Defeitos em Tarugos

Tipo Defeito Descrição Efeito na Laminação Correção na Laminação

Seção do tarugo apresenta faces oposta
paralelas, com 2 ângulos >90 graus e 2
1-Romboidade
ângulos < 90graus. Normalmente
acompanhadas de trincas de canto
2-Concavidade longitudinal na O tarugo apresenta concavidades nas faces
superfície longas no sentido do comprimento
Forma
1-Se R<4% - não causa problemas na laminação
2-Se 4<R<6 % - tarugo pode enroscar na caixa do primeiro
passe, ou tombar e girar durante 1 e 2 passes
3-Se R>6% - não utilizar o tarugo Não Há
Trincas profundas devem ser
Provocam tensões que podem fazer surgir trincas
removidas por esmerilhação.Deve-se
subcutâneas ou superficiais, associadas as
tomar cuidado com a esmerilhação
depressões.Mais comuns em aços S>0,02% e C- 0,17-
para não aquecer o tarugo e
0,25%.
aprofundar a trinca.

Problemas maiores estão no forno de reaquecimento :

3-Empenamento e falta de
retilinidade
Tarugo apresenta ondulações ao longo de
seu eixo longitudinal
Único Arco - Empenamento
Diversas Ondulações - Falta de retilinidade
Fornos tipo empurrador - causam efeito mola
Fornos tipo soleira móvel - deslocamento não uniforme,
podendo jogar o tarugo contra a parede do forno
Dificuldades de movimentação no caminho de rolos
Dificuldades de agarre no 1 passe do desbaste
Não há, deve-se apenas procurar
separar os tarugos emepenados ou
sem retilinidade e não alimenta-los
na grelha do forno

São trincas internas na região central do

Caso não estejam oxidadas, podem ser caldeadas durante
tarugo que se desenvolvem ao longo de sua
1-Trincas na região central a laminação. Caso não sejam caldeadas, podem ocasionar Não há.
seção transversal. Normalmente não chegam
o surgimento de pontas abertas durante a laminação
a atingir a superfície do tarugo
Trincas próxima a superfície, poderão se abrir durante a
São trincas internas inclinadas em relação as
laminação, causando trincas superficiais.
faces que se desenvolvem ao longo de sua
2-Trincas inclinadas O caldeamento dessas trincas, mesmo não oxidadas, é Não há.
seção transversal. Normalmente não chegam
muito difícil, só conseguido com grandes passes de
a atingir a superfície do tarugo
laminação com deformação muito grandes.

As descontinuidades não oxidadas (porosidades ou vazios)

3-Segregação, porosidade e vazio
centrais
Ocorrência na parte central do tarugo de
poderão ser caldeadas se a redução de área na laminação
partículas de S, Mn, P, C que podem estar
for grande. A segregação central continuará no produto Não há.
acompanhadas de pequenas cavidades ou
final sendo não aplicável a trabalhos de recalque a frio ou
micro bolhas
trabalho contínuo, como aços para molas

Internos Pequenas cavidades que aparecem ao longo

4-Bolhas Subcutâneas
Se as bolhas estiverem muito próximas a superfície,
de todo perímetro subcutâneo da seção
podem se abrir causando pequenas fissuras alongadas e Escarfagem ou esmerilhação dos
transversal. São bolhas de gases que
descontínuas na superfície de produtos acabados. Bolhas tarugos.
ficaram presos durante a solidificação do
a mais de 5 mm de profundidade desaparecem.
aço.

Se aflorarem nos produtos acabados, apresentam Se próximas a superfície -

Pequenas porções de escória e/ou fluxos de descontinuidades intermitentes. Podem assim causar escarfagem ou esmerilhamento
5-Macro inclusões de escória ou
fundição aprisionados no aço próximos a problemas em operações de estampagem a frio e trefilação Mais profundas e em grande número
fluxo de fundição
superfície em forma de inclusões de arames, além de provocar séria deterioração da dependerá da aplicação final do
resistência a fadiga e usinabilidade do aço produto

Partículas de óxidos, sulfetos, silicatos ou

aluminatos, ou combinações, dispersas na
massa de aço, aprisionadas por ocasião da
6-Inclusões não metálicas
solidificação do tarugo. Podem estar
distribuídas de forma aleatória ou afloradas
na superfície.
Não há
Se forem plásticas, se alogam.
Subcutâneas ou pouca profundidade
Se não forem plásticas, mantém forma original
- escarfagem ou esmerilhação dos
Podem aflorar na superfície dos produtos acabados
tarugos.

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Tipo Defeito
1-Marcas profundas de oscilação
2-Micro-porosidade superficial
3-Incrustações de escória nas faces TIPO A - Em menor número, porém > 5 mm
4-Incrustações alinhadas de
alumínio
Superficiais 5-Dobras e gotas frias
6-Rompimento sanado
7-Trincas transversais
8-Rede de trincas na superfície
dobrada, próxima a extremidade
cortada do tarugo
9-Trincas longitudinais
Defeitos em Tarugos
Descrição
Ondulações superficiais, mais ou menos
paralelas e igualmente espaçadas na
supefície da face dos tarugos
micro cavidades, geralmente agrupadas,
afloradas, nas faces dos tarugos
TIPO A - Gases dissolvidos no aço líquido
(H2,N2,CO)
TIPO B - Provocadas pelo excesso de óleo
de lubrificação do molde do veio do LC
Porções de escória aprisionadas na face dos
tarugos
TIPO B - Em maior número, porém < 5 mm e
agrupadas
Porções de Al metálico, subcutâneo ou
aprisionado na superfície do tarugo,
proveniente do fio de Al usado na
desoxidação do aço.
Heterogeneidades metálicas não caldeadas
a massa de aço do tarugo, provenientes
normalmente de molde excessivamente
desgastado, má lubrificação do molde ou
temperatura baixa
Rompimento da pele do tarugo propiciando o
vazamento do aço liquido. Ao solidificar-se
novamente, ocorre o surgimento de uma
placa aderente não caldeada a superfície.
Fendas ou fissuras perpendiculares e
transversais ao eixo longitudinal do tarugo
Pequenas fissuras superficiais agrupadas,
paralelas a linha de corte do tarugo,
próximos da extremidade cortada
Fendas ou fissuras na superfície que
acompanham o eixo longitudinal
Trincas longitudinais de canto - próximo aos
cantos do tarugo, normalmente de pequena
profundidade
Trincas longitudinais nas faces - nas faces
dos tarugos, podendo atingir grandes
profundidades.
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Efeito na Laminação Correção na Laminação
Em oscilações mais profundas podem ocorrer pequenos
Esmerilhação - somente para marcas
defeitos superficiais, nos produtos acabados, semelhantes
profundas.
a trincas e palhas muito pouco profundas
TIPO A - Esmerilhamento. Se for >
TIPO A - Fissuras pouco profundas (<0,1 mm) e alongadas 10 poros/m2. Se for para vergalhões
na direção da laminação no produto acabado. Pode causar ou produtos comuns não há
problemas nos aços para estampagem a frio e molas problemas, desde que não sejam
TIPO B - Normalmente não causam defeitos nos produtos grosseiros.
acabados TIPO B - Não precisam ser
removidas
TIPO A - Surgimento de sérias fissuras superficiais,
alongadas no sentido da laminação, com escória
Para produtos especiais por
aprisionada em seu interior
esmerilhação ou escarfagem
TIPO B - Surgimento de pequenas fissuras arupadas na
superfície do produto acabado
Sempre que detectados devem ser
Dependendo das dimensões, podem causar fissuras
eliminados por esmerilhação ou
superficiais graves
escarfagem
Produtos especiais - eliminar por
Causam sério defeitos nos produtos acabados como esmerilhamento
dobras, fissuras, palhas ou gotas frias. Tais defeitos podem Produtos comuns - defeitos com
se abrir ou desprender, acumulando nas guias e podendo pouca profundidade ou incidência
causar sucata podem ser tolerados. Demais devem
ser eliminados por esmerilhação
Pode causar graves e profundos defeitos no produto
Esmerilhação e escarfagem. Se em
acabdo, como trincas, fissuras, palhas e gotas frias. Se
grandes profundidades deve-se
ocorrer desprendimento do material, pode causar sucata
sucatar o tarugo.
no laminador.
Esmerilhação e escarfagem. Se em
Defeitos grosseiros nos produtos acabados, como trincas
grandes profundidades deve-se
em "Y" ou palhas grosseiras
sucatar o tarugo.
Esmerilhação.
Pequenas fraturas transversais ou rugosidade superficial Produtos especiais devem ser
no produto acabado reclassificados para produtos
comuns
Produtos especiais - eliminar por
esmerilhação
Apresentarão fissuras alongadas e não cadeadas de
Produtos comuns - trincas de canto
profundidade variável, de acordo com a profundidade
são toleráveis, desde que
inicial do tarugo, no produto final
superficiais. Trincas de face devem
ser eliminados por esmerilhação