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DÉLCIO TEOBALDO
no chão, outro no sonho, e
da sarjeta olha as estrelas,
temendo a hora de virar
sujeito-homem.
·
PIVETIM Pivetim
Délcio
Teobaldo
1 7 3 6 3 8
ISBN 9 78-85-418-1250- 4
1 caô ................................................................... 11
2 fome ................................................................ 21
3 comuna............................................................ 25
4 craque quente.................................................. 33
5 pipa voada....................................................... 37
6 são betinho...................................................... 41
7 visto ................................................................ 51
8 engasgo............................................................ 55
9 saudade........................................................... 57
10 desmonte....................................................... 59
11 saudade dois................................................. 61
12 bala perdida.................................................. 63
13 decisão........................................................... 67
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— Tu é otário, Pivetim?
Eu sabia que seria essa a reação dos manos quando
contasse por que dormia fora da marquise. Não tinha
mais como esconder. Cada dia que passava, Que Fedor
era só mais uma sombra catando sobras de comida na
área da comuna. Bala Perdida tinha costas quentes e
não pretendia abrir mão do que isso lhe garantia.
— Sai dessa, bróder! Entrega o guardinha pra nós, mano!
Coelho, Ventura, Cai-Cai, Formiga e Sacode falam a
mesma língua. Se entrego o guardinha pra eles, me livro
de um e passo a dever a cinco. Nada feito, não topo.
— Fica tudo na brodagem, mano. Tu não deve nada.
A gente vai lá, conversa com o guardinha e fica na mo-
ral. Fechado?
Olho as cinco mãos abertas na minha frente. Se to-
car nelas, tá fechado. Está assinada a sentença de morte
do “meu” guarda. Se recusar, acaba a brodagem; ganho
cinco inimigos.
— Vai, mano! Pintou cagaço? Vai, toca aqui.
Falam ao mesmo tempo. Não posso piscar nem olhar
em volta pedindo apoio a alguém. Cadê você, Carol?
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