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Formas de Higienizar PDF
Formas de Higienizar PDF
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Felipe Lameu
Federal Rural University of Rio de Janeiro
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Niterói
2016
iii
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
_________________________________________________________
__________________________________________________________
AGRADECIMENTOS
* Ao Professor Marcus Vinicius Corrêa Carvalho pela dedicação, pela leitura rigorosa e
vigorosa dessa dissertação e por ter me dado a oportunidade de trilhar meus primeiros
caminhos no campo da História;
* Aos Professores Alessandra Frota Martinez de Schueler e Victor Andrade de Melo por
participarem desse momento ímpar da minha vida acadêmica e por dedicarem seu tempo para
leitura de meu texto;
* Aos colegas e amigos de mestrado, especialmente Adrielly e Beth, pelo apoio mútuo nos
momentos de dificuldades inerentes ao curso de mestrado;
POSTERIDADE
(...)
Assim entraremos para a história deles
como outros para a nossa entraram:não como o
que somos
mas como reflexo de uma reflexão.
RESUMO
O objetivo desta dissertação foi realizar uma história do que era entendido como “educação
física” e as relações com as propostas de formas de higienizar a população brasileira segundo
parte da medicina entre os anos de 1870 e 1892. Estive assim, atento ao que se entendia como
“educação física” no contexto histórico e cultural da época. Os principais documentos
transformados em fontes foram as teses para obtenção do título de doutor em medicina pela
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, as Conferências Populares da Glória e os artigos
dos Annaes Brazilienses de Medicina e dos Annaes da Academia de Medicina que tratassem
do tema da educação física dentro do período pesquisado. A contribuição que esta dissertação
pode dar para as áreas de História da Educação e de História da Educação Física é apontar a
possibilidade de que a representação sobre a “educação física” na documentação pesquisada
incidia diretamente sobre o processo de institucionalização da forma escolar no Brasil do final
do século XIX, imiscuindo-se no processo de escolarização nacional.
Palavras-chave: Educação física, higiene, forma escolar, escolarização.
viii
ABSTRACT
This dissertation aims to develop a story of what was understood as “physical education” and
the relations with the proposal of hygienizing Brazilian population as a part of medicine
between the years 1870 and 1892. So I was observant as to what was seen as physical
education in the historic and cultural context of the period. The main documents transformed
in sources were the thesis to obtain the title of Doctor in medicine in the Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro, the Conferências Populares da Glória and the papers of Annaes
Brazilienses de Medicina and Annaes da Academia de Medicina that addressed the theme of
physical education in the researched period. The contribution of this dissertation to the fields
of Physical Education History and Education History is to point the possibility that the
representation of “physical education” in the documents reviewed focused on the process of
institutionalization of the school shape in Brazil at the end of the XIX century, meddling in
the process of national schooling.
Key-Words: Physical Education, Hygiene, School Shape, Schooling.
ix
APRESENTAÇÃO 11
1.3 - Possibilidades de análise em breve diálogo com a historiografia recente: educação física ou
educação do corpo? 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS 86
ACERVOS CONSULTADOS 88
REFERÊNCIAS DOCUMENTAIS 88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 91
Apresentação
O Brasil passou por diversos acontecimentos significativos na segunda metade do
século XIX. O fim do tráfico de escravos africanos acabou com a reprodução de mão de obra
vinda da África, a lei do Ventre Livre acentuou as discussões sobre os rumos que o Brasil iria
ter que tomar após o fim do trabalho escravo, grupos sociais politicamente marginalizados
pelo sistema político imperial exprimiram-se em atividades político-intelectuais contestadoras
autônomas, o manifesto republicano de 1870 e a criação do partido republicano propunham a
mudança de regime político.1
Com relação à educação, os anos do regime imperial foram marcados pelas discussões
sobre a importância da educação intelectual, física e moral no processo de civilização e
modernização do Brasil.2 Nas décadas de 1870 e 1880, a instrução e educação dos homens,
mulheres e crianças pobres se tornou uma preocupação dos dirigentes imperiais.3 Nesse
processo de discussão sobre a educação no Brasil Imperial, o saber médico foi de grande
importância.4
A historiografia da educação física aponta que o saber médico foi um dos mais
importantes para a legitimação da educação física no século XIX.7 Embora a educação física
não estivesse presente na maioria das escolas brasileiras daquele período, percebia-se um
número significativo de defesas para sua implantação, especialmente, a partir da segunda
1
CARULA, 2012; ALONSO, 2002.
2
GONDRA, 2004.
3
SCHUELER, 1997.
4
GONDRA, 2004.
5
EDLER, 2003; EDLER e FONSECA, 2006.
6
EDLER, 1992.
7
SOARES, 2004; GOIS JÚNIOR, 2013; COSTA, SANTOS e GÓIS JÚNIOR, 2014; MELO e PERES, 2014a; MELO e
PERES, 2014b.
12
metade do século XIX.8 A defesa da educação física estava, muitas vezes, ligada à crítica à
imobilidade nos estabelecimentos escolares, ao excesso de atenção dada à educação
intelectual em detrimento da educação física9 e ao entendimento da dimensão higiênica da
educação física.10
Após a guerra do Paraguai parece que a ideia de que a educação física relacionada à
construção da um povo forte, saudável e capaz de defender a Nação ganhou mais fôlego.11 O
que fez novamente a ginástica e a educação física tornarem-se obrigatórias nas escolas de
primeiro grau.12 A ideia era de que a educação e a educação física pudessem civilizar e
regenerar o povo brasileiro.13
Dentro desse processo, a medicina, por meio do saber da higiene, ocupou um papel
central dentro da defesa da implantação da educação física. A higiene tentava legitimar seu
modo de intervenção na sociedade a partir da suposição do conhecimento científico como
isento de paixões e mais legítimo pela sua neutralidade. Baseada nos conhecimentos da
ciência, a higiene teria a capacidade de combater as doenças antes do seu aparecimento e
prolongar a vida. A higiene tinha uma perspectiva prescritiva e preventiva, visando evitar,
atenuar, corrigir e conservar a saúde.14 Isso daria legitimidade para a higiene prescrever as
formas de intervenções individuais e coletivas dentro da sociedade. Dentre essas intervenções
encontrava-se a educação física.15
8
MELO e PERES, 2014a; MELO E PERES, 2014b, p. 79.
9
CUNHA JUNIOR, 1998, p. 36.
10
GONDRA, 2004.
11
SILVA e MELO, 2011.
12
MELO e PERES, 2014a, p. 1140-2.
13
GONDRA, 2004.
14
GONDRA, 2000.
15
GONDRA, 2003, p. 28-30.
16
GONDRA, 2003, p. 26-35.
13
Durante a leitura das fontes ficou claro que os conceitos de escolarização, forma
escolar e cultura escolar poderiam ser instrumentos importantes para a análise. Tratarei deles
nessa pesquisa, inspirado em Faria Filho, Rosa e Inácio,18 e Faria Filho, Gonçalves, Vidal e
Paulilo.19 Neste trabalho se entenderá escolarização com um duplo sentido: um em que
designa o estabelecimento de processos e políticas concernentes à organização de uma rede,
ou redes, de instituições responsáveis pelo ensino da leitura, da escrita, do cálculo e, muitas
vezes, da moral e da religião. Nesse primeiro sentido, escolarização da educação física
designa a construção de uma rede de instituições responsáveis pelo ensino da educação física.
Num segundo sentido, escolarização será entendida por um processo de paulatina produção de
referências sociais, tendo a forma escolar de socialização e transmissão de conhecimentos
como eixo articulador de sentidos e significados.
17
ROCHA, 2009, p. 124.
18
FARIA FILHO, ROSA e INÁCIO, 2003.
19
FARIA FILHO, GONÇALVES, VIDAL e PAULILO, 2004.
20
JULIA, 2001, p. 4.
14
não deixa espaço para movimentos imprevistos e que por meio do qual se constituem saberes
escritos formalizados que produzem efeitos duráveis de socialização.21
21
VICENT, LAHIRE e THIN, 2001.
22
JULIA, 2001.
23
Seguindo Giovanni Levi, o procedimento de trabalho do historiador pode ser divido em três pontos: pesquisar, resumir e
comunicar. Este é o procedimento básico que adotei em minha pesquisa: (1) Investigar nos arquivos os documentos que
possam vir a se tornar fontes, (2) depois resumir as anotações e informações de forma que elas se tornem lúcidas e (3) por
ultimo transformar o que foi resumido em algo comunicável (LEVI, 2014).
15
Ao analisar as teses, percebi que elas não bastavam para compreender as formas
propostas de educação física e seu diálogo com a sociedade. Como uma das próprias teses
sugeria, as conferências populares deveriam ser um espaço de para a disseminação das
propostas médicas para a população leiga. A partir disso, no capítulo 3, tentarei compreender
as formas de educação física nas Conferências Públicas da Glória. Outro corpo documental
que julguei importante para esse capítulo foram os periódicos médicos. No caso dessa
dissertação foram analisados dois periódicos ligados à Academia Imperial de Medicina,
importante instituição médica no Brasil Imperial.
16
24
A produção historiográfica que apontou o conceito amplo da expressão educação física no século XIX será apontada ao
longo do capítulo.
25
CASTELLANI FILHO, 1988.
17
dos conteúdos, de Paulo Ghiraldelli Junior;26 Educação Física: raízes européias e Brasil, de
Carmen Lúcia Soares.27 Esses trabalhos foram desenvolvidos no momento que esses autores
eram discentes do Programa de Pós-graduação na área de Educação da PUC-SP, um espaço
de efervescência do pensamento crítico na Educação naquele momento.28 Não por acaso,
esses textos foram de grande importância para o debate da Área da Educação Física que
também vivia uma efervescência de pensamento crítico.29 A “crise”, clamada por Medina, que
deveria fazer com que a Área Física repensasse sua forma de intervenção na sociedade estava
em curso.30
Sobre o século XIX, Soares, Castellani Filho e Ghiraldelli Junior concordavam com a
proposição de que a educação física no Brasil era devedora dos saberes vindos dos meios
militares e da medicina. Os três autores seguiam com o argumento de que a educação física do
período final do dezenove era pensada como uma forma de melhorar o estado de saúde do
brasileiro. Para Castellani Filho, os médicos se preocuparam em denunciar os malefícios das
formas e estruturas coloniais de se lidar com o corpo, e, se autoproclamaram como os mais
26
GHIRALDELLI JUNIOR, 1989. O autor deixava claro que esse trabalho não se tratava de um trabalho histórico.
Entretanto ele acabou sendo tomado como tal pela área da Educação Física. “É preciso alertar que este texto não é, de forma
alguma, um texto de ‘História da Educação Física’.” (p. 35).
27
SOARES, 2004 [1994].
28
Sobre o contexto da produção do trabalho de Castellani Filho dentro da PUC-SP Cf. FERREIRA NETO, 1996.
29
MELO, 1995, p. 136.
30
MEDINA, 2010.
31
CASTELLANI FILHO, 1988, p. 15.
32
PAIVA, 2003, Discutindo sobre a construção de um Campo da Educação Física afirma que esses autores forjaram o “senso
comum” da área sobre o século XIX. Importante salientar que essa autora não entende “senso comum” como algo pejorativo,
mas sim como o lugar onde as ideias de encontram.
33
MELO, 1995, p. 136.
18
competentes para redefinir os padrões de conduta física, moral e intelectual dos brasileiros,
calcados numa medicina de cunho higienista. Segundo ele, nesse projeto dos médicos, a
educação física seria uma forma de redefinição do corpo do brasileiro agindo nos aspectos
físicos e morais. Já para Ghiraldelli Junior, a educação física tinha como objetivo disciplinar
os hábitos para que as pessoas se afastassem de práticas capazes de provocar a deterioração da
saúde e da moral.
Soares também concordava com essas proposições. Todavia, sua análise foi mais
detalhada e profunda. Um ponto muito importante em seu trabalho foi a distinção entre
“Educação Física” e “educação física”. A primeira como um componente da educação formal
ligada à prática de atividades físicas, a segunda como algo mais amplo não necessariamente
ligado ao corpo em movimento. Dos autores da década de 1980, Soares foi a única que
atentou para o fato de que a educação física não representava necessariamente algo
relacionado ao corpo em movimento no século XIX. Talvez, isso se devesse a questões
metodológicas do trabalho de Soares. Essa autora foi a única a utilizar fontes documentais,
tendo contato com textos produzidos no século XIX e podendo perceber que a educação física
possuía um conceito muito mais amplo naquele período. Contudo, na pesquisa de Soares, o
foco estava no que ela designou por “Educação Física”.
Para os três autores, a educação física estaria ligada a um projeto de educação que
propunha uma educação intelectual, moral e física. Essa educação teria como objetivo moldar
um novo povo necessário para a instalação do capitalismo no Brasil. Dentro desse modelo, a
“educação física” e a “Educação Física” - nos termos de Soares - estariam voltadas,
principalmente, para a dimensão física da educação, mas ela apresentava também ligações
com as outras dimensões da educação.
Como porta-voz desse modelo de educação, os três autores citam Rui Barbosa e o seu
parecer destinado à Câmara sobre a reforma do ensino primário e várias instituições
complementares da instrução pública de 1883. O parecer de Rui Barbosa foi tão importante
19
nessas análises que certos pontos retirados do texto se repetiam nos trabalhos de Soares e
Ghiraldelli Junior, como, por exemplo:
A ignorância que nos aflige é está, e somente está: a ignorância popular, mãe da servilidade e
da miséria. Eis o formidável inimigo intestino, que se asila nas entranhas do país.
34
Para os autores, esse projeto que tinha Rui Barbosa como porta voz, via a ignorância
popular como o maior obstáculo para o desenvolvimento do Brasil e a solução desse problema
viria por uma educação física, moral e intelectual.
Sobre a forma de análise utilizada nos textos, pode-se notar que, principalmente
Castellani Filho e Ghiraldelli Júnior, eram bem panorâmicos. Isso explicava-se pelo momento
da produção historiográfica, no qual buscava-se um contraponto com a “História oficial da
Educação Física”; leia-se Inezil Penna Marinho.35
Castellani Filho também não utilizava nenhuma fonte documental para o século XIX,
ele fez menção apenas ao Parecer de Rui Barbosa, citado a partir do livro História Geral da
Educação Física, de Inezil Penna Marinho. Outras fontes vieram dos trabalhos de Jurandir
Freire Costa, Ordem médica e norma familiar; e Francisco Alencar, História da sociedade
brasileira.
Carmen Lúcia Soares utilizava algumas fontes documentais para o século XIX. Dentre
as elas, o Decreto n. 7.247 de 19 de Abril de 1879 (Reforma Leôncio de Carvalho) e o Parecer
de Rui Barbosa.
34
GHIRALDELLI JUNIOR, p. 22; SOARES, 2004, p. 88.
35
FERREIRA NETO, 1996.
20
36
Alguns exemplos que podem ser citados são os Encontros Nacionais de História da Educação Física e do Esporte, a coleção
Pesquisa História da Educação Física organizada por Amarílio Ferreira Neto.
37
Em 1996 já encontrava-se linhas de pesquisa voltadas para a História da Educação Física nos programas da Unicamp e
Gama Filho (MELO, 1996, p. 41.).
38
MELO, 1996, p. 41.
39
SOARES, 2003a.
40
O volume 3 da coleção Pesquisa Histórica na Educação Física teve como um dos seus temas privilegiados a busca,
catalogação e preservação de fontes para a História da Educação Física. (FERREIRA NETO, 1998). Também Cf. Melo et. al,
1998.
41
Também estava ocorrendo um movimento parecido na área da História da Educação, cf. SCHUELER e MAGALDI, 2009.
21
Pedro Angelo Pagni42 tinha como objetivo analisar como a educação física e o esporte
fizeram parte dos hábitos e cuidados com o corpo entre os anos 1850 até 1920, bem como, as
dificuldades de difusão dessas atividades. Ele utilizava como fontes para tratar do século XIX
as teses médicas e os manuais pedagógicos. Contudo ele não especificou quais eram essas
teses e esses manuais, prejudicando a crítica de sua análise.
Segundo seu trabalho, os exercícios físicos foram indicados nos manuais e nas teses
médicas num processo de disseminação de hábitos higiênicos que visavam normatizar as
famílias e influir na educação das futuras gerações. Segundo ele, a principal função dos
exercícios indicados era disciplinar e moralizar a população. Dentre os exercícios físicos
indicados podia-se encontrar a ginástica, a caminhada e, por vezes, a natação.
42
PAGNI, 1997.
43
POMPEIA, 2009.
44
PAGNI, 1997, p. 61-3.
45
Na década de 1990 acabou por se procurar uma História da Educação Física a partir da Educação Física num momento que
se questionava o que era a Educação Física. O debate sobre o(s) lugar(s), o(s) objetivo(s) e o(s) conceito(s) para a área da
Educação Física estava aberto naquele momento e a História da Educação Física não estava de fora desse debate. Sobre o
debate sobre o conceito de Educação Física nesse contexto: cf.: OLIVERIA, 1983; GAYA, 1994; TAFFAREL e ESCOBAR,
1994; BRACHT, 1995; SANTIN, 1995; GHIRALDELLI JUNIOR, 1995; LOVISOLO, 1995; COSTA, 1996; PALAFOX,
1996.
46
VAGO, 1997.
22
de suas fontes ele percebeu que a educação física não era entendida, então, como um
componente curricular específico ou como uma disciplina escolar.
Vago apresentou uma educação física ligada à tríade da educação intelectual, moral e
física, em que a educação física estava mais ligada ao aprimoramento do aspecto físico da
educação, mas não deixava de ser importante nos preceitos morais e intelectuais. Apenas a
partir de 1890, segundo Vago, apareceu a especialização de um componente curricular
chamado “Ginástica” dentro da educação física nas escolas normais.47
47
VAGO, 1997, p. 34-5.
48
Sobre o processo de mudança durante a leitura das fontes cf. DUBY, 1993.
49
SOARES, 2004.
50
MELO et al., 1998; MELO, 1999; CUNHA JUNIOR, 1998.
51
FERREIRA NETO, 1998.
52
CUNHA JUNIOR, 1998.
53
CUNHA JUNIOR, 1998, p 21-5.
23
Paralelamente a esses autores, Victor Andrade de Melo57 apontava que a ginástica não
era o único conteúdo nas aulas de educação física no século XIX. Segundo sua pesquisa, o
esporte dividia espaço com a ginástica entre os conteúdos das aulas de Educação Física. Para
chegar a essa conclusão, Melo utilizou uma fonte pouco comum na historiografia da
Educação Física naquele momento: o Jornal do Comercio. Além desse jornal, encontrava-se
entre suas fontes a legislação e o Parecer de Rui Barbosa.
Seu trabalho apresentava conclusões muito originais para o período. Ele percebeu que,
embora a legislação determinasse a ginástica como conteúdo das práticas de exercícios físicos
escolarizados e houvesse uma maior valorização da ginástica de forma geral, podia-se
observar que, principalmente nas escolas com influência européia, o esporte tinha grande
penetração e que, por vezes, a ginástica e o esporte conviviam como conteúdos possíveis.58
Com isso poder-se-ia supor que nem sempre o que estava escrito nos documentos oficiais era
respeitado no cotidiano das escolas. Essa conclusão vai ao encontro do texto de Pagni59 que
também percebeu que nem sempre o escrito era respeitado. As conclusões de Melo e Pagni
abriam novas possibilidades para a História da Educação Física, outras histórias poderiam ser
contadas.
54
A partir das perguntas do historiador que os documentos tornam-se fontes, assim, de certa forma o historiador inventa suas
fontes. Cf. LARA, 2003.
55
CUNHA JUNIOR, 1998, p. 25-8.
56
CUNHA JUNIOR, 1998, p. 22.
57
MELO, 1998.
58
MELO, 1998, p. 60-1.
59
PAGNI, 1997.
24
Grande parte das pesquisas de 1990 já percebia que no século XIX a educação física
não era utilizada para designar uma disciplina escolar. Entretanto, o enfoque dessas pesquisas
estava na busca de um componente curricular ligado ao exercício físico na escola ou algo
parecido. Como já foi apontado, Vago60 caminhava num outro sentindo, mas foi no texto fruto
de algumas reflexões da tese de doutoramento61 de Carmen Lúcia Soares que essa questão
ganhou destaque.62
Nesse texto, a educação do corpo ganha grande espaço em suas reflexões. Talvez, o
“corpo” seja tematizado para resolver a questão da distinção entre “Educação Física” e
“educação física” que aparecia no livro fruto de sua dissertação de mestrado.65 De uma forma
diferente da que fez em Educação Física: raízes européias e Brasil, a partir de sua tese, muito
influenciada por Foucault e Vigarello, Soares deu mais ênfase ao segundo termo “educação
física” correlacionando-o à “educação do corpo” como “pedagogia do gesto e da vontade”.66
60
VAGO, 1997.
61
SOARES, 1996. Também foi publicada uma versão deste trabalho em livro: SOARES,1998.
62
SOARES, 1997.
63
SOARES, 1997.
64
SOARES, 1996, p. 5.
65
SOARES, 2004.
66
SOARES, 1996.
25
67
OLIVEIRA, 2006.
68
SOARES, 2006, p. x.
69
SOARES, 2006, p. xiii.
70
THOMPSON, 1998a, p. 63; THOMPSON, 1998b, p. 102.
26
Um texto que contava com Góis Junior e mais dois de seus orientandos75 tinha o
objetivo de descrever o contexto de escolarização da Educação Física no século XIX mediante
o discurso médico. Nesse trabalho as teses da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da
Bahia foram usados como fontes, sendo selecionadas aquelas que possuíam os termos
“collegios”, “escholar”, “hygiene escholar”, “educação physica” e “gymnastica”.
71
GÓIS JUNIOR, 2013.
72
GOÍS JUNIOR, 2013, p. 147.
73
GÓIS JUNIOR, 2013, p. 149.
74
GÓIS JUNIOR, 2013, p. 154.
75
COSTA, SANTOS e GÓIS JUNIOR, 2014.
27
exercícios físicos no século XIX. Esses autores apontam também que, no final do século XIX,
a ginástica tornou-se mais importante na defesa do “projeto higienista” dos médicos.
Para os autores, a ginástica era “secundária” porque era uma das partes da proposta de
higiene defendida pelos médicos. A ginástica não ocupava um lugar central dentro da
educação física. Na proposta de educação física, a ginástica dividia espaço com uma gama
ampla de aspectos.
Acredito que seja possível relativizar papel secundário da ginástica a partir de outra
perspectiva que considere que a ginástica estava envolvida num amplo projeto de reforma da
sociedade pela higiene defendida pelos médicos. Dentro desse projeto a ginástica dividia
espaço com outras propostas, também importantes, que deveriam agir em conjunto na
higienização da população. Esse projeto acabava refletindo no que os médicos chamavam de
educação física. Olhando dessa forma a ginástica não era secundária, mas parte de um projeto
mais amplo. Esse olhar é possível se não buscarmos entender a educação física como algo
necessariamente ligado ao exercício físico e sim tentando entende-la dentro do que os
médicos compreendiam como educação física.76
Acredito que esse olhar sobre a documentação poderia dar outra perspectiva sobre o
que os médicos concebiam por educação física, sem a necessidade da utilização de um
conceito como a “educação do corpo”, por exemplo.77 O próprio termo educação física, por
sua abrangência, oferece eficácia heurística para está pesquisa. Porque a história nasce no
presente,78 é imprescindível que ela seja necessária agora,79 além de atentar para que as
categorias criadas no presente não sobreponham ou eliminem o fenômeno histórico que se
quer pesquisar. Em nenhum momento a “educação do corpo” foi tratada nas fontes, mas a
“educação física” sim.
76
Embora COSTA, SANTOS e GÓIS JÚNIOR (2014) reconheçam a amplitude do termo educação física e critiquem autores
que não entendam o termo dessa forma, eles acabam por focar quase que exclusivamente sobre a ginástica.
77
SOARES, 2006.
78
Isso também foi apontado no texto de Soares, 2006, p.x.
79
LE GOFF e NORA, 1974, p. 127.
80
Processo semelhante pode ser observado em DUBY, 1993, p. 25.
28
1870 e 1892. Estive assim, atento ao que se entendia como “educação física” no contexto
histórico e cultural da época.
Fazer uma História da educação física sobre os anos finais do século XIX não significa
negar a ginástica, ou outras formas de exercícios físicos. Esses objetos são de grande
importância para o entendimento da educação física, mas fazer a História da Educação Física
no século XIX é também estar atendo aos outros elementos que a envolviam. A possibilidade
de pensar a educação física para além de práticas corporais, sem negá-las, foi o exercício que
tentei realizar durante essa dissertação.
81
SCHUELER e MAGALDI, 2009.
29
Provinciano de Diamantina, João da Matta Machado, aos 14 anos foi obrigado pelos
escassos meios de instrução de sua terra natal a ir para o Rio de Janeiro estudar no “afamado”
Colégio de Santo Antonio que era dirigido pelo “respeitável ancião”, “enaltecido no
magistério”, Conego Pereira, no ano de 1865.83 Sua experiência, nada agradável naquele
colégio, foi a maior inspiração para o tema de sua tese de doutorado em medicina: “Educação
física, moral e intelectual da mocidade no Rio de Janeiro”.84
Talvez nunca saibamos se o pai de João da Matta Machado lhe disse: “vais conhecer o
mundo”, “coragem para a luta”,85 como disse o pai de Sérgio, personagem do Ateneu, de Raul
Pompeia.86 Mas, pelo relato contido em sua tese, pode-se perceber sua similaridade com
Sérgio no que diz respeito à angustia de viver longe dos cuidados da família no rigor de um
internato do Brasil Imperial.
82
MACHADO, 1874.
83
MACHADO, 1874, p. 58.
84
MACHADO, 1928.
85
POMPEIA, 2009, p. 7.
86
POMPEIA, 2009.
30
Segundo seu relato, o regime interno do Colégio consistia em: todos os alunos se
levantavam às cinco horas da manhã no verão e às seis horas no inverno. Meia hora era
destinada ao asseio e a uma curta oração na capela. Seguia-se o estudo em uma vasta sala bem
clara e arejada até às sete horas e meia. Após os estudos era servido o almoço que consistia
em uma xícara de uma mistura de um líquido pardo-escuro de gosto especial - que “por
metáfora”88 se chamava café com leite - e um pão de Provença de dois vinténs. Depois dessa
refeição, seguia-se para um pequeno recreio até às oito horas, em seguida aulas até às duas
horas da tarde sem o menor descanso.
Das duas até às duas e meia era permitido sob a vigilância de um censor que os
pensionistas fossem às latrinas. Até está hora, isto é, durante um intervalo de oito horas, não
era permitido a ninguém satisfazer as necessidades fisiológicas.
87
MACHADO, 1874, p. 58.
88
MACHADO, 1874, p. 58.
89
MACHADO, 1874, p. 58.
90
MACHADO, 1874, p. 58.
91
MACHADO, 1874, p. 58.
31
dessa refeição, seguia-se um recreio de dez minutos e uma oração na capela, finda todos se
retiram para os dormitórios que eram “acanhados relativamente ao número de alunos.”92
Após a apresentação de sua tese, ocorreu uma arguição que se seguiu ao voto por
escrutínio secreto sobre sua aprovação. Cinco avaliadores tinham direito a voto, mas a decisão
foi unânime para a aprovação com distinção do novo doutor João da Matta Machado.96 A
partir daquele momento, João da Matta Machado estaria autorizado a exercer a medicina em
todo o território do Império brasileiro.
92
MACHADO, 1874, p. 58.
93
MACHADO, 1874, p. 58.
94
MACHADO, 1874, p. 58.
95
MACHADO, 1874, p. 58.
96
MACHADO, 1874.
32
97
GONDRA, 2004, p. 65-8.
98
GONDRA, 2004, p. 68.
99
Sobre o desenvolvimento do método anatomoclínico cf. FAURE, 2012. Sobre o caso brasileiro cf. EDLER, 2011.
100
FERREIRA, MAIO. AZEVEDO, 1997. GONDRA, 2004, p. 58-70. EDLER, 2003, p. 148.
33
Depois da criação dos primeiros estatutos, o curso de medicina passou a ser de seis
anos constituindo-se de dezoito cadeiras divididas em três Seções, a saber: Ciências
Acessórias, Ciências Cirúrgicas e Ciências Médicas. Para concluir o curso o doutorando
deveria defender uma tese.105
Na década de 1860, muitos médicos foram para a Europa completar seus estudos
voltando para o Brasil com uma formação especializada e de ensino prático com técnicas
aprendidas em laboratórios. Esses médicos vinham influenciados pelo modelo germânico de
medicina experimental que se universalizava por toda a Europa. Essa nova forma de pensar a
medicina pretendia estudar os fenômenos a partir de métodos positivos da física e da química
concebendo as funções orgânicas como processos materiais e energéticos submetidos às leis
mecânicas e termodinâmicas.106
101
PIMENTA, 2004, p. 72.
102
BENCHIMOL, 1992, p. 115-6.
103
EDLER, 1992, p. 39-52.
104
BRASIL, 1854, art. 6.
105
BRASIL, 1854, art. 3-5, art. 119.
106
TEIXEIRA e EDLER, 2012, p. 107. GOMES, 2009. EDLER, 1992, p. 109-128.
34
No dia 25 de outubro de 1884, pelo decreto 9311,109 já sob a gestão de Sabóia como
diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, foram sancionados os novos estatutos da
Faculdade. Com ele, ampliou-se o número de cadeiras de dezoito para vinte e seis, cada uma
delas com um professor adjunto e lentes catedráticos. A cada um dos quatorze laboratórios,
ficava vinculado um preparador fixo e um ajudante. Dificultou-se a transferência de cadeiras
entre os lentes para favorecer a especialização nos assuntos relativos às suas disciplinas.110
Esses Estatutos foram modificados após a proclamação da Republica em 1891111 quando a
Faculdade ampliou o número de cadeiras para vinte nove e o de laboratórios para dezesseis.
107
TEIXEIRA e EDLER, 2012, p. 108.
108
EDLER, 1992.
109
BRASIL, 1884.
110
EDLER, 1992, p. 219.
111
BRASIL, 1891.
112
Em 1884 o curso de Ciências Médicas e Cirúrgicas possuía as cadeiras de Física médica; Química Mineral e Mineralogia
Médicas; Botânica e Zoologia Médicas; Anatomia Descritiva; Histologia Teórica e Prática; Química Orgânica e biológica;
Fisiologia Teórica e Experimental; Anatomia e Fisiologia Patológica; Patologia Geral; Patologia Médica; Patologia
Cirúrgica; Matéria Médica e Terapêutica, especialmente brasileira; Obstetrícia; Anatomia Cirúrgica, Médicina operatória e
Aparelhos; Farmacologia e arte de formular; Higiene Pública e Privada e História da Medicina; Medicina legal e
Toxicologia; Clínica Médica de Adultos I; Clínica Médica de Adultos II; Clínica Cirúrgica de Adultos I; Clínica Cirúrgica de
Adultos II; Clínica Obstétrica e Ginecológica; Clínica e Policlínica Médica e Cirúrgica de Crianças; Clínica Oftalmológica;
Clínica Psiquiátrica. (BRASIL, 1884).
113
Em 1891 o Curso possuía as cadeiras de Botânica e Zoologia Médicas; Química Analítica e Toxicologia; Física Médica;
Histologia; Anatomia Descritiva; Fisiologia; Anatomia Médico-Cirúrgica e Comparada; Patologia Geral e História da
Medicina; Anatomia e Fisiologia Patológicas; Obstetrícia; Operações e Aparelhos; Medicina Legal; Higiene e Mesologia;
Terapêutica e Matéria Médica; Química Inorgânica Médica; Clínica Propedêutica; Clínica Médica I; Clínica Médica II;
Clínica Cirúrgica I; Clínica Cirúrgica II; Clínica Obstétrica e Ginecológica; Clínica psiquiátrica e de moléstias nervosas;
Clínica Pediátrica; Clínica Dermatológica e Sifiligráfica; Clínica Oftalmológica; Química Orgânica e Biologica;
Farmacologia e Arte de Formular; Patologia Medica; Patologia Cirúrgica. (BRASIL, 1891).
114
BRASIL, 1854.
35
Pelo menos desde 1854, a tese era necessária para se adquirir o título de doutor em
medicina. Exigência específica dentre os cursos da Faculdade, ela mostrava que os médicos,
diferentemente do farmacêutico, do dentista ou da parteira, necessitavam, obrigatoriamente,
demonstrar capacidade argumentativa-intelectual na defesa da tese tanto na fase oral como
escrita. Mas, a estrutura e o nível de liberdade do autor para a escolha do tema variou durante
a existência da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
A liberdade de escolha sobre o tema das teses, pelos estatutos de 1854, era bem
limitada. Por esses estatutos, os lentes em exercício deveriam enviar ao Diretor dez questões
sobre a matéria de suas cadeiras para, que posteriormente, fossem aprovadas pela
Congregação da Faculdade. Para formular a tese, o doutorando deveria escolher um ponto
dentre as questões aprovadas para escrever uma dissertação e mais um ponto de cada sessão
para escrever proposições,116 e, mais seis aforismos de Hipócrates. Antes da defesa, as teses
deveriam ser aprovadas por uma comissão revisora composta de opositores117 nomeados pela
Congregação para verificar se as teses não feriam os estatutos ou versavam sobre doutrina não
autorizada. Só depois dessa aprovação, a tese poderia ser defendida perante a banca.
A partir de 1884, as teses eram compostas de uma dissertação, três proposições sobre
cada cadeira do curso e seis aforismos de Hipócrates ou outro tratado clássico. Os pontos
sobre os quais os estudantes poderiam escrever seguia a mesma lógica dos estatutos de 1854,
115
GOMES, 2009.
116
A Seção de ciências acessórias compreendia as cadeiras de Física; Mineralogia; Zoologia; Medicina Legal; Farmácia. A
Seção de ciências cirúrgicas as cadeiras de Patologia Externa; Anatomia topográfica; medicina operatória e aparelhos; Partos,
moléstias de mulheres pejadas e de recém nascidos; Clínica Externa. A Seção médicas as cadeiras de Patologia Geral;
Patologia interna; Matéria Medica e terapêutica; Higiene e História da Medicina; Clínica interna. (BRASIL, 1854).
117
De acordo com os estatutos de 1854, a função de opositor suprimiria a de lente substituto. Os cargos de substitutos seriam
suprimidos à medida que fossem vagando. Os ordenados dos opositores variavam de acordo com as funções desempenhadas,
que podiam ser de preparadores nos gabinetes ou de professores na falta de um dos catedráticos (BRASIL, 1854).
36
em que os professores enviavam os pontos ao diretor para depois serem aprovados pela
Congregação. Para realizar a defesa no fim do ano, o doutorando deveria apresentar a tese em
manuscrito até o fim do mês de agosto para que ela fosse julgada por uma comissão
examinadora, composta de um lente e dois adjuntos, nomeada pela Congregação. Essa
comissão deveria verificar se a tese estava conforme os estatutos e não continha doutrina,
frase ou palavra “inconveniente” ou “desrespeitosa”.
Só a partir de 1891, a dissertação passou a ser escrita sobre um tema livre relativo a
uma das cadeiras. À essa dissertação deveriam se somar proposições sobre todas as cadeiras
do curso. Pela primeira vez os candidatos não eram mais obrigados a escrever os seis
aforismos de Hipócrates. Apenas a partir desse estatuto as teses passaram a não precisar
passar pela censura prévia à defesa.118 Pode-se deduzir que a partir dos estatutos de 1891,
aparentemente, já haveria uma maior autonomia do doutorando na escolha do tema, bem
como das doutrinas que mobilizaria.
Em 1891, as mesas examinadoras de teses seriam compostas cada qual por cinco
professores eleitos pela Congregação. Das de Clínica, fariam parte, os professores de Clínica
Médica, os de Clínica Cirúrgica, o de Clínica Obstétrica. Nos exames de teses, o julgamento
118
BRASIL, 1891, art. 161.
37
O capítulo se foca nos textos resultantes do ritual de defesa das teses. Como se pode
perceber pelos estatutos de 1854, 1884 e 1891, a autonomia do doutorando variou durante o
tempo, sendo que em 1891 ele tinha maior liberdade para a escolha do tema. Essa autonomia
relativa torna a tese um documento que pode dar pistas das doutrinas autorizadas sobre a
educação física dentro do espaço da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro naquele
período de transição de uma medicina anatomoclínica para uma de cunho experimental. Para
a análise desse capítulo, trabalho com cinco teses defendidas para a obtenção do título de
doutor em medicina que tinham como temas a educação física e a higiene escolar.
No ano de 1874, foram defendidas três teses sobre o tema da educação física. Naquele
momento, os estatutos em vigor determinavam que os temas das teses deveriam ser escolhidos
pelos autores a partir de pontos previamente determinados pelos professores. Essas três teses
versaram sobre o ponto da cadeira de higiene. É curioso o fato das três teses possuírem
praticamente o mesmo título, possivelmente esse era o título do ponto da cadeira de higiene.
Isso indica, ainda mais, que a autonomia era relativa no trato do tema nas teses.
Em 1884, foi defendida uma tese de proposições sobre a higiene escolar também sobre
o ponto da cadeira de higiene. Em 1992, foi defendia uma tese sobre educação física também
sobre o ponto da cadeira de higiene.
Os autores das teses foram: em 1874, Amaro Ferreira das Neves Armonde,119 Augusto
Cesar de Miranda Azevedo,120 João da Matta Machado.121 Em 1884: João Costa da Silva
Nunes.122 Em 1892: Severino de Sá Brito123.
119
Amaro Ferreira das Neves Armonde, natural de Vitória, era filho do professor e jornalista Manoel Ferreira das Neves e de
dona Rosa das Neves. Formou-se aos 20 anos de idade em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em
1883, foi nomeado médico adjunto do Hospital da Gamboa. Em 1885 foi nomeado diretor e professor da Seção de Botânica
do Museu Nacional. Faleceu no dia 7 de março de 1944, aos 91 anos, na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro. Em
sua homenagem, o Museu Botânico de Berlim denominou Neves-armondia cordifolia K. Schum a uma espécie vegetal
(SEÇÃO DE MUSEOLOGIA, 2007/2008, p. 17).
120
Augusto César de Miranda Azevedo, mais conhecido por Miranda Azevedo, nasceu em Sorocaba em 1851. Enquanto
acadêmico da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro assinou o Manifesto Republicano. Em abril de 1875, no Rio de
Janeiro, Miranda Azevedo foi o pioneiro realizando conferência enfocando a teoria evolutiva de Charles Darwin. Miranda
Azevedo foi o primeiro redator da Revista Médica do Rio de Janeiro. Era também lente de medicina legal e nomeado
catedrático de higiene pública da Faculdade de Direito de São Paulo.
121
Nasceu em Diamantina em 1850. Matriculou-se na Faculdade de Medicina da Corte depois de ser destaque no curso de
Humanidades. Na vida acadêmica, destacou-se escrevendo nas revistas escolares e mostrando-se adepto das idéias liberais e
republicanas. Depois de formado, regressou a Diamantina para exercer ali sua profissão. Envolvendo-se nas lutas do Partido
Liberal da sua região, foi eleito deputado provincial no biênio de 1878 a 1879. Foi eleito deputado diversas vezes no período
da monarquia e da república.
38
Civilizar o Brasil era um ponto fundamental na visão das elites do Brasil Imperial.
Para eles, segundo Faria Filho, civilizar a população consistia em realizar sua formação
intelectual e moral que aconteceria por meio da mudança de hábitos, de valores e de modos de
viver. Essas mudanças seriam alcançadas por um processo de difusão de “luzes” para iluminar
os espíritos numa variada gama de instituições, dentre elas: a escola.126
Nesse sentido, na tese de João da Matta Machado a educação, por exemplo, seria “a
arte que se aplica a dirigir a influência das causas externas e internas para um fim
determinado e preconcebido [...].”127 Em sua visão, a educação teria como finalidade
desenvolver a pessoa e protegê-la contra as influências exteriores, dirigindo-a para um fim
escolhido, baseada nos conhecimentos da higiene. Educar por meio da higiene seria o
“aperfeiçoamento” do indivíduo.
Já é um axioma banal a influência da educação sobre o caráter do indivíduo, a sua importância
sobre os hábitos, inclinações, vícios ou virtudes do homem. Indagai qual foi a educação de
qualquer indivíduo, os exemplos que lhe deram na infância; e podereis concluir com muita
probabilidade qual o fundo do seu caráter.128
122
João Costa da Silva Nunes, natural do Rio de Janeiro, concluiu o doutorado em Medicina pela Faculdade de Medicina do
Rio de Janeiro em 1884. Defendeu dissertação sobre o Ópio, tártaro e sangrias na terapêutica infantil e dentre as
proposições um dos temas foi sobre a higiene escolar (NUNES, 1884).
123
Severino de Sá Brito, era natural do Rio Grande do Sul, nasceu no ano de 1862. Doutorou-se em 1892 defendendo tese
sobre a cadeira de Higiene com o tema da Educação Física. (BRITO, 1892).
124
ARMONDE, 1874, p. I.
125
GONDRA, 2004.
126
FARIA FILHO, et. al., 2008, p. 74-9.
127
MACHADO, 1874, p. 17.
128
MACHADO, 1874, p. 9.
129
MACHADO, 1874, p. 9.
39
estar relacionada a uma forma escolar que se consolidava no século XIX, para qual a infância
deveria ser a fase apropriada para se educar, com espaços, tempos e instituições voltadas para
esse fim.130
Os projetos para civilizar o Brasil nos anos finais do século XIX eram centrais nas
questões políticas. Segundo Mello, dentro desses projetos podia-se perceber uma
contraposição entre o atraso, a centralização, a teologia, o sagrado e os privilégios
representados pela monarquia em relação com a liberdade, o progresso, o federalismo e a
ciência representados pela república. Essa contraposição se resumia com uma ligação da
monarquia ao atraso e da república ao futuro.131 No texto de Machado, percebe-se traços de
defesas ligados à república naquele período como: o progresso, a ciência, a liberdade e o
federalismo que seriam alcançados com a difusão da educação. Para a disseminação desses
ideias pela educação, Machado, se preocupou em traçar os limites e as responsabilidades de
ação da família, do Estado e da religião.132
130
VICENT, LAHIRE e THIN, 2001.
131
MELLO, 2009, p. 16.
132
MACHADO, 1874 p. 5.
133
MACHADO, 1874 p. 16.
134
AZEVEDO, 1874, p. 9.
40
possível o projeto de civilização. O estado em que a educação se encontrava era uma questão
central a ser resolvida.
Operava-se a lógica de que a higiene ou sua falta era o que determinava se a educação
poderia atuar no desenvolvimento de um povo mais civilizado e forte ou fraco e incivilizado.
Segundo ele, a higiene escolar não deveria apenas se preocupar com os aspectos “intelectuais”
e “orgânicos” da educação, mas pensar na educação de forma integral englobando aspectos
físicos, morais e intelectuais.135 Machado,136 Azevedo,137 Armonde138 e Brito139 também
defendiam o modelo de educação integral que deveria superar, na visão dos médicos que
escreveram as teses pesquisadas, aquele então vigente.
O preceito da educação integral também pode ser encontrado nas teses de Machado,
Azevedo e Armonde. Educar o homem em seus aspectos físicos, morais e intelectuais de
forma equilibrada era proposição constante em todas as teses analisadas. Mas, foi,
principalmente, em Severino de Sá Brito142 que o físico foi tratado como tendo maior
influência sobre a moral. Para ele, “educar a vontade” significava libertar o homem das
vontades do corpo,143 sendo a verdadeira escola a que “prepara um menino pra ser homem de
135
NUNES, 1884, p. 77.
136
MACHADO, 1874.
137
AZEVEDO, 1874.
138
ARMONDE, 1874.
139
BRITO, 1892.
140
GONDRA, 2004.
141
BRITO, 1892.
142
BRITO, 1892.
143
BRITO, 1892, p. 2.
41
luta, senhor de si, ele ali exercita a liberdade de seus atos e tem o prestigio da
responsabilidade.”144
A educação deveria formar a população em sua inteireza, mas como regular os tempos
destinados a cada aspecto da educação para que ela fosse equilibrada. Nunes ofereceu alguns
indícios sobre isso. Para ele, a higiene deveria regular o tempo destinado à atividade
intelectual e à física. Nessa regulação, a criança mais jovem deveria ter uma atividade
intelectual contínua menor que iria aumentando conforme a sua idade fosse avançando. O
excesso de atividade intelectual não raro traria “afecções do encéfalo”. A higiene deveria
regular, por suas divisões das idades, os tempos ótimos na educação para cada etapa da
vida.146
Já segundo Armonde, para regular cada aspecto da educação, o professor deveria ser
muito bem formado com os conhecimentos da higiene, o que, em sua visão, não acontecia no
Brasil. Armonde defendia que “se formem professores, educadores, verdadeiramente dignos
desse nome,”147 pois “em nenhuma profissão necessita o homem de conhecimentos mais
vastos do que na de educação.”148 Azevedo também tocava no ponto da formação dos
professores. Para ele, a educação no Brasil estaria entregue a pessoas que não tinham preparo
para lidar com esta questão tão importante para o Brasil. Segundo ele, as formalidades legais
não dariam conta de selecionar os mais preparados para educar e a educação ainda estaria
entregue a muitos religiosos que não teriam, em sua visão, preparo para serem professores e
poderiam atrasar a marcha do “espírito do século”.149 Na visão desses médicos, deveria
144
BRITO, 1982, p. 30.
145
AZEVEDO, 1874, p.9.
146
NUNES, 1884, p. 77.
147
ARMONDE, 1874, p. 21.
148
ARMONDE, 1874, p. 22.
149
AZEVEDO, 1874, p. 9.
42
Mesmo com a defesa constante nas teses de que os religiosos não estavam,
automaticamente, preparados para ensinar, a influência da religião não era vista como
prejudicial para todos os médicos analisados. Vamos seguir os argumentos de João da Matta
Machado sobre o tema: primeiro, ele criticava a religião e, depois, apontava qual deveria ser
seu papel na educação.
Segundo Machado, o monopólio de que a igreja gozou, e ainda tentava manter sobre a
educação popular, apesar do esforço de “quase todos os governos para a secularização do
ensino,”150 configurava uma oposição da igreja católica ao “espírito do século” e aos ideais da
marcha “da civilização moderna.”151 Segundo ele, como os alicerces da igreja estavam
abalados pela Reforma, a igreja católica se utilizava da educação da mocidade para angariar
novos devotos. Para Machado, esses jovens educados pela igreja católica eram formados sob
os princípios da Escolástica, que “envolvia o espírito humano nas emaranhadas cadeias de
formulas dogmáticas, impedindo-o de liberdade do jugo da teologia – ancilla theologice.”152
Para solucionar esse problema, Machado propunha a secularização do ensino:
As ciências, oprimidas pelas falsas interpretações da Bíblia, encarceradas nos estreitos limites
da fé e da autoridade, permaneceram estacionárias até que Descartes proclamou a escola do
livre exame, e Bacon traçou as fecundas regras do método de indução, abrindo novos
horizontes à inteligência humana, e derrubando para sempre a Escolástica, que então debatia a
estéril e interminável questão do nominalismo e do realismo. [...]
A assembléia convocada por Luiz XVI foi quem [sic] primeiro proclamou o principio salutar
da secularização e generalização do ensino, incumbindo ao grande Tayllerand de organizar
um projeto de lei sobre tais bases, para regularizar a instrução pública, não se demorando o
célebre bispo em apresentar uma ideia eminentemente liberal – A instrução primaria
gratuita.153
150
MACHADO, 1874, p. 5.
151
MACHADO, 1874, p. 5.
152
MACHADO, 1874, p. 5.
153
MACHADO, 1874, p. 6.
43
um jovem que no futuro seja cidadão ativo, independente e, sobre tudo, entusiasta do
progresso moral e material da sociedade em que vive.154
Seus argumentos não se encerravam na crítica à igreja. Ele defendia que a educação
não fosse exclusivamente religiosa, mas que a educação religiosa deveria existir dentro da
igreja, sendo o sistema ideal de educação a “educação moral pela família, instrução pelos
mestres no colégio, ensino religioso pelo cura na catedral.”155 Pode-se perceber que embora a
crítica à igreja fosse contundente no texto de Machado, era reconhecido um papel importante
para a religião na educação, porém fora da escola. A escolarização deveria acontecer por
meios seculares.
Azevedo era mais taxativo na sua crítica à igreja e defendia que a influência religiosa
era perniciosa na educação. Segundo ele, “sob qualquer ponto de vista, é de grande dano para
o país a influência clerical e ultramontana sobre a educação da mocidade, podendo até
ocasionar afecções mórbidas às vezes graves.”156 Ainda em suas palavras:
O privilegio concedido às irmãs de caridade como educadoras da mocidade é contrário aos
ditames da justiça, bem como atentaria às leis da equidade e imediatamente prejudicial à
saúde, porquanto elas não observam as leis da higiene em suas casas de educação.157
Para Veiga, a pedagogia das luzes tinha como proposta o desenvolvimento em cada
um de uma razão “universal”, lembrando que o “universal” referia-se ao padrão de civilização
154
MACHADO, 1874, p. 7-8, grifos do autor.
155
MACHADO, 1874, p. 10.
156
AZEVEDO, 1874, p. 10.
157
AZEVEDO, 1874, p. 11.
44
Essa difusão das luzes tinha uma correlação próxima com o modelo de forma escolar,
o qual definia que pela apropriação das regras o aluno praticaria uma espécie de um
autogoverno. A razão e a difusão das luzes não seria, portanto, o poder de um outro sobre o
aluno, mas exercício de poder sobre si mesmo.159 O autogoverno entre os pobres era pensado
pelas elites como uma necessidade para a civilização. Isso fazia com que a educação devesse
ser estendida para toda a população.
Na discussão sobre quem deveria ser educado, João da Matta Machado defendia que a
educação atendesse a toda a população, inclusive pobres e mulheres. Segundo ele, a educação
seria imprescindível para manter os avanços alcançados pelas “luzes da ciência”, das ideias
“avançadas”, pela velocidade, enfim, pelo progresso.160 Não foi apenas na tese de João da
Matta Machado que ocorreu a defesa de alguma forma de instrução escolarizada para as
parcelas pobres da população. Essa defesa era unânime entre as teses. Mas os médicos não
estavam sozinhos na defesa desse modelo. Schueler atentou para o fato de que a instrução
representava um papel fundamental entre as décadas de 1870 e 1880. Nesse período, os
dirigentes imperiais tiveram um olhar bastante preocupado com a educação de homens,
mulheres e crianças pobres.161 Os autores das teses pareciam estar atentos a esse debate que
ocorria fora dos muros da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
158
VEIGA, 2009, p. 96-7.
159
VICENT, LAHIRE e THIN, 2001, p. 33.
160
MACHADO, 1874.
161
SCHUELER, 1997.
162
AZEVEDO, 1874, p. 11.
163
MACHADO, 1874, p. 75.
45
A defesa da instrução para as mulheres também podia ser encontrada na tese de Amaro
Ferreira das Neves Armonde. Em suas palavras: “[a]nsiosamente esperamos a lei da instrução
primária obrigatória, extensiva a ambos os sexos.”166 Armonde chega mesmo a propor
educação escolar conjunta entre os sexos.167 Para ele, a educação conjunta “desenvolve cedo o
hábito das relações respeitosas entre os dois sexos, mata a hipocrisia e esse acanhamento dos
rapazes em relação às moças, o qual os leva muitas vezes a fugir delas por não terem o hábito
da sua companhia.168
João da Matta Machado encontrou em Stuart Mill a explicação para então suposta
desigualdade intelectual existente entre homens e mulheres. Para Machado, a “fraqueza
intelectual” da mulher não se dava por uma característica “natural”, mas porque “desde os
primeiros tempos históricos a educação da mulher tem sido completamente descurada.”169
Segundo ele, era vedado à mulher, ou ela mesma se privava por preconceitos, o acesso aos
mais altos espaços de desenvolvimento intelectual e isso explicaria o porquê de não existirem
mulheres nos altos postos das ciências. Não era a “natureza” da mulher que explicava a
desigualdade intelectual com o homem, porém a falta de acesso da mulher à educação. Com
isso, ele argumentava que: “demonstrada a igualdade intelectual do homem e da mulher é
claro que a ambos assistem os mesmos direitos à instrução [...].”170
Para Machado, outro ponto que impediria a mulher de ocupar os postos científicos era
a debilidade física causada por uma educação física insuficiente:
A educação física da mulher tem sido, e ainda é atualmente, mais desprezada talvez do que a
sua cultura intelectual. Desde seus primeiros anos a sociedade parece prepará-la para o bom
164
MACHADO, 1874, p. 12.
165
MACHADO, 1874, p. 14.
166
ARMONDE, 1874, p. 42.
167
Sobre a coeducação no Brasil no século XIX, cf. HAHNER, 2011.
168
ARMONDE, 1874, p. 62-3.
169
MACHADO, 1874, p. 13.
170
MACHADO, 1874, p. 14.
46
desempenho do triste papel de Odalisca: por isso a sua saúde é frágil, e o seu organismo
oferece tão pouca resistência aos agentes mórbidos [...].171
De fato, para Machado, mesmo para a mulher que seria mãe a educação era
importante, pois “quanto mais inteligência de uma mãe de família, tanto mais segura e
frutuosamente dirigirá a educação de seus filhos; [...].173 É interessante como Machado não
defendeu a maternidade como a única “missão” da mulher. Mas, ele argumentou sobre como
mesmo para a maternidade a educação da mulher seria importante. Com esse artifício,
Machado tentava convencer os partidários dos dois lados da discussão: os que acreditavam
que as mulheres deveriam ter como única função a de ser mãe e aqueles que não pensavam
dessa forma.
O argumento de que a mulher poderia escolher entre ser ou não mãe não era
unanimidade no contexto da época e nem entre as teses analisadas. Severino de Sá Brito174
pensava numa educação para as mulheres voltada para o seu papel de mãe e que reforçasse
suas características “delicadas”. Para esse autor, a educação física da mulher deveria ser
adequada a sua “natureza” mais delicada. Sua opinião parece convergir para o discurso mais
recorrente na época.175
Pode-se perceber entre as teses pesquisadas que existia uma divergência de opinião
sobre a “missão” da mulher na sociedade e sobre os modelos de educação que deveriam ser
oferecidos as mulheres. Essa divergência entre os projetos de educação física para as
mulheres no século XIX já foi apontada na historiografia da educação física.176
171
MACHADO, 1874, p. 13.
172
MACHADO, 1874, p. 14.
173
MACAHDO, 1874, p. 14.
174
BRITO, 1892.
175
Sobre a educação da mulher, cf. LOURO, 2010.
176
CUNHA JUNIOR, 1998, p. 33-44.
47
Embora as teses em geral dessem grande ênfase aos exercícios físicos, foi somente em
Severino de Sá Brito que a educação física foi entendida como uma forma de educar o corpo
somente pelos exercícios físicos, muito embora ele apontasse em uma nota de rodapé que
conhecia o conceito mais amplo de educação física.177 Ele optou por tratá-la como exercício
físico, pois, segundo ele, o hábito tinha a restringido quase que exclusivamente a essa
dimensão. “Posto que a educação física abranja a questão de alimentação e vestimenta, o
hábito tem estabelecido quase exclusiva aplicação aos exercícios físicos, razão porque trato os
sob está denominação.”178
Paiva apontou que a constituição de um campo específico para a educação física com
profissionais especializados e com um conhecimento próprio, ligado ao exercício físico, só
ocorreu no início do século XX.179 Mas pela forma como Brito tratou a educação física em
sua tese parece que já se gestava no final do século XIX uma especialização da educação
física semelhante à disciplina escolar baseada no exercício físico. Para confirmar essa
hipótese mais análises ainda precisam ser feitas, mas esse entendimento de Brito já pode ser
uma pista de uma especialização da área da educação física. Brito escreveu sua tese em 1892,
tempo em que existia maior liberdade para escolha do tema da tese essa defesa divergente de
Brito também pode indicar que ele se posicionava de forma diferente da visão hegemônica
dentro do contexto da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Entretanto, a maioria das teses tratavam a educação física de forma ampla. João da
Matta Machado180 afirmava que a educação física abarcaria as matérias da higiene,
177
BRITO, 1892.
178
BRITO, 1892, p. 4 grifos do autor.
179
PAIVA, 2003. Sobre a constituição da uma disciplina específica relacionada ao exercício conferir VAGO, 2000.
180
MACHADO, 1874.
48
181
Becquerel era uma das leituras obrigatórias da cadeira de Higiene e História da Medicina da Faculdade de Medicina do
Rio de Janeiro. O livro desse autor tratado nessa cadeira era o Tratado elementar de higiene (HOMEM, 1868, p. 20).
182
MACHADO, 1874, p. 48.
183
LIMA e HOCHMAN, 1996.
49
Severino de Sá Brito concordava que o principal objetivo da educação física era criar
uma nova população brasileira mais higiênica e que ela deveria atuar no equilíbrio da
educação física, moral e intelectual. Ele apontava que, naquele período, a educação física
estava em segundo plano com relação à educação intelectual, o que causava um desequilíbrio
entre as duas dimensões. Segundo ele, esse problema já havia sido constatado pelas nações
“civilizadas” e o Brasil deveria seguir esse exemplo:
[...] Por toda parte acentuou-se o cultivo intelectual na formação da personalidade humana.
[...] Mas não parou aí a atividade da inteligência, continuou o seu trabalho investigador em
excesso, cansou-se, esgotou-se pelo surmenage intellectual, mas produziu o – século das
luzes -!!!
Basta!...
Parece ser a voz uníssona que na culta Europa se levanta contra o demasiado trabalho mental
e exclusivo da atividade para o espírito.184
Além dos efeitos de equilíbrio com a educação intelectual, a educação física também
poderia ter fins terapêuticos. Ao tratar do exercício físico, Brito apontava que o valor curativo
do exercício poderia ser observado em todas as idades. Na infância, as doenças poderiam ser
curadas, na puberdade ocorreria a diminuição da propensão a “irregularidades nervosas” e na
idade mais avançada na diminuição da obesidade, do diabetes e da gota.
Ainda segundo Brito, a educação física atuaria também nas dimensões morais e
intelectuais que ele classificava como da “inteligência, costumes e caráter”.
E pelas faces por que se nos apresenta, é uma questão vital, melhorar as condições orgânicas
do indivíduo e da saúde; é social modificar os costumes; cívica comunica virilidade e energia
ao caráter; e ainda para a inteligência é o desenvolvimento do senso prático.185
Para Brito, seria por meio dos jogos e das brincadeiras que a inteligência das crianças
seria estimulada. Ao corpo era dada uma função de base para que ocorresse o
desenvolvimento intelectual. Era necessário um físico educado para se alcançar uma mente
educada. Para ele, se entregando à espontaneidade dos jogos e brinquedos, e a toda sorte de
184
BRITO, 1892, p. 8.
185
BRITO, 1892, p. V.
186
BRITO, 1892, p. 25.
50
travessuras, que a fantasia incitaria nas crianças suas faculdades cerebrais.187 A educação
física, para Brito, deveria atuar em conjunto com a educação intelectual no desenvolvimento
da inteligência.
Também seria por meio das brincadeiras que as crianças desenvolveriam o senso
prático. A brincadeira daria à criança a oportunidade de conhecer a “verdade das coisas pela
experiência”188 Correlacionado a essa defesa de Brito, “conhecer a verdade das coisas pela
experiência”, foi o processo que sofreu o ensino médico durante o período estudado. Como
pode ser observada pelas mudanças nos estatutos de 1854, 1884 e 1891 a prática foi cada vez
mais valorizada na formação médica.189 Parece que na visão de Brito esse modelo que já
tomava conta do ensino médico deveria ser estendido para a escola e para toda a educação.
Brito afirmava que não seria pelas palavras que se formaria o caráter. “Não se iludam,
senhores moralistas, não se moldam com palavras as boas qualidades de um caráter.”190 Dessa
forma, para ele, a escola teria um papel de formar um caráter ativo nas crianças. “Se na escola
que tem por fim prepará-lo, as ações forem de fraqueza e moleza certamente que sua
característica será frouxidão e desânimo.”191 Os jogos atuariam na formação desse caráter
ativo e prático e provocariam a robustez muscular.
Em sua defesa de uma educação equilibrada entre intelectual e físico, Brito apontava
que o excesso de tempo dedicado à educação intelectual produziria um físico fraco que
cederia às tentações com mais facilidade depreciando o caráter. O equilíbrio entre educação
intelectual e física produzira um homem capaz de resistir às vontades do físico, um novo
modelo de homem que, em sua visão, o Brasil precisava copiar dos países “civilizados” a fim
de se civilizar.
Para criar esse modelo de homem higiênico, ativo, saudável, produtivo, forte encontra-
se em outras teses proposições de que a educação física deveria ser estendida a todos, de
ambos os sexos, ricos e pobres, e, principalmente, na juventude. Sobre esse tema, Machado
defendia que a educação física deveria ser a primeira de todas as educações.
O sucesso natural dos fenômenos biológicos indica que a educação física deve preceder a
qualquer das outras: primeiro de tudo é necessário que se possua um corpo são e robusto
187
BRITO, 1892, p. 22.
188
BRITO, 1892, p. 22.
189
BRASIL, 1854; 1884; 1892. Sobre esse tema, cf. EDLER, 1992 e GOMES, 2009.
190
BRITO, 1892, p. 27.
191
BRITO, 1892, p. 27.
51
capaz de servir a uma razão esclarecida, e uma vontade reta – primo vivere deinde
192
philosophari [...].
Mais uma vez, era a educação, nesse caso a educação física, um processo de
transmissão das luzes na formação da escola como um espaço especializado e específico para
educar. A educação física, para Machado, deveria ser escolarizada por ser a base de todas as
outras educações: sem educação física o processo de criação de uma escola higiênica e eficaz
estaria em risco.
Para Azevedo, a educação física deveria ser estendida para ambos os sexos, o que,
segundo ele, não acontecia no Brasil e no Rio de Janeiro. “No Rio de Janeiro a educação
física está em embrião para o sexo masculino, não existindo completamente para o sexo
feminino.”193 Porém, isso não significava que a educação física deveria ser a mesma para
ambos os sexos. A educação física deveria respeitar as especificidades guardadas para cada
sexo, fazendo com que ela tivesse objetivos diferentes para cada um dos sexos.
O autor que apresentou uma diferenciação mais marcante na educação física para cada
sexo foi Severino de Sá Brito, afirmando que a fisiologia permitia o desenvolvimento maior
de uma parte do corpo do que outra pelo exercício. Ele defendia que esse conhecimento
deveria ser usado para desenvolver de forma desigual as mulheres dos homens. Para ele, as
mulheres precisariam desenvolver mais os membros inferiores para onde deveria “afluir”
grande parte da seiva nutritiva, facilitando o crescimento dos quadris e o aumento do diâmetro
da bacia e fornecendo “o desenvolvimento dos órgãos internos que oferecem apoio seguro ao
laboratório de humanidade.”194 Para esse autor a educação física da mulher deveria
desenvolver as formas que facilitariam a gestação e o parto. A educação física, segundo esse
autor, teria como objetivo criar a mulher mãe dos filhos da nação. Esse argumento era muito
forte entre os médicos. Por exemplo, Machado, que embora não pensasse que o único destino
da mulher era ser mãe, também utilizava argumentos desse tipo para legitimar a educação
física para a mulher.
192
MACHADO, 1874, p. 60-1.
193
AZEVEDO, 1874, p. 10.
194
BRITO, 1874, p. 18.
52
Para Faria Filho e Vidal, desde a década de 1870, profissionais preocupados com a
educação como engenheiros e médicos eram unânimes em afirmar que o estado era de
precariedade nos espaços destinados às escolas. A defesa de prédios construídos
especificamente para o ensino ganhou vulto nas discussões do final do século XIX.195
Machado, em sua tese, fazia eco com essa preocupação relacionado-a à educação física. Para
ele, os estabelecimentos de ensino deveriam funcionar em locais que garantissem uma boa
higiene, tendo uma:
arquitetura higiênica, nobre e elegante, abstraído o luxo e os excessivos ornatos, em proveito
da vastidão e acomodações necessárias; sua arquitetura seja, por assim dizer, inteligente, de
fisionomia expressiva que diga ao estrangeiro curioso: - aqui educa-se -, como a das igrejas
diz: - aqui ora-se.196
195
FARIA FILHO e VIDAL, 2000, p. 23-24.
196
MACHADO, 1874, p. 11.
197
ARMONDE, 1874.
53
Armonde não ficou de fora do debate sobre o mobiliário escolar. Para ele, nos
estabelecimentos de ensino os bancos eram “compostos de um plano superior, horizontal,
sustentado por dois vértices.” Nesses bancos os estudantes eram obrigados a se manter
sentados por horas o que lhes causava grande incômodo.199 Para solucionar esse problema, ele
defendia que os móveis dos estabelecimentos de ensino não deveriam causar desconfortos a
fim de se atingir uma melhor educação física e intelectual. Para ele, os bancos usados nas
escolas deveriam ser substituídos por móveis mais “modernos americanos”. Assim, tanto o
mobiliário escolar como a arquitetura das escolas deveriam ser reguladas pela higiene para
propiciar uma boa educação física para os estudantes. Deveria ocorrer uma higienização dos
espaços destinados à educação.
A educação física também dizia respeito ao regime alimentar. Sobre esse ponto,
Armonde indicava que a alimentação deveria ser harmoniosa com relação ao que o organismo
ganha e ao que ele perde. Para fazer essa relação ele usava conhecimentos químicos e
fisiológicos.200 Machado também utilizava a química, mas aliada à teoria dos
temperamentos.201
198
ROCHA, 2009, p. 112-6.
199
ARMONDE, 1874, p. 13.
200
ARMONDE, 1874, p. 16.
201
Sobre esse tema, cf. LIMA, 1996 e FAURE, 2012.
202
MACHADO, 1874, p. 43; ARMONDE, 1874.
54
conhecimentos médicos e de sua racionalidade, mas não apenas para esses dois aspectos da
educação física eles propunham indicações.
A educação física também estava relacionada ao asseio. Sobre esse tema, Armonde
apontava que a escola “deve inspirar todos os bons hábitos ao educando: o do asseio
sobretudo.”204 Ainda para ele, o asseio dos dormitórios deveria ser uma preocupação. As
janelas deveriam estar abertas durante o dia e fechadas durante a noite, os leitos não deveriam
ficar muito próximos e não se deveria acumular roupas sujas ou coisas afins embaixo das
camas. As roupas sujas estariam impregnadas com “exalações impuras do organismo” que
seriam as principais causadoras das febres tifóide.205
A moderação era a regra higiênica maior para os exercícios físicos. Segundo Amaro
Armonde, o exercício físico deveria ser praticado de forma moderada e seguindo os preceitos
da higiene. A necessidade dos exercícios físicos era tal que ele acreditava que essa era a parte
203
MACHADO, 1874, p. 40.
204
ARMONDE, 1874, p. 18.
205
ARMONDE, 1874, p. 19.
206
MACHADO, 1874, p. 30.
55
Para Armonde, o exercício físico era uma necessidade “natural” e o ser humano não
poderia ir contra sua natureza. Segundo ele, quem desobedecesse à natureza seria penalizado
por ela. No caso do exercício físico, a punição viria com a obesidade, a fraqueza e, por fim, a
morte. O oposto à punição pela falta de exercício físico seriam as recompensas que a natureza
daria pelo seu uso equilibrado. Os exercícios:
[...] aumentam a força muscular, ativam as funções e tornam regulares; dão vigor às
organizações fracas, modificam vantajosamente a constituição e o temperamento. Se este é
linfático ou nervoso, o que se dá frequentemente na Corte, os exercícios físicos o aproximam
do sanguíneo, que é o temperamento por excelência da saúde209
Sobre os exercícios indicados, na tese de Brito pode-se notar que a educação física
começava a modular um conhecimento específico, no caso dele o esporte. Severino de Sá
Brito dava preferência aos jogos sports ingleses por entender que esse tipo de exercício teria
sido um dos principais pilares da construção do povo inglês. Segundo ele, os jogos sports
ainda formavam o “caráter forte” característico dos ingleses que seria de grande importância
para a construção da nação. Embora já se pudesse notar iniciativas de clubes esportivos no
Rio de Janeiro desde 1849 com o turfe e 1851 com o Remo e que um “campo” esportivo já
pudesse ser melhor delineado nas décadas de 1860 e 70”,210 apenas na tese de Brito, que foi
publicada em 1892, que esse tema recebeu destaque. Nas outras teses era dada atenção a um
amplo leque de exercícios, especialmente ginástica. Machado e Armonde apontavam vários
207
ARMONDE, 1874, p. 19.
208
MACHADO, 1874, p. 49.
209
ARMONDE, 1874, p. 19.
210
MELO, 2014c.
56
exercícios físicos que deveriam ser praticados, entre eles: a marcha, a carreira, o salto, a
dança, a natação, a esgrima, os jogos, o canto e declamação, a equitação e a ginástica.
Para Machado, a marcha seria o mais “simples e o mais vantajoso ao comum dos
homens”.211 Segundo ele, nas casas de educação dever-se-ia por em prática a marcha em
passeios longos por ao menos duas horas. Para Amaro Armonde, os passeios não aconteciam
no Brasil com a frequência que deveriam acontecer. Em sua defesa, além dos benefícios
físicos a eles incutidos pela marcha, os passeios teriam uma influência moral: “eles deixam na
alma, durante alguns dias, deliciosas reminiscência das paisagens que se viu, a qual influi
beneficamente sobre as nossas ações, sobre os nossos sentimentos.”212
O salto era outra forma de se exercitar apontado por esses dois autores. A combinação
da marcha com o salto dava origem a “carreira”. Esse exercício era, segundo eles, mais
energético e causava fadiga rapidamente. Por isso, a carreira deveria ser reservada aos adultos
e não admitida nas escolas.
Assim, a dança além de sua influência física também tinha forte ação sobre a
elegância, pois “desempena e torna elegante o corpo”.215 As danças mais indicadas seriam as
“quadrilhas”, as “schotshs e polkas”, a “walsa”, os “minuetes”, as “cachuxas”, os “solos” e os
“galopes”. A dança era um dos exercícios em que a dimensão física não foi a única a justificar
sua aplicação.
211
MACHADO, 1874, p.50.
212
ARMONDE, 1874, p. 29.
213
ARMONDE, 1874, p. 22; MACHADO, 1874, p. 51.
214
MACHADO, 1874, p. 52.
215
ARMONDE, 1874, 22.
57
Mas, ela também tinha indicações para a dimensão física. Para Machado, nessa
dimensão, a dança era importante pelos exercícios de marcha e salto nelas incluída.
A natação era, para alguns médicos, um dos exercícios mais importantes e salutares e
deveria ser oferecida para ambos os sexos.
Um colégio de meninos ou meninas, que aspire satisfazer todos os requisitos, não pode,
julgamos nós, deixar de possuir em suas dependências vastos tanques próprios para os
exercícios da natação, cuja água ou seja corrente ou se renove frequentemente.216
Para Machado, a natação também somava as vantagens dos banhos frios com os
exercícios. Isso fazia com que ela se tornasse imprescindível para os jovens “débeis,
linfáticos, predispostos à escropulose, ou que tenham antecedentes hereditários suspeitos,
ainda que na aparência gozem florescente saúde.”218
A esgrima também era um exercício indicado por Machado. Para ele, ela fortaleceria
os músculos do tórax e daria certeza e ligeireza aos movimentos. Ainda que esse autor
apontasse que a esgrima só era ensinada nos colégios militares, a historiografia da educação
física apontou que ela já era ensinada no Colégio Pedro II desde a metade do século XIX.219
Os jogos também eram indicados para as crianças nas visões de Machado e Armonde.
Para esses autores, os jogos deveriam ser ensinados em casa antes das crianças entrarem nas
escolas. Mas, para Machado, eles também poderiam ser usados no ambiente escolar e tinham
“real utilidade, divertem singularmente os meninos e satisfazem as exigências do sistema
muscular.”220 Para Armonde, na escola os jogos teriam como consequência o fortalecimento
dos músculos e a “certeza à visão”.221
216
MACHADO, 1874, p. 52.
217
ARMONDE, 1874, p. 23.
218
MACHADO, 1874, p. 52.
219
CUNHA JUNIOR, 2003.
220
MACHADO, 1874, p. 53.
221
ARMONDE, 1874, p. 25.
58
João da Matta Machado não tratou, especificamente, da equitação e da caça por não
considerar que eles teriam uma relação direta com a higiene dos colégios de internato, sua
principal preocupação, mas reconheceu as vantagens desses exercícios. Por sua vez, Amaro
Armonde tratou mais detalhadamente desses exercícios. Para Armonde, a equitação seria útil
para o caso de viagens e ele indicava a equitação, principalmente, para as pessoas que
realizavam muito trabalho intelectual, em especial, os indivíduos de temperamento linfático,
pois a equitação teria o poder de modificar esse temperamento para o sanguíneo. Já para os
indivíduos sanguíneos a equitação deveria ser evitada para não torná-los obesos.
Ele também indicava a equitação para as moças como uma forma de acelerar o
aparecimento da menstruação. “Quando há demora na aparição do fluxo catamenial, a
equitação muito convém às moças, em virtude do fluxo sanguíneo que o provoca para as
vísceras situadas na bacia.”222
Para Armonde, a caça era um bom exercício ao aliar o desenvolvimento dos sentidos
da audição e visão com os passeios, essa junção tornaria a caça um dos mais úteis exercícios.
Ainda, segundo ele, alguns julgavam a caça prejudicial ao homem, opinião que ele não
compartilhava.
A caça, em excesso, a paixão da caça pode produzir na alma a fereza, a brutalidade.
Do mesmo modo o excesso nos outros exercícios físicos, na ginástica, por exemplo, pode ser
causa dos mesmos sentimentos, e de um abuso da força e agilidade adquiridas. – O excesso,
ainda nas melhores coisas ocasiona tristes efeitos.223
Mais uma vez, a defesa da moderação: o único problema da caça, como de qualquer
outro exercício era o seu excesso. Por isso, cabia a cada um a auto-regulação, o controle de
seu próprio corpo, que se daria por meio de uma educação física baseada no saber médico.
222
ARMONDE, 1874, p. 26.
223
ARMONDE, 1874, p. 26.
59
Essa educação deveria confluir para que cada um pudesse ter controle sobre o seu próprio
físico.
A ginástica também era uma grande preocupação para esses dois médicos. Embora
eles julgassem a ginástica como muito importante para ambos os sexos, Armonde apontou
que ela não era ensinada em mais do que seis colégios na Corte. Segundo esse médico, o
exercício mais importante para o saber médico era negligenciado nas escolas da Corte.
O conceito trazido por Matta Machado foi o de Bailly que entendia a ginástica como
“a arte de regular os movimentos do corpo de um modo conveniente ao desenvolvimento das
forças, da agilidade, da destreza, à conservação e restabelecimento da saúde e ao
desenvolvimento das faculdades física e intelectuais.”225 Ambos os autores concordavam que
a ginástica tinha influências positivas nas faculdades física e que era uma racionalização dos
movimentos humanos para atingir tais fins.
Para Machado, a ginástica era “o mais poderoso meio de que pode lançar mão o
higienista para conseguir todas as vantagens do exercício [...].”226 Entusiasmo que não era
compartilhado por Severino de Sá Brito, em 1892, que praticamente só tratava dos jogos
sports em sua tese em detrimento da ginástica como o melhor de todos os exercícios. Segundo
224
ARMONDE, 1874, p. 21. Tradução livre de: La gymnastique est la science raisonnée de nos mouvements, de leurs
rapports avec nos sens, notre intelligence, nos sentiments, nos moeurs, et le développement de toutes nos facultés. La
gymnastique embrasse la pratique de tous le exercices qui tendent á rendre l'homme plus courageux, plus intrépide, plus
intelligent, plus sensible, plus fort,plus industrieux, plus adroit, plus véloce, plus souple et plus agile, et qui nous dispose á
resister á toutes les intempéries des saisons, á toutes les variations des climats; á supporter toutes les privations et les
contrariétés de la vie, á vaincre toutes les difficultés, á triompher de tous les dangers et de tous les obstacles, á rendre enfin
des services signalés á l'etat et á l'humanité. La bienfaisance et l'utilité commune sont le but principal de la gymnastique; la
pratique de toutes les vertus sociales, de tous les sacrifices les plus difficiles et les plus généreux, sont ses moyens; et la
santé, le prolongement de la vie, l'amêlioration de l'espèce humaine, l'augmentation de la force et la richesse individuelle et
publique, sont ses résultats.
225
MACHADO, 1874, p. 54.
226
MACHADO, 1874, p. 54.
60
Melo, o termo sport era identificado como um hábito de britânico contributo para o
desenvolvimento da personalidade e de líderes nacionais.227 A ênfase dada por Brito ao sport
se explica pela defesa da implantação dos hábitos dos ingleses. Para Brito, o desenvolvimento
do Império Britânico estava relacionado aos seus hábitos como o sport e o Brasil deveria
copiar esses hábitos para alcançar as mesmas conquistas.
Para Machado, a ginástica deveria ser o exercício principal da educação física sendo
indicada para todas as idades, sendo capaz até de vencer a herança hereditária.
Para o menino muitas vezes é o único recurso de que se pode lançar mão para prevenir ou
corrigir as deformidades; para o adulto é um meio eficaz de robustecer ou firmar a
constituição, debelar predisposições e vencer a hereditariedade; para o velho é uma poderosa
arma contra a decrepitude prematura, a acidificação das artérias, a gangrena senil, as
congestões passivas, a insônia etc.228
Na visão de Machado, a ginástica também deveria ser estendida à mulher para sua
saúde e pela sua função de gerar os filhos.
E não só o homem deve se entregar a tais exercícios, se a mulher não necessita tanto de
desenvolver as forças musculares, a sua saúde merece-nos igual atenção, as suas formas
interessam muito imediatamente como médicos, pois que a elas é reservada a gestação e o
parto, funções que exigem regularidade e desenvolvimento do sistema ósseo; não é
desculpável, portanto, que se prive a mulher dos exercícios ginásticos, capazes de produzir tão
importantes resultados.229
Muito embora Matta Machado considerasse que caberia a mulher a decisão de não ter
filhos, ele usou como um dos argumentos para legitimar a ginástica para as mulheres por sua
função de gerar os filhos. Ele também apontou que a ginástica seria importante para a saúde
da mulher, o que faz crer que não só a futura mãe deveria praticar ginástica.
227
MELO, 2015.
228
MACHADO, 1874, p. 54.
229
MACHADO, 1874, p. 55.
230
GONDRA, 2000; 2004.
61
ensinados desde criança tornar-se-iam hábitos e seriam levados para o resto da vida, pois era
na infância, com sua maleabilidade, que os hábitos deveriam ser construídos.
O jardineiro que, cultivando uma planta, a livrar desde pequena dos obstáculos que podem
impedir o seu desenvolvimento regular, obterá uma bela e frondosa árvore, cuja sombra e
cujos frutos serão apetecidos. Se, porém, o jardineiro for mal, se deixar crescer a planta e
tornar-se árvore, e quiser fazer bela a mangueira enfezada ou a palmeira raquítica, as suas
tentativas serão poucas vezes profícuas, quase sempre baldadas, e algumas vezes
prejudiciais.231
Por seu turno, para Machado, na infância as faculdades morais e intelectuais ainda não
estariam desenvolvidas porque o físico não estaria formado para oferecer os meios
necessários para essas faculdades serem desenvolvidas. Isso tornava a educação física a
primeira de todas as educações. Segundo ele, se o físico não fosse desenvolvido por uma
educação física baseada na higiene, a fraqueza do corpo poderia comprometer as outras duas
dimensões da educação.232
Era consenso entre os autores que a educação física deveria ser ensinada,
preferencialmente, para as crianças e em vários ambientes onde elas se encontravam como: na
família, nos asilos da infância, nos hospitais, nas fábricas onde trabalhassem crianças, mas o
espaço principal objeto das reflexões dos médicos era a escola em seus vários modelos.
231
ARMONDE, 1874, p. 24.
232
MACHADO, 1874.
233
AZEVEDO, 1874, p. 10.
234
ARMONDE, 1874, p. 9.
62
Machado, era o Colégio Abílio, além do externato do Colégio de Pedro II. Segundo ele, nem
os estabelecimentos voltados para as classes mais altas respeitavam os preceitos higiênicos.
Contudo, para Machado, existia uma classificação entre o pior e o menos pior em
matéria de modelo escolar. O pior, quando não se respeitava as regras de higiene aplicadas à
educação física, seria o internato, mas mesmo os externatos deveriam seguir regras rígidas
para se tornarem higiênicos. O regime de trabalho nos externatos deveria ser dividido de
forma que as crianças não fossem obrigadas a estudar mais de três horas seguidas sem uma
recreação, também deveria evitar que os trabalhos começassem sem o intervalo de uma hora
após as refeições. Nos climas quentes “não convém que as horas de trabalho sejam as mais
quentes do dia, isto é, das 11 horas às 2 da tarde [...].”235
O regime de internato era tão “funesto” com relação à educação física que Machado
indicava que nenhuma criança deveria ser admitida nos internatos antes de completar dez anos
de idade. “Antes dos dez anos a lei deveria impedir a admissão dos meninos nos internatos,
tão funesto é tal sistema para seu perfeito desenvolvimento físico e moral.”236 Para amenizar
tais influências os internatos deveriam seguir rigidamente as regras da higiene e,
preferencialmente, serem erigidos em zonas afastadas dos centros urbanos.
Embora o ambiente escolar tenha ganhado destaque, ele não foi o único considerado
para o ensino da educação física. Para Armonde, um desses ambientes era a família,
principalmente com o método de Schreber.237
Nos argumentos de Armonde, percebe-se que, para ele, cabia ao saber médico a
transmissão de seus métodos de educação física para que as famílias cuidassem da educação
física das crianças. A lógica era criar não só sujeitos higienizados, mas também
235
MACHADO, 1874, p. 26.
236
MACHADO, 1874, p. 25.
237
ARMONDE, 1874, p. 21.
63
higienizadores.238 Um dos espaços em que o saber médico deveria ser transmitido para
população eram as conferências populares.
Interessante como as mesmas conferências populares que alguns anos mais tarde
seriam umas das principais armas usadas pelos médicos para conseguirem as reformas no
ensino médico240 eram lembradas em algumas teses como um espaço para transmitir a
educação física com o intuito de formar um povo higienizado e higienizador.
Como os próprios autores das teses indicavam que as proposições não deveriam ficar
restritas ao debate médico, mas deveriam ser estendidas para toda a população, veio a certeza
de que outras fontes seriam necessárias para o entendimento das proposições médicas para a
higienização da população pela educação física. Para Gondra, dentre as estratégias e
possibilidades de irradiação dos conhecimentos higiênicos a imprensa, a literatura, as artes e
os tratados/dicionários médicos eram vistas como possibilidades pelos médicos.241 Todavia,
respeitando a indicações contidas nas próprias teses acredito que as conferências públicas
podem ser observadas como um espaço privilegiado para compreender as formas de
higienizar a população por meio da educação física. É com essa documentação que começo o
próximo capítulo.
238
Sobre esse tema, cf. GONDRA, 2003.
239
ARMONDE, 1874, p. 41.
240
EDLER, 1992.
241
GONDRA, 2003, p. 33.
64
242
SOARES, 2004. PAIVA, 2003.
243
BOSI, 2012, p. 260.
244
BASTOS, 2003.
245
Correia nasceu em Paranaguá no dia 1º de novembro de 1831 Estudou no Educandário Nova Friburgo e formou-se
bacharel em letras pelo Imperial Colégio de Pedro II. Posteriormente, formou-se bacharel em direito pela Faculdade de
Direito de São Paulo. Em 1862 foi nomeado presidente da província de Pernambuco, tendo exercido o cargo de 30 de abril a
2 de outubro daquele ano. De 1869 a 1877 foi deputado geral pela província do Paraná e de 1874 a 1875 exerceu a
presidência da Câmara dos Deputados. Concomitantemente ao mandato de deputado geral, assumiu também o Ministério dos
Estrangeiros de 1871 a 1873, no gabinete chefiado por José Maria da Silva Paranhos, então visconde do Rio Branco. Como
ministro, exerceu papel de destaque nas negociações de paz após o término da Guerra do Paraguai. Em 1874, foi o
65
A primeira conferência teve como tema o ensino obrigatório, sendo proferida pelo seu
fundador Conselheiro Manoel Francisco Correia, o qual dizia que o objetivo principal das
Conferências era instruir o “povo” com o conhecimento científico.248 As conferências eram
pensadas como um espaço de divulgação do saber científico para leigos, para que adotassem
esses saberes em suas vidas e ajudassem na construção da nação brasileira. As conferências
aproximavam o conhecimento científico do público leigo.
Contudo, as portas da tribuna da Glória não estavam abertas ao “povo”. Para assistir as
Conferências Populares da Glória era necessário possuir um cartão de entrada que era
distribuído previamente pelo Conselheiro Manoel Francisco Corrêa e pelo orador.249 O que
fazia com que a platéia fosse constituída por um público seleto, contando, por vezes, com a
presença do Imperador e de sua família, da aristocracia da Corte, profissionais liberais e
estudantes.250 Excluia-se a população mais pobre que, na visão das elites, era a que mais
necessitava ser “civilizada” no processo de construção do Brasil.
Seu caráter pouco popular, apesar do nome de Conferências Populares, era uma das
principais críticas direcionadas às Conferências. Entretanto, para o Conselheiro Manoel
Francisco Correia, essa crítica não era um problema, pois ele entendia que o “popular” nas
conferências era o fato de divulgar o conhecimento entre as camadas letradas para que essas
responsável pela criação da primeira Escola Normal do Rio de Janeiro. Dedicou-se à causa da instrução pública, tendo
fundado diversas escolas, museus e bibliotecas. Em 1877 assumiu o cargo de conselheiro de Estado. De 1877 a 1889 foi
senador pela província do Paraná. Nesse período, em 25 de fevereiro de 1883, fundou, junto com outros senadores, a
Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Ainda durante o Império foi segundo oficial da Secretaria da Fazenda e primeiro
oficial da Secretaria do Império e depois da Secretaria de Justiça, além de oficial de gabinete de ministros de Estado.
Também foi diretor da Repartição de Estatística, tendo sido responsável pela realização do primeiro recenseamento da
população no Império.
246
CARULA, 2009, p. 27-9.
247
CARULA, 2012, p. 10-12.
248
CORREIA, 1876.
249
CARULA, 2012, p. 11.
250
FONSECA, 1996.
66
O sucesso das Conferências era tão grande que chegou a ser publicado um periódico
especialmente voltado para registrar seus conteúdos na íntegra. Esse periódico, chamado de
Conferências Populares, foi publicado entre os anos de 1876 e 1877, perfazendo 10 números.
Nele, foram publicados, integralmente os textos das conferências realizadas em seu período
de circulação e o conteúdo de conferências anteriores à publicação do primeiro número. Os
exemplares podiam ser adquiridos de modo avulso ou por meio de assinatura dentro e fora da
Corte.253
251
CARULA, 2009, p. 48.
252
CARULA, 2009, p. 37-74.
253
CARULA, 2009, p. 59-60.
254
CARULA, 2009, p. 36.
255
BRASIL, 1874, p. 8.
67
256
CORREIA, 1885b, p. 259.
257
BASTOS, 2003, p. 1.
258
CORREIA, 1885a, p. 253.
259
CORREIA, 1885a, p. 254.
260
CORREIA, 1885a.
261
CORREIA, 1885a, p. 255.
68
Quem deveria ser ensinado pela educação física nas propostas das conferências do
Conselheiro? Para ele, a educação deveria ser estendida para ambos os sexos sem ser a mesma
para ambos. A educação física da mulher e do homem deveriam ser diferentes, pois cada um
dos sexos deveria ocupar um lugar na sociedade determinado pela “natureza”. À mulher
caberia o papel de ser mãe, ao homem o de ser pai e cidadão. Apenas a ginástica natural
deveria ser utilizada para os dois sexos, já os “exercícios especiais” deveriam se ligar aos
papéis futuros que ambos deveriam ocupar na sociedade.262
Correia argumentava em seu texto que “raças inferiores” contribuíram para a formação
do Brasil e que uma raça que convinha à grandeza das riquezas naturais que o Brasil possuía
deveria ser formada pela educação em todas as suas dimensões.263 Com esse entendimento,
para ele, apesar da constituição racial brasileira, o país poderia ser melhorado pela educação
física e intelectual, dando à educação integral papel fundamental na construção da raça e da
nação. Para isso acontecer, Correia defendia que a educação deveria ser aplicada desde
infância, em todos os seus aspectos, na família, na escola e no colégio, e para ambos os sexos,
para que o Brasil pudesse possuir uma raça forte e vigorosa.264
Todavia, não era isso que ele observava no Brasil. Ele dizia que bastava olhar para as
escolas para ver meninos “raquíticos, pálidos e nervosos” porque nas escolas não se adotava
nenhum tipo de exercício físico: “não se atende se quer (sic) aos exercícios da ginástica
natural, os longos passeios ao ar livre, o movimento, a carreira, o salto, a natação, a esgrima, a
equitação, os jogos que desenvolvem a agilidade, a destreza, a força.”265 Assim como os
médicos que escreveram as teses, Correia defendia que uma cultura escolar higiênica pela
educação física deveria superar a escola e a educação vigentes naquele momento. Apesar de
não possuir uma formação médica, o Conselheiro Correia defendia os mesmos argumentos
dos médicos, corroborando e indicando sua autoridade intelectual.
262
CORREIA, 1885b, p. 261-2.
263
CORREIA, 1885a, p. 256.
264
CORREIA, 1885a, p. 256.
265
CORREIA, 1885a, p. 256.
69
Nas conferências de Correia e nas teses médicas, percebe-se que a educação física
tinha um papel muito ligado à saúde e às medidas higiênicas. A higiene era o braço da
medicina para interferir em vários espaços da vida das pessoas, mas em que medida a
medicina tinha legitimidade para promover essa intervenção?
266
BRASIL,1877.
267
CHALHOUB, 2012, p. 41-2.
268
CARVALHO, 2012, p. 111-114.
269
COSTA, 2004, P. 35
70
se, em escala cada vez maiores e em menor espaço, as atividades relativas à circulação de
pessoas. Um grande número de livres e libertos trabalhavam, residiam e perambulavam nos
limites da área central da cidade na mais “completa caótica realidade.”270
Nos quarteirões centrais do Rio de Janeiro, recortados por um dédalo de ruas estreitas e
congestionadas, erguiam-se, indiferenciadamente pequenas oficinas e fábricas – uma ou outra
mecanizada; casas de cômodos, cortiços, estalagens e hospedarias, onde se alojava a maioria
da população trabalhadora da cidade e o contingente numeroso e flutuante dos estrangeiros
que nela se detinham por tempo limitado; armazéns e os mais variados estabelecimentos
varejistas; moradias particulares; edifícios públicos; escritórios de grandes companhias e
bancos.271
270
BENCHIMOL, 1992, p. 112.
271
BENCHIMOL, 1992, p. 113.
272
REGO, 1881, p. 386.
273
CHALHOUB, 1996.
274
BENCHIMOL. 1992.
71
higiênicas dessas estalagens. Após 1870, começou-se a defender no pensamento médico, que
se acabasse com os cortiços existentes, impedindo que novos fossem construídos. A partir da
década de 1870, o cerco começava a se fechar, cada vez mais, para as instalações
consideradas pouco higiênicas na cidade segundo a racionalidade e a aparente neutralidade
científica do pensamento médico.275
Isso não quer dizer que o pensamento médico se tornou hegemônico sobre a forma de
ver e organizar a cidade, a doença e o corpo no Rio de Janeiro. Esse saber disputou espaço
para se legitimar com “saberes populares e tradicionais” na cidade do Rio de Janeiro e no
Brasil.276 Mesmo dentro do âmbito do saber médico existiam disputas sobre qual deveria ser o
nível de interferência e a forma de interferir na vida das pessoas.277
Um caso em particular que pode ser observado sobre as divergências entre os médicos
nos anos finais do século XIX é caracterizado pelas discussões do então diretor da Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro, José Martins da Cruz Jobim, e Torres Homem, professor da
mesma instituição, sobre a autorização da venda de um medicamento para cura de ébrios,
descoberto pelo não médico Elias Coelho Martins. Para José Martins de Cruz Jobim tal
medicamento era inofensivo, já, para Torres Homem, a autorização da venda de tal
medicamento era um perigo em potencial para a saúde pública.278 Essa discussão entre dois
médicos de renome do período indica que certos médicos tinham mais abertura para outros
saberes que não os da medicina, enquanto outros eram taxativos sobre saberes não médicos
não serem aceitos.
Embora os “terapeutas” não médicos não pudessem legalmente indicar e/ou vender
remédios, a população em geral não associava o exercício curativo a posse de um diploma
275
CHALHOUB, 1996, p. 15-60.
276
CHALHOUB, 1996.
277
Cf. SAMPAIO, 1995.
278
Cf. PIMENTA, 2004, p. 74.
72
oficial. Ao longo do século XIX, os barbeiros, por exemplo, ainda eram procurados para
sangrar, escarificar, aplicar ventosas e sanguessugas, clisteres e extrair dentes.279
Sidney Chalhoub oferece pistas importantes para compreender as tensões entre o saber
médico e outros saberes da arte de curar no Brasil do século XIX.280 Dentre as muitas
explicações dadas pelo o autor para a popularidade dessas atividades, irei destacar o que ele
chamou de uma “etiologia sobrenatural” das doenças.
Seu primeiro exemplo sobre esse tema foi buscado no mês de março de 1856, ano em
que o Brasil vivia uma devastadora epidemia de cólera. Numa sessão geral da Academia
Imperial de Medicina, o Dr. Costa pediu a palavra para narrar alguns fatos ocorridos na
Província de Pernambuco. O Presidente daquela província havia permitido que um negro,
conhecido como Pai Manoel,281 com fama de curador de cólera, andasse pelas casas e
hospitais desenvolvendo seu método de cura acompanhado de oficiais da guarda, chegando ao
ponto de se proibir que os médicos atuassem em certos locais.
Como o cólera era uma doença que acometia, principalmente, as massas mais pobres
da população, portanto negra, se generalizava na população a ideia de que as autoridades
estavam deixando que os médicos – brancos quase todos – matassem os pretos e pardos. A
mortalidade entre os negros causada pelo cólera era tamanha que alguns achavam que era
algum tipo de “arte diabólica” dos brancos para acabar com os negros.
279
FIGUEIREDO, 1999.
280
CHALHOUB, 1996.
281
Uma outra análise detalhada do caso da Pai Manoel e a Epidemia do Cólera de 1856, em Recife, pode ser encontrada no
trabalho de DINIZ, 2003.
73
ordem do mundo natural, mas sim em um plano espiritual, o que tornava, muitas vezes, os
agentes ligados à saúde pública “feiticeiros” brancos responsáveis pela transmissão das
moléstias, colocando na figura dos curandeiros, ou outros que tivessem contato com o divino,
a autoridade para o combate das moléstias.
Naquela Quarta-feira de Cinzas, o andor de São Benedito não ocupou seu lugar na
procissão. O ocorrido foi causado por alguns que se recusaram a carregar o santo sob a
alegação de que “branco não carrega negro, mesmo sendo Santo”. No ano seguinte, se abateu
sobre o Rio de Janeiro a primeira grande epidemia de febre amarela.
conferências, pode ajudar a compreender as formas propostas para higienizar a população pela
educação física. Esse espaço se configura nos periódicos médicos. A partir de agora, irei focar
na análise de dois periódicos médicos vinculados à Academia Imperial de Medicina entre
1870 e 1892.
282
FERREIRA, MAIO e AZEVEDO, 1997, p. 478.
283
FERREIRA, MAIO e AZEVEDO, 1997, p. 478.
284
CUNHA JÚNIOR, 2008.
285
MELO e PERES, 2014a.
75
exclusivamente dos recursos obtidos com as contribuições obrigatórias dos membros titulares.
A situação agravou-se durante a crise política decorrente do afastamento de D. Pedro I
ocorrida em 1831. No ano de 1834, as atividades chegaram a ser suspensas por todo o ano. A
sociedade de medicina só conseguiu sobreviver graças ao patrocínio estatal obtido a partir de
1835, quando a Sociedade passou a ser denominada Academia Imperial de Medicina. Essa
mudança implicou em uma reestruturação interna da instituição, modificando-se totalmente a
composição de seus membros. Além disso, o que marcou a diferença entre a Sociedade de
Medicina do Rio de Janeiro e a Academia Imperial de Medicina foi o fato desta ter
funcionado como órgão corporativo, garantindo privilégios para seus membros e criando
mecanismos de definição de uma medicina oficial.286
Com relação aos dois periódicos analisados, mesmo com as dificuldades financeiras,
eles foram publicados por quase todas as décadas de 1870, 1880 e 1890. Escolhi utilizar esses
286
FERREIRA, MAIO e AZEVEDO, 1998, p. 480
287
EDLER, 2003, p. 149.
288
Segundo Melo e Peres (2014a, p. 1134-5) alguns dirigentes da Junta Central de Higiene Pública trataram do tema da
educação física, dentre eles Domingos José Freire e Francisco de Paula Cândido. Pela leitura de minhas fontes também pude
perceber que José Pereira Rego que também foi presidente da Junta se pronunciou sobre o tema da educação física.
289
REGO FILHO,1874.
76
periódicos pela sua continuidade e por sua vinculação a uma instituição importante na
medicina.
Desses dois periódicos foram analisados artigos que tratassem do tema da educação
física e que possuíssem o termo “educação physica” a partir de levantamento na base digital
290
FERREIRA, 2003; FERREIRA, 1999.
291
GONÇALVES, 2011; GONÇALVES, 2012.
77
Peçanha Silva295 afirmava que a educação era composta por três dimensões:
intelectual, física e moral. João Pinto do Rego Cesar296 concordava com essa proposição e
somava que esse modelo de educação era baseado nos gregos antigos e que deveria servir de
base para pensar a educação no momento em que ele escrevia.297 Cesar dava à educação física
uma importância singular. Essa dimensão da educação era entendida, por ele, como a base da
educação moral e intelectual. Um corpo forte e saudável era necessário para servir de suporte
para uma mente inteligente e uma vontade moralmente controlada.298 Entretanto, para Silva e
Cesar, existia na realidade educacional uma grande ênfase nos aspectos intelectuais da
educação e o desprezo pelos aspectos físicos.
292
SILVA e MELO, 2011.
293
OLIVEIRIA, 1883.
294
SILVA, 1875a, 1875b, 1875c, 1876, 1879.
295
João Damasceno Peçanha da Silva era membro da Academia Imperial de Medicina e professor de Patologia Médica da
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
296
Não foram encontradas informações sobre esse autor.
297
CESAR, 1878. p. 347.
298
CESAR, 1878. p. 343.
78
morais e intelectuais, a educação deveria abarcar todos esses aspectos para ser completa e
integral.
Mas, do que tratava a dimensão da educação física. Nos artigos analisados, ela
englobava uma gama ampla de aspectos como: a vestimenta, a alimentação, a ginástica, os
cuidados com os recém nascidos, o aleitamento, o desmame e, até, a vacinação.299 Tudo que
estava ligado às dimensões físicas da existência poderia ser objeto de uma educação física,
mesmo a causa da alienação mental poderia ser relacionada à educação física.300 Parece ser
recorrente dentro do debate médico o entendimento de uma educação física ampla.
Nesse sentido, o clima brasileiro e a constituição racial do povo brasileiro não seriam
determinantes para o destino do Brasil, sendo a escolarização e a educação física capazes de
transformar o povo brasileiro em um povo forte e saudável, proporcionando ao Brasil
desenvolvimento. Nesse sentido, José Pereira Rego afirmava em um artigo que: “[...] mais
poderosa e feliz será a nação que melhores instituições de educação física, moral e intelectual
possuir, ou antes melhores escolas.”304 Mas, segundo ele, não bastava a educação, ela deveria
299
PIRAGIBE, 1876, p. 304-5.
300
ANDRADE, 1880-1881.
301
Membro da Academia Imperial de Medicina e médico do Hospital Militar da Guarnição da corte.
302
OLIVERIA, 1883.
303
SILVA, 1879.
304
REGO, 1881, p. 377.
79
ser aliada à melhora do saneamento e da arquitetura das cidades.305 O saber médico buscava
propostas para interferir pela higiene na educação e até na organização da cidade para
produzir um Brasil higienizado. Essas medidas de intervenção em várias dimensões da vida
era uma característica marcante da higiene.
Pelas propostas das formas de higienizar a população brasileira por meio da educação
física contidas nos periódicos percebe-se que deveriam ser educados as mulheres, os homens,
as crianças, sendo que cada grupo deveria ter uma educação física diferente para se adequar às
funções esperadas que esses grupos exerceriam na sociedade que se pretendia construir.
Em sua visão, para solucionar tal questão o Brasil não deveria buscar respostas no
exterior. O Brasil precisava de teorias que dessem conta de sua realidade e a importação de
ideias da Europa não resolveria esse problema. “Se em lugar de se consultar gazetas médicas
estrangeiras e listas farmacêuticas, tivesse a maior parte dos médicos clínicos a paciência de
nacionalizar, de localizar suas investigações [...].”307
305
REGO, 1881, p. 2.
AZEVEDO, 1872. Em outro número da revista o autor agradeceu o acolhimento dado a seu texto: SESSÃO geral de 29 de
306
saberes médicos criados a partir da realidade nacional, o que faria com que a população
ficasse mais educada fisicamente e, consequentemente, melhor moralmente.
Para Azevedo e Rego, a medicina se inspirava em ideias vindas da Europa, mas essas
ideias deveriam ser ressignificadas para melhor se adequar aos projetos e peculiaridades
nacionais. Entre alguns médicos, podia-se perceber que a inspiração européia não significava
a cópia do que foi produzido na Europa para a realidade brasileira. Esse movimento podia ser
percebido em outros espaços da medicina. Gomes também apontou que esse debate se
desenvolvia no ambiente do Museu Nacional309 e Edler percebeu isso nas reformas da
faculdade de medicina.310
308
REGO, 1872.
309
GOMES, 2009.
310
EDLER, 1992.
311
GÓIS JÚNIOR, 2000.
312
SILVA, 1875a.
81
Era recorrente entre os médicos que escreveram nos periódicos, a crítica de que o
estabelecimento escolar era voltado apenas para o lucro e não estava preocupado com a
educação física, moral ou intelectual das crianças e que não existiam estabelecimentos de
ensino no Brasil que conseguissem aplicar a educação física de forma satisfatória. Nesse
sentido, Azevedo afirmava que a escola:
Na maioria dos casos, [era] um estabelecimento industrial, onde se troca poucas coisas do
humano saber por algumas remunerações, sempre superiores à instrução que os alunos
recebem. São casas onde a educação não é cuidada minuciosamente; aqueles que da família
pouco levam, em moral e costumes, deixam nos dormitórios e nos folguedos esse pouco.313
Como o saber médico se julgava como o mais indicado para normatizar e regrar a vida
ele não poderia ser deixado de lado na crítica aos estabelecimentos de educação. As regras de
higiene deveriam ser levadas em consideração na construção das escolas, na alimentação dos
alunos, nas vestimentas, nos exercícios, ou seja, na educação física. Nesse sentido, Cesar
afirmava que não se encontrava no Rio de Janeiro, e tão pouco no resto do país,
estabelecimentos de educação que se adequassem às regras de higiene e aplicassem a
educação física de forma satisfatória.315 Pelos trabalhos de Cunha Junior, pode-se perceber
que a ginástica era aplicada no Colégio de Pedro II durante boa parte do século XIX,316 mas
nem isso o liberava das críticas de Cesar quando afirmava que a educação física praticada no
Colégio Pedro II era “incompleta”.317
313
AZEVEDO, 1872a, p. 429.
314
REGO, 1872.
315
CESAR, 1878.
316
CUNHA JÚNIOR, 2003 e 2008.
317
CESAR, 1878.
82
Segundo Azevedo, a própria mãe deveria ser a responsável pela educação física dos
filhos e não entregar essa função a escravas. Em sua opinião, tudo podia piorar quando a
educação e a educação física ficavam sob responsabilidade de mucamas: “escrava obediente e
dedicada, sensual e imoral.”320 Assim aumentava-se a responsabilidade da mãe que deveria
ser a responsável pela educação física das crianças e não delegar essa função para alguma
escrava que poderia degradar moralmente a criança.
Nem todos os argumentos para que a mãe se responsabilizasse pela educação física
das crianças eram de ordem médica. Azevedo também utilizava o argumento de que Deus
confiou à mulher a missão de educar seus filhos.321 Pode-se notar nas proposições de Azevedo
que existia uma mescla entre argumentos médicos e religiosos para apontar a mulher como
responsável pela educação física das crianças, fazendo com que a função da mulher, como
mãe e educadora, tornasse mais do que um mandato biológico, sendo também divino e
fazendo com que qualquer desvio dessa função fosse pernicioso.322
Para realizar bem sua função de mãe a mulher não deveria se entregar às vaidades e
aos prazeres das festas, riquezas e ostentações e nem se deixar arrastar pelos luxos da
modernidade. Para Azevedo, ela deveria ser “simplesmente santa”. As qualidades da mulher
seriam aquelas relacionadas a sua “pureza” e a sua capacidade de ser mãe. Essa mãe pura e
318
LOURO, 2010, p. 447.
319
AZEVEDO, 1872b, p. 428.
320
AZEVEDO, 1872b, p. 429.
321
AZEVEDO, 1872b, p. 93.
LOURO (2010, p. 444) apontou que o discurso religioso era importante no modelo de educação para transformar crianças
322
em homens e mulheres.
83
santa era aquela desejada para gerar e educar os filhos da nação que levariam a nação ao
progresso. A mulher era vista como o berço dos futuros homens por Azevedo.
A mulher era uma das responsáveis pela regeneração do Brasil. A educação física e
moral da mulher deveria seguir os preceitos higiênicos para que ela pudesse atuar de forma
eficaz na educação física dos filhos; filhos não só delas, mas da nação. A mulher deveria ser
educada para cumprir sua função social e divina de ser mãe.326
323
AZEVEDO, 1872b, p. 99.
324
TEIXEIRA, 1887.
325
ANNAES BRAZILIENSES DE MEDICINA, 1879. p. 385.
326
LOURO, 2010, p. 446-7.
84
[...] a arte de desenvolver pelo exercício a força e a agilidade do homem; ela tem por fim
submeter o corpo a exercícios regulares, desenvolver por esse meio os agentes motores e
ativar as principais funções do organismo, tornando-o mais forte.327
Esses autores afirmavam que a ginástica era de necessidade absoluta nas escolas de
ensino primário, e até nas de ensino superior.328 No estado em que o conhecimento humano se
encontrava, segundo eles, ficava fácil demonstrar as vantagens da ginástica científica no
desenvolvimento de todos os ramos físicos e morais da infância. Por consequência, a ginástica
seria de grande utilidade nos estabelecimentos de educação.329
Contudo, não era qualquer tipo de ginástica que deveria ser escolarizada nos
argumentos da comissão. Em seus argumentos, nota-se uma diferenciação entre as ginásticas
científicas e outras ginásticas não científicas, sendo a ginástica científica possuidora de
qualidades330 e as outras ginásticas representantes da anti-norma por não ser baseada na
ciência. 331
A ginástica científica era a única que deveria fazer parte do espaço escolar por ser
capaz de criar corpos fortes e equilibrados. Embora a comissão considerasse que a aplicação
da ginástica científica nas escolas seria de grande importância, seus membros apontavam que
a ginástica estava merecendo pouca atenção no Brasil.332
Os autores da comissão também acreditavam que a ginástica não teria uma boa
influência apenas sobre o aparelho locomotor, ela agiria em todo o organismo, modificando
327
REGO FILHO; CESAR; SANTOS. 1874, p. 70
328
REGO FILHO, CESAR e SANTOS, 1874, p. 77. Os argumentos desse relatório apresentado à Academia Imperial de
Medicina foram aprovados com unanimidade pelos seus membros. Essa comissão foi formada a partir de uma discussão
sobre a Higiene dos hospitais. A comissão foi formada com o intuito de esclarecer alguns pontos levantados dessa discussão.
Os argumentos desse relatório apresentado à Academia Imperial de Medicina foram aprovados com unanimidade pelos seus
membros da Academia (REGO FILHO, 1874-1875, p. 298).
329
REGO FILHO; CESAR; SANTOS. 1874, p. 70.
330
Esse argumento também era defendido em outro artigo, cf. CESAR, 1878, p. 344.
331
REGO FILHO; CESAR; SANTOS, 1874.
332
REGO FILHO; CESAR; SANTOS, 1874.
333
REGO FILHO; CESAR; SANTOS, 1874.
85
Em outro artigo, Cesar defendia que a ginástica não agiria somente sobre o físico, sua
atuação se daria em todas as dimensões da educação. Para defender esse argumento, Cesar
apontava que um corpo forte teria uma vontade forte e também que um corpo forte poderia
suportar as intempéries e poderia conservar uma mente inteligente. “[...] [a] ginástica não tem
só em vista dar força e destreza ao corpo, mas também vigorar a saúde, despertando e
favorecendo, outrossim, a boa disposição do espírito, a firmeza da vontade, a prudência e a
coragem.”335
Para os autores da comissão, a ginástica deveria ser adotada para ambos os sexos e
todas as idades, mas não deveria ser a mesma para todos já que suas funções na sociedade e
suas naturezas seriam diferentes.
Passando à aplicação da ginástica em relação aos sexos diremos que se a natureza deu à
mulher e ao homem uma organização diferente e disposta à missão que cada um tem de
exercer na terra, é claro que nem a mesma educação e nem os mesmos exercícios convêm a
ambos; a ginástica ativa, conveniente ao homem, que a Providência dotou de força e coração
337
para proteger a família e defender a pátria não pode convir à mulher.
Ao homem cabia o papel de defensor tanto da pátria como da família e, com isso, a
ginástica voltada para ele deveria ter esse objetivo. A busca de um homem forte e preparado
para defender a pátria parece ter se tornado mais comum após a guerra do Paraguai,338
influenciando o modelo de educação física e ginástica para o homem segundo a Comissão.
334
REGO FILHO; CESAR; SANTOS. 1874, p. 74.
335
Novo Guia para o ensino da gymnastica nas escolas publicas da Prússia, traduzido por ordem do ministro do Imperio.
Rio de Janeiro 1870. – Introdução. Apud. CESAR, 1878, p. 343.
336
CESAR, 1878, p. 348.
337
REGO FILHO; CESAR; SANTOS, 1874, p. 74.
338
SILVA e MELO, 2011.
86
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para compreender as formas propostas para higienizar a população por meio da
educação física na visão de parte da medicina nos anos de 1870 até 1892, foi utilizado o termo
educação física como os autores, dos documentos a entendiam. Para a maioria dos autores a
educação física era entendida de forma ampla e abarcava a ginástica, a arquitetura dos
edifícios, a alimentação, o banho, o asseio, a dança, o canto e declamação, a natação, a
esgrima, os jogos, o sport, a equitação, os passeios e a caça. Tudo que dizia respeito ao
desenvolvimento físico podia ser enquadrado de alguma forma na educação física.
Esse olhar sobre a documentação pode colaborar para a interpretação sobre o que os
médicos entendiam por educação física sem a necessidade da utilização de uma categoria
como “educação do corpo”. O próprio termo educação física significado de forma ampla já
oferece eficácia heurística se respeitada sua historicidade.
Nas teses, os autores apontavam que no modelo de escola vigente naquele momento os
aspectos intelectuais sobressaiam aos outros. Para corrigir esse desequilíbrio uma educação
física baseada na higiene deveria fazer parte de uma nova forma de conceber a escola. Os
autores defendiam que se deveria criar uma nova cultura escolar baseada nos conhecimentos
da ciência e da higiene. Para isso, a escola deveria conter uma educação física ampla baseada
na higiene.
Ainda nas teses percebe-se que o principal aspecto da educação física era o exercício
físico, mas é em 1892 na tese de Brito que a educação física passa a designar somente o
exercício físico. Parece que estava em processo a especialização da educação física como uma
área responsável pela racionalização do exercício físico.
A partir da leitura das teses percebi que outras fontes seriam necessárias para
compreender formas propostas para higienizar a população por meio da educação física
defendidas por parte dos médicos nos anos finais do século XIX em seu diálogo com a
87
sociedade. Com isso, as Conferências Públicas da Glória e dois periódicos médicos serviram
como fontes.
Mas acredito que a maior contribuição que essa dissertação pode dar para as áreas de
História da Educação e de História da Educação Física é apontar a possibilidade de que a
representação sobre a educação física de forma ampla na documentação pesquisada incidia
diretamente sobre o processo de institucionalização da forma escolar no Brasil do final do
século XIX, imiscuindo-se no processo de escolarização nacional.
Nos limites desse trabalho pude compreender as formas propostas para higienizar a
população por meio da educação física defendidas por parte da medicina nos anos de 1870 até
1892. Uma questão ainda não respondida que está para fora dos limites desse trabalho é como
a educação física entendida de forma ampla foi apreendida dentro do cotidiano das escolas
nesse período. Será que as propostas do pensamento médico eram respeitadas? Como essas
formas de educação física foram ressignificadas dentro das culturas escolares? Essas são
perguntas para outra história.
88
ACERVOS CONSULTADOS
Arquivo Nacional.
Biblioteca Nacional.
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89
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do Rio de Janeiro até 4 annos de idade? Pelo Dr. Peçanha da Silva. Annaes Brasilienses de
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_____________. A que causas se pode atribuir a grande mortalidade das crianças na cidade
do Rio de Janeiro até 4 annos de idade? Pelo Dr. Peçanha da Silva Annaes Brasilienses de
Medicina. Tomo XXVII. – Outubro e Novembro de 1875. – Ns. 5 e 6, 1875b.
_____________. A que causas se pode atribuir a grande mortalidade das crianças na cidade
do Rio de Janeiro até 4 annos de idade? Pelo Dr. Peçanha da Silva . Annaes Brasilienses de
Medicina. Tomo XXVII. Dezembro de 1875. N. 7, 1875c.
_____________. A que causas se pode atribuir a grande mortalidade das crianças na cidade
do Rio de Janeiro até 4 annos de idade? Pelo Dr. Peçanha da Silva . Annaes Brasilienses de
Medicina. Tomo XXVII. – Janeiro de 1876. N. 8, 1876.
_____________. Qual a causa da mortalidade das crianças até aos quatro annos de idade?
Pelo Dr. Peçanha da Silva. Annaes Brasilienses de medicina. Tomo XXX. Março, Abril e
Maio de 1879.
TEIXEIRA, José Maria. Causas da Mortalidade das crianças no Rio de Janeiro. Annaes da
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99
339
Foi mantida a grafia de época nos títulos.
100
Algum dos systemas penitenciarios conhecidos é tão superior aos outros debaixo do
ponto de vista hygienico, que deva ser preferido?
Pedro Sanches de Lemos Epilepsia 1872
Urias Antonio da Silveira Diagnostico e tratamento das dyspepsias 1872
Valeriano Ramos da Fonseca Operações reclamadas pelos kystos do ovario 1872
Victorino Ricardo Barboza Romêo Pneumonia 1872
Luiz da Cunha Feijó Junior Paralysias puerperaes 1872
Luiz Pientzenáuer Das convulsões puerperaes 1872
Francisco José Xavier Digital considerada pharmacologica e therapeuticamente 1872
João Damasceno Peçanha da Silva Da escarlatina 1872
Antonio Caetano de Almeida Da amputação em geral 1872
Pedro Affonso de Carvalho Franco Diagnostico differencial e tratamento dos tumores da lingua 1872
João Joaquim Pizarro Solanaceas brazileiras 1872
João Martins Teixiera Acustica 1872
Felix Cioffi Trombose e embolia 1872
João Sofia Pneumonia fibrinosa 1872
Julio Meers Diferentes fórmas de dysenteria 1872
Manoel Monte Godinho Vantagens da electricidade na therapeutica cirurgica 1873
Tarquinio Brazileiro Lopes Parallelo entre a lithotricia e a lithotomia 1873
Juvenal Martiniano das Neves Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral, e particularmente do mercenario 1873
em relação ás condições em que elle se acha no Rio de Janeiro
Ramiro Fortes de Barcellos Das allianças consangüíneas e de sua influencia sobre o physico, o moral e o 1873
intelectual do homem
Leocadio José Corrêa Lithotricia 1873
Luiz Augusto Corrèa de Azevedo Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral, e particularmente do mercenario 1873
em relação ás condições em que elle se acha no Rio de Janeiro
João Henrique da Silva Coutinho Febre amerella 1873
Francisco Moreira Sampaio Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral, e particularmente do mercenario 1873
em relação ás condições em que elle se acha no Rio de Janeiro
Guilherme Pereira da Silva Belmonte Do diagnostico e tratamento das molestias paludosas 1873
Francisco Manoel Gudes de Miranda Urethrotomia 1873
José Joaquim de Alvarenga Cunha Acupressura 1873
Leoncio Gomes Pereira de Moraes Do abôrto provocado 1873
Antonio Pereira de Barros Leite Mormo no homem 1873
Fortunato da Fonseca Duarte Diagnostico differencial dos tumores do escroto 1873
José Benecio de Abreu Das indicações e contra-indicações do bromureto de potássio no tratamento das 1873
molestias nervosas
Manoel Lopes Monteiro de Oliveira Do tratamento das hydarthroses 1873
João Baptista Bueno Mamoré Das condições pathogenicas, do diagnostico e tratamento da moléstia conhecida pelo 1873
nome de Béribéri
Antonio Dias Ferreira Abscessos urinosos 1873
Luiz Agapito da Veiga Respiração em geral 1873
José Bernardo de Loyola Junior Tétano Essencial 1873
D. José de Souza da Silveira Tétano essencial 1873
Francisco Joaquim Bittencourt de Segadas Febre amarella 1873
Vianna
José Bazileu Neves Gonzaga Filho Do diagnostico dos tumores intra-crancanos 1873
Paulino José Gomes da Costa Das indicações e contra-indicações do bromureto de potassio no tratamento das 1873
molestias nervosas
Paulino Cyrillo Leão da Silveira Acupressura 1873
Miguel Zacharias de Alvarenga Febre amarella 1873
José Eugenio de Lemos Pneumonio 1873
Affonso Pereira da Silva Ovariotomia 1873
Luiz Pinto de Magalhães Siqueira Do tratamento dos aneurysmas 1873
José Rodrigues Peixoto Do tratamento da coxalgia 1873
Paulo Barbosa Pereira da Cunha Da febre puerperal 1873
Sergio Eustachio Ferreira de Oliveira Acupressura 1873
Gustavo de Oliveira Godoy Urethrotomia 1873
José Rodrigues dos Santos Filho Ovariotomia 1873
João de Deus da Cunha Pinto Da febre puerperal 1873
Galdino Emiliano das Neves Sobrinho Molestias do sacco lacrimal 1873
Antonio Gomes de Siqueira Ramos Febre amarella 1873
João Francisco de Souza Junior Funcções do baço 1873
Joaqeuim José de Menezes Vieira Da surdez produzida por lesões materiaes 1873
Pacifico Esteves Valladares Medicação anesthesica 1873
Diogo Fernandes Alvares Fortuna Lithotricia 1873
João do Nascimento Guedes Junior Diagnostico differencial dos tumores do escroto 1873
Antonio Pompeu de Souza Brazil Acupressura 1873
Luiz João Falleti Pneumonia 1873
Francisco Pinto Ribeiro Da vaccinação e revaccinação 1873
Antonio Manoel da Costa Guimarães Da dôr 1873
Feliz Rodrigues Seixas Das condições pathogenicas, do diagnostico e tratamento da molestia conhecida pelo 1873
102
nome de Béribéri
Luiz Alves Pereira Junior Urethrotomia 1873
Guilherme Affonso de Carvalho Ovariotomia 1873
Prudencio Augusto Suzano Brandão Medicação anesthesica 1873
Miguel Archanjo da Silva Ovariotomia 1873
Sebastião Gonçalves da Silva Mascarenhas Do abôrto provocado 1873
Fernando Alberto Vieira de Lemos Medicação anesthesica 1873
Alfredo Vieira Barcellos Medicação anesthesica 1873
Bernardino Silva Das causas, pathogenia e tratamento da hemorrhagia pulmonar 1873
Augusto Alvares da Cunha Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral, e particularmente do mercenario 1873
em relação ás condições em que elle se acha no Rio de Janeiro
José Leopoldo Ramos Lithotricia 1873
Eduardo Olympio Teixeira Epilepsia 1873
Antonio da Costa Pinto Diáthese e molestias diathesicas 1873
Antonio Caetano da Silva Lara Indicações e contra-indicações do trépano 1873
Antonio Domingues de Sá Junior Digestão em geral 1873
Honorio Rodrigues de Araujo Libeiro Lithotricia 1873
Franklin Bento Pereira Salgado Da febre puerperal 1873
Silvestre Dias Ferraz Junior Mercurio e seus preparados considerados physiologica, therapeutica e 1873
pharmacologicamente
Henrique José do Carmo Netto Medicação anesthesica 1873
Luiz da Cunha Moreira Febre amarella 1873
Luiz Cardoso de Moura Lithotricia 1873
Caetano Ignacio da Silva Febre amarella 1873
Julio Cesar Ferreira Brandão Das causas, pathogenia e tratamento da hemorrhagia pulmonar 1873
Thomaz Pimentel de Uchôa Epilepsia 1873
Manoel de Araujo da Cunha Alvarenga Apoplexia cerebral 1873
Cesário Pereira Machado Tétano essencial 1873
Arlindo Ramires Esquivel Junior Da vaccinação e revaccinação 1873
Francisco Peregrino Viriato de Medeiros Do tratamento da coxalgia 1873
Virgilho Horacio de Oliveira Lithotricia 1873
Telasco Lopes de Gomensoro Molestias do sacco lacrimal 1873
Manoel da Matta Leite de Araujo Da vaccinação e revaccinação 1873
João Plinio de Castro Menezes Da dôr 1873
Antonio Manoel de Azevedo Urethrotomia 1873
José Camillo de Moura Das cusas, pathogenia e tratamento da hemorrhagia pulmonar 1873
José Martins Carneiro Leão Vaccinação e revaccinação 1873
Cornelio Emilio das Neves Milward Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral, e particularmente do mercenario 1873
em relação ás condições em que elle se acha no Rio de Janeiro
Germano Augusto da Silva Chaves Das causas, pathogenia e tratamento da hemorrharia pulmonar 1873
Joaquim Duarte Murtinho Do estado pathologico em geral 1873
Francisco de Paula Bueno de Azevedo Da febre puerperal 1873
Macedo
Antonio Zacharias Alvares da Silva Junior Do contagio e da infecção. Qual o regimen sanitario que se deve observar durante as 1873
grandes epidemias pestilenciaes
Luiz José de Alvarenga Epilepsia 1873
José Ildefonso de Oliveira Mafra Da vaccinação e revaccinação 1873
Joaquim Manoel de Oliveira Figueiredo Febre amarella 1873
Junior
Francisco Leopoldino Bueno de Faria Do aborto provocado 1873
Antonio de Mello Muniz Maia Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral, e particularmente do mercenario 1873
em relação ás condições em que elle se acha no Rio de Janeiro
Manoel Felizardo de Azevedo Medicação anesthesica 1873
José de Macedo Cordeiro de Negreiros Das allianças consaguineas e de sua influencia sobre o physico, o moral e o 1873
Lobato intelectual do homem
Francisco Caetano dos Santos Dos systemas penitenciarios e de sua influencia sobre o physico e a moral do homem 1873
– Alguns dos systemas conhecidos é tão superior aos outros sob o ponto de vista
hygienico, que deva ser preferido?
João Martins Teixeira Calor em geral, e calor animal em particular 1873
João José da Silva Da peritonite 1873
Henrique Carlos da Rocha Das acções reflexas 1874
Francisco Pinto Ribeiro Da vaccinação e revaccinação 1874
José Lino Pereira Junior Do diagnostico e tratamento do beriberi 1874
Alexandre Pereira de Souza Diagnostico diferencial entre a febre amarella e a bibilosa dos paizes quentes 1874
Celso Eugenio dos Reis Junior Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral e em particular do mercenario, 1874
attentas as condições da cidade do Rio de janeiro
Carlos Augusto de Moraes Sarmento Operações reclamadas pela collecção de liquidos nas cavidades pleuriticas 1874
José Carlos Berrini Chorea 1874
Manoel de Mello Braga Junior Da morte súbita durante o estado puerperal 1874
Henrique Cesar de Souza Vaz Da nutrição 1874
João Baptista Kossuth Vinelli Da thermometria e da febre 1874
Francisco Antonio Ribeiro Das hepatites 1874
103
Ascendino Angelo dos Reis Diagnostico diferencial das molestias do coração 1874
Lucio da Cunha Pauvolid e Menezes Diagnostico diferrencial entre a febre amarella e a biliosa dos paizes quentes 1874
Nuno Teixeira Lages Junior Do diagnostico das molestias do figado e seu tratamento 1874
Marcos Manso Monteiro da Costa Reis Do diagnostico das molestias do figado e seu tratamento 1874
José Celestino Soares Do diagnostico e tratamento das diversas manifestações do hysterismo e da epilepsia 1874
José Lopes Ferreira Dysenteria 1874
José Ignacio de Carvalho Resende Dysenteria 1874
Samuel Dultton Brandão de Souza Barros Dysenteria 1874
Pedro Macedo de Aguiar Electrotherapia 1874
Camilo Maria Ferreira da Fonseca Ensaio sobre a nutrição propriamente dito 1874
Domingos José Freire Junior Estudo analytico e comparativo dos principais ácidos organicos 1874
Octavio Ellene Hemorrhagias puerperaes 1874
Lourenço Justiniano Vieira Indicações e contra indicações da sangria durante o estado puerperal 1874
Galdino Emilliano das Neves Sobrinho Molestias do sacco lacrymal 1874
Garbiel Pimenta Natureza do curare 1874
José Gomes do Amaral Operações necessarias para a obliteração das artérias nos aneurismas 1874
Lucas Tavares de Lacerda Operações reclamadas pela collecção de liquidos nas cavidades pleuriticas 1874
José Lourenço de Castro e Silva Ophtalmia dits rheumatica 1874
Nocoláo Tofanisco Pneumonia Croupal primaria 1874
Francisco de Paula da Silca Partos: Hemorhagias puerperaes 1874
Carlos Pereira da Silca Guimarães Das feridas penetrantes do peito 1874
Honorio da Cunha e Souza Indicações do fórceps e da versão podalica 1874
Cesario Gabriel de Freitas Das hepatites 1874
Francisco Corrêa Dutra Junior Do melhor methodo de tratamento dos estritamentos orgânico da urethra 1874
Aureliano Gonçalves de Souza Portugal Vicios de conformação da bacia e suas indicações 1874
Francisco Cassiano Ferreira Alves Dos tumores brancos 1874
Antônio José de Faria Operações reclamadas pela fistula lacrymal 1874
Constantino Ferreira Leal Vicios de conformação da bacia e suas indicações 1874
Amaro Ferreira das Neves Armonde Da educação physica, intelectual e moral da mocidade no Rio de Janeiro e de sua 1874
influencia sobre a saude
Eduardo Henrique Pereira de Mello Febre typhoide 1874
Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho Do acclimamento das raças sob o ponto de vista da colonização em relação ao Brasil 1874
Augusto Cesar de Miranda Azevedo Beriberi 1874
Francisco de Paula Barrozo Nunes Febre thyphoide 1874
Camillo Maria Ferreira da Fonseca Da nutrição 1874
Francisco Antonio Ribeiro Das hepatites 1874
Francisco José Coelho de Moura Do aleitamento natural, artificial e mixto em geral e em particular do mercenario 1874
attentas ás condições da cidade do Rio de Janeiro
Antonio da Terha Pereira Do aleitamento natural e mixto em geral, e em particular mercenario, attentas as 1874
condições da cidade do Rio de Janeiro
Ambrozio Vieira Braga Do diagnostico das molestias do figado e do seu tratamento 1874
João da Matta Machado Educação physica, moral e intellectual da mocidade no Rio de Janeiro, e da sua 1874
influencia sobre a saúde
Cypriano Barbosa Bettamio Do diagnostico das molestias do larynge e seu tratamento 1874
Antonio Romualdo Monteiro Do diagnostico e tratamento das diversas manifestações do hysterismo e da epilepsia 1874
Antonio José de Vasconcellos Junior Dysentrria 1874
Guilherme Ferreira de Abreu Febre typhoide 1874
Antonio Furtado Campos Junior Febre typhoide 1874
Carlos Claudio da Silva Lymphatites perniciosas 1874
José Celestino Soares Symptomatologia e diagnostico da hysteria 1874
Nuno Ferreira de Andrade Do diagnostico e tratamento das nevrozes visceraes 1875
Carlos Guido Védova Do emprego da agua fria nas molestias cirurgicas 1875
Francisco Silviano de Almeida Brandão Diagnostico differencial entre as molestias cutâneas de origem syphilitica e não 1875
syphilitica
João Henrique Braune Diagnostico differencial entre as molestias do estomago 1875
Domingos de Almeida Martins Costa Do valor das investigações thermometricas no diagnostico, prognostico e tratamento 1875
das pyrexias que reinam no Rio de Janeiro
Phelippe Aristides Caire Das condições pathogenicas, causa, diagnostico e tratamento do beriberi 1875
José Borges Ribeiro da Costa Do valor das investigações thermometricas no diagnostico e tratamento das pyrexias 1875
que reinam no Rio de Janeiro
Carlos Ferreira Alves Hypoemia intertropical 1875
Francisco Rodrigues de Camargo Indicações do fórceps e da versão podalica 1875
Miguel Joaquim Dias Pereira Amputação da coxa no terço superior 1875
Antonio José da Silva Rabello Junior Do diagnostico das molestias do fígado e seu tratamento 1875
Cypriano de Souza Freitas Nevralgias 1875
Manoel Teixeira Maciel Dos curativos raros 1875
Ernesto de Freitas Crissiuma Do diagnostico das molestias do fígado e seu tratamento 1875
Francisco dos Santos Corrêa Do diagnostico das molestias do fígado e seu tratamento 1875
José Ferreira Barreto Amputação na coxa no terço superior 1875
Domingos Jacy Monteiro Junior Dos systemas penitenciarios e de sua influencia sobre o homem 1875
José Lopes da Silva Trovão Dysenteria 1875
Joaquim José da Fonseca Junior Operações reclamadas pela cataracta 1875
104
Alfredo Freitas de Sá Dystocia fetal dependente das apresentações e posições anormaes vicieosas e 1878
irrigulares
Evaristo Sabbieti A febre typheide 1878
Francisco Ignacio de Carvalho Sampaio Perititonite 1878
Eduardo Augusto de Souza Santos Do diagnostico e tratamento das diversas formas de febre perniciosa, que reinão no 1878
Rio de Janeiro
João José dos Santos Estudos sobre a rovulsão em geral e em especial sobre o modo de acção do 1878
vesicatorio na pleuresia
Miguel Couto dos Santos Junior Hysteria 1878
Caetano Ignacio da Silva Febre amarella 1878
Firmino Nogueira da Silva Tetano 1878
Guilherme Alves da Silva Da influencia dos climas sobre o desenvolvimento da tisica pulmonar, quaes as 1878
condições hygienicas mais favoráveis no tratamento desta molestia
José Moreira da Silva Da ipecacuanha: sua acção physiologica e therapeutica 1878
Pedro José da Silva Febre amarella 1878
Theodoro Gomes Pereira da Silva Da ictericia 1878
Tristão Eugenio da Silveira Hysteira 1878
José da Cunha Soutto Mayor Epilepsia 1878
José Eduardo Teixeira de Souza Da influencia que têm exercido as experiencias physiologicas no progresso da 1878
medicina pratica
Julio Speranza Febre geral 1878
Tristão de Oliveira Torres Resecção em geral 1878
José de Carvalho Totentino Transfusão 1878
Hortencio Leovigildo de Mendonça Ulchoa Tetano 1878
Francisco de Paula Valladares Dos hospitaes e hospicios 1878
José Pereira da Silca Vianna Operações reclamadas pelo hematocele pelo hematocele vaginal 1878
Viriato Gonçalves Vianna Peritonite 1878
Antonio Benedicto Marques Cantinho Da embryotomia, superioridade do fórceps-serra de Van-Huegel sobre os outros 1879
instrumentos destinados a esta operação
Pedro Bandeira Gouvêa Beriberi 1879
José Benicio de Abreu Das epidemias 1879
Virgilio Fabiano Alves Da hepatite 1879
Manoel Vieira Baptista Da ictericia 1879
Alberto Rodrigues Barcellos Operações reclamadas pelos cálculos vesicaes 1879
José Bello Pectoriloquia aphona nos derramamentos pleuriticos 1879
Paulo Bourroul Da nephrite chronica primitiva 1879
José Joaquim de Azevedo Brandão Tetano 1879
Antonio Brifsay Considerações sobre a etiologia e a prophylaxia da febre amarella 1879
Joaquim Marcellino de Britto Netto Physica e chimica 1879
Viriato de Cerqueira Caldas Pyogenia 1879
Joaquim Monteiro Caminhoá Familia das euphorbiaceas 1879
Francisco de Castro Correlação das funcções 1879
Domingos de Almeida Martins Costa Do diagnostico das diversas formas clinicas do Mal de Bright 1879
Francisco da Cunha e Souza Da erysipela traumatica e seu tratamento 1879
Vicente Ferreira de Almeida Alves Cunha Da hepatite 1879
Joaquim Antonio de Moraes Dantas Diagnostico differencial dos tumores do testiculo 1879
Antonio Milward D’Azevedo Contribuições para o estudo da iritis serosa 1879
Julio Borges Diniz Do diagnostico e tratamento das visceralgias 1879
Ataliba Florence Sobre as bactérias do pus azul 1879
Duarte Alfredo Flôres Febre amarella 1879
Dermeval José da Fonseca Phtysica pulmonar aguda 1879
Cypriano de Sousa Freitas Innervação vaso-motora 1879
Rodolpho Benvenuto Garnier Transfusão 1879
José Hermenegildo Pereira Guimarães Do tratamento das feridas cirúrgicas e accidentaes 1879
João Baptista de Lacerda Filho Dos centros motores encephalicos 1879
Francisco Ignacio de Moura Marcondes Da hepatite 1879
José Antonio de Oliveira Marcondes Transfusão de sangue 1879
Henrique A. Monat Das varices 1879
Antonio Luiz de Magalhães Mosqueira Do melhor tratamento dos hydroceles da tunica vaginal 1879
Joaquim Senra de Oliveira Endocardite 1879
David Benedicto Ottoni Beriberi 1879
Guilherme Ribeiro dos Guimarães Peixoto Do diagnostico e tratamento das diversas formas de febre perniciosa que reinam no 1879
Rio de Janeiro
Cesar Ferreira Pinto Febre amarella 1879
João Baptista Poli Anemia, chlorose, opilação – caracteres differenciaes 1879
Lourenço José Ribeiro da Cruz Rangel Nephrite parenchymatosa 1879
José Pinto Ribeiro Da erysipela traumática e seu tratamento 1879
Francisco Alves Moreira da Rocha Tetano 1879
Henrique Thomas Corrêa de Sá Do diagnostico e tratamento da syphilis visceral 1879
José Ozorio de Sampaio Opiacees; sua acção phsiologica e suas applicações nas molestias dos apparelhos 1879
circulatorio e respiratorio
José Maria Moreira Senra Das indicações e contraindicações da medicação revulsica no tratamento das 1879
109
molestias internas
João Esteves da Silva Dos casamentos sob o ponto de vista hygienico 1879
Pedro Souto-Maior Hydrocele da tunica vaginal 1879
Emilio Theodoro Winther Breve dissertação sobre um caso de gangrena espontanea 1879
Thomas Eboli A hygiene – os prejuizes que causam uma má amamentação 1880
Luiz Ribeiro de Souza Fontes Breves reflexões sobre os kystes do ovário e seu tratamento pela ovariotomia 1880
Augusto Ferreira de Macedo Pericardito 1880
José de Castro Rebello Chyluria 1880
Augusto José Ferreira Villaça Das secreções em geral e da cutânea em particular 1880
Rodolpho Julio Xavier Quaes os meios prophylaticos que se devem por pratica para impedir a propagação 1880
crescente da syphilis no Rio de janeiro
Hugolino Ayres de Freitas Albuquerque Febres perniciosas 1880
Antonio Pedro de Souza e Almeida Pericardite 1880
Fidelis de Azevedo Alves Pericardite 1880
Augusto Cesar do Amaral Beriberi 1880
Antonio Augusto de Assumpção Pheumonia fibrinosa 1880
Henrique Rodolpho Baptista Aneurysmas da aorta 1880
Januario de Figueiredo Pereira de Barros Pneumonia 1880
José Esteves de Andrade Botelho Junior Do diagnostico e tratamento da syphilis visceral 1880
Antonio Alexandre Fortes de Bustamante Do parto prematuro artificial 1880
José Ferreira Cabral Inanição e alimentação insufficiente 1880
Estanislao do Amaral Campos Da pericardite 1880
Pedro Paulo de Carvalho Apresentação da espádua, complicações e indicações 1880
Saturaino de Carvalho Encephalite aguda 1880
Tito de Sá Macedo Carvalho Dos alcoólicos: sua acção physiologica e therapeutica 1880
Eduardo Feliano Castilho Intoxicação saturnina chronica 1880
Francisco Pinheiro de Almeida Castro Beriberi 1880
José Joaquim de Castro Junior Pneumonia fibrinesa 1880
Luciano Claudio da Silva Castro Chyluria 1880
Luiz da Silva Castro Endocardite 1880
Francisco Luiz do Livramento Coelho Aguas potaveis 1880
Alfredo Alberto Leal da Cunha Tracheotomia 1880
Belisario Vieira da Cunha Pericardite 1880
Francisco da Silva Cunha Nephrite parenchymatosa 1880
Antonio Epimacho Cavalcante Da cauterisação no tratamento das molestias cirurgicas 1880
D’Albuquerque
Daniel Oliveira Barros D’Almeida Pathologia da placenta 1880
José Arthur Farme d’Amoed Nephrite parenchymatosa 1880
Francisco Borges de Souza Dantas Das localizações cerebraes em relação ao diagnostico das molestias intracraneanas 1880
José Pedro Drummond Phtisica pulmonar 1880
Feliciano Coelho de Lima Duarte Dos alcoólicos sua acção physiologica e therapeutica 1880
Lacordaire Duarte Hypoemia intertropical 1880
Candido Agnello da Costa Espinheira Das indicações e contraindicações do bromureto de petassionnas molestias do 1880
systema nervoso
Clemente Miguel da Cunha Ferreira Phtnisica pulmonar 1880
Bernardo José de Figueiredo Filho Beriberi 1880
João Antonio Lopes de Figueiredo Do diagnostico dos tumores do testículo 1880
Manoel Marta da Fonseca e Costa Chyluria 1880
José Ferreira França Endocardite 1880
Frederico de Albuquerque Froes Das indicações e contra indicações do bromureto de potassio no tratamento das 1880
molestias do systema nervoso
Antonio Fortunato de Saldanha Gama Nephrite parenghymatosa 1880
José Paulino Ribeiro Gorgulho Do diagnostico dos estreitamentos da urethra 1880
Illidio Salathiel Guaritá Calor animal 1880
Julio Adilpho da Fontoura Guedes Das indicações e contra-indicações do bromureto do potassio nas molestias do 1880
systema nervoso
José Alves Guimarães Junior Lithotricia 1880
Woff Havelburg Da acção do chlorueeto de sódio no corpo humano, no estado physiologico e 1880
pathologico
José Joaquim Coelho de Freitas Henrique Do tratamento das feridas cirurgicas e accidentaes 1880
Eduardo da Silva Kelly Hypoemia intertropical 1880
Francisco La Rotonda Acido salicylico e salicylatos 1880
Paulo Cavalcanti Pessoa de Lacerda Das casa de expostos, haverá conveniência em manter-se o uso das rodas 1880
Joaquim Augusto Lana Das molestias da córnea transparente 1880
José Marianno Duarte Lanna Aneurysmas da aorta 1880
Antonio Pereira Gonçalves Leite Do diagnostico dos estreitamentos da urethra 1880
Joaquim Cerqueira Leite Nephrite parenchimatosa 1880
Miguel Adelino Themudo Das indicações e contra indicações da medicação revulsiva no tratamento das 1880
molestias internas
Claudio Alaor Bernhauss de Lima Chyluria 1880
José Baptista Amoroso Lima Dos systemas penitenciarios em relação à hygiene 1880
Pedro Nolasco dos Reis Lima Hypohemia intertropical 1880
110
Gabriel José Pereira Bastos Curativos das feridas accidentaes e cirurgicas 1881
Samuel de Avilez Carvalho Parallelo entre a talha e a lithotricia 1881
Urbano Burlamaque Castello Branco Febre biliosa climatica 1881
João da Costa Lima e Castro Tratamento da aclampsia 1881
Ernesto de Freitas Crissiuma Diagnostico e tratamento da coxalgia 1881
Ulysses de Azevedo Faro Influência da medulla espinhal sobre as funcções respiratória, circulatória, da 1881
calorificação e nutrição
Felicissimo Rodrigues Fernandes Acção physiologica do salicylato de soda e suas applicações nas pyrexias e nas 1881
affecções rheumaticas
Henrique Duarte da Fonseca Do bulbo considerado como órgão de transmissão e centro de innervação 1881
Silverio Martins Fontes Das septicemias cirurgicas 1881
Alfredo Augusto Gama Tetano 1881
Malaquias Antonio Gonçalves Da influência de traumatismo da urethra sobre o organismo 1881
Tertuliano Cezar Gonzaga Febre biliosa climatica 1881
Francisco Sergio Guilhon Curativo das feridas accidentaes e cirurgicas 1881
Eduardo da Cunha Guimarães Urethrotomia interna 1881
Cheodoro Peckolt Junior Plantas adstringentes brasileiras 1881
Alvaro Georgiano de Lacerda Da electrotherapia 1881
Antonio Redolpho Pereira de Lemos Leis gerais do mecanismo do parto 1881
Carlos Lisbôa Das condições pathogenicas das palpitações do coração e dos meios de compatel-as 1881
Adolpho Lutz Sobre o effeito therapeutico do quebracho colorado 1881
Leopoldo Alvares de Azevedo Macedo Chyluri 1881
Arthur Carneiro da Cruz Machado Da ictericia 1881
Honorio Olympio Machado Molestias da retina 1881
Pedro Velho d’Albuquerque Maranhão Condições pathogenicas das palpitações do coração e dos meios de combatel-as 1881
Eduardo Augusto de Menezes Do valor das injecções hypodermicas no tratamentos das molestias internas 1881
Manoel Dias de Mello Menezes Diabete 1881
Henrique Alexandre Monat Histologia dos epithelios 1881
Bento Ferraz do Nascimento Da eletrotherapia 1881
Joaquim Francisco Barrosos Nunes Das feridas do larynge 1881
Tiburcio Antonio da Paixão Chyluria 1881
Theodoro Peckolt Junior Plantas adstringentes brasileiras 1881
Manoel Ramos de Araujo Pereira Diabetes 1881
Eugenio Alexandre Poncy Dos diversos methodos de numeração dos glóbulos do sangue 1881
Carlos Pires Ramos Quaes as medidas hygienicas que se devem observar para impedir o desenvolvimento 1881
crescente da syphilis no Rio de Janeiro?
Josephina Pires Ramos Quaes as medidas hygienicas que se devem observar para impedir o desenvolvimento 1881
crescente da syphilis no Rio de Janeiro?
Adrião Heleodoro Joaquim Rangel Hydropisias 1881
Amphiloquio de Araujo Ribeiro Chyluria 1881
Floriano Leite Ribeiro Chyluria 1881
Oscar Adolpho de Bulhões Ribeiro Urethrotomia 1881
Floriano Leite Riberto Chyluria 1881
Gonçalo de Faro Rollemberg Da ictericia 1881
Antonio Moreira dos Santos Junior Acção physiologica do salicylato de soda e suas applicações nas pyrexias, nas 1881
afecções rheumaticas
Liborio José Seabra Febre biliosa 1881
Alvaro Alberto da Silca Nephrite parenchymatosa 1881
Belmiro Gonçalves da Silva Pericardite 1881
Francisco Gonçalves da Silva Ovariotomia 1881
Antonio Moreira da Silva Sobrinho Hepatite aguda 1881
Eustachio Garção Stockler Quaes as causas que favorecem o desenvolvimento da febre amarella no Rio de 1881
Janeiro? Quaes as medidas hygienicas que se devem adoptar para fazer desaparecer
este flagello?
Raymundo Belfort Teixeira Medicação revulsiva 1881
Fabricio Carneiro Tupinambá Vampré Anasthesicos 1881
Carlos Rodrigues de Vasconcellos Do diagnostico differencial das molestias que apresentam a colica no numero dos 1881
seus symptomas
José Francisco da Veiga Pneumonia fibrinosa 1881
Alfredo Menna Barreto de Barros Falcão Ovariotomia 1881
José de Almeida Vergueiro Cirrhose hebatica 1882
Manoel Joaquim Bahia Do diagnostico differencial entre as molestias que apresentam o tremor entre os seus 1882
symptomas
Manoel Gonçalves Barros Do diagnostico differencial entre as molestias que apresentão o tremor entre os seus 1882
symptomas
João José Ribeiro Junior Do diagnostico differencial entre as molestias que apresentam o tremor entre os seus 1882
symptomas
João Frederico Abbott Laryngite diphtherica 1882
Protasio Antonio Alves Parellelo entre a divulsão e a urethrotomia interna 1882
Paulo Cezar de Andrade Febre amarella 1882
João de Avila e almeida Cirrhose hepatica 1882
Manoel Falcão Azevedo Physiologia do grande sympathico 1882
112
Casiano Villela de Andrade Junior Indicaçãoe e contra indicações das lavagens do estomago nas molestias do appraelho 1889
digestivo
Arthur Carvalho Azevedo Importancia do emprego dos meios antiscepticos na obstetricia 1889
Astrogildo Cezar de Azevedo Estudo clinico da aphasia 1889
João de Barros Barreto Estudo hygienico dos esgostos da cidade do Rio de Janeiro 1889
Adriano Julio de Battos Dos meios de sustentar a vida ameaçada por hemorrhagias do parto ou secunhamento 1889
Antonio Teixeira do Nascimento Bittencourt Tratamento da febre amarella 1889
João Luiz Teixeira Brandão Condições pathogenicas, diagnostico e tratamento da nephrite chronica diffusa 1889
José Arthur de Andrade e Camara Condições pathogenicas: diagnostico e tratamento da lithiase biliar 1889
João Paulo de Carvalho Funções da glândula thyroide 1889
Saul de Avilez Carvalho Das allucinações e illusões 1889
Belizario da Cunha Monteiro de Castro Hemorrhagia puerperal 1889
Tito Livio de Castro Das allucinações e illusões 1889
Francisco Alves de Oliveira Catão Das lesões traumáticas do craneo: seu tratamento cirurgico 1889
José Antonio de Oliveira Cotia Formas clinicas das paralysias medullares nas crianças: diagnostico e tratamento 1889
Bento Augusto d’Andrade Estudo sobre a pathologia das doenças constitucionaes hereditarias 1889
Acacio Feliciano d’Araujo Diphteria 1889
Antonieta Cesar Dias Hemorrhagia puerperal 1889
Carlos Calvet de Sequeira Dias Terapeutica geral dos envenenamentos 1889
Geraldo Correa de Faria Estudo clinico da vertigem 1889
Antonio Moreira da Fonseca Operação cesariana e modificação dos processos 1889
José Ignacio da Fonseca Do infanticídio em geral; elementos constitutivos do crime e sua demonstração 1889
medico-legal
Olympio Arthur Ribeiro da Fonseca Hemorrhagia cerebral 1889
Jorge Franco Amytrophias: Anatomia e physiologia pathologicas 1889
Alberto de Campos Goulart Diagnostico e estudo critico do tratamento cirúrgico do hydrocele vaginal 1889
Oscar Herbal de Gouvea Da receptividade morbida 1889
Joaquim Custodio Guimarães Junior Estudo clinico da dyspnéa 1889
Eduardo Augusto de Araujo Jorge Do infanticídio em geral: elementos constitutivos do crime e dua demonstação 1889
medico legal
Vito Pacheco Leão Das luxações da espadua 1889
Antero Victoriano Leiras Da antipyrina, sua acção physiologica e therapeutica 1889
Pedro Severino de Magalhães Estudo geral das colorações em histologia 1889
Francisco de Paula Maiwald Microbios da pathologia ocular 1889
Genuino Mancebo Elementos figurados do sangue 1889
Americo Brasiliense de Almeida Mello Estudo clinico das dyspepsias gastricas 1889
Filho
Antonio Pereira de Velasco Molina Da antipyrina: sua acção physiologica e therapeutica 1889
Fernando Pinheiro da Silva Moraes Estudo clinico critico dos últimos aperfeiçoamentos da talha hypogastrica 1889
Julio Trajano de Moura Do homem americano: (ensaio de ethnologia) 1889
José Parga Nina Estudo clinico das paralysias toxicas 1889
Manoel Bastos de oliveira Das vaccinas pastorinas 1889
José Gunezindo Guimarães Padilha Indicações e contra indicações das lavagens do estomago nas molestias do apparelho 1889
digestivo
Ulysses de Paiva Condições pathogenicas, tratamento 1889
Francisco Vicente Gonçalves Penna Pathogenia e tratamento de tétano traumatico 1889
Eduardo Augusto Pinto Da symphyseotomia 1889
José Carlos Ferreira Pires Da pathogenia da diabetes, segundo a experimentação e a observação clinica 1889
Pedro Pires Pontual Do testículo tuberculose, seu diagnóstico differencial e seu tratamento 1889
Eduardo Chapot Prévost Pesquisas histológicas sobre a innervação das vias biliares extra-hepáticas 1889
Carlos Caetano Alves Primo Das hérnias inguinaes estranguladas 1889
Urbano de Queiroz Influencia da pranhez sobreas molestias cardiacas 1889
João Regis Soares Rodrigues Dos estados constitucionaes e das contra-indicações de traumatismo cirurgico 1889
Ernesto Achilles de Medeiros Senra Tratado da tuberculose pulmonar 1889
Eduardo Lopes da Silva Da influencia da theoria parasitaria sobre a therapeutica 1889
Theophilo Sanches da Silva Medicação anesthesica 1889
Antonio Rodrigues da Silveira Dos meios de sustentar a vida ameaçada por hemorrhagias do parto ou do 1889
secundamento
Joaquim Silveira de Mendonça Sodré Astigmatismo 1889
Pompeu Mascarenhas de Souza Resecção do joelho – processos operatorios 1889
José Marcellino Pessôa de Vasconcellos Do estudo mental dos aphasicos 1889
Arthur Pinto Vieira Hemorrhagia puerperal 1889
José Rodrigues Pacheco Villanova Therapeutica geral dos encenenamentos: theorias do antidotismo e do antagonismo 1889
Athur de Paula Fajardo Quaes os succedaneos da digitalis no tratamento das lesões cardiacas 1890
Sebatisão Maria de Paiva Lessa Quaes os succedaneos da digitalis no tratamento das lesões cardíacas? 1890
Joaquim Teixeira de Abreu Junior Da antypirina: sua acção physiologica e therapeutica 1890
Maurillo Tito Nabuco de Abreu Da hysteria no homem 1890
Augusto Cezar Ribeiro de Alkmim Febres perniciosas 1890
Manoel Francisco de Azevedo Junior Eclmapsia 1890
Bento Antonio de Barros Do infanticídio em geral elementos constitutivos do crime: sua demonstração 1890
medico-legal
Francisco Firmo Barrozo Dos progressos realisados na cirurgia antiseptica sob o ponto de vista clinico 1890
122
340
Foi mantida a grafia de época nos títulos.
126
Da vaccina 1871 8
Observações de alguns casos de vaccinação praticada em Setembro e Outubro de 1869 na cidade do Rio de janeiro 1871 8
Mémoire sur un nouveau moyen mécanique pour aider la parturition et le traitement dês déplacements de l’uterus 1871 8
Deve ou não haver parteiras? 1871 9
Da vaccina 1871 9
Mémoire sur um nouveau moyen mécanique pour aider la parturition et le traitement dês déplacementes de 1871 9
l’uteres
Transmissão da syphilis pela vaccina 1871 9
Deve ou não haver parteiras 1871 10
Da vaccina 1871 10
Marcha, duração, terminação e caracteres da boa vaccina: diagnostico differencial da vaccina verdadeira e da falsa 1871 10
Transmissão da syphilis pela vaccina 1871 10
Parecer do Dr. José Pereira Rego Filho sobre a memória do Dr. Carlos Eboli 1871 10
Hydrotherapia - Memoria apresentada pelo Dr. Carlos Eboli á Academia Imperial de Medicina para obter o titulo 1871 11
de membro correspondente
Hydrotherapia – Memoria apresentada pelo Dr. Carlos Eboli á Academia Imperial de Medicina para obter o titulo 1871 12
de membro correspondente
Catalogo N. 1 – Livros de medicina cirurgia, pharmacia e sciencias naturaes a maior parte em francez á venda na 1871 12
Livraria Universal de Eduardo & Henrique Laemmert Mecadores e editores de livros 63, Rua do Ouvidor, 63 Rio
de Janeiro
Sessão geral em 13 de Março de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 1
Sessão geral em 27 de Março de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 1
Sessão geral em 3 de Abril de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 1
Sessão geral em 10 de Abril de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 1
Sessão geral em 17 de Abril de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 1
Sessão extraordinária em 20 de Abril de 1871 Presidencia do Ill. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 1
Discurso pronunciado pelo Dr. Carlos Eboli na occasião da inauguração do Instituto Sanitario Hydrotherapico de 1871 1
Nova Friburgo
O chloral – Memoria da parteira Durocher 1871 1
Sessão geral em 24 de Abril de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 2
Sessão geral em 1º de Maio de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 2
Discurso pronunciado pelo Ex, Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego na sessão solemne da Academia Imperial de 1871 2
Medicina em 30 de junho de 1871
Discurso pronunciado na sessão magna da Academia Imperial de Medicina do Rio de janeiro, em 30 de Junho de 1871 2
1871, pelo membro titular, Dr. João Damasceno Peçanha da Silva
O chloral – Memoria da parteira Durocher 1871 2
Apontamentos sobre o Hydrato de Chloral extrahido de um folheto do Dr. Oscar Liebreich traduzido do allemão 1871 2
sobre a 2ª educação por Is. Levaillant. Pariz, 1870. Pelo Sr. Dr. Vieira de Mattos, membro correspondete
Sessão geral em 8 de Maio de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 3
Sessão geral em 15 de Maio de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 3
Do emprego do centeio espigado nos partos – Trabalho da parteira Durocher lido na sessão de 19 de junho de 1871 3
1871
Do emprego do centeio esporado nos partos – Trabalho do Dr. Costa Ferraz, lido na sessão de 10 de julho de 1871 1871 3
da Imperial Academia de Medicina
Apontamentos sobre o Hydrato de Chloral, extrahido de uma folheto do Dr. Oscar Liebreich, traduzido do allemão 1871 3
sobre a 2ª edição por Es. Levaillant. Pariz, 1870. Pelo Sr. Dr. Vieira de Mattos, membro correspondente
Relatorio sobre a memoria, que sob o pseudonymo “Salvage” foi enviada á Imperial Academia de Medicina do 1871 3
Rio de Janeiro a respeito da questão: - Que serviços póde prestar a acupressão em medicina -, posta a premio para
o concurso de 1871, apresentada á mesma Academia pelo Dr. J. Pereira Guimarães
Sessão geral em 22 de Maio de 1871 presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 4
Relatorio sobre a memória, que sob o pseudonymo “Salvage” foi enviado á Imperial Academia de Medicina do 1871 4
Rio de Janeiro a respeito da questão: - Que serviços póde prestar a acupressão em medicina -, posta a premio para
o concurso de 1871, apresentada á mesma Academia pelo Dr. J. Pereira Guimarães
Observação de uma gastro-interites, revestida de symptomas graves, e de anomalias symptomaticas importantes 1871 4
Diagnostico differencial do envenenamento e as molestias naturaes 1871 4
Carta do Sr. Dr. Socrates Cadet, professor da Escola Medica de Roma, membro correspondente da Academia 1871 4
Agli Illustri Soci dell’Imperiale Accademia Medica di Rio de Janeiro 1871 4
Sessão geral em 29 de Maio de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 5
Agli Illustri Soci dell’Imperiale Accademia Medica di Rio de Janeiro 1871 5
Diagnostico entre os envenenamentos e as molestias naturaes 1871 5
Sessão geral em 5 de Junho de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 6
Sessão geral em 12 de Junho de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 6
Sessão geral em 19 de Junho de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 6
Diagnostico entre os envenenamentos e as molestias naturaes 1871 6
Questão – Diagnostico differencial entre os envenenamentos e as molestias naturaes pelo Ex. Sr. Conselheiro Dr. 1871 6
José Pereira Rego
Sessão geral em 10 de Julho de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 7
Sessão geral em 17 de Julho de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 7
Sessão geral em 24 de Julho de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1871 7
Sessão geral em 31 de Julho de 1871 Presidencia do Illa. Sr. Dr. Aristides Garnier e do Illm. e Exm. Sr. 1871 7
Conselheiro Dr. José Pereira Rego
Questão – Diagnostico differencial entre os envenenamentos e as molestias naturaes 1871 7
Sessão de 2 de Outubro discussão sobre a questão-haverá pontos de contacto entre a diphtheria e a escarlatina? 1871 7
127
Escarlatina de fórma ataxica. Morte. Duração da molestia 8 horas. Pelo Sr. Dr. José Pereira Rego Filho 1871 7
Observação de um caso de envenenamento pelo sulphato neutro de atropina. – Pelo Sr. Dr. Peçanha da Silva, 1871 7
communicado em 28 de Agosto de 1871
Apontamentos ou notas sobre as varias épocas em que a escarlatina tem apparecido e reinado no Rio de Janeiro, 1871 7
seu caracter dominante, e as épocas em que tem apparecido e grassado o croup. Pelo Sr. Dr. Nicoláo Moreira
Revista Estrangeira. Pelo Dr. José Pereira Rego Filho 1871 7
Casos de cancro tratado com o vegetal Cundurango 1871 7
Observação de um caso de ossificação extensa das membranas cerebraes em um preto ainda moço e de 1871 7
constituição forte
Sessão geral em 7 de Agosto de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 8
Sessão geral em 14 de Agosto de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 8
Sessão geral em 21 de Agosto de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 8
Observação de uma caso de ossificação extensa das membranas cerebraes em um preto ainda molo e de 1872 8
constituição forte
Gastrotomia seguida de cura 1872 8
Abuso consentido no exercicio da medicina communicação feita pelo Dr. Costa Ferraz em sessão de 6 de 1872 8
Novembro de 1871
Parecer sobre a memória do Dr. Rego Cesar lido em 20 de Novembro de 1871 na Academia Imperial de Medicina 1872 8
A suspensão vertical do braço considerada como meio anti-phlogistico e hemostático nas molestias das mãos 1872 8
Necrosterio 1872 9
Sessão geral em 28 de Agosto de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 9
Sessão geral em 4 de Setembro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 9
Sessão geral em 11 de Setembro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 9
Sessão geral em 18 de Setembro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 9
Organisação do serviço medico legal na Prussia 1872 9
Revista Estrangeira pelo Dr. José Pereira Rego Filho 1872 9
Acção physiologica dos sulphatos de potassa, soda e magnésia em injecção no sangue 1872 9
Sessão geral em 25 de Setembro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 10
Sessão geral em 2 de Outubro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 10
Sessão geral em 9 de Outubro de 1871 Presidencia do Illm. Sr. Dr. Aristides Garnier e depois do do Illm. e Exm. 1872 10
Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego
Observações do Sr. Dr. Peçanha da Silva comunicadas na Sessão de 9 de Outubro 1871 1872 10
Breves considerações sobre o pterygio e seu tratamento pelo Dr. Fernandes Pires Ferreira 1872 10
Questão de defloramento crime previsto no Art. 219 do Codigo Criminal. Á Academia Imperial de Medicina, afim 1872 10
de interpor a sua opinião
Sessão geral em 16 de Outubro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 11
Sessão geral em 23 de Outubro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 11
Sessão geral em 30 de Outubro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 11
Sessão geral em 6 de Novembro de 1871 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 11
Concorrerá o modo por que são dirigidas entre nós a educação e instrucção da mocidade para o benefico 1872 11
desenvolvimento physico e moral do homem?
Sessão geral extraordinário em 8 de Janeiro de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira 1872 12
Rego
Sessão geral extraordinário em 15 de Janeiro de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira 1872 12
Rego
Sessão geral em 11 de Março de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 12
Sessão geral em 18 de Março de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 12
Sessão geral em 8 de Abril de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 12
Sessão geral em 22 de Abril de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 12
Sessão geral em 29 de Abril de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 12
Sessão geral em 6 de Maio de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 12
Sessão publica anniversaria em 28 de Junho de 1872 Presidencia de S. Ex. o Sr. Barão de Itaúna, Ministro de 1872 1
Agricultura, Commercio e Obras Publicas, e de S. Ex. o Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego, Presidente annual
Discurso do Presidente annual o Sr. Conselheito Dr. José Pereira Rego 1872 1
Discurso pronunciado pelo orador da Academia Imperial de Medicina 1872 1
A instrucção no Brasil 1872 1
Sessão geral em 13 de Maio de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 2
Discurso prinunciado pelo Dr. L. V. De-Simoni, Secretario geral da Academia Imperial de Medicina 1872 2
Relatorio dos trabalhos da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro durante o anno academiaco de 1871 1872 2
a 1872
Hydrotherapia Menoria apresentada pelo Dr. Carlos Eboli á Academia Imperial de Medicina para obter o titulo de 1872 2
membro correspondente
A Imperial Academia de Medicina e o Visconde de Itauna 1872 2
Sessão geral em 27 de Maio de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 3
Sessão geral em 3 de Junho de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 3
Sessão geral em 10 de Junho de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 3
Sessão geral em 17 de Junho de 1872 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1872 3
A mulher perante o medico 1872 3
Discurso pronunciado no dia 25 de Agosto de 1872 no cemitério da Veneravel Ordem 3ª da Penitencia por 1872 3
occasião de se darem á sepultura os despojos mortaes do finado visconde de Itaúna, o conselheiro Dr. Candido
Borges Monteiro, senador do Imperio, ministro da agricultura, commercio e obras publicas, etc., etc., pelo
secretario geral da Academia Imperial de Medicina Dr. Luiz Vicente De Simoni
128
Sessão geral em 10 de março de 1873 Presidencia de S. Ex. o Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1873 3
Escarlatina hemorrhagica ou séptica. Pelo Dr. J. Z. M. Brum 1873 3
Das convulsões da infancia. Pelo Dr. Peçanha da Silva 1873 3
Revista estrangeira. Pelo Dr. José Pereira Rego Filho 1873 3
Noticiario 1873 3
Revista Medica 1873 3
O Dr. João Vicente Torres Homem 1873 4
Discurso do Presidente da Academia na Sessão anniversaria do corrente anno 1873 4
Elephantiasis dos Arabes. Do escroto e penis, complicada de hydrocele da vaginal direita; operação praticada no 1873 4
dia 21 de Agosto no Hospital da Ordem Terceira da Penitencia. – Tumor pesando 14 libras. – Erysipelas
consecutivas – cura.
Revista estrangeira. Pelo Dr. José Pereira Rego Filho 1873 4
Das convulsões da infancia. Pelo Dr. Peçanha da Silva 1873 4
Noticiario 1873 4
Revista Medica 1873 4
Algumas palavras sobre a infecção e contagio da febre amarella 1873 5
Sessão geral em 17 de Marlo de 1873 Presidencia de S. Ex. o Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1873 5
Auto do embalsamento do Barão de S. Gonçalo, apresentado e lido á Imperial Academia de Medicina, pelo Dr. 1873 5
Costa Ferraz
Eclampsia em uma mulher primipara, antes, durante e depois do parto 1873 5
Das convulsões da infancia. Pelo Dr. Peçanha da Silva 1873 5
Revista Estrangeira. Pelo Sr. Dr. José Pereira Rego Filho 1873 5
Noticiario 1873 5
Revista Medica 1873 5
Sessão geral em 24 de Março de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 31 de Março de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 14 de Abril de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 5 de Maio de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 12 de Maio de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 19 de Maio de 1873 Presidencia do Illm. Sr. Dr. Aristides Francisco Garnier 1873 6
Sessão geral em 26 de Maio de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 16 de Junho de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 23 de Junho de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 14 de Julho de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 21 de Julho de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 28 de Julho de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 18 de Agosto de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 25 de Agosto de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 1º de Setembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 9 de Setembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 15 de Setembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 22 de Setembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 6 de Outubro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 18 de Outubro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 20 de Outubro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 27 de Outubro 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 10 de Novembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 17 de Novembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 24 de Novembro de 1873 Presidencia do Illm. Sr. Dr. Aristides Garnier 1873 6
Sessão geral em 1º de Dezembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 9 de Dezembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Sessão geral em 15 de Dezembro de 1873 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Pereira Rego 1873 6
Das convulsões da infancia. Pelo Dr. Peçanha da Silva 1873 6
Companhia de esgotos da cidade do Rio de Janeiro 1874 8
Estudo biographico sobre o Dr. Candido Borges Monteiro 1874 8
Memoria apresentada á Academia Imperial de Medicina por Felippe Frederico Meyer, doutor em medicina pela 1874 8
faculdade do Rio de Janeiro – Da Molestias de Graves
Revista Medica 1874 8
Academia Imperial de Medicina do Rio de janeiro 1874 9
Sessão geral em 14 de Abril de 1873 Presidencia de S. Ex. o Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1874 9
Momeria apresentada á Academia Imperial de Medicina por Felippe Frederico Meyer, doutor em medicina pela 1874 9
faculdade do Rio de Janeiro – Da molestia de Graves
Relatorio sobre a Memoria do Sr. Dr. Felippe Meyer 1874 9
Breves considerações sobre a vaccina 1874 9
Revista Estrangeira pelo Dr. José Pereira Rego Filho 1874 9
Noticiario 1874 9
Revista Medica 1874 9
Da acção abortiva do sulfato de quinina 1874 10
Os esgotos da cidade do Rio de Janeiro (City Improvments) pelo Sr. Dr. Luiz Corrêa de Azevedo 1874 10
Breves considerações sobre a vaccina 1874 10
Noticiario 1874 10
Revista Medica 1874 10
130
Feital, lido na sessão magna da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro, na presença de S. M. o
Imperador, em 29 de Junho de 1874, pelo membro titular Dr. João Pinto do Rego Cesar
Ligeiras considerações sobre a memoria do Sr. D. A. Martins Costa, intitulada – Pyogenio ou genese do pus no 1875 9
organismo, pelo Dr. Peçanha da Silva
Sessão semanal em 6 de Junho de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1875 9
Sessão semanal de 13 de Julho de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1875 9
Sessão semanla de 20 de Julho de 1874 Presidencia do Illm. Sr. Dr. Aristides Garnier 1875 9
Sessão semanal em 27 de Julho de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1875 9
Sessão semanal em 3 de Agosto de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1875 9
Do estudo da anthropologia, por Ch Richet 1875 9
Academia Imperial de Medicina 1875 10
Sessão Academia, em 17 de Agosto de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1875 10
Sessão Geral em 24 de Agosto de 1874 Presidencia do Illm. Sr. Dr. Aristides Garnier 1875 10
Sessão Geral em 31 de Agosto de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1875 10
Sessão em 21 de Setembro de 1874 Presidencia Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Pereira Rego 1875 10
Sessão Semanal, em 28 de Setembro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão do Lavradio 1875 10
Sessão semanal em 5 de Outubro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão do Lavradio 1875 10
Ligeiras considerações sobre a memoria do Dr. D. A. Martins Costa, intitulada – Pyogenia ou genese do pus no 1875 11
organismo, pelo Dr. Peçanha da Silva
Sessão semanal em 12 de Outubro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão do Lavradio 1875 11
Sessão semanal em 19 de Outubro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão do Lavradio 1875 11
Memoria sobre o óleo de figado de bacalháo ferruginoso, preparado com o benzoato de ferro sua (sua preparação 1875 11
e caracter)
Do estudo da anthropologia, por Ch. Richet 1875 11
Ligeiras considerações sobre a memoria do Sr. D. A. Martins Costa, intitulada – Pyogenia ou genese do pus no 1875 12
organismo, pelo Dr. Peçanha da Silva
Parecer sobre a these – Diagnostico differencial das molestias do coração, - do Sr. Dr. Ascendino Angelo dos 1875 12
Reis, apresentada a Academia Imperial de Medicina em Sessão de 8 de Março de 1875, afim de obter o titulo de
membro correspondente
Sessão semanal em 26 de Outubro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 12
Do estudo da anthropologia, por Ch. Richet 1875 12
Academia Imperial de Medicina. O jornal da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro 1875 1
Duas palavras sobre a questão – Ha ou não vantagem na revaccinação? – pelo Dr. Baptista dos Santos 1875 1
Sessão semanal em 9 de Novembro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão do Lavradio 1875 1
Observações do Sr. Dr. J. Z. Menezes Brum, apresentadas á Academia Imperial de Medicina, em sessão de 26 de 1875 1
Outubro de 1874
Do estudo da anthropologia, pro Ch. Richet 1875 1
Noticiario 1875 1
Relatorio do presidente da Junta Central de Hygiene Publica 1875 2
Sessão semanal em 16 de Novembro de 1874 Presidencia do Illm. Sr. Dr. Aristides Garnier 1875 2
Sessão semanal em 18 de Novembro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 2
Parecer sobre a pretensão dos Srs. Drs. Carlos Eboli e Fortunato Correa de Azevedo, apresentado na sessão da 1875 2
Academia Imperial de Medicina em 23 de Novembro de 1874
Sessão geral em 7 de Dezembro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 2
Do scepticismo em therapeutica 1875 2
Academia Imperial de Medicina 1875 3
Sessão geral em 14 de Dezembro de 1874 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 3
Sessão semanal em 1º de Março de 1875 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 3
Sessão semanal em 8 de Março de 1875 Presidendia interina do Illm. Sr. Dr. Aristides Garnier 1875 3
Sessão semanal em 15 de Março de 1875 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. Barão do Lavradio 1875 3
Sessão semanal em 29 de Março de 1875 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 3
Sessão semanal em 12 de Abril de 1875 Presidencia do Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 3
Do ainhum, pelo Dr. J. Pereira Guimarães 1875 3
Noticiario 1875 3
Revista Medica 1875 3
A que causas se pode attribuir a grande mortalidade das crianças na cidade do Rio de Janeiro até 4 annos de 1875 4
idade? Pelo Dr. Peçanha da Silva
Sessão em 26 de Abril de 1875 1875 4
Do ainhum, pelo Dr. J. Pereira Guimarães 1875 4
Ensaios acerca da botânica e materia medica brasileiras, pelo professor Dr. Caminhoá 1875 4
Noticiario 1875 4
A que causas se póde attribuir a grande mortalidade das crianças nesta cidade até 4 annos de idade? Pelo Dr. 1875 5-6
Peçanha da Silva
Sessão semanal de 3 de Maio de 1875 Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 5-6
Sessão em 10 de Maio de 1875 Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 5-6
Sessão em 17 de Maio de 1875 Presidencia do Illm. Sr. Dr. Nicolão Moreira 1875 5-6
Communicações apresentadas á Academia Imperial de Medicina na Sessão de 17 de Maio de 1875 pelo Dr. Brum 1875 5-6
Acta de 24 de Maio de 1875 Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 5-6
Parecer do pharmaceutico E. J. Janvrot, sobre o “Chloralum” - 1875 1875 5-6
Acta de 31 de Maio de 1875 Presicendia do Exm. Sr. Conselheiro Barão de Lavradio 1875 5-6
Ensaios ácerca da botânica e materia medica brasileira, pelo professor Dr. Caminhoá 1875 5-6
Communicações sobre a vaccina, feitas á Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro, durante o anno de 1875 5-6
132
Elementos de Botanica Geral e Medica pelo Sr. Dr. Joaquim Monteiro Caminhoá 1877 1
Sessão Semanal em 30 de Agosto de 1875 1877 1
Parecer apresentado á Academia Imperial de Medicina pelo Dr. Carlos Frederico a respeito da Memoria do Dr. H. 1877 1
Rey sobre a demographia brazileira
Parecer sobre a estatística do Instituto Hydrotherapico de Nova Friburgo apresentada pelo Sr. Dr. Carlos Eboli, 1877 1
feito pelo Dr. J. Z. M. Brum
Noticiario 1877 1
Anniversario da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro 1877 2
Discurso do Presidente da Academia Imperial de Medicina em sua sessão anniversaria de 28 de Julho do corrente 1877 2
anno
Discurso pronunciado perante a Academia Imperial de Medicina, em sua sessão anniversaria no dia 28 de Julho de 1877 2
1877, pelo orador nomeado Dr. Luiz Correia de Azevedo, Membro Titular da mesma Academia
Parecer sobre a estatística do Instituto Hydrotherapico de Nova Friburgo apresentada pelo Sr. Dr. Carlos Eboli, 1877 2
feito pelo Dr. J. Z. M. Brum
Communicação 1877 2
Noticiario 1877 2
Contribuições para a geographia medica, na ilha de Santa Catharina (Brazil), pelo Dr. H. Rey, medico princiapl da 1877 3
marinha franceza
Parecer da commissão da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro sobre o livro do Sr. Dr. João Baptista 1877 3
dos Santos, intitulado – Aguas potaveis. Contribuição á hygiene do Rio de Janeiro
A ilha de Itaparica e o Beri-beri 1877 3
Relatorio apresentado á Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro, em sessão de 7 de Agosto de 1876, 1877 3
sobre a memoria do Sr. Dr. Domingos de Almeida Martins Costa, candidato a um logar de membro titular da
Secção Medica e tendo por titulo – A Albumino-pymeluria -, pelo membro titular Dr. José Pereira Rego Filho
Noticiario 1877 3
O proximo concurso na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro 1877 4
Relatorio apresentado á Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro, em sessão de 7 de Agosto de 1876, 1877 4
sobre a memoria do Sr. Dr. Domingos de Almeida Martins Costa, candidato a um logar de membro titular da
Secção Medica, e tendo por titulo – A Albumino-pymeluria -, pelo membro titular Dr. José Pereira Rego Filho
Noticiario 1877 4
O Dr. Francisco Pinheiro Guimarães 1877 5-6
Relatorio apresentado á Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro, em sessão de 7 de Agosto de 1876, 1877 5-6
sobre a memoria do Sr. Dr. Domingos de Almeida Martins Costa, candidato a um logar de membro titular da
Secção Medica, e tendo por titulo – A Albumino-pymeluria-, pelo membro titular Dr. José Pereira Rego Filho
Noticiario 1877 5-6
Faculdade de Medicina do Rio de janeiro 1877-1878 7-8
Relatorio apresentado á Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro, em sessão de 7 de Agosto de 1876, 1877-1878 7-8
sobre a Memoria do Sr. Dr. Domingos de Almeida Martins Costa, candidato a um logar de membro titular da
Secção Medica, e tendo por titulo – A Albumino-pymeluria -, pelo membro titular Dr. José Pereira Rego Filho
Bibliographia 1877-1878 7-8
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1877-1878 7-8
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
Observação sobre um caso de “Ainhum” pelo Dr. José Pereira Guimarães 1877-1878 7-8
Aneurisma da Carotida primitiva esquerda. – Cura pela electricidade, pelo Dr. José Pereira Guimarães 1877-1878 7-8
Erysipela ambulante, depois da inoculação da vaccina, pelo Barão de Lavradio 1877-1878 7-8
Caso de morte pelo chloroformio – Observação do Dr. João Baptista dos Santos 1877-1878 7-8
Noticiario 1877-1878 7-8
Actual epidemia de febre amarella 1878 9
Observação de um caso de stomatite erythematosa com caracter intermittente 1878 9
Ruido de sopro “anêmico-spasmodico” da artéria pulmonar 1878 9
Note sur l’action physiologique Du Pao-Pereira (Geissospermum loeve, Baillon). Par MM. Bochefontaine et C. de 1878 9
Freitas
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1878 9
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
Auto do exame do supposto Augusto Riecke. Questão de identidade 1878 9
Gymnastica Medica Sueca 1878 9
Extincção dos cortiços. Estabelecimento de dormitorios publicos 1878 9
Escassez de nossas aguas potáveis. Necessidade de uma arborisação regular e creação de um código florestal 1878 9
Noticiario 1878 9
As novas commissões sanitárias das parochias 1878 10
Relatorio dos trabalhos academicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1878 10
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
Soffrimento das faculdades mentaes, em consequencia do abuso de bebidas alcoólicas (Consulta) 1878 10
Noticiario 1878 10
Apontamentos sobre a mortalidade da cidade do Rio de Janeiro particularmente das crianças, e sobre o movimento 1878 11
de sua população no primeiro quatriennio depois do recenseamento feito em 1872
Observação sobre um caso de adenopathia bronchica pelo Dr. Nuno de Andrade 1878 11
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1878 11
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
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Noticiario 1878 11
O Dr. Dias da Cruz 1878 12
Do emprego abusivo do chloroformio nos partos physiologicos 1878 12
Observação de um caso de febre typhoide seguido de hemiplegia direita, aphasia e gangrena espontânea da perna 1878 12
esquerda, pelo Dr. Valentim José da Silveira Lopes
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1878 12
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
Noticiario 1878 12
Academia Imperial de Medicina 1878 1-2
Discurso pronunciado pelo presidente da Academia, Barão de Lavradio, em sessão magna de 30 de Junho de 1878 1-2
1878, com o fim de provar a conveniência do estudo das molestias mentaes
Elogio biographico dos membros da Academia Imperial de Medicina, fallecidos no anno de 1877 a 1878. – Dr. 1878 1-2
Manoel do Rego Macedo, membro honorário. – Dr. Julio Parigot, membro correspondente. – João Maria Soulié,
membro titular da secção pharmaceutica
Observação de um caso de eclampsia por nós tratado 1878 1-2
Breve analyse dos escriptos do Dr. Rudo’f Demme, professor da univerdade de Bern (Suissa), apresentada á 1878 1-2
Imperial Academia de Medicina para obtenção do titulo de membro correspondente da dita Academia, pelo seu
membro titular Dr. Corrêa de Azevedo, em Abril de 1877
Da terebinthina; sua acção physiologica e therapeutica. Memoria apresentada á Academia Imperial de Medicina 1878 1-2
pelo Dr. Philogonio Lopes Utinguassu, candidato ao logar de membro titular da Secção Medica
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1878 1-2
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876 pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
Do Jaborandy 1878 1-2
Do Ainhum 1878 1-2
Clinica Militar do Dr. Ennes 1878 1-2
Noticiario 1878 1-2
O Conselheiro Dr. José Martins da Cruz Jobim 1878 3-4
Discurso por occasião de se darem á sepultura os restos mortaes do Conselheiro e Senador José Martins da Cruz 1878 3-4
Jobim, no dia 24 de Agosto de 1878, no cemitério de S. João Baptista
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1878 3-4
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
Discussões Academicas 1878 3-4
Qual a causa, caracter dominante da febre amarella actual, e tratamento que mais tem aproveitado? 1878 3-4
Estudo sobre o Demodez folliculorum, pelo Dr. Antonio José Pereira da Silva Araujo 1878 3-4
Demodex Folliculorum. Parecer apresentado á Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro 1878 3-4
Da terebinthina; sua acção physiologica e therapeutica. Memoria apresentada á Academia Imperial de Medicina 1878 3-4
pelo Dr. Philogonio Lopes Utinguassu, candidato ao logar de membro titular da Secção Medica
Noticiario 1878 3-4
Academia Imperial de Medicina 1878 5-6-7
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876 – lido em Sessão Magna da 1878 5-6-7
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral Dr. José Pereira
Rego Filho
Acção abortiva do sulphato de quinina 1878 5-6-7
Da terebinthina; sua acção physiologica e therapeutica. Memoria apresentada á Academia Imperial de Medicina 1878 5-6-7
pelo Dr. Philogonio Lopes Utinguassu, candidato ao logar de membro titular da Secção Medica
Será sempre incurável a hypertrophia do coração? Parecer dado pela commissão da Academia Imperial de 1878 5-6-7
Medicina, na Sessão de 18 de Novembro de 1878, sobre a these acima
Parecer sobre a memoria do Sr. Dr. Phylogonio Lopes Utinguassu’, lido na Imperial Academia de Medicina em 1878 5-6-7
sessão de 22 de Julho de 1878
Parecer da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro sobre as experiencias feitas com o curare pelo Sr. 1878 5-6-7
João Barbosa Rodrigues
Parecer sobre a agua da Gambôa 1878 5-6-7
Noticiario 1878 5-6-7
O Dr. Luiz Corrêa de Azevedo 1879 8-9
Discurso lido pelo secretario geral, Dr. José Pereira Rego Filho, por occasião de dar-se á sepultura o membro 1879 8-9
titular da secção medica Dr. Luiz Corrêa de Azevedo, em 3 de Janeiro de 1879
Relatorio dos trabalhos academicos de 30 de Junho de 1875 a 30 de Junho de 1876, lido em Sessão Magna da 1879 8-9
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1876, pelo Secretario Geral, Dr. José
Pereira Rego Filho
Bases sobre vaccinação e revaccinação 1879 8-9
Esboço de um projecto de lei tornando obrigatórias, no Imperio do Brazil, a vaccinação e revaccinação, 1879 8-9
apresentado ao Illm. e Exm. Sr. Conselheiro Dr. José Bento da Cunha Figueiredo, Ministro do Imperio, pela
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro
Estudo das molestias das crianças 1879 8-9
Indicaciones tópicas Del hidrato de cloral. Memoria apresentada a Academia Imperial de Medicina pelo Dr. 1879 8-9
Gabriel Pichardo y Pichardo, da Havana, candidato a um logar de membro correspondente
Parecer apresentado á Impeiral Academia de Medicina do Rio de Janeiro, em 23 de Setembro de 1878, sobre a 1879 8-9
memoria do Sr. Dr. Gabriel Pichardo y Pichardo, candidato a um logar de membro correspondente, e tendo por
titulo “Indicações tópicas do hydrato de chloral” pelo membro titular Dr. José Maria Teixeira
Da esclorosis da pelle. Memoria apresentada á Academia Imperial de Medicina pelo Dr. Luiz H. Delmas, 1879 8-9
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Determinação da riqueza dos alcalóides reunidos e quinina livre da Cichona calissaya acclimada no Rio de 1884 4
Janeiro, pelos processos de Hayer e de Claus
Parecer sobre a memoria do pharmaceutico Francisco Maria de Mello Oliveira intitulada Estudo sobre a quina 1884 4
calissaya acclimada em Theresopolis
Vaccinação contra a febre amarella carta ao Sr. Dr. Souza Lima, presidente da Academia Imperial de Medicina 1884 4
A salubridade da capital do Imperio e os cortiços pelo Dr. Costa Ferraz membro titular da Academia Imperial de 1884 4
Medicina
Projecto de Estatutos da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro 1884 4
Hospitaes militares. Trabalho posthumo do Dr. Manoel José de Oliveira 1884 1
Caracteres da febre amarella de 1883. Communicação feita á Imperial Academia de Medicina em 8 de abril de 1884 1
1884 pelo Membro Titular Dr. José Maria Teixeira
Pathogenia da febre amarella pelo membro titular Dr. José Maria Teixeira 1884 1
Fórma uremica da febre amarella pelo Dr. José Maria Teixeira 1884 1
A jurisprudência medica e pharmaceutica no Brazil pelo Dr. Alfredo Piragibe 1884 1
Parecer sobre o trabalho do Dr. Alfredo Piragibe 1884 1
Observações ao Parecer sobre o trabalho do Alfredo Piragibe 1884 1
Uma consulta Medico-legal 1884 1
Parecer sobre a consulta medico-legal feita na sessão de 1 de Abril pelo Dr. H. Monat 1884 1
Discurso sobre a causa da morte em um caso autopsiado em Campinas. Liso em sessão de 6 de Maio de 1884 eplo 1884 1
Dr. H. Monat
Ainda a questão medico-legal 1884 1
Medicina legal à vol d’oiseau em relação aos corpos de delicto por Maria Josephina Mathilde Durocher 1884 1
Fórmula geral do corpo de delicto 1884 1
Discurso proferido na sessão magna anniversaria da Academia Imperial de Medicina em 30 de Junho de 1884 pelo 1884 2
seu presidente Dr. Agostinho José de Souza Lima
Relatorio dos trabalhos acadêmicos de 30 de Junho de 1883 a 30 de Junho de 1884, lido na sessão amgna da 1884 2
Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro em 30 de Junho de 1884 pelo Secretario-geral Dr. José Maria
Teixeira
Elogio historico dos acadêmicos fallecidos durante o anno academiaco 1883-1884 pelo Membro Titular Dr. 1884 2
Francisco de Castro. Sessão anniversaria em 30 de Junho de 1884
Essai experimental sur lês dangers de la médication interne par la Résorcine. Note présentée à l’Academie 1884 2
Imperiale de Médecine de Rio de Janeiro à l’appui de as candidature au titre de membre correspondant par le
Docteur Bergeaud, correspondant nacional de la Sociéte de Médecina de Paris, de la Sociéte Médico-pratique,
membre titulaire de la Sociéte de Therapeutique expérimentale
Parecer sobre as monographias do Dr. J. Bergeaud intituladas Recherches sur la nature e le traitenment dês 1884 2
manifestations laryngées de la tuberculose, in8º. 54 pags. Paris, 1873. – 2.ª Mémoire sur la fièvre pernicieuse em
Haiti d’aprés dês documents recueillis dans le sud de l’ile, in-8º, 139 pags., Paris, 1880. – 3.ª Essai experimental
sur lês dangers de la médication interne par la Résorcine
Parecer sobre o revestimento interno do reservatório do Pedregulho com o betume de Seyssel 1884 2
Instrucções sanitárias a respeito do cholera-morbus 1884 2
Vaccinia preventiva da febre amarella 1884 2
Nota succinta sobre as condições geraes da salubridade do Imperio feita em 1872 pelo Dr. José Pereira Rego. Para 1884 2
ser annexada á noticia sobre os productos brasileiros, que tinhão de figurar na Exposição Internacional, effectuada
em Philadelphia em 1873
Questão medico-legal Dr. H. Monat 1885 3-4
Academia Imperial de Medicina Sessão extraordinaria de 19 de Dezembro de 1884 1885 3-4
Questão malta. Ao Illm. Sr. Dr. Pedro Affonso Franco 1885 3-4
Critica do relatorio apresentada ao Dr. Senador Jaguaribe 1885 3-4
Exposição do estado sanitario desta capital no decurso do anno de 1883 lida na sessão da Academia Imperial de 1885 3-4
Medicina de 18 de Novembro de 1884 pelo Dr. Barão de Lavradio
Contribuição ao estudo das molestias mais frequentes nas crianças das classes pobres nesta cidade nota lida pelo 1885 3-4
Dr. Barão de Lavradio na Academia Imperial de Medicina na sessão de 30 de Dezembro de 1884
Os Annaes Brasilienses de Medicina 1885 3-4
Noticia bibliographica dos Annaes Brasilienses de Medicina 1885 3-4
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341
Foi mantida a grafia de época nos títulos.
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