido e descartado na lixeira
Só participar de reuniões convocadas com X dias de Comunicar que não poderá participar da reunião
antecedência convocada com antecedência inferior aos dias
definidos
Não chegar atrasado a reuniões Consta na ata quem chegou atrasado
Não deixar celular ou rádio ligado em reuniões ou Entregar o celular ou rádio ao coordenador da
treinamentos reunião ou instrutor
Responder e-mails logo que receber Recebe e-mail com cópia para o chefe cobrando uma
resposta
Alimentar-se apenas em locais apropriados (cada Abordagem
área define os lugares que pode e os que não pode)
Evitar guardar sapatos e luvas no mesmo Abordagem
compartimento de óculos, roupas e protetor
auricular
Permitir uso de talheres, pratos e outros utensílios Não permitir a guarda ou uso onde não houver
não recicláveis de cozinha apenas onde há pias instalações adequadas
adequadas para lavá-los
Evitar uso de uniformes encardidos ou sujos Troca imediata
Evitar pendurar toalhas em portas de armários Retirar a toalha em disponibilizá-la para entrega pelo
responsável do Vestiário
Evitar guardar alimentos perecíveis fora de Abordagem
embalagem apropriada em compartimentos fechados
Não colocar sapatos ou bolsas embaixo da mesa O par de sapatos ou a bolsa será colocado sobre a
mesa
Evitar deixar copos descartáveis soltos nos Descartá-los na lixeira
bebedouros
169
AUDITORIAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As auditorias serão feitas por duplas de auditores devidamente capacitados pelo Comitê ou por
Consultoria externa utilizando os critérios de avaliação do anexo X.
Inicialmente as auditorias serão apenas dos 3 primeiros “S” até que os mesmos estejam consolidados.
Os 3 primeiros “S” serão considerados como consolidados quando a média atingir 90%. Neste caso, o
Comitê realizará uma análise do relatório e visitará a área para confirmar o nível verificado pelos auditores.
FREQUENCIA DE AUDITORIAS
As auditorias de 3S serão realizadas em uma frequência bimestral.
As auditorias de 5S serão realizadas em uma frequência trimestral.
170
DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
Cabe ao Coordenador do Programa 5S compilar todos os resultados e, em seguida, divulgar para todos os
responsáveis pelas áreas, além de repassar à área de Recursos Humanos, para que seja divulgado para
a empresa.
171
SISTEMÁTICA PARA MANUTENÇÃO DO 5S
Após a consolidação dos 3 primeiros “S”, cada área deve aplicar as seguintes atividades:
ANÁLISE DO PROGRAMA
A cada ciclo de auditoria o Coordenador do 5S deve apresentar para as pessoas estratégicas os seguintes
pontos:
Resultados numéricos das áreas e por Gerência
Comparação dos resultados com as Metas e Objetivos
Evolução numérica das áreas e por Gerência
Pontos fortes e as oportunidades de melhorias gerais verificados nas auditorias
Recomendações estratégicas para o Programa
Projeção de Resultados para o próximo ciclo de auditorias
Diretores e Gerentes devem fazer análise crítica do Programa e tomar as ações para corrigir problemas
que não dependem dos níveis hierárquicos inferiores.
ANEXOS
1 – Comitê, Multiplicadores e Auditores de 5S
2 – Critérios de Avaliação do 5S
3 – Regras de Convivência
172
Anexo 9 - Exemplos de Procedimento para Estruturação de Arquivos Eletrônicos
Este anexo apresenta o exemplo da padronização da sistemática de nomeação de arquivos eletrônicos em uma
multinacional de grande porte.
Descrição
As seguintes regras são padrão para o preenchimento de dados e documentos:
• Função – em qual processo está baseado o preenchimento dos documentos;
• Sistema de numeração para estruturar preenchimento de documentos e regras básicas para preenchimento,
consistentemente aplicado para preenchimento eletrônico e de papéis;
• Elementos para convenção de nomeação de arquivos.
Benefícios
Maior clareza no preenchimento de documentos e menos tempo gasto na procura por documentos.
Estágios de implementação
Concretização de padrões e regras básicas para diretórios, áreas ou departamentos, também em
5S de escritórios.
Sistema de numeração
Exemplo área
• Nos três primeiros níveis, códigos de 3 dígitos são
usados para classificar e ajudar a achar os
diretórios.
Nível 3 = 116-Dir_Gestao
Exemplo: “116-Dir_Gestao"
Vantagens:
173
Regras para manutenção da estrutura do servidor
• Os primeiros três níveis de diretórios numerados são usados para estruturar os dados e não devem conter
nenhum arquivo. Exceções individuais podem ser definidas:
Se níveis 2 e 3 não existem;
Se for mais prático classificar alfabeticamente ou cronologicamente, ao invés de numericamente;
• Pastas e documentos não devem conter caracteres em branco, tremas ou caracteres especiais em seus nomes
(ex. acentos, vírgulas, etc.) devido aos problemas potenciais de compatibilidade com outros aplicativos (por
exemplo, Access, Workbox, etc.);
• Em um arquivo de texto com o nome "Descricao_do_diretorio.txt", um resumo dos conteúdos dos diretórios
pode ser usado;
• Os diretórios devem ser criados de uma maneira funcional. Qualquer forma de sistema de arquivamento
individual deve ser evitada.
• Nomes de pastas como "Geral", "Vários", "Miscelânea", Nominais (ex. Pasta do João), etc. não são
permitidos, porque estes nomes são muito vagos e podem resultar em confusão no conjunto de dados;
• No caso de pastas de projetos, o nome do gerente do projeto responsável deve ser adicionado no fim do
nome do diretório depois de um underline “_”;
• Todos os arquivos são criados e editados no drive do servidor. Versões não finalizadas são marcadas de
acordo com as convenções de nomeação de arquivos (V01, V02, etc.).
Benefices:
• Melhor fluxo de informação, por exemplo, o status de trabalho atual das equipes pode ser visto o tempo
todo.
Benefices:
• Melhor visão geral através do uso das mesmas categorias;
• Acesso mais rápido aos documentos;
• Colaboradores substitutos podem encontrar documentos mais rapidamente.
174
Regras:
O nome do arquivo deve conter o nome e fim pelo menos. Pode também incluir a variante,
data e versão.
Para diferenciar o espaço entre as palavras, um sinal de underline "_" é usado.
Exemplos:
Apresentacao_do_departamento.ppt
Apresentacao_do_departamento_intranet_190510_V02.ppt
Ou Apresentacao_do_departamento_intranet_100519_V02.ppt
175
Anexo 10 – Exemplos de Padrões de 5S em Ambientes Administrativos
Padrão de Escritório
• Distribuição adequada dos recursos para facilitar circulação e acesso
• Ambiente apenas com os recursos de escritório e com o que é útil
• Locais adequados para cada recurso, inclusive objetos pessoais como Roupa, Bolsa,
Sapatos, etc.
• Locais de guarda e recursos identificados e demarcados para facilitar a manutenção da
ordem
• Mesas apenas com os documentos que são usados no dia a dia. Lembrar que mesa não é
arquivo
• Não deixar materiais no piso, tais como: caixas, ferramentas, peças, etc.
• Gavetas e armários ordenados, sem empilhamentos ou misturas de recursos.
Nome de
cada pessoa
e de postos
de trabalho
176
Instalação e uso de Quadro “Onde Estou”
Caneta e
apagador em
local de fácil
acesso
Organização de Escritórios
Distribuição adequada das mesas para facilitar a circulação das pessoas
Demarcações e
identificações
para garantir
reposição sempre
no mesmo local
177
Organização de mesas
Gavetas identificadas Mesas apenas com os documentos com previsão
imediata de uso
Gavetas ordenadas e
apenas com recursos
usados com muita
frequência
178
Identificação interna e externa de armários
Organização de armários
179
Identificação de pastas A-Z e Caixas de arquivo
180
Padrão de Sala de Reunião e de Treinamento
• Padrão de ordem utilizando-se fotografias, demarcações e sinalizações.
• Frequência de limpeza e responsáveis, incluindo registro da limpeza em formulário
afixado na sala.
• Recursos estritamente necessários à sala. Não utilização da sala para outros fins
• Regras para utilização dos equipamentos e da sala afixadas em local de fácil acesso
• Coletores de acordo com os resíduos gerados na sala.
Salas de Reunião
Definição de
regras para
utilização da sala
e como deixá-la
no final da reunião
181
Sala de Treinamento
Demarcações para garantir reposição sempre no mesmo local
Regras para
uso do ar
condicionado
Orientações
Recursos para usuários
para limpeza manterem a
pelo próprio sala ordenada
usuário após o uso
182
Anexo 11 - Exemplo de Itens para a implementação e Verificação de 5S
Escritórios
Item a Implementar/Verificar S
Definição e adequação para guarda de material de uso pessoal (bolsa, pasta, guarda-chuva,
2º
casaco, capacetes, rádios, sapatos, EPIs, etc.)
Quadro "Onde Estou" instalado em ponto estratégico 2º
Demarcação de raio de abertura no piso atrás de portas para evitar acidentes 2º
Identificação de cada bandeja de documentos 2º
Demarcação com fita adesiva do perfil da base de cada material que fica sobre a mesa 2º
Fundo de “isopor”, madeira ou material sintético, e recortar perfis da base do material a ser
2º
colocado na gaveta
“Orelhas” de identificação de pastas suspensas dos arquivos com cores diferentes para cada
2º
gaveta
Índice de pastas de cada gaveta de arquivo na sua parte frontal. Se não for estético,
2º
disponibilizar uma pasta com índice em local de fácil acesso
Escaninhos para armazenamento de formulários 2º
Regras para quantidade de armários e gavetas para guarda de material de uso pessoal 4º
Regras para comportamento que afeta a outras pessoas (equipamento de som, uso de
celular, materiais em divisórias ou áreas de circulação, temperatura do ar-condicionado, 4º
fotografias em paredes comuns, etc.)
Regras para comportamento que afeta a imagem do ambiente (excessos sobre as mesas,
materiais no piso, papéis pendurados em parede e divisória, papéis embaixo de vidros nas 4º
mesas, adesivos em monitores, etc.)
Regras para uso adequado de áreas comuns (banheiros, copa, ilha de impressão, salas de
4º
reunião ou de apoio, corredores, etc.)
Fitas adesivas transversais e coloridas nos dorsos das pastas e caixas para garantir que a
4º
reposição será sempre na mesma posição
Fitas penduradas nas saídas de ar-condicionado para sinalizar quando os mesmos estiverem
4º
em funcionamento ou não
Regras para desligar computadores e apagar lâmpadas 4º
Regras para recolher documentos das mesas no final de expediente 4º
Salas de Treinamento/Reunião/Auditórios
Item a Implementar/Verificar S
Ausência de materiais e equipamentos estranhos às Salas 1º
Disponibilidade de material de apoio em armário ou gaveta devidamente identificados 1º
Sinalização de "Livre" ou "Ocupada" nas portas que não têm janelas de vidro 2º
Sistemática para reserva das Salas 4º
Disponibilidade de informações para uso de equipamentos eletrônicos 4º
Instalação em local de fácil acesso do Padrão de Ordem e Limpeza que deve ser deixado o
4º
ambiente após o uso
Avisos em pontos estratégicos para os principais problemas comportamentais 4º
183
Anexo 11 - Exemplo de Itens para a implementação e Verificação de 5S
Arquivo
Item a Implementar/Verificar S
Ausência de arquivos fora de prazo de retenção 1º
Ausência de documentos sem necessidade de arquivamento 1º
Espaço adequado para o volume 2º
Identificação e sinalização do ambiente por Setor de origem dos documentos 2º
Identificação de prateleiras e armários 2º
Identificação de caixas, livros e outros documentos 2º
Aproveitamento máximo de espaços verticais e horizontais. Se possível uso de arquivos
2º
deslizantes
Catalogação de documentos e endereços em local de fácil acesso. Se possível automatizado 2º
Lugar e espaço adequado para Recebimento e Despacho de Documentos 2º
Identificação de tempo de retenção nas caixas de documentos 2º
184
Referências
ABRANTES, José. Programa 8S. Rio de Janeiro: Interciência, 2001.
AGUIAR, Silvio. Integração das ferramentas da Qualidade ao PDCA e ao Programa Seis Sigma.
Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 2002.
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Rio de Janeiro:
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