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Fisiopatologia e Farmacologia PDF
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FISIOPATOLOGIA E FARMACOLOGIA
ESPIRITO SANTO
SUMÁRIO
13. BIBLIOGRAFIA...................................................................................... 64
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1. FISIOPATOLOGIA DA HAS (HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA)
Fonte: www.saudevitalidade.com
Fonte: wpengine.netdna-cdn.com
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Colesterol alto é o nível excessivo de colesterol no sangue. Hiperlipidemia
é um termo mais genérico para altos níveis de diferentes tipos de gordura no
sangue. Isso pode ser resultado de uma dieta rica em gordura total, gordura
saturada e colesterol.
O nosso organismo produz todo o colesterol necessário, mais de 1000
miligramas por dia. Quando colesterol ou outro tipo de gordura em excesso é
ingerido, o organismo não consegue metabolizar todo o excesso. Como
resultado, a gordura é armazenada em várias células e tecidos do corpo.
Colesterol alto pode ficar retido no interior da parede dos vasos. Isso
resulta em aterosclerose, ou endurecimento das artérias.
Doença vascular é uma das mais importantes causas de morte e
debilidade física. Outros tipos de gordura podem se concentrar em pâncreas e
causar inflamação.
Qualquer sinal de colesterol alto geralmente fica imperceptível até que
algum problema maior apareça. Outras condições que levam a colesterol alto
podem ser mais óbvios.
Obesidade e falta de exercício são dois dos principais fatores que levam
ao colesterol alto. Outros fatores incluem: hipoatividade da glândula tireoide ou
hipotireoidismo, aumento na produção de hormônios da glândula pituitária,
insuficiência renal, cirrose do fígado, diabetes mal controlada.
Algumas drogas podem também aumentar o nível de colesterol, tais
como: pílulas anticoncepcionais a base de estrógenos, corticoides como
prednisona, diuréticos.
Mais frequentemente a causa é uma dieta rica em gordura saturada e com
alto nível de colesterol. Pessoas nas situações a seguir devem procurar seus
médicos regularmente para checar o nível de colesterol: cirrose hepática,
diabetes mal controlada, doença cardiovascular, infecção crônica, abuso de
álcool, glândula tireoide hipoativa, história familiar de colesterol alto.
As pessoas devem se orientar com o seu médico a respeito de como
diminuir o nível de colesterol. Deve evitar uma dieta rica em colesterol ou com
muita gordura e fazer exercícios regularmente.
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O diagnóstico é feito através de testes sanguíneos. O colesterol alto é
quando o colesterol total está acima de 200 miligramas por decilitro (mg/dL) de
sangue. O tipo de colesterol também é muito importante.
LDL colesterol é o colesterol ruim. Ele está ligado a doenças vasculares,
ataques cardíacos, e derrames. Ele precisa estar abaixo de 130 mg/dL.
HDL colesterol é o colesterol bom, e está associado a menores riscos
destas doenças. Ele deve ficar em torno de 40 mg/dL ou acima e representar
25% do colesterol total.
Altos níveis de colesterol aumentam bastante os riscos de aterosclerose,
doença cardíaca, e derrame. Um nível de colesterol de 300mg/dL, por exemplo,
dobra os riscos de doença cardíaca. Gordura e colesterol em excesso podem
ser depositados em outras áreas do corpo, causando tanto problemas médicos
como estéticos.
Colesterol alto não apresenta riscos diretos para os outros. As crianças
de pessoas com colesterol alto podem também apresentar o mesmo problema.
Qualquer um que tenha alto nível de colesterol deve discutir o melhor
tratamento com o seu médico. O primeiro passo geralmente é mudança de dieta
e exercício. O tratamento deve ser personalizado de acordo com a situação de
cada indivíduo. Por exemplo:
1. Pessoas obesas devem receber informações a respeito de dieta pobre
em gordura e um programa de exercício.
2. Pessoas que não são muito ativos podem realizar um programa de
exercícios aeróbios. Os exercícios podem tanto aumentar o colesterol bom como
diminuir o colesterol ruim.
3. Pessoas com diabetes mal controlado deve controlar melhor a doença.
Quando o colesterol permanece elevado apesar destas medidas, pode ser
necessário o uso de medicamentos. A escolha de drogas leva em consideração
o nível de colesterol, a idade da pessoa, e outros fatores. Esses medicamentos
devem ser tomados sob orientação médica.
Os efeitos colaterais dependem do tipo de droga usada. A maioria das
drogas podem causar problemas no fígado. Algumas drogas podem causar
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coceira na pele, náusea, vômito, diarreia, e aumento do nível de açúcar no
sangue.
Qualquer tratamento requer medidas repetidas do nível de colesterol para
saber o progresso do tratamento. Pessoas em uso de drogas para colesterol
deve fazer testes periódicos para checar a função hepática (do fígado) devido
aos efeitos colaterais das drogas.
A doença deve ser acompanhada através de testes regulares de
colesterol total, LDL colesterol, e HDL colesterol.
Fonte: cidadeverde.com
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formadas ao longo dos anos da vida, principalmente em pessoas com pressão
alta, colesterol elevado ou diabetes descompensado.
Estas alterações acontecem mais em pessoas acima dos 50 anos e
devem ser tratadas rapidamente, pois são um grande risco para o
desenvolvimento de infarto, parada cardíaca e outras doenças cardiovasculares,
como arritmia, insuficiência cardíaca ou AVC, por exemplo.
Existem diferentes tipos de angina, que podem variar na manifestação dos
sintomas.
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3.2- Angina instável
É uma situação mais grave que a angina estável, pois é causada por uma
obstrução maior da oxigenação do coração, devido a um rompimento e
inflamação da placa de aterosclerose e, por isso, provoca sintomas mais
intensos e constantes, sendo uma forma de pré-infarto.
Sintomas: dor, aperto ou queimação na região do tórax que dura mais que
20 minutos, que também irradia para locais próximos e pode estar associada a
outros sintomas como enjoo, suor e falta de ar. Quando surgem estes sintomas
deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro.
Tratamento: o tratamento inicial é feito já no pronto socorro, com remédios
para impedir a piora dos sintomas, como:
Medicamentos para melhorar o fluxo de sangue, do tipo nitrato, como
Isordil, betabloqueadores, como Metoprolol, ou bloqueadores do canal de cálcio,
como Verapamil e a Morfina, quando os sintomas são muito intensos;
Medicamentos para diminuir a formação de coágulos, com o uso de
antiplaquetários, como AAS e Clopidogrel ou Prasugrel e Ticlopidina, e
anticoagulantes, como Heparina.
Anti-hipertensivos do tipo IECA, como o Captopril, ou hipolipemiantes
para controle do colesterol, como a Atorvastatina.
Realizado o tratamento inicial, nos dias seguintes, o cardiologista
investiga o nível de obstrução das coronárias e comprometimento cardíaco, com
exames como eco cardiograma, cintilografia cardíaca e cateterismo cardíaco.
Neste caso, também é importante o tratamento dos fatores de risco como,
controle da pressão, colesterol, glicemia, além de controle da alimentação e
prática de atividades físicas, atitudes que são fundamentais para manter uma
boa saúde das coronárias e do coração.
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Sintomas: dor ou aperto de forte intensidade, que ocorrem mesmo em
repouso e melhoram aos poucos, espontaneamente, após alguns minutos.
Também é comum surgir durante o sono ou logo pela manhã.
Tratamento: com a orientação do cardiologista, são utilizados
medicamentos do tipo nitrato ou bloqueadores do canal de cálcio, como
Diltiazem e Verapamil, por exemplo, para tratar o episódio de angina ou, se os
episódios forem recorrentes, pode-se fazer uso contínuo deste tipo de
medicamentos. Geralmente é evitado o uso de AAS e betabloqueadores.
Fonte: www.mdsaude.com
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A insuficiência cardíaca pode ser definida como uma síndrome complexa
caracterizada por falência do coração e incapacidade deste de propiciar
suprimento adequado de sangue para atender às necessidades metabólicas dos
tecidos na presença de pressões de enchimento normais ou fazê-lo somente
com pressões de enchimento elevadas. Ela consiste na via final comum de várias
doenças, como hipertensão arterial sistêmica, diabete e coronariopatias.
Estudos de prevalência estimam que 23 milhões de pessoas no mundo
têm IC e que dois milhões de casos novos são diagnosticados anualmente. O
aumento na incidência de IC está relacionado aos avanços terapêuticos no
tratamento do infarto agudo do miocárdio, da hipertensão arterial e mesmo da
IC, o que ocasiona maior sobrevida e, consequentemente, aumento da
prevalência e de internações hospitalares por essa síndrome, gerando altos
custos para países cuja população idosa é crescente. Por isso, a IC é
reconhecida na atualidade como um importante problema de saúde pública
Segundo dados do DATASUS, há no Brasil cerca de dois milhões de
pacientes com IC, sendo diagnosticados 240 mil casos por ano. As projeções
indicam que, em 2025, o Brasil terá a sexta maior população de idosos,
aproximadamente, 30 milhões de pessoas (15% da população total). Isso deve
resultar na multiplicação dos casos de IC e dos gastos com essa síndrome.
Múltiplos fatores de riscos estão presentes simultaneamente e precedem
o surgimento da IC, o que torna difícil selecionar a causa básica e definir ações
específicas de planejamento de saúde, de modo a reduzir sua incidência. Apesar
do reconhecimento crescente sobre a importância que a IC vem adquirindo, em
nosso meio, há carência de dados epidemiológicos, clínico e terapêutico sobre
a doença, o que dificulta a definição de prioridades para elaboração de
estratégias preventivas.
O tratamento dos pacientes com insuficiência cardíaca tem como objetivo
melhorar a qualidade bem como prolongar a vida, além de evitar ou de atenuar
a progressão dessa síndrome.
O aumento da sobrevivência com o tratamento médico tem sido
demonstrado para cada estágio da doença, desde a disfunção do ventrículo
esquerdo assintomática até a insuficiência cardíaca sintomática grave.
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A avaliação da qualidade de vida tem sido mais difícil, mas as medidas
objetivas da capacidade funcional têm demonstrado melhora com a terapia,
sendo mais dramática quanto maior a severidade dos sintomas.
O impacto da terapêutica na redução da progressão da doença, medida
pelas dimensões do ventrículo esquerdo e pela fração de ejeção, é mais
aparente quando uma doença severa ainda não se estabeleceu.
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4.3. Pacientes assintomáticos com disfunção ventricular
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evitado porque deprime o miocárdio e precipita arritmias. Até o momento, não
existe comprovação de que a terapia vitamínica antioxidante em altas doses ou
a ingestão de coenzima Q10 seja benéfica.
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Os efeitos hemodinâmicos dos digitálicos são decorrentes,
principalmente, de sua ação indireta mediada por neuro-hormônios. No indivíduo
com coração normal, ocorre aumento da contratilidade e da resistência periférica
e diminuição do retorno venoso com aumento do consumo de oxigênio. Nos
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e coração dilatado, ocorre
também aumento da contratilidade, mas com queda na resistência periférica e
no consumo de oxigênio.
Os digitálicos têm indicação na insuficiência cardíaca congestiva com
área cardíaca aumentada, com predomínio da disfunção sistólica com terceira
bulha, com frequência cardíaca elevada, principalmente se o ritmo for de
fibrilação atrial.
As principais contraindicações são os bloqueios atrioventriculares de 2o e
3o graus, a bradicardia sinusal e a presença de arritmias ventriculares graves. O
bloqueio atrioventricular de 1o grau é contraindicação relativa.
Nos últimos anos, tem havido diminuição da prevalência de intoxicação
digitálica, pelas novas opções terapêuticas para arritmias supraventriculares e
pelo abandono da dose de ataque. Em grandes estudos, os casos suspeitos não
são mais de 4% e apenas 0,8% tem o quadro confirmado.
As manifestações mais frequentes são bradicardia com bloqueio
atrioventricular de grau variável, bloqueio sinoatrial, taquicardia juncional,
taquicardias supraventriculares, bigeminismo e trigeminismo ventriculares, e,
nos casos graves, taquicardia ventricular bidirecional.
As manifestações extra cardíacas incluem anorexia, náuseas e vômitos e
sinais neurológicos (que são infrequentes), como cefaleia, desorientação,
confusão mental, delírios e alucinações. Manifestação típica, embora não
patognomônica, é a alteração visual do tipo "visão amarela".
A mortalidade é de cerca de 1%, sendo o implante de marca-passo
temporário inferior a 5%. Explica-se o fato porque, no passado, todos os
coronarianos e infartados recebiam digital, e hoje apenas um terço o recebe.
O diagnóstico definitivo de intoxicação digitálica exige a concomitância de
manifestação clínica sugestiva e a concentração sérica superior a 2 mg/ml para
a digoxina ou 25 mg/ml para a digitoxina.
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O tratamento consta de correção da hipopotassemia, antiarrítmicos como
a fenitoína e a lidocaína nas arritmias supraventriculares. Os betabloqueadores
podem ser úteis para controlar a arritmia ventricular, mas pioram a insuficiência
cardíaca congestiva e os bloqueios. O implante de marcapasso provisório ocorre
em 5%. A cardioversão elétrica é contra-indicada na presença de arritmias
ventriculares graves. A medida terapêutica mais eficaz e específica é o emprego
de anticorpos antidigoxina (de alto custo), com redução em 80% dos casos.
Quanto às interações medicamentosas, a quinidina, entre outras,
aumenta a concentração sérica da digoxina por diminuição de sua excreção. Já
a digitoxina diminui sua concentração com o uso de medicamentos que
aumentam a atividade da enzima hepática microssomal.
Inotrópicos não-digitálicos: São medicamentos utilizados usualmente por
via venosa, nas fases adiantadas da insuficiência cardíaca, onde o quadro de
desorganização miofibrilar já é acentuado e não há como recuperar as fibras
miocárdicas lesadas. Resta melhorar o desempenho ventricular com esses
compostos. São fármacos utilizados como "ponte" para a estabilização do
quadro do paciente (por exemplo, preparo para transplante cardíaco), a curto
prazo.
São divididos em:
- Classe I - agonistas beta-adrenérgicos e agonistas dopaminérgicos.
Aumentam a síntese de AMP cíclico. Exemplos: adrenalina, dobutamina,
xamoterol (beta-adrenérgicos); ibopamina (agente dopaminérgico).
- Classe II - inibidores da fosfodiesterase. Causam redução da
degradação do AMP cíclico. Exemplo: milrinona, amrinona.
- Classe III - fármacos cálcio-sensibilizantes, que aumentam a liberação
de cálcio dos depósitos intracelulares. Exemplo: pimobendam.
- Classe IV - medicamentos com perfil misto. Exemplo: vesnarinona.
O objetivo do uso da terapêutica inotrópica positiva está intimamente
relacionado às circunstâncias clínicas do paciente.
Assim, esses medicamentos podem ser utilizados na insuficiência
cardíaca congestiva aguda pós-infarto do miocárdio, na miocardiopatia com
descompensação e no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca, para
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recuperação da agressão cirúrgica aos ventrículos, conforme se requeira maior
ou menor vasodilatação ou vasoconstrição. Utiliza-se determinado agente que
estimule receptores específicos da membrana celular, para se atingir a finalidade
terapêutica. São medicamentos que devem ser usados por curto período de
tempo, via endovenosa, na fase aguda da insuficiência cardíaca.
A longo prazo, todos demonstravam aumento da mortalidade. Isso se
explica pela ação miocárdica tóxica direta, com aumento de arritmias e da
ativação neuro-humoral. Por via oral, a maioria também não exerce efeitos
favoráveis.
Diuréticos: Atualmente não existe um sistema lógico que possa classificar
todos os diuréticos existentes, em grande parte porque a maioria dos
mecanismos de ação é desconhecida. Didaticamente, a classificação é baseada
na capacidade do diurético de excretar carga máxima de sódio filtrado:
a) Diuréticos de alta eficácia (ação na porção ascendente da alça de
Henle), como, por exemplo, furosemida, bumetanida, piretanida.
b) Diuréticos de média eficácia (ação na porção inicial do túbulo distal),
como, por exemplo, hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida.
c) Diuréticos fracos, como, por exemplo, aminofilina, manitol,
espironolactona.
Nos últimos anos, com a orientação para o uso criterioso dos diuréticos,
as alterações bioquímicas tornam-se raras, com a utilização de 25% das doses
máximas do passado.
Na insuficiência cardíaca congestiva leve, os tiazídicos em baixas doses
associados à dieta hipossódica apresentam bons resultados. O diurético de alça
nessa fase não é recomendado, pois, por depletar o volume plasmático, acarreta
estimulação secundária do sistema renina-angiotensina-aldosterona e suas
consequências.
O tratamento deve ser escalonado e, eventualmente, pode-se associar
diurético poupador de potássio. Quando clinicamente manifesto, a associação
de três tipos de diuréticos é benéfica, pois têm mecanismos de ação diversos.
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O uso de diuréticos concomitante aos inibidores da enzima de conversão
da angiotensina é eficaz em reduzir a morbidade e a mortalidade
cardiovasculares da insuficiência cardíaca congestiva.
Já nos casos de edema agudo dos pulmões, o uso de diuréticos de alça
é extremamente eficaz, com resultados dramáticos de redução da pressão de
capilar pulmonar, por uma ação venodilatadora aguda que precede a natriurese.
Tal ação venodilatadora se dá por produção de prostaciclina pelos rins e pelo
endotélio.
Nitratos: Os nitratos promovem redução significativa dos volumes e das
pressões diastólicas e sistólicas do ventrículo esquerdo, com melhora de sua
função, tanto em repouso como durante esforço, em pacientes com angina do
peito. Ao reduzir as pressões de enchimento ventricular elevadas, a tensão
parietal diastólica e as pré-cargas excessivas na insuficiência cardíaca
congestiva diminuem as pressões venocapilares, a congestão pulmonar e o
edema.
Reduzindo a resistência vascular sistêmica e a pós-carga, esses fármacos
diminuem a tensão parietal sistólica e aumentam o volume sistólico, o débito
cardíaco e a fração de ejeção. Além disso, reduzem o consumo de oxigênio
miocárdico. Os nitratos têm a capacidade de romper o círculo vicioso que se
estabelece entre isquemia miocárdica e disfunção ventricular esquerda, que
causa aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo, reduzindo a
pressão de perfusão coronária, sobretudo durante a diástole. Os nitratos
rompem esse círculo vicioso, e podem até reverter esse processo.
Os mecanismos pelos quais os nitratos melhoram as anomalias da
contratilidade miocárdica e a função do ventrículo esquerdo são complexos.
Entre as múltiplas ações, incluem-se: redução da tensão parietal diastólica e
sistólica, com consequente diminuição da pré-carga, da pós-carga e do trabalho
ventricular, aumento da perfusão às áreas isquêmicas e melhora do balanço
oferta/consumo de oxigênio miocárdico.
Os nitratos são úteis no tratamento da insuficiência cardíaca aguda,
incluindo a associada ao infarto agudo do miocárdio, assim como da insuficiência
cardíaca crônica. Alguns estudos demonstraram que a administração de nitratos
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por via oral, transdérmica ou sublingual, em pacientes com insuficiência
cardíaca, é eficaz para aliviar os sintomas e aumentar a capacidade de
exercícios.
O uso clínico dos nitratos deve seguir algumas recomendações: inicia-se
com doses pequenas, aumentando progressivamente de acordo com a resposta
terapêutica e a tolerância. Efeitos colaterais, como cefaleia, desaparecem em
alguns dias ou semanas, com o mesmo medicamento e a mesma dose.
A individualização da terapêutica é imperativa, devido ao amplo espectro
de curvas dose-resposta. A estratégia terapêutica deve ser planejada em
esquema intermitente, para permitir um período livre de nitrato, para prevenir a
tolerância.
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4.8. Bloqueadores beta-adrenérgicos
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4.9. Bloqueadores alfa-adrenérgicos
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pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, esses compostos ocasionam
redução da resistência vascular sistêmica, das pressões de enchimento
ventriculares, e das pressões de átrio direito, arterial pulmonar e capilar
pulmonar, enquanto o volume diastólico aumenta; a frequência cardíaca não se
altera. Em síntese, os inibidores da enzima de conversão da angiotensina
reduzem tanto a pós-carga como a pré-carga e aumentam o débito cardíaco.
Esses medicamentos provocam a melhora dos sintomas e da classe
funcional, a melhora da capacidade de exercício, a melhora hemodinâmica, a
redução radiológica da área cardíaca, a redução das dimensões ventriculares
esquerdas e o aumento da fração de ejeção e do encurtamento porcentual da
fibra ao estudo ecocardiográfico.
A melhora da capacidade de exercício com os inibidores da enzima de
conversão da angiotensina ocorre após algumas semanas de tratamento. É
importante salientar-se que a eficácia desses agentes independe dos níveis de
renina. Previnem a dilatação ventricular progressiva, reduzem a frequência de
arritmias ventriculares complexas e têm efeito antiisquêmico pela inibição da
formação de angiotensina II da parede arterial.
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4.13. Anticoagulantes
4.14. Antiarrítmicos
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insuficiência cardíaca congestiva aguda complicada por insuficiência mitral grave
ou rotura do septo interventricular enquanto aguardam tratamento cirúrgico
definitivo. A bomba de fluxo contínuo, o ventrículo artificial por acionamento
pneumático ou eletrônico e o coração artificial são usados como ponte para o
transplante cardíaco.
Transplante cardíaco: Quase 50.000 transplantes cardíacos foram
realizados até hoje, com média de 4.000 procedimentos anuais. Indica-se nos
casos de insuficiência cardíaca congestiva refratária à terapêutica
medicamentosa máxima, quando a cirurgia convencional não estiver indicada. A
seleção de receptores é rigorosa, e inclui algumas contraindicações (algumas
relativas): idade acima de 60 anos, resistência vascular pulmonar elevada após
vasodilatador, infecção crônica ou aguda, diabete insulino-dependente, lúpus,
neoplasia, doença vascular cerebral grave, embolia pulmonar com infarto
recente, e condição psicossocial desfavorável. A sobrevida do transplantado é
de 60% em cinco anos.
Cardiomioplastia: Usa enxertos musculares esqueléticos, estimulados
eletricamente em sincronia com o coração; suas indicações são semelhantes às
do transplante cardíaco.
Ventriculectomia parcial: Tem como objetivo diminuir a tensão da parede
ventricular pela redução da relação volume/massa. É preconizada quando o
transplante cardíaco não foi indicado ou não foi possível.
Marcapasso biventricular e desfibrilador implantável: Usados com relativo
sucesso, principalmente nos pacientes recuperados de parada
cardiorrespiratória e com insuficiência cardíaca congestiva grave, fazendo
taquicardia ventricular repetitiva.
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5. FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DOS TRANSTORNOS DE
ANSIEDADE
Fonte: www.leandroteles.com.br
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cronicamente. Seja como for, a doença é definida quando surge impacto na
qualidade de vida da pessoa. Esse tipo de ansiedade limita a percepção e
dificulta a tomada de decisões, evoluindo com restrição social e impactando
negativamente diversos aspectos da vida da pessoa.
Como podemos perceber o que diferencia a ansiedade normal da doença
é a intensidade, os desencadeantes e o impacto na funcionalidade.
Sintomas Físicos Sintomas Psíquicos
– Taquicardia (palpitação) – Angustia (apreensão)
– Falta de Ar – Medo excessivo
– Tremores – Irritabilidade
– Dor no peito – Intolerância
– Fome excessiva – Sensação de estar “a flor da pele”
– Dor de estômago \ diarreia – Dificuldade em desligar (insônia)
– Tensão muscular – Sensação de morte iminente
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determinados inibidores seletivos da receptação da serotonina (SSRIs),
antidepressivos tricíclicos (ADT), inibidores da monoamina oxidase (IMAO), e
antidepressivos atípicos novos.
Antidepressivos são mais preferidos do que as drogas anti-ansiedade
tradicionais, porque o risco de dependência e abuso é menor. No entanto, os
antidepressivos levam até 4-6 semanas para começar a aliviar os sintomas da
ansiedade, portanto eles não podem ser tomados “conforme necessário. ” Por
exemplo, os antidepressivos não iriam ajudar em nada se você esperou até ter
um ataque de pânico. Seu uso é limitado a problemas de ansiedade crônicas
que necessitam de tratamento contínuo.
Os antidepressivos mais amplamente prescritos para a ansiedade são
SSRIs, como Prozac, Zoloft, Paxil, Lexapro e Celexa. Estes trabalhos, que regula
os níveis de serotonina no cérebro para elevar o humor e têm sido utilizados para
tratar o transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e
transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Efeitos colaterais comuns incluem:
Náusea
Nervosismo
Dores de cabeça
Sono
Disfunção sexual
Tontura
Dor de estômago
Ganho de peso
Apesar de dependência física não é tão rápido para desenvolver com
antidepressivos, a retirada pode ainda ser um problema. Se interrompido muito
rapidamente, a retirada pode desencadear sintomas como depressão extrema e
fadiga, irritabilidade, ansiedade, sintomas de gripe, e insônia.
Todos os antidepressivos são exigidos pela ANVISA uma advertência
sobre o risco de pensamentos suicidas, hostilidade e agitação. Existe também o
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risco de que os antidepressivos vão causar um aumento, em vez de uma
diminuição, na depressão e a ansiedade.
Buspirona, também conhecido pelo nome de marca Buspar, é uma nova
droga anti-ansiedade que atua como um tranquilizante leve. Alivia a ansiedade,
aumentando a serotonina no cérebro como o SSRIs fazem e diminuindo a
dopamina. Em comparação com os medicamentos tradicionais como Xanax,o
buspirona é de ação lenta. Demora cerca de duas semanas para começar a
trabalhar na ansiedade. No entanto, ele tem várias vantagens em relação aos
mais velhos medicamentos: não é como sedativo, não prejudicar a memória e
coordenação, não é muito viciante, e acredita-se que efeitos da retirada são
mínimas.
Efeitos colaterais comuns do buspirona incluem:
Náusea
Dores de cabeça
Tontura
Sonolência
Dor de estômago
Prisão de ventre
Diarreia
Boca seca
Uma vez que o risco de dependência é baixo e não tem interações
medicamentosas graves, a buspirona é uma boa opção para as pessoas idosas
e pessoas com histórico de abuso de substâncias. No entanto, a sua eficácia é
limitada. Ele trabalha para o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), mas
não parece ajudar outros tipos de transtornos de ansiedade.
Medicamentos betabloqueador para a ansiedade: são um tipo de
medicamento usado para tratar pressão alta e problemas cardíacos. No entanto,
são também prescritos off-label para a ansiedade. Betabloqueadores funcionam
bloqueando os efeitos da norepinefrina, um hormônio do estresse envolvido na
resposta de luta ou fuga. Isso ajuda a controlar os sintomas físicos de ansiedade,
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tais como ritmo acelerado do coração, voz trêmula, sudorese, tontura, e as mãos
trêmulas.
Como os betabloqueadores não afetam os sintomas emocionais de
ansiedade, tais como preocupação, eles são mais úteis para fobias, fobia social,
e particularmente a ansiedade de desempenho. Se você está antecipando uma
situação produtora de ansiedade específica (como dar um discurso), tendo um
bloqueador beta com antecedência pode ajudar a reduzir os seus “nervos”.
Incluem drogas tais como o propranolol (Inderal) e atenolol (Tenormin).
Efeitos colaterais comuns incluem:
Frivolidade
Sono
Náusea
Pulsoextraordinariamente lento
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idosos está associada a um risco aumentado de quedas, quadris e pernas
quebrados, e acidentes de carro.
Mulheres grávidas - devem evitar medicamentos anti-ansiedade uma vez
que estes medicamentos ansiedade podem cruzar a placenta, o seu uso durante
a gravidez pode levar à dependência no bebê. Após o nascimento, o bebê irá
então passar por abstinência, com sintomas como fraqueza muscular,
irritabilidade, problemas de sono e respiração, e tremor. Estas drogas para
ansiedade são excretadas no leite materno, por isso elas devem ser evitadas
durante a amamentação também.
Pessoas com histórico de abuso de substâncias - Qualquer pessoa com
um problema atual ou anterior com álcool ou drogas devem evitar medicamentos
anti-ansiedade ou usá-los somente com extrema cautela. O maior benefício de
benzodiazepínicos é que eles funcionam de forma rápida, mas isso também
torna viciante. Isso pode levar rapidamente a seu abuso, muitas vezes em
combinação perigosa com álcool ou outras drogas ilícitas.
Medicação por si só não é suficiente, medicamentos de ansiedade não
são uma cura, pode tratar alguns sintomas de ansiedade, mas não pode alterar
as questões subjacentes e situações da vida que provoca a ansiedade. É aí que
a terapia e outras mudanças de estilo de vida entram.
Há muitas alternativas de tratamento para medicação, incluindo a terapia
cognitivo-comportamental, que é amplamente aceito em ser mais eficaz para a
ansiedade do que os medicamentos.
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6. FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DA ASMA
Fonte: pediatravirtual.net
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fortes, gripes e resfriados e ingestão de certos alimentos ou medicamentos
podem atuar como precipitantes ou agravantes da enfermidade.
Em geral os sintomas aparecem ciclicamente com períodos intermitentes
de melhora e de piora. Eles se mostram como dificuldade respiratória, dor ou
ardência no peito e chiado (sibilância). Além disso, quase sempre há tosse,
expectoração com aspecto de "clara de ovo". Esses sintomas podem aparecer a
qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.
Quando se tornam especialmente intensos, de forma aguda, constituem o que
se costuma designar de “crise de asma”.
O diagnóstico da asma é principalmente clínico, baseado nos sinais e
sintomas referidos pelo paciente. Ao exame físico o médico pode notar,
principalmente durante as crises, a presença de sibilos nos pulmões. Eles podem
não existir nas pessoas asmáticas que estiverem fora das crises e o exame físico
pode, inclusive, ser completamente normal. Exames complementares podem
auxiliar no diagnóstico. Dentre eles, a radiografia do tórax, exames de sangue e
a espirometria, que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar e o teste de
bronco-provocação, com substâncias pró-inflamatórias. O exame mais
importante, no entanto, é a análise dos valores exalados de óxido nítrico, os
quais permitem também avaliar a resposta ao tratamento.
O tratamento da pessoa asmática compreende dois momentos diferentes:
o tratamento das crises e o tratamento da doença de base.
Tratamento das crises asmáticas - As medicações das crises graves e
situações de emergência são diferentes das usadas para tratar a doença básica.
No tratamento dos ataques graves usam-se normalmente corticosteroides
(geralmente por administração sistêmica), agonistas adrenérgicos inalados e
anticolinérgicos. Além disso, o paciente deve procurar manter a calma,
permanecer em ambientes arejados, falar pouco e usar roupas largas, desde
que não sejam de lã. Se as crises asmáticas durarem de dois a três dias os
alvéolos ficam saturados de gás carbônico e isso prejudica as trocas gasosas
pulmonares, podendo repercutir negativamente em todos os órgãos.
Tratamento da asma - A pessoa asmática precisa manter certos cuidados
com o ambiente, além de usar medicações e utilizar certas técnicas
38
fisioterapêuticas, que se mostram bastante eficientes. Os medicamentos
principais são de duas classes: os broncodilatadores e os anti-inflamatórios. O
broncodilatadores dilatam as vias aéreas e devem ser utilizados quando o
asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Os anti-
inflamatórios, por sua vez, devem ser utilizados principalmente para evitar e
prevenir as crises agudas. Essas duas classes de medicações são recursos de
manutenção e podem ser usados de várias formas: nebulização, spray,
comprimido, xarope. Os corticoides são usados para combater a inflamação.
Tais medicamentos são utilizados com o intuito de prevenir as exacerbações da
doença. Existem outras possibilidades mais recentes de tratamento, ainda
menos consolidadas. Em certos casos pode ser necessário o uso de
incentivadores respiratórios e respiradores mecânicos não-invasivos.
O tratamento fisioterápico contribui para melhorar a ventilação, auxiliar no
relaxamento da musculatura respiratória, higienizar as vias aéreas, melhorar a
condição física e aprimorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Nas
crianças, ele consiste em trabalhos de exercícios respiratórios, de desobstrução
brônquica e drenagem postural, com estimulação da tosse se necessário e treino
de padrão ventilatório. Em adultos, enfatiza os alongamentos globais, os
exercícios aeróbicos, vários exercícios respiratórios e o acompanhamento do
fluxo respiratório, entre outros
Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas
exacerbações. Como prevenção das crises o asmático pode utilizar
corticosteroides, beta 2 agonistas de longa duração e antileucotrienos, além de
ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos desencadeadores
conhecidos da crise asmática. Tudo isso deve ser feito com orientação médica.
O prognóstico dos asmáticos é bom, especialmente para as crianças.
Após uma década, cerca de 54% delas não terão mais esse diagnóstico. Nos
asmáticos crônicos ocorre, com frequência, uma dilatação dos alvéolos que
acaba por levar ao enfisema pulmonar. Em casos raros a asma pode levar à
morte.
39
7. FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DA DEPRESSÃO
Fonte: www.depressaoansiedade.com
41
8. FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DA PSICOSE/ESQUIZOFRENIA
Fonte: www.leandroteles.com.br
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de um episódio de doença psicótica que dure pelo menos 1 mês (ou por algum
tempo durante a maioria dos dias) e devem ter sido excluídos diagnósticos de
transtornos de humor, transtornos atribuíveis à doença cerebral orgânica,
intoxicação, dependência ou abstinência relacionada a álcool ou outras drogas.
É de importância especial para a confirmação do diagnóstico a ocorrência
de uma perturbação das funções que dão à pessoa normal um senso de
individualidade, de unicidade e de direção de si mesmo. O paciente tem a
sensação de que seus pensamentos, sentimentos e atos mais íntimos são
sentidos ou partilhados por outros. Pode desenvolver delírios explicativos de que
forças externas influenciam pensamentos e ações, de forma muitas vezes
bizarras.
Aspectos periféricos e irrelevantes de conceitos são conjugados com
aspectos centrais. O paciente pode exibir um pensamento vago, elíptico e
obscuro, acreditando que situações da vida cotidiana possuem um significado
particular, em geral sinistro, relacionado unicamente com ele. Pode haver a
sensação de interrupção do curso do pensamento e a sensação de que as ideias
são retiradas por um agente exterior. O humor é caracteristicamente superficial
ou incongruente, acompanhado, com frequência, de inércia, negativismo ou
estupor.
As causas da esquizofrenia são ainda desconhecidas. O modelo de
doença de maior aceitação é o da “vulnerabilidade versus estresse”, conceito
que propõe que a presença de vulnerabilidade aumenta o risco para o
desenvolvimento de sintomas na presença de estressores ambientais e na falha
dos mecanismos para lidar com eles. Os fatores de vulnerabilidade são
baseados em um componente biológico, que inclui predisposição genética
interagindo com fatores complexos físicos, ambientais e psicológicos.
Na escolha do tratamento, devem ser considerados os fármacos já
utilizados, o estágio da doença, a história de resposta e adesão e o risco-
benefício. Existe ampla evidência de que o uso de antipsicóticos é superior a seu
não uso. Sabe-se também que intervenções não farmacológicas igualmente
potencializam o tratamento medicamentoso - seja a eletroconvulsoterapia (ECT)
seja a estimulação magnética transcraniana (EMT), como opção de tratamento
43
para alucinações auditivas refratárias aos medicamentos - ou tratamentos
psicossociais, que incluem terapia cognitivo-comportamental e terapia familiar
sistêmica.
A identificação da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil
e adequado para o atendimento especializado dão à Atenção Básica um caráter
essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.
Sintomas de maior hierarquia:
Eco, inserção, roubo ou irradiação de pensamento;
Delírios de controle, influência ou passividade, claramente
relacionados ao corpo ou a movimentos dos membros ou a
pensamentos, ações ou sensações específicas; percepção delirante;
Vozes alucinatórias fazendo comentários sobre o comportamento
do paciente ou discutindo entre si, ou outros tipos de vozes
alucinatórias advindas de alguma parte do corpo;
Delírios persistentes de outros tipos que sejam culturalmente
inapropriados e completamente impossíveis (por exemplo, ser capaz
de controlar o tempo ou estar em comunicação com alienígenas).
Sintomas de menor hierarquia:
Alucinações persistentes, de qualquer modalidade, quando
ocorrerem todos os dias, por pelo menos 1 mês, quando
acompanhadas por delírios (os quais podem ser superficiais ou
parciais), sem conteúdo afetivo claro ou quando acompanhadas por
ideias superestimadas persistentes;
Neologismos, interceptações ou interpolações no curso do
pensamento, resultando em discurso incoerente ou irrelevante;
Comportamento catatônico, tal como excitação, postura
inadequada, flexibilidade cérea, negativismo, mutismo e estupor; e
Sintomas “negativos”, tais como apatia marcante, pobreza de
discurso, embotamento ou incongruência de respostas emocionais
(deve ficar claro que tais sintomas não são decorrentes de depressão
ou medicamento neuroléptico).
44
O tratamento da esquizofrenia não tem tempo determinado. O período de
reavaliação é de 6 meses, ocasião em que o médico avaliará a efetividade e a
segurança do tratamento. A duração indeterminada segue apoiada por um
estudo de meta-análise avaliando o efeito da suspensão do uso da
clorpromazina em pacientes esquizofrênicos estáveis. Estudos prévios
mostravam que 25% dos pacientes com apenas um quadro psicótico não tem
mais episódio depois de tratada a crise.
Avaliados 10 estudos, com 1.042 pacientes estáveis com esquizofrenia,
foi evidenciado que aqueles que permaneceram em uso de clorpromazina, em
curto, médio e longo prazos, tiveram menos chance de ter uma recidiva
comparados com os do grupo que suspendeu o uso. Uma meta-análise também
avaliou o uso em geral de antipsicóticos em tratamentos de manutenção para
esquizofrenia após 1 ano contra placebo. Houve evidência de benefícios em
diferentes desfechos.
Alguns medicamentos indicados no tratamento:
Risperidona - Deve-se iniciar com 1 mg, 2 vezes ao dia, para evitar efeito
de primeira dose (bloqueio alfa-adrenérgico). A dose pode ser aumentada em 1
mg, 2 vezes ao dia, até que uma dose alvo de 6 mg/dia (3 mg, 2 vezes ao dia)
seja alcançada no terceiro dia. As doses recomendadas de manutenção são de
3-6 mg/dia. Se descontinuada, a administração deve ser reiniciada conforme a
primeira dose. Em pacientes com insuficiências renal ou hepática, a dose
máxima recomendada é de 3 mg/dia. A administração simultânea com alimentos
não interfere na biodisponibilidade do medicamento.
Quetiapina - Deve-se iniciar com 25 mg, 2 vezes ao dia, por via oral, com
aumentos de 25-50 mg por dose por dia, com o objetivo de alcançar 300-600
mg/dia. A dose total poderá ser dividida em 2 ou 3 vezes ao dia, devendo ser
alcançada entre o quarto e o sétimo dias de tratamento. O ajuste pode ser feito
com incrementos (ou diminuição) de 25-50 mg, 2 vezes ao dia, ou num intervalo
de 2 dias. A dose máxima situa-se entre 750-800 mg/dia.
Ziprasidona - Deve-se iniciar com 40 mg, 2 vezes ao dia, por via oral,
sendo administrados com os alimentos. Aumentos de dose deverão ocorrer em
45
intervalos superiores a 2 dias até a dose máxima de 160 mg/dia (80 mg, 2 vezes
ao dia). A dose de manutenção ideal é de 40 mg, administrados 2 vezes ao dia.
Olanzapina - Deve-se iniciar com 5 mg à noite. Pode-se aumentar a dose
em 5 mg após pelo menos 7 dias até uma dose de 20 mg/dia. Não há evidências
de que doses acima de 20 mg/dia em pacientes não refratários sejam mais
eficazes. Não é necessário ajuste de dose em casos de insuficiências renal ou
hepática. Pacientes debilitados fisicamente e emagrecidos deverão receber no
máximo 5 mg/dia. Na ocorrência de efeitos adversos graves de clozapina
(agranulocitose, cardiopatia e oclusão intestinal), em pacientes refratários,
olanzapina poderá ser utilizada até a dose de 30 mg/dia.
Clozapina - Deve-se iniciar com 12,5 mg à noite. Pode-se aumentar a
dose em 25 mg a cada 1 a 2 dias até 300-400 mg/dia. Após 30 dias sem melhora,
pode-se aumentar 50 mg a cada 3-4 dias até 800 mg/dia. Doses acima de 400
mg poderão ser fracionadas para aumentar a tolerância do paciente.
Clorpromazina - Deve-se iniciar com doses pequenas, entre 50-100 mg,
2-3 vezes ao dia, para atenuar possíveis efeitos adversos, embora pela meia-
vida de 24 horas possa ser administrada 1 vez ao dia. Doses médias variam
entre 400-800 mg, sendo 1g a dose máxima recomendada. Doses abaixo de 150
mg estão relacionadas a maior chance de recidiva. O equilíbrio plasmático é
alcançado em 2-5 dias de tratamento. Café, cigarro e antiácidos diminuem sua
absorção, devendo-se considerar a administração de doses maiores nesses
casos.
Haloperidol - Deve-se iniciar com doses fracionadas, embora tenha meia-
vida de 24 horas, para minimizar efeitos adversos, até a dose máxima de
15mg/dia em situações agudas e de 10mg/dia para manutenção. Doses
superiores parecem não ter benefício e aumentam a incidência de efeitos
adversos.
Decanoato de haloperidol - Deve-se indicar uma dose entre 150-200
mg/mês para a maioria dos casos, aplicada a cada 4 semanas. Sua meia-vida é
de cerca de 3 semanas, levando entre 3-6 meses para a estabilização da
concentração plasmática. Por tal motivo, pode-se iniciar em doses superiores
(até 400 mg/mês) e com maior frequência (até semanalmente) nos primeiros
46
meses, ou iniciar com doses usuais e suplementar com haloperidol oral até a
dose máxima de 15 mg/dia, conforme a tolerância, principalmente no primeiro
mês.
Para todos os medicamentos, obtida a melhora clínica, deverá ser
instituída uma redução cuidadosa da dose na manutenção e acompanhamento
clínico e psiquiátrico, com escores trimestrais (escala BPRS-A).
Para o tratamento dos efeitos extrapiramidais, o biperideno poderá ser
utilizado na dose de 1 a 16 mg, divididos em 1 a 4 administrações ao dia,
dependendo da intensidade dos sintomas. O propranolol também poderá ser
utilizado para esta finalidade, na dose de 40 a 160mg, divididos em 2 a 3
administrações ao dia
Fonte: www.mdsaude.com
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10. FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DAS EPILEPSIAS
Fonte: static.tuasaude.com
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grupos de neurônios cerebrais. O mecanismo patogênico das crises epilépticas
está associado ao descontrole nos canais iônicos na excitação e bloqueio das
sinapses, o que faz com que os fármacos antiepilépticos tenham como alvo os
mesmos sítios de ação.
O diagnóstico da epilepsia provoca um grande impacto na vida do
paciente e dos familiares. Por se tratar de uma doença crônica ou até mesmo
tornando-se um motivo de receio e vergonha, e quando mal controlada é capaz
de dominar e definir relações; é imprescindível que tanto o médico como o
paciente estejam convencidos de que o tratamento vale a pena, seja ele
medicamentoso ou cirúrgico faz toda diferença na vida do paciente epiléptico,
tornando esse controle um meio de uma maior integração social e uma melhor
qualidade de vida.
Alguns pacientes com epilepsia apresentam crises incapazes de serem
controladas, mesmo com o esquema terapêutico adequado e com boa aderência
dos pacientes. Caso as crises não sejam controladas, considera-se que este
paciente esteja apto à cirurgia da epilepsia, sendo que o principal critério para
essa escolha é se realmente há probabilidade de controle das crises após a
cirurgia.
Os tipos de cirurgias disponíveis são ressecção cerebral focal, lobectomia
temporal anterior; lesionectomia; hemisferectomia.
As drogas antiepilépticas são completamente eficazes no controle das
convulsões em 50-80% dos pacientes. O termo antiepiléptico é usado como
sinônimo dos anticonvulsivantes, para descrever drogas utilizadas no tratamento
da epilepsia que obrigatoriamente não causam convulsões, assim como distúrbio
convulsivo não epiléptico
Fenobarbital: foi um dos primeiros barbitúricos a ser lançado. Sua ação
sobre as crises convulsivas dá-se afetando a duração e a intensidade das crises
artificialmente induzidas causando sedação. É um fármaco eficaz e de baixo
custo, seu mecanismo de ação deve-se à inibição neuronal em decorrência do
aumento da neurotransmissão gabaérgica.
Fenitoína: foi o primeiro fármaco não sedativo no arsenal de drogas
anticonvulsivantes com um amplo espectro de ação. Seu mecanismo de ação
53
dá-se afetando a excitabilidade da membrana de ação sobre os canais de sódio
dependentes de voltagem. Para ficar mais claro, esse bloqueio ocorre
preferencialmente na excitação das células que estão disparando
repetitivamente e quanto maior for a frequência de disparo, maior será o bloqueio
produzido sem interferir nos disparos de baixa frequência de neurônios no estado
normal.
Carbamazepina: é um dos anticonvulsivantes mais amplamente usados,
sendo um derivado químico dos antidepressivos tricíclicos. Age através da
inibição dos canais de sódio e cálcio controlados pela voltagem que levam à
corrente de entrada necessária para geração de um potencial de ação.
Valproato: é um ácido monocarboxilíco simples. Possui um vasto espectro
de ação, sendo eficaz na maioria dos tipos de crises como, por exemplo, do
grande e pequeno mal. O seu mecanismo de ação dá-se pela inibição fraca de
dois sistemas enzimáticos que inativa o GABA: GABA transaminase e a
desidrogenase semialdeído succínico. Há algumas evidências que ele aumenta
a ação do GABA por ação pós-sináptica e que também inibe fracamente os
canais de sódio.
A base do tratamento eficaz da epilepsia deve-se ao esclarecimento feito
ao paciente e familiar com o objetivo de afastar conceitos e mitos equivocados
sobre a patologia, afirmando sempre que é possível controlar as crises na
maioria dos casos em que o paciente segue o esquema terapêutico prescrito.
Para uma maior facilidade à adesão, pode-se fazer a simplificação do esquema
medicamentoso, e sempre alertando para a importância de tomar os
medicamentos nas horas certas, adquirindo-se uma boa adesão.
Deve-se buscar um regime terapêutico, que controle melhor as
convulsões, sendo necessário o uso de vários antieplépticos, a chamada
politerapia, ocasionado pela baixa adesão e farmacorresistência às drogas de
primeira escolha, mesmo não estando claro que a politerapia seja eficaz.
54
11. FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DA OBESIDADE
Fonte: www.institutodeobesidade.com.br.
Fonte: dicassobresaude.com
12.1- Dor
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Com o decorrer do tempo o homem foi aperfeiçoando o conhecimento do
seu organismo frente às enfermidades e também sobre substâncias que
auxiliavam ao combate da dor. Os egípcios já conheciam os efeitos benéficos do
chá da casca e folhas do salgueiro para o combate da dor, antes mesmo do ácido
acetilsalicílico ser isolado na Alemanha no século XIX e a partir daí ser o
medicamento mais consumido no mundo.
Galeno em II d.C. descreveu suas observações sobre a anatomia humana
e, por mais de mil anos essas observações foram consideradas sagradas, mas
depois foram sendo propostas novas mudanças a partir da observação de
cientistas como Andreas Vesalius entre outros, que questionaram o modelo de
ciência adotado até então, que não questionava os postulados.
A Anatomia e a Fisiologia passaram a ser então intensamente
investigadas e analisadas nas mais tradicionais escolas, buscando
principalmente conhecer como se dava o processo saúde doença e como tratar
as enfermidades que assolavam o mundo até então. Contudo esses
conhecimentos não foram suficientes para o tratamento das doenças, pois além
da precariedade dos estudos, havia ainda uma falta do conhecimento sobre
saneamento básico e trato dos enfermos (e cadáveres) por esses pioneiros e
pela própria população. Com isso surtos de peste bubônica, cólera, lepra
(hanseníase), tuberculose entre outras doenças, mataram diversas pessoas,
chegando a reduzir drasticamente a população de várias localidades do mundo.
Era necessária uma mudança na abordagem da terapêutica. O início dos
estudos com microrganismos e como eles afetavam a atividade do organismo,
principalmente as células, foi determinante para uma revolução na medicina,
pois naquele momento percebia-se que mais importante que tratar a doença, era
prevenir a mesma com medidas simples como saneamento básico, utilização de
água pura e a limpeza dos ambientes.
O estudo da atividade celular e dos tipos celulares envolvidos durante a
injúria tecidual foi de extrema importância para a definição dos quadros de
infecção e inflamação celular. A partir daí estudos foram realizados visando
elucidar quais eram os mecanismos responsáveis pela dor e como seria possível
impedi-los ou pelo menos, amenizá-los.
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Com isso percebe-se a trajetória necessária para a formulação de uma
farmacologia para a dor, que começa com anatomia e fisiologia, passa pela
microbiologia e suas áreas (bacteriologia, parasitologia, etc) até a imunologia
(analisando os tipos celulares envolvidos na injúria e o seu papel para a
manutenção da homeostasia) até chegar ao segmento farmacoterapêutico mais
adequado para cada tipo de dor.
Cefaleia é uma das queixas mais comuns na prática clínica, estimando-
se uma prevalência anual muito grande tanto em homens quanto nas mulheres.
Tanto as mulheres quanto os homens têm por mês, algum tipo de cefaleia.
Preocupa médico e família por ser um indicativo de doenças
potencialmente graves, como infecções no sistema nervoso central (SNC),
hemorragias intracranianas, tumores do encéfalo, hidrocefalia, etc.
O Brasil possui um notável atraso na terapia de cefaleias. Em outros
países utilizam-se medicamentos específicos para cefaleia, como compostos
derivados da ergotamina e triptans, enquanto que os analgésicos e anti-
inflamatórios não hormonais são utilizados indiscriminadamente. A utilização de
dipirona no país é outro fator que questiona a evolução da terapia para cefaleia,
pois enquanto que aqui é uma das drogas de referência no combate a cefaleia,
já é em vários outros países um fármaco em vertiginoso desuso, fato provocado
especialmente pelos seus efeitos deletérios na medula óssea.
A dipirona via endovenosa é o tratamento mais prescrito como analgésico
para tratamento agudo da cefaleia. Seu uso pode ser combinado com anti-
eméticos, sendo esse o tratamento anti-álgico padrão das cefaleias.
Na infância, além da dipirona, é muito comum ainda no tratamento agudo
da cefaleia a prescrição de paracetamol, ácido acetilsalicílico, ibuprofeno,
naproxeno e diclofenaco, ou seja, anti-inflamatórios não-esteroidais.
O tratamento com anti-inflamatórios esteroidais também pode ser
eficiente em alguns casos.
Entende-se como dores neuropáticas aquelas iniciadas ou causadas por
lesão primária ou disfunção do sistema nervoso, tanto central quanto periférico.
Pode aparecer em diversas doenças crônicas, como o diabetes, em pacientes
59
com câncer, pacientes que sofreram trauma mecânico (ex: amputação, cirurgia,
tratamento de canal).
É uma ocorrência complexa e delicada de se tratar, pois junto ao trauma
físico também estão envolvidas questões neurológicas e emocionais,
necessitando-se muito cuidado na apuração da dor, mas também tomando o
cuidado de não sobrecarregar o paciente com uma grande quantidade de
medicamentos.
Para o tratamento são utilizados agentes que controlam a modulação da
dor, atuando em neurotransmissores como serotonina e norepinefrina, assim
como seus receptores. Antidepressivos, anticonvulsivantes, anestésicos e até
mesmo acupuntura são utilizados no tratamento da dor neuropática.
Entre os analgésicos utilizados estão os compostos opiáceos, que tem
como efeitos colaterais: sonolência, náuseas, vômitos, constipação, além do
risco de abuso e dependência (levando-se em consideração o longo tempo de
administração que as neuropatias requerem) e o tramadol, um analgésico que
inibe a recaptura da serotonina, da norepinefrina e o seu maior metabólito ativo,
um agonista da morfina.
Dor articular ou artralgia é definida como a dor em uma ou mais
articulações. É um sintoma comum a muitas doenças, sejam elas próprias da
articulação (osteoartrite, artrose, artrite séptica, etc) como de outras doenças,
como gripe, febre reumática, hepatite, varicela, etc.
Para evitar e até mesmo minimizar as dores, a realização de exercícios
físicos e uma alimentação balanceada, sem excesso de proteínas e minerais,
ajuda bastante. Fisioterapia e acupuntura também são bons aliados.
Corticoides são intensamente empregados em pacientes que apresentam
artrite reumatoide, pois inibem a inflamação e são mais eficientes nesse ponto
que os AINES. Terapia anti-citocinas, compostos antimaláricos (como cloroquina
e hidroxicloroquina), metotrexato, leflunomida, ciclosporina, sais de ouro, etc.,
também são utilizados.
Dismenorreia é provavelmente a causa mais comum de queixa álgica de
adolescentes e que persiste por muito tempo para várias mulheres. É provocada
por prostaglandinas, que estimulam as contrações uterinas. Apesar de estar
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associada com o início dos ciclos ovulatórios, algumas adolescentes podem
apresentar cólicas logo nos primeiros ciclos (que em geral são anovulatórios) ou
sangramento disfuncional, associado a menstruação volumosa, com coágulos,
por causa da anovulação.
Dismenorreia primária ou funcional aparece em torno do segundo ou
terceiro ano, quando começam os ciclos ovulatórios.
Dismenorreia secundária está associada com endometriose, obstrução
dos ductos de Muller, estenose ou ausência de colo uterino. A dor geralmente
se inicia dois ou três dias antes da menstruação.
Pode vir acompanhada de cefaleia, insônia, fadiga, nervosismo, náuseas
ou vômitos (ou ambos) e diarreia, além do desmaio ou vertigem. Algumas
pacientes têm sintomas tão severos que impedem suas atividades escolares
e/ou profissionais, impossibilitando o comparecimento às aulas e ao trabalho.
O tratamento consiste na administração de inibidores da prostaglandina,
como o ácido mefenâmica; analgésicos, como dipirona, ácido acetilsalicílico
isolado ou com associações; anti-inflamatórios como ibuprofeno, indometacina,
piroxicam, nimesulida, etc. O uso de anticoncepcionais orais também
demonstrou resultados eficientes na prevenção da dismenorreia.
12.2- Inflamação
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como tal, são totalmente contraindicados para doentes renais; A toma destes
medicamentos irá inibir a ação dos diuréticos.
13. BIBLIOGRAFIA
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