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NBR 7212 DEZ 1984

Execução de concreto dosado em


central
ABNT-Associação
Brasileira de
Nor mas Técnicas

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Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA

Procedimento
Origem: Projeto 18:005.01-001/1984
CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
CE-18:005.01 - Comissão de Estudo de Execução de Concreto Dosado em
Copyright © 1984, Central
ABNT–Associação Brasileira de
Normas Técnicas Esta Norma substitui a NBR 7212/1982
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Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavra-chave: Concreto 7 páginas

SUMÁRIO NBR 7187 - Cálculo e execução de pontes de con-


1 Objetivo creto armado - Procedimento
2 Documentos complementares
3 Definições NBR 7197 - Cálculo e execução de obras de con-
4 Condições gerais creto protendido - Procedimento
5 Condições específicas
6 Avaliação do desvio-padrão da central pela empresa NBR 7223 - Concreto - Determinação da consistência

7 de serviços de concretagem
Inspeção pelo
saio abatimento do tronco de cone - Metodo de en-
8 Aceitação e rejeição
NBR 7583 - Execução de pavimentos de concreto
1 Objetivo por processo mecânico - Procedimento

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execu- 3 Definições


ção de concreto dosado em central, incluindo as opera-
ções de armazenamento dos materiais, dosagem, mistu- Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
ra, transporte, recebimento, controle de qualidade, inspe- de 3.1 a 3.13.
ção, aceitação e rejeição.
3.1 Concreto dosado em central
1.2 Esta Norma não abrange as operações subseqüentes
à entrega e recebimento do concreto fresco. Concreto dosado, misturado em equipamento estacio-
nário ou em caminhão betoneira, transportado por ca-
1.3 Esta Norma aplica-se também, no que couber, aos minhão betoneira ou outro tipo de equipamento, dotado
casos em que a executante da obra dispõe de central de ou não de agitação, para entrega antes do início de pega
concreto. do concreto, em local e tempo determinados, para que
se processem as operações subseqüentes à entrega,
2 Documentos complementares necessárias à obtenção de um concreto endurecido com
as propriedades pretendidas.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
3.1.1 Nesta Norma, a expressão “concreto” se refere a
NBR 6118 - Projeto e execução de obras de con- concreto dosado em central, como definido em 3.1, salvo
creto armado - Procedimento indicações em contrário.
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2 NBR 7212/1984

3.2 Caminhão betoneira 3.11 Entrega e recebimento do concreto fresco

Veículo dotado de dispositivo que efetua a mistura e man- Ato após o qual, aceito o concreto fresco, as opera ções
tém a homogeneidade do concreto por simples agitação. de manuseio subseqüentes à dosagem e, se for o caso,
mistura e transporte, passam a ser de responsabilidade
3.3 Equipamento dotado de agitação da executante da obra conforme estipulado em contrato.

3.12 Aceitação do concreto endurecido


Veículo autopropelido que permite manter a homoge-
neidade do concreto durante o transporte e a descarga,
para o que é dotado de dispositivos de agitação, constituí- Ato pelo qual se constata, mediante ensaios ou outras
verificações, o atendimento às especificações e às exigên-
dos por eixo com paletas, sistema de lâminas especiais cias do pedido.
em hélice ou qualquer dispositivo equivalente.
3.13 Remessa ou viagem
3.4 Equipamento não dotado de agitação
Termos que designam a quantidade de concreto entregue
Veículo constituído de uma caçamba, não dotado de dis- de uma só vez.
positivo de agitação, que pode ser utilizado somente para
o transporte de concretos não segregáveis. 4 Condições gerais
Os requisitos gerais exigíveis do concreto devem ser os
3.5 Central de concreto
apresentados em 4.1 a 4.6, salvo nos casos em que forem
estabelecidas condições especiais, que neste caso pre-
Designação das instalações onde se efetuam as opera- valecerão desde que previamente aceitas pelas partes
ções de dosagem e, conforme o caso, mistura do con- interessadas.
creto, de acordo com esta Norma.
4.1 Armazenamento dos materiais componentes do
3.6 Contratante dos serviços de concretagem concreto

Entidade conforme definido na NBR 5675, responsável O armazenamento deve ser feito em locais ou recipientes
pelas seguintes atribuições: apropriados, de modo a n ão permitir a contaminação por
elementos indesejáveis, evitando a alteração ou a mistura
a) contratação dos serviços de concretagem; de componentes com características e de procedências
diferentes.
b) emissão dos pedidos de entrega de concreto;
4.1.1 Agregados
c) recebimento do concreto fresco; Devem ser armazenados de maneira a evitar a mistura
das diversas granulometrias, proced ências ou outras ca-
d) verificação da concord ância das características racterísticas requeridas (conforme a NBR 6118).
do concreto pedido e do concreto entregue;
4.1.2 Cimento
e) aceitação final do concreto.
Deve ser armazenado em sacos, contenedores ou silos,
3.7 Executante da obra de maneira a impedir a mistura de cimentos de proce-
dências e características diversas (conforme a NBR 6118).
Entidade encarregada da execução da obra.
4.1.3 Água
3.8 Empresa de serviços de concretagem Deve ser convenientemente armazenada, a fim de evitar
contamina çã o.
Empresa responsável pelos serviços de dosagem e, ge-
ralmente, mistura e transporte do concreto, da central até 4.1.4 Aditivos
o local de entrega, de acordo com o estabelecido, em
contrato. Devem ser convenientemente armazenados e iden-
tificados, a fim de evitar contaminação, mistura e alteração
3.9 Pedido do concreto da composição, segundo recomendações do fabricante.

4.2 Dosagem dos materiais componentes do concreto


Discrimina ção dasfresco
sários ao concreto propriedades e parinclusive
e endurecido, âmetros neces-
quanti-
dade, programação e local de entrega.
4.2.1 Agregados

Os agregados devem ser dosados em massa, com desvio


3.10 Aceitação do concreto fresco máximo, em valor absoluto, de 3% do valor nominal da
massa ou 1% da capacidade da balan ça, adotando-se o
Ato pelo qual se constata, mediante ensaios ou outras menor dos dois valores.
verificações, por ocasião da entrega e recebimento do
concreto fresco, o atendimento às especificações e às Nota: Dosa gem é o proporcionamento dos materiais para
exigências do pedido. obtenção do concreto.
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4.2.2 Cimento 4.4.2 Mistura completa em equipamento estacionárío

O cimento deve ser dosado em massa, com desvio m á- Os materiais componentes do concreto, devidamente do-
ximo do valor nominal igual a 1% da capacidade da ba- sados, são colocados no equipamento e, ap ós obtida
lança, em valor absoluto, nas dosagens iguais ou superio- uma mistura completa e homogênea, são descarregados
res a 30% dessa capacidade. em veículo para transporte até a obra.

4.2.2.1 Para dosagens inferiores a esse valor, as tolerân- 4.4.3 Mistura completa em caminhão betoneira na central
cias devem estar compreendidas entre 0% e + 4% do va-
lor nominal.
Os materiais componentes do concreto são colocados
no caminhão betoneira, na ordem conveniente e nas
4.2.2.2 Em nenhum caso o cimento deve ser dosado con- quantidades totais necessárias.
juntamente com os agregados.

4.4.3.1 A ordem de colocação dos materiais na betoneira


4.2.2.3 Pode ser admitida a dosagem do cimento em sacos
e a velocidade de rotação para mistura devem estar de
de 50 kg, desde que as quantidades estejam dentro das
acordo com as especificações do equipamento ou confor-
tolerâncias estabelecidas nesta Norma, não se admitindo
me indicado por experiência.
o fracionamento de sacos.

4.2.3 Água 4.4.3.2 Pode-se misturar completamente em caminhão


betoneira o concreto que deve ser transportado por equi-
pamento dotado ou não de agitação.
A quantidade total de água deve ser determinada com
desvio máximo de 3% em rela ção à quantidade nominal,
em valor absoluto. 4.4.4 Mistura parcial na central e complementação na obra

4.2.3.1 Esta quantidade de água compreende, além da 4.4.4.1 Os componentes sólidos são colocados no cami-
adicionada, a devida à umidade dos agregados, a uti- nhão betoneira, na sua totalidade com parte da água,
lizada para dissolução dos aditivos e a adicionada sob que é completada na obra imediatamente antes da mis-
forma de gelo. tura final e descarga.

4.2.4 Aditivos 4.4.4.2 Neste caso deve-se estabelecer um sistema rigo-


roso de controle da quantidade de água adicionada na
Os aditivos devem ser adicionados de forma a assegurar central e a ser complementada na obra, para evitar ultra-
a sua distribuição uniforme na massa do concreto, admi- passar a quantidade prevista no tra ço.
tindo-se desvio máximo de dosagem não superior a 5%
da quantidade nominal, em valor absoluto. 4.4.5 Tempo de mistura

4.3 Aferição dos equipamentos Devem ser obedecidas as especificações dos equipa-
mentos no que diz respeito ao tempo de mistura, veloci-
4.3.1 Os desvios tolerados nas dosagens conforme 4.2
são devidos somente a problemas operacionais. dade e número de rotações.
4.4.6 Adição suplementar de água para correção de
4.3.2 As balanças devem ser aferidas periodicamente, de abatimento devido à evaporação
forma a assegurar que a diferen ça entre a massa real e a
indicada, não seja superior a 2% da primeira.
Somente se admite adição suplementar de água para
correção de abatimento, devido à evaporação, antes do
4.3.3 Dosadores volumétricos de água devem operar den-
início da descarga, desde que:
tro dessa tolerância e sua aferição deve ser feita nas
condições de operação.
a) antes de se proceder a esta adição, o valor de
abatimento obtido seja igual ou superior a 10 mm;
4.3.4 Recomendam-se aferições freqüentes, não se ul-
trapassando 5000 m3 de concreto dosado, nem períodos
superiores a três meses. b) esta co rre çã o nã o aumente o abatimento em
mais de 25 mm;
4.4 Mistura
c) o abatimento após a correção não seja superior
4.4.1 Equipamentos de mistura ao limite máximo especificado;

4.4.1.1 Os equipamentos devem ser revisados periodica- d) o tempo transcorrido ent re a primeira adi çã o
mente, a fim de assegurar a efici ência necessária para a de água aos materiais até o início da descarga
mistura. não seja inferior a 15 min.

4.4.1.2 O volume de concreto n ão deve exceder a capa- 4.4.6.1 A adição suplementar mantém a responsabilidade
cidade nominal de mistura do equipamento, conforme da empresa de serviços de concretagem, pelas proprieda-
especificação do fabricante. des do concreto constantes no pedido.
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4.4.6.2 A adição suplementar de água deve ser autorizada 4.6 Temperatura


por elementos formalmente representantes das partes e
tal fato deve ser obrigatoriamente registrado no docu- As temperaturas ambientes limites para lan çamento do
mento de entrega. concreto são 10°C e 32°C. Fora desses limites devem
ser tomados cuidados especiais. A temperatura do con-
Nota: Recomenda-se devida atenção a outras causas de re- creto por ocasião de seu lançamento deve ser fixada de
dução da consistência do concreto, tais como: efeito de modo a evitar a ocorrência de fissuração de srcem t ér-
abras ão, de temperatura, de absor çã o dos agrega- mica.
dos, etc.

5 Condições específicas
4.4.6.3 Qualquer outra adição de água exigida pela con-
tratante exime a empresa de servi ços de concretagem 5.1 Pedido do concreto
de qualquer responsabilidade quanto às características
do concreto exigidas no pedido e este fato deve ser obriga- 5.1.1 Pedido pela resistência característica do concreto à
toriamente registrado no documento de entrega. compressão

4.5 Transporte O concreto é solicitado especificando-se a resistência


característica do concreto à compressão, a dimensão
4.5.1 O transporte pode ser feito por ve ículo dotado ou (diâmetro) máxima característica do agregado graúdo e
não de dispositivo de agita ção, desde que apresente es- o abatimento do concreto fresco ( slump) no momento
tanqueidade necessária, fundo e paredes revestidas de de entrega.
material não absorvente, a fim de que não haja perda de
qualquer componente. 5.1.2 Pedido pelo consumo de cimento

4.5.1.1 Via de regra, o transporte até a obra deve ser feito O concreto é solicitado especificando-se o consumo de
por caminhão betoneira. cimento por m3 de concreto, a dimens ão (diâmetro) ca-
racterística do agregado graúdo e o abatimento ( slump)
do concreto fresco no momento da entrega.
4.5.1.2 Admite-se o transporte por caminhão basculante
com carroceria de aço, desde que, devido às caracterís-
ticas da mistura e às condições de transporte, fique garan-
5.1.3 Pedido pela composição da mistura (traço)
tida a não separação das partes componentes do con-
creto ou perda dos mesmos. O concreto é solicitado especificando-se as quantidades
por m3 de cada um dos componentes, incluindo-se adi-
tivos, se for o caso.
4.5.1.3 O transporte com caminhão basculante comum
pode ser feito somente para concretos n ão segregáveis,
5.1.4 Exigências complementares
de abatimento não superior a 40 mm.

Além das exigências constantes em 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3,


4.5.2 O tempo de transporte do concreto decorrido entre o podem ser solicitadas outras caracter ísticas de par â-
início da mistura, a partir do momento da primeira adição metros entre os quais:
da água até a entrega do concreto deve ser:
a) tipo de cimento;
a) fixado de forma que o fim do adensamento não
ocorra após o início de pega do concreto lançado b) marca de cimento;
e das camadas ou partes cont íguas a essa re-
messa (evitando-se a formação de “junta-fria”); c) aditivo, designado pela fun ção ou denominação
comercial;
b) inferior a 90 min e fi xado de maneira qu e at é
o fim da descarga seja de no m áximo 150 min, no d) relação água-cimento máxima;
caso do emprego de veículo dotado de equipa-
mento de agita çã o, observado o disposto em e) consumo de cimento m áximo ou mínimo;
4.5.2.1;
f) teor de ar inc orporado;
c) inferior a 40 min e fixado de maneira que at é
o fim da descarga seja de no máximo 60 min, no g) tipo de lan çamento: bombeável, submerso, auto-
caso de veículo não dotado de equipamento de adensável, etc.;
agitação, observado o disposto em 4.5.2.1.
h) características especiais como: teor de argamas-
4.5.2.1 Devem ser verificadas a experi ência anterior e as sa ou de agregado miúdo, cor, massa espec ífica
condições especiais tais como: temperatura e umidade e outras;
relativa ambiente, propriedades do cimento, caracterís-
ticas dos materiais, peculiaridades da obra, uso de adi- i) propriedades e condi ções especiais, como: retra-
tivos retardadores, refrigeração e outras em função das ção, fluência, permeabilidade, módulo de defor-
quais podem ser alterados os tempos (prazos) de trans- mação, temperatura do concreto, resistividade e
porte e descarga do concreto. outras.
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5.1.5 Exigências interferentes 5.2.5 Volume máximo de entrega

5.1.5.1 Quando ocorrer interfer ê ncia de exig ê ncias Deve ser compatível com o equipamento de transporte,
devem-se fixar valores limites coerentes. não excedendo a capacidade nominal de mistura ou agi-
tação, conforme as indica ções do fabricante.
5.1.5.2 A contratante pode, em qualquer modalidade de
pedido do concreto, fornecer a dosagem, que deve ser 5.2.6 Fração de volume de entrega
aprovada pela empresa de serviços de concretagem para
que permane ça sob responsabilidade desta última o
atendimento às características estabelecidas no pedido. Os pedidos devem ser feitos em volumes múltiplos de
0,5 m3, respeitando-se os limites prescritos em 5.2.4 e
5.2.5.
5.2 Entrega do concreto

5.2.1 Local e prazo de entrega 5.3 Documentos de entrega

5.2.1.1 O local e o prazo de entrega são designados pela O documento de entrega que acompanha cada remessa
contratante de acordo com o estipulado em contrato ou de concreto, além dos itens obrigatórios pelos dispositivos
no pedido. legais vigentes, deve conter:

5.2.1.2 Quando a executante dispõe de equipamentos a) quantidade de cada componente do concreto;


que executem as operações de mistura e transporte (ca-
minhões betoneiras), o concreto pode ser entregue ime- b) volume de concreto;
diatamente após a dosagem.

c) hora de in ício da mistura (primeira adição de agua);


5.2.1.3 Quando a executante efetuar o transporte com equi-
pamentos dotados ou n ão de agitador, o concreto poder á
ser entregue dosado e misturado, em equipamento esta- d) abatimento do tronco de cone (slump);
cionário ou em caminh ão betoneira.
e) dimen s ã o m áxima caracter í stica do agregado
5.2.1.4 Em qualquer das situa ções descritas em 5.2.1.1, gra ú do;
5.2.1.2 e 5.2.1.3, devem ser observadas, no que couber,
as disposições desta Norma. f) resistência característica do concreto à compres-
são, quando especificada;
5.2.2 Unidade de volume de entrega
g) aditivo utilizado, quando for o caso;
A unidade de volume de entrega é o m3 de concreto, me-
dido enquanto fresco e após adensado.
h) quantidade de água adicionada na central;
5.2.3 Verificação física do volume
i) quantidade m áxima de água a ser adicionada na
Pode ser efetuado por um dos métodos descritos a seguir: obra;

a) conhecida a massa espec ífica do concreto, o vo- j) menção de todos os demais itens especificados
lume pode ser obtido a partir das massas totais de no pedido.
cada remessa ou viagem;
6 Avaliação do desvio-padrão da central pela
b) pelo c álculo do volume absoluto total ocupado empresa de serviços de concretagem
pelos componentes do concreto, a partir dos volu-
mes absolutos de cada um deles; 6.1 Amostragem
c) por medi çã o direta, mediante o lan çamento e
6.1.1 Devem ser retirados exemplares do concreto, consti-
adensamento do concreto em recipientes de vo-
tuídos de no mínimo dois corpos-de-prova para cada
lume bem definido;
idade de rompimento, adotando-se o resultado maior dos
valores de resistência obtidos (fi).
d) pelos volumes das formas ou moldes, devendo
ser tomadas precauções no que se refere a erros 6.1.2 Os exemplares devem ser tomados aleatoriamente
ocasionados por perdas, derramamentos, defor-
mações e erros das dimensões das formas. de concretos de mesmo traço, ou de tra ços diferentes
observando o disposto em 6.2.2 e 6.2.3, de forma que se
5.2.4 Volume mínimo de entrega tenha pelo menos um exemplar para cada 50 m 3 de con-
creto entregues.
Deve ser fixado de acordo com as especifica ções do equi-
pamento, não se recomendando que esse volume seja 6.1.3 Os exemplares devem ser retirados ap ós a descarga
inferior a 1/5 da capacidade do equipamento de mistura de 0,15 e antes que tenha sido descarregado 0,85 do vo-
ou agitação, nem inferior a 1 m 3. lume transportado, depois de feitas todas as corre ções e
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ajustes previstos nesta Norma e executado o ensaio de 6.2.3 Desvio-padrão


abatimento (slump).
O desvio-padrão é calculado pela expressão:
6.1.4 Deve ser anotado o abatimento do concreto, o horário
em que foram tomadas as amostras, o in ício e o término
da descarga, o local de aplicação, adição suplementar
de água, etc., bem como qualquer fato anormal, como Sn =
( f'i - f' ) 2

por exemplo, a que cimento do concreto. n-1

6.2 Análise estatística Sendo

O objetivo da an álise estatística é a estimativa dos par â-


metros da distribuição dos valores de resist ência dos Σf' i
f' =
concretos da central. n

6.2.1 Tamanho da amostra


Onde:
A amostra deve ser constituída de no mínimo 32 exem-
plares. n = o numero de exemplares

6.2.1.1 O tamanho da amostra poder á ser reduzido de Sn = desvio-padrão da central para as condições
acordo com a Tabela 1. consideradas

Tabela 1 - Redução do tamanho da amostra 6.2.4 Coeficiente de variação dentro do ensaio

Desvio-padr ão Número mínimo de


6.2.4.1 Obtém-se uma estimativa do desvio-padrão dentro
determinado(A) - Sn exemplares
do ensaio a partir da média das amplitudes de valores de
(MPa)
resist ê ncias dos corpos-de-prova de cada exemplar,
divididos pelo coeficiente d 2, conforme a Tabela 2.
Sn > 5 32

5 ≥ Sn > 4 25
Tabela 2 - Coeficiente d 2

4 ≥ Sn 16 Número de corpos-de-prova d 2
do exemplar
(A)
Conforme 6.2.3.
2 1,128
6.2.2 Determinação da média e do desvio-padrão
3 1,693

6.2.2.1 A méfdia
resultados, e o desvio-padr
, obtidos ão são calculados
com um concreto comêos
com uma resist n- 4 2,059
i
cia de dosagem escolhida arbitrariamente, fr, que passará
a se denominar concreto de referência; recomenda-se 5 2,326
que essa resistência seja a de um concreto freqüente-
mente solicitado, devendo ser igual ou superior a 22 MPa. Nota: No caso em que diversos exemplares tenham números
de corpos-de-prova diferentes, cada amplitude deverá
6.2.2.2 A amostra poder á ser constituída de resultados de ser dividida pelo correspondente valor 2d, usando-se para
ensaio de concretos com resistência de dosagem dife- o cálculo da média os valores assim obtidos.
rentes, desde que se adote o procedimento descrito a
seguir: 6.2.4.2 O coeficiente de variação dentro do ensaio é obtido
pelo quociente entre o desvio-padr ã o, estimado em
a) quando as resist ências de dosagem, f cj, forem 6.2.4.1, e a resistência média, expressa em porcentagem.
iguais ou maiores do que 22 MPa, sendo fi os va-
lores de resistência dos exemplares, devem ser 6.2.5 Análise dos resultados
considerados valores, f'i, obtidos pela express ão:
O objetivo dessa interpreta çã o é avaliar o concreto
f'i = fr + (fi - fcj)
segundo o controle de preparo e cuidados no ensaio.
b) quando as resistências de dosagem forem meno-
res do que 22 MPa, os valores, f' i, a serem consi- 6.2.5.1 A avaliação do controle de preparo é feita com
derados são os obtidos pela express ão: base no desvio-padrão, conforme a Tabela 3.

22
6.2.5.2 A avalia ção dos ensaios é feita com base no
f'i = fr + (f i - fcj ) coeficiente de variação dentro do ensaio, conforme a
fcj
Tabela 4.
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Tabela 3 - Desvio-padrão

Desvio-padr ã o
Local
de
preparodo (MPa)
concreto
Nível
1 N í2vel N í3vel N ível 4

Central 3,0 4,0


3,0
- 5,0
4,0
- 5,0
>

Laborat ório 1,5 2,0


1,5
- 2,5
2,0
- 2,5
>

Tabela 4 - Coeficiente de variação

Coeficiente de variação
Local de preparo do
concreto
Nível
1 N í2vel N í3vel N ível 4

Central 3,0 5,0


3,0
- 6,0
5,0
- 6,0
>

laborat ó rio 2,0 4,0


2,0
- 5,0
4,0
- 5,0
>

7 Inspeção normas brasileiras e, na falta destas, crit érios e métodos


previamente acertados entre a contratante e a empresa
7.1 Inspeção de serviços de concretagem, visando a comprovação das
características especificadas.
A empresa de serviços de concretagem deve possibilitar
à contratante, ou a quem esta venha a delegar, a inspe ção 8.1.3 Na fixação do abatimento pelo tronco de cone serão
da central para efeito de controle de dosagem do con- admitidas as tolerâncias conforme a Tabela 5.
creto, dos equipamentos de dosagem, mistura, transporte,
da estocagem e da qualidade dos materiais. Tabela 5 - Tolerâncias
Unid.: mm
7.2 Amostragem
Abatimento Tolerância
A amostragem deve ser feita conforme 6.1.3 e 6.1.4.
De
90
10
a 10
±
8 Aceitação e rejeição
De
100
150
a 20
±
A aceitação ou rejeição do concreto ser á baseada nas
verificações e ensaios efetuados pela contratante com o Acimade160 ±
30
objetivo de comprovar as caracter ísticas do concreto e o
atendimento as exigências constantes no pedido. O con- 8.2 Concreto endurecido
creto poderá ser recusado se não atender a pelo menos
uma das especificações do pedido. 8.2.1 A aceitação ou rejeição do concreto endurecido com-
preende a verificação pela contratante do atendimento
8.1 Concreto fresco às especificações constantes no pedido.

8.1.1 A aceitação ou rejeição do concreto fresco com- 8.2.2 No caso de constar no pedido a especificação da
preende a verificação da consistência pelo abatimento resistência característica à compressão, devem-se adotar
do tronco de cone (NBR 7223), ou outro método com a os critérios das normas de projeto e execu ção vigentes
mesma finalidade, desde que previamente especificado (NBR 6118, NBR 7187, NBR 7197 e NBR 7583).
e a comprovação da dimensão m áxima característica do
agregado graúdo solicitada. 8.2.3 Se constarem no pedido de concreto outras caracte-
rísticas tais como: massa espec ífica, permeabilidade, mó-
8.1.2 No caso de constarem no pedido do concreto outras dulo de deformação e outras, a verificação do atendimento
exigências, tais como: massa específica, teor de ar in- a essas exigências deverá ser feita segundo normas bra-
corporado, relação água/cimento, consumo de cimento, sileiras e, na falta destas, crit érios e métodos previamente
tipo e marca de cimento, tipo de aditivo, temperatura do acertados entre a contratante e a empresa de servi ços
concreto e outras, dever ão ser feitas verificações segundo de concretagem.

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