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Mistérios Wiccanianos

O deus é Cornífero, o deus da floresta, apresentado com chifres de um alce,


representando a natureza indomável de tudo o que é livre. Na comunidade agrícola, era
representado com chifres de bode, como o Deus Pã. Nos tempos antigos era conhecido como o
Chifrudo. Era também associado aos cultos de Dionísio e como um deus de chifres de touro. O
emprego de chifres de touro e a presença de serpentes estão associados a
Dionísio e sua ligação com ritos lunares. Os druidas foram também
associados ao deus Cornífero celta Cernunnos. A importância do deus
Cornífero era o seu poder sobre o reino animal, bem como a vida silvestre.
Era chamado também de “O Mestre dos Animais”.

A Grande Deusa Mãe wiccaniana, que é a mais forte das variações da deusa (associadas às fases
da lua) que é quando a Lua está cheia, tem em um de seus títulos a “Senhora das Feras”.

Em muitos contos de bruxaria e contos de fadas, descreve-se o poder de transformação em


animais, tais como o lobo ou corvo. A verdade é que sempre existiu uma afinidade entre os animais
e os praticantes de artes mágicas. Na Idade Média os bruxos personificavam o lobo no Sabat, e
as bruxas se enfeitavam com tiras de pele de lobo. Numa parte da Europa acreditava-se que o
lobo era a montaria dos feiticeiros, e que as feiticeiras, transformavam-se em lobos. Algumas
lendas contam que o couro de lobo tem poder de cura e proteção contra as doenças. O pelo de
lobo colocado num barco, para proteção contra o fogo. Possivelmente “o lobisomem” se originou
nos cultos egípcios e gregos aos deuses-lobo.

Caçadores siberianos usavam patas e garras de urso como proteção contra maus espíritos e para
cura. Eram usadas também atrás da porta, perto de berços. As bruxas olhavam profundamente
para as teias de aranha, como uma mandala de meditação. Dizem os magistas, que quando temos
animais em casa, criamos elos psíquicos com eles. Os seus movimentos podem pressagiar
acontecimentos, o senso aguçado, por exemplo, percebe a aproximação de estranhos.

Na magia o gato está associado aos ritos sagrados, a superstição. Era animal sagrado na Índia.
No Egito considerava-se que o gato tinha poderes de oráculo. A deusa Bast era representada com
corpo de mulher e cabeça de gato. Já gato negro desempenha um importante papel na bruxaria.
Segundo a crença era dotado de nove vidas

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A galinha negra, como o cão negro, eram animais associados à bruxaria. Nas tradições
do candomblé, costuma-se, usá-las em muitos rituais, assim como bode e o carneiro. Já o galo
era ligado a cerimônias ocultistas era uma ave consagrada a Esculápio.

De acordo com Eliphas Levi, o touro, o cão e o bode, são os três animais simbólicos da
magia hermética.

No Alasca eram usados ossos de baleia para proteger os espaços sagrados.

Os tibetanos colocavam um crânio de carneiro na porta de suas casas, para impedir a


entrada de maus espíritos, que descarregavam sua ira sobre ele, livrando os moradores. Na
Escócia a omoplata do carneiro negro era raspado para fins divinatórios e rituais mágicos.

Muitos encantamentos são atribuídos à ferradura do cavalo, desde proteção para casas,
até encantamentos para impotência. A ferradura, dizem as crenças, traz sorte quando está virada
para cima e azar quando virada para baixo. Seu formato de lua crescente, a liga com a proteção
das deusas lunares, contra feitiços e bruxarias, além de absorver o mau-olhado. No xamanismo o
tambor é considerado o “cavalo” que nos conduz às jornadas extáticas. Para alguns povos os
cavalos possuem poderes de clarividência, pois param e resistem ao comando do cavaleiro,
quando sentem energias negativas.

Ao elefante era atribuído o poder de atender desejos e trazer paz e prosperidade, crença
que é conservada ainda hoje através de amuletos de marfim, imagens de elefantes, rabo, etc. Na
Tailândia, para ter sorte no parto, uma mulher deve passar três vezes por baixo de um elefante.

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