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APRESENTAÇÃO
Este Diretório para a Catequese posicionasse numa dinâmica de continuidade com os dois que o
precederam. A 18 de março de 1971, São Paulo VI aprovava o Diretório Catequético Geral, redigido
pela Congregação para o Clero.
No trigésimo aniversário do Concílio, a 11 de outubro de 1992, São João Paulo II publicava o Catecismo da
Igreja Católica. Segundo as suas palavras, «este Catecismo não se destina a substituir os Catecismos locais
[…]. Destinasse a encorajar e ajudar a redação de novos catecismos locais, que tenham em conta as diversas
situações e culturas»4. Por conseguinte, a 15 de agosto de 1997, vinha à luz o Diretório Geral para a
Catequese.
A breve panorâmica histórica mostra que cada Diretório foi redigido no seguimento de alguns documentos
importantes do Magistério. O primeiro teve como referência o ensinamento conciliar; o segundo, o
Catecismo da Igreja Católica; e o nosso, o Sínodo sobre A nova evangelização para a transmissão da fé
cristã, juntamente com a Exortação apostólica do Papa Francisco Evangelii gaudium.
Não se deve pensar que, na catequese, o querigma é deixado de lado em favor duma formação supostamente
mais «sólida».
É o anúncio que dá resposta ao anseio de infinito que existe em todo o coração humano. (EG 164a165)
Por um acaso totalmente fortuito, a aprovação deste Diretório aconteceu na memória litúrgica de São
Turíbio de Mogrovejo (1538a1606). Um santo que talvez não seja muito conhecido, mas que, no entanto,
deu um forte impulso à evangelização e à catequese.
Fazendo eco a Tertuliano, gostava de repetir: «Cristo é verdade, não costume». Reiterava-o sobretudo em
relação aos conquistadores que oprimiam os índios em nome de uma superioridade cultural e aos sacerdotes
que não tinham coragem de defender a sorte dos mais pobres.
A santidade é a palavra decisiva que se pode pronunciar ao apresentar um novo Diretório para a Catequese.
Ela constitui-se como portadora de um programa de vida que os catequistas também são chamados a seguir
com constância e fidelidade.
2 -A catequese querigmática
-A catequese como iniciação mistagógica
3 -Catequese que se esforça para que cada pessoa amadureça a sua resposta de fé original comunhão íntima
com Cristo.
7 -A Revelação de Deus e a sua transmissão na Igreja abrem a reflexão sobre a dinâmica da evangelização
no mundo contemporâneo, recuperando o desafio da conversão missionária
PRIMEIRA PARTE
A catequese
na missão evangelizadora da Igreja
CAPÍTULO I
A Revelação e a sua transmissão
17 - A Palavra de Deus manifesta a natureza relacional de cada um e a sua vocação filial para se configurar a
Cristo
- o crente «encontra o que sempre procurou e encontra-o em abundância
19 - a fé e a razão são complementares entre si: se a razão não permite que a fé caia no fideísmo ou no
fundamentalismo, «somente a fé permite entrar dentro do mistério, proporcionando a sua compreensão
coerente» (Fides et ratio, 43).
20 - Aceitando o dom da fé, o crente «é transformado numa nova criatura, recebe um novo ser, um ser filial,
Torna-se filho no Filho» (Lumen fidei, 19).
21- A fé é certamente um ato pessoal e, todavia, não é uma escolha individual e privada; tem um carácter
relacional e comunitário.
A TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO NA FÉ DA IGREJA
23 - O próprio Espírito, a partir do coração da humanidade, semeia a semente da Palavra; suscita desejo e
obras de bem; prepara o acolhimento do Evangelho e concede a fé
24 - os apóstolos transmitiram tudo o que tinham recebido e, «para que o Evangelho permanecesse sempre
íntegro e vivo na Igreja, deixaram os Bispos como seus sucessores
25 - A transmissão do Evangelho segundo o mandato do Senhor foi realizada de dois modos: «mediante
a transmissão viva da Palavra de Deus (chamada também simplesmente a Tradição) e através da Sagrada
Escritura que é o próprio anúncio da salvação transmitido por escrito»
26 - A Tradição não é, primeiramente, um conjunto de doutrinas, mas uma vida de fé que se renova em
cada dia. Ela progride
- o Magistério desempenha o ministério de conservar a integridade da Revelação, Palavra de Deus contida
na Tradição e na Sagrada Escritura, e a sua contínua transmissão.
Revelação e evangelização
29 - Evangelizar não é, primeiramente, transmitir uma doutrina. É antes tornar Jesus presente e
Anunciá-lo.
O processo da evangelização
35 - A ação pastoral nutre a fé dos batizados e ajuda-os no processo permanente de conversão da vida
Cristã (tempo da mistagogia no itinerário catecumenal).
37 - a homilia e a pregação
- a leitura orante
- a piedade popular
- o ensino da religião nas escolas
- estudos e encontros que colocam em relação a Palavra de Deus e a cultura contemporânea, também num
confronto inter-religioso e intercultural
41 - Três âmbitos:
- o âmbito da pastoral ordinária
- o âmbito das pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo
- âmbito «daqueles que não conhecem Jesus Cristo ou que sempre o rejeitaram.